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MANUAL
DO
ACATI – AEGE
(EOL / UFV)
Procedimentos para alteração de características técnicas
de empreendimentos que comercializaram energia no
Ambiente de Contratação Regulado
Versão: 01/2018
Data: 3 de agosto de 2018
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Ministério de Minas e Energia
Seção Alteração
Alteração completa do Manual para alterar a sistemática
do ACATI por meio da utilização da ferramenta AEGE.
Nessa oportunidade, esse Manual disciplinará apenas a
alteração de características técnicas de Centrais
Geradoras Eólicas (EOL) e Usinas Fotovoltaicas (UFV).
Geral
A ANEEL, a EPE e o MME estão construindo o processo
para inclusão das demais fontes no AEGE em um segundo
momento, e enquanto isso não ocorre, essas alterações
deverão observar o disposto na versão anterior do
Manual, de 6 de fevereiro de 2016, agora intitulada de
Manual do ACATI – Demais fontes.
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Ministério de Minas e Energia
INTRODUÇÃO
Para que essa nova sistemática funcione, promovendo ganhos de eficiência com
redução do tempo de análise pelos órgãos, disponibilizamos esse Manual, que representa o
conjunto mínimo de informações que deverão ser disponibilizadas pelo empreendedor para
subsidiar as análises, tornando o processo mais célere e preciso.
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Ministério de Minas e Energia
pela alteração tipo B. Se envolver a alteração do seu projeto de geração, incluindo ou não a
alteração de seu sistema de transmissão de interesse restrito associado, deverá optar pela
alteração Tipo A.
Por fim, destaca-se que a lista de documentos definida nesse manual não é
exaustiva. Assim, caso a ANEEL, a EPE e/ou MME julguem necessário, documentos adicionais
poderão ser solicitados aos agentes, o que se dará por meio do sistema AEGE.
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b) Memorial Descritivo
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Como exemplo: As instalações de transmissão de interesse restrito do empreendimento são constituídas
de uma subestação elevadora de [...../..... kV] junto à usina, com ..... transformadores de [...../..... MVA]
cada, e uma linha de transmissão em [.....] kV, em circuito [simples/duplo], de aproximadamente [.....] km
de extensão, conectando-a à subestação [.....], sob a responsabilidade da empresa [............................].
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Toda a documentação técnica produzida pela empresa deverá ser assinada por um Engenheiro
Responsável Técnico, e o pedido de alteração de características técnicas deverá ser
acompanhado de certidão de registro e regularidade perante o Conselho Regional de
Arquitetura e Agronomia – CREA (válida na data do protocolo).
g) Cronograma
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a) Dados georreferenciados
Todos os procedimentos, critérios, normas e cálculos utilizados nas certificações deverão seguir
as recomendações de entidades como a IEC – International Electrothecnical Commission, IEA -
International Energy Agency, MEASNET - Network of European Measuring Institutes, AWEA -
American Wind Energy Association, ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas e
INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial, entre outras.
Dados anemométricos
Deverá ser fornecido, como parte integrante da Certificação, um CD ou DVD contendo o arquivo
de dados brutos de vento medidos considerados na Certificação, bem como o arquivo contendo
estes dados tratados.
O arquivo com os dados brutos deve contemplar a totalidade de dados da série, conforme
registro original do equipamento, inclusive as medidas consideradas não válidas. O arquivo com
os dados tratados deve contemplar a série de dados após a realização do tratamento e do
preenchimento de falhas.
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Torres Anemométricas
Deverá ser apresentada uma ficha técnica da Torre especificando: as coordenadas UTM da
mesma, detalhes da instalação (desenhos esquemáticos, contendo os detalhes de montagem,
as dimensões de haste e alturas dos equipamentos), bem como fotos do terreno onde foi
montada, data de instalação e relação de todos os equipamentos do sistema de medição nela
instalados, com suas respectivas características técnicas.
Quando houver mais de uma Torre Anemométrica, deverão ser descritas as respectivas
informações da mesma forma como citado acima.
Medições Anemométricas
• Ter por base um período de medições anemométricas, conforme disposto nas Portarias
MME nº 21, 18/01/2008, e MME nº 29, de 28/01/2011, devendo ser informados o início e o fim
do período de aquisição dos dados;
• As medições anemométricas e climatológicas deverão ser realizadas numa região
próxima ao local do parque eólico, definido conforme o § 1º do art. 6º-A, da Portaria MME nº
21/2008.
• As medições deverão ser feitas em pelo menos duas alturas distintas, sendo uma a
partir de 50 metros, por período não inferior a 24 (vinte e quatro)2 meses consecutivos, sempre
iniciado a partir de dados válidos, devendo ser integralizadas a cada 10 (dez) minutos e ter uma
taxa de perda de dados inferior a 10% (dez por cento), destacando-se que o período contínuo
de ausência de medições não poderá superar 15 (quinze) dias;
• Deverão ser informadas a taxa de perda de dados e a metodologia empregada para o
preenchimento das perdas dos dados medidos;
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Em conformidade com a Portaria MME nº 21/2008, a partir de 2017 deverá ser apresentado histórico de
medições contínuas da velocidade e da direção dos ventos, em altura mínima de cinquenta metros, por
período não inferior a 36 (trinta e seis meses) consecutivos, realizadas no local do Parque Eólico,
integralizadas a cada dez minutos e com índice de perda de dados inferior a dez por cento.
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Produção Anual de Energia Bruta é a energia obtida a partir da velocidade do vento livre considerando as
condições meteorológicas locais, a densidade do ar, topografia e rugosidade do terreno, assim como as condições
operativas das turbinas. Não devem ser descontados os valores de indisponibilidade forçada e programada (TEIF e
IP).
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houver, a curva emitida por uma instituição com credenciamento ISO/IEC 17025, sendo esta
última medida conforme os procedimentos da norma IEC 61400-12/1998 (IEC Systems for
Conformity Testing and Certification of Wind Turbines) e da MEASNET.
• Declaração do fabricante do aerogerador atestando a adequação da Classe da turbina,
selecionada conforme norma IEC 61400, para o local onde será construído o parque eólico;
• O desenho do micrositing do parque eólico indicando a localização dos aerogeradores,
com as respectivas coordenadas (UTM) e respectiva identificação. Além disso, deverá ser
também apresentada a Rosa dos Ventos;
• A Produção Mensal Certificada referente ao valor de P50, em MWh, deverá considerar
as condições meteorológicas locais, a densidade do ar, a degradação das pás e as perdas
aerodinâmicas do próprio parque e decorrentes de parques vizinhos (efeito esteira). Este valor
mensal de Produção Certificada, em MWh, servirá de base para a sazonalização da Garantia
Física;
• Deverão ser apresentados, para todos os parques eólicos vizinhos considerados nas
estimativas de produção de energia, coordenadas (UTM-SIRGAS2000), modelo e fabricante,
altura do cubo e diâmetro do rotor dos aerogeradores, bem como devem constar em mapa de
localização e arranjo. As informações deverão ser apresentadas no corpo do texto da
Certificação.
• A Produção Mensal Certificada, em MWh, deverá ser limitada à Potência Habilitável
multiplicada pelo Fator de Capacidade Máximo (FCmáx) e pelo número de horas do mês.
Declaração, em meio digital – conforme instruções no sítio oficial da ANEEL na internet, emitida
pelo(s) titular(es) de parque(s) eólico(s) já autorizado(s), ou que possua(m) Despacho de
Registro de Requerimento de Outorga vigente, ou que já tenha(m) comercializado energia nos
leilões previstos na Lei nº 10.848, de 2004, de Ciência de Proposta de Implantação de Novo
Parque Eólico, cuja região de interferência (região que dista de 20 vezes a altura máxima da pá,
considerando-se todas as direções do vento com permanência superior a 10% (dez por cento))
abranja área do parque eólico outorgado, ao(s) declarante(s).
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Ministério de Minas e Energia
Todos os procedimentos, critérios, normas e cálculos utilizados nas certificações deverão seguir
as recomendações de entidades como a IEC – International Electrothecnical Commission, IEA -
International Energy Agency, MEASNET - Network of European Measuring Institutes, AWEA -
American Wind Energy Association, ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas e
INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial, entre outras.
Estação Solarimétrica
Caso existente, deverá ser apresentada a ficha técnica da Estação Solarimétrica especificando:
as coordenadas UTM de sua localização, detalhes da instalação bem como do terreno onde foi
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Para empreendimentos fotovoltaicos que utilizem tecnologia de concentração da radiação, aplicam-se os
requisitos de medições solarimétricas e certificação de dados estabelecidos para empreendimentos
heliotérmicos.
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Ministério de Minas e Energia
montada através de fotos, data de instalação e relação de todos os equipamentos do sistema
de medição nela instalados, com suas respectivas características técnicas.
Quando houver mais de uma Estação Solarimétrica deverão ser descritas as respectivas
informações da mesma forma como citado acima.
Deverão ser apresentados os certificados de calibração de todos os instrumentos de medição
instalados, válidos no período de aquisição dos dados.
A estação deve estar equipada, no mínimo, com instrumentos de medição de irradiância global
horizontal (dois piranômetros, padrão “First Class” ou superior, conforme norma ISO
9060:1990), umidade relativa, temperatura e velocidade do vento.
Observa-se que na instalação da estação solarimétrica, deve-se atentar para anteparos que
possam provocar sombreamento, o nivelamento dos instrumentos de medição, bem como,
critérios de operação e manutenção, destacando-se a limpeza periódica dos sensores.
Dados Solarimétricos
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• Determinação das incertezas associadas ao cálculo da irradiação global horizontal.
• Se houver estação solarimétrica, os arquivos digitais em formato “Excel” com as
medições solarimétricas contendo dados brutos e dados tratados devem ser gravados.
O registro de horário das medições deverá estar referenciado à “UTC” (“Coordinated Universal
Time”) do local do empreendimento e não acompanhará o horário de verão.
Requisitos de medições
• As medições da irradiação solar deverão ser realizadas, em pelo menos uma estação
solarimétrica, dentro de um raio máximo de até 10 km do local do empreendimento;
• Deverão ser medidas as seguintes grandezas: Irradiação Global Horizontal, dados de
temperatura, da umidade relativa do ar e velocidade do vento;
• A Irradiação Global Horizontal deverá ser medida através de piranômetros de primeira
classe (“First Class”, ISO 9060:1990) ou superior, devendo ser prevista pelo menos uma
redundância;
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Caso os requisitos estabelecidos em futuros Editais sejam alterados (como a exigência de maior
tempo de medição do recurso eólico para fins de habilitação de centrais geradoras eólicas),
prevalecerá o requisito estabelecido no Edital vinculado ao Leilão em que o empreendimento
tenha se sagrado vencedor.
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1. Geradores
Unida Informação do
Item Característica
de Projeto Proposto
1.01 Quantidade de geradores -
1.02 Potência do gerador kW
1.03 Potência instalada do empreendimento MW
1.04 Potência do transformador elevador KVA
1.05 Temperatura considerada para o projeto ºC
1.05.1 Resistência do transformador elevador (Base 100MVA) %
1.05.2 Reatância do transformador elevador (Base 100MVA) %
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4. Características da rede coletora em média tensão
Bitola Temperatura de
Identificação do Resistência Reatância Comprimento
(kcmil ou Projeto
trecho (Ω) (Ω) (m) (ºC)
mm2)
Gerador 1 – Gerador
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Gerador 2 – Gerador
3
Gerador 3 – SE
Coletora
Gerador 4 – Gerador
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Gerador 5 – SE
Coletora
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• Separação dos circuitos em diferentes barramentos (quando aplicável) e sua conexão com
os transformadores.
• Conexão entre o cubículo de média tensão de cada aerogerador e a rede entre torres.
• Conexão ao barramento de média tensão da subestação elevadora.
• Comprimento de cada trecho de linha.
• Bitola do condutor utilizado em cada trecho (MCM ou mm²).
• Potência dos transformadores dos aerogeradores.
• Tensão da rede.
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