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O Servo Sofredor dos Manuscritos do Mar Morto
Tradução
Laura Rumchinsky
IMAGO
Título Original: The Messiah before Jesus
—
The Suffering Servant of the Dead Sea Scrolls
Apêndices
Inclui bibliografia
ISBN 85-312-0779-7
——
1. Manuscritos do Mar Morto Critica, interpretação, etc.
2. Manuscritos do Mar Morto Relações com o Novo Testamento.
—
3. Jesus Cristo Messianismo. 4. Servo de Javé. 5. Cristianismo
—
Origem. I. Titulo.
01-1180. CDD
CDU
—— 296.155
296.8
2001
IMAGO EDITORA
— ——
Tel.: (21) 2502-9092 Fax: (21) 2502-5435
—
Rua Santos Rodrigues, 201-A Estácio
20250-430 Rio de Janeiro RJ
E-mail: imago@imagoeditora.com.br
www.imagoeditora.com.br
Impresso no Brasil
Printed in Brazil
SUMÁRIO
Lista de Ilustrações 9
Prefácio 11
Introdução 15
1 O Segredo Messiânico 19
2 Depois de Três Dias 41
3 Outro Paracleto 63
Pós-escrito 81
Apêndice A Os Hinos Messiânicos 85
Apêndice B Entre Roma e Jerusalém 91
Abreviações 111
Notas 113
índice 145
FIGURAS
frg. 7, col. 1 e 2
—
6. O segundo hino messiânico versão 1: 4QHa,
34
7-8. Efígie de Otaviano como Caesar Divifilius, junto à
de Dims Iulius (sestércio de Otaviano, ca. 40 a.C.) 42
9. Capricórnio com a inscrição “Augustus” (denário,
cunhado na Espanha, ca. 17-15 a.C.) 48
10. A serpente de Apoio enroscada no tripé
(camafeu de vidro) 49
11. O texto de Qumran sobre o “filho de Deus”: 4Q246 100
12. Augusto coloca a estrela sobre uma estátua de
Júlio César (denário de L. Lentulo, Roma, 12 a.C.) 102
Para minha, esposa Rivka, e para nossosfilhos,
Shay, Tale Or.
PREFÁCIO
IsraelKnohl
Departamento Bíblico
Universidade Hebraica
Jerusalém
INTRODUÇÃO
O Segredo Messiânico
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Fig. 2. Qumran, caverna 4.
0 Segredo Messiânico 25
OS HINOS MESSIÂNICOS
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Fíg. 3. As folhas rasgadas do Pergaminho de Ação de Graças.
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Fig. 5. O primeiro hino messiânico
— versão 2: 4Q491, frg. 11, col. 1.
Quem é que fala nos hinos? Serão essas as palavras reais de uma
personalidade extraordinária, ou teriam sido colocadas nos lábios
de uma figura imaginária?
Na opinião de alguns estudiosos, essas palavras deveriam ser as
da figura imaginária do sacerdote-Messias, ou mestre, no “fim dos
dias”,47 mas é difícil aceitar esta idéia. Embora haja descrições de
personagens messiânicos futuros na literatura do mar Morto, não
existe nada nem remotamente parecido com esse hino escrito na
primeira pessoa. Da mesma forma, não existe nada que lembre a
audácia e a auto-exaltação refletidas nesse hino. Eis o que diz J. J.
Collins, um proeminente estudioso dessa literatura:
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lutar pelo poder em Roma contra rivais mais velhos e mais experien¬
tes — especialmente Marco Antônio.
O principal esforço de Otaviano na ocasião se voltou para a con¬
secução de honras divinas para o imperador morto, pois, sendo seu
pai adotivo reconhecido como divino, ele também naturalmente
seria beneficiado com tal condição. Desejando enfatizar que era o
filho do “divino Júlio”, Otaviano deu a si mesmo o título de divi
filius, que significa “filho de Deus” ou “filho do divinizado”, e que
foi estampado em suas moedas.1
Nos anos que se seguiram à morte de César ocorreram guerras
cruéis. No começo, Otaviano e Marco Antônio lutaram juntos con¬
tra os assassinos e seus adeptos. Após derrotarem esses inimigos,
dividiram o império entre si. Otávio tinha sua base em Roma e
governava os países do ocidente, enquanto Marco Antônio se esta¬
beleceu em Alexandria e administrava as províncias orientais.2
O relacionamento íntimo de Marco Antônio com Cleópatra, rainha
do Egito, foi motivo de grandes atritos ente ele e Otaviano, resul¬
tando posteriormente na batalha marítima de Accio em 31 a.C.
A sorte da batalha ainda não estava decidida quando
Depois de Três Dias 43
O ORÁCULO DE HISTASPES
—
como Marco Antônio. Ainda de acordo com Histaspes, o primeiro
rei seria destruído pelo segundo este seria Augusto, que derro¬
tou Antônio. Sobre o segundo rei, disse Histaspes: “Ele ... se inti¬
tulará Deus e ordenará que o adorem como o filho de Deus”; com
—
efeito, Otaviano-Augusto se intitulou divifilius “filho de Deus.”
De acordo com Histaspes, o segundo rei, o “filho de Deus”,
seria um falso profeta que faria o fogo descer do céu:
A figura do falso profeta que faz descer o fogo do céu também nos é
familiar pela famosa visão, no capítulo 13 do Apocalipse do Novo
Testamento,14 onde duas bestas são descritas.
A primeira delas, com sete cabeças e dez chifres, surgiu do mar.
Uma de suas cabeças estava seriamente ferida, mas a ferida foi
curada. Todos os habitantes da terra adoravam essa besta. Posterior-
mente, apareceu uma segunda: “Vi depois outra besta sair da terra;
tinha dois chifres como um cordeiro, mas falava como um dragão”
46 Depois de Três Dias
—
paganda com relação à origem divina de Augusto. A figura de um
cabrito ou um bode com dois chifres o Capricórnio ocupava —
um lugar destacado no mito da divindade de Augusto, pois era o
signo do mês da sua concepção. Suetônio atribui a importância que
Augusto dava ao signo de Capricórnio ao que o astrólogo Teógenes
lhe dissera ainda em sua juventude:
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Fig. 9. Capricórnio com a inscrição
“Augustus” (denário, cunhado na
Espanha, ca. 17-15 a.C.).
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que sobe do abismo (abyssos) (Ap. 11,7). que também vem a ser
uma designação para Augusto e seu exército.42
De acordo com o Apocalipse, as(os) duas(dois) testemunhas-
Messias foram mortos em uma batalha nas ruas de Jerusalém.43 Quan¬
do teria ocorrido esta batalha?
Nos dois primeiros versículos do capítulo 11 do Apocalipse,
antes da história das duas testemunhas, temos:
—
descrição do Novo Testamento não pode ser explicado nos ter¬
mos das tradições galiléias. Os hassidim galileus não eram líderes
messiânicos e não existe uma única tradição que os associe a fenô¬
menos desse tipo.
Se quisermos entender o. messianismo de Jesus, devemos nos
conscientizar de que, além das características religiosas e espirituais
adquiridas em seu lugar de nascimento e pela educação que rece¬
beu em sua juventude, ele também foi influenciado, anos depois,
por outra tradição religiosa, da qual ele recebeu sua doutrina mes¬
siânica. Pretendo demonstrar agora que a imagem messiânica de
Jesus foi formada por um encontro com aqueles que mantinham o
legado do Messias de Qumran.73
Não há razão para nos concentrarmos nos milagres operados
por Jesus, em suas parábolas ou em seus ensinamentos morais.
Estes não têm conexão com o legado de Qumran e já observamos
que sua origem está nas tradições da Galiléia e de Hilel. Devemos
dirigir nossa atenção para a cristologia — isto é, as características
messiânicas de Jesus como foram descritas nos Evangelhos.
O SEGREDO MESSIÂNICO
Depois de ouvir a voz dos céus enquanto era batizado por João, Jesus
guardou para si o conhecimento de sua missão messiânica e não o
revelou a ninguém. A primeira vez em que falou a respeito a seus dis¬
cípulos está registrada no Evangelho de Marcos (8,27, 29-31):74
A NOITE NO GETSÊMANE
Outro Paracleto
A EXCOMUNHÃO
—
tiva de se descrever o lugar de Deus no céu “o capítulo do carro
de guerra.”33 A Mishná termina com uma clara condenação a qual¬
quer um que deixe de considerar a honra a Deus.
Os estudiosos tiveram dificuldade para entender como essa
discussão se encaixa no tratado Haguigá. Cada tratado versa sobre
um determinado tópico. O Haguigá cuida dos assuntos relaciona¬
dos às cerimónias que se realizavam no Templo durante as festas.
A proibição de desrespeitar a honra de Deus pelo fato de alguém
ocupar-se dos segredos da criação ou do lugar de Deus no céu não
têm ligação com este assunto. Eu creio que a solução desse pro¬
blema, que atormentou os comentaristas da Mishná por muitos
séculos,34 está na figura de Manaém.
11 Outro Paracleto
Ou então:
Onde vais, Hilel?
Estou indo cumprir um mandamento.
Que mandamento, Hilel?
Vou aos banhos.
Mas isto é um mandamento?
Ele respondeu: É, sim, para purificar o corpo.
— —
Vemos que os corpos das duas testemunhas dois líderes
messiânicos mortos pelos soldados romanos foram deixados nas
ruas de Jerusalém.54 Sobre essas testemunhas messiânicas, temos
nesse mesmo capítulo: “Estas são as duas oliveiras e os dois cande¬
labros que estão diante do Senhor da terra” (Ap 11,4). Manaém
provavelmente era uma das duas testemunhas messiânicas.
O PARACLETO
mas com o tempo ele haveria de voltar e ser revelado como o reden¬
tor de Israel. Referindo-se ao Templo destruído, o judeu disse à
mãe de Manaém: “Estamos certos de que assim como ele marcou
sua destruição, assim o construirá novamente.” Deste modo, a
lenda talmúdica adotou a idéia de um messianismo catastrófico
desenvolvida pelos discípulos de Manaém, o essênio: a destruição
era um estágio necessário no processo de redenção. É como se a
lenda do Messias rejeitado, Manaém, filho de Ezequias, expres¬
sasse um desejo, por parte da tradição rabínica, de revogar a exco¬
munhão de Manaém, o Messias essênio, e de reconhecer seu
importante papel no processo de redenção.9 Essa evolução atingiu
seu ápice na tradição midráshica relativa ao Messias, filho de José,
que foi morto na guerra pela redenção e estava destinado a ressusci¬
tar.10 Essa tradição constitui um reflexo da narrativa histórica sobre
Manaém, o Messias essênio.11 A figura de Manaém, o herói de nosso
livro, foi a base do mito messiânico judaico, assim como serviu de
inspiração para o messianismo de Jesus de Nazaré.
APÊNDICE A
Os Hinos Messiânicos
OS MANUSCRITOS
HINO 1, VERSÃO 1
E no segundo:
HINO 1, VERSÃO 2
HINO 2, VERSÃO 1
1 [...]
2 1 ... e a maldade perece ... 1
3 [ ... e a op[ressão [cessa; o opressor pára com indignacãol
4 a mentira [aca]ba, e não há perversidades insensatas; a luz
aparece, e a alegfria brotai:
5 a dor [desaparece], e o sofrimento some; a paz surge, o terror
cessa; uma fonte se abre para [eterna] bênfçãol
6 e [para] cura por todos os tempos para sempre; a iniquidade
termina, a aflição cessa para que não haja mais enfermi[dade; a
injustiça é eliminada],
7 lea culpla não existe m[ais. Prfoclamai e dizei; Grande é
Deus que ag[e prodigiosamente],
8 pois abate o espírito arrogante para que não reste nenhum e
eleva o pobre do pó para [as alturas eternas],
9 e até as nuvens ele o faz crescer em estatura, e [ele está] com
os seres celestiais na assembléia da comunidade e rp [ ... ]
10 ira para eterna destruição. E os que tropeçam na terra ele os
ergue sem culpa, e [perpétuo] po[der está com]
11 seus passos, e eterna alegria em suas habitações, perpétua
glória sem cessar [para todo o sempre].
12 Que digam: bendito é Deus que [real]iza prodigiosas
[m]aravilhas, agindo vigorosamente para fazer aparecer seu
poder, fe agindo com iustical
13 [em] sabedoria para todas as suas criaturas e [em] bondade
sobre seus semblantes, para que possam conhecer a
abundância de suas amorosas [bondades, e a quantidade de]
14 sua misericórdia para todos os filhos de sua verdade.16
HINO 2, VERSãO 2
— —
A cena descrita no hino um homem sentado sobre um trono
de poder no céu é apropriada não para a figura do Sumo Sacer¬
dote, mas para a do rei-Messias. O herói do hino dá a si mesmo o
título de “o amigo do rei”, ou, em outras palavras, o amigo de Deus.
O rei Salomão era chamado de Jededias (“amigo de Deus”) e foi
descrito como tendo se sentado no “trono de Deus.”38
Na Bíblia encontramos figuras que se sentam em tronosy««/o a
Deus. Em Salmos 110,1, Deus convida um rei a sentar-se junto a
Ele: “Senta-te à minha direita, até que eu ponha teus inimigos
Os Ninos Messiânicos 93
Coluna 1
Coluna 2
1 Como cometas
2 que vistes,6 assim será o reino deles. Durante anos eles
reinarão sobre
3 A terra e passarão por cima de tudo: povos pisarão sobre povos
e província sobre província
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Nos exatos dias de meus jogos um cometa foi visível por sete
dias na parte norte do céu. Surgia cerca de uma hora antes do
pôr-do-sol e era brilhante. ... As pessoas comuns acreditavam
que esse astro representava a alma de César recebida entre os
espíritos dos deuses imemoriais e, em vista disso, o emblema
da estrela foi acrescentado ao busto de César que pouco
tempo depois inauguramos no fórum.11
lia/Vi.-.
— —
Augusto o título de Otaviano era o rei “grande sobre a
terra”, a quem todos haveriam de servir. Era o único soberano do
Entre Roma e Jerusalém 103
—
do Altíssimo” também se referem a Augusto que, como vimos, era
chamado de divifilius filho de Deus.
O documento prossegue:
Como cometas
que vistes, assim será o reino deles.
Eu tomei meu assento ... nos céus ... eu serei contado entre
os anjos, e estabelecido na santa congregação.25
PREFÁCIO
INTRODUÇÃO
7. Lactâncio, Divin. Inst. 7.16.4, org. S. Brandt (N. Iorque, 1965), tra¬
dução para o inglês de Flusser, em Judaism, p. 402 e segs.
8. Histaspes dizia que o segundo rei viria da Síria. Para uma explana¬
ção sobre o assunto, ver notas 48 e 52, deste capítulo. Dizia que o primeiro
rei viria do norte. Flusser (Judaism, pp. 65-67) explica que se trata de uma
tentativa de criar uma associação com o “rei do norte” do capítulo lido
livro de Daniel. Há outros elementos tirados do livro de Daniel na descri¬
ção do primeiro rei. Compare-se: “... tendo destruído três daquele núme¬
—
ro (de reis)” (Lactâncio, Divin.Inst. 7.16.3) “e abaterá três reis” (Daniel
7,24); "... ele mudará as leis” (Lactâncio, Divin. Inst. 7.16.4)”
— “... ele
tentará mudar os tempos e a lei” (Daniel 7,25).
9. Lactâncio, Divin. Inst. 7.17.4.
10. Ver a descrição desses eventos em R. Syme, The Roman Revolution
(Oxford, 1939), pp. 259-93.
11. Cássio Dio, Roman History 50.4.1, Loeb Classical Library (Cam¬
bridge, Mass., 1917).
12. A tentativa de fazer de Alexandria a nova Roma se evidencia nas
moedas daquele período. Ver Taylor, Divinity of the Roman Emperor; p. 127 e
nota 55.
13. Lactâncio, Divin. Inst. 7.17.4-5.
14. A conexão foi feita por D. Flusser (Judaism, p. 433 e segs.).
15. Ver o levantamento de recentes estudos e discussões sobre o
assunto em Thomas B. Slater, “On the Social Setting of the Revelation of
John”, New Testament Studies 44 (1998), pp. 232-56.
16. O texto original talvez falasse dos chifres de um bode e João, o
autor do livro, pode ter trocado o bode por um cordeiro, para mostrar o con¬
traste entre Jesus, descrito como um cordeiro, e o Anticristo, que se parece
com um cordeiro mas fala como um dragão. Ver J. Jeremias, TDNT1:341.
17. Suetônio, “Augustus”, 94, em TheLives of the Caesars, tradução para
o inglês de J. C. Rolfe (Londres, 1913). Suetônio não se mostra coerente
aqui, pois na seção 5 afirma que Augusto nasceu cm setembro. Capricórnio
era o signo de sua concepção, e não de seu nascimento. Ver G. W Bower-
sock, “The Pontificate of Augustus", em Between Republic and Empire, org.
A. Raaflaub e M. Toher (Berkeley, 1990), p. 386.
18. J. R. Fears, The Divine Election of the Emperor as a Political Concept at
Rome (Roma, 1977), pp. 207-10. Para uma análise detalhada das várias
implicações do uso do signo de Capricórnio por parte de Augusto, verT. S.
Barton, Power and Knowledge (Ann Arbor, 1994), pp. 40-44.
Notas 121
19. J. Gage, Apollon romain (Paris, 1955), pp. 583-637; E. Simon, Die
Port/andvase (Mainz, 1957), p. 30 e segs.
20. Cássio Dio, Roman History 45.1.2.
21. Suetônio, “Augustus”, 94.
22. Sobre a luta deApolo com Píton, ver J. Fontenrose, Python:A Study
of Delphic Myth and Its Origins (Berkeley, 1959).
23. Ver S. Weinstock, Dims Julius (Oxford, 1971), p. 14.
24. Propércio, Elegies (E/egias) 4.6.27, Loeb Classical Library (Cam¬
bridge, Mass., 1990).
25. Sobre Augusto e o templo deApolo, ver K. Galinski, Augustan Cul¬
ture (Princeton, 1996), pp. 213-24.
26. Taylor, Divinity of the Roman Emperor; p. 154 e nota 27.
27. Fishwick, Development of the Imperial Cult, vol. 1, p. 81, nota 70.
28. Suetônio, “Augustus”, 96-97.
29. Sobre os poderes proféticos atribuídos a Píton, ver Fontenrose,
Python, p. 374. A mesma obra (p. 375 e segs.) fala da relàção íntima entre
Píton e Dioniso. Como sabemos, Marco Antônio se via como Dioniso. Tal¬
vez o autor da visão pretendesse inverter o mito de Augusto. Este se com¬
parava a Apoio, que derrotou Píton-Dioniso, mas na verdade o Apocalipse
diz que ele próprio era um dragão, como Píton-Dioniso!
30. A. Yarbro Collins, em The Combat Myth in the Book of Revelation (Har¬
vard Dissertations in Religion [Missoula, 1976], p. 64 e segs.), considera
que o episódio do capítulo 12 do Apocalipse, sobre o dragão que perseguiu
a mulher que deu à luz o Messias, se baseou no mito de Píton, que perse¬
guiu Latona, mãe deApolo. Em sua opinião (p. 128), o autor da visão era
um judeu que escreveu a obra naÁsia Menor no século I E.C. Esta história,
afirma Collins (pp. 188-89), refletia uma polêmica contra a propaganda
disseminada por Augusto e pelos Césares que o sucederam. O autor da
visão assevera que o César romano não era, como jactanciosamente ale¬
gava, Apoio, mas o dragão Píton; o verdadeiro Apoio seria o Messias judeu.
As sugestões de Collins são convincentes. Ao que parece, a história da per¬
seguição da mãe do Messias pelo dragão e a visão das duas bestas no capí¬
tulo 13 do Apocalipse seriam originárias do mesmo escritor. Este teria
conhecimento do mito relativo ao deus Apoio e dos relatos ligados ao tem¬
plo de Delfos, e se valeu desse conhecimento para enfrentar a propaganda
de Augusto. Quanto ao período em que escreveu, ver nota 46, deste capí¬
tulo. João, o autor do Apocalipse, incluiu a visão das duas bestas em seu
capítulo 13, introduzindo vários acréscimos à visão original. Um desses
acréscimos deve ser a referência a Jesus no versículo 8 e as insinuações da
122 Notas
— —
2.3.3. Este é o pano de fundo para a afirmação de Histaspes (Lactâncio,
Divin. Inst. 7.17.6) de que o rei malvado o “falso profeta" tentaria des¬
truir o Templo.
46. Na opinião de J. Wellhausen, esses versículos expressavam os pon¬
tos de vista dos zelotas na grande rebelião contra Roma. Mas nesta grande
rebelião o pátio externo, o altar e o Templo foram todos capturados
(Josefo, A Guerra dos Judeus 6.4.6) , portanto a descrição no livro do Apoca-
124 Notas
6. Os anjos são por vezes descritos como filhos de Deus (ver, por
exemplo, Génesis 6,2, Salmo 29,1). Em nenhum ponto da Bíblia, contudo,
são descritos como filhos do rei.
7. Ver Eshel, “The ’Speaker’”, p. 621, linha 10.
8. Sobre os “amigos” nas cortes dos governantes helenísticos, ver
Ch. Habicht, “Die herrschende Gesellschaft in den Hellenistischen
Monarchen”, Vterteljahresscliriftfiir SozialundWirtschaftsgeschichte 45 (1958),
p. 1 e segs. Sobre os “amigos” na corte de Herodes, ver A. Schalit, Rei Hero-
des (em hebraico) (Jerusalém, 1960), pp. 208-9.
9. Josefo, A Guerra dos Judetts 1.460.
10. Ver Josefo, Antiguidades Judaicas 15.228; A Guerra dos Judeus 1.538,
571, 620. Sobre os tribunais de Herodes, ver Rabello, “ Hausgericht in the
House of Herod the Great?” pp. 119-35.
11. Josefo, Antigjiidades Judaicas 15.372-79.
12. Ver Josefo, Antigiiidades Judaicas 13.311-13; ibid. 17.345-48; idem,
A Guerra dos Judeus 1.78-80; ibid., 2.111.
13. Ver Schalit, Rei Herodes, pp. 228, 297, 334. Sobre a possível fonte
dessa história, ver Tal Ilan, “King David, King Herod and Nicolaus of
Damascus” JSQ 5 (1998), pp. 225-28.
14. Ver M. Stern, “Herod and the Herodian Dynasty”, em The Jewish
People in the First Century, org. S. Safrai e M. Stern (Assen, 1974),
pp. 270-77; idem, “Social Realignments in Herodian Judea”, em The Jeru¬
salem Cathedra (Jerusalém, 1982), pp. 40-62.
15. VerB. J. Capper, ‘“With the Oldest Monks’ ... Light from Essene
History on the Career of the Beloved Disciple?" JTS 49 (1998), pp. 28-29.
16. Ver E. Schuller, “A Hymn”, pp. 610-11, linhas 1-5.
17. IQS 9:21-23.
18. Ibid.
19. Ver D. Flusser, “Hillel and Jesus: Two Ways of Self-Awarenes”, em
HUMandJesus, org. J. H. Charlesworth e L. L. Johns (Minneapolis; 1997),
pp. 78-82. Sobre o messianismo militante nos escritos dc Qumran no
período herodiano, ver K. Atkinson, “On the Herodian Origin of Militant
Davidic Messianism at Qumran”, JBL 118 (1999), pp. 435-60.
20. Mishná, Haguigá 2:2.
21. Há divergências entre os estudiosos sobre a questão de realmente
ter existido uma liderança em pares naquele período ou se o relato na
Mishná é apenas uma projeção das condições do período tanaíta sobre o
período do Segundo Templo. Ver Good b1a11, Monarchic Principle, pp. 72-73,
afirmando que na época do Segundo Templo não havia uma liderança
130 Notas
dupla e que essa Mishná representa uma tentativa por parte dos rabinos do
século II de pintar um quadro da liderança no período do Segundo Templo
conforme a realidade de seu próprio tempo. Para os objetivos do presente
estudo, porém, não há necessidade de se decidir sobre a historicidade da
dupla liderança. Do nosso ponto de vista, a importância dessa Mishná está
na afirmação de que Manaém “saiu”. Mesmo se aceitarmos a opinião de
Goodblatt, isto não afeta a autenticidade da tradição no que toca à “saída”
de Manaém. Por outro lado, é difícil acreditar que alguém no século II
pudesse inventar tal história. Indubitavelmente, ela reflete um evento
histórico.
22. Mishná, Avot 1:1-12.
23. Ver J. M. Baumgarten, Studies in Qumran Law (Leiden, 1977),
p. 10, nota 18.
24. Ver A. Zacuti, Sefer Yuhasin Sha/em, org. H. Filipowski (Jerusalém,
1962), pp. 17, 73. Entre os estudiosos que sustentaram essa identificação
temos Azariah de Rossi em sua obra Me’or Einayim (ver Robert Bonfils./fcs-
ria de Rossi: Selected Chaptersfrom “Sefer Me'or Einayitn" [Jerusalém, 1991],
p. 241); H. Graetz, Historiados Judeus (em hebraico), trad, para o inglês de
Shaul Pinhas Rabinovitz
— History of the Jews (Jerusalém, 1972), p. 495;
H. Schorr, Hehalutz 7(1864) , p. 60; Joseph Derenbourg, Essaisur/'histoireet
la Géographie de!a Palestine (Paris, 1867), p. 464, e Ch. Albeck, Mishna Seder
Mo'ed (em hebraico) (Jerusalém, 1951), p. 11.
25. No Talmude da Babilónia, Haguigá 16b, está escrito que Manaém
“partiu para tratar dos negócios do rei”. Esta afirmação deve ser comparada
com Daniel 8,27: “para ocupar-me dos negócios do rei.” De acordo com a
história na Bíblia, Daniel era membro da corte do rei da Babilónia.
26. Esta é a formulação no manuscrito de Leiden doTalmude de Jeru¬
salém e na edição de Veneza. As formas confusas pltn, líTHn aparecem
em citações que o Rabi Nissim Gaon faz dessa passagem (ver Nissim
Gaon, Liblli Quinque, org. S. Abramson [Jerusalém, 1965] , p. 70, e o comen¬
tário sobre a Mishná do Rabi Nathan {Kirjat Sepher\Q,ox%. S. Assaf [1935],
p. 541). Por outro lado, nos extratos do livro do Rabi Nissim Gaon publica¬
dos por N. J. Epstein, em Studies in TalmudicLiteratureand Semitic Languages
(Jerusalém, 1988), vol. 2, p. 268, a formulação é ’Ciri. Esta forma parece
ser uma correção erudita feita por alguém que sabia que a rara palavra
"pTri —
comum ,D,-in
——
tirki significava “armadura” em grego e a substituiu pela mais
“escudos”. No Talmude da Babilónia, porém, ’pTTI
—-
tirki, foi mudada para J’p’TO, “vestes de seda”, de acordo com a descrição
de Manaém no Talmude da Babilónia, como alguém que “saiu para tratar
Notas 131
dos negócios do rei.” Sobre as versões no Midrash para o Cântico dos Cân¬
ticos Zuta, ver S. Lieberman, Greek in Jewish Palestine (N. Iorque, 1965),
p. 181, nota 187. Conforme constataram Lieberman eAlon (G. Alon, /otí,
Judaism andthe Classical World [Jerusaiém, 1977], pp. 332-33), uma compa¬
ração das várias versões revela que a forma original era 'pTTI —
As mudanças e confusões se deveram ao fato de a palavra ’pTTl ser rara na
tirki.
literatura dos sábios e de, por esse motivo, não ter sido corretamente
entendida.
27. Sobre ’pTPI
— —
tirki , “cota de armadura”, ver Alon, Jews, Ju¬
daism and the Classical World; Lieberman, Greek in Jewish Palestine, e A. Tal,
“iTpTn”, em Estudossobre Literatura Rabínica, Bíblia e História Judaica (em
hebraico), org. Y. D. Gilat, Ch. Levine e Z. M. Rabinowitz (Ramat Gan,
1982), pp. 256-60.
28. Talmude de Jerusalém, Haguigá 2:2 (77b).
29. Esta tradição data no máximo do século II E.C. Isso é demons¬
—
trado pelo fato de que no Talmude daBabilônia-Beraka ’pTTI tirki já
mudou para a J’p’TO. Beraita é uma fonte ranaíta datada da primeira
—
metade do século III. Segue-se, portanto, que a data da tradição no Tal¬
mude de Jerusalém não pode ser posterior ao século II.
30. Sobre a exibição de armas reluzentes como símbolo de sucesso na
guerra, ver D. Gera, “A Batalha de Beth Zacharia e Literatura Grega”, em
Os Judeus no Mundo Greco-Romano: Estudos em Memória de Menahem Stem
(em hebraico), org. I. M. Gafni, A. OppenheimereD. R. Schwartz (Jerusa¬
lém, 1996), pp. 27-31.
31. “Escrever sobre os chifres de um touro” é a fórmula atribuída no
Midrash a um decreto de Antíoco Epífanes (ver Midrash, Bereshit Rabba
2:4, org. J. Theodor e Ch. Albeck, p. 11 e paralelos). A expressão talvez
pretendesse ser um comentário irónico à outra dos seguidores de Ma-
naém, “erguer o chifre do Messias”, referente ao seu líder.
32. A expressão “oitenta pares” corresponde ao tamanho de uma uni¬
dade militar e é provavelmente figurativa. Ver B. Z. Luria, “Quem é
Manaém?” (em hebraico) Sinai 55 (1964), pp. 300-301. Lieberman (Greek
in Jewish Palestine), na nota 186, declara-se de acordo com a opinião de
J. Derenbourg (Essai sur 1’Histoire et la Géographie de ta Palestine, p. 464),
segundo a qual o Manaém que “saiu” com seus discípulos envergando
— —
armaduras reluzentes era Manaém, o galileu, chefe dos sicaríi os zelotas
ao tempo da Revolta Judaica, e não o parceiro de Hilel. Porém, embora o
Midrash para o Cântico dos Cânticos Zwtojunte essas duas personalidades,
não há indício de nenhuma combinação desse tipo no Talmude de Jerusa-
132 Notas
PÓS-ESCRITO
145 a.C.), que chamava a si mesmo de “filho de Deus”. A meu ver, essa
sugestão é problemática: o “filho de Deus” é descrito no texto como um rei
que será grande sobre a terra; todos os reis farão a paz com ele e o servirão.
Esta descrição não se enquadra com a figura histórica de Alexandre Balas,
que não foi um grande rei governando a terra e não foi servido por todos.
Puech e Steudel (ver nota 3, desta seção) sugeriram a identificação do “filho
de Deus” como Antíoco IV. Este no entanto, não era chamado de “filho de
Deus”. Outros estudiosos contestam a identificação do “filho de Deus”
como um rei perverso. Será possível, questionam eles, que títulos dignifi-
cantes como “filho de Deus” e “filho do Altíssimo” se aplicassem a um rei
perverso e, neste caso, como tais títulos são usados no Evangelho de Lucas
para designar a figura de Jesus? Por conseguinte, esses estudiosos con¬
cluem que o “filho de Deus” no documento de Qumran deve ser uma
figura messiânica positiva (ver os artigos de Cross e Collins mencionados
na nota 3, acima). O problema desse ponto de vista foi corretamente apon¬
tado por Puech e Steudel: o entendimento da figura do “filho de Deus”
como uma figura messiânica positiva está ligado à divisão do texto em qua¬
tro unidades: I 4-6, 17
— II la, II lb-3, II 4-9. No entanto, o texto está
dividido pelo vacat (espaço) em duas unidades apenas, e não há evidência
de divisão adicional em II 1.
9. Puech, ‘4Q apocryphe de Daniel ar”, p. 166.
10. Esta foi a opinião de Milik, por exemplo, que identificou o “filho
de Deus” como um dos monarcas selêucidas.
11. Plínio, História Natural, trad, inglesa de H. Rackham (Cambridge:
Harvard University Press, 1958). Ver Suetônio, “Iulius”, 88, em Os Doze
Césares-, Cássio Dio, História Romana 45.7.1; Sérvio sobre Virgílio, Éclogas
9.46.
12. Sobre a “idade de ouro” e Augusto, ver K. Galinski, Augustan Cul¬
ture (Princeton, 1996), p. 91 e segs.
13. Sobre o cometa e seu significado, ver Taylor, Divinity of the Roman
Emperor, pp. 90-92, 112-14; Weinstock, Divus Julius, pp. 370-84; Fishwick,
The Imperial Cult, p. 74; e P. Zanker, The Power of Images in the Age of Augustus
(Ann Arbor, 1988), pp. 34-35.
14. Ver Taylor, Divinity of the Roman Emperor, p. 106; c Fishwick, The
Imperial Cult, p. 76. Otaviano começou a usar esse título por volta de
40 a.C.
15. Ver Daniel 7,23. Essa visão de Roma, como a quarta besta que
passa por cima de toda a terra, está de acordo com a descrição dos romanos
no Pesher Habacuc encontrado em Qumran:
142 Notas
[Q]ue pisam sobre a terra com seus cavalos e com suas bestas.
E de longe eles vêm, das ilhas do mar, para devorar todos os
povos como uma águia, e não conhecem a saciedade. ...
—
eles distribuem seu jugo e seu trabalho forçado seu alimento
sobre todos os povos ano após ano para devastar muitas terras.
( Pesher Habacuc 3:9-12, 6:6-8)
—
16. Suetônio, “Augustus”, 94.
17. Ver a descrição de Augusto como redentor da humanidade em
De Legatione ad Gaium, de Fíion, 143-47.
18. Bultmann, History of the Synoptic Tradition, p. 291 e nota 4.
19. De acordo com Brown, Augusto foi mencionado em Lucas (2,1)
para asseverar que Jesus, e não o imperador romano, era o verdadeiro
redentor que traria a paz para o mundo. Ver Brown, Birth of the Messiah,
pp. 415-16.
20. Para uma bibliografia sobre a “Quarta Écloga”, ver W W Briggs,
“A Bibliography of Virgil’s Eclogues", ANRW11 31.2 (1981), 1311-25.
21. Virgílio, Quarta Écloga 1-14, trad, inglesa por H. Rushton Fair-
clough (Cambridge, Mass., 1942). A forma como Virgílio descreve a “nova
era” recorda a visão do “fim dos dias” em Isaías 11,6-8:
Por sua vontade, as cabras virão para casa com seus odres
intumescidos de leite
e rebanhos não temerão os enormes leões. ... E a serpente
os
perecerá.
65, 67; Jesus e o, 17, 59-61, 80, Quintílio Varo, 52, 125nn48, 52
83; influência romana sobre o, Qumran, 24, 25, 27
105-109. Ver também Manaém
Milik, J. T, 140n8 Revolta de 4 a.C., 52, 76-77
Mishná, 69-72
Saduceus, 67
Salmos, livro dos, 92
Otávia, 44, 107 Sinóticos, Evangelhos, 15-16. Ver
Otaviano. Ver Augusto também Lucas, Evangelho de;
Marcos, Evangelho de; Mateus,
Evangelho, de
Paracleto, 78-80, 134n70 Suetônio, 46-48, 120nl7. Ver"ser¬
Paulo, 15, 43 vo sofredor”. Ver sob Isaías, livro
Pergaminho da Guerra enre os Fi¬ de
lhos da Luz e os Filhos das Tre-
vas, 22, 23, 53 Talmude, 72; de Jerusalém, 70, 81-
Pergaminho de Ação de Graças, 25- 82, 130n26, 131n32
27, 26, 30, 64, 94-95, 138nl6. Ver
também hinos messiânicos Virgílio, 20, 105-109
Pesher de Habacuc, 141nl5
Píton, 47-48, 49, 121nn29, 30 Zacarias, livro de, 51, 56, 122n39