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O Rosto da Cruz

Isaías 52. 21 a 53.15

Isaías capítulo 53 nos revela O ROSTO DA CRUZ, pois não existe outra maneira de interpretar
esta passagem senão aplicando-a ao Messias! Até parece que o profeta Isaías, que viveu cerca
de 700 anos antes de Cristo, estava ali, junto ao Calvário, contemplando O ROSTO DA CRUZ –
que é o rosto de Cristo, do Servo Sofredor, do Messias. Vejamos essa clareza de O ROSTO DA
CRUZ em Isaías 53:

O rosto da cruz ERA DESPREZADO

Você já viu certas pessoas na Avenida Expedito Garcia (principal avenida de nossa cidade), com
suas pernas purulentas e cobertas de chagas? São pessoas com feridas abertas! Chagas à
mostra! Qual tem sido o primeiro impulso ou reação de quem passa?! Virar o rosto! Sim, virar o
rosto!

É exatamente dessa maneira que Isaías descreve a Cristo – o Messias era assim na descrição do
profeta Isaías! O verso três diz: “Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de
dores e que sabe o que é padecer; e, como um de quem os homens escondem o rosto, era
desprezado, e dele não fizemos caso”. Oh! Meu Cristo! Oh! Meu Cristo! A cruz fez de Cristo uma
pessoa rejeitada, por isso ele “era desprezado”.

Nossas chagas, sim, nossos pecados, desfiguraram a Cristo! Precisamos enxergar os nossos
pecados em nós mesmos e perceber quão feios eles são! Eles enfeiam a cruz. De tão feios que
são eles levaram a Cristo ao desprezo.

O rosto da cruz ERA DE SILÊNCIO

Vivemos dias de turbulência em nosso País. O povo está saindo às ruas para protestar, e o povo
grita e se manifesta. O povo não está aguentando a dor… Quando somos ultrajados, ou seja,
quando sofremos afronta, desrespeito, humilhação, rejeição, etc. nossa tendência inicial é de
revidar ou, no mínimo, manifestar a esse respeito. Mas O ROSTO DA CRUZ se manifestou doutra
forma: “Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao
matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca”, verso
sete. Mateus 26.63 diz que “Jesus, porém, guardou silêncio”.

Diante do seu sofrimento, Jesus não abriu a boca. O ministério de Cristo foi de protesto, sim;
Cristo protestou nossos pecados na cruz, mas com o silêncio. Ali, Seu protesto foi o amor
incondicional com o qual amou a todos os homens. Seu protesto silencioso revelou Sua opção
pela salvação do homem perdido. Seu protesto silencioso revelou Sua oferta perfeita de
obediência ao Pai e Sua entrega voluntária que foi expiatória e vicária. O silêncio da cruz de
Cristo foi o grito mais poderoso do seu protesto. Jesus mesmo já dizia a seus discípulos: “Eu
venci o mundo”, João 16.33.

O rosto da cruz ERA DE PERDÃO

No versículo cinco Isaías diz que o Servo Sofredor “foi traspassado pelas nossas transgressões e
moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas
pisaduras fomos sarados”. Neste verso não há o termo perdão… Não precisa! Não precisa! “Ele
foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades”. Basta! O ROSTO
DA CRUZ é simplesmente revelador! O ROSTO DA CRUZ revela perdão!

“Quando chegaram ao lugar chamado Calvário, ali o crucificaram, bem como aos malfeitores,
um à direita, outro à esquerda. Contudo, Jesus dizia: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que
fazem. Então, repartindo as vestes dele, lançaram sortes”, Lucas 23.33,34. “Pai, perdoa-lhes”! O
silêncio é rompido. O perdão é lançado! O pecador é convidado à vida!

“Senhor, não é minha oração, não são minhas lágrimas, não é minha ação nem meu sofrimento,
não é minha luta nem minha esperança que me salvam. É tua graça, nada mais.” Eva von Thiele-
Winkler, século 19.

Conclusão

Concluindo, afirmamos com certeza que O ROSTO DA CRUZ, marcado pelo desprezo e
padecimento cruento, teve um desfecho extraordinário e acima de qualquer expectativa
humana: Cristo já ressuscitou! “E, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a vossa
fé; Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem”,
1 Coríntios 15. 14 e 20.

Rev. Adilson Souza dos Santos

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