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KHAÍRETE
Para aprender o grego antigo
LÍNGUA GREGA I
Atena escrevendo
2015
2
Localização da Grécia
O país que conhecemos por Grécia era chamado de Ἑλλάς Hellás, por seus habitantes e ainda
hoje o chamam de Elláda, e seu povo, que denominamos de grego, autodenomina-se éllenas, do
grego antigo Ἕλλενες, Hélenes. Os termos Grécia e gregos devem-se aos romanos, que, de uma
pequena comunidade de helenos chamados Γραιοί, Graioí, e do adjetivo Γραικοί, Graikoí, eles
criaram a denominação "Grécia" e "gregos", para todo o país falante da língua grega e para seus
habitantes.
A Grécia faz parte da comunidade europeia. É um país que se situa no sudeste do continente
europeu, no sul da península balcânica. Tem como países vizinhos a Bulgária, a Macedônia e a
Albânia e é circundada pelo mar; é banhada a oeste pelo mar Jônico, ao sul pelo mar Mediterrâneo
e a leste pelo mar Egeu. Nenhuma de suas cidades dista mais do que 150 km do mar, o que fez
dela um país de marinheiros, desde os tempos imemoriais.
Seu território é constituído por uma parte continental, pela península do Peloponeso e por
mais de 6000 ilhas e ilhéus. A parte continental é formada pela região da Tessália, da Beócia e da
Ática, onde se localiza a capital, a cidade de Atenas. A península do Peloponeso liga-se à Grécia
continental pelo Istmo de Corinto, que tem 5 km de largura. As regiões do Peloponeso são a
Argólida, onde se situa a cidade de Argos; a Lacônia, onde se situa Esparta e a Messênia. Dentre as
ilhas o mar Jônico, destaca-se Ítaca, pátria de Odisseu; no mar Egeu situam-se Delos, ilha onde
nasceram Apolo e sua irmã, a deusa Ártemis; Quios, pátria de Homero; Lesbos, onde viveu a
poetisa Safo; ao sul situa-se Creta, a maior ilha grega, onde se localiza o monte Ida, onde cresceu
Zeus e a cidade de Knossos, pátria do Minotauro.
A Grécia Antiga era formada pela Grécia continental (Grécia central), pela Península do
Peloponeso (Grécia peninsular), pelas ilhas do Mar Egeu (Grécia Insular), além das colônias na
costa da Ásia Menor e no sul da Península Itálica, e nesta última se formou a chamada Magna
Grécia.
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A língua grega
A língua grega é falada na Grécia, em Chipre e nas comunidades da diáspora. Esse grego que é
falado atualmente denomina-se grego moderno. Contudo, a língua estudada nas universidades é o
Grego Antigo, falado na Grécia entre os anos de 800 a 330 a.C. O Grego Antigo era composto de
vários dialetos, sendo os principais o ático, o jônico, o dórico, o eólico e o árcado-cipriota. No
período helenístico, usou-se um grego de comunicação universal, chamado koiné, ou "comum".
Neste grego é que foram escritos o Novo Testamento e a Vulgata, tradução grega do Velho
Testamento.
Os principais períodos da língua grega estão relacionados a seguir, mas todas as datas são um
tanto arbitrárias (cf. Joseph 1987, 1992):
1) Grego micênico: 1500-1100 a. C. (textos 1400-1200 a. C.)
2) Grego arcaico (incluindo Homero e Hesíodo): 800-600 a. C.
3) Grego clássico: 600-300 a. C.
4) Grego helenístico (incluindo grego do Novo Testamento): koiné - 300 a.C.-300 d.C.
5) Grego Oriental: 300-1600
a) Grego bizantino: 300-1100
b) Grego Medieval: 1100-1600
6) Grego moderno: 1600 até o presente
O povo grego formou-se pela miscigenação de invasores vindos do norte com povos
autóctones que habitavam o continente, a península e as ilhas desde tempos imemoriais, chamados
pelasgos, que falavam uma língua que foi denominada proto-grego. Encontram-se resquícios dela no
grego posterior. A chegada de povos provenientes da região dos Balcãs, a noroeste da Europa,
chamados de indo-europeus, fez surgir o povo grego e também com sua chegada desenvolveram-
se os dialetos que formaram a língua grega.
A língua falada por tais invasores foi denominada de indo-europeu, que é, contudo, uma
língua hipotética, que teria dado origem a línguas como o grego, o latim e o sânscrito, entre outras.
Os linguistas chegaram ao indo-europeu por meio de estudos comparativos de diversas línguas
ocidentais, tendo encontrado uma base comum para palavras e estruturas sintáticas. Observe o
quadro abaixo:
O indo-europeu
indoeuropeu * trejes Mark Damen, em seu estudo intitulado The Indo-
grego τρεῖς Europeans and Historical Linguistics1, afirma ser
latim tres evidente que estas palavras são cognatas,
inglês three especialmente quando são comparadas com a
espanhol tres palavra "três" em línguas não indo-europeias, como
italiano tre o turco (uc), o hebraico (shelosh), o malaio (Tiga) e o
francês trois chinês (san). Diz ainda que adicionar outras
alemão drei palavras indo-europeias básicas como mother / moeder /
sânscrito trayas mater e pai / pater / patir torna o exemplo esmagador.
Para os linguistas, todas essas línguas, que apresentam tantos cognatos, devem ter tido uma
origem comum, que denominaram de "indo-europeu".
1 http://www.usu.edu/markdamen/1320Hist&Civ/chapters/07IE.htm
4
A mobilidade dos povos nesse período provocou invasões no território da península grega,
mas, segundo o pensamento mítico, a formação do povo grego deveu-se a um herói chamado
Helen, Ἕλλην, cujo nome estendeu-se a todo o povo, chamado em sua homenagem, os helenos.
Vários escritores gregos antigos como Heródoto, Tucidides, Estrabão, Diodoro Sículo e Apolodoro,
entre outros, narram o mito da origem dos gregos.
O quadro abaixo sintetiza a genealogia dos descendentes de Deucalião e Pirra, os progenitores da raça
grega, segundo Apolodoro:
Deucalião + Pirra
Segundo uma tradicional teoria os indo-europeus não chegaram à Grécia de uma só vez.
Para os defensores dessa teoria, foram ondas sucessivas de tribos que vieram do Norte, por volta
de 2000 a.C., na seguinte sequência: mínios - aqueus - jônios - eólios - dórios.
Cada conjunto de tribo ao chegar conquistava e forçava os habitantes nativos (os pelasgos) à
emigração ou à assimilação, dando origem a agrupamentos populacionais que falavam uma
variante diferente do grego, um "dialeto". Por essa razão, a Grécia antiga transformou-se em uma
verdadeira colcha de retalhos de dialetos.
Mais recentemente, porém, minimiza-se a importância de ondas sucessivas de tribos como
explicação da diferenciação dialetal que existia em tempos históricos e procura explicar esta
situação por uma diferenciação dialetal ocorrida já em território grego. Dessa forma, o eólico e o
dórico não corresponderiam a ondas de tribos eólicas e dóricas que chegaram depois, mas a um
processo de diferenciação a partir das formas dialetais já existentes na Grécia.
Grupos dialetais:
1 - Jônico-ático - falado na Ásia; nas ilhas; na Eubéia. O ático seria o "jônico da Ática".
2- Arcado-cipriota - Arcádio; cipriota; panfílio .
3- Eólico - falado na Ásia (lésbio); tessálio; beócio.
4- Grupo ocidental (grego do noroeste e dórico)
a. Grego do Noroeste: focídeo (Delfos); lócrio; etólio e eleu.
b. Dórico: lacônio; argólido; coríntio ( Corinto, Siracusa); megárico; cretense; ródio; dórico
de Tera; cirenaico
Atenção: Não havia na Grécia antiga algo como uma língua nacional.
Todos os dialetos são igualmente importantes do ponto de vista linguístico.
2 http://sempreletrado.blogspot.com.br/2011/10/sodedades-pre-helenicas-quem-eram-os.html
6
O primeiro dialeto formado na Grécia pelos indo-europeus foi o micênico, usado pelos aqueus
que conquistaram o Peloponeso na Idade do Bronze Tardia, durante o fim do segundo milênio a.C.
Esse dialeto está associado à Civilização Micênica, pertencente aos povos que habitaram Micenas e
Argos e criaram uma cultura florescente, que registrou dados da administração palaciana numa
escrita chamada de Linear B. Graças às tabuletas onde foram feitos tais registros pode-se
reconstruir o dialeto micênico. Nesse período ocorreu a chamada de Guerra de Tróia, que
envolveu habitantes da Grécia e povos da Ásia Menor, por causa do rapto de uma rainha grega,
Helena.
No início da Idade do Ferro aconteceram migrações e alguns falantes do dialeto micênico
foram deslocados para Chipre, enquanto outros permaneceram no interior do Peloponeso, numa
região chamada Arcádia, dando origem ao dialeto árcado-cipriota.
O eólico, língua falada pelos indo-europeus pertencentes ao grupo dos eólios, dividia-se em
três subdialetos: um, lésbio, falado na ilha de Lesbos e na costa ocidental da Ásia Menor, ao norte
de Esmirna, enquanto os outros dois, o beócio e o tessálio, eram falados no nordeste da Grécia
continental, nas regiões da Beócia e da Tessália.
Com a invasão dos indo-europeus chamados dórios, o dialeto dórico espalhou-se de um local
hipotético no noroeste da Grécia até a costa do Peloponeso, e foi falado em locais tão diversos
quanto Esparta, Creta e o extremo sul da costa ocidental da Ásia Menor. O dórico tornou-se o
padrão para a poesia lírica grega, de autores como Píndaro.
O jônico era falado especialmente na costa oeste da Ásia Menor, inclusive em Esmirna e na
área ao sul da cidade. A Ilíada e a Odisseia de Homero foram escritas no grego homérico (também
conhecido como 'grego épico'), uma versão literária do grego jônico. Já o grego ático, um
subdialeto (ou um dialeto-irmão) do jônico, foi por diversos séculos a língua de Atenas, no qual
foram escritas as grandes obras da filosofia e da dramaturgia que ajudaram a tornar célebre esta
cidade. Devido a esta influência, o ático foi adotado na Macedônia pouco antes das conquistas de
Alexandre, o Grande; com a difusão do Helenismo, o ático tornou-se o dialeto padrão, que acabou
por evoluir e tornar-se o koiné.
Dentre os dialetos mencionados, estuda-se nas universidades inicialmente o grego ático, usado
na região de Atenas, o maior centro cultural da Grécia antiga.
Abaixo vê-se o quadro com a síntese dos principais dialetos da Grécia antiga:
Esse dialeto é também chamado ático clássico ou simplesmente grego clássico. Entre todos
os dialetos gregos, o ático é aquele sobre o qual se tem maiores informações linguísticas, e também
o que foi usado por importantes autores, tanto em verso como em prosa, tanto na poesia, quanto
na filosofia, na historiografia quanto na oratória. Na poesia dramática ou teatro usava-se o verso e
destacaram-se os seguintes poetas: Ésquilo, Sófocles, Eurípides, Aristófanes e Menandro. Em
prosa, podemos citar na historiografia: Tucídides e Xenofonte; na filosofia: Platão e Aristóteles; na
oratória: Isócrates, Lísias, Demóstones, Ésquines, etc. Devido à importância desses autores e de
suas obras, até hoje se estuda o ático clássico. A partir desse dialeto, estudam-se os demais,
apresentando-se as diferenças em relação ao ático.
Os dialetos literários
Com fina ironia, que visa ao que de fato importa, a professora Dra. Daisi Malhadas, que
iniciou os estudos de grego na Faculdade de Ciências e Letras da UNESP, em Araraquara, quando
lhe perguntam "Pra que serve o grego?" responde: "Não serve para nada". À primeira vista, essa
resposta nos deixa perplexos. Então como, perde-se tempo - e dinheiro! - com algo que não serve
para coisa alguma? Mas seu esclarecimento é tranquilizador: "O que serve para alguma coisa, compra-
se nas lojas e supermercados, usa-se e depois que não serve mais, joga-se fora. Não é assim com a cultura".
De fato, o grego antigo suscita interesse até nossos dias por ter sido usado por autores como o
poeta épico Homero, o poeta didático Hesíodo, os poetas líricos, como Simônides e Safo, os
dramaturgos Ésquilo, Sófocles, Eurípides e Aristófanes, o médico Hipócrates, e os filósofos, como
Platão e Aristóteles, entre outros. Esses textos são fundamentais para nós, pois veiculam aspectos
fundamentais da cultura grega que, juntamente com a cultura judaico-cristã, a cultura latina e a
cultura da Idade Média constituem os pilares da civilização ocidental. O conhecimento da língua
em que tais textos foram escritos assegura o acesso às fontes sem a intermediação de tradutores,
ou, pelo menos, possibilita o confronto da tradução com o original, permitindo que sejam sanadas
possíveis dúvidas. Essa é a motivação principal para se estudar o Grego Antigo. Contudo, tal
estudo traz como acréscimo o aprofundamento na compreensão da Língua Portuguesa, por se
tratar de uma língua muito diferente, levando a maior consciência dos fenômenos linguísticos do
Português. Além disso, grande número de palavras de nossa língua é de origem grega ou são
palavras formadas a partir de radicais gregos, e, por essa razão, seu conhecimento aperfeiçoa o
domínio do léxico.
A maioria dos especialistas acredita que o alfabeto fenício foi adotado para a língua grega durante
o início do século 8 aC, talvez na ilha de Eubéia. As inscrições gregas fragmentárias mais antigas
conhecidas datam dessa época, 770-750 a.C., e elas contêm formas das letras fenícias de 800-750
a.C. Os mais antigos textos conhecidos até o momento são a inscrição Dipylon e o texto sobre a
chamada Copa de Nestor, ambos datados do final do século 8 a.C., inscrições cujo conteúdo é a
indicação de propriedade particular e de dedicação a um deus.
Inscrições do vaso Dypilon
ΣΦΥΧΨ.
As variantes locais do alfabeto grego foram empregadas na Grécia antiga durante os períodos
clássicos arcaicοs e iniciais, até que foram substituídos pelo clássico alfabeto de 24 letras que é o
padrão de hoje, por volta de 400 a.C. Todas as formas de alfabeto grego foram originalmente com
base no inventário compartilhado dos 22 símbolos do alfabeto fenício ,
O sistema conhecidο como alfabeto grego, com 24 letras, foi originalmente a variante regional das
cidades jônicas da Ásia Menor . Ele foi adotado oficialmente em Atenas em 403 a.C, e na maior
parte do resto do mundo grego em meados do século 4 a.C .
Como a escrita grega teve antecedentes na Civilização cretense ou minoica, que empregou a escrita
Linear A e também na Civilização Micênica, que possuía uma escrita para fins palacianos,
denominada Linear B, é apresentado a seguir breve apontamento acerca dessas duas civilizações.
11
A civilização minoica
Religião
A Senhora das serpentes
3 Arte ou método de pintura mural que consiste em aplicar tintas diluídas em água sobre um revestimento
de argamassa ainda fresco, de modo a facilitar o embebimento da tinta (Dicionário Houaiss).
12
A civilização Micênica
A Grécia micênica refere-se ao período da Grécia antiga entre 1600 a 1100 a.C. Esse nome deve-
se aos achados do sítio arqueológico de Micenas, na Argólida (Peloponeso, sul da Grécia). A
civilização micênica desenvolveu-se a partir da cultura dos aqueus e dos jônios, povos da raça
indo-europeia, que chegaram à região onde surge a Grécia, por volta do século XVI a.C. Esses
povos conquistadores assimilaram elementos da cultura cretense, dando origem, assim, à cultura
micênica.
A prosperidade dos micênicos devia-se à prática da conquista, sendo por isso uma civilização
marcada por uma aristocracia guerreira.
Por volta de 1400 a.C. os micênicos dominaram Creta e adotaram sua escrita, o Linear A,
para registrarem sua antiga forma de grego, na escrita que foi denominada Linear B.
O desaparecimento da Civilização micênica é comumente atribuído à invasão dórica, apesar de
teorias alternativas proporem como causa as catástrofes naturais e as mudanças climáticas. Neste
período começa o desenvolvimento da literatura grega antiga e do mito, incluindo os poemas
épicos de Homero, a Ilíada e a Odisséia. A Guerra de Troia pertence a esse período.
A máscara de Agamenão
4As ruínas encontradas pertencem à dinastia dos reis chamados “Minos”, à qual pertenceria o famoso
Minotauro.
5 Maiores informações em: Ferrara, Sílvia. Mycenaean Texts: The Linear B Tablets. BAKKER, Egbert J. A
companion to the Ancient Greek Language. Massachussets Wiley-Blackwell, 2010.
14
O período Clássico
A acrópole de Atenas
Havia na Grécia nesse período diferentes dialetos, sendo que, em Atenas, falava-se o dialeto de
toda a região da Ática. Devido à rica produção escrita em dialeto ático, essa é a modalidade do
grego estudado nas universidades.
O alfabeto usado para registro da língua grega desse período chamava-se phoinikeia grámmata,
alfabeto fenício, por ter sido adaptado a partir da escrita fenícia.
15
τὰ Ἑλληνικὰ γράμματα
O alfabeto grego
Os fenícios vindos com Cadmo, entre os quais estavam esses gefireus, introduziram numerosos
conhecimentos entre os helenos quando se estabeleceram em seu território — entre outros o
conhecimento do alfabeto, que os helenos, até onde vai o meu conhecimento, não possuíam
anteriormente; de início esse alfabeto era o mesmo usado pelos fenícios; depois, com o passar do tempo,
simultaneamente com a língua esses cadmeus mudaram também a forma das letras. As regiões
circunvizinhas eram habitadas em sua maior parte por helenos de raça iônia; eles adotaram os
caracteres aprendidos dos fenícios e passaram a usá-los com ligeiras modificações, e usando-os eles os
divulgaram, como era justo — pois os fenícios haviam sido os seus introdutores na Hélade — sob o
nome de "fenícios".
Segundo Heródoto, Cadmo teria ido para a Grécia por volta do ano 2000 a.C. Contudo, o
alfabeto fenício surge na Grécia por volta de 800 a. C.
Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/History_of_the_Greek_alphabet
6 Outros autores gregos apresentam diferentes relatos acerca da origem do alfabeto grego. Cf. Higino
Fabulae, 277; Diodorus Siculus, Historical Library, 5.74.1; Plutarco, em sua obra On the malice of Herodotus,
entretanto, critica a opinião de Heródoto.
16
Outras letras
Consultas efetuadas
http://www.ancientscripts.com/lineara.html
http://drupal.antibaro.gr/node/1844
http://www.ancientscripts.com/linearb.html
Cultura minoica: https://www.pinterest.com/sptheos/minoan/
Cultura micênica: http://flickrhivemind.net/Tags/mycenaean
Glossário do Linear B: http://www.explorecrete.com/archaeology/linearB.pdf
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Observe o trecho abaixo, referente a uma tabuinha de ouro7, encontrada em Petélia (Itália).
Tratava-se de uma plaqueta de ouro que os iniciados nos mistérios órficos levavam consigo
quando mortos, para serem "reconhecidos" no Hades como iniciados e, assim, admitidos entre
outros iniciados8.
Temos acima a foto da tabuinha e a reprodução escrita do trecho nela existente. Pode-se
observar a sequência de maiúsculas, palavras todas juntas, etc. Desse texto, destaco um trecho que
se encontra no final da sexta linha e começo da sétima, onde se pode (com dificuldade) ler:
ΑΤΣΑΡΕΜΙΟΙΓΕΝΟΟΤΡΑΝΙΟΝ
MASSOURAÇADOSDEUSES
Em grego ático, em escrita minúscula, seria:
αὐτάρ ε[ἰ]μι [οι] γένος οὐράνιον
... mas sou raça dos deuses...
Só mais tarde, no período helenístico (III século a.C.), Aristófanes de Bizâncio introduziu
os sinais diacríticos, como a pontuação e os espíritos, que se tornaram padrão na Idade Média,
visando a uniformizar a divergência gradativa que se estabelecia entre a pronúncia e a escrita, bem
como para auxiliar os estrangeiros a escreverem ou lerem o grego. Essa nova grafia foi a que
prevaleceu.
A escrita capital (isto é, maiúscula) existiu até o século IX e X d. C., quando foi substituída
pelas letras minúsculas.
As maiúsculas continuaram a ser usadas apenas no início de frases e dos nomes próprios,
de cidades ou nos adjetivos pátrios.
7 http://www.heavenlyascents.com/2009/06/18/instructions-for-the-netherworld-the-orphic- gold-tablets/ e
http://www.theosophy-nw.org/theosnw/world/med/me-gfk.htm
8 Para saber mais, consultar EDMONDS, Radicliffe G. Orphic Gold Tablets and grek religion. Cambridge:
Cambridge University Press, 2011.
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2. ἄσκησις – Observe o quadro acima e escreva 5 vezes cada letra do alfabeto grego.
α - - - - - - - - -- - - - - - - - -- - - - - - - - - ν - - - - - - - - -- - - - - - - - -- - - - - - -
β - - - - - - - - -- - - - - - - - -- - - - - - - - - ξ - - - - - - - - -- - - - - - - - -- - - - - - -
γ - - - - - - - - -- - - - - - - - -- - - - - - - - - ο - - - - - - - - -- - - - - - - - -- - - - - - -
δ - - - - - - - - -- - - - - - - - -- - - - - - - - - π - - - - - - - - -- - - - - - - - -- - - - - - -
ε - - - - - - - - -- - - - - - - - -- - - - - - - - - ρ - - - - - - - - -- - - - - - - - -- - - - - - -
ζ - - - - - - - - -- - - - - - - - -- - - - - - - - - σ/ς - - - - - - - - -- - - - - - - - -- - - - - - -
η - - - - - - - - -- - - - - - - - -- - - - - - - - - τ - - - - - - - - -- - - - - - - - -- - - - - - -
θ - - - - - - - - -- - - - - - - - -- - - - - - - - - υ - - - - - - - - -- - - - - - - - -- - - - - - -
ι - - - - - - - - -- - - - - - - - -- - - - - - - - - φ - - - - - - - - -- - - - - - - - -- - - - - - -
κ - - - - - - - - -- - - - - - - - -- - - - - - - - - χ - - - - - - - - -- - - - - - - - -- - - - - - -
λ - - - - - - - - -- - - - - - - - -- - - - - - - - - ψ - - - - - - - - -- - - - - - - - -- - - - - - -
μ - - - - - - - - -- - - - - - - - -- - - - - - - - - ω - - - - - - - - -- - - - - - - - -- - - - - - -
9 As normas de transliteração usadas na Revista Classica, da Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos, estão
disponíveis em: http://revista.classica.org.br/index.php/classica/article/view/123/113 (para baixar em pdf).
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α β γ δ I – As vogais α ε η ι υ ο ω
II – As consoantes
ν ξ ο π
1. São 11 as consoantes simples:
[n] [ ks ] [ô] [p] β γ δ κ λ μ ν ρ π ς τ
nü ksi ômicron pi 2. São 3 os dífonos (uma letra, dois fonemas):
[ ζ = dz ] - [ ξ = ks ] - [ ψ = os ]
3. São 3 as consoantes aspiradas:
ρ σ/ς τ υ [ θ = th] - [ φ = ph ] - [ χ = kh ]
Notas
[r] [s] [t] [ü/u]
1. σ é usado no início ou meio da palavra
rô sigma tau ípsilon
2. ς é usado no final da palavra
3. γ tem som de “gue”, como em guerra:
φ χ ψ ω [γα], [γο] e [γυ] lê-se /ga/, /go/ e /gu/
[γε] , [γι] lê-se /gue/ e /gui/
[ ph / f ] [ kh ] [ ps ] [ óó ] Mas em γγ γκ γχ γξ o [γ] tem som nasal.
fi ki psi ômega Lê-se: /ng/, /nk/, /nkh/ e /nks/
As consoantes gregas
Além das consoantes simples, equivalentes ao som das nossas consoantes, a língua grega
possui também consoantes duplas, ou dífonos, que são uma única letra para representar dois sons
e também consoantes aspiradas, que eram emitidas acompanhadas de uma aspiração, que é
Letra β γ δ κ λ μ ν π ρ σ τ
Pronúncia [b] [g]1 [d] [k] [l] [m] [n] [p] [r]2 [s]3 [t]
Transliteração /b/ g
/ / /d/ /k/ /m/ /n/ /p/ /r/ /s/ /t/
Observações:
Letra
1. *γα+ *γο, γω+ *γυ+ lê-se /ga/, /go/ e /gu/ γάστηρ estômago; γόνος sêmen
γ [g] *γε+ *γη / γι + lê-se /gue/ e /gui/ ἀγέλη rebanho; γίνεται torna-se
ἀνάγκη necessidade
[γ+ antes de outra gutural (γ, κ, χ, ξ) tem som nasal ἐγγύς perto
[γγ] [γκ] [γχ] [γξ] lê-se: /ng/, /nk/, /nkh/ e /nks/ ἐγχώριος nativo do país
2. a) No final ou no interior da palavra: κιθάρα /kithára/ cítara
ρ [r] a consoante ρ tem som vibrante simples πατήρ /patér/ pai.
(cf. port. carinho).
b) No início das palavras - o som do ρ é vibrante ῥόπαλον /rhópalon/ clava
(cf. port. romance). ῥίς /rhís/ nariz
Usa-se o espírito rude * ' + sobre o ρ * ῥ ] para ῥείθρον /rheítron/ correnteza
marcar esse som vibrante inicial. Ῥηγίον /Rhegíon/ Régio (cidade).
c) Ο ρ vozeado no interior da palavra é
reduplicado * ρρ + (cf. port. carrinho) Συρρηνία /Tirrhenía/ Tirrenia
3. O som do sigma é suave συνουσία relação εἴσοδος saída
σ [s] Como /ss/ em português. σῶμα corpo
Grafia do sigma
[ σ ] usado no início ou no interior da palavra μυστήριον mistério
[ ς ] usado no final da palavra ἄνθρωπος homem.
II. Consoantes duplas (dífonos): uma única letra representa um som complexo, formado por uma
consoante [δ; κ; π] + s/z.
ζ [ dz ] ξ [ ks ] ψ [ ps ]
ζήτησις busca ξένος estrangeiro ψήφος voto
Ἀμάζων Amazona ξίφος espada ψυχή almα
Ζεύς Zeus τόξον arco; flecha Πέλοψ Pélope
III. Consoantes aspiradas - são sons consonantais acompanhados de som gutural [h].
São pronunciadas com um leve sopro. Cf. inglês thing.
As vogais gregas
A grande modificação introduzida na escrita pelo alfabeto grego em relação aos sistemas de escrita
anteriores foi a grafia das vogais. O alfabeto grego tem sete vogais:
αεηιοωυ
Os sons das vogais gregas são assim representados na transliteração:
α ε η ι ο ω υ
a [ā / ᾰ ] e[ĕ] e[ē] i [ī / ĭ ] o[ŏ] o[ō] u [ū / ŭ ]
longa/breve breve longa longa/breve breve longa longa/breve
Frontal Posterior
Algumas vezes, o arredondamento dos lábios é associado a uma vogal frontal e difundindo- se
como uma vogal posterior, como acontece com o u francês e o ü alemão: menu; Müller. Do mesmo
modo é pronunciado o u grego, em certos contextos fonéticos (no início das palavras e após
consoante, formando uma sílaba. Ex.: ύπνος, sono; σύμβολον sinal).
As vogais gregas se distinguem não apenas pelo ponto de articulação (frontal/medial/posterior)
ou grau de abertura/fechamento da boca (aberta/fechada), mas também pela duração de sua
pronúncia.
10
ALLEN, Sidney W. Vox Graeca. A guide to the pronunciation of classical greek.
Cambridge: The Cambridge University Press, 1968, p. 3-4.
24
4. Colocação do espírito
Há diversas possibilidades de colocação do espírito, depende se a vogal for minúscula ou
maiúscula, ou ainda se se tratar de ditongos.
ἀθανασία, imortalidade o espírito é colocado sobre as vogais iniciais minúsculas;
Ἀττική Ática o espírito é escrito ao lado das maiúsculas
αἰτία causa; Εὐρώπη Europa Nos ditongos, o espírito é grafado sobre a segunda vogal
ἀητός águia; Ἅιδης Hades Quando o acento está na vogal inicial, trata-se de um hiato e
não de um ditongo
Os ditongos
Há sete ditongos em grego, formados por vogais seguidas das semivogais [ι ou υ]
Ditongos com a semivogal ι Ditongos com a semivogal υ
Pronúncia Significado
αι /ai/ χαίρετε /kháirete/ Salve!( vós) αυ /au/ ταῦρος /tauros/ touro
ει /ei/ εἰμί /eimí/ eu sou ευ /eu/ Ἐλευσίς / Eleusis Elêusis
οι /oi/ οἶνος /oínos/ vinho ου /u/ οὐρανός /uranós/. céu
υι /ui/ ου /u/ monotongo: duas letras/ um único som
O iota subscrito: [ ᾳ ῃ ῳ ]
O iota pode às vezes estar escrito sob alguma vogal longa (ᾳ, ῃ, ῳ). Esse é o iota subscrito. Pode
ser pronunciado ou não. Alan Daitz, que emprega a pronúncia restaurada do grego o pronuncia.
Ele é escrito sob as minúsculas e ao lado das maiúsculas: ᾠδή e ΨΙΔΗ ode, canto.
Proponho que o iota subscrito seja pronunciado, como forma de auxiliar a memorização.
Transliteração: o iota subscrito escreve-se após a vogal ao qual ele se subscreve.
Ex.: ζῷον animal. Pronúncia dzoion e transliteração: dzōion.
Sinais de pontuação
A escrita grega antiga não possuía sinais de pontuação , nem separação de palavras e foram
desenvolvidos posteriormente, pelos gramáticos. Alguns coincidem com nossos sinais, outros não.
Verifique:
[ . ] ponto final [ ; ] ponto de interrogação
[ , ] vírgula [ · ] ponto e vírgula ou dois pontos ( : )
Trema [ ¨ ] - o trema indica um hiato, ou seja, as vogais juntas não formam um ditongo, mas são
pronunciadas separadamente: ἀϊδής invisível.
ἄσκησις
Escreva em grego os nomes dos heróis que estão transliterados abaixo.
Nota: lembrar-se dos espíritos antes das vogais maiúsculas.
ho Akhilleús ho Héktōr
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ho Odysseús ho Theseús
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https://www.britishmuseum.org/explore/online_tours/greece/the_myth_of_the_trojan_war
/menelaos_and_helen.aspx
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α β γ δ ε ζ η θ ι κ λ μ ν ξ ο π ρ σ/ς τ υ φ χ ψ ω
a b g d e dz e th i k l m n ks 0 p r s t y ph kh ps ô
Saudações:
Cópia Transliteração Significado
1. χαίρετε Salve (vós)!
2. χαῖρε καὶ σύ Salve tu!
Cópia Transliteração
1. ἐγὼ εἰμί
2. σὺ εἶ
3. ἡμεῖς ἐσμεν
4. ὑμεῖς ἐστε
5. αὐτός ἐστιν
6. αὐτοί εἰσιν
7. αὐτή ἐστιν
8. αὐταί εἰσιν
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ἄσκησις - Transliteração
Faça a transliteração das frases a seguir:
Cópia: Tradução:
1. ἐγὼ διδάσκω
2. ἐγὼ μανθάνω
3. ἡμεῖς διδάσκομεν
4. ἡμεῖς μανθάνομεν
5. ἐγὼ λέγω
6. σύ δὲ ἀκούεις
7. αὐτὸς λέγει
8. αὐτὴ δὲ ἀκούει
Vocabulário: μανθάνω aprender / λέγω dizer; falar / ἀκούω ouvir
Pausânias (115 - 180 d.C.) geógrafo e viajante grego, escreveu a obra Descrição da Grécia, onde se lê:
No frontão do templo de Delfos estão escritas máximas úteis para a vida dos homens, que
foram escritas por homens que os gregos dizem ser sábios. Esses eram: da Jônia, Tales de Mileto
e Bias de Priene; dos eólios de Lesbos, Pítaco de Mitilene; dos dórios da Ásia, Cleóbulo de
Lindos; o ateniense Solon e o espartano Quílon; o sétimo, Platão, filho de Ariston, ao invés de
Periandro, filho de Cipselo, declarou que era o queneu Misão, que habitava Quenas, vilarejo do
monte Eta. Esses sábios, então, foram a Delfos e dedicaram a Apolo as célebres máximas:
"Conhece-te a ti mesmo" e "Nada em excesso".
(Pausânias. Descrição da Grécia, 10.24.1)
Ao lado:
Gaia segura Erictônio recém-nascido e o entrega a Atena
Outra categoria de seres existentes são o que os gregos denominavam daímon, que podia
manifestar-se como um espírito da natureza ou forças que afetam o corpo e a mente dos mortais.
Os daímones que agem como forças da natureza pertenciam a diversos grupos, como as Nymphai,
que administram os quatro elementos; as Náiades, que protegem a água fresca e as Dríades, que
cuidam das florestas; há também os Sátiros, que se ligam ao amor selvagem e os Tritões, que são
seres marinhos, etc. Podem ainda ser citados os daímones que agem diretamente sobre os humanos,
como Hypnos (o sono); Eros (o amor); Éris (a discórdia); Phóbos (o pavor); Thánatos (a morte), etc. A
força divina que atuou nas decisões de Sócrates era seu daímon, conforme ele próprio afirma em
sua defesa diante dos juízes, no tribunal que o condenou à morte. Quando descreve o surgimento
do universo e os seres primordiais, Hesíodo assim se refere a Eros, na Teogonia, v. 120-2:
Ἔρος, ὃς κάλλιστος ἐν ἀθανάτοισι θεοῖσι,
λυσιμελής, πάντων δὲ θεῶν πάντων τ᾽ ἀνθρώπων
δάμναται ἐν στήθεσσι νόον καὶ ἐπίφρονα βουλήν.
(...) Eros, o mais belo entre os deuses imortais,
que afrouxa os membros e que de todos os deuses e homens
subjuga no peito o espírito e o justo juízo.
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Além dos prógonoi e dos daímones, havia também outra categoria de seres, os chamados theoí, os
deuses, que detinham o domínio das forças da natureza e que contribuíram para a difusão da
cultura entre os homens. Esses theoí também pertencem a diferentes grupos, dependendo de sua
localização no cosmo ou de sua forma de atuação. São eles os ouranioi, deuses celestes, como
Hélios, o sol; os Ánemoi, os ventos; Eos, a aurora, etc. Há os halioi, os deuses do mar, como as
Nereides, Triton, Glaukos, etc.; os deuses
chtonioi, do mundo subterrâneo, como
Hades, Perséfone, Hécate, etc. Havia
também os deuses georgikoi, protetores da
agricultura, como Pluto e Deméter, por
exemplo; os nomíoi eram os deuses pastoris,
como Pan e Aristeu; os pólikoi eram os
deuses da cidade, como Hestia, Eunomia,
etc.; os titanes, que eram em número de
doze, seis masculinos e seis femininos,
como Têmis, Crono, Prometeu, etc. Havia
ainda os apotheothenai, que eram os mortais
deificados, como Héracles e Asclépio, que
se tornou o deus da medicina.
Pertencem também ao conjunto dos imortais as constelações, que povoavam o céu noturno,
inclusive os signos do zodíaco, tal como Sagitário, que era o centauro Quíron; Gêmeos, que eram
os dois gêmeos Dióscuros, etc. Outra classe era formada por monstros, bestas e gigantes, como
Cérbero, os Centauros, a Esfinge, as Sereias, etc.
Por fim, podem ser citados os heróis semideuses, que eram adorados após sua morte como
deuses menores. Esse grupo inclui figuras como Aquiles; Teseu, Perseu e heroínas como Helena,
Alcmena e Baubo, bem como fundadores de cidades, como Erictônio (fundador de Atenas);
Cadmo (fundador de Tebas) e Pélope, que deu seu nome ao Peloponeso.
ἄσκησις - Complete as lacunas com os nomes dos deuses que estão transliterados:
A Grécia antiga era politeísta. Havia um deus específico para os mais diversos aspectos da vida
humana e cósmica. Entretanto, havia um grupo de deuses que ficou conhecido como os doze deuses
olímpicos. Esses deuses variavam conforme os autores, mas os doze deuses canônicos, como se
- - - - - - - - - - - - - - - - - , não era geralmente incluído entre os deuses olímpicos, porque o seu reino
era o submundo. Platão relacionou os Doze olímpicos com os doze meses, e isso significa que ele
considerou Ploúton um dos doze, uma vez que o último mês do ano era dedicado a ele e aos
espíritos dos mortos. Em seu diálogo filosófico Fedro, Platão alinha os Doze deuses com o Zodíaco
Heródoto menciona ainda que alguns incluíam Heraklēs - - - - - - - - - - - - - - - - - como um dos Doze.
Hefaistos não são. Para Píndaro e também na obra Biblioteca de Apolodoro e em Herodoro,
Heraklês não é um dos Doze Deuses, mas aquele que estabeleceu seu culto. Luciano (século II d.C.)
inclui Heraklēs e Asclepiós - - - - - - - - - - - - - - - - - como membros dos Doze, sem explicar quais
incluídos no grupo dos Doze. Érōs é muitas vezes representado ao lado dos outros doze,
especialmente de sua mãe, Aphrodítē), mas geralmente não é contado entre eles.