Você está na página 1de 110

Aula 08

Estatística p/ AFRFB - 2016 (com videoaulas)


Professor: Jeronymo Marcondes

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

AULA 08 – Intervalo de Confiança e Teste de Hipóteses

SUMÁRIO PÁGINA
Testes de Hipóteses e Intervalo de Confiança 1
Teste para a variância 33
Poder de um teste e o p-valor 37
Teste para proporções 41
Lista de Exercícios resolvidos em aula 85
Gabarito 109

Mais uma etapa que vocês devem enfrentar se quiserem trabalhar na Receita: testes
de hipóteses. Última vez, força na peruca!

1. Testes de Hipóteses e Intervalo de Confiança

1.1 Testando a média – distribuição normal

Suponha que uma pessoa tenha visto sua pesquisa sobre a altura média das pessoas
que vivem em um determinado território e faça a seguinte afirmação:

-“A média de altura dos indivíduos que vivem naquela região é de 1,70m”!

Há como testar se a sua amostra dá suporte a essa afirmação? Sim, por meio do teste
05949764803

de hipótese!

A forma de testar quais valores seriam condizentes com a nossa amostra exige
conhecimento da distribuição de probabilidades de nossa amostra!

Para que você entenda, pense em um gráfico que represente a distribuição de


frequências de nossa variável. No caso, vamos supor que se trata de uma variável
contínua, o que faz sentido, já que devem existir infinitas alturas de indivíduos em
uma sociedade muito grande.

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

“Variável, professor, mas não estamos tratando da média calculada para nossa
amostra”?

Veja, o parâmetro “média populacional” não é uma variável,


pois seu valor é o mesmo para todos os experimentos possíveis em que possamos
calculá-lo, haja vista em todos estes o tamanho da amostra é igual à própria
população. Isso não é verdade no caso da média amostral! A média será calculada
para as mais diversas amostras que podem ser retiradas da população, ou seja, este
estimador é uma variável!

Assim, é muito provável que a nossa distribuição da variável “média de altura” seja
algo semelhante à:

Veja, esse tipo de distribuição de frequências é o mais comum (formato de sino), pois
muitos fenômenos são assim:
05949764803

 Valores extremos com menor probabilidade de ocorrência;


 Valores mediano e médio (e/ou próximos a estes) com grande chance de
ocorrência.

No nosso exemplo, é de se esperar que alturas comuns no povo brasileiro (como o


intervalo que vai de 1,70m a 1,80m) sejam valores em torno dos quais a maior parte
das médias calculadas irá orbitar. Por outro lado, podem ocorrer valores extremos,
como uma altura média de 1,95, entretanto a probabilidade (frequência em que
ocorre) de sua ocorrência será pequena!

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Esta distribuição com formato de sino é muito comum e é chamada de distribuição


normal ou distribuição gaussiana, como já estudamos na aula 01.

Se nós conhecermos bem essa nossa distribuição, podemos determinar valores


limites (pouco prováveis) e assim aceitar ou refutar hipóteses que são feitas sobre
nossa amostra! Perceba que a afirmação feita no início desta seção, provavelmente
pode ser verdadeira, se a nossa distribuição seguir uma distribuição normal.

No nosso caso, podemos dizer com toda certeza que, se a nossa amostra for
suficientemente grande, a variável em estudo tem distribuição normal, isso é feito com
base no Teorema do Limite Central.

Em termos bem simples, o Teorema do Limite Central (TLC) afirma que,


para uma dada variável , com média e desvio padrão , sua respectiva
média amostral ( ) convergirá para uma distribuição normal, com média e

variância , conforme a amostra tende para o infinito, sendo o tamanho

da amostra.

Cuidado! Quando estivermos analisando médias, devemos dividir a


nossa estatística de desvio padrão populacional pelo tamanho da
amostra!
05949764803

Entendeu o que isso quer dizer? Para qualquer variável (desde que suas
observações sejam independentes), podemos afirmar que a distribuição de sua média
amostral será gaussiana para amostras suficientemente grandes. Esse teorema é
incrivelmente poderoso, pois podemos nos basear nele para garantir que a nossa
avaliação de médias baseie-se na distribuição normal, que é fácil de ser analisada.

-“Por que é fácil analisar uma variável que tenha distribuição normal”?

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08
Pelo seguinte meu querido aluno, nós podemos padronizar qualquer variável com
distribuição normal de forma que sua média seja sempre igual à zero e seu desvio
padrão igual à 1 por meio da seguinte operação:

No caso da média amostral, sabemos que:

Sendo a variável ( ) uma padronização da nossa média amostral ( ) por meio da


diminuição da mesma de sua média e divisão pelo seu respectivo desvio padrão. Essa
operação garante que a variável ( ) terá uma distribuição normal com média igual a
zero e variância igual a 1.

-“Tudo bem professor, mas por que fazer tudo isso”?

Calma, você vai entender agora! A questão é que a normal padrão, que é obtida
pela transformação de uma variável em seu respectivo valor ( ), tem uma
“tabelinha mágica” que nos diz a probabilidade de que o valor encontrado (
calculado) esteja entre 0 (zero) e um determinado valor a ser especificado!
05949764803

Perceba que o estudo que se segue não se aplica somente a médias,


mas também a qualquer variável que possua distribuição normal e que, portanto, pode
ser padronizada. Só atenção ao caso das médias, pois você precisa dividir a
estatística do desvio padrão por na hora de padronizar a variável.

Vamos a um exercício para vocês entenderem. Não tentem resolver sozinhos,


acompanhem a minha resolução e depois tentem sozinhos!

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Exercício 1

(Elaborado pelo autor) Suponha que a seguinte amostra de alturas tenha sido
retirada da população:
Alturas
(metros)
1,7
1,6
1,7
1,75
1,8
1,82
1,9
1,78
1,74
1,83

Dado que a altura média da população é de 1,70m e sabendo que o desvio


padrão populacional é de 0,1, qual a probabilidade de encontrarmos um valor
para a média amostral que se situe entre 1,70m e o valor encontrado para esta
amostra?

Resolução

O que temos de fazer aqui é bem simples. Vamos calcular o valor ( ) para o nosso
exemplo. Para isso precisamos encontrar os valores da média com base em nossa
amostra. Calcule a média que você vai chegar a:
05949764803

é
Agora, temos de encontrar o valor ( ) com vistas a definir a probabilidade de que esta
média calculada esteja no intervalo definido pela normal padrão (pois, pelo TLC,
sabemos que a média amostral converge em distribuição para uma gaussiana).
Assim, fica fácil, pois basta substituir na “fórmula” de padronização:

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Portanto:

Agora faça assim, olhe a tabela de distribuição normal:

05949764803

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08
O processo de utilizar a tabela é assim: veja qual o valor correspondente dentro da
tabela de um . Olhe a linha correspondente aos dois primeiros dígitos de e
o terceiro você vai encontrar na coluna lá em cima. Por exemplo, encontramos um
valor , portanto:

05949764803

Este valor é a “probabilidade monocaudal” de o valor testado pertencer à nossa


população.

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08
-Monocaudal, professor”?

Isso mesmo! O que estamos vendo é qual a probabilidade de que o valor calculado
esteja no intervalo amarelo abaixo:

Viu? Trata-se da probabilidade monocaudal, pois só estamos vendo a probabilidade


de que ocorram valores maiores do que 1,70m, que foi normalizado em , mas
menores do que 1,762, normalizado em 1,96. Isso é, a parte amarela só corresponde
a valores à direita (ou maiores) do que 1,70m.

Portanto, no gráfico acima, estamos calculando a probabilidade de que o valor testado


(1,762m) tenha derivado de uma amostra de nossa população. Com base na tabela
acima podemos inferir que o valor encontrado é de 0,475, ou seja, 47,5%! Portanto,
a probabilidade de que a média amostral se situe entre os valores de 1,70m e
1,762 é de 47,5%! Assim, no nosso exemplo:
05949764803

Simples, não? Olhe um “resuminho”:

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08
Para o cálculo da probabilidade de que uma variável com
distribuição normal padronizada assuma determinado valor
faça:
1) Calcule o valor correspondente
2) Olhe a tabela com o valor correspondente
3) Multiplique o valor por 100

Mas, cuidado! Este é um caso em que estamos lidando com “probabilidade


monocaudal”, ou seja, olhando se o valor testado se situa dentro do intervalo superior
(valores maiores do que a média populacional, mas compatíveis com nossas
informações). Entretanto, nós podemos estar interessados em saber qual a
probabilidade de que um determinado desvio com relação à média ocorra, isso é, um
intervalo de valores maiores e menores do que a média populacional, mas
condizentes com nossas informações.

Vamos a um exemplo para simplificar! Se ao invés de calcularmos a probabilidade de


ocorrência do valor 1,762m, podemos estar interessados na probabilidade de que a
média populacional seja 0,062m maior ou menor do que 1,70m. Neste caso, estamos
interessados em uma “probabilidade bicaudal”! Vamos calcular o valor ( ) para a
probabilidade de ocorrência de ( ):

05949764803

Assim:

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Neste caso, o que estamos calculando é:

Como a distribuição normal é simétrica, uma mesma distância com relação à origem
( ) corresponde à mesma probabilidade de ocorrência, seja à esquerda ou direita.
Assim, fica fácil perceber que a probabilidade de ocorrência do evento acima é igual
a 2 (duas) vezes a chance de ocorrência de um dos dois isoladamente!
Analiticamente:

Portanto:

05949764803

Entendeu? A probabilidade de encontrarmos um valor que varie em 0,062 da média


populacional na nossa amostra é de 95%.

Essa aula é pesada! Respire um pouquinho antes de continuar!

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

2.2 Testando a média – teste de hipóteses e intervalo de confiança

Com base no que sabemos já somos capazes de testar hipóteses. A primeira coisa
que temos de estipular é “o que é muita coincidência”.

-“Como assim, professor”?

Veja, no exemplo anterior encontramos que 95% das vezes em que realizarmos uma
amostragem com base em nossa população, nosso valor de média amostral se
encontrará dentro daquele intervalo ( é ).

Mas, o que estes 95% querem dizer? Será que esse intervalo é “muito” ou “pouco”
provável? Ora, você já deve ter percebido onde quero chegar. Existe uma
arbitrariedade envolvida na definição do que é provável ou não!

Veja, no nosso exemplo, 95% das vezes os valores encontrados para a média
amostral estarão dentro daquele intervalo. Aí é que entra a definição de significância
de um teste:

Significância de um teste é o valor que é


considerado como “muita coincidência”. Este
valor é definido previamente pelo pesquisador com
base em estudos e em sua experiência pessoal.
05949764803

No caso em estudo, poderíamos estipular que 10% seria muita coincidência, ou seja,
se a média amostral testada ocorrer em menos do que 10% das vezes, isso seria
muita coincidência e poderíamos descartar a hipótese de que aquele intervalo seria
possível com base em nossas informações.

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Mas, com base nos nossos cálculos, encontramos que aquele intervalo ocorre
em 95% das vezes, assim aceitaríamos a hipótese de que aquela amostra foi
retirada da população em estudo!

Agora que vocês entenderam o que é significância de um teste, podemos realizar o


exercício inverso e calcularmos um intervalo de confiança para nosso estudo, de
forma que possamos ver a adequação de nossas hipóteses com base em
informações prévias. Vamos fazer um exercício para ficar claro!

Faça a mesma coisa de novo! Resolva o exercício junto comigo e só depois faça
sozinho.

Exercício 2

(Auditor da Previdência Social – ESAF/2002/modificada) A variância para o peso


de peças mecânicas obtidas num lote de produção é de 25kg. Sabendo-se que,
em uma amostra de 100 peças do lote, foi encontrado um peso médio de 23,2kg,
qual o intervalo de confiança para a média? (assuma que o nível de confiança é
de 95%)
a)
b)
c)
d)
05949764803

e)

Resolução

O que o exercício está te pedindo é: a 95% de confiança, qual o intervalo que


corresponde a valores possíveis para a média de peso destas peças?

Ora, o exercício já está te dando o valor ( ), haja vista a informação de que o nível de
confiança é de 95%! Olhando a tabela você verá que o valor de ( ), que é a
metade de ( ), corresponde ao número . Colocando na “fórmula”:

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Você entende porque estamos lidando com 1,96 em valores positivos e negativos?
Isso porque queremos encontrar um intervalo de confiança para a média
populacional, ou seja, o quanto ela pode variar positivamente ou negativamente, de
forma a observarmos a parte esquerda e direita da curva! Olhem o desenho abaixo
que vocês entenderão:

Assim, precisamos encontrar o valor “máximo” e “mínimo” que são possíveis para a
média populacional, dadas as informações que temos.

05949764803

Assim:

Este valor ( ) é chamado de “margem de erro”. Isso mesmo! É aquele valor


que os jornais costumam falar quando tratam de campanhas eleitorais. Em nosso
exemplo, o que esta margem de erro está nos dizendo é que a média populacional

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08
será igual a uma média amostral mais um valor que nos dará esta “flutuação” nos
resultados, a saber:

Este é nosso intervalo de confiança ( ):

Alternativa (a).

Atenção! E os valores que estão “fora da região de aceitação da hipótese nula”?


Essa é chamada de “Região Crítica”! Esta define-se como o conjunto de valores
para os quais a hipótese nula é rejeitada.

Mais um? Vamos lá!

Exercício 3
05949764803

(BACEN – FCC\2005) A distribuição dos valores de aluguéis dos imóveis em


certa localidade é bem representada por uma curva normal com desvio padrão
populacional de R$ 200,00. Por meio de uma amostra aleatória de 100 imóveis
neste local, determinou-se um intervalo de confiança para a média destes
valores de [R$ 540,00;R$ 660,00].
A mesma média amostral foi obtida com um outro tamanho de amostra, com o
mesmo nível de confiança anterior, sendo o novo intervalo [R$ 560,00;R$
640,00]. A população tem tamanho infinito, o tamanho da amostra no segundo
caso é de:

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08
a) 225
b) 256
c) 324
d) 400
e) 625

Resolução

Questão bem difícil! Tem que pensar! Veja o raciocínio que você tem de fazer:

1) Encontre a média amostral;


2) calcule o valor Z para a primeira amostra;
3) Com base no Z anterior, encontre o tamanho da amostra.

A média amostral não é difícil de ser calculada, pois já aprendemos isso em aulas
anteriores:

Agora fica fácil encontrar o valor ( ) para a primeira amostra:

05949764803

Ou seja, em valores absolutos (sem considerar sinal), . Com intuito de


simplificação, vamos utilizar o limite superior, mas saiba que dá na mesma!

Agora, vamos substituir ( ) na equação da segunda amostra de modo que:

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Realizando a operação:

Alternativa (a).

Retornando à aula!

Bom, vimos que é possível estabelecer um intervalo de confiança de modo a


garantirmos que, a determinado nível de confiança, os valores possíveis estarão
contidos em um intervalo descrito. Mas, se nós podemos construir tal intervalo, nós
também podemos testar hipóteses que são feitas com relação a nossos dados.

-“Como isso é possível, professor”?

Bom, a primeira coisa que você vai fazer é determinar qual hipótese você está
testando. Por exemplo, se alguém faz afirmações sobre o valor de um determinado
parâmetro , é feita a seguinte hipótese nula ( ):

05949764803

Este é o nosso exemplo da altura dos indivíduos, a hipótese nula afirma que a média
de altura dos mesmos é igual à 1,70m.

Mas, toda hipótese científica tem uma “alternativa”, que é o caso quando o que
estamos afirmando não é verdade. Esta hipótese alternativa ( ) pode assumir as
seguintes formas:

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Ou seja, poderíamos concluir que o parâmetro em estudo não é igual ao valor sob
hipótese nula por se tratar de um valor diferente do mesmo, menor, ou maior,
respectivamente!

Assim, a nossa hipótese nula seria sempre uma igualdade e teria como alternativa
um destes casos, sendo que o primeiro necessitaria de uma análise bicaudal,
enquanto que o segundo e terceiro seriam monocaudais.

Com efeito, isso está intimamente relacionado com o que já estudamos sobre
“probabilidades monocaudais” e “bicaudais”. A ideia aqui seria criar um intervalo de
confiança para o valor testado, se o mesmo não estivesse contido neste, rejeitaríamos
a hipótese nula.

Assim, no caso do nosso exemplo de altura dos indivíduos, como nós concluímos que
1,70m encontra-se dentro do intervalo de confiança calculado a 95% de confiança,
podemos afirmar que a afirmação é verdadeira.

Veja que não há nada de novo com relação ao cálculo do intervalo de confiança,
no fundo é a mesma coisa, só o jeito de olhar que é diferente!

Vamos fazer uns exercícios para entender! Faça este primeiro junto comigo,
ok?
05949764803

Exercício 4

(TRF 1ª Região – FCC/2001/modificada) Julgue a afirmativa.

Seja uma variável aleatória X, com média e desvio padrão igual à 5. A partir
de uma amostra aleatória de 16 elementos, observou-se uma média amostral de
valor 13. Uma pessoa afirmou que a média populacional dos elementos é igual
a 15, com 5% de significância. Essa afirmação mostrou-se como verdadeira.

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08
Resolução

Vamos lá pessoal, a primeira coisa é definir nossas hipóteses nula e alternativa:

Perceba que se trata de um teste bicaudal, pois podemos encontrar valores


superiores e inferiores a 15. Assim, nós iremos usar aquela “fórmula” da estatística
( ), também chamada de estatística de teste:

Dado que se trata de uma média!

Assim:

Olhando a nossa tabela, vamos construir um intervalo, supondo verdadeira a hipótese


nula e que contenha 95% dos possíveis valores amostrais:
05949764803

Você percebeu? Como falamos 5% de significância, isso significa 2,5% de cada


lado, o que nos leva a um valor de 1,96 na tabela! Assim, quando estivermos
trabalhando com testes bicaudais, devemos dividir a significância pedida pelo
exercício por 2 (dois).

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Assim, substituindo o valor de z:

Com efeito, nosso intervalo de confiança será:

Ou seja, o valor 15 está contido no intervalo! A afirmação é verdadeira!

Outra forma de resolver o exercício é calculando a estatística de


teste como se a hipótese fosse verdadeira e vendo se o calculado está dentro do
intervalo previsto para a variável padronizada.

Assim, calcule a estatística de teste como se a média fosse realmente 15:

05949764803

Como seria o intervalo de confiança para os valores padronizados? Este seria dado
pelos valores de que fazem com que 95% da amostra esteja em seu intervalo, ou
seja:

O valor calculado está no intervalo, portanto aceitamos a hipótese nula!

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Alternativa correta.

Para que vocês aprendam o uso de testes monocaudais, vamos refazer o exercício
com uma pequena modificação!

Exercício 5

(TRF 1ª Região – FCC/2001/modificada) Julgue a afirmativa.

Seja uma variável aleatória X, com média e desvio padrão igual à 5. A partir
de uma amostra aleatória de 16 elementos, observou-se uma média amostral de
valor 13. Uma pessoa afirmou que a média populacional dos elementos é de, no
mínimo, 15, com 5% de significância. Essa afirmação mostrou-se como
verdadeira.

Resolução

Agora a hipótese alternativa é que muda:

05949764803

Lembre-se de que a hipótese nula sempre é avaliada em uma igualdade!

Bom, pelas nossas hipóteses, o valor nunca será superior a 15, portanto só
precisamos olhar o lado esquerdo da distribuição normal padronizada. Vamos testar
se a amostra com média igual à 13 é compatível com a afirmação do indivíduo.

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Percebam que todos os “5%” ficam do lado esquerdo! Aí é diferente na hora de


consultar a tabela! Como a tabela te dá os valores unicaudais, procure o valor
respectivo a 45%, que é 1,65!

Esqueça o lado direito! Vamos só testar se a média é menor do que 15 (ou menor do
que 0 (zero) na versão padronizada)! Neste caso, só faríamos o cálculo para a cauda
superior:

Assim, nosso intervalo de confiança seria:

05949764803

Ou seja, o limite superior vai até “infinito”, cobrindo todas a possibilidades, havendo,
tão somente, um limite mínimo!

Com base nestas considerações podemos concluir que a hipótese nula é verdadeira!
Pois, mesmo com uma média igual a 15, podemos obter uma média amostral de valor
13.

Mais um exercício?

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Exercício 6

(BACEN – FCC/2005) As empresas de um determinado setor têm uma situação


líquida bem descrita por uma distribuição normal, com média igual a 2,5 milhões
de reais e desvio padrão de 2 milhões de reais. Selecionando uma empresa
aleatoriamente deste setor, a probabilidade dela apresentar uma situação
líquida negativa é de:

a) 50%
b) 39%
c) 23%
d) 16%
e) 11%

Resolução

Outra questão que exige um pouco mais de raciocínio! Atente-se que, neste caso,
não estamos testando uma média, mas uma variável com distribuição normal. Assim,
na padronização basta utilizarmos o desvio padrão em nível (sem dividi-lo pelo
tamanho da amostra, como no caso da média).

Vamos encontrar o valor normalizado para o caso de uma situação líquida nula (
):
05949764803

Ou seja:

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Agora basta olharmos na tabela a probabilidade correspondente a , isso é,


qual é a probabilidade de que um valor esteja entre 0 e 1,25. Podem conferir, o valor
encontrado é 0,39. Assim, toda aquela área amarela corresponde a uma
probabilidade de 0,39!

Agora, eu te pergunto: qual a probabilidade de ocorrência de um evento na parte


vermelha da figura (que é o que desejamos saber, dado que o exercício pergunta a
probabilidade da empresa ter resultado nulo ou negativo)?

Ora, toda a figura tem probabilidade igual a 1, certo? Então, como a distribuição é
simétrica, cada “lado do sino” tem probabilidade de ocorrência igual a 0,5! Assim, a
probabilidade da parte vermelha é:

Alternativa (e).
05949764803

1.2 Testando a média quando a variância é desconhecida

Até agora tratamos do caso em que queremos testar um possível valor de média
populacional, dadas informações sobre uma média calculada com base na amostra e
na variância populacional.

Mas, isso não é estranho? Se você não tem a média populacional, porque teria a
variância? O que nós costumamos ter é a variância amostral.

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Neste caso, a versão padronizada de nossa estatística de teste seria:

Sendo o desvio padrão amostral, dado por:

-“O que isso muda, professor”?

Simples, a distribuição correspondente a esta estatística deixa de ser uma normal


padrão e torna-se a famosa t de Student. A distribuição t de Student é muito parecida
com a normal, não necessitando de maiores detalhes sobre a mesma, tal como pode
ser percebido no gráfico abaixo:

05949764803

Assim, pode-se dizer que a expressão acima segue uma distribuição t de Student com
( ) graus de liberdade. Analiticamente:

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

“O que são estes graus de liberdade, professor”?

Olhe pessoal, isso é um pouco mais avançado e desnecessário para seu concurso,
portanto decore que o grau de liberdade associado a uma estatística t de Student é
igual ao tamanho da amostra em questão menos uma unidade. Você precisará deste
valor para consultar a tabela, como vocês podem ver abaixo:

05949764803

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

A forma de utilização desta tabela é buscar o número de graus de liberdade na linha


e o valor crítico na coluna. Perceba que a coluna tem 2 valores, sendo que o de cima
corresponde ao valor bicaudal, enquanto que o de baixo é o respectivo valor no caso
de um teste monocaudal (às vezes a tabela só dá o valor monocaudal). A título de
exemplo, veja o valor para o caso de 4 graus de liberdade e 10% de significância
em um teste monocaudal:

Pode-se provar que, conforme aumentam os graus de liberdade, a distribuição t


converge para uma distribuição normal! Assim, a forma de avaliação das duas é muito
semelhante.

-“Professor, como vou decorar este monte de tabelas”?


05949764803

Não se preocupe, a banca vai disponibilizar os valores das tabelas, você só tem que
aprender como usá-las!

A forma de resolução de problemas com a distribuição t é muito semelhante ao caso


da normal padrão, tal como vocês poderão perceber nos exercícios abaixo.

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Exercício 7

(TRT 2ª Região – 2008/FCC) Para uma experiência realizada com referência à


medição do comprimento de determinada peça fabricada por uma indústria,
utilizou-se uma amostra de 16 peças, apurando-se uma média de 0,9m e um
desvio padrão de 0,2m. Supondo que os comprimentos das peças tenham
distribuição normal, com média e variância desconhecida, deseja-se saber,
ao nível de significância de 5%, se o comprimento da peça não é inferior a 1m.
Seja H0 a hipótese nula do teste ( ) e H1 a hipótese alternativa ( )e
o quantil da distribuição t de Student tabelado para teste
unicaudal, com 15 graus de liberdade. Então, pelo teste t:

a) A conclusão obtida seria a mesma para qualquer nível de significância


b) H0 não pode ser aceita, indicando que os comprimentos são menores
que 1m
c) O número de graus de liberdade não interferiu na definição de

d) Para um nível de significância superior a 5% a conclusão não poderia ser


a mesma
e) O valor da estatística de teste é de -0,5

Resolução

05949764803

Bom, pode-se perceber que se trata de um teste monocaudal, ou seja, a região limite
(muitas vezes chamada de “crítica”) é formada por valores na esquerda do gráfico da
distribuição. O valor crítico fornecido pelo exercício é:

Confira com o valor da tabela, assim você aprende a usá-la caso seja necessário.

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08
O que este valor está nos mostrando é um intervalo de confiança para testarmos
nossa estatística de teste, sendo que este é dado por:

O exercício só nos fornece o desvio padrão amostral, assim, temos de utilizar a


estatística t de Student. Calculando a estatística de teste chegamos a:

Veja que este valor não está no intervalo de confiança, superando o valor crítico
inferior do intervalo. Portanto rejeitamos a hipótese nula!

Alternativa (b).

Vamos fazer mais alguns exercícios! Agora vamos dar uma generalizada!

Exercício 8

(ATRFB – ESAF/2013) A variância da amostra formada pelos valores 2, 3, 1, 4, 5


e 3 é igual a
a) 3.
b) 2. 05949764803

c) 1.
d) 4.
e) 5.

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Resolução

Para calcularmos esta estatística devemos nos atentar à palavra “amostra”. Perceba
que, neste caso, a variância deve ser calculada com base na seguinte estatística:

Não se esqueça de modificar o denominador por ( ).

Agora é fácil:

Então:

Alternativa (b).

05949764803

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Exercício 9

(FINEP – CESGRANRIO/2011) Uma amostra aleatória de 100 famílias foi


selecionada com o objetivo de estimar o gasto médio mensal das famílias com
medicamentos. Os resultados amostrais estão resumidos na distribuição de
frequência, a seguir, segundo as classes de gastos, em 10 reais. Não existem
observações coincidentes com os extremos das classes.

Gastos em 10 reais Frequência Absoluta


de 1 a 3 10
de 3 a 5 30
de 5 a 7 60
total 100

As melhores estimativas para a média aritmética e para a variância amostral


são, aproximada e respectivamente,

a) 5 reais e 1,82 reais²


b) 5 reais e 18,2 reais²
c) 50 reais e 1,82 reais²
d) 50 reais e 18,2 reais²
e) 50 reais e 182 reais² 05949764803

Resolução

Na aula 01 nós já realizamos parte deste exercício, calculando a média, que era de
50 reais. Agora, com base no nosso conhecimento de variância amostral, vamos
calcular esta estatística. A melhor forma é encontrar os pontos médios de cada classe:

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Gastos (em 10 reais) Ponto Médio Frequência Absoluta


de 1 a 3 2 10
de 3 a 5 4 30
de 5 a 7 6 60
total 100

Agora, calcule a variância:

Entretanto, cuidado, estamos tratando com unidades de 10 reais, assim, nosso


resultado é de 182² reais ( , pois estamos tratando de variância, assim a
medida também fica ao quadrado).

Alternativa (e).

Exercício 10

(FINEP – CESGRANRIO\2011) Dois dados comuns, honestos, foram lançados


simultaneamente. Sabe-se que a diferença entre o maior resultado e o menor é
igual a um. Qual é a probabilidade de que a soma dos resultados seja igual a
sete?
a) 1/3
b) 1/4 05949764803

c) 1/5
d) 1/6
e) 1/7

Resolução

Bom, a primeira coisa a fazer é pensar quais são os resultados cuja soma pode ser
igual a 7, mas a diferença entre o maior e o menor resultado é igual a 1.

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08
Bom, os únicos casos em que isso ocorre são:

Mas existem várias outras possibilidades de que a diferença entre o maior e menor
valor seja igual a 1. Vamos listar de cabeça o espaço amostral ( ):

Assim:

á
í

Alternativa (c).

(TCU – CESPE/2008) Uma instituição afirma que o custo médio para realização
de determinada obra é igual ou inferior a R$ 850,00 m². Para avaliar esta
afirmação, foi realizado um teste estatístico cujas hipóteses nulas e alternativas
são, respectivamente, H0: e H1: . Considere que a distribuição
de custos por metros quadrados possa ser considerada como normal com
média e desvio padrão de R$ 300m². A partir de uma amostra aleatória de
tamanho 25, a estatística de teste para a média foi igual a 2,1. Com base nestas
afirmações, julgue o item a seguir:
05949764803

Exercício 11

A média amostral produzida pelo teste estatístico foi superior a 950 m² e inferior
a 1000 m².

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08
Resolução

Basta calcularmos a estatística de teste:

Calculando o valor de :

Portanto, o item está correto, pois o valor calculado encontra-se entre 950m² e
1000m².

Retornando!

2. Teste para a variância

Até agora analisamos hipóteses feitas sobre médias ou variáveis com distribuição
normal, o que podíamos fazer com base na distribuição normal padrão (ou t de
Student, caso não conheçamos a variância). Agora vamos aprender como determinar
intervalos de confiança para variâncias, que sejam derivadas de distribuições
normais (isso é muito importante).
05949764803

-“Como fazer isso, professor”?

A forma de fazer isso é por meio do cálculo da seguinte estatística de teste:

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08
Sendo a variância populacional, a variância amostral e o tamanho da amostra.

Sob a hipótese nula, pode-se provar que esta estatística seguirá uma distribuição qui-
quadrado com graus de liberdade. Assim:

A distribuição qui-quadrado, em geral, não é simétrica, tal como pode ser observado
abaixo:

Portanto, a forma de realização do teste de hipóteses para a variância é feito da


mesma forma que para a média, mas utilizamos a estatística de teste qui-quadrado,
além da necessidade de atentarmos para o fato de que os valores na cauda direita e
05949764803

esquerda serão diferentes!

Veja a tabela de valores críticos qui-quadrado:

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

05949764803

Calma, vou ensinar a vocês com exercícios!

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Exercício 12

(TRT 3ª Região – FCC/2009) O peso de pacotes de café é uma variável aleatória


X. Uma máquina de encher pacotes está regulada para fazê-lo com e
. Com o objetivo de manter sob controle a variabilidade do produto,
a cada 30 minutos uma amostra aleatória de alguns pacotes é selecionada e
testa-se se a variabilidade está controlada. Assim, desejando-se testar H0:
contra H1: , toma-se uma amostra de 16 pacotes e observa-se uma
variância amostral de 160g². O valor observado para a estatística de teste é de:
a)31
b)28
c)24
d)22
e)19

Resolução

O cálculo da estatística de teste é feito da seguinte forma:

Alternativa (c).
05949764803

Exercício 13

(Elaborado pelo autor) Com base no exercício anterior, a 5% de significância,


verifique se a hipótese nula é satisfeita.

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08
Resolução

A forma de olhar a tabela é um pouco diferente dos casos anteriores, pois a


distribuição não é simétrica. Portanto, no caso em questão, devemos verificar as duas
extremidades da distribuição, ou seja, os 2,5% da extremidade inferior e os 97,5% da
extremidade superior, de forma que tenhamos um total de 5% de significância testada.
Olhando a tabela vocês encontrarão:

Entendeu o que fizemos? Como a distribuição não é simétrica, precisamos encontrar


os valores para os limites superior e inferior individualmente e assim estabelecer o
intervalo de confiança, que no nosso caso é:

Como o valor calculado está dentro do intervalo, aceitamos a hipótese nula.

3. Poder de um teste e o p-valor

Suponha que estejamos tentando determinar se uma moeda é ou não viciada. Neste
caso, podemos testar essa hipótese com base na quantidade de caras que ocorrem
em uma determinada quantidade de lançamentos. Assim, as hipóteses nulas e
05949764803

alternativas com relação à probabilidade de ocorrer cara são:

Agora, vamos determinar a significância do nosso teste, ou seja, o que é muita


coincidência! Por suposição, vamos considerar que o nosso nível de significância é
de 10%.

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08
A probabilidade de ocorrer uma cara no primeiro lançamento é de 0,5. Assim, qual é
a probabilidade de ocorrerem duas caras seguidas?

Com base em nosso nível de significância, isso é possível de ocorrer, pois 10% que
é muita coincidência. E se tirarmos outra cara em um terceiro lançamento?

Isso continua sendo possível! E se fosse 4 vezes?

Perceba que este valor é inferior à significância do teste, portanto isso seria muita
coincidência! Neste caso, rejeitaríamos a hipótese nula de que a moeda é honesta.

Este valor (6,25%) seria o p-valor para este experimento. O p-valor seria o valor limite
entre a aceitação e rejeição da hipótese nula. Em termos mais analíticos, pode-se
definir o p-valor como o menor nível de significância em que a hipótese nula
pode ser rejeitada. No exemplo, como o p-valor (6,25%) é menor do que o nível de
significância adotado, rejeita-se a hipótese nula!

Fique calmo, nós já vamos fazer uns exercícios que vão te ajudar a entender o
05949764803

conceito!

-“Tudo bem professor, mas e se eu realizar um teste de hipótese que, apesar de


rejeitar uma determinada hipótese nula, ele estiver incorreto”?

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Não vou mentir, esta é uma possibilidade! Na verdade, esta


probabilidade tem até um nome: “erro tipo 1”. O erro tipo 1 ocorre quando rejeitamos
uma hipótese nula, quando na verdade ela é verdadeira. No caso da moeda, nosso
teste de hipóteses está rejeitando a hipótese nula de uma moeda honesta, mas isso
não é certo, pois, apesar de pouco provável, aquele resultado pode acontecer.

No nosso exemplo, o erro tipo 1 seria a probabilidade de que estivéssemos na parte


“improvável” da curva de distribuição, ou seja, nos valores definidos pela significância
de 10%. Portanto fica fácil ver que:

Isso fica claro quando pensamos: qual a probabilidade de o valor “verdadeiro” não
estar no intervalo de confiança a ser definido por nós? Ora, nos valores que
consideramos “muita coincidência”.

Outro erro possível ocorre quando aceitamos a hipótese nula quando ela é falsa! Este
é o erro tipo 2!

Neste caso, temos um problemão aqui! Pense comigo, este valor nós não temos
acesso, haja vista não conhecermos a distribuição que contem o valor verdadeiro que
estamos procurando. Com base na figura abaixo, pode-se inferir um caso em que
aceitaríamos a hipótese nula apesar de ela ser falsa.
05949764803

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Você percebe o que está ocorrendo? A primeira curva seria relativa aos dados que
estamos testando, enquanto que a segunda seria relativa à verdadeira distribuição da
variável. A parte escura está dentro de nossa região de aceitação, mas ela não
contem o valor verdadeiro.

-“E se eu diminuir o nível de significância para ser mais rigoroso”?

Não tem jeito, é o problema do cobertor curto. Se você reduz a probabilidade de erro
tipo 1, você aumenta a probabilidade do erro tipo 2! Isso porque o que você vai fazer
é que mais valores possam ser considerados como “corretos”, aumentando a chance
de que outras distribuições possam ter valores considerados como verdadeiros,
quando não o são.

O erro de tipo 2 é importante para definir a efetividade de um teste, fixando o poder


05949764803

do teste. Se chamarmos a probabilidade de erro tipo 2 de , o poder do teste será


dado por:

Este valor nos diz qual a probabilidade de que um determinado teste rejeite a
hipótese nula quando ela é falsa.

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08
-“Mas, como melhorar a eficiência de minhas estimativas, professor”?

Você precisa deixar suas distribuições mais “fininhas”, ou seja, com menor variância,
deste modo diminuímos a probabilidade dos dois erros. Isso só é possível com
amostras maiores. Portanto, uma amostra maior pode ser vista como uma quantidade
maior de “provas” para nossas conclusões, o que aumenta a acurácia de nossas
previsões.

Bom, estudamos vários testes de hipóteses, mas


focamos no caso de variáveis com distribuição normal! Este não é o único tipo
de distribuição conhecida, o que pode mudar a forma de abordagem do teste de
hipóteses.

4. Teste para proporções

Vamos fazer um exercício juntos para que vocês possam entender bem como
funciona este teste. Perceba que se trata de um caso com uma amostra grande (1000
elementos). Em geral, quando você vir uma amostra de mais 50 elementos, pode
usar a distribuição normal. Além disso, pelo formato do exercício vocês vão
saber quando é um caso ou outro. Você vai ver!

Exercício 14
05949764803

(Petrobrás – CESGRANRIO/2010) Um fabricante deseja fazer um estudo, com


confiança de 95%, a respeito da aceitação de seu novo produto. Esse novo
lançamento só será comercializável se o índice de aceitação for de, pelo menos,
90%. Para tal, realizou uma pesquisa em uma cidade na qual o produto já foi
comercializado. Foi perguntado aos consumidores se estes gostaram do
produto. O resultado foi o seguinte: 850 consumidores responderam que
gostaram e 150 que não gostaram. Qual será a estatística de teste a ser utilizada
neste teste?

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 41 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08
a) -5,27
b) -1,96
c) -1,65
d) 1,96
e) 5,27

Resolução

No presente caso estamos tratando com um caso de distribuição Bernoulli. Não


percebeu? Ao escolhermos um consumidor ao acaso, temos 85% ( ) de
chance de encontrar alguém que gosta do produto. Ou seja, estamos comparando
uma proporção de “sucesso” com uma proporção “teórica” e verificando se a amostra
permite concluir que a teoria está adequada.

Bom, vamos nos lembrar daquela “fórmula” da estatística de teste:

Assim, na média, temos 85% de chance de acertar! Essa é nossa média amostral
( ). Por simplicidade, vamos chamar a este valor de ( ).

-“Isso é uma proporção média, professor”?

Sim, pois o percentual de 85% nem sempre pode bater com o valor encontrado. Por
05949764803

exemplo, se você extrair uma amostra de 20 indivíduos deste total, isso significa que
você encontrará, exatamente, 17 pessoas que gosta do produto? Não! Pode ser que
você não encontre nenhuma! O que você sabe é que, na média, 85% das pessoas
analisadas preferem o produto, ou seja, se você realizar este experimento infinitas
vezes 85% das pessoas irão gostar.

Qual o parâmetro que estamos comparando com essa média? Nós queremos saber
se, na média e com base no que sabemos da amostra, podemos assumir como
verdadeira a hipótese feita sobre a população, de que a média de preferências que

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 42 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08
pode ser encontrada é de 90%. Esse é nosso parâmetro populacional ( ). Vamos
chamar a este parâmetro de ( ).

E a variância? Nós já sabemos como calcular a variância de uma binomial:

Então, nós temos como saber qual a variância da população se hipótese feita for
verdadeira:

Mas, devido ao fato de que estamos tratando de uma proporção média,


devemos nos lembrar da fórmula para o estimador não viesado da variância da
média amostral:

Portanto, combinando tudo isso que falamos, a nossa fórmula modificada para testes
em proporções seria:

05949764803

Viu? No fundo é a mesma coisa, o que muda mesmo é o cálculo da variância! Vamos
aplicar ao caso concreto para entendermos. A variância do processo seria:

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 43 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Sendo que o desvio padrão respectivo seria:

Colocando tudo na estatística de teste, chegamos a:

Exercício chato de cálculo! Uma forma de resolver é pensar, mais ou menos, quanto
seria a raiz quadrada de 1000. Pense 20² é 400, 30² é 900 e 40² é 1600, opa, pare aí
mesmo! Deve ser um número entre 30 e 40, só que bem mais próximo de 30, então
deve ser inferior a 35. Se você fizer 31² você chegará à 961. Este é o valor mais
próximo!

Então vamos fazer um cálculo aproximado:

O que chega mais próximo é a alternativa (a). Esta é a correta! Faça com a
calculadora e confirme o raciocínio.
05949764803

Entenderam como se calcula a estatística de teste?

Agora, podemos testar essa hipótese, fixando a hipótese nula de que e a


hipótese alternativa de que . Assim:

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 44 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Se formos testar a hipótese a 10% de significância, basta olharmos a tabela da normal


padronizada para encontrarmos o valor do intervalo:

Lembre-se de que este é um teste monocaudal, portanto, vocês devem procurar uma
probabilidade de, aproximadamente 0,40 na tabela!

Se você comparar a estatística de teste com o intervalo construído, você perceberá


que a mesma não está contida neste último, portanto, rejeita-se a hipótese nula.

Entendeu? Não tem segredo! Agora, vamos treinar um pouco para aprender de
verdade. Alguns exercícios podem ter uns macetes que falta ensinar, mas pode
deixar que eu aviso antes para que vocês acompanhem a resolução.

Chega de lero lero, vamos exercitar!

(TCU – CESPE/2008) Uma instituição afirma que o custo médio para realização
de determinada obra é igual ou inferior a R$ 850,00 m². Para avaliar esta
afirmação, foi realizado um teste estatístico cujas hipóteses nulas e alternativas
são, respectivamente, H0: e H1:
05949764803

. Considere que a distribuição


de custos por metros quadrados possa ser considerada como normal com
média e desvio padrão de R$ 300m². A partir de uma amostra aleatória de
tamanho 25, a estatística de teste para a média foi igual a 2,1. Com base nestas
afirmações, julgue o item a seguir:

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 45 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Exercício 15

O poder do teste que representa a probabilidade de se aceitar corretamente a


hipótese nula é de 98,2%.

Resolução

Simples pessoal. Está errado! O poder de um teste é a probabilidade de se rejeitar a


hipótese nula dada que ela é falsa.

Exercício 16

(DNOCS – FCC/2010) Em um teste de hipóteses estatístico, sendo H0 a hipótese


nula e H1 a hipótese alternativa, o nível de significância do teste consiste na
probabilidade de:
a) Aceitar H0 dado que H0 é verdadeira
b) Rejeitar H0 dado que H0 é falsa
c) Aceitar H0, independentemente de falsa ou verdadeira
d) Aceitar H0, dado que é falsa
e) Rejeitar H0, dado que é verdadeira

Resolução

O nível de significância de um teste é a probabilidade de cometer o erro tipo 1, isso


05949764803

é, a probabilidade de rejeitar H0 dado que ela é verdadeira.

Alternativa (e).

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 46 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Exercício 17

(Petrobras – CESGRANRIO/2010) Em um teste de hipóteses estatístico, sendo


H0 a hipótese nula e H1 a hipótese alternativa, cometer erro tipo 2 consiste em:
a) Rejeitar H0, dado que é verdadeira
b) Aceitar H0, dado que é falsa
c) Aceitar H1, sendo H1 verdadeira
d) Rejeitar H1, sendo H1 falsa
e) Aceitar H0 e H1

Resolução

A probabilidade de erro tipo 2 é a de aceitar H0, dado que a mesma é falsa.

Alternativa (b).

Exercício 18

(STN – ESAF/2013) Em um teste de hipóteses, onde Ho é a hipótese nula e Há é


a hipótese alternativa, pode-se afirmar que:
a) ocorre Erro Tipo I quando aceita-se Ho e Ho é falsa.
b) a estatística F de Snedecor tem por finalidade testar o efeito individual de
cada variável explicativa sobre a variável explicada.
c) a soma das probabilidades dos Erros Tipo I e Tipo II é igual a 1.
05949764803

d) se o valor-p de um teste de hipóteses for igual 0,015, então a hipótese nula


será rejeitada ao nível de significância de 5%, mas não ao nível de significância
de 1%.
e) o nível de confiança é a probabilidade de se cometer Erro Tipo II.

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 47 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08
Resolução

Vamos analisar uma a uma:


a) Errado, é o nível de significância do teste.
b) Na última aula vocês vão aprender a estatística F, mas está errado!
c) Essa propriedade não existe.
d) Perfeito, como o p-valor é menor do que 0,05 e maior do que 0,01, rejeitamos
a hipótese nula a 5% e aceita-se a 1%.
e) Não, este é o erro tipo 2.

Alternativa (d).

Exercício 19

(ISS-SP – FCC/2006) Uma variável aleatória X tem distribuição normal com


média e desvio padrão 100. O tamanho da amostra para que a diferença, em
valor absoluto, entre a média amostral e seja menor do que 2, com coeficiente
de confiança de 89% é:
a)1100
b)2200
c)2800
d)3600
e)6400

05949764803

Resolução

Olhe, quando o exercício te diz “diferença entre média amostral e ”, ele está falando
de:

Sabendo que um nível de confiança de 89% corresponde a um valor de 0,445 de cada


lado. Olhe a tabela normal, você verá que o valor encontrado é de 1,6.

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 48 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08
Agora basta substituirmos na estatística de teste:

Agora vamos operar:

Alternativa (e).

(ANPEC – 2012) Julgue as afirmativas.

Exercício 20

Se o p-valor de um teste é maior do que o nível de significância adotado, rejeita-


se a hipótese nula.

Resolução

É exatamente o contrário, caso o p-valor seja inferior ao nível de significância, aí sim


05949764803

rejeita-se a hipótese nula.

Alternativa errada.

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 49 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08
Exercício 21

Suponha que o objetivo seja testar a hipótese nula de que a média populacional
é igual a 0. Se esta hipótese é rejeitada num teste monocaudal contra a
hipótese alternativa de que , ela também será rejeitada num teste bicaudal
contra a hipótese alternativa de que , adotando-se o mesmo nível de
significância.

Resolução

A um mesmo nível de significância, o valor crítico será um número superior (em


número absoluto) em um teste bicaudal do que em um monocaudal.

Por exemplo, compare um nível de significância de 10% em um teste bicaudal, que


nos dá um valor ( ), enquanto que em um monocaudal o valor passa a ser (
).

Assim, para uma mesma estatística de teste, nada garante que, se o valor supera o
valor de ( ) monocaudal, o mesmo será superior ao valor bicaudal para um mesmo
nível de significância.

Alternativa errada.

05949764803

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 50 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08
Exercício 22

(Gestor fazendário – ESAF/2005) Lança-se uma moeda 20 vezes e observa-se a


ocorrência de 7 caras. Seja a probabilidade de cara. Assinale a opção que dá
o valor da estatística de teste correspondente ao teste contra
.
a)
b)
c)
d)
e)

Resolução

Bom, vamos testar esta moeda que mostra uma probabilidade de obter cara de:

Agora só precisamos usar a fórmula de estatística de teste:

Assim, substituindo os valores:


05949764803

Alternativa (a).

A próxima vale a pena vocês acompanharem primeiro!

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 51 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Exercício 23

(ICMS-MG – ESAF/2005) Um fabricante afirma que, pelo menos, 95% dos


equipamentos que fornece à indústria encontram-se dentro de suas
especificações. Uma amostra de 200 itens escolhidos ao acaso revelou 10 itens
fora de especificação. Assinale a opção que corresponde ao valor probabilístico
(p-valor) do teste contra , sendo a proporção
populacional dos itens dentro das especificações.
a) 0,5
b) 0,05
c) 0,025
d) 0,01
e) 0,1

Resolução

Vamos utilizar a mesma “fórmula” para estatística de teste do exercício anterior:

A questão agora é que o que é pedido é o p-valor. Mas, o que é o p-valor? Vamos
05949764803

lembrar-nos da aula anterior: “Em termos mais analíticos, pode-se definir o p-


valor como o menor nível de significância em que a hipótese nula pode ser
rejeitada”.

Então, em termos práticos, o que estamos fazendo? Nós vamos calcular, por meio da
estatística de teste, os valores que estão dentro de um intervalo de confiança definido
para a proporção. O p-valor será a probabilidade de obtermos valores extremos, além
do intervalo de confiança definido para a proporção.

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 52 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08
Vamos aplicar no nosso exemplo, sendo que, para isso, temos de calcular a
proporção amostral:

Vamos substituir na estatística de teste:

Veja que nem precisamos calcular o denominador, pois o numerador é igual à zero.

O que este resultado está nos dizendo? Olhe o gráfico abaixo:

05949764803

Nós estamos bem no centro da distribuição, o que nos leva à conclusão de que
estamos em um ponto que divide a distribuição em duas partes iguais de 50% de
chance.

Qual o p-valor? É a probabilidade de estarmos à direita do calculado, ou seja, nos


valores extremos delimitados pelo intervalo de confiança. Portanto, o p-valor será de:

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 53 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Alternativa (a).

(ICMS-RJ – FCC\2013) Para responder às questões de números 24 a 25,


considere as informações a seguir:
Se Z tem distribuição normal padrão, então:
P(Z < 0,8) = 0,788; P(Z < 1,25) = 0,894; P(Z < 1,4) = 0,92;
P(Z < 1,64) = 0,95; P(Z < 1,96) = 0,975; P(Z < 2) = 0,977

Exercício 24

Seja p a probabilidade de ocorrer cara quando se lança uma determinada


moeda. Com base em 100 lançamentos da moeda, deseja-se testar a hipótese
de que a moeda é não viciada (p = 0,5) contra a alternativa de que p = 0,8. Com
base na variável aleatória que representa a proporção de caras em 100
lançamentos estabeleceu-se para o teste a seguinte região crítica (RC): RC = {
≥ 0,75}. Sendo a probabilidade do erro do tipo II, e admitindo-se a aproximação
à normal para a distribuição de , o valor de é
a) 0,150
b) 0,250
05949764803

c) 0,106
d) 0,053
e) 0,125

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 54 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Resolução

O erro tipo II é a probabilidade de aceitarmos a hipótese nula dado que ela é falsa. O
exercício fala que a região crítica é dada pelos valores nos quais a proporção é maior
ou igual a 0,75.

Para fazer isso, precisamos encontrar a probabilidade de que encontremos um valor


menor do que 0,75, sabendo-se que a média do processo é 0,8.

Antes de começarmos, atente-se que se trata de um caso de teste de jipóteses com


proporções! Assim, vamos usar nossa fórmula:

Ou seja, com base no enunciado:

Essa é a probabilidade de encontrarmos um valor maior do que 0,75, mas nós


queremos exatamente o contrário!

Portanto, a probabilidade de encontrarmos um valor menor do que 0,75 significa


05949764803

encontrar um valor de estatística Z “mais negativo”, ou mais “à esquerda” da curva de


distribuição normal.

Alternativa (c).

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 55 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Exercício 25

O tempo necessário para o atendimento de uma pessoa em um guichê de uma


repartição pública tem distribuição normal com média = 140 segundos e
desvio padrão = 50 segundos. A probabilidade de que um indivíduo,
aleatoriamente selecionado, espere entre 3 e 4 minutos para ser atendido é
a) 0,765
b) 0,632
c) 0,235
d) 0,189
e) 0,678

Resolução

Vamos trabalhar com a unidade “segundos”:

Precisamos encontrar a diferença entre a probabilidade de o indivíduo esperar 4


minutos e 3 minutos a fim de respondermos a questão. Assim, a probabilidade de o
indivíduo esperar até 3 minutos:

05949764803

Com base no enunciado:

Já a chance de o indivíduo esperar entre 0 e 4 minutos é:

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 56 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Assim:

O que estamos procurando é:

Alternativa (d).

Exercício 26

(SEPLAG MG – FUNCAB\2014)

05949764803

Resolução

Questãozinha mal elaborada. Veja, vamos explicar cada um dos membros não
explicados:

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 57 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

â
ã â

Veja, como encontrar um intervalo de confiança?

Ora, pegue a média amostral e some\diminua a margem de erro!

O que é a margem de erro? É a significância estatística dividida por 2 (lembre-se de


que a significância deve estar dividida entre os dois lados da distribuição) multiplicada
pela variância da média amostral, que é o desvio padrão dividido pela raiz quadrada
do tamanho da amostra. Assim:

Alternativa (c).

Exercício 27
(SEMAD – FUNCAB\2013)

05949764803

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 58 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Resolução

Vamos nos lembrar do conceito de p-valor:

“O p-valor seria o valor limite entre a aceitação e rejeição da hipótese nula. Em


termos mais analíticos, pode-se definir o p-valor como o menor nível de
significância em que a hipótese nula pode ser rejeitada.”

Se o p-valor encontrado foi de 0,059, isso significa que não é possível rejeitar a
hipótese nula a 5%, mas isso é possível para qualquer valor superior a 5,9%.

Portanto, a alternativa correta é (b).

Exercício 28

(SISEMA – FUNCAB\2013) Lança-se uma moeda 64 vezes e observa-se a


ocorrência de 48 caras. Seja a probabilidade de cara, assinale a opção que dá
o valor da estatística teste correspondente ao teste da hipótese H : < 0,5 contra
H :
A) 1
B) 2
C) 3
D) 4
05949764803

Resolução

Qual foi a probabilidade encontrada? Ocorreram 48 cara em 64 lançamentos,


portanto:

A estatística de teste, pra o teste de que a probabilidade seja, na verdade, 0,5 é dada
por uma estatística de teste para proporções, ou seja:

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 59 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Alternativa (d).

Exercício 29

(ARSAE – FUNCAB\2014)

Resolução
05949764803

Quando o exercício diz que a variável é , isso significa que ela tem
distribuição normal com média de 220 e variância igual a 100 (desvio padrão de 10).
Para obtermos uma normal padrão, com média zero e desvio padrão igual a 1,
devemos normalizá-la, o que já estamos carecas de saber como:

Alternativa (c).

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 60 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Exercício 30

(DNIT – ESAF/2013) Os pintores Antônio e Batista farão uma exposição de seus


quadros. Antônio vai expor 3 quadros distintos e Batista 2 quadros distintos.
Os quadros serão expostos em uma mesma parede e em linha reta, sendo que
os quadros de um mesmo pintor devem ficar juntos. Então, o número de
possibilidades distintas de montar essa exposição é igual a:
a) 5
b) 12
c) 24
d) 6
e) 15

Resolução

Pessoal, a melhor forma de pensar nesta questão é com base na lógica mesmo!
Pense comigo, para que os quadros dos pintores fiquem juntos, os quadros de Batista
(ele será o quadro amarelo) deverão ficar na extremidade de cada linha reta, pois
caso contrário, não ficarão juntos:

05949764803

Pense, isso são duas possibilidades. Mas, há mais duas, pois nós podemos trocar o
lugar dos quadros amarelos que estão no mesmo lado! Portanto, 4 possibilidades
para os amarelos. Agora, precisamos saber quantas possibilidades existem para os
vermelhos (basta fazer uma permutação de 3):

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 61 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Portanto:

ç�

Alternativa (c).

Exercício 31

(Analista Controle Interno – FGV/2014) Uma variável aleatória X tem média igual
a 2 e desvio padrão igual a 2. Se Y = 6 – 2X, então a média de Y, a variância de
Y e o coeficiente de correlação entre X e Y valem, respectivamente,
(A) −2, 4 e 1.
(B) −2, 16 e 1.
(C) 2, 16 e −1.
(D) 10, 2 e −1.
(E) 2, 4 e −1.

Resolução

Lembrem-se das propriedades da média e variância!

05949764803

Média:
1) Se somarmos (subtrairmos) todas as observações com um determinado valor
fixo, tal como x, toda a média terá resultado igual ao anterior à operação mais
(menos) x.
2) Se multiplicarmos (dividirmos) todas as observações de uma amostra por um
determinado valor fixo, tal como x, a média terá resultado igual ao anterior à
operação vezes (dividido por) x.

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 62 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08
Variância:

1) Ao somar (diminuir) qualquer valor fixo das observações utilizadas para cálculo
da variância (Va�) ou de seu respectivo desvio padrão (DP), o resultado ficará
inalterado.
2) Ao multiplicar (dividir) todas as observações de uma série por um determinado
valor fixo, tal como x, a variância resultante ficará multiplicada (dividida) por x²,
enquanto que o desvio padrão resultante ficará multiplicado (dividido) por x.

Ora, para quem fez o curso, basta aplicar os operadores de Média e Variância. Mas,
vamos pensar de uma forma mais intuitiva! Veja a fórmula:

Y X

Qual a média de Y?

é é

Já que a média de um número fixo é igual a ele mesmo, podemos reescrever:

é é

Veja a propriedade (2) da média e perceba que:

05949764803

é é

E a variância?

Se você soma ou diminui alguma coisa de sua variável, isso não afeta a variância,
conforme propriedade 1 da variância. Assim, a variância de Y dependerá somente de:

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 63 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Conforme estudamos no curso, o valor que multiplica a variável sairá do operador


variância ao quadrado:

Como o exercício fala que o desvio padrão de X é igual à 2, a variância é igual a 4.


Assim:

Só com essas resoluções você já chega na alternativa correta, que é a letra (c).
Coeficiente de correlação a gente aprende na próxima aula!

Exercício 32

(Analista Controle Interno – FGV/2014) Avalie se as seguintes propriedades de


um estimador de um certo parâmetro são desejáveis:
I. Ser não tendencioso para esse parâmetro.
II. Ter variância grande.
III. Ter erro quadrático médio grande.
Assinale:
(A) se apenas a propriedade I estiver correta.
05949764803

(B) se apenas as propriedades I e II estiverem corretas.


(C) se apenas as propriedades I e III estiverem corretas.
(D) se apenas as propriedades II e III estiverem corretas.
(E) se todas as propriedades estiverem corretas

Resolução

I.Perfeito. Sempre queremos um estimador não viesado.

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 64 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08
II.Errado. Quanto maior a variância, menor a capacidade de predição de um
estimador.
III.Errado. Pois, o erro quadrático médio é uma combinação de Viés e Variância.

Alternativa (a).

Exercício 33

(Analista Controle Interno – FGV/2014) Para estimar a proporção populacional


p de eleitores favoráveis a certa candidatura, uma amostra aleatória simples de
tamanho 1.600 foi observada e mostrou 800 eleitores favoráveis à referida
candidatura. Um intervalo de 95% de confiança para p é
(A) (0,4602; 0,5398).
(B) (0,4555; 0,5445).
(C) (0,4620; 0,5380).
(D) (0,4343; 0,5657).
(E) (0,4755; 0,5245).

Resolução

Para responder, basta perceber que trata-se de um teste de hipóteses com


proporções, o que deve ser testado por meio da seguinte estatística de teste:

05949764803

Sendo a probabilidade de sucesso do experimento e o tamanho da amostra.

Só lembrando, estas “barras” em volta do numerador indica que o mesmo está em


módulo, ou seja, o numerador pode ser:

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 65 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Ou:

Vamos considerar que o “sucesso” seria encontrar um eleitor favorável, portanto a


probabilidade de o encontrarmos é de:

Substituindo na função:

O valor z deve ser procurado na tabela, com uma probabilidade de 0,975, haja vista
que, por se tratar de um teste bicaudal, queremos que “sobre” 2,5% de cada lado da
distribuição, a fim de que a confiança do teste seja de 95%. O valor z com
probabilidade de 0,975 é 1,96.

Multiplicando invertido: 05949764803

Para encontrarmos o intervalo de confiança:

Assim, a probabilidade ficará no intervalo:

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 66 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

O que corresponde a:

Alternativa (e).

(ANTAQ – CESPE/2014) Com base no enunciado a seguir, julgue as afirmativas.

05949764803

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 67 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Exercício 34

Resolução

De um total de 8.000 pessoas 80% pagam a tarifa normal e, portanto, 20% pagam a
diferenciada. Assim, temos:

Das pessoas que pagam a tarifa normal 60% estão satisfeitos e dos que pagam a
diferenciada este percentual de satisfação é de 90%!

Depreende-se que há um total 5.280 pessoas satisfeitas de um universo de 8.000,


assim a probabilidade de encontrar alguém satisfeito é de:
05949764803

çã

Alternativa verdadeira.

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 68 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Exercício 35

Resolução

O que o exercício está perguntando é:

á ç

Nós sabemos que:

ç
ç

A probabilidade de ser usuário de serviço diferenciado e estar insatisfeito é de (já


calculamos o número de satisfeitos do serviço diferenciado no exercício anterior,
1440):
05949764803

A probabilidade de estar insatisfeito é (já calculamos o total de satisfeitos no exercício


anterior, 5280):

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 69 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Assim:

Alternativa errada.

Exercício 36

(IBGE – CESGRANRIO/2014)

Resolução

Com base nos nossos conhecimentos, sabemos que o cálculo do intervalo deve ser
tal que:
05949764803

A primeira coisa a fazer é encontrar o valor tabelado z! Se a probabilidade é igual a


97%, temos de procurar 48,5% na tabela normal (bicaudal). Ao observar a tabela você
verá que:

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 70 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Portanto, z = 2,17. Assim substituindo os valores do enunciado no nosso sistema:

Tanto faz qual dos dois você vai utilizar. Vamos utilizar o de baixo:
05949764803

Alternativa (b).

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 71 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Exercício 37

(PETROBRAS – CESGRANRIO/2012)

Resolução

A partir de um cálculo do intervalo de confiança, ficou constatado que, com um nível


de confiança de 90%, o intervalo é dado por [5;15].

Isso significa que, a 10% de significância, rejeita-se a hipótese nula de que a média
é igual a zero, haja vista que o valor 0 não está contido no intervalo calculado com
90% de confiança.

Alternativa (e).
05949764803

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 72 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Exercício 38

(SUSAM – FGV/2014)

Resolução
05949764803

Primeira coisa, estamos tratando com uma amostra, mas o exercício fala:

Isso quer dizer, de maneira simples, considere que n = n-1. Veja que a amostra é de
100 unidades, o que é possível perceber pela fórmula do somatório, que indica que a
somatória é feita para 100 unidades.

Assim, vamos utilizar nossa “fórmula amiga”:

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 73 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

â é é

A média dos quadrados é:

E a média:

Portanto:

O desvio padrão é a raiz quadrada da variância:

Alternativa (b).

05949764803

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 74 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Exercício 39

(SUSAM – FGV/2014)

Resolução

O erro tipo I é aquele da rejeição da hipótese nula quando ela é verdadeira! No caso,
a hipótese nula é a de que o suspeito é inocente.

Assim, erro tipo I seria rejeitar a hipótese nula (condenar o acusado), sendo o mesmo
inocente.

Alternativa (a).
05949764803

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 75 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

(DEPEN – CESPE/2015)

05949764803

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 76 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Exercício 40

Resolução

Errado! Pelas informações do enunciado a quantidade de presidiários que participam


de cursos de qualificação e que não receberam diploma tende a diminuir com o tempo.
Apesar de o ano de 2007 ter apresentado valor menor do que 2008, isso não poderia
ser inferido com base no enunciado.

Alternativa errada.
05949764803

Exercício 41

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 77 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Resolução

Pegadinha! O coeficiente de variação não está relacionado à tendência de uma


variável ou sua correlação com outras. O coeficiente de variação é dado por:

ã
çã
é

Não há como afirmar nada sobre o sinal do mesmo com base na relação apresentada.

Alternativa errada.

Exercício 42

Resolução
05949764803

Ora, neste caso, o total de presidiários que fizeram curso de qualificação nos 3 anos
é N + 2N = 3N. Assim, com base no enunciado sabemos que 69,4% dos presidiários
em 2001 não terminaram o curso, percentual que reduziu para 61,5% no ano
seguinte. Assim:

Alternativa correta.

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 78 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Exercício 43
(MPOG – ESAF/2015)

Resolução
05949764803

Trata-se de um teste de hipóteses para proporções. Assim, a estatística de teste é:

ç çã
ã

A variância de uma proporção é dada pela mesma fórmula da variância de uma


distribuição binomial:

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 79 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

â ã

O valor da proporção calculado na amostra é 80% para , ou seja, a proporção de


indivíduos que não fumam. Assim, substituindo na fórmula o valor do desvio padrão
e do erro de estimação (0,01):

No enunciado afirma-se que o valor de z será igual a 2 para 95% de confiança. Assim:

Alternativa (e).

Exercício 44
(MPOG – ESAF/2015)

05949764803

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 80 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Resolução

Esta questão poderia ter sido sujeita a anulação. Por que? Pelo enunciado muito mal
especificado.

O enunciado sugere que o teste de hipóteses do auditor é testar se a média das


contas a receber é de R$ 260,00. Porém, o que está realmente sendo pedido é,
como se dá o teste de hipóteses para a variável padronizada.

Um caso especial da distribuição normal ocorre quando (média populacional)


e (desvio padrão ) , esta é chamada de normal padrão.

-“Por que isso é importante”?

Porque a normal padrão é mais fácil de ser avaliada e tem uma tabela que permite
05949764803

que você calcule a probabilidade de ocorrência de um determinado valor.

Veja, pode-se provar que uma variável ( ) com distribuição normal pode ser
transformada em uma normal padronizada por meio da seguinte operação:

Essa variável padronizada ( ) tem as características de uma normal padrão.

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 81 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Se você realizar um teste de hipóteses para a variável normal padrão, sabe-se que a
região de aceitação será dada por:

Ou seja, a média populacional estará z desvio padrão para cima e para baixo de zero,
que é a média da normal padrão. Assim, sob a hipótese nula, a média
populacional da normal padrão (que é zero) deve estar neste intervalo.

O enunciado afirma que o valor z equivalente a 95% é de 2 desvio padrão, portanto:

Com base nisso, você chegaria à alternativa (b), já que, sob a hipótese nula, a média
populacional da normal padrão deve ser zero e estar em uma região de aceitação
equivalente a 2 desvios padrão.

-“Para mim, cabe anulação”!


-“Por que, professor”?

A banca fez uma péssima questão. Ela não disse o que significa a letra grega , ela
não disse que H0 corresponde à hipótese nula, ela não disse que as alternativas se
referiam a um teste de hipóteses sobre a normal padrão, e por aí vai.
05949764803

Alternativa (b).

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 82 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Exercício 45
(SUSEP – ESAF/2010)

Resolução

Primeira coisa é definir o que seria:

Ora, qual o complementar de A? Tudo que não é A! A mesma coisa vale para B. A
união dos complementares de A e B tem de ser algo que não é, ao mesmo tempo,
05949764803

A e B:

Entendeu? Portanto, a união entre os complementares de A e B é todo o universo


menos a intersecção entre estes dois conjuntos! Agora fica fácil resolver a questão.

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 83 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Isso implica que:

Isso implica que:

Isso implica que:

Isso implica que: 05949764803

Isso implica que:

Alternativa (c).

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 84 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Lista de exercícios resolvidos

Exercício 1

(Elaborado pelo autor) Suponha que a seguinte amostra de alturas tenha sido
retirada da população:
Alturas
(metros)
1,7
1,6
1,7
1,75
1,8
1,82
1,9
1,78
1,74
1,83

Dado que a altura média da população é de 1,70m e sabendo que o desvio


padrão populacional é de 0,1, qual a probabilidade de encontrarmos um valor
para a média amostral que se situe entre 1,70m e o valor encontrado para esta
amostra?

Exercício 2
05949764803

(Auditor da Previdência Social – ESAF/2002/modificada) O desvio padrão para


o peso de peças mecânicas obtidas num lote de produção é de 25kg. Sabendo-
se que, em uma amostra de 100 peças do lote, foi encontrado um peso médio
de 23,2kg, qual o intervalo de confiança para a média?
a)
b)
c)
d)
e)

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 85 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Exercício 3

(BACEN – FCC\2005) A distribuição dos valores de aluguéis dos imóveis em


certa localidade é bem representada por uma curva normal com desvio padrão
populacional de R$ 200,00. Por meio de uma amostra aleatória de 100 imóveis
neste local, determinou-se um intervalo de confiança para a média destes
valores de [R$ 540,00;R$ 660,00].
A mesma média amostral foi obtida com um outro tamanho de amostra, com o
mesmo nível de confiança anterior, sendo o novo intervalo [R$ 560,00;R$
640,00]. A população tem tamanho infinito, o tamanho da amostra no segundo
caso é de:
a) 225
b) 256
c) 324
d) 400
e) 625

Exercício 4

05949764803

(TRF 1ª Região – FCC/2001/modificada) Julgue a afirmativa.

Seja uma variável aleatória X, com média e desvio padrão igual à 5. A partir
de uma amostra aleatória de 16 elementos, observou-se uma média amostral de
valor 13. Uma pessoa afirmou que a média populacional dos elementos é igual
a 15, com 5% de significância. Essa afirmação mostrou-se como verdadeira.

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 86 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Exercício 5

(TRF 1ª Região – FCC/2001/modificada) Julgue a afirmativa.

Seja uma variável aleatória X, com média e desvio padrão igual à 5. A partir
de uma amostra aleatória de 16 elementos, observou-se uma média amostral de
valor 13. Uma pessoa afirmou que a média populacional dos elementos é de, no
mínimo, 15, com 5% de significância. Essa afirmação mostrou-se como
verdadeira.

Exercício 6

(BACEN – FCC/2005) As empresas de um determinado setor têm uma situação


líquida bem descrita por uma distribuição normal, com média igual a 2,5 milhões
de reais e desvio padrão de 2 milhões de reais. Selecionando uma empresa
aleatoriamente deste setor, a probabilidade dela apresentar uma situação
líquida negativa é de:

a) 50%
b) 39%
c) 23%
d) 16%
e) 11%
05949764803

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 87 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Exercício 7

(TRT 2ª Região – 2008/FCC) Para uma experiência realizada com referência à


medição do comprimento de determinada peça fabricada por uma indústria,
utilizou-se uma amostra de 16 peças, apurando-se uma média de 0,9m e um
desvio padrão de 0,2m. Supondo que os comprimentos das peças tenham
distribuição normal, com média e variância desconhecida, deseja-se saber,
ao nível de significância de 5%, se o comprimento da peça não é inferior a 1m.
Seja H0 a hipótese nula do teste ( ) e H1 a hipótese alternativa ( )e
o quantil da distribuição t de Student tabelado para teste
unicaudal, com 15 graus de liberdade. Então, pelo teste t:

a) A conclusão obtida seria a mesma para qualquer nível de significância


b) H0 não pode ser aceita, indicando que os comprimentos são menores
que 1m
c) O número de graus de liberdade não interferiu na definição de

d) Para um nível de significância superior a 5% a conclusão não poderia ser


a mesma
e) O valor da estatística de teste é de -0,5

Exercício 8
05949764803

(ATRFB – ESAF/2013) A variância da amostra formada pelos valores 2, 3, 1, 4, 5


e 3 é igual a
a) 3.
b) 2.
c) 1.
d) 4.
e) 5.

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 88 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Exercício 9

(FINEP – CESGRANRIO/2011) Uma amostra aleatória de 100 famílias foi


selecionada com o objetivo de estimar o gasto médio mensal das famílias com
medicamentos. Os resultados amostrais estão resumidos na distribuição de
frequência, a seguir, segundo as classes de gastos, em 10 reais. Não existem
observações coincidentes com os extremos das classes.

Gastos em 10 reais Frequência Absoluta


de 1 a 3 10
de 3 a 5 30
de 5 a 7 60
total 100

As melhores estimativas para a média aritmética e para a variância amostral


são, aproximada e respectivamente,

a) 5 reais e 1,82 reais²


b) 5 reais e 18,2 reais²
c) 50 reais e 1,82 reais²
d) 50 reais e 18,2 reais²
e) 50 reais e 182 reais² 05949764803

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 89 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Exercício 10

(FINEP – CESGRANRIO\2011) Dois dados comuns, honestos, foram lançados


simultaneamente. Sabe-se que a diferença entre o maior resultado e o menor é
igual a um. Qual é a probabilidade de que a soma dos resultados seja igual a
sete?
a) 1/3
b) 1/4
c) 1/5
d) 1/6
e) 1/7

(TCU – CESPE/2008) Uma instituição afirma que o custo médio para realização
de determinada obra é igual ou inferior a R$ 850,00 m². Para avaliar esta
afirmação, foi realizado um teste estatístico cujas hipóteses nulas e alternativas
são, respectivamente, H0: e H1: . Considere que a distribuição
de custos por metros quadrados possa ser considerada como normal com
média e desvio padrão de R$ 300m². A partir de uma amostra aleatória de
tamanho 25, a estatística de teste para a média foi igual a 2,1. Com base nestas
afirmações, julgue o item a seguir:

Exercício 11
05949764803

A média amostral produzida pelo teste estatístico foi superior a 950 m² e inferior
a 1000 m².

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 90 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Exercício 12

(TRT 3ª Região – FCC/2009) O peso de pacotes de café é uma variável aleatória


X. Uma máquina de encher pacotes está regulada para fazê-lo com e
. Com o objetivo de manter sob controle a variabilidade do produto,
a cada 30 minutos uma amostra aleatória de alguns pacotes é selecionada e
testa-se se a variabilidade está controlada. Assim, desejando-se testar H0:
contra H1: , toma-se uma amostra de 16 pacotes e observa-se uma
variância amostral de 160g². O valor observado para a estatística de teste é de:
a)31
b)28
c)24
d)22
e)19

Exercício 13

(elaborado pelo autor) Com base no exercício anterior, a 5% de significância,


verifique se a hipótese nula é satisfeita.

Exercício 14

05949764803

(Petrobrás – CESGRANRIO/2010) Um fabricante deseja fazer um estudo, com


confiança de 95%, a respeito da aceitação de seu novo produto. Esse novo
lançamento só será comercializável se o índice de aceitação for de, pelo menos,
90%. Para tal, realizou uma pesquisa em uma cidade na qual o produto já foi
comercializado. Foi perguntado aos consumidores se estes gostaram do
produto. O resultado foi o seguinte: 850 consumidores responderam que
gostaram e 150 que não gostaram. Qual será a estatística de teste a ser utilizada
neste teste?

a) -5,27

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 91 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08
b) -1,96
c) -1,65
d) 1,96
e) 5,27

(TCU – CESPE/2008) Uma instituição afirma que o custo médio para realização
de determinada obra é igual ou inferior a R$ 850,00 m². Para avaliar esta
afirmação, foi realizado um teste estatístico cujas hipóteses nulas e alternativas
são, respectivamente, H0: e H1: . Considere que a distribuição
de custos por metros quadrados possa ser considerada como normal com
média e desvio padrão de R$ 300m². A partir de uma amostra aleatória de
tamanho 25, a estatística de teste para a média foi igual a 2,1. Com base nestas
afirmações, julgue o item a seguir:

Exercício 15

O poder do teste que representa a probabilidade de se aceitar corretamente a


hipótese nula é de 98,2%.

Exercício 16

(DNOCS – FCC/2010) Em um teste de hipóteses estatístico, sendo H0 a hipótese


nula e H1 a hipótese alternativa, o nível de significância do teste consiste na
05949764803

probabilidade de:
a) Aceitar H0 dado que H0 é verdadeira
b) Rejeitar H0 dado que H0 é falsa
c) Aceitar H0, independentemente de falsa ou verdadeira
d) Aceitar H0, dado que é falsa
e) Rejeitar H0, dado que é verdadeira

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 92 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Exercício 17

(Petrobras – CESGRANRIO/2010) Em um teste de hipóteses estatístico, sendo


H0 a hipótese nula e H1 a hipótese alternativa, cometer erro tipo 2 consiste em:
a) Rejeitar H0, dado que é verdadeira
b) Aceitar H0, dado que é falsa
c) Aceitar H1, sendo H1 verdadeira
d) Rejeitar H1, sendo H1 falsa
e) Aceitar H0 e H1

Exercício 18

(STN – ESAF/2013) Em um teste de hipóteses, onde Ho é a hipótese nula e Há é


a hipótese alternativa, pode-se afirmar que:
a) ocorre Erro Tipo I quando aceita-se Ho e Ho é falsa.
b) a estatística F de Snedecor tem por finalidade testar o efeito individual de
cada variável explicativa sobre a variável explicada.
c) a soma das probabilidades dos Erros Tipo I e Tipo II é igual a 1.
d) se o valor-p de um teste de hipóteses for igual 0,015, então a hipótese nula
será rejeitada ao nível de significância de 5%, mas não ao nível de significância
de 1%.
e) o nível de confiança é a probabilidade de se cometer Erro Tipo II.
05949764803

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 93 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Exercício 19

(ISS-SP – FCC/2006) Uma variável aleatória X tem distribuição normal com


média e desvio padrão 100. O tamanho da amostra para que a diferença, em
valor absoluto, entre a média amostral e seja menor do que 2, com coeficiente
de confiança de 89% é:
a)1100
b)2200
c)2800
d)3600
e)6400

(ANPEC – 2012) Julgue as afirmativas.

Exercício 20

Se o p-valor de um teste é maior do que o nível de significância adotado, rejeita-


se a hipótese nula.

Exercício 21

Suponha que o objetivo seja testar a hipótese nula de que a média populacional
05949764803

é igual a 0. Se esta hipótese é rejeitada num teste monocaudal contra a


hipótese alternativa de que , ela também será rejeitada num teste bicaudal
contra a hipótese alternativa de que , adotando-se o mesmo nível de
significância.

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 94 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Exercício 22

(Gestor fazendário – ESAF/2005) Lança-se uma moeda 20 vezes e observa-se a


ocorrência de 7 caras. Seja a probabilidade de cara. Assinale a opção que dá
o valor da estatística de teste correspondente ao teste contra
.
a)
b)
c)
d)
e)

Exercício 23

(ICMS-MG – ESAF/2005) Um fabricante afirma que, pelo menos, 95% dos


equipamentos que fornece à indústria encontram-se dentro de suas
especificações. Uma amostra de 200 itens escolhidos ao acaso revelou 10 itens
fora de especificação. Assinale a opção que corresponde ao valor probabilístico
(p-valor) do teste contra
05949764803

, sendo a proporção
populacional dos itens dentro das especificações.
a) 0,5
b) 0,05
c) 0,025
d) 0,01
e) 0,1

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 95 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

(ICMS-RJ – FCC\2013) Para responder às questões de números 24 a 25,


considere as informações a seguir:
Se Z tem distribuição normal padrão, então:
P(Z < 0,8) = 0,788; P(Z < 1,25) = 0,894; P(Z < 1,4) = 0,92;
P(Z < 1,64) = 0,95; P(Z < 1,96) = 0,975; P(Z < 2) = 0,977

Exercício 24

Seja p a probabilidade de ocorrer cara quando se lança uma determinada


moeda. Com base em 100 lançamentos da moeda, deseja-se testar a hipótese
de que a moeda é não viciada (p = 0,5) contra a alternativa de que p = 0,8. Com
base na variável aleatória que representa a proporção de caras em 100
lançamentos estabeleceu-se para o teste a seguinte região crítica (RC): RC = {
≥ 0,75}. Sendo a probabilidade do erro do tipo II, e admitindo-se a aproximação
à normal para a distribuição de , o valor de é
a) 0,150
b) 0,250
c) 0,106
d) 0,053
e) 0,125

Exercício 25

05949764803

O tempo necessário para o atendimento de uma pessoa em um guichê de uma


repartição pública tem distribuição normal com média = 140 segundos e
desvio padrão = 50 segundos. A probabilidade de que um indivíduo,
aleatoriamente selecionado, espere entre 3 e 4 minutos para ser atendido é
a) 0,765
b) 0,632
c) 0,235
d) 0,189
e) 0,678

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 96 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Exercício 26

(SEPLAG MG – FUNCAB\2014)

Exercício 27

(SEMAD – FUNCAB\2013)

05949764803

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 97 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Exercício 28

(SISEMA – FUNCAB\2013) Lança-se uma moeda 64 vezes e observa-se a


ocorrência de 48 caras. Seja a probabilidade de cara, assinale a opção que dá
o valor da estatística teste correspondente ao teste da hipótese H : < 0,5 contra
H :
A) 1
B) 2
C) 3
D) 4

Exercício 29

(ARSAE – FUNCAB\2014)

05949764803

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 98 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Exercício 30

(DNIT – ESAF/2013) Os pintores Antônio e Batista farão uma exposição de seus


quadros. Antônio vai expor 3 quadros distintos e Batista 2 quadros distintos.
Os quadros serão expostos em uma mesma parede e em linha reta, sendo que
os quadros de um mesmo pintor devem ficar juntos. Então, o número de
possibilidades distintas de montar essa exposição é igual a:
a) 5
b) 12
c) 24
d) 6
e) 15

Exercício 31

(Analista Controle Interno – FGV/2014) Uma variável aleatória X tem média igual
a 2 e desvio padrão igual a 2. Se Y = 6 – 2X, então a média de Y, a variância de
Y e o coeficiente de correlação entre X e Y valem, respectivamente,
(A) −2, 4 e 1.
(B) −2, 16 e 1.
(C) 2, 16 e −1.
05949764803

(D) 10, 2 e −1.


(E) 2, 4 e −1.

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 99 de 109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Exercício 32

(Analista Controle Interno – FGV/2014) Avalie se as seguintes propriedades de


um estimador de um certo parâmetro são desejáveis:
I. Ser não tendencioso para esse parâmetro.
II. Ter variância grande.
III. Ter erro quadrático médio grande.
Assinale:
(A) se apenas a propriedade I estiver correta.
(B) se apenas as propriedades I e II estiverem corretas.
(C) se apenas as propriedades I e III estiverem corretas.
(D) se apenas as propriedades II e III estiverem corretas.
(E) se todas as propriedades estiverem corretas

Exercício 33

(Analista Controle Interno – FGV/2014) Para estimar a proporção populacional


p de eleitores favoráveis a certa candidatura, uma amostra aleatória simples de
tamanho 1.600 foi observada e mostrou 800 eleitores favoráveis à referida
candidatura. Um intervalo de 95% de confiança para p é
(A) (0,4602; 0,5398).
(B) (0,4555; 0,5445).
05949764803

(C) (0,4620; 0,5380).


(D) (0,4343; 0,5657).
(E) (0,4755; 0,5245).

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 100 de


109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

(ANTAQ – CESPE/2014) Com base no enunciado a seguir, julgue as afirmativas.

Exercício 34

05949764803

Exercício 35

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 101 de


109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Exercício 36

(IBGE – CESGRANRIO/2014)

Exercício 37

(PETROBRAS – CESGRANRIO/2012)

05949764803

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 102 de


109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Exercício 38

(SUSAM – FGV/2014)

05949764803

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 103 de


109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Exercício 39

(SUSAM – FGV/2014)

(DEPEN – CESPE/2015)

05949764803

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 104 de


109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Exercício 40

Exercício 41

05949764803

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 105 de


109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Exercício 42

Exercício 43
(MPOG – ESAF/2015)

05949764803

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 106 de


109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Exercício 44
(MPOG – ESAF/2015)

05949764803

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 107 de


109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

Exercício 46
(SUSEP – ESAF/2010)

05949764803

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 108 de


109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA


Estatística p/ AFRFB 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Jeronymo Marcondes Aula 08

2–a 38-b
3–a 39-a
4–C 40-F
5–C 41-F
6–e 42-V
7–b 43-e
8–b 44-b
9–e 45-c
10 – c
11 – C
12 – c
13 – C
14 - a
15 – E
16 – e
17 – b
18 – d
19 – e
20 – E
21 – E
22 – a
23 – a
24 – c
25 – d
26 – c
27 – b
28 – d
29 – c
30 – c 05949764803

31 – c
32 – a
33 – e
34 – V
35 – F
36 – b
37 – e

Estudem e mandem dúvidas! Vocês conseguirão realizar seus sonhos, basta se


esforçar!

Até a próxima!

Prof. Jeronymo Marcondes www.estrategiaconcursos.com.br 109 de


109

05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA

Você também pode gostar