Este documento discute o valor do latim e do grego antigo para o pensamento moderno. Contém citações que elogiam a capacidade humana de aprender, pensar e criar civilizações, apesar das limitações da mortalidade, e defendem que estudar os clássicos desenvolve a análise rigorosa e a compreensão sutil. Uma citação também argumenta que filósofos gregos como Sócrates podem ser considerados cristãos por viverem segundo os princípios do Logos.
Descrição original:
Algumas reflexões sobre a importância do Latim e do Grego
Título original
Apresentação sobre as disciplinas de Latim e Grego
Este documento discute o valor do latim e do grego antigo para o pensamento moderno. Contém citações que elogiam a capacidade humana de aprender, pensar e criar civilizações, apesar das limitações da mortalidade, e defendem que estudar os clássicos desenvolve a análise rigorosa e a compreensão sutil. Uma citação também argumenta que filósofos gregos como Sócrates podem ser considerados cristãos por viverem segundo os princípios do Logos.
Este documento discute o valor do latim e do grego antigo para o pensamento moderno. Contém citações que elogiam a capacidade humana de aprender, pensar e criar civilizações, apesar das limitações da mortalidade, e defendem que estudar os clássicos desenvolve a análise rigorosa e a compreensão sutil. Uma citação também argumenta que filósofos gregos como Sócrates podem ser considerados cristãos por viverem segundo os princípios do Logos.
anciã / Pastora ó torre Eiffel o rebanho das pontes bale esta manhã / Já viveste demais na Antiguidade dos gregos e romanos / Aqui até os automóveis têm um ar de muitos anos…»
Guillaume Apollinaire, “Zona”, 1913 Mas para que é que servem o latim e o grego?
«Quando me perguntam: “Para que é que serve o grego?”,
não tenho vontade de responder. Tenho vontade de pegar na mão do interlocutor e levá-lo a uma aula ou a uma sala da Sorbonne. Aí, poderia dizer-lhe: “Vê! Há isto e isto ainda. Vê este rigor na análise. Vê estas nuances subtis. Vê esta riqueza de pensamento.” Ou, melhor ainda, tenho vontade de ir buscar um livro e de lhe pedir para ler uma página, uma frase, algumas palavras, que eu lhe comentaria sem fim. Devo talvez isto à minha profissão de professora de letras: prefiro mostrar a demonstrar.»
Jacqueline de Romilly, Nous autres professeurs, 1969
O elogio do Homem (I)
«πολλὰ τὰ δεινὰ κοὐδὲν ἀνθρώπου δεινότερον πέλει»
Muitos prodígios há: porém nenhum
maior do que o homem. Esse, co’o sopro invernoso do Noto, passando entre as vagas fundas como abismos, o cinzento mar ultrapassou. E a terra imortal, dos deuses a mais sublime, trabalha-a sem fim, volvendo o arado, ano após ano, com a raça dos cavalos laborando. […] O elogio do Homem (II)
A fala e o alado pensamento,
as normas que regulam as cidades sozinho aprendeu; da geada do céu, da chuva inclemente e sem refúgio, os dardos evita, de tudo capaz. Na vida não avança sem recursos. Ao Hades somente não pode fugir. De doenças invencíveis os meios de escapar já com outros meditou. O elogio do Homem (III)
Da sua arte o engenho subtil,
p’ra além do que se espera, ora o leva ao bem, ora ao mal; se da terra preza as leis e dos deuses na justiça faz fé, grande é a cidade; mas logo a perde quem por audácia incorre no erro.
Sófocles, Antígona, vv. 332-371
(tradução de M.ª Helena da Rocha Pereira) O que fazem Aristóteles e Platão à entrada de uma igreja?
«Aprendemos que Cristo é o
primogénito de Deus e recordámos antes que é o Logos, do qual participa todo o género humano. E aqueles que viveram segundo o Logos são cristãos, ainda que tenham sido considerados ateus, como, entre os gregos, Sócrates e Heráclito e outros semelhantes […] aqueles que viveram segundo o Logos são cristãos e não têm medo nem se deixam perturbar.»
São Justino Mártir, Primeira Apologia,
cap. XLVI, 2-4 (séc. II d.C.) (tradução de Isidro Lamelas) Fortiter suaviterque… Ó Sabedoria, que saístes da boca do Altíssimo, e atingis os confins de todo o universo e com força e suavidade governais o mundo inteiro: vinde ensinar-nos o caminho da prudência!