Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1 Aula de Grego - EaD PDF
1 Aula de Grego - EaD PDF
em Niterói (RJ).
Introdução ao módulo
Acreditamos que uma das fortes razões pelas quais as distorções teológicas têm
se manifestado e se alastrado no seio do Protestantismo seja o fato da ausência de uma
análise e estudo acurados e responsáveis da Palavra de Deus. Para que isso ocorra, um
fato de considerável relevância é o conhecimento das línguas originais. O domínio dos
idiomas nos quais foram escritos a Bíblia é de valor inestimável e de grande utilidade para
que as verdades bíblicas sejam extraídas dos textos, bem como o impacto que as
mesmas causaram em sua época.
Ao longo dos séculos, os cristãos têm estimado muito a Bíblia, aceitando-a como
Palavra de Deus escrita. Poucos, porém, já se precipitaram em dizer que é fácil
compreendê-la. Contudo, como seu objetivo é revelar a verdade e não ocultá-la, não há
dúvida de que Deus pretende que a entendamos. Além do mais, é vital que
compreendamos a Bíblia, pois nossas doutrinas sobre Deus, o homem, a salvação e os
acontecimentos futuros dependem de uma interpretação correta das Escrituras.
Nos últimos anos, vemos um interesse crescente pelo estudo bíblico informal.
Muitos grupos pequenos reúnem-se em casas ou nas igrejas para debater a Bíblia e
como aplicar sua mensagem. Será que os integrantes desses grupos sempre chegam ao
mesmo entendimento da passagem estudada? Estudar a Bíblia dessa forma, sem as
diretrizes apropriadas da hermenêutica, pode gerar confusão e interpretações que se
encontram até desacordo dos propósitos de Deus.
Segundo estudiosos, um dos maiores motivos por que a Bíblia é um livro difícil de
entender é o fato de ser antigo. Os cinco primeiros livros do Antigo Testamento foram
escritos por Moisés em 1.400 a.C. aproximadamente. Apocalipse – o último livro da Bíblia
– foi escrito pelo apóstolo João por volta de 90 d.C. Isto mostra que precisamos tentar
transpor vários abismos que se apresentam pelo fato de termos em mãos um livro tão
antigo.
Parece que ainda hoje muitos cristãos, como os líderes religiosos da época de
Jesus, se sentem altamente desconfortáveis com a passagem de João 6.44, “Ninguém
pode vir a mim se o Pai, não o trouxer”.
Em uma linguagem simples, significa que não podemos vir a Cristo sem o
convite, mas o convite não garante que viremos, de fato, a Cristo.
Compelir é um conceito muito mais vigoroso do que cortejar. Para enxergar mais
claramente, vamos dar uma olhada em duas outras passagens do Novo Testamento onde
a mesma palavra grega é usada.
Em Tiago 2.6, lemos: “Entretanto, vós outros menosprezastes o pobre. Não são os
ricos que vos oprimem, e não são eles que vos arrastam para os tribunais?” Tente
imaginar qual a palavra nesta passagem é a mesma palavra grega que em outros
lugares está traduzida por “trazer”. É a palavra arrastar (o mesmo verbo: elkw - elkœ).
Vamos agora substituir este texto pela palavra convidar. Ficaria assim: ... “Não são os
ricos que vos oprimem e vos convidam (gentilmente) para os tribunais?”
O mesmo ocorre em Atos 16.19: “Vendo os seus senhores que se lhes desfizera a
esperança do lucro, agarrando em Paulo e Silas, os arrastaram para a praça, à presença
das autoridades”. Novamente, tente substituir a palavra arrastar pela palavra convidar,
uma vez que o verbo usado no original é também o mesmo elkw - elkœ. Se de fato Paulo e
Silas foram convidados gentilmente, após serem agarrados, para irem à praça e serem
açoitados publicamente, seria estranho perceber porque não recusaram.
A primeira razão por que precisamos aprender como interpretar é que, quer deseje
quer não, todo leitor é ao mesmo tempo um intérprete; ou seja, a maioria de nós toma por
certo que, enquanto lê, também entende o que lê. Tendemos, também, a pensar que
nosso entendimento é a mesma coisa que a intenção do Espírito Santo ou do autor
humano. Apesar disso, invariavelmente levamos para o texto tudo quanto somos, com
toda nossa experiência, cultura e entendimento prévio de palavras e idéias. Às vezes,
aquilo que levamos para o texto, sem o fazer deliberadamente, nos desencaminha ou nos
leva a atribuir ao texto idéias que lhe são estranhas.
Até o final do primeiro milênio a.C. uma forma modificada do grego ático emergiu
como a "fala comum" ou h,. Koinh dialektoj (he koine dialektos), língua que sobreviveu por
mil anos como a língua do período helenístico (difusão da civilização grega, falar grego,
viver como os gregos), e que se tornaria a base do Grego Moderno.
Grego ático é o dialeto de prestígio do grego antigo que era falado na Ática, região
onde se localiza Atenas. Dos dialetos do grego antigo é o mais semelhante ao grego
posterior, e é a forma padrão do idioma, estudada na maior parte dos cursos de grego
antigo.
Os primeiros registros do grego datam dos séculos XVI e XI a.C., e foram feitos
num sistema de escrita arcaico.
Temos quatro fases de evolução do grego arcaico, o que em resumo, nos mostra
que a forma do grego que atualmente se escreve e se fala é o resultado da evolução de
uma língua em quatro fases:
Grego micênico (séculos XIV-XIII a.C.) - que se caracteriza pelo uso da escrita
Linear B. Trata-se da forma do grego mais antiga descoberta, sendo a língua usada
por burocratas e para registrar inventários de palácios reais e estabelecimentos
comerciais. Foram encontradas tabuletas de argila em Cnossos e Pylos e inscrições
em vasos e jarras em Tebas, Micenas, Elêusis e outros lugares;
Grego arcaico e clássico (séculos VIII-IV a.C.) - que começa com a adoção do
alfabeto para a escrita;
Koinê - Grego helenístico e bizantino;
Grego moderno
(Κοινὴ Ἑλληνική ou o grego koinê) era um dialeto do grego utilizado como língua
franca na porção oriental do Império Romano. Também conhecido como alexandrino,
helenístico, comum, ou grego do Novo Testamento, o koinê surge por volta de 300 a.C. e
perdurou até 330 d.C., quando deu lugar ao grego medieval. Todos os atuais alfabetos
europeus derivam quer direta quer indiretamente do alfabeto grego. No entanto, os gregos
não inventaram o seu alfabeto; adotaram-no dos semitas. Isto se evidencia no fato de que
as letras alfabéticas gregas (de cerca do sétimo século AEC – Antes da Era Comum)
assemelham-se aos caracteres hebraicos (de cerca do oitavo século AEC). Seguem
também a mesma ordem geral, com poucas exceções. Além disso, a pronúncia dos
nomes de algumas das letras é bem similar; por exemplo: (alfa, grego) e (álefe, hebraico);
(bêta, grego) e behth (bete, hebraico); (delta, grego) e (dálete, hebraico); e muitas outras.
Beta B b b - beleza
Gama G g g - gaveta
Delta D d d - dado
dzeta Z z z - zebra
Iota I i i - igreja
Lambda L l l - livro
Mü M m m - mala
Nome da Maiúscula Minúscula Transliteração
letra
Nü N n n - nata
Xi X x cs - tácsi
Pi P p p - pia
Rô R r r – rato
Sigma S s j s - santo
Tau T t t - tato
Iupsilon U u y ou u – u francês
Phi F f f – favela
Psi Y y ps – pscologia
Pronúncia
Há grande dúvida na verdadeira pronúncia do grego koinê (koinh,). A solução foi
procurar utilizar a pronúncia erasmiana levemente adaptada.
Forma
É necessário observar que:
i (iota) nunca tem ponto. Não confunda i com l: dei = dei, não del.
n (ny) parece muito com u (ýpsilon), mas a base do ny é pontiada n. nun
(pronuncie nyn, nün) significa “agora”.
r (rô) parece muito com o nosso “p”. A palavra “raro” seria raro, e “papo” seria
papo. Então rei se pronuncia “rei” e não “pei” ou “rel”.
s (sigma) tem duas formas: s no início e no meio das palavras e j no final das
palavras. “Passar” seria passar, mas “passas” seria passaj. E “sapos” seria
sapoj.
t (tau) não se escreve t, mas t.
EXERCICIOS PROPOSTOS:
Boa sorte!!!!