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ESCOLA TEOLOGIA ETECAM

O QUE SÓCRATES E JESUS TÊM EM COMUM?

Prof. Douglas

Aluno
Vanilson Nascimento Silva

Camboriú -SC
2022
O QUE SÓCRATES E JESUS TÊM EM COMUM?

Prof. Douglas

Participante
Vanilson Nascimento Silva

Camboriú -SC
2022
Introdução

Sócrates foi um grego de origem humilde que revolucionou o pensamento


ocidental de tal modo que foi condenado à morte em 399 a.C.

Sócrates ficou conhecido por ter iniciado um período da Filosofia Grega


Antiga, o Período Socrático ou Antropológico, que teria surgido como uma nova saída
em relação aos estudos dos filósofos anteriores (classificados como pré-socráticos). A
filosofia passaria, a partir de então, a abordar questões essencialmente humanas, ou
questões advindas das relações humanas e do convívio em sociedade, como a justiça, o
bem, a moral e a verdade.

Jesus O grego chegou a alcançar a velhice, o galileu não teve a mesma sorte.
Todavia ambos, Sócrates e Jesus Cristo, apesar de homens pacíficos, foram julgados
e condenados à morte acusados de serem uma ameaça à sociedade em que viveram. A
essas duas personalidades, um envenenado o outro crucificado, mortos há quase dois
mil anos e mais, é a quem o Ocidente deve a sua educação e formação moral.
Sócrates

Considerado um dos patronos da filosofia ocidental, Sócrates realizou


contribuições importantes para o estudo da área.

"Considerado um dos maiores nomes da Filosofia clássica, junto com Platão


e Aristóteles, Sócrates é famoso por ter contribuído para os primeiros estudos dessa área,
sendo considerado, inclusive, patrono da filosofia ocidental.

Alguns duvidavam da existência de Sócrates. Contudo, depois que os


diálogos com seus discípulos, como Platão, vieram à tona por meio de obras escritas,
teve-se a certeza da sua vida e obra." "Sócrates nasceu em 470/469 a.C. em Atenas, na
Grécia. Seus pais eram Sophroniscus e Phaenarete. Foi casado com Xantipa. Teve três
filhos: Lamprocles, Sophroniscus e Menexenus.

Nasceu em uma família humilde, com poucos recursos financeiros. Seu pai
era escultor e apresentou ao filho esse ofício, com o qual trabalhou durante a juventude.

Além de escultor, Sócrates serviu ao exército ateniense durante três


temporadas. Depois que se aposentou, passou a exercer os dons pelos quais é mais
conhecido: o de educador e de filósofo.

Segundo relatos, Sócrates levava uma vida simples. Participou ativamente da


democracia da cidade de Atenas. Inclusive, serviu aos militares como um soldado durante
três anos, chegando a participar da Guerra do Peloponeso (431-404 a.C.).

Estudos detalham que Sócrates não tinha a aparência considerada muito


agradável aos demais olhos. Foi descrito como um homem baixo, robusto e com grandes
olhos saltados. Platão, seu aluno, chegou a afirmar que ele não era “nada atraente”. O
ateniense também ficou conhecido por ter sido retratado de forma pejorativa em algumas
sátiras. Tinha poucos amigos."

"Ao contrário dos pré-socráticos, que discutiam questões relacionadas à


natureza, Sócrates e os socráticos apreciavam analisar questões humanas, seus valores,
verdades e fundamentos.

Para os socráticos, os homens fariam melhor se investigassem a si mesmos:


a verdadeira descoberta estava no interior da alma humana, e não fora dela.

O filósofo foi tido por muitos como um homem sábio justamente por assumir
não saber de nada. A frase mais célebre atribuída a ele é: “Só sei que nada sei”. Alguns
consideram-na o paradoxo de Sócrates." "Segundo relatos, Sócrates começou a atuar
com Filosofia quando, ao fazer uma visita ao Oráculo de Delfos, disseram que ele não
saber de nada o tornava o homem mais sábio do mundo. "Sócrates confiou seus estudos
aos discípulos. Isso significa que o que realmente se sabe sobre ele é por meio dos seus
alunos, entre os quais Platão, Xenofonte e Aristófan"

Considerado por alguns como o primeiro a ter pensamentos humanistas,


Sócrates gostava de desenvolver suas reflexões filosóficas em praças públicas de
Atenas. Conversava com jovens, em especial sobre política e religião, buscando saber o
que pensavam." "Sócrates foi acusado de ser ateu e de se associar aos sofistas,
ensinando os jovens a serem selvagens e desrespeitosos e, com isso, corrompendo a
juventude."

Jesus Cristo

Ele nasceu em condições humildes, Jesus nasceu da virgem Maria numa


pequena vila de um lugar distante no mundo, Mesmo ainda rapaz, Jesus ensinou a
palavra de Deus. Aos 12 anos de idade, Ele ensinou no templo, e todos os que O ouviram
ficaram admirados com Seu entendimento. Quando Jesus começou Seu ministério, Ele
jejuou no deserto por 40 dias. Foi tentado pelo diabo e venceu essa tentação. Ele também
foi batizado no rio Jordão por João Batista. Embora Jesus não tivesse pecado, mesmo
assim foi batizado por imersão para nos ensinar a respeito de obediência a Deus. Após o
batismo de Jesus, Deus declarou: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo”.

Jesus foi o maior mestre que já viveu. Ele costumava usar parábolas, ou
histórias, para ensinar lições importantes com as quais ainda podemos aprender hoje.
Seus ensinamentos estavam muito à frente de Seu tempo. Ele nos ensinou a amar nossos
inimigos. Ele nos ensinou a perdoar. Ele nos ensinou a ver as pessoas seja qual for a
raça, idade, sexo ou nacionalidade. Ele nos ensinou a amar a Deus e amar ao próximo.
Mas, principalmente, Ele demonstrou amor em tudo o que fez.
Ao longo de Sua vida, muitos se zangaram com Jesus porque Ele condenou
a hipocrisia. Ele ensinou verdades pouco conhecidas e demonstrou compaixão pelos
pecadores. Jesus demonstrou um poder incrível, e alguns líderes cívicos e da igreja se
sentiram ameaçados por Sua influência.

Na noite anterior à sua morte, Jesus foi ao Jardim do Getsêmani para orar.
Ali, Ele sentiu o peso de todos os pecados e de todas as dores conhecidas pela
humanidade. Ele sofreu por todas as pessoas que já viveram. Depois, Jesus foi traído,
preso, ridicularizado, espancado e crucificado na cruz — tudo isso com a permissão Dele
para cumprir a vontade de Deus. “Dou a minha vida”, disse o Senhor, “para tornar a tomá-
la. Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar, e
poder para tornar a tomá-la” (João 10:17–18). Mesmo tendo sido morto por Seu próprio
povo, Ele clamou a Deus para que tivesse misericórdia deles.

PONTOS DE CONEXÃO ENTRE OS DOIS SÃO

O grego chegou a alcançar a velhice, o galileu não teve a mesma sorte.


Todavia ambos, Sócrates e Jesus Cristo, apesar de homens pacíficos, foram julgados e
condenados à morte acusados de serem uma ameaça à sociedade em que viveram. A
essas duas personalidades, um envenenado o outro crucificado, mortos há quase dois
mil anos e mais, é a quem o Ocidente deve a sua educação e formação moral.

“A sua condição de seres supra-históricos os converteu em eternos


contemporâneos.”

Ambos vieram de famílias humildes. A mãe de Sócrates era parteira, o pai


de Jesus Cristo um marceneiro. Ofícios que modelaram a atuação pública deles. O
grego Sócrates, explicou no diálogo Teeteto, chamava o seu método de ensino de
maiêutica, a arte da parteira: mais ou menos como extrair com habilidade o conhecimento
de dentro do próprio indivíduo. Era assim, pela dialegesthai, a conversação, que alguém
podia alcançar a “Ilustração”, isto é, pensar por si mesmo.

Jesus de Nazaré, por sua vez, auxiliando o pai, com quem aprendeu a
carpintaria, convenceu-se da eficácia da repetição, bater e bater os pregos. O mesmo
procedimento, o da pregação, que ele adotou. Falar repetidamente por horas e horas para
convencer os incréus da eminente chegada do Reino dos Céus. Trazendo uma nova visão
da religião a qual os Judeus estavam acostumados, e com isso quassavam espantos para
alguns, escândalos, para outros, e admiração em poucos.

Separados quatro séculos um do outro, eles atuaram nas cidades mais


importantes da cultura em que nasceram. O palco de Sócrates foi as ruas
de Atenas, capital do Helenismo e sítio do Pártenon; o de Jesus foi as vielas
de Jerusalém e o pátio do Beit Hamikdash, o Templo Sagrado do Judaísmo.
Cidades, diga-se, em que nenhum dos dois foram muito populares. Sócrates era um
impertinente que levava a maioria dos que o cercavam à exasperação. Com pouca
paciência para com a ignorância e a pose presunçosa, como a dos sofistas seus rivais,
os seus questionamentos e indagações, feitos em logradouros públicos ou em
banquetes, agiam como um cortante bisturi expondo os seus contraditores à mofa.

Jesus, por sua vez, além de detestar os fariseus, os hipócritas, se indispôs


com meio mundo na entrada do Templo, expulsando com seu cajado os vendilhões que,
negociando ali, conspurcavam aquele local sagrado. Mas afinal, como ele mesmo
disse, “Não há profeta sem honra, exceto em sua pátria e em sua casa”( Mateus, 13).
Tanto os gregos como os judeus daquela época, povos não muito
numerosos, cada um no seu tempo, estavam ameaçados por forças imperiais terríveis,
poderosíssimas. No outro lado do mar Egeu pairava a sombra ameaçadora do império
persa, enquanto a Palestina estava ocupada pelas legiões desde os tempos
de Pompeu ( ano de 63 a.C.).

Apesar dos dois ouvirem vozes (Sócrates as chamou de dáimon, Jesus de


Espirito), diferiam, porém, nos objetivos pretendidos. O grego procurava formar homens
públicos, cidadãos que atuassem com seriedade e correção nos assuntos comunitários.
O galileu queria convertidos, inocentes como crianças, para conduzi-los para o alto, ao
Reino do Deus Pai.
Se Sócrates teve discípulos que o honraram,
como Platão ou Xenofonte, Jesus teve em Pedro a sua rocha. Mas também foram seus
seguidores quem os decepcionaram e os traíram. Sócrates foi parar no Areópago, o
tribunal de Atenas, para responder pelo comportamento indigno de Alcibíades e
de Críticas, seus admiradores, acusado de “corromper a juventude”.

Jesus, traído por Judas, acusado de blasfêmia e de desrespeito à religião


oficial, teve que apresentar-se no Sinédrio para responder a Caifás e depois a Pilatos,
governador romano da Judéia que o entregou à cruz. O público de Sócrates era
geralmente muito instruído, o que o exercitou na dialética do techne logon, a arte do
discurso racional. Bem ao contrário dos quem Jesus se dirigia, à multidão dos infelizes
da terra, massa iletrada, o que fez dele um gênio no uso da parábola.
Sentenciado a beber cicuta, em 399 a.C., o veneno com que se eliminava o
condenado a morte em Atenas, Sócrates passou seu últimos momentos com seus
discípulos Críton, Fédon, Apolidoro, Cebes e Símias, conversando até o fim, até o
momento em que o seu corpo esfriava, ironicamente recordou-se que devia sacrificar um
galo a Esculápio, o deus da medicina (Fédon - epílogo). Antes da prisão e crucificação,
no ano de 33, Jesus fez sua derradeira ceia com seus apóstolos no Getsêmani, ao pé
do Monte das Oliveiras, e igualmente lembrou-se de um galo, prevendo
que Pedro, “antes que o galo cante”, o negaria três vezes (Mateus - 26).

Conclusão

Sócrates e Jesus, o Sábio e o Messias, a luz para um era o saber, o


conhecimento, para o outro foi a fé e a salvação da alma. Um gerou academias e liceus,
o outro mosteiros e seminários. Educadores da humanidade.

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