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NOÇÕES DE DIREITO LIGADAS A ATIVIDADE POLICIAL

 Desconhecimento das Leis


 Segurança Pública
 Direitos Fundamentais
 Poder de Polícia
 Das Buscas
 Uso Legal das Algemas
 Abuso de Autoridade
 Discricionariedade X Arbitrariedade
 Uso da Força e das Armas de Fogo
 Quando Atirar ?

TÉCNICAS E TÁTICAS INDIVIDUAIS E EM DUPLA

 Tipos de Porte
 Saque
 Controle de Cano
 Retenção de Arma
 Tomada de Ângulo e Olhada Rápida
 Deslocamentos
 Cobertas e Abrigos
 Transposição de Obstáculos
 Táticas em Duplas
 Tipos de Recarga
 Métodos de Tiro com Lanterna

ARMAMENTO E TIRO

 Regras de Segurança
 Revólver
 Pistola TAURUS Cal. 40
 Metralhadora TAURUS FAMAE cal. 40
 Espingarda cal. 12
 Fuzil SAR e PARA SAR
 MT-12 / MT-12A
ABORDAGEM A PESSOAS

 Princípios da Abordagem
 Processos da Abordagem
 Busca Pessoal
 Busca Preliminar
 Busca Minuciosa
 Busca Completa
 Uso da Algema

ABORDAGEM A VEÍCULOS

 Abordagem a Motocicletas
 Abordagem a Automóveis
 Abordagem a Caminhões
 Abordagem a Coletivos
 Bloqueio/Blitz
 Método de Abordagem a Automóveis (PMPE)
 Método de Abordagem a Automóveis (ONU)

ABORDAGEM A EDIFICAÇÕES

 Varredura
 Formas de Entradas
 Progressão Policial
 Estado de Alerta
SUMÁRIO

1. OBJETIVOS DO CURSO

O objetivo do Curso Operacional de Técnicas de Abordagem e Tiro


é capacitar os policiais integrantes das diversas unidades
subordinadas a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco para
atuarem nos serviços operacionais de segurança pública do
Estado.

Outros objetivos do COTAT são:

 Promover o intercâmbio de experiências e a cooperação


interpolicial, considerando a atuação específica das diversas
unidades policiais.
 Atualizar os conhecimentos na área de abordagem policial
estabelecendo uma doutrina operacional.
 Preparar e capacitar os participantes no domínio de habilidades
individuais e coletivas diante de situações no serviço policial
aplicando os conhecimentos adquiridos.
 Desenvolver espírito de trabalho em equipe.

2. CONTEÚDO

a. NOÇÕES DE DIREITO LIGADAS A ATIVIDADE POLICIAL:

 Desconhecimento de Lei;
 Segurança Pública;
 Direitos Fundamentais;
 Das Buscas;
 Prisão em Flagrante;
 Uso Legal das Algemas;
 Abuso de Autoridade;
 Discricionariedade X Arbitrariedade;
 Uso da Força e das Armas de Fogo;
 Quando Atirar?

b. TÉCNICAS E TÁTICAS INDIVIDUAIS E EM DUPLA

 Tipos de Porte;
 Saque;
 Controle de Cano;
 Retenção de Arma;
 Tomada de Ângulo e Olhada Rápida;
 Deslocamentos;
 Cobertas e Abrigos;
 Transposição de Obstáculos;
 Táticas em Duplas;
 Tipos de Recarga;
 Métodos de Tiro com Lanterna;

c. ARMAMENTO E TIRO:

 Regras de segurança;
 Pistola TAURUS cal. 40;
 Submetralhadora TAURUS FAMAE cal. 40;

d. ABORDAGEM A PESSOAS:

 Princípios da Abordagem Policial;


 Indivíduo em Atitude Suspeita;
 Situações em que o Policial deve Abordar;
 Processos da Abordagem;
 Abordagem a Pessoas Isoladas;
 Abordagem a Pessoas em Grupo;
 Regras a serem seguidas durante uma abordagem;
 Busca Pessoal;
 Procedimentos na Busca Preliminar;
 Procedimentos na Busca Minuciosa;
 Procedimentos na Busca Completa;
 Procedimentos no Uso de Algemas;

e. ABORDAGEM A VEÍCULOS:

 Abordagem a Motocicletas e Bicicletas;


 Abordagem a Automóveis (passeio);
 Abordagem a Caminhões;
 Abordagem a Coletivos;
 Bloqueio Relâmpago;
 Método de Abordagem a Veículos (PMPE);
 Método de Abordagem a Veículos (ONU);

f. ABORDAGEM A EDIFICAÇÕES:

 Varredura;
 Formas de Entradas;
 Buscas em Áreas Edificadas;
 Progressão Policial;
 Combates em Ambientes Fechados;
 Estado de Alerta;Abordagem a Casa Isolada;
 Abordagem a Barracos em Favelas e Matagais;
NOÇÕES DE DIREITO LIGADAS A
ATIVIDADE POLICIAL

O policial possui uma "personalidade ocupacional" que é a


combinação de três elementos, exclusivos para sua função. Desta
maneira, o policial, como resultado de sua "situação social", que
combina perigo, autoridade e eficiência, tenderia a desenvolver formas
de enxergar o mundo distintas para ele mesmo. O desenvolvimento
dessa "personalidade ocupacional" pode ser sintetizado na seguinte
"equação sociológica": O policial é um profissional que lida
permanentemente com situações perigosas em que se criam
exigências demanutenção da autoridade e pressões para
a demonstração de eficiência.

A dimensão do perigo tende a isolar o policial socialmente dos


segmentos que ele considera como simbolicamente suspeitos e de
uma forma mais fraca dos segmentos convencionais com os quais ele
se identifica. O elemento de autoridade reforça a tendência de
isolamento policial gerada pelo perigo. Pois, o exercício da autoridade
se daria em consonância com a exigência - tanto da sociedade quanto
da organização - de que o policial garanta a obediência da lei,
fundamentado em uma moralidade pública puritana, distintiva de todo
comportamento desviante, marginal e impróprio presente nas margens
da sociedade, com a qual o policial lida cotidianamente.

"Quis custodiet ipsos/Custodes?" - "Quem guardará os próprios


guardas?": Juvenal, Sátira VI, 1980.

ABORDAGEM POLICIAL - Aspectos Legais


O policial, por força de sua profissão deve ter conhecimento e
domínio da legislação pertinente que trata dos aspectos mais comuns
e cotidianos pelos quais pode-se deparar como profissional de
segurança pública. Saber que a Constituição rege as demais leis, e
que todas possuem força para respaldar suas atitudes, desde que
estejam e sejam praticadas dentro dos ditames legítimos e legais.

1. DESCONHECIMENTO DE LEI

Lei de Introdução: Decreto - Lei nº 4.657/42

"Art. 3º - Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a


conhece”.

2. SEGURANÇA PÚBLICA:

a. Constituição Federal de 1988:

"Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e


responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da
ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio,
através dos seguintes órgãos: (grifei)

I - 'ommissis';

II - 'ommissis';

III - 'ommissis';

VI - 'ommissis';

V - polícias militares e corpos de bombeiros militares."


§5.º - às Polícias Militares cabem a polícia ostensiva e a preservação
da ordem pública; aos Corpos de Bombeiros militares, além das
atribuições definidas em lei, incumbe a execução de atividades de
defesa civil.”

3. DIREITOS FUNDAMENTAIS :

Preceitua a Constituição Federal promulgada em 1988, no Título


II “Dos Direitos e Garantias Fundamentais”, em seu 1.º Capítulo
que versa sobre os Direitos e Deveres Individuais e Coletivos no seu
artigo 5.º:

“Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer


natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes
no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

I – homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos


termos desta constituição;

II – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa


senão em virtude de lei;

III – ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou


degradante;

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A casa

XI – a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo


penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante
delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou , durante o dia, por
determinação judicial;
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.........................................

Do Crime

XXXIX – não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem
prévia cominação legal;

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.........................................

XLII – a prática de racismo constitui crime inafiançável e imprescritível,


sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;

XLIII – a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça


ou anistia à prática de tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e
drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por
eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo
evitá-los, se omitirem;

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.........................................

XLIX – é assegurado aos presos o respeito à integridade física e


moral;

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LVII – ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de


sentença penal condenatória;
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Das Prisões

LXI – ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem


escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos
casos de transgressão militar ou crime propriamente militar definidos
em lei;

LXII – a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão


comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso
ou à pessoa por ele indicada;

LXIII – o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de


permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e
de advogado;

LXV – a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade


judiciária;

LXVII – não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável por
inadimplento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do
depositário infiel;

LXXIV – o Estado prestará assistência judiciária integral e gratuita aos


que comprovarem insuficiência de recursos.”

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....................
PODER DE POLÍCIA

O Código Tributário Nacional define em seu artigo 78 o conceito de


poder de polícia:

“Considera-se poder de polícia a atividade da administração pública


que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a
prática de ato ou abstenção de fato, em razão do interesse público
concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à
disciplina de produção e do mercado, ao exercício de atividades
econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder
Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos
direitos individuais e coletivos.

Parágrafo Único – considera-se regular o exercício do Poder de


Polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da
lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de
atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de
poder.”

O conceito de poder de polícia fica esclarecido quando afirma o


código em epígrafe que, por um ato da administração pública os
órgãos competentes atuam “limitando ou disciplinando direito,
interesse ou liberdade”, (Ex.: o Estado regula o trânsito, disciplina-o
com normas específicas – semáforo, desvio, etc.), mas, o poder
público não o faz sem motivos ou discrição, e sim “em razão do
interesse público concernente à segurança”(Ex.: no carnaval invalida-
se o porte de arma), “à higiene” (Ex.: fechamento de bares devido às
más condições de higiene), “à ordem” (Ex.: numa greve os PPMM
atuando para evitarem depredações), “à tranqüilidade pública ou ao
respeito à propriedade e aos direitos individuais e coletivos.”

Parágrafo Único – considera-se regular o exercício do Poder de


Polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da
lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de
atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de
poder.”

Coercibilidade: Um dos fatores fundamentais do Direito é a


coercibilidade. Entre os processos que regem a conduta social,
apenas o Direito é coercível, ou seja, capaz de adicionar a força
organizada do Estado, para garantir o respeito aos seus preceitos. A
coação, portanto, somente se manifesta na hipótese da não
observância dos preceitos legais.

DAS BUSCAS :

1 – Busca Pessoal

1. Código de Processo Penal – Art. 244 e 249:

“A busca pessoal independerá de mandado, no caso de prisão ou


quando houver fundada suspeita de que a pessoa esteja na posse
de arma proibida ou de objetos ou papéis que constituam corpo de
delito, ou quando a medida for determinada no curso da busca
domiciliar.” – Art. 244

“A busca em mulher será feita por outra mulher, se não importar


retardamento ou prejuízo da diligência.” – Art. 249

2. Código de Processo Penal Militar – Art. 180 à 183:


“A busca pessoal consistirá na procura material feita nas vestes,
pastas, malas e outros objetos que estejam com a pessoa revistada
e, quando necessário, no próprio corpo.” – Art.180

“ Proceder-se-á à revista, quando houver fundada suspeita de que


alguém oculte consigo:

1. instrumento ou produto de crime;


2. elementos de prova”. – Art. 181

“A revista independe de mandado:

1. quando feita no ato da captura de pessoa que deve ser presa;


2. quando determinada no curso da busca domiciliar;
3. quando ocorrer o caso previsto na alínea ‘a’ do artigo anterior;
4. quando houver fundada suspeita de que o revistando traz consigo
objetos ou papéis que constituam corpo de delito;
5. quando feita na presença da autoridade judiciária ou do presidente do
inquérito.” – Art. 182

“A busca em mulher será feita por outra mulher, se não importar


retardamento ou prejuízo da diligência” – Art. 183

2 - Busca Domiciliar

O Código Penal Brasileiro define em seu artigo 150 o crime de violação de


domicílio. Em seu inciso 3.º esclarece o que não constitui crime:

“§3.º Não constitui crime a entrada ou permanência em casa alheia ou


em suas dependências:

I – durante o dia, com observância das formalidades legais, para efeito


de prisão ou outra diligência.

II – a qualquer hora do dia ou da noite, quando algum crime está


sendo ali praticado ou na iminência de o ser.
§4.º A expressão ‘casa’ compreende:

I – qualquer compartimento habitado;

II – aposento ocupado de habitação coletiva;

III – compartimento não aberto ao público, onde alguém exerce


profissão ou atividade.

§5.º Não se compreende na expressão ‘casa’:

I – hospedaria, estalagem ou qualquer outra habitação coletiva,


enquanto aberta, salvo a restrição do n.º II do parágrafo anterior.

II – taverna, casa de jogo e outras do mesmo gênero”. Art. 150

As buscas domiciliares serão executadas de dia, salvo se o morador


consentir que se realizem à noite, e, antes de penetrarem na casa, os
executores mostrarão e lerão o mandado ao morador, ou a quem o
represente, intimando-o, em seguida, a abrir a porta.

§2.º Em caso de desobediência, será arrombada a porta e forçada a


entrada.

§3.º Recalcitrando o morador, será permitido o emprego de força


contra coisas existentes no interior da casa, para descobrimento do
que se procura.

§4.º Observar-se-á o disposto nos §§ 2.º e 3.º, quando ausentes os


moradores, devendo, neste caso, ser intimado a assistir à diligência
qualquer vizinho, se houver e estiver presente.

Em casa habitada, a busca será feita de modo que não moleste os


moradores mais do que o indispensável para o êxito da diligência. –
Art. 248

PRISÃO EM FLAGRANTE
Código de Processo Penal – Art. 301 e 302:

“Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus


agentes deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante
delito.” – Art. 301

“ Considera-se flagrante delito quem:

I – está cometendo a infração penal;

II – acaba de cometê-la;

III – é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por


qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração;

IV – é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou


papéis que façam presumir ser ele autor da infração.” – Art. 302

Código de Processo Penal Militar – Art. 243 e 244:

“Qualquer pessoa poderá e os militares deverão prender quem


for insubmisso ou desertor, ou seja encontrado em flagrante delito.” –
Art. 243

“Considera-se em flagrante delito aquele que:

1. está cometendo o crime;


2. acaba de cometê-lo;
3. é perseguido logo após o fato delituoso em situação que faça acreditar
ser ele o seu autor;
4. é encontrado, logo depois, com instrumentos, objetos, material ou
papéis que façam presumir a sua participação no fato delituoso;

Parágrafo Único. Nas infrações permanentes, considera-se o


agente em flagrante delito enquanto não cessar a permanência.” – Art.
244
USO LEGAL DAS ALGEMAS

Código de Processo Penal Militar Art. 234 e 242:

“O emprego de força só é permitido quando indispensável, no


caso de desobediência, resistência ou tentativa de fuga. Se houver
resistência da parte de terceiros, poderão ser usados os meios
necessários para vencê-la ou para defesa do executor e auxiliares
seus, inclusive a prisão do ofensor. De tudo se lavrará auto subscrito
pelo executor e por duas testemunhas.

§ 1.º O emprego de algemas deve ser evitado, desde que não haja
perigo de fuga ou de agressão da parte do preso, e de modo algum
será permitido, nos presos a que se refere o art. 242;

§ 2.º O recurso ao uso de armas só se justifica quando absolutamente


necessário para vencer a resistência ou proteger a incolumidade do
executor da prisão ou a de auxiliar seu.” – Art. 234

“Serão recolhidos a quartel ou a prisão especial, à disposição da


autoridade competente, quando sujeitos a prisão, antes de
condenação irrecorrível:

a) Os Ministros de Estado;

b) Os Governadores (...) de Estado;

c) Os membros do congresso nacional(...)e das Assembléias


Legislativas dos Estados;

3. Os cidadãos inscritos no Livro de Méritos das ordens militares ou civis


reconhecidos em lei;
4. Os magistrados;
5. Os Oficiais das Forças Armadas, das Polícias e dos Corpos de
Bombeiros, Militares, inclusive os da reserva, remunerada ou não, e os
reformados;
6. Os oficiais da Marinha Mercante Nacional;
7. Os diplomados por faculdade ou instituto superior de ensino nacional;
8. Os ministros do Tribunal de Contas;
9. Os ministros de confissões religiosas.”

ABUSO DE AUTORIDADE – Lei n.º 4.898 de 09.12.1965

“ Art. 6.º - O abuso de autoridade sujeitará seu autor à sanção


administrativa, civil e penal. (tríplice responsabilidade)”

É inegavelmente, o pesadelo da atividade policial, que por suas


características coercitivas anda bem próximo da margem da lei.
Inúmeros são os policiais que culminam por responder a processo e
não muito menor o número dos que são condenados.

No delito de abuso de autoridade, o sujeito ativo é sempre o


funcionário público ou quem exerça a função pública, mesmo que
temporariamente. A qualidade de autoridade é elementar do crime,
que sem ela, não existe. Os Policiais são funcionários públicos e
também possuem autoridade, logo passíveis de cometer o delito
abordado.

O que é abuso de autoridade?

Art. 3.º - Constitui abuso de autoridade qualquer atentado:

1. à liberdade de locomoção;
2. à inviolabilidade de domicílio;
3. ao sigilo de correspondência;
4. à liberdade de consciência e de crença;
5. ao livre exercício do culto religioso;
6. à liberdade de associação;
7. aos direitos e garantias legais asseguradas ao exercício do voto;
8. o direito de reunião;
9. à incolumidade física do indivíduo;
10. aos direitos e garantias legais asseguradas ao exercício profissional.

Art. 4.º - Constitui também abuso de autoridade;


1. ordenar ou executar medida privativa de liberdade individual, sem as
formalidades legais ou com abuso de poder;
2. submeter pessoas sob sua guarda ou custódia a vexame ou
constrangimento não autorizado em lei.

DISCRICIONARIEDADE X ARBITRARIEDADE

Poder discricionário é o que o Direito concede à Administração,


de modo explicito ou implícito, para a prática de atos administrativos
com liberdade na escolha de sua conveniência, oportunidade e
conteúdo.

Convém esclarecer que poder discricionário não se confunde


com poder arbitrário, discricionariedade e arbítrio são atitudes
inteiramente diversas. Discricionariedade é liberdade de ação
administrativa, dentro dos limites permitidos em lei; arbítrio é ação
contrária ou excedente da lei. Ato discricionário, quando autorizado
pelo Direito, é legal e válido; ato arbitrário é sempre ilegítimo e
inválido. Mais uma vez insistimos nessa distinção, para que o
administrador público, nem sempre familiarizado com os conceitos
jurídicos, não converta a discricionariedade em arbítrio, como também
não se arreceie de usar plenamente de seu poder discricionário
quando estiver autorizado e o interesse público o exigir.

USO DA FORÇA E DAS ARMAS DE FOGO

A atividade de policiamento é orientada no sentido de prevenir e


reprimir as infrações penais nos exatos ditames da lei. A força será
utilizada em ordem crescente, iniciando-se pela persuasão através de
ordens verbais e claras no sentido de conscientizar aquele
surpreendido em estado de suspeição de que qualquer conduta
reativa está anulada pela presença da equipe.

A moderação deve ser o valor indispensável para que a equipe possa


controlar a crise e evitar qualquer ato de precipitação, intolerância e
justificar a prática do delito (legítima defesa, estrito cumprimento do
dever legal, estado de necessidade), e ainda, outras, que excluem a
culpabilidade (menoridade do agente, doença mental ou
desenvolvimento incompleto ou retardado, embriagues fortuita ou
completa, erro e inexigibilidade de conduta diversa); porém o policial,
por sua técnica e preparo, só deverá invocar as autorizantes acima
descritas em defesa judicial, jamais como uma causa pré-existente à
solução de uma ocorrência.

Nesse contexto, a força maior a ser empregada, o uso de arma com


moderação, somente será cabível quando se constituir em um último
instrumento de defesa de direito próprio ou de terceiros.

No cumprimento do dever legal de agir em caso de flagrância de crime


ou contravenção, em ocorrendo a resistência à voz de prisão, a
agressão por parte do criminoso, o Policial tem o dever de ofício de
proteger o cidadão, seus companheiros e, por instinto primário, sua
própria vida.

Ocorrendo, ou na iminência de ocorrer resistência ativa e violenta, a


reação da equipe policial é a necessária para conter o agressor e
impossibilitar nova tentativa. A primeira providência é o socorro às
vítimas, Policiais e o próprio agressor.

Também, em todos os feridos civis a serem socorridos, é feita rápida


revista pessoal, principalmente nos agressores, pois, podem ocultar
outras armas. Os feridos são socorridos o mais rápido possível ao
Hospital mais próximo do local dos fatos, pelo motorista e comandante
da equipe. Os seguranças da equipe ficam no local com a missão de
preservarem todos os detalhes do sítio da ocorrência para perícia, e
impedir a dispersão de testemunhas e vítimas do crime que estava
sendo praticado quando da tentativa de prisão.

A caminho do Hospital, o comandante da equipe informa


sucintamente ao escalão superior, sobre a ocorrência, local dos fatos
e Hospital para onde está indo.
QUANDO ATIRAR?

O CONCEITO AMERICANO DO USO DE FORÇA LETAL

Os constantes avançados sociais e legais exigem cada vez mais


o profissionalismo e seriedade do trabalho policial. Comportamentos
empíricos, rústico, baseados na coragem e valentia do policial não são
mais aceitos pela sociedade que nós protegemos, pois cada vez mais
consciente de seus direitos, deseja, da sua Polícia um trabalho e
legalista.

Dentro desse avanço, os conceitos de Polícia Comunitária e uso


de técnicas não letais se difundem no serviço policial mundial e agora,
mais necessário do que nunca, nossa Polícia Militar. Mas o avanço da
criminalidade não acompanha os direitos humanos e a violência do
criminoso é cada vez maior.

Surge então a grande questão: quando atirar? Quando o policial


deverá (ou terá que) usar a força letal para conseguir manutenção da
lei frente a uma violência exagerada por parte de um agressor da
sociedade?

Ë uma hipocrisia dizer que o policial nunca deverá usar sua


arma de fogo ou que o bom policial jamais precisará usar de força letal
em seu serviço; e uma ignorância da realidade social brasileira dizer
que o policial deverá patrulhar as ruas desarmado.

Os policiais norte-americanos identificam que o ser humano em


uma situação de estresse perde o seu racionais
intelectuais,trabalhando apenas com seu raciocínio instintivo ou
através de seu condicionamento psicomotor. Deve forma, em uma
possível situação de perigo, onde o policial entra em um
comportamento de estresse, seu conhecimento intelectual de quando
atirar fica prejudicado. O policial sabe que só pode agir com força letal
se sua situação se enquadrar dentro das excludentes de
criminalidade, como a legitima defesa, o estrito cumprimento do dever
legal, etc., mas como visualizar e identificar essa situação na
eminência de um tiroteio, sob estresse? Se para os juristas essas
situação podem ser passíveis de interpretações diversas,
jurisprudências e opiniões contraditórias que são discutidas por dias,
meses a até anos, como poderá o policial decidir o certo em uma
fração de segundos?

1. QUANDO USAR A FORÇA LETAL

Nos Estados Unidos, o Instituto de Treinamento Policial da


Universidade de ILinois desenvolveu em 1992, uma pirâmide de uso
de força crescente, chamado de “Modelo de Uso de Força”, adotando
nos seus cursos policias . Esse modelo sugere uma resposta do
policial de acordo com sua percepção do comportamento do suspeito
que está sendo abordado, que vai desde um controle por cooperação,
quando ele fica submisso às ordens do policial, até o uso de força
letal. Apesar de bem aceito entre os norte-americanos, esse quadro
ainda apresenta dúvidas quanto a percepção do policial em relação à
atitude do suspeito.

USO DE FORÇA POLICIAL

PERCEPÇÃO DO AÇÃO DE RESPOSTA

POLICIAL QUANTO AO GRAU DO POLICIAL CONTRA

AGRESSOR O AGRESSOR
AGRESSÃO FÍSICA

LETAL 5 FORÇA LETAL

AGRESSÃO FÍSICA 4 TÁTICAS DEFENSIVAS

NÃO-LETAL NÃO-LETAIS
RESISTÊNCIA ATIVA 3 CONTROLE FÍSICO

CONTROLE DE

RESISTÊNCIA PASSIVA 2 CONTATO

SUBMISSÃO 1 CONTROLE VERBAL

Podemos entender essa dificuldade de leitura de ambiente e


identificação da decisão correta a ser tomada, se comparamos a
visualização da situação em três fazes, branca, cinza e preta (figura
2). Uma situação visivelmente branca ou preta não atirar. O problema
surge quando a situação é cinza. O cenário se confunde e a
identificação não é clara. É nesse momento que ocorre as tragédias
de morte de pessoas inocente e a morte do policial por não ser
defender a tempo: Um vulto dentro da residência, a carteira no bolso
de trás, sacada bruscamente, o carro que passou direto pelo bloqueio
policial... era para atirar ou arriscar a vida?

visualizações de situações
2. O TRIÂNGULO DO TIRO

O triângulo do tiro é um método didático de ensinar aos novos policiais


quando ele deve usar sua arma de fogo em uma ação policial,
identificando corretamente a visualização cinza da ocorrência.

Esse modelo coincide perfeitamente com a legislação e não há


divergência dessa teoria com os aspectos legais de atirar ou não em
ação policial. A diferença está na forma de identificar o momento certo
de usar a força letal, sem desrespeitar a lei. O ensinamento jurídico
ensina ao policial a visualizar o momento do uso de força letal sob as
vistas da lei, enquanto o modelo do triângulo do tiro ensina sob o
ponto de vistaTÁTICO.

O triângulo do tiro prevê que o policial só pode usar a força letal, ou


seja, usar sua arma de fogo, se visualizar um agressor que esteja lhe
atacando ou atacando um outro cidadão
com habilidade, oportunidade e perigo (figura 3).

Figura 3 – Triângulo do tiro


A HABILIDADE é compreendida como os meios físicos que
capacitem um agressor a provocar no policial ou em outro cidadão
uma agressão letal. Pode ser uma arma de fogo, faca ou até mesmo
sua força física ou capacidade de luta corporal. É importante ressaltar
que o conceito da habilidade envolve não apenas a posse de um
armamento, mas também a condição de saber usá-la. Por exemplo,
não poderia se enquadra nessa situação, um agressor que empunha
um fuzil pelo cano, atacando como se fosse um porrete ou uma faca
nas pessoas muito idosa, que mal pode se movimentar.

A OPORTUNIDADE compreende o potencial do agressor em usar sua


habilidade naquele momento de agressão letal. O uso de força letal
contra um agressor portando uma faca pode ser justificado se ele
estiver a alguns metros do policial, quando teria a oportunidade de
usar sua arma branca; mas a mesma ação não se aplica se o
agressor; com a mesma arma, estiver a uma distância maior ou
separado do policial por uma grade, por exemplo, quando perderia
então a oportunidade de agir com aquela habilidade.

O PERIGO é a constatação da intenção de agressão do suspeito


contra o policial ou outro cidadão, com habilidade e oportunidade de
causar mal físico letal.

É essencial a presença desses três fatores para configurar


taticamente e legalmente uma situação que se justifique o uso de
força letal por parte do policial ausência ou quebra de um desses três
elementos já é suficiente para o policial não atirar.

Alguns exemplos da quebra do triângulo do tiro

1. O policial identifica um suspeito armado e próximo a ele. Existe a


habilidade e a oportunidade, mas ainda não se configura o perigo, o
suspeito ainda não demonstrou intenção de agressão. O policial não
pode atirar. Situação real ocorreu em 1996, durante uma ocorrência de
roubo a banco na Avenida Paulista, quando um policial militar atirou
pelas costa em uma pessoa armada, achando tratar-se de um
assaltante. Era um policial civil, que estava atendendo a mesma
ocorrência.
2. O policial identifica um suspeito armado, próximo a ele, que faz menção
de atirar ou mesmo atirar contra o policial, mas em seguida larga a arma
no chão e avança desarmado. Não se justifica atirar a parti desse
momento, pois apesar do perigo da oportunidade, perdeu-se a
habilidade, situação que pode ser contida com o uso de técnicas não-
letais.
3. Em um presídio rebelado, um detendo armado de faca, atrás das
grades, ameaça atacar um policial. Não se justifica atirar, pois apesar de
haver a habilidade e o perigo, não há a oportunidade do agressor em
agir, pois está confinado em uma cela.
4. Um veículo passa em alta velocidade por um bloqueio policial, não
obedece a ordem de parada, quase atropela um policial e foge. Não se
justifica atirar. Houve a habilidade (o carro como arma letal) e o perigo
(intenção do suspeito), mas se perdeu a oportunidade (distância do
agressor para agir contra o Policial) quando o carro se afastou do
bloqueio.

É importante frisar que o triângulo do tiro deve se formar em relação


ao agressor, e não ao Policial a oportunidade não se refere ao Policial
estar em condições de atirar, mas sim ao agressor Ter a chance de
agir, o que não significa uma liberação de tiro, mas a configuração
letal de atirar.

Por exemplo, um agressor toma uma pessoa como refém, apontando


a arma em sua cabeça e ameaçando matá-la. Formou-se o triângulo
do tiro: ha a habilidade, a oportunidade do agressor em atingir um
inocente e perigo (a intenção). O Policial , como agente da lei, pode
usar a força letal, mas a configuração da situação não lhe permite agir
sem equipamentos adequados, armamento especializado e o
emprego de alternativas táticas mais adequados para salvar a vida do
refém, como a negociação.
Em seu trabalho de manutenção da lei e da ordem, o policial não deve
buscar artifício ou justificativa para o uso da sua arma de fogo. Tiros
de advertência, tiros de intimidação e outras explicações para uma
ação com armamento de fogo sem a devida configuração da
necessidade de uso de força letal devem ser repudiados e
combatidos. A arma é um instrumento de trabalho para dar condições
ao policial de reagir contra uma agressão letal e não uma alternativa
de apito ou de coação psicológica. Agindo com disciplina tática, o
policial terá com certeza, a garantia de agir dentro da lei e dentro das
exigências da sociedade.

O policial deve sempre procurar quebrar o triângulo do tiro e assim


evitar o uso da força letal. Configurado o triângulo do tiro, o polícia tem
ainda a opção de comandar, por exemplo, Polícia, largue a arma ao
agressor, ou contra um suspeito armado de faca, recuar e por
obstáculos para o avanço do agressor. O policial tem ainda, em
determinadas situações, as opção do uso de arma não-letais, como a
tonfa ou agentes químicos, do apoio de outros polícias, e sempre agir
abrigado em situações de risco previsível. É essencial que o policial
tenha consciência que a sua proteção não é atirar primeiro, mas sim o
uso de abrigos e coberturas.

O policial possui uma "personalidade ocupacional" que é a


combinação de três elementos, exclusivos para sua função. Desta
maneira, o policial, como resultado de sua "situação social", que
combina perigo, autoridade e eficiência, tenderia a desenvolver
formas de enxergar o mundo distintas para ele mesmo. O
desenvolvimento dessa "personalidade ocupacional" pode ser
sintetizado na seguinte "equação sociológica": O policial é um
profissional que lida permanentemente com situações
perigosas em que se criam exigências demanutenção da
autoridade e pressões para a demonstração de eficiência.

A dimensão do perigo tende a isolar o policial socialmente dos


segmentos que ele considera como simbolicamente suspeitos e de
uma forma mais fraca dos segmentos convencionais com os quais
ele se identifica. O elemento de autoridade reforça a tendência de
isolamento policial gerada pelo perigo. Pois, o exercício da
autoridade se daria em consonância com a exigência - tanto da
sociedade quanto da organização - de que o policial garanta a
obediência da lei, fundamentado em uma moralidade pública
puritana, distintiva de todo comportamento desviante, marginal e
impróprio presente nas margens da sociedade, com a qual o policial
lida cotidianamente.

"Quis custodiet ipsos/Custodes?" - "Quem guardará os próprios


guardas?": Juvenal, Sátira VI, 1980.

TÉCNICAS E TÁTICAS INDIVIDUAIS E EM


DUPLA

1. TIPOS DE PORTE.

 Lateral direto > ótima retenção e boa apresentação.


 Lateral cruzado > propicia o acesso fácil da arma pelo adversário além
do péssimo saque.
 Frontal direto > porte seguro porém com ressalva no saque pelo
direcionamento do cano para a genitália. Muito utilizado pelos policiais a
paisana.
 Frontal cruzado > opção ruim de porte tanto para o saque como para a
retenção.
 Mexicano (nas costas) > excelente retenção para ataque pela frente
deixando a desejar em ataque pelas costas além da lentidão no saque.
 Tornozelo > deve ser utilizado apenas para a arma reserva (back up) e
deve está no lado oposto da mão que fará o saque.
 Tático > muito utilizado em coldre de perna ou até mesmo em colete
tático.
 Subaxilar > pouco utilizado.
 Portes não ortodoxos > ex. arma presa com fita adesiva nas costas,
arma amarada com cordão e pendurada no pescoço, etc.

Obs: A utilização do fiel preso ao cinto ajuda bastante na retenção e


recuperação da arma.

2. SAQUE

Utilize sempre coldre de boa qualidade, preferencialmente com


mais de um tipo de retenção e de rápido saque.

Tempos para o saque:

 Posição 1: A mão forte empunha a arma destravando-a do coldre ao


mesmo tempo que a mão fraca é trazida junto ao estômago ou batida
junto à fivela do cinto. (FOTO 01)
 Posição 2: A arma é sacada e colocada a um ângulo de 45º junto ao
corpo.(FOTO 02)
 Posição 3: As mãos se encontram, formando a empunhadura dupla,
frente ao corpo, mantendo ainda um ângulo de 45º em relação ao
solo.(FOTO 03)
 Posição 4: A arma é engajada na linha de divisada em forma de soco,
fazendo o alinhamento entre alça, massa e alvo.(FOTO 04)

 Posição 5: Controlando-se o gatilho, é efetuado o disparo. Após o


disparo a arma é levemente abaixada para que se proceda o
acompanhamento até que se cesse a ameaça.(FOTO 05)

Obs.: Durante o saque o dedo deverá estar fora do gatilho.


FOTO 1

FOTO 2

FOTO 3
FOTO 4

FOTO 5

3. CONTROLE DE CANO

Em toda ocorrência, o policial deverá manter o controle de sua


arma de fogo, evitando apontá-la para o fogo amigo. Desta forma
ele deverá adotar uma melhor posição para o controle do seu cano.
Posição Sul

Posição Pronto
Posição Israelense

 Posição Atap:

 Posição Rodesiana:

 Posição Inglesa:

4. RETENÇÃO DE ARMAS

De acordo com as estatística, vários casos de policiais feridos são


resultantes de disparos efetuados de sua própria arma. Assim faz-
se necessário que o policial tenha a retenção completa de seu
armamento, lembrando ainda que nem sempre as agressões são
provenientes de meliantes, podendo até acontecer de uma tentativa
por parte de pessoas desequilibradas emocionalmente ou mesmo
doentes mentais.

1. Retenção no coldre:
b) Retenção Lateral:
c) Retenção Frontal: Uma alternativa seria a posição Israelense.
5. TOMADA DE ÂNGULO E OLHADA RÁPIDA

1. Tomada de Ângulo (fatiar a torta ).

A aproximação é feita rente a parede. Afastar-se lateralmente e


girar lentamente ao redor da borda da esquina ou quina sempre
utilizando ao máximo o espaço que dispuser. A arma deverá
está pronta para o disparo e será a primeira ponto avistado a
cada fatiamento.

2. Olhada Rápida.

Após tomar posição de cobertura, olhar rapidamente,


balançando lateralmente a cabeça. O sucesso desta técnica
será a rapidez do movimento e a observação exata do local.
Poderá ser usado, como fonte de visualização, um espelho.

6. DESLOCAMENTO COM ARMA

Durante uma perseguição a pé ou deslocamento de um lugar


para outro em ocorrência, o policial deverá manter a arma em
punho sempre com o braço junto ao corpo, sem oscilações e
movimentos amplos. Caso o deslocamento seja realizado com a
arma no coldre deve-se sempre manter pressão da mão sobre a
empunhadura.

6. COBERTAS E ABRIGOS
1. Abrigo : É tudo aquilo que protege o policial contra observação
do meliante e que resista a penetração de projéteis, podendo
ser naturais ou artificiais. O melhor abrigo em um veículo é o
bloco do motor e as calotas das rodas. Exemplos: poste de
concreto, caçambas de resíduos de lixo, arquivos cheios de
papéis.

2. Cobertas: É tudo o que protege o policial do ângulo de visão do


marginal, todavia não oferece proteção contra projéteis de arma de fogo.
Evite disparar sua arma durante posicionamento em uma coberta, pois
isto revelará sua posição. Exemplos: moitas e arbustos, lata de lixo,
paredes de madeira, portas de automóveis, etc.
6. TRANSPOSIÇÃO DE OBSTÁCULOS

1. Técnicas de escalada

 Quando sozinho, o policial deverá, de início, dar uma rápida


olhada antes de fazer a transposição, que deverá ser feita com
silhueta reduzida.
 E

m dupla, o método utilizado será parecido com uma escada,


onde um dos policiais deverá ficar de costa para a parede,
mantendo a sua base, enquanto o outro utiliza suas pernas e
ombros como degraus.

 Em trio, dois policiais ficarão como método anterior, servindo assim de


escada e levantando o terceiro policial pelo calcanhar.
2. Técnica de descida
 Aranha: O policial ficará com toda sua frente voltada para a parede.

6. TÁTICAS EM DUPLA

1. Cima/Baixo: nesta técnica, o deslocamento da dupla de policiais


deverá ser feito com um policial agachado, e o outro em pé
sobre sua cabeça, cuja arma deste último deverá passar da
linha da cabeça do policial em silhueta reduzida.

2. Em L: nesta técnica, os policiais deverão progredir com um apontado


para a frente e o outro cobrindo sua lateral, sempre com o contato físico,
fazendo assim o formato de um “L”.

3. Costas com costas: os dois policiais irão se deslocar, um de costas para


o outro, tendo além do contato físico o apoio da mão fraca para guiar o
movimento.

10. TIPOS DE RECARGAS


ADMINISTRATIVA TÁTICA COMBATE

11. MÉTODOS DE TIROS COM LANTERNA

a . Método F.B.I.

Consiste em manter a mão que segura a lanterna longe do corpo.


O atirador deve manter o braço esticado lateralmente enquanto
empunha a arma com a outra mão.

Trata-se de um método eficaz, no entanto, segurar a lanterna


nessa posição, além de ser cansativo, não permite que se efetue um
disparo com precisão pois a empunhadura continua simples.

Atualmente não é mais adotado no treinamento dos futuros


agentes da Polícia Federal norte-americana.

2. Método Harries
Criado pelo instrutor norte-americano Mike Harries, baseado na
posição de tiro criada por Jack Weaver .

atirador mantém-se virado em direção ao alvo, com os braços um


tanto dobrados. As costas das mãos se encontram e se apoiam
mutuamente, criando pelo sistema de pressões contrárias a inércia e a
firmeza, necessárias para um disparo preciso. A mão que segura a
lanterna passa por baixo do braço que empunha a arma e se
encontram firmemente apoiando-se uma mão à outra. Esse método
fornece grande precisão no disparo e imprime muita confiança.

Método Roger

O atirador empunha a lanterna, segurando-a com se fosse uma


seringa. Os três dedos restantes seguram firmemente a mão que empunha
a arma. Dessa forma os braços não se cruzam, como no Método Harries,
nem as mãos ficam encostadas, mas sim a mão da lanterna procura
envolver a da arma.
Muito eficaz para quem tem mãos grandes ou possui uma lanterna do
tipo Sure Fire ou Scorpion.
Método Ayoob

Massad Ayoob criou essa posição baseando-se na posição isósceles


de tiro visado.
Nesse método, tanto a mão que segura a lanterna quanto a mão que
empunha a arma são mantidas juntas, polegar ao lado de polegar, e ambos
os braços esticados retos são levantados juntos em direção ao alvo.
Além de permitir um disparo preciso, é possível cegar o oponente com
a luz da lanterna.
Ao levantar os braços, o facho de luz tende a ter uma inclinação para
cima, portanto é uma técnica recomendada para curtas distâncias.
Obs: Em todas as técnicas a visada é feita pela conjunto de
visada e não pelo facho de luz da lanterna.

ARMAMENTO E TIRO

Regras de Segurança

 Nunca, em qualquer hipótese, aponte uma arma, carregada ou não, para


qualquer pessoa exceto se for atirar;

 Trate sua arma como se ela estivesse sempre carregada;

 Mantenha sempre o dedo fora do gatilho exceto na hora do disparo;

 Conheça bem o funcionamento de sua arma;

 Guarde sua arma e munições em local seguro evitando o acesso de


outras pessoas não habilitadas;

 Manuseie sua arma sempre com o cano voltado para um local seguro;

 Ao dar ou receber uma arma, faça-o com ela aberta (ferrolho aberto e
sem carregador);

 Use somente munições indicadas para o tipo de arma que possui


evitando munições velhas e com alteração no estojo ou projetil;

 Jamais transporte ou coldreie sua arma com o ção armado;


 As travas de segurança de uma arma são apenas dispositivos
mecânicos e não um substituto do bom senso;

 A arma deve ser transportada, sempre que possível, em um coldre;

 Não tente fazer modificações em sua arma para ela receber calibres
maiores pois a mesma não foi projetada para isso;

 Mantenha sua arma sempre limpa;

 Verifique se não há obstrução do cano de sua arma antes de carregá-la;

PISTOLA TAURUS Cal .40 SW


1. Características do armamento;

Quanto ao tipo De porte


Quanto ao emprego Individual
Quanto a alma do cano Raiada
Quanto ao sistema de carregamento Retrocarga
Quanto a refrigeração A ar
Quanto a alimentação Carregador tipo cofre
Quanto ao sentido da alimentação De baixo para cima
Quanto ao funcionamento Semi-automática
Quanto ao princípio de Ação direta dos gases
funcionamento

2. Nomenclatura da PT-100;

Ferrolho
Mola recuperadora

Guia da Mola

Cano Bloco de Trancamento

C
arregador Armação

3. Manuseio da pistola;

Municiando sua arma.

o Aponte o cano da arma para local seguro;


o Pressione o botão do retém do carregador e retire-o.
o Coloque os cartuchos no carregador (municiar).
o Recoloque o carregador na arma (alimentação) assegurando-se
que ele fique preso.
o Segure a pistola firmemente com a mão que você usa para atirar,
lembrando-se de manter o dedo fora do gatilho. Com a outra mão
puxe o ferrolho para trás até o batente e solte-o bruscamente.
Isso faz com que o ferrolho posicione uma munição na câmara do
cano. (carregar)
o Agora a pistola está engatilhada pronta para atirar. Para
desengatilhá-la pressione o desarmador do cão.
o Após o último tiro, o ferrolho fica recuado e imobilizado pela ação
do retém do ferrolho. Para retorná-lo à posição normal, pressione
para baixo o retém do ferrolho.

Desmuniciando sua arma.

 Aponte o cano da arma para local seguro;


 Retire o carregador;
 Puxe o ferrolho para trás certificando-se de que o cartucho que estava
na câmara foi devidamente removido;
 Acione novamente o desarmador, causando o desengatilhamento da
arma;
 Após desmuniciar sua arma, faça sempre o exame visual da câmara.
Pronto: sua arma está desengatilhada e desmuniciada.

4. Desmontagem e montagem.

Desmontagem

o Retire o carregador pressionando retém do carregador que está


próximo ao guarda mato;
o Puxe o ferrolho até o final do curso para certificar-se de que não
há munição na câmara;
o Pressione o botão de desmontagem e gire a alavanca de
desmontagem;
o Deslize o conjunto cano/ferrolho para frente até liberá-lo da
armação;
o Comprima a guia da mola recuperadora levantando o conjunto e
retirando-o cuidadosamente;
o Comprima o mergulhador do bloco de trancamento;
o Retirar o conjunto do cano do ferrolho.

Montagem

 A montagem deve ser realizada no sentido inverso da desmontagem.

Obs: Ao encaixar o conjunto cano/ferrolho na armação de sua pistola


observe se o impulsor da trava do percussor eatá abaixado.

PANES MAIS COMUNS

CARREGADOR SOLTO CHAMINÉ DUPLA ALIMENTAÇÃO


METRALHADORA TAURUS FAMAE Cal .40 SW

1. Características do armamento.

Quanto ao tipo Portátil


Quanto ao emprego Individual
Quanto a alma do cano Raiada
Quanto ao sistema de carregamento Retrocarga
Quanto a refrigeração A ar
Quanto a alimentação Carregador tipo cofre
Quanto ao sentido da alimentação De baixo para cima
Quanto ao funcionamento Automática
Quanto ao princípio de Ação direta dos gases
funcionamento

2. Nomenclatura da MT-40.

Haste guia da mola recuperadora

Mola recuperadora Placa superior da empunhadura frontal

Conjunto caixa da culatra/cano

Preparador ou alavanca de manejo


Pino traseiro de fixação e desmontagem

Placa inferior da empunhadura frontal

Pino dianteiro de fixação e desmontagem

Carregador

Armação com coronha dobrável

Bandoleira

3. Manuseio

Municiando sua arma.

o Aponte o cano da arma para local seguro;


o Pressione o botão do retém do carregador e retire-o.
o Coloque os cartuchos no carregador (municiar).
o Recoloque o carregador na arma (alimentação) assegurando-se
que ele fique preso.
o Puxe o preparador para trás e solte-o bruscamente. O ferrolho irá
levar uma munição para a câmara do cano (carregar).
o Selecione o tipo de disparo na tecla de seleção de tiro.
o Agora a metralhadora está pronta para atirar.
o Após o último tiro, o ferrolho fica recuado e imobilizado pela ação
do retém do ferrolho. Para retorná-lo à posição normal, pressione
para baixo o retém do ferrolho.
Desmuniciando sua arma.

 Aponte o cano da arma para local seguro;


 Coloque o seletor na posição “S”;
 Retire o carregador;
 Puxe o preparador para trás certificando-se de que o cartucho que
estava na câmara foi devidamente removido;
 Coloque o seletor na posição “1”;
 Pressione o gatilho ou puxe levemente o preparador para trás acionando
o gatilho e voltando-o a posição inicial;
 Após desmuniciar sua arma, faça sempre o exame visual da câmara.
Pronto: sua arma está desmuniciada voc.

5. Desmontagem e montagem.

Desmontagem

o Retire os pinos de união pressionando-os e retirando-os


de seu alojamento;
o Retire as placas do guarda-mão sendo inicialmente a placa
inferior, puxando para trás e para baixo, e depois a placa superior
puxando para cima;
o Retire a pino da haste da mola recuperadora. Para isso é
necessário pressionar a haste com o dedo polegar retirando
assim o pino. Logo em seguida retira-se a haste e a mola
recuperadora;
o Retire o ferrolho. Para retirar o ferrolho pressione o retém do
preparador para baixo retirando assim, o preparador. Em seguida
incline a arma fazendo com que sai o ferrolho de seu depósito;

Montagem
o Coloque o ferrolho na caixa da culatra colocando em seguida o
preparador em seu devido alojamento;
o Introduza a haste e a mola recuperadora na culatra e pressione
com o dedo polegar até que a haste ultrapasse o suficiente para
colocar o pino de fixação;
o Coloque as placas do guarda-mão da parte superior e inferior;
o Unir as partes inferior e superior da arma colocando primeiro o
pino de união da frente para posteriormente colocar o de trás.

ABORDAGEM A PESSOAS

Muitas mortes de policiais estão ligadas diretamente a abordagens


executadas ou planejadas de maneira equivocada. A doutrina policial nos
ensina que uma abordagem segura, no aspecto efetivo, deve contar com três
policiais para cada abordado. Porém, na prática, isso raramente acontece,
fazendo com que as atenções devam ser redobradas.
O policial, ao efetuar uma abordagem, deve observar alguns aspectos
basilares para que possa salvaguardar sua vida:

PRINCÍPIOS DA ABORDAGEM POLICIAL

 SEGURANÇA - é a garantia que tem o Policial, no momento da


abordagem, que sabe o que está fazendo e está empregando o
procedimento correto.

 SURPRESA - é a ação inopinada do Policial, não possibilitando


fuga ou reação do abordado.

- RAPIDEZ - ação de curta duração no momento da abordagem.

 AÇÃO VIGOROSA - ação resoluta, decidida e firme do Policial


no momento da abordagem.

 UNIDADE DE COMANDO - agir sob comando único, evitar


conflito de ordens, mantendo o controle das ações
desenvolvidas.
INDIVÍDUO EM ATITUDE SUSPEITA

Entende-se por indivíduo em atitude suspeita aquela pessoa que


infunde dúvidas acerca de seu comportamento ou que não inspire
confiança, o fazendo, em relação ao lugar onde se encontre, horário e
outras circunstâncias, justo receio às condições que nela se
apresentam.(Definição dada pela PMESP – em resposta ao questionamento feito então pelo Secretário
de Segurança Pública Sr. José Afonso da Silva – Revista A FORÇA POLICIAL – ~São Paulo 09MAR96)

Não deve existir preconceito na adoção de determinados


critérios para a realização da abordagens. O que caracteriza a atitude
suspeita do indivíduo, é a exteriorização de um comportamento que
fuja do contexto social, ou da normalidade, associado às
circunstâncias de horário, lugar, clima, pessoas etc. Em síntese tudo
que possa chamar a atenção e seja passivo de averiguação;

SITUAÇÕES EM QUE O POLICIAL DEVE ABORDAR

 Para reconhecimento de pessoa procurada;

 Nos casos de cometimento de infração;

 Nos casos de conduta antisocial

 Nos casos de suspeição;


 Para prestar assistência;

 Para orientar

 Para advertir,

 Para fiscalizar

 Para prender.

PROCESSOS DA ABORDAGEM

Durante uma Abordagem Policial, devem ser considerado as


seguintes fases:

a) PLANEJAMENTO MENTAL (coleta de dados e análise dos


fatos)

Juízo de valor fundamentando na coleta de dados e análise dos fatos


com vistas a otimizar a abordagem policial, analisando os seguintes
dados:

 Tipo de delito praticado;


 Local da ocorrência;
 Número de envolvidos e meios utilizados;
 Modus Operandi;
 Possibilidade de reação ou resistência;
 Análise de sua tropa;
 Como, quando e o que fazer na abordagem;
 Qualquer informação relevante, em relação a ação Policial a ser
desenvolvida.

b) PLANO DE AÇÃO

São as linhas de ação, geralmente formuladas verbalmente, de


forma simples e no ambiente da Ação Policial.

c) EXECUÇÃO

Desencadeamento da Ação Policial.

ABORDAGEM A PESSOAS ISOLADAS

-Sempre que o número de Policiais e o terreno permitir, a


aproximação será de Forma Triangular.
-Esta forma de aproximação reduz a possibilidade de fuga e reação do
abordado.

-Propicia mais segurança aos Policiais.

ABORDAGEM A PESSOAS (SUSPEITAS) EM GRUPOS


 É mais complexa;
 Exige maior número de Policiais;
 Não é recomendado à duplas ou Policiais isolados;
 Necessita maiores cautelas;
 Os Policiais devem postar-se em posição vantajosa;
 Em caso de igualdade solicitar reforços;
 Os elementos devem ser afastados uns dos outros e colocados
na posição de busca pessoal;
 O grupo (suspeito) deverá ser revistado sob observação atenta
dos Policiais;
 O deslocamento do abordado para ser revistado deverá ser de
costas para o Policial segurança e lateralmente para o PM
revistador.

REGRAS A SEREM SEGUIDAS DURANTE UMA ABORDAGEM


A UM SUSPEITO

- Vigie sempre as mãos do indivíduo a ser abordado;

- Presuma sempre que o suspeito pode estar armado;

- Procurar abordar o suspeito sempre que possível por trás;

- Não permita que o suspeito se vire, não converse, não se


distraia;

- Ordene que ele coloque as mãos abertas acima da cabeça, de


costas e com as pernas abertas;

- Mesmo que o suspeito jogue uma arma fora, ou mesmo que esta
seja encontrada durante a busca pessoal, continue com a máxima
atenção;

- Não permita que o suspeito coloque as mãos em bolsos ou


capangas;

- Evite, se possível, efetuar abordagem no interior de bares ou


outro lugar onde haja aglomeração;
- Quando o elemento a ser abordado se tratar de um criminoso,
aproxime-se de arma em punho, mas fora do alcance dele;

- Nunca aborde em inferioridade;

- A Arma deve estar na mão em condições de utilização, podendo,


dependendo da situação, estar ao longo do corpo ou em posição
de segurança, apontada diretamente para o suspeito quando
julgado extremamente necessário.

- Procurar abordar com calma, segurança, rapidez, objetividade e


surpresa;

- Se o marginal tentar fugir:

1 - Nunca atire pelas costas;

2 - Persiga-o sem fazer uso de arma de fogo;

3 - Solicite cobertura de outros Policiais se for preciso, para


realização de um cerco.

BUSCA OU REVISTA

É uma atividade que consiste na procura ou exame de uma coisa


ou pessoa, podendo por consequência, ser pessoal, domiciliar ou em
veículos.

BUSCA PESSOAL

 Busca Pessoal – Divide-se, quanto à situação do PM, em busca


preliminar e busca minuciosa.
Busca Preliminar – é a realizada em situação de rotina em razão do
local e da hora de atuação, aplicada também em pessoas
freqüentadoras de locais onde o índice de criminalidade é elevado.

Busca minuciosa – é a realizada em pessoas altamente suspeitas


ou em delinqüentes que acabaram de cometer um crime ou estão
cometendo, bem como, em detentos de estabelecimentos prisionais.

Busca completa – Empregada quando do encarceramento de


presos, normalmente é feita em repartição policial ou em recinto
adequado. Nessa busca será retirada toda a roupa do suspeito e
examinada peça por peça, como também, as cavidades naturais do
corpo do elemento.

PROCEDIMENTO DO POLICIAL NA BUSCA PRELIMINAR OU


LIGEIRA

Realizada em situação de rotina (Blitz, bloqueio, Operações diversas),


quando não há fundadas suspeitas sobre a pessoa a ser verificada,
mas em razão do local e da hora ou das circunstâncias operacionais
de ação preventiva é conveniente procedê-la. Também utilizada nas
entradas de casas de diversão e campo de futebol. Essa busca visa
localizar objetos que possam ser usados na prática de ilícitos penais,
ou objetos de uso e porte proibido ou não recomendado para aquela
ocasião. Nas entradas de campo de futebol ou casas de diversão,
pode ser procedida pela frente, solicitando-se que o abordado coloque
as mãos acima da cabeça e sempre com um Policial dando cobertura,
devendo o revistador deslizar suas mãos sobre o vestuário do
indivíduo, verificando quadris, tórax, axilas, braços,, pernas, além de
verificar pacotes, bolsas e volumes etc.
OBS: Em mulheres o Policial, se limitará a verificação de bolsas,
agasalhos e/ou outros objetos onde possam esconder armas, drogas,
etc. O Policial poderá usar os seguintes artificios:

 Solicitar uma mulher para revistar outra;

 Solicitar que a suspeita pressione sua roupa contra seu próprio


corpo, para detectar algum volume, que possa ser objeto de
furto ou roubo ou mesmo uma arma.
 Solicitar um Policial feminino para o procedimento Policial
cabível.

PROCEDIMENTO DO POLICIAL NA BUSCA MINUCIOSA

1. Antes de iniciar a busca, evitar que o indivíduo fique de posse de


quaisquer objetos (blusa, sacola, bolsa, pacote, guarda-chuva, jornal
etc.);

2. Colocar o revistado em pé, com a frente voltada para uma parede ou


outra superfície vertical e as costas para si;

3. Se não houver superfície vertical no local preliminar (campo aberto)


deve o policial ordenar que o revistado coloque as mãos na cabeça com
os dedos entrelaçados;
4. Proceder a busca por trás do revistado, mantendo sempre um braço
apoiado nas costas do revistado e o outro realizando a busca, e ainda
uma perna atrás da outra de acordo com as posições dos braços;

5. Em acordo de reação, escorar ou desequilibrar o revistado;

6. Examinar as partes interna e externa de cada perna até o calcanhar;


7. Verificar se não há cheiro de tóxicos. Nas mãos ou picadas nos braços;

8. Verificar todos os objetos e volumes em poder do revistado, inclusive


cigarros, fósforos etc.;

9. Nada encontrado de ilegal, agradecer a colaboração, liberando o


revistado;

ATITUDE DO POLICIAL QUE PROCEDERÁ A BUSCA (Revistador)

 O Policial Revistador manterá sua arma no coldre e se


aproximará do suspeito pelo lado direito (esquerdo); colocará
seu pé direito (esquerdo) em frente ao pé direito(esquerdo) do
suspeito e manterá os dois tornozelos unidos, o que possibilitará
uma ação defensiva/ofensiva, caso o suspeito esboce reação;
- Na troca de lados, para continuar a Busca, o Policial
Revistador o fará, dando a volta por trás do Policial Auxiliar
(Segurança).

ATITUDE DO AUXILIAR (Segurança)

O Policial Auxiliar deverá se colocar do lado oposto ao


Revistador e a retaguarda do suspeito, mantendo-o sempre no seu
campo visual. Deverá estar atento à todo e qualquer movimento do
revistado, a fim de evitar imprevistos.
- A arma deverá estar empunhada, porém não deve estar
apontada para o abordado.

ABORDAGEM E BUSCA PESSOAL NO INDIVÍDUO EM ESTADO


DE SUSPEIÇÃO
A Vtr para sempre que possível, a uma distância de três metros da
pessoa ou grupo de pessoas a serem abordadas, quando então o
comandante da equipe avaliará a situação, antecedentes, local e
quadro probatório, e depois de acurada avaliação de risco extremado,
poderá determinar as pessoas para que permaneçam com as mãos de
modo visível podendo, até permitir apoio destas em obstáculos
verticais; tais como muros, paredes de comércios ou até mesmo na
lateral da própria Vtr. A posição do corpo será levemente inclinada
para frente com as pernas afastadas lateralmente.

A ordem de permanecer com as mãos ou coloca-las apoiadas em


quaisquer obstáculos, deverá vir acompanhada de recomendações no
sentido de que pessoas que porventura estiverem empunhando
qualquer objeto ou volume deverão colocá-lo no chão.

PROCEDIMENTOS DURANTE A EXECUCÃO DA BUSCA

Durante a posição prevista, o Policial Revistador deverá ficar alerta


contra possível reação do suspeito, que poderá tentar fugir, desarmá-
lo ou mesmo agredi-lo.

Seqüência da Busca:

 Verificar de imediato o quadril do suspeito, devido a maior


possibilidade de haver uma arma escondida nessa área;
 Verificar a região pubiana;
 Verificar braços, mãos e tórax (incluindo axilas);
 Retirar chapéu, bonés e similares e examiná-los;
 Observar colarinho;
 Deslizar as mãos ao longo das pernas do suspeito, verificando a
parte interna das mesmas, olhar também canos de botas,
sapatos, etc.,
 Examinar lapelas e gravatas e as dobras do vestuário.
OBSERVAÇÂO:

As armas e objetos de prova deverão ser apreendidos. Existem


indivíduos que portam mais de uma arma, ou distribuem objetos ou
drogas em várias partes do corpo.

BUSCA MINUCIOSA EM GRUPO DE PESSOAS

Os procedimentos serão os mesmos descritos anteriormente,


acrescentando as seguintes instruções:

 Os suspeitos serão posicionados e afastados um do outro, de


forma a não poderem se tocar;

- Não permitir que os mesmos se comuniquem;

 Um ou mais policiais devem estar na cobertura (Segurança), de


acordo com a situação;

Na execução da Busca, utilizaremos os seguintes procedimentos:

 Os suspeitos a serem revistados são dispostos em linha;

- O Revistador se coloca em uma das extremidades do grupo;

- Tão logo um suspeito é revistado, deve ele colocar-se na outra


extremidade e assim por diante, até ser procedida a busca em todo
grupo.
BUSCA COMPLETA

Empregada quando do encarceramento de presos, normalmente é


feita em repartição policial ou em recinto adequado. Nessa busca será
retirada toda a roupa do suspeito e examinada peça por peça, como
também, as cavidades naturais do corpo do elemento.

PROCEDIMENTO DO POLICIAL NA BUSCA COMPLETA

1. Deverá ser feita , sempre que possível, na presença, no mínimo,


uma testemunha e em local isolado do público;
2. Adotar os procedimentos da busca minuciosa e mais:
3. Tirar toda a roupa e os sapatos do revistado. Se estiver com
ataduras ou gesso, verificar sua autenticidade;
4. Verificar todo o corpo do revistado, inclusive orifícios externos.
Indagar da procedência de cicatrizes e tatuagens. Se tiver
cabelos muito grandes ou espesso, passar um pente.
5. Verificar a roupa do revistado.

VARIACÃO DAS POSIÇÕES PARA EXECUÇÃO DA BUSCA

Além da posição tradicional de Busca Pessoal, com apoio em


Superfície Vertical, poderá o Policial, em situações que exigem
maiores cautelas e em casos de maior suspeição, adotar as seguintes
posições para Busca:
POSIÇÃO DE JOELHOS

OBSERVAÇÃO: Nesta posição o PM poderá utilizar a Superfície


Vertical (parede, lateral de uma viatura, etc.).

UTILIZANDO SUPERFÍCIE VERTICAL

 O PM determinará que o suspeito ajoelhe, com as mãos acima


da cabeça, braços abertos, mãos espalmadas, colocando as
mãos na superfície vertical e afastando-se para ficar em
desequilíbrio;

 Uma vez procedido como acima descrito, o Policial determinará


que o suspeito encoste a testa na superfície vertical e coloque
as mãos na nuca com os dedos entrelaçados;

 Em seguida, procederá a aproximação em diagonal por um dos


lados e por trás, segurando primeiro as mãos do suspeito e em
seguida colocará o pé direito (esquerdo) no tornozelo esquerdo
(direito) do suspeito, pressionando-o para baixo, proporcionando
uma sensação desconfortável;

 Com a arma no coldre e com a mão que estiver livre, o Policial


procederá a busca de uma só vez, ou se preferir, num lado e
depois do outro lado do suspeito, adotando o mesmo
procedimento.
SEM SUPERFÍCIE VERTICAL

 o procedimento será o mesmo anterior, devendo o Policial, ao


segurar as mãos do suspeito, pressionar sua cabeça para baixo;

 Ainda podemos adotar outra posição, determinando que o


suspeito ao ficar de joelhos, cruze as pernas, devendo o Policial
colocar sua perna entre as pernas do elemento, imobilizando-o e
determinando que o mesmo coloque as mãos sobre a cabeça,
com os dedos entrelaçados.
POSIÇÃO DEITADO

 Na ausência da Superfície Vertical ou para uma maior


segurança, o Policial poderá determinar que o suspeito deite-se
em decúbito ventral (deitado de barriga para o solo), com as
pernas e braços abertos, mãos acima da cabeça espalmadas.
Após a tomada desta posição; o Policial procederá da seguinte
forma.

 Determinar que o suspeito coloque as mãos na nuca, com os


dedos entrelaçados;

 Com o pé direito (esquerdo) imobilizará o tornozelo ou joelho


esquerdo (direito) do suspeito e em seguida, segurará
firmemente as mãos de suspeito, ficando com o joelho sobre as
costas do mesmo
 Com a arma coldreada e a outra mão livre, o Policial procederá
a Busca na parte das costas e nas partes que for possível
(Pernas, quadril, axilas, braços, etc.);

 Revistado um lado, o Policial determinará que o suspeito vire-se


mantendo-o sob controle dos movimentos suspeitos;

 Ao virar-se o suspeito ficará em decúbito dorsal (costas para o


solo), devendo o Policial colocar o pé direito (esquerdo),
pressionando a perna direita (esquerda) do suspeito e em
seguida, segurará firmemente as mãos do suspeito, que
deverão estar entrelaçadas sobre a testa;

 Em seguida, com a arma coldreada, executará Busca Pessoal;

 A aproximação do Policial será em diagonal e por trás do


suspeito, pela parte das pernas, tanto em decúbito ventral como
dorsal.
OBSERVAÇÕES:

 Pode ser adotado o artifício de colocar uma perna sobre outra


do suspeito (posição do quatro) para aumentar a segurança na
busca pessoal.

Ainda na posição do suspeito deitado e dependendo do local


e do grau de suspeição do elemento a ser abordado, o Policial
poderá empregar a seguinte técnica da Chave de Perna:

1. O Policial levantará a perna esquerda (direita) do suspeito e


envolverá a mesma com a sua perna esquerda (direita),
deixando o peso do seu corpo sobre a perna do elemento a ser
abordado;
2. As mãos do suspeito poderão estar entrelaçadas na nuca ou
espalmadas no solo com os braços abertos (crucifixo);

3. Esta posição é muito boa para algemar um suspeito, todavia, no


tocante a Busca Pessoal, faz-se necessário a complementação
da busca através da posição anterior, de costas para o solo.

PROCEDIMENTOS NO USO DA ALGEMA

1. Uso da algema;

1. Para conduzir os delinqüentes presos em flagrante delito, desde que


ofereçam resistência ou tentem fuga;
2. Para conduzir os ébrios, os viciados e os turbulentos exaltados na
prática de infração e que devam ser postos em custódia, desde que seu
estado de extrema exaltação torne indispensável o emprego de força;
3. Para transportar de uma dependência para outra, presos que, pela sua
periculosidade, ou tenham tentado ou oferecido resistência, quando da
prisão;

2. O abuso no uso da algema, por parte da autoridade ou de seus agentes,


acarretará responsabilidade penal. As dependências policiais devem
manter livro especial para registro das diligências em que tenham sido
empregadas algemas, lavrando-se o termo.

3. Cautelas a adotar para algemar presos:


 Algemar sempre o detido com os braços para trás;
 Partir da posição de busca pessoal;
 Colocar a arma no coldre segurando as algemas com a mão direita;
 Colocar o pé esquerdo apoiando o calcanhar direito do preso e
simultaneamente a mão esquerda nas costas do mesmo, pois, isso dará
maior percepção dos movimentos caso haja uma tentativa de fuga, ou
reação possibilitando ainda que o Policial possa desequilibrá-lo e
imobilizá-lo;
 Aplicar a algema no pulso direito, mantendo-a voltada para fora de forma
que o buraco da fechadura fique para cima;
 Segurando firmemente o punho direito algemado, colocar o pé direito
apoiando o calcanhar esquerdo do preso e simultaneamente segurar a
mão do mesmo trazendo-a em seguida para trás, algemando de forma
que o buraco da chave fique voltado para cima e o dorso das mãos do
preso fiquem voltado para si;
 Em seguida utilizar a trava de segurança da algema;
 Ao conduzir o preso o Policial deve preocupar-se em mantê-lo do lado
oposto ao de sua arma;

4. Retirada das algemas;

 Deverá ser feita apenas em local seguro;


 Um Policial deve retirar enquanto outro permanece dando cobertura;

5. Uso de meios de fortuna – na falta de algema, poderá ser utilizado outro


equipamento para algemar o indivíduo. Ex.: Cordão de segurança (fiel),
Cinto etc.;
ABORDAGEM À VEÍCULOS

A análise operacional dos fatores de criminalidade apontam o


automóvel como meio de transporte mais utilizado para prática de
crime ou garantia de impunidade. Decorre, então, a necessidade
premente das abordagens realizadas terem como objeto tal meio de
locomoção e, por tal, constituem a grande parte da atividade
operacional.

ABORDAGEM A MOTOCICLETAS E BICICLETAS

A abordagem a uma bicicleta ou motocicleta suspeita em movimento


deverá ser efetuada adotando os seguintes procedimentos básicos:

1. Deve ser selecionado o melhor local, o Comandante da “GU"


determina que o condutor encoste à direita e pare;
2. O motorista posicionará a viatura de forma idêntica a situação
de abordagem a autos de passeio ;

3. Após a parada da moto, proceder da seguinte forma:

a. Abordagem a motocicleta com um elemento

1. - Tão logo a moto pare, o motorista da VT deverá posiciona-la


de forma idêntica a situação de abordagem a autos de passeio;
2.

- Com a guarnição desembarcada, o Comandante determina ao


motociclista que desligue o motor moto e fique nas pontas dos pés ,
com os dedos entrelaçados sobre a cabeça;

 Nas três situações das guarnições, após o posicionamento, no


caso de motocicleta, o patrulheiro irá proçeder a busca pessoal,
aproximando-se pelo lado esquerdo do motociclista;

 Após realizada a primeira etapa da busca, o patrulheiro


determina que o motociclista desça e posicione-se à direita ou à
retaguarda da moto, na posição mais conveniente, para
determinar a busca pessoal;
b. Abordagem a motocicleta com dois elementos

A abordagem a duas pessoas, em uma moto é idêntica a


abordagem com um elemento, mudando apenas nos seguintes
aspectos:

- O Comandante determina que o motociclista desligue o


motor e que os dois, condutor e passageiro, fiquem nas
pontas do pé, com os dedos entrelaçados sobre a cabeça;

- Neste caso, o patrulheiro irá proceder primeiro a busca no


passageiro, ao mesmo tempo passará a mão na cintura e nas costas
do motociclista;
- Terminada a primeira etapa da busca no passageiro, o P- 1
determina que o passageiro desça da moto, colocando-o
numa posição adequada à retaguarda da moto, para que
possa terminar a busca no mesmo; após realizada a busca
pessoal no passageiro, o patrulheiro determina que o
condutor desça colocando-o numa posição conveniente do
lado direito da moto e proceda a busca pessoal no
condutor .

AUTOMÓVEIS (PASSEIO)

Durante o acompanhamento atentar para a reação dos suspeitos,


objetos jogados para fora do auto, atenção a possíveis veículos de
escolta, conferir relação de alerta geral e se houver tempo, pesquisar
a placa com o Centro de Operações. O momento da abordagem de
um veículo é um momento crítico, pois, o suspeito geralmente (se for
infrator) tentará fuga ou reação.

O motorista da Vtr deve sinalizar acionando “high ligth”, piscando


faróis altos e acionando a seta indicando qual lado da via o auto
deverá parar, sempre que possível o lado direito, evitando-se prejuízo
ao trânsito.

Os Policiais deverão atentar para a retaguarda e laterais, sinalizando


por gestos para evitar que, neste momento, outros condutores
acidentalmente se interponham entre a viatura e o veículo suspeito, ou
atrapalhem o estacionamento. Com o veículo parado não é necessário
que arma esteja diretamente apontada para os ocupantes (mantê-las
para baixo a não ser que haja certeza ou indícios muito fortes de
prática de crime e possível reação).

O comandante da equipe deverá estar com a atenção voltada ao


veículo, e suspeitos, motorista no trânsito e à frente. Os seguranças
observam a retaguarda e laterais, pois, suspeitos podem ter
“escolhido” o local para pararem. Com calma e educadamente, mas
com energia, num tom de voz suficiente para ser ouvido, o
comandante da equipe determina que o condutor desligue o motor do
veículo, para evitar tentativa de fuga. Enquanto, os suspeitos não se
posicionarem e se ter completo controle sobre suas mãos a equipe
permanece desembarcada, abrigada pela Vtr. Pode haver reação e,
neste momento, o veículo pode arrancar, deixando os Policiais
desembarcados para trás, ou podem atingir algum Policial para cessar
a perseguição, pois, então a prioridade será socorrer o ferido.

Se houver, comprovadamente, crime envolvendo os suspeitos, estes,


ao desembarcarem, imediatamente devem deitar-se de frente, para o
solo, braços e pernas estendidos. quando todos estiverem em
posição, a equipe aproxima-se, algema todos, e estando os indivíduos
sob o controle da equipe, realiza-se a revista pessoal e no veículo, se
houver refém, somente após a revista pessoal, e completa certeza de
sua condição, é que será desalgemado e tratado como vítima (um
delinqüente pode tentar passar-se por vítima, iludindo os Policiais e
tentar reagir libertando a si e os demais).

Quando os suspeitos estiverem posicionados, a equipe deixa a


proteção da Vtr. Os seguranças rapidamente iniciam as revistas
pessoais, após o comandante da equipe ter rapidamente verificado o
interior do veículo (pois pode haver alguém escondido), e ter-se
posicionado na segurança. No primeiro momento, a revista pessoal
deve ser rápida e visar a localização de armamento em todas as
partes do corpo. Nunca empurrar ou chutar os suspeitos, sempre pedir
com educação e firmeza. Em seguida, solicitar aos suspeitos que se
coloquem sobre a calçada, voltados para a rua, mãos para trás,
alinhados ao lado do comandante da equipe, dois dos Policiais, de
frente para os suspeitos, iniciam uma revista mais minuciosa,
procurando objetos ilegais ou entorpecentes em bolsos ou escondidos
nas roupas. O motorista sempre permanece próximo a Vtr atento ao
rádio e pronto para pedir apoio se for o caso.

O comandante da equipe com o motorista do auto ao seu lado, solicita


documentação pessoal e as do veículo, também pergunta se está tudo
em ordem ou há irregularidade no veículo ou em seu interior, ou ,
ainda objetos de valor.

Neste momento o comandante de equipe e os demais Policiais devem


conversar com os suspeitos, fazendo perguntas (nome, endereço,
local de trabalho, problemas com a justiça etc.), para detectar algum
detalhe e distrair os suspeitos, não permitindo a possibilidade de
pensarem e planejarem individualmente uma reação.

Não deve haver conversa entre os suspeitos. Havendo dúvidas,


separar os suspeitos para conversarem separadamente e posterior
confrontação das alegações. Atenção às cicatrizes e tatuagens
existentes, pois, podem indicar algum ex-detento ou foragido da
justiça. Verificar também a boca do suspeito, que pode ocultar
pequenas porções de entorpecentes. depois da revista pessoal o
comandante da equipe autoriza um dos Policiais a iniciar a revista no
auto, que se inicia pelo lado em que estão os suspeitos. O condutor ou
proprietário do auto deve ter plena visão da revista, e alertado a
acompanhar visualmente todos os procedimentos. O rádio do veículo
deve ser sempre desligado, para que os Policiais possam ficar atentos
ao que ocorre no exterior e não serem pegos de surpresa numa
reação.

O Revistador verifica a porta (espaço entre a lateral e a lata), e todo


um lado interno do auto (porta-luvas, pala de sol, sob tapetes,
carpetes descolados, bancos, laterais soltas, painel, console e teto),
ao passar para o outro lado, dá a volta externamente, deixando a
porta aberta para que a visão do proprietário continue plena.
Terminando o interior, verificar motor e porta-malas com os mesmos
cuidados e detalhes.
O Motorista na Vtr, de posse dos documentos dos abordados e do
auto, que o Revistador lhe entregou antes do início da revista no
veículo, anota tudo o necessário para o relatório de serviço e, junto ao
Centro de Operações, faz as devidas pesquisas, se for o caso (falta de
documentos do auto, ou em nome de 3ª pessoa, suspeita de
indivíduos procurados pela justiça etc.).

Qualquer objeto ilegal, ou entorpecente encontrado no auto, deve


permanecer onde está, e dado ciência ao comandante da equipe.
Objetos de valor e dinheiro são imediatamente entregues ao
comandante da equipe que os repassa ao proprietário, que deve
conferi-los. Em toda situação, a iniciativa e comunicação com os
suspeitos sempre parte do comandante da equipe. Se localizada uma
arma, deve esta ser deixada onde está, e prossegue-se na revista
com a mesma cautela, e, assim que encerrada, esta arma, com toda a
descrição possível, imperceptivelmente a todos, deve ser levada para
a viatura, onde será fiscalizada com sua documentação. Tal discrição
com armamento é essencial por:

 Se a arma for ilegal, os suspeitos, que podem ainda ter esperança de


“enganar” os Policiais, podem tentar alguma reação, ao verem esse
esperançar ruir;

 A arma tem que ser retirada do lugar, pois, os suspeitos, em rápida


reação, podem tentar alcança-la ao se verem acuados por qualquer
motivo;

 Uma abordagem atrai a atenção de pessoas ao redor, e um delinqüente


nas proximidades, ao ver esta arma (se tiver regularizada será devolvida
ao término a seu proprietário) poderá tentar acompanhar os indivíduos
após sua liberação, para tentar roubá-la, portanto, a devolução desta
arma também deve ser feita com toda a discrição. Para se manter a
citada esperança aos suspeitos, e para comunicação entre os Policiais
devem ser convencionados sinais discretos entre a equipe, para que
todos os Policiais fiquem a par da situação, e tomem a cautela
necessária. No decorrer da revista, os Policiais devem conferir o lacre da
placa e o número do chassi, verificando se confere com a
documentação, e se não há irregularidade com os caracteres.

 Em qualquer momento da revista, se constatado indício de crime, todos


os suspeitos deitam-se no solo e são algemados para condução ao DP
da área.
 Os Policiais devem tomar toda precaução para não causar qualquer
dano no veículo (portas que não se abrem facilmente devem ser
acionadas pelo proprietário, cuidado com estofamento e pintura do auto
em contato com o equipamento do Policial etc.). Tudo deve ser
recolocado exatamente no local em que estava, e as portas fechadas ao
término da revista. O comandante da equipe terá cuidado ao manusear
os documentos sobre poças d’água ou bueiros, pois, podem cair. O
próprio suspeito deve retirar os documentos de plásticos protetores,
pois, podem estar colados e rasgar.

 Nada constatado, estando tudo em ordem, os documentos são


devolvidos e seus proprietários que devem conferi-los. Armas
legalizadas são recolocadas no auto com todos os cuidados com que
foram retiradas, e os proprietários avisados e conferi-las ao
embarcarem.

 Também se alerta o responsável pelo veículo para verificar se está tudo


em ordem. Não se pede desculpas por estar trabalhando na própria
segurança dos indivíduos, mas agradecer a colaboração prestada, e
despedir-se cordialmente. Aguardando o embarque de todos os civis, e
a partida do auto antes de reiniciar as atividades.

CONSIDERAÇÕES GERAIS

Nenhum transeunte deve cruzar o sítio da abordagem, excetuando-se


quando for impossível contornar (sempre há a possibilidade do
“inocente pedestre” ser companheiro dos suspeitos, ou ainda, se
apenas “inocente”, ser agarrado como refém), neste caso, após rápida
revista superficial a procura de armas, realizada pelo comandante da
equipe ou outro Policial (dependendo da direção de onde venha) deve
passar o mais longe possível.
A boa educação é fundamental, pois, este tipo de ação, por mais bem
realizada e discreta, causa constrangimento ao cidadão honesto, mas
a energia é sempre necessária, pois, uma atitude firme, bem
coordenada e treinada, pode inibir uma possível reação que seria
tentada se os Policiais agissem displicentemente.

Se surgirem situações em que um suspeito alegar impossibilidade


física de desembarcar, o comandante da equipe manda-o colocar as
mãos para fora do veículo, pela janela, e assim permanecer até que a
equipe se aproxime e verifique a veracidade. Mesmo assim, dentro
das possibilidades, deve ser revistado, bem como o local que ocupa
no veículo. Algumas abordagens podem ser menos “rigorosas”,
dependendo da situação (pessoas idosas, mulheres e crianças, por
exemplo, por despertarem menos suspeitas são utilizadas para
transporte de material ilícito, produto de crime, ou, mesmo ainda,
serem reféns). Também neste caso podem permanecer no veículo,
com o controle de suas mãos. Se algo for constatado, então
desembarcam para uma revista completa.

ABORDAGENS A CAMINHÕES

Pelas dimensões desse tipo de veículo e também pela diversidade de


compartimentos, onde é possível dissimular irregularidades, faz-se
necessário sugerir aspectos de segurança, uma vez que,
pormenorizar possibilidade implicará em um novo tratado.

CAMINHÕES PRODUTO DE ILÍCITO


Neste caso, devemos sempre nos lembrar que invariavelmente existe
escolta realizada por marginais protegendo o caminhão. Caso o
motorista do caminhão não obedeça a ordem de parada do Policial,
deve-se redobrar a atenção sobre uma possível escolta de marginais.

O comandante da equipe e seus auxiliares procuram se posicionar da


melhor forma possível, de maneira que consigam visualizar ao
máximo o interior da boléia, já que os ocupantes deste se encontram
em um nível mais elevado do chão se comparados com os ocupantes
de um veículo de passeio. Os vistoriadores “abrem” seu campo de
visão no lado oposto ao do Comandante de tal forma que também
possam visualizar o interior da cabina, sendo que os segurança
devem ter sua atenção redobrada para a possível escolta como dito
anteriormente.

O Comandante da operação ordena que todos os ocupantes desçam


da boléia pelo lado mais próximo da calçada, onde há mais
segurança.

Os seguranças deverão atentar principalmente para a retaguarda, o


que impedirá ações de quem transita pela via e/ou pela calçada.

Caso o caminhão possua compartimento para que o motorista durma,


este deverá acompanhar o vistoriador até a boléia e, com cautela,
abrir as cortinas para visualização e vistoria desse local. Tal
compartimento é freqüentemente utilizado para esconder pessoas ou
produtos de ilícito.

Após as buscas pessoais, deve-se realizar buscas no interior da boléia


e na carroçaria ou no baú do caminhão, sendo que no caso desse
último, pede-se nesse momento para que um dos ocupantes do
caminhão abra as portas do mesmo (houve caso em que durante este
procedimento, marginais que se encontravam no interior do baú, ao se
abrirem as portas, atiraram contra a Vtr Policial), sendo que durante
esse procedimento deve-se redobrar a cautela. No caso de tratar-se
de produto de roubo ou furto, tanto de carga como do caminhão, o
procedimento é o mesmo que ocorre na detenção de indivíduos que
praticam roubo ou furto de um veículo pequeno.

Obs.: Lembrar-se sempre que a cautela, a utilização de energia


necessária e o trabalho em conjunto dos policiais, cada um realizando
seriamente sua função, evitam reações e/ou possíveis entreveres
desnecessários e perigosos.
ABORDAGENS DE ROTINA EM CAMINHÕES

São inicialmente os mesmos procedimentos anteriores, sendo que, ao


final, deve-se conferir documentos normais do condutor, das pessoas
envolvidas, do caminhão e da carga (nota fiscal com discriminação
dos objetos transportados).

Obs.: Caso o veículo de carga não obedeça à ordem policial de


parada, empreendendo fuga, deve-se imediatamente iniciar-se o
acompanhamento do mesmo, o cerco e a parada forçada do caminhão
mediante a criação de congestionamento em semáforos e ruas.

Com a parada do caminhão deve-se proceder como já descrito


anteriormente, lembrando-se sempre que existe a freqüente
possibilidade de haver escolta, logo, todos os policiais devem atuar
com cautela e atenção para essa possibilidade.

DISPOSIÇÃO DA ABORDAGEM A CAMINHÕES


LEGENDA

 CMT DA EQUIPE
 MOTORISTA

  3.º HOMEM

4.ºHOMEM

 SUSPEITO
S


RP

ABORDAGEM A COLETIVOS (ÔNIBUS)

Para realizarmos este tipo de abordagem o comandante da equipe em


conjunto com um mínimo de três Policiais, totalizando um efetivo de
quatro Policiais, devem tomar posições especificas para realizarem a
abordagem no interior do Coletivo, onde o Comandante da equipe
acompanhado de mais dois Policiais posicionam-se rente à lateral
direita do ônibus, dirigindo-se até a porta do motorista, ordenando ao
mesmo que abra a porta dianteira e traseira, onde estara um quarto
Policial que por ali subira comitantemente com a equipe da dianteira,
sendo ainda ideal o posicionamento de mais três Policiais na área
externa do Coletivo, sendo um em cada lateral e outro na parte frontal,
podendo estes portarem um armamento de maior poder de fogo
(escopeta, metralhadora, fuzil, etc.); Após a entrada no coletivo, o
Comandante da abordagem esclarece aos passageiros o que ali se
realizara e determina que todos coloquem as mãos sobre o encosto
da cadeira da frente a fim de evitar qualquer reação por parte de
algum criminoso que ali possa estar, passando logo apos a dupla de
Policias que o acompanha, para a retaguarda do Coletivo, de forma
que a busca pessoal se realizem da traseira para a dianteira e em
sincronia, proporcionando maior segurança para os revistadores, pois
é necessario sempre que um esteja com as costas junta da do outro;
os revistadores determinarão que o passageiro a ser revistado devera
se posicionar em pé no corredor do coletivo; O Comandante da equipe
permanece durante toda a abordagem na dianteira do Coletivo
observando e dando cobertura aos demais Policiais; O Policial que
entra pela traseira tem como objetivo principal inibir de imediato
qualquer reação de elementos criminosos que possam estar
localizados naquela área considerada de maior risco, possibilitando
assim a chegada da equipe de Revistadores; O Policiamento externo
ao Coletivo preocupasse com movimentações estranhas ou objetos
arremessados para fora do Coletivo que possam advir de algum
passageiro; Apos a abordagem o Comandante da equipe deve ser o
ultimo a descer, devendo agradecer a colaboração de todos se nada
for constatado, caso contrario, se deparando a equipe Policial com
algum ilicito, podera variar a sua ação desde a busca mais detalha em
um dos passageiros até a de todos que ali se encontravam na area
externa do Coletivo, onde serão postos lado a lado em uma de suas
laterais. Após estas medidas de segurança, proceder-se-á à revista
pessoal normalmente em quem está fora, tomando as providencias
normais caso encontre algo irregular. Ao final da abordagem, caso
nada seja encontrado, os policiais devem agradecer a colaboração e
aguardar que todos retornem aos seus respectivos lugares de início,
liberando o ônibus logo após.

Obs. : O policial deve ter sempre em mente que demonstrações de


força, por vezes, desestimulam possíveis reações, como por exemplo;
imposição de voz, uso de armas “pesadas”, grande número de
policiais etc.,; um tiroteio dentro de um coletivo pode gerar graves
conseqüências, além de ofender a integridade física de terceiros
inocentes.

“Ter educação não é sinal de fraqueza, mas sim uma


demonstração de que o policial está preparado para o tratamento
com a comunidade”.

Neste tipo de abordagem poderão ocorrer variações de acordo com o


local e o tipo de situação que se apresente.

ABORDAGE
M A ÔNIBUS
BLOQUEIO RELÂMPAGO

É a conjugação de ações, executada por Equipe Policial que exige


planejamento específico.

A análise operacional dos fatores de criminalidade apontam o


automóvel como meio de transporte mais utilizado para a prática de
crime ou garantia de impunidade. Decorre. então, a necessidade
premente das abordagens realizadas terem como objeto tal meio de
locomoção e, por tal constituem a grande parte da atividade
operacional.

Neste tipo de operação deve-se efetuar um planejamento prévio, se


providenciando o material necessário à realização do mesmo, como
por exemplo veículo para transporte de Policiais, cones, cordas para
isolamento, lanternas, latas com material combustível para com sua
queima identificar aos ocupantes dos veículos onde devem entrar ou
para apenas sinalizar o bloqueio, formulários em abundância para
serem preenchidos com os dados dos veículos e das pessoas
vistoriadas, o número necessário de Vtr’s, devidamente guarnecidas e
equipadas, o armamento necessário à segurança dos Policiais
empregados, coletes à prova de balas, HT’s para comunicação entre
os homens etc.

Deve-se ter preocupação com o local escolhido para a realização do


mesmo, procurando executar no mais adequado, que favoreça para
que os ocupantes dos veículos não tenham visão das Vtr’s, a mais de
duzentos metros a fim de evitar que delinqüentes, ocupando um
veículo, se utilizem de vias secundárias para a fuga. Em princípio o
local que mais favorece a ação policial é uma via larga o bastante, que
favoreça a colocação de obstáculos que limitem o trajeto dos veículos
selecionados formando um “funil” para que os mesmo entrem, sendo
que este local deve ser preferencialmente após uma curva, com
ângulo razoavelmente fechado que obrigatoriamente force os veículos
a entrarem no local propriamente dito do bloqueio em velocidade
reduzida. Uma Vtr deverá se possível, ficar parada aproximadamente
cem metros antes do local de bloqueio, com os policiais da Equipe
embarcados, a Vtr com o motor ligado, a fim de que possam agir
imediatamente em caso de tentativa de fuga e assim executar o
acompanhamento ao veículo.

1. Uma outra Vtr deverá se posicionar aproximadamente cem metros após


o local do bloqueio, a fim de que possa agir imediatamente em caso de
algum veículo desobedecer a ordem de parada e “furar” o bloqueio,
sendo que também esta Equipe permanecerá embarcada com a Vtr
ligada. As equipes dessas duas Vtr’s não são empregadas de forma
alguma na execução do bloqueio (vistoria de autos e indivíduos), ficando
exclusivamente ali para se deslocarem em busca de veículos.

TROPA EMPREGADA:
1. Um selecionador;
2. Um segurança do selecionador;
3. Um Anotador;
4. Dois Policiais para execução da vistoria;

Os selecionadores devem escolher corretamente os autos para


a vistoria, devendo preocupar-se com aqueles realmente suspeitos,
que são facilmente observados pelas características das pessoas que
os ocupam. A ordem de entrada no “funil” do bloqueio deve, durante o
dia, ser feita através de gestos e durante a noite através do uso de
lanterna, de forma que não dê margem a que o condutor interprete de
maneira errada o que deve fazer sendo que o selecionador deve ter
sempre em mente que deve antes de tudo captar a atenção do
condutor, depois lhe dar tempo e espaço para que realize a manobra
necessária que se está ordenando, lembrando que tanto o
selecionador como o seu segurança devem, além do colete à prova de
balas, usar também coletes reflexivos, caso o bloqueio se realize à
noite, para serem facilmente avistados. Se usar gestos, deve erguer
um braço para o alto, a mão espalmada e a outra apontada para o
local onde o veículo deve entrar, se usar lanterna, deve manter um
braço estendido para o alto, com a mão espalmada e a mão do outro
braço fazendo movimentos com a lanterna indicando o local onde o
veículo deve entrar até este ser parado por um Policial de vistoria.

Após ser dada determinação aos ocupantes para que saiam do


veículo e se postem à retaguarda do mesmo e após ser realizada a
busca pessoal pelos vistoriadores, estes devem verificar todas as
partes do auto, com vistas a objetos furtados ou roubados, armas,
entorpecentes ou qualquer material que indique suspeita de ação
delituosa por parte dos ocupantes do veículo. Cabe ressaltar a
situação de extremo risco no momento da saída dos indivíduos do
veículo, sendo que caso se trate de marginais, estes neste momento
poderão reagir contra os Policiais. Daí a importância de todos usarem
coletes à prova de balas.
Por questões de segurança é preferencial que se vistorie um
veículo por vez, devendo se evitar acumular mais de um veículo no
local do bloqueio, a não ser que se trate de local maior e com efetivo
em maior número que possibilite acúmulo de veículos e ocupantes.

O anotador deve após a documentação ser conferida pelo Cmt


da operação, relacionar todos os dados do veículo e de seu condutor,
para fins de relatório e preenchimento de demais impressos, e
devolver os documentos ao Revistador após seu uso, lembrando que
são documentos de porte obrigatório por qualquer condutor de veículo
a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) o Certificado de Registro e
Licenciamento do Veículo (CRLV) e um Documento de Identidade.

Os encarregados da segurança devem estar atentos a todos os


autos e, principalmente aos Policiais desembarcados que efetuem
seleção, vistoria e anotação, a fim de se evitar surpresas por parte dos
delinqüentes que estacionam o auto na barreira e o abandonam
fazendo uso de armas de fogo contra o Policiamento empregado.
Lembrar que no caso de o veículo selecionado ser um táxi, ocupado
por passageiros, o vistoriador deve antes de qualquer coisa verificar
no taxímetro o valor apresentado, para que após a liberação o
motorista abata a diferença do valor final da corrida.

Se for possível, deve-se também ter presente no local, do


bloqueio uma Vtr guarnecida do Trânsito ou pelo menos um policial
daquela especialidade a fim de confeccionar os Autos de Infração de
Trânsito e Autos de Recolhimento necessários e também pelo menos
duas policiais femininas a fim de que se possa fazer a busca pessoal
em mulheres, se for o caso. Em um bloqueio valem todas as regras e
técnicas aplicadas em abordagens e vistorias de veículos, de todos os
tipos, com as peculiaridades de cada tipo.

TEMPO DE DURAÇÃO DO BLOQUEIO


A experiência nos mostra que normalmente um bloqueio policial tem
efetivo resultado durante um período aproximado de no máximo
01h30min, já computados o tempo de montagem e desmontagem do
mesmo, isso em razão de que a notícia da ação policial naquele local
específico é amplamente difundida, sendo assim, os indivíduos cientes
de que poderão ser detidos desviarão e procurarão caminhos
alternativos. Disso decorre também que o tempo de montagem do
bloqueio deve ser o menor possível para assim ampliar o período de
efetiva duração do mesmo e simultaneamente proporcionar o fator
surpresa que pode levar a operação ao sucesso ou insucesso.

Em bloqueios o que se objetiva principalmente é a localização de


veículos produtos de furto ou de roubo e a detenção dos meliantes
que os estiverem ocupando, bem como indivíduos armados, porém
pode-se destinar a realização do mesmo visando inúmeras outras
infrações (Operação Táxi, Operação Ônibus, Operação Carga,
Infratores de Trânsito, etc.).

DISPOSIÇÃO DO BLOQUEIO

A
TRIAGEM

SEGURANÇA
SEGURANÇA

GUARNIÇÃO

ESPECIAL

VISTORIA NO VEÍCULO

O comandante da Operação, com o motorista do auto ao seu lado,


solicita a documentação pessoal e a do veículo, também pergunta se
está tudo em ordem ou se há irregularidade com o veículo ou em seu
interior ou ainda, se há objetos de valor (jóias, dinheiro, telefone
celular etc.), sendo que isso se deve para evitar quaisquer
reclamações posteriores por parte dos ocupantes no sentido de que
algo foi “subtraído” do interior do auto, sendo que caso a resposta do
condutor seja positiva ele deve dizer qual é o objeto de valor e
exatamente onde se encontra, sendo este imediatamente retirado do
auto sob suas vistas por um dos vistoriadores e entregue ao Cmt da
Operação que o repassará ao seu proprietário.

Nesse momento, o Comandante da operação e o Policial auxiliar


devem conversar com os indivíduos, fazendo perguntas (nome,
endereço, local de trabalho, problemas com a justiça, para onde está
indo, de onde está vindo etc.), para detectar algum detalhe e distrair
os suspeitos não permitindo a possibilidade de pensarem e
planejarem individualmente uma reação.

Havendo dúvidas, separar os abordados para se conversar


separadamente e posterior confrontação das alegações. Atenção à
cicatrizes e tatuagens existentes, pois, podem indicar algum ex-
detento ou foragido da justiça. Verificar também a ocultação de
pequenas porções de entorpecentes na boca.

Depois da revista pessoal o Cmt da operação autoriza o vistoriador a


iniciar a revista no auto, que se inicia pelo lado em que estão os
suspeitos (direito), sendo que também poderá a vistoria ser feita
simultaneamente pelos dois vistoriadores a fim de agilizá-la.

O condutor ou proprietário do auto deve ter plena visão da revista e


alertado a acompanhar visualmente todos os procedimentos, isso se
fazendo através da porta do passageiro que estará sempre aberta. O
rádio do veículo deve ser sempre desligado, se for o caso para que o
vistoriador fique atento ao que ocorre no exterior, e não seja pego de
surpresa numa reação.

O vistoriador verifica a porta (espaço entre a lateral e a lata), e todo


um lado interno do auto, (porta-luvas, pala de sol, sob tapetes,
carpetes descolados, bancos, laterais soltas, painel, console, teto), ao
passar para o outro lado, da a volta externamente, deixando a porta
aberta para que a visão do proprietário continue plena.

Terminado o interior, verifica motor e porta-malas com os mesmos


cuidados e detalhes.

O anotador de posse dos documentos dos suspeitos e do auto que lhe


foram entregues antes do início da revista no veículo, anota tudo que
for necessário para o relatório de serviço, e, junto ao Centro de
Operações, faz as devidas pesquisas, se for o caso (falta de
documentos do auto, ou em nome de 3ª pessoa, suspeita de
indivíduos procurados pela justiça, etc.). Qualquer objeto ilegal, ou
entorpecente encontrado no auto, deve permanecer onde está e dada
ciência ao Cmt Operação. Objetos de valor e dinheiro são
imediatamente entregues ao Cmt da Operação, que os repassa ao
proprietário, que deve conferir.

Em toda situação a iniciativa e comunicação com os suspeitos sempre


parte do Cmt da operação.
Se localizada uma arma, deve esta ser deixada onde está e
prossegue-se na revista com a mesma cautela, e assim, que
encerradas esta arma, com toda a discrição possível,
imperceptivelmente a todos deve ser levada para a Vtr, onde será
fiscalizada com sua documentação. Tal discrição com armamento é
essencial por:

1. Se a arma for ilegal, os suspeitos, que podem ainda ter esperança de


“enganar” os Policiais, podem tentar alguma reação, ao verem essa
esperança ruir;

2. A arma tem que ser retirada do lugar, pois, os suspeitos em rápida


reação, podem tentar alcança-la ao serem acuados por qualquer motivo;

3. Uma ação policial atrai a atenção de pessoas ao redor e um delinqüente


nas proximidades, ao ver esta arma (se estiver regularizada será
devolvida ao final ao seu proprietário) poderá tentar acompanhar os
indivíduos após sua liberação, para tentar roubá-la, portanto, a
devolução desta arma também deve ser feita com toda a discrição.

Para se manter a citada esperança aos suspeitos, e para


comunicação entre os Policiais, devem ser convencionados sinais
discretos, para que todos os policiais fiquem a par da situação e
tomem a cautela necessária. No decorrer da revista o vistoriador deve
conferir o lacre da placa e o número do chassi, verificando se confere
com a documentação, e se não há irregularidade com os caracteres.

Em qualquer momento da revista se constatado indício de crime,


todos os suspeitos são imediatamente algemados, e se for o caso,
deitados no solo antes, para condução ao DP da área.

O vistoriador deve tomar toda precaução para não causar qualquer


dano no veículo (portas que não se abrem ou fecha, facilmente devem
ser acionadas pelo proprietário, cuidado com estofamento e pintura do
auto em contato com o equipamento do Policial, etc.).

Tudo deve ser recolocado exatamente no local em que estava, e as


portas fechadas ao término da revista.
O Cmt da Operação deve tomar cuidado ao manusear documentos
sobre poças d’água ou bueiros, pois, podem cair, o próprio suspeito
deve retirar os documentos de plásticos protetores, pois, podem estar
colados e rasgar.

LIBERAÇÃO DOS INDIVÍDUOS E DO VEÍCULO

Nada constatado, estando tudo em ordem os documentos são


devolvidos a seus proprietários que devem conferi-los.

Armas legalizadas são recolocadas no auto com todos os cuidados


com que foram retiradas, e os proprietários avisados para conferi-las
ao embarcarem.

Também se alerta o responsável pelo veículo para verificar se está


tudo em ordem.

Não se pede desculpas por estar trabalhando na própria segurança


dos indivíduos, mas se agradece a colaboração prestada e despede-
se cordialmente.

ABORDAGEM A AUTOMÓVEIS (PASSEIO) – (PMPE)

Após a parada do veículo, proceda da seguinte forma:

Guarnição com três Policiais


1. Tão logo o veículo pare, o motorista da VT deverá posicioná-la à
retaguarda e a uma certa distância de aproximadamente 3 a 5
metros do veículo suspeito;

2. Com a guarnição embarcada e com o motor ligado, o


comandante determina ao motorista que desligue o motor e saia
do carro com as chaves nas mãos e coloque as mesmas sobre
o teto do carro;

3. Cumprida a determinação, a Guarnição desembarcará o mais


rápido possível dentro do seguinte esquema:

1. O comandante será o primeiro a desembarcar e se posiciona à


retaguarda e a direita do auto suspeito, em silhueta reduzida;
2. O patrulheiro passará por trás da VT ( caso haja desembarque
pela direita) e se posiciona à esquerda na altura do pára-lama
da “GU", ficando abrigado no motor, à frente do motorista em
posição de tiro;

3. O motorista se coloca protegido pela roda e motor da viatura,


entre a porta e em posição de tiro, até que os elementos
suspeitos desembarquem e tomem posição para serem
revistados. A partir dai ele vai ocupar-se das comunicações, do
trânsito e ficar atento a possível apoio externo ( segurança da
área),

d. Após a tomada de posição, o comandante ordenará que todos os


ocupantes do auto suspeito desçam:
 pela esquerda, se o lado direito do veículo oferecer condições de
proteção, tais como: um muro baixo, uma árvore, um poste, um matagal,
etc. Nesta situação, o lado esquerdo (lado da pista ) deixará os
suspeitos no meio da rua e desorientados;

 pela direita, caso o Comandante ache conveniente, de acordo com as


condições do local.

5. Os suspeitos deverão colocar de imediato as mãos erguidas acima da


cabeça;

f. Quando o desembarque for feito pela direita, o Comandante


determinará ao motorista do auto suspeito que se dirija para junto
dos outros, passando pela retaguarda do veículo ;

7. Nos casos em que todos saírem pela esquerda, os mesmos


deverão se deslocar para o lado direito do veículo suspeito, pela
retaguarda, ao mesmo tempo em que o Comandante se desloca
também para o lado direito do auto suspeito, ficando na diagonal
em relação ao veículo;
h. Estando todos do lado direito do veículo, o patrulheiro
deverá se aproximar do auto suspeito, com o devido
cuidado, a fim de observar se alguém ainda se encontra
em seu interior. Após a verificação, o patrulheiro caminha
por trás do carro, passando pela retaguarda do
Comandante, ficando em posição á altura do pára-lamas
dianteiro direito, até iniciar a busca pessoal que será
efetuada na frente, a direita do auto;
i. No momento da passagem do patrulheiro pela retaguarda
do Comandante, esse ultimo desloca-se mais à direita,
ficando em frente à lateral direita do auto suspeito;
10. Feita a revista pessoal e devidamente tomadas as medidas de
segurança, o patrulheiro inicia a revista no auto suspeito na presença do
motorista;

Obs.:

 Durante a aproximação, deve-se observar constantemente os ocupantes


do automóvel e suas respectivas posições dentro do mesmo;

 Todos os ocupantes da guarnição devem ter em mente: a visibilidade


dos ocupantes do veículo e suas posições, em todos os ângulos; cada
policial protege a si e aos companheiros; cuidado para não ficar na linha
de tiro dos mesmos;

 Se a abordagem for executada à noite, deve ser observado o seguinte:


os ocupantes do auto suspeito devem ser iluminados com farol alto ou
farol auxiliar; os patrulheiros deverão se aproximar com lanternas na
mão; o motorista suspeito deve ser orientado a acender a luz interna do
carro;

 Toda a guarnição deve Ter uma série de sinais convencionados, para a


utilização quando necessário. Esses sinais objetivam a comunicação
entre os Policiais;

 Descoberto algo incriminador no veículo, os ocupantes devem ser


algemados e submetidos a uma revista minuciosa;

 A abordagem deve ser feita com calma e sem qualquer distração;


 A busca no veículo deverá ser minuciosa, procurando visualizar
qualquer indicio de furto ou roubo;

 Durante a abordagem, o motorista deverá estar atento ao rádio;

 Caso necessite, deverá pedir reforço sem qualquer constrangimento;

 Durante a abordagem, à princípio, só o Comandante da Guarnição


deverá falar;

 Todo deslocamento do Policial deverá ser em silhueta reduzida;

 Cada policial protege a si e aos companheiros, cuidando para não ficar


na linha de tiro dos mesmos;

 Durante os deslocamentos a pé ou motorizados, os policiais da


guarnição devem estar alertas para não entrarem na linha de fogo
cruzado;
Guarnição com dois Policiais

1. Tão logo o veículo suspeito pare e o motorista do mesmo desça e


coloque as mãos sobre o teto do carro, o motorista desembarca e se
protege atrás do motor visualizando o alvo suspeito e em condições de
usar o armamento, dando cobertura ao Comandante;

2. Ao mesmo tempo, o Comandante desce e se coloca protegido pelo


motor de sua viatura e ordenará que todos desçam pela direita e com as
mãos acima da cabeça;

3. Logo que os passageiros desçam, o motorista suspeito passa


pela retaguarda de seu veículo e se junta ao(s) outro(s)
ocupante(s);

4. Após o motorista suspeito se colocar em posição para a revista, junto


dos outros passageiros, o motorista se desloca pelo lado esquerdo do
auto, mantendo os suspeitos sob observação, posicionando-se em
frente ao pára-choque dianteiro do carro suspeito, agachado. Ao passar
pelo auto suspeito, faz uma rápida inspeção a fim de certificar-se que
não há outros elementos em seu interior, em seguida volta a apoiar o
Comandante da "GU", para ser iniciada a revista pessoal que é feita pelo
mesmo motorista, bem como a revista do veículo.
Guarnição com quatro PPMM

1. O patrulheiro que se encontra no lado direito da viatura ( P- 1 ),


desembarca e se posiciona ao lado do Comandante, ficando na
retaguarda do auto suspeito;
2. O patrulheiro do lado esquerdo ( P-2) tomará posição, ficando à frente
do motorista, abrigado no motor e pára-lamas da "GU", em condição de
tiro com uma espingarda cal. 12, fuzil, ou outra arma.
3. Após o desembarque dos demais suspeitos pela direita e o motorista
suspeito ter passado pela retaguarda do auto com os braços distendidos
na vertical; todos se colocarão na posição de busca pessoal no lado
direito do carro suspeito simultaneamente: P-2, desloca-se em diagonal,
observando em alturas diferentes se há algum elemento naquele interior,
enquanto o Comandante desloca-se para o lado direito central do carro
suspeito e o P- 1 passando pela sua retaguarda, posiciona-se a direita
dele, momento este que o P-2 já vem progredindo e através de gestos,
posiciona-se à frente do carro suspeito, à altura da roda esquerda,
enquanto o P- 1 posiciona-se à altura da roda direita, ficando neste
ínterim o Comandante, ao lado direito do carro. Fazendo a segurança
para buscas nos suspeitos.
4. O Comandante, através de gestos convencionados por ele,
ordenará que o P-2 proceda a abordagem; no que o P-2
chamará o primeiro suspeito para a frente do carro, colocando-o
na posição de busca pessoal e o P- 1 fará a busca pessoal
como abordagem a pessoas a pé, até o ultimo elemento.
Finalizando, o P- 1 fará a vistoria do veículo, tendo o cuidado de
entrar pelo lado esquerdo e travar a porta direita.

Guarnição com quatro Policiais (concepção da Organização das


Nações Unidas)

Após o veículo suspeito obedecer a determinação Policial para


estacionar a direita da via, a viatura Policial posicionasse a cerca de
cinco metros do veículo suspeito, procurando estacionar de forma
diagonal transformando a viatura em abrigo. De imediato o efetivo
Policial desembarca da viatura, o comandante abriga-se na lateral
diateira direita, enquanto o motorista desloca-se para a parte traseira
da viatura, ambos observando o auto suspeito com as armas em
posição de pronto emprego. Os patrulheiros desembarcam e dirigem-
se para a parte traseira da viatura, onde abrigados fazem a segurança
dos flancos e retaguarda.
Após os Policiais estarem devidamente abrigados o
Comandante determina que os elementos suspeitos coloquem as
mãos a amostra evitando desta forma qualquer reação, outrossim é
nesta ocasião que o Comandante determina para que o motorista com
uma das mãos retire a chave da ignição e coloque sobre o teto do
veículo lentamente;
O Comandante determina que o motorista abra a porta
com uma das mãos pelo lado de fora, e que desça do veículo
lentamente olhando para o mesmo, informando também para que não
reaja, evitando assim que o suspeito possa planejar alguma forma de
reagir ou fugar;
O Comandante determina que o motorista caminhe em sua direção,
com as mãos para o alto, determinando sempre que os passageiros
permaneçam com as mãos expostas, colocadas pelas janelas do
veículo; Quando o motorista chega na altura mediana entre a viatura e
os Policiais o Comandante determina que o mesmo pare, pois os
Policiais terão que se reposicionar;
O Comandante determina que o motorista fique de costas
afim de que juntamente com o patrulheiro revistador possa tomar a
posição que possibilite a aproximação do motorista até a viatura,
determinando logo após a tomada de posição que o mesmo vire-se
novamente e continue caminhando em sua direção até o local onde
será realizada a revista;
Após o motorista ter chegado na area de abrigo da viatura é
determinado para que tome a posição de joelhos, a qual proporcionara
maior segurança para o Revistador;
Terminada a revista no motorista o mesmo é colocado no xadrez da
viatura e logo após passa-se a executar os mesmos procedimentos
para os demais passageiros suspeitos que encontram-se no veículo;
Terminada a revista em todos os ocupantes do veículo e
os mesmos estiverem devidamente posicionados, não
oferencendo mais perigo para equipe Policial (xadrez da viatura
ou sob as vistas dos Policiais Seguranças da retaguarda), o
Comandante juntamente com o Policial Motorista devem realizar
a busca no veículo, onde poderam encontrar algum suspeito ou
vitima; Esta aproximação deve ser sincronizada, de forma que
tanto o comandante e o Motorista se aproximem do veículo ao
mesmo tempo por lados opostos, procurando abrigo nas colunas
do carro e reduzir a silueta;
Os Policiais devem primeiro preocupar-se com o interior do veículo e
logo após com a mala, quando ambos deveram estar do mesmo lado
para evitar o fogo cruzado, onde um levanta a tampa da mala
enquanto o outro faz a cobertura e observação;
O estilo de Abordagem apresentado podera sofrer variações
dependendo da quantidade de Policiais empregados e das
caracteristicas da viatura Policial;
Condução de presos em veículos com xadrez

A condução em veículos com xadrez se torna mais fácil que a anterior,


desde que sejam tomadas as devidas precauções:
 Primeiramente o compartimento de presos será aberto;

 Os patrulheiros postar-se-ão em volta do veículo, armas no coldre


formando um cordão de segurança;

 O preso será conduzido até a entrada do compartimento e receberá


ordem para entrar;
 Deve-se Ter muita atenção para impedir que o preso, ao entrar no
compartimento, coloque um dos pés no estribo (base) e, ao invés de
entrar, dê um salto brusco para um dos lados ou para trás, apanhando
desprevenidos os policiais e logrando alcançar a fuga;

 Se a prisão é de mais de um preso, os mesmos devem ser colocados


separadamente no xadrez, observando-se em cada vez as mesmas
cautelas, isto se não estiverem algemados em dupla;

 Cada vez que se abre ou se fecha a porta do xadrez, corre-se o risco de


tentativa de fuga do preso, devendo portanto,

 Os executores da condução, estar alertas quanto a esse aspecto;

 Se o local onde o conduzido será entregue possuir pátio apropriado para


o desembarque, este deve ser utilizado;

 Antes do desembarque, o Comandante da "GU" fará uma vistoria do


local e avaliará a situação;

 Quando a abertura da porta do xadrez da VT, os policiais devem se


colocar em volta da porta da mesma, formando um cordão de
segurança;

 Após a retirada do último conduzido, o xadrez do veículo deve ser


trancado;

 Jamais deve-se colocar mais presos que a capacidade do xadrez do


veículo.
ABORDAGEM A EDIFICAÇÕES

1. OBJETIVOS PRINCIPAIS

1. Efetuar o reconhecimento do local e da área de operação onde


será procedida a abordagem;

2. Elaborar um plano para abordar uma edificação;

3. Abordar com segurança uma casa isolada, uma área edificada,


um estabelecimento bancário, comercial ou industrial;
4. Abordar com segurança barracos em favelas.

2. INTRODUÇÃO

A abordagem de suspeitos em edificações ou em outros


locais de homizio exige muita cautela por parte dos policiais
executores da mesma.

Muitos são os casos em que os policiais são atraídos para


ciladas "casas de caboclo", como também levados à pratica de
arbitrariedades que servirá de defesa para o marginal (violação de
domicilio e outras).

Não e muito fácil formular normas relativas a condução de


uma operação, antes de nos defrontarmos com o caso especifico.
Entretanto muitos elementos básicos são semelhantes a todas as
ações policiais, e estes serão ressaltados neste capítulo.

3. PLANEJAMENTO
Quando nos defrontamos com uma iminente ação de
abordagem, temos que selecionar a mais adequada tática de ação
para o caso especifico. Para tanto, necessitamos elaborar um bom
plano de ação. Este plano, sempre deverá' ser formulado, não
importando a urgência que, a primeira vista, possa requerer a
situação.

O elemento tempo, disponível para o inicio da ação, pode


variar de alguns minutos, em situações em que e necessário a ação
imediata, até dias de preparação. Quaisquer que sejam os extremos,
reunir todas as informações disponíveis no tempo permitido, é de
suma importância.

Havendo necessidade de efetuar a abordagem de


residências ou edifícios, no interior dos quais ocorreu um incidente, ou
se encontra um marginal foragido, os policiais verificarão de antemão
se dispõem de autoridade legal para adentrar naqueles recintos.

EQUIPE DE ABORDAGEM

1. Composição da equipe;
2. formação em fila;
3. em linha;
4. em diamante;
5. velocidades de deslocamento;
6. comunicação por gestos.
Composição da Equipe:

O número de componentes da equipe irá variar e depender de


necessidade da situação tática ou da disponibilidade de pessoal. O
mínimo de componentes de uma equipe de assalto é de três homens.

Atualmente uma equipe de assalto não utiliza mais os componentes


com funções fixas, como o ponta, o ala, o full, o volante e o piloto, mas
sim de acordo com a posição que qualquer um dos homens esteja
dentro da formação no momento do deslocamento. O homem que está
na frente é o ponta com a responsabilidade de fazer a exploração e
esclarecimento do que se encontra à frente no sentido de
deslocamento da equipe, bem como deve prover a segurança naquela
direção. O cobertura, é o policial que vem atrás do ponta, variando seu
número de acordo com o número de homens que compõe a equipe,
sendo sua obrigação prover a cobertura ao ponta quando este estiver
executando o esclarecimento, além de fazerem a segurança das
laterais da equipe. O retaguarda é o último homem na formação,
devendo fazer a segurança da retaguarda da equipe.

A função de líder é do policial de maior posto ou graduação que fizer


parte da equipe de assalto, sendo ele que irá determinar a direção do
deslocamento ou o recinto a ser invadido. Cabe a ele também a
responsabilidade de controlar todas as novidades relativas às
condições dos reféns e dos marginais, verificando se há feridos,
mortos ou detidos e se houve armas ou objetos apreendidos, devendo
transmitir e manter informado o comandante da equipe tática. O sub-
líder é o segundo mais antigo, cabendo a ele assumir as funções do
líder no caso de impedimento deste ou no caso de subdivisão da
equipe de assalto.

Formação em Fila:

Utilizada para deslocamentos curtos da equipe por um local aberto,


como uma rua ou para realizar uma varredura dentro de um grande
recinto em uma área edificada (um galpão por exemplo) ou um
terreno.
Formação em Diamante:

Utilizada para deslocamento em áreas abertas onde seja necessária


uma cobertura de 360º.

VARREDURAS

Definição:

Varreduras são procedimentos adotados pelo grupo tático para


detectar a presença de elementos hostis durante o deslocamento ou
antes de adentrar em um recinto, evitando se expor
desnecessariamente os policiais.

Cobertura:

Quando o ponta for realizar uma varredura o restante da equipe deve


estar posicionada para fornecer a cobertura necessária.

Olhada Rápida:

Na olhada rápida o policial irá olhar para dentro do cômodo ou do


corredor rapidamente, expondo-se o mínimo possível, verificando a
existência de um possível perigo ou local onde poderia estar uma
ameaça, só entrando após verificar se é seguro.
Tomada de ângulo:

Na tomada de ângulo o policial irá distanciar da esquina da parede ou


do vão da porta e através disso terá um ângulo de visão privilegiado,
vendo o interior antes mesmo de ser visto, sem se expor.

Uso de Espelhos:

Com o uso de equipamento apropriado o policial poderá ver o interior


do cômodo de forma mais completa e segura.
Verbalização:

No caso de achar uma pessoa suspeita, deve ser usada uma voz de
comando firme, clara e enérgica para fazer o suspeito sair do local.

FORMAS DE ENTRADA

Para realizar a entrada de forma segura, rápida e eficaz e evitar


o perigo do cone da morte , existem formas de entrada apropriadas.
Ao perscrutar corredores em dupla, é importante agir de modo
silencioso, mantendo uma postura ofensiva, sem direcionar a arma
para as costas daquele que está a frente.

Formas de Entrada

ENTRADA CRUZADA (CROSS ENTRY) ENTRADA EM GANCHO (HOOK ENTRY)


ENTRADA LIMITADA (LIMITED ENTRY)

a. ENTRADA COBERTA (FURTIVA)

Dependendo da situação tática será realizada a entrada coberta para


ocultar a presença da equipe, e onde há tempo disponível e a
velocidade não é essencial. Deve haver disciplina de luzes e ruídos e
a comunicação será feita por gestos. A localização dos alvos é
desconhecida e a progressão deve se feita usando constantemente
abrigos e coberturas. A busca e a varredura serão detalhadas e
sistemáticas. A proteção é de 360º, usando sempre espelho e escudo.
b. ENTRADA DINÂMICA

Quando for necessária a localização do alvo, e se tem informações


prévias da necessidade de controlar pessoas, devido a oportunidades
de reação.

A ação será desencadeada através da velocidade, surpresa e


ação de choque, usando-se a verbalização enérgica e positiva.

BUSCAS EM ÁREAS EDIFICADAS:

A realização de buscas em locais edificados é uma atividade não


rotineira do serviço policial, sendo também uma das que mais trazem
riscos à sua integridade física. Motivo pelo qual se faz necessário o
emprego de técnicas específicas para minimizar tais riscos.

Definição : Podemos definir áreas edificadas como sendo aquela


ocupada por construções, exemplo: casas, prédios, estacionamentos
comerciais etc.

Acionamento: A ação em locais edificados pode se iniciar por iniciativa


do próprio policial, no caso de suspeitar que algo anormal está
acontecendo no local; por acionamento direto de algum cidadão ou
por acionamento através da central de comunicações. Em qualquer
dos casos, o Policial deve procurar obter o maior número possível de
informações, tais como:
* Endereço exato (bairro, rua, número, apartamento etc.);

* Ponto de referência;

* Situação (pessoas utilizando entorpecentes, suspeita de ladrão em


residência, ocorrência de ladrão em residência confirmada, tomada de
reféns etc.);

* Número e características dos suspeitos;

* Número e características das vítimas;

* Uso de armas pelos suspeitos;

* Veículos utilizados pelos suspeitos;

* Características do local;

* Vias de acesso;

* Vias de fuga;

* Outras informações que possam auxiliar no atendimento da


ocorrência.

Esses dados deverão ser colhidos do solicitante pela central de


comunicações e passadas ao Policial ou diretamente por estes no
local da ocorrência. Sendo importante confirmá-los com mais de uma
pessoa.

Chegada ao local: Caso haja necessidade de um deslocamento rápido


ao local, as Vtr’s deverão se deslocar com os sinais luminosos e
sirene acionados, entretanto, deverão desligá-los quando estiverem
próximas, a fim de manter a vantagem da surpresa e evitar a tomada
de reféns.

As Vtr’s não poderão parar em frente ao local da ocorrência ou passar


em frente. Devendo estacionar em local que os suspeitos não possam
vê-las, permanecendo sob vigilância de Policiais designados para tal
fim.

Ao chegar no local, os policiais não devem entrar de imediato no local


edificado, devem cercar a área e isolá-la, não se permitindo a entrada
de pessoas não autorizadas e mantendo a vigilância sobre os locais
onde possa haver fuga dos suspeitos. Nessa fase o Policial confirma
as informações que possui com o solicitante e com outras pessoas,
bem como as complementa. Essas informações devem ser
repassadas ao comandante imediato e à central de operações.

O policial mais graduado assumirá o comando da situação e tomará


as seguintes providências;

* recolher todas a informações disponíveis;

* Identificar todos os Policiais presentes no local; dividindo-os em


grupos de isolamento, vigilância, entrada e outros que se fizerem
necessário;

* Escolher o local por onde se fará a entrada, que deve ser apenas
um, a fim de se evitar um possível fogo cruzado;

* Providenciar vigilância para os locais onde possa haver fuga dos


suspeitos;

* Realizar a entrada e busca no local;

Entrada : Para se efetuar a entrada em locais edificados, deve-se


observar os seguintes conceitos:

01) Equipamento : Todos os Policiais envolvidos na ação devem estar


utilizando colete balístico, podendo o grupo de entrada usar outros
equipamentos de proteção, como escudos, capacetes etc. É
importante que o grupo de entrada utilize equipamentos portáteis de
comunicação, para manter contato com os demais Policiais e com o
centro de operações;

02) Basicamente teremos cinco fases da operação;

Cerco e isolamento. Cercar os criminosos para que eles não fujam


ou façam nova vítima. Isolar o local permitindo apenas a entrada de
pessoal autorizado dentro do perímetro primário para facilitar a ação
da Polícia.

Planejamento e preparação. Colher todas as informações, planejar a


operação e providenciar os meios de execução e apoio.
Organização e Proteção. Estabelecer quem faz o que, e como e
quando deve ser feito. Explicar a todos os envolvidos como será
executada a operação, e se possível, realizar um treinamento o mais
próximo possível do real, antes da execução.

Assalto. Executar a operação;

Reorganização. Reunir os Policiais empregados e colher


todos os dados sobre a operação. Quantos detidos, quantas
armas apreendidas, se foi disparado algum tiro etc.

03) Durante a operação deve haver comando, controle,


coordenação e comunicação entre os policias;

PROGRESSÃO POLICIAL

A progressão do policial em locais críticos vem se tornando alvo


permanente de estudos técnicos, devido aos altos índices de mortes ou de
ferimentos de policiais, de reféns e de terceiros, quando da transposição de tais
locais.

As escadas são locais considerados como críticos para a


progressão do policial, pois nos deparamos constantemente com
curvas e ângulos mortos onde, geralmente, o domínio é do oponente,
que estará acima de nós.

Conhecidas como "funil fatal", as portas devem ser transpostas


com o máximo de cuidado, utilizando-se, sempre que possível,
espelhos ou técnicas de tomada de ângulo ("Quick Peek"). O policial
deve lembrar-se sempre de empurrar a porta até seu limite, evitando
desagradáveis surpresas que possam estar por trás.
A transposição de Quaisquer obstáculos, como muros e paredes, deve
ser rápida e nunca na posição totalmente em pé, pois é importantíssima a
presença de cobertura no momento.
O policial não deve passar por armários, cortinas, camas, biombos ou
outros móveis que possam abrigar uma pessoa, sem antes revistá-los como
possíveis esconderijos, o que possibilitaria um oponente às suas costas.
COMBATES EM AMBIENTES FECHADOS

Os internacionalmente conhecidos "Close Quarter Battle" (CQB ou


Confrontos em Ambientes Fechados) são responsáveis por um grande número
de policiais mortos em serviço, sendo certo que quase sempre essas baixas
têm como causa o descaso do próprio policial, que não dá a devida importância
para esse tipo de situação, uma vez que tem o conhecimento de que grande
parte de seus colegas chegou à aposentadoria sem maiores problemas. Esses
acabam surpreendidos quando menos esperam.
Para evitar que isso ocorra é extremamente importante atentarmos para
algumas táticas que freqüentemente são utilizadas com êxito na vida real.
Operação de Busca

É com grande freqüência que policiais acabam tendo que realizar


buscas e localizações de marginais em áreas internas, sendo que em quase
todas essas oportunidades os delinqüentes têm em seu favor inúmeros fatores
que os favorecem. Questões como a falta de cobertura ao policial, o pequeno
espaço dos cômodos, a ignorância acerca da planta do local, a possibilidade de
emboscada e tantas outras adversidades tornam o trabalho de busca uma das
mais arriscadas atividades policiais.
1. Postura

O primeiro ponto a ser abordado é o que diz respeito à postura


do policial quando em meio a uma busca interna. Comumente toma-se
uma postura defensiva, p.ex. deixando a arma dentro do coldre ou,
quando fora deste, mantendo-a apontada para baixo aguardando o
momento certo de reagir. Adotando uma postura como esta,
dificilmente o policial terá tempo para reagir a uma agressão armada.
Assim sendo, o correto é adotar uma postura ofensiva que permita
uma reação imediata. O policial deve manter a arma fora do coldre, na
altura dos ombros e direcionada à frente, na posição Weaver ou
Isósceles, de acordo com a melhor adaptação (ver Tiro Visado).
Utilizando esta postura, o policial poderá aplicar a tática chamada
"Terceiro Olho", que lhe permite olhar para todos os lados com a
certeza de que sua reação será imediata, uma vez que a arma
acompanha o foco de visão do policial.
É importante salientar, que ao passar por vãos e aberturas, o policial
deve recolher a arma junto ao corpo para que ela não lhe seja arrancada das
mãos por um oponente escondido do outro lado.

2. Movimentação
Quando no interior de um prédio, o policial deve movimentar-se com
extrema cautela e silêncio, pois um ruído qualquer poderá denunciá-lo a seu
oponente.
Ao atravessar corredores e salões poderão ser encontradas inúmeras
portas. Abri-las sem se certificar do que existe por trás é extremamente
perigoso.
Se possível, o policial deve manter-se constantemente protegido por
qualquer tipo de escudo ou barricada, não se movimentando de forma que
cruze as pernas, pois isso poderá fazê-lo perder o equilíbrio.
Existem locais dotados de vigas e alçapões, onde o delinqüente pode se
espreitar e armar uma emboscada. Por isso, deve-se evitar usar bonés ou
chapéus de abas largas, que impossibilitem a visão superior.
Um dos momentos mais críticos em uma varredura interna é aquele que
antecede a entrada em algum aposento, sem que se saiba o que há lá dentro.
Não é aconselhável que se façam as conhecidas "entradas dinâmicas",
usualmente empregadas por forças policiais especializadas como a SWAT
(Special Weapons And Tatics) norte-americana ou o COT (Comando de
Operações Táticas) da Polícia Federal Brasileira.
Existem técnicas que melhor se adequam ao serviço policial de rotina,
como a "Quick Peek" (Rápida Olhada) e a "Israeli Sweep" (Varredura
Israelense). A primeira é uma técnica onde o policial deve se posicionar atrás
de uma parede que ladeie a entrada; olhar rapidamente para dentro do
aposento jogando parte da cabeça para fora da proteção (parede) e retornar o
mais depressa possível. Trata-se de uma técnica que possibilita a obtenção de
uma visão completa da área a ser adentrada, sem dar tempo de reação ao
oponente. É bom salientar que o policial deve aplicar essa técnica agachado,
pois em caso de um eventual disparo por parte do delinqüente, o tiro passará
por cima da cabeça do policial. Se for necessário repetir a operação, deve-se
mudar de posição (se em um primeiro momento o policial esteve agachado,
num próximo deverá ficar de pé).
A tática "Israeli Sweep", também conhecido como "Slicing the Pie"
(Fatiando a Torta), também é muito eficaz para se obter uma visualização do
local a ser penetrado. De acordo com ela, o policial deve se utilizar do "Terceiro
Olho", aproximando-se lentamente, rente à parede, até cerca de um metro do
local a ser vistoriado. Em seguida, o policial deve afastar-se da parede e
procurar visualizar, passo a passo, a área interna do aposento, aumentando
seu ângulo de visão até obter a completa varredura do local. É um processo
mais lento, que permite ao policial retornar à sua posição de origem em caso
de um sinal de perigo.

3. Entrada
Após obter a completa visualização do local, o próximo passo é entrar
no aposento. Existem dois métodos comumente utilizados pelas polícias
internacionais: o "Israeli Limited Entry" (Entrada Limitada Israelense) e o
"Crisscross" (Entrada Cruzada).
Pela primeira tática, a entrada se assemelha à "Quick Peek", uma vez
que expõe muito pouco o corpo do policial. No entanto, depois que se projeta o
corpo para dentro, não deve haver a mudança de posicionamento, como na
técnica de "Rápida Espiada".

Já a técnica "Crisscross", mais utilizada e eficaz, deve ser


realizada em dupla, de modo que cada um dos integrantes se
aproxime até a abertura, por lados diferentes e execute uma busca
visual por qualquer dos métodos antes descritos. Após a varredura
visual, ambos entram no recinto rapidamente, cruzando-se entre si e
assumindo uma postura ofensiva com as costas junto à parede do
aposento invadido. É necessário frisar que esta não é uma técnica
adequada para quem deseja entrar em corredores ou outros locais
que não possuam paredes internas, ladeando a abertura.

C
orredores e Escadas

Corredores e escadas certamente são os locais que representam


maior perigo aos policiais em um combate em ambiente fechado, pela falta de
uma rota segura de fuga. É possível apenas movimentar-se para frente e para
trás, criando o chamado "funil fatal", que propicia um excelente palco para uma
emboscada.
Quando se faz necessário entrar por um corredor, deve-se fazê-lo o
mais silenciosamente possível e com toda rapidez até alcançar o seu final.
Em escadas, é sempre mais fácil combater de cima para baixo, pois se
perde muito menos tempo descendo uma escada do que ao subi-la. Além do
mais, o policial poderá fazer com que o marginal tenha uma via de escape,
proporcionando a sua captura por outros policiais que eventualmente estejam
do lado de fora do prédio. Subindo, o policial irá encurralar o oponente,
forçando-o a enfrentá-lo. Assim sendo, em havendo opção, o policial deve
realizar a busca descendo a escadaria.

É importante salientar que muitas escadas possuem cortes de


ângulos retos, o que dificulta a visualização do que está por trás.
Desta forma, faz-se mister utilizar as técnicas já descritas para se
operar com maior segurança, devendo-se sempre manter a arma
como o seu "Terceiro Olho".
ESTADO DE ALERTA

O ser humano possui diversos estados de alerta os quais são


caracteristicamente inerentes à percepção auditiva visual e olfativa, de
forma inconsciente, só os percebemos após passar por alguma
situação de perigo, que muitas vezes creditamos ao “fator sorte”.
Evidentemente existem pessoas que possuem tais “ Estados de
Alerta” ou senso de perigo, mais apurados que outras, no entanto
cabe ao policial no trabalho diuturno contra a Criminalidade ou até
mesmo de folga, desenvolver tais “estados” ou “sensos” de modo a
tornar-se mais apurados e antecipando-se a ação criminosa.

O primeiro estado de alerta mental é caracterizado pela cor branca.


Na verdade nesta condição o homem está alheio ao que se passa a
sua volta. Sua mente está totalmente relaxada ou direcionada para
outros pensamentos.

Na condição amarela, o homem está mentalmente relaxado, mas


atento ao que ocorre ao seu redor. Quase todos combates as
atuações policiais, são precedidos por detalhes ou pistas que um
homem na condição branca não perceberá.

Na condição laranja, o homem está consciente da existência de fatos


e movimentos e detalhes, estando alerta para uma possível atuação.
Percebe que não somente tem um alvo em potencial mas também que
pode disparar e pode ser alvejado.

Na condição vermelha, o combate é iminente, todas as sensações


orgânicas estão em “posição” para o decorrer deste. O fator
determinante para a resposta antecipada é o estabelecimento pessoal
do controle mental do gatilho. Já o controle do gatilho é estabelecido e
limitado pelo senso de legalidade e regras de engajamento.

Quando a atuação se inicia, o homem deve estar completamente


atento para resolver o problema mais próximo. Isto significa o uso de
táticas apropriadas além de condicionamento de tiro, requerendo
extrema concentração na situação encontrada.

Os princípios de Operações em área urbana, ensinam que as


construções sempre favorecem o defensor sobre o agressor. Para
tanto deve-se seguir um guia tático para combate em área edificada.

1- USE SEU SENSO DE VISÃO PARA INDICATIVOS DE ALVOS

ndicativos de alvos são todas as coisas que poderão denunciar a


presença de um adversário. São sempre caracterizados por reflexos,
sombras, movimentos, sons, cheiro, contraste, formato, sinais
humanos e sinais táticos.

2- EVITE PRODUZIR INDICATIVO DE ALVO

Busca em uma edificação é 50% procurar e 50% evitar ser procurado.


Em algumas situações a coberta / camuflagem reina. A menos que
seja forçado a uma confrontação. Seja quieto, cuidadoso, mova-se
lentamente e resolva cada situação tática individualmente.

3- Não assuma que uma área, alvo ou alguém esteja seguro até que
você tenha certeza.
4- Maximize sua distância de uma área de risco em potencial e
minimize sua exposição a esta.

5- Mova-se taticamente

6- Quando houver razão para atirar, preste atenção no básico sobre


tiro.

ABORDAGEM A CASA ISOLADA

Temos como características:

a. Fazer o estudo da situação, mesmo que disponha de pouco


tempo.

NUNCA ABORDE UMA EDIFICAÇÃO SEM PROCEDER A UM


PLANEJAMENTO;

2. Antes de penetrar em uma edificação, monte primeiramente o


dispositivo de segurança;
2. Comandante da Operação de abordagem NUNCA deverá
permitir a entrada de um homem da equipe isoladamente no
interior de uma casa suspeita. A penetração devera ser por
duplas. O segundo homem com a missão de dar cobertura ao
primeiro e vice-versa;

d. Devemos procurar distinguir, com precisão, os marginais dos


moradores da casa. caso de duvidas todos são suspeitos,
mais haja com muita cautela;

e. Antes de qualquer penetração faça uma alocução verbal para


que os criminosos desistam de qualquer reação e saiam do
recinto;

f. No caso de ser decidida a penetração no interior da casa, os


seguintes princípios táticos devem ser observados:

 Quando estiver parado, mantenha-se abrigado;

 A transposição de quaisquer obstáculos (muro, etc) deve ser


rápida e nunca na posição totalmente de pé. É
IMPORTANTÍSSIMA A COBERTURA PARA A
PROGRESSÃO;

 Quando for observar em extremidades de paredes ou muros,


faça com olhada rápida em alturas diferentes, quando observar
de pontos elevados, certifique-se de que sua silhueta se
confunde com o fundo;

 Caso a entrada venha a expor a equipe, e a situação permitir, a


ação de abordagem deve ser precedida do emprego de granada
explosiva de LUZ e SOM (GR EXP LUZ SOM 307);
 Os movimentos para localização do(s) suspeito(s) deverão ser
silenciosos, o mais possível, e rápido ao passar por portas,
janelas e outras aberturas, nunca exponha a sua silhueta em
janelas, etc.;

 Se tiver que entrar por uma porta, certifique-se de que ela foi
empurrada ao máximo, para certificar-se que não há alguém
atras dela;

 Ao entrar em um cômodo, faça-o rapidamente. Lembre-se e'


difícil atingir um alvo móvel, Mesmo a curta distancia;

 Não faça penetração em cômodo escuro se não tiver material


adequado;

 Não passe por armários, grandes cortinas e outros móveis sem


antes revistá-los como possíveis esconderijos.

g. Após a entrada, efetue uma busca completa em todas as


dependências da casa, inclusive em todos os locais onde seja
possível abrigar-se um homem, como por exemplo debaixo das
camas, dentro de armários ou cortinas, interior de garagens,
dentro de caixa d'agua, etc.

OBS.: O criminoso pode estar homiziado com a intenção de reagir pelo


fogo se estiver na iminência de ser preso, portanto, inicie a ação com
objetivo de, inicialmente, localizar o marginal, para, logo após, de um
local abrigado, determinar que o mesmo saia e se entregue. Em
seguida empregue os meios, já conhecidos para conduzi-lo preso;
8. A escolha dos abrigos no curso de uma ação não deverá ser
feita apenas em função da proteção individual, mas também
visando evitar o fogo cruzado com outro membro da equipe. NA
DÚVIDA NÃO ATIRE!

8. Nas operações de abordagem a edificações, necessário se faz o


uso de senha e contra-senha, ou de sinais de identificação;

8. Quando se abordar uma casa, as funções de cada componente


da equipe devem estar bem definidas. NÃO PODE OCORRER
DÚ'VIDAS, POR PARTE DE NENHUM POLICIAL QUANTO
SUA FUNÇÃO E O SEU PROCEDIMENTO DURANTE A
AÇÃO.

ABORDAGEM EM ÁREA EDIFICADA

Em caso de uma área edificada, podemos nos defrontar com


duas situações distintas:

a. As edificações na horizontal (sucessão de casas em ruas ou


avenidas etc.);

2. As edificações na vertical (edifícios residenciais, comerciais e


públicos). Em qualquer desses casos, como já' foi dito, o
procedimento básico a ser seguido é de inicio, o cerco, que tem
dois objetivos:
- evitar a fuga do criminoso ou criminosos;

- efetuar o isolamento da área de operações.

Após estabelecer o cerco e o isolamento da área, conforme


exposto anteriormente, e feito o planejamento com base nas
informações colhidas Inicia-se a fase da abordagem propriamente dita.

Não é demais lembrar que a ação de comando e a liderança são


fatores de extrema importância nos casos de abordagem a
edificações.

O comandante não pode permitir de forma alguma que um


membro da equipe atue por iniciativa própria. Deve existir apenas um
comandante, não importando quantas equipes estejam representadas
na operação.

Na abordagem em área edificada, além de empregar as táticas


já vistas, os policiais não devem:

- ficar no meio da rua olhando para o alto do edifício, nem ficar


debaixo da luz de poste de iluminação ou diante de faróis de carros;

- agrupar-se ou expor-se desnecessariamente diante do


objetivo;

Normas a serem seguidas por equipes de policiais ao abor-


darem estabelecimentos comerciais e industriais:
 Desligar a sirene da viatura antes de chegar ao local do assalto ou de
suspeita de assalto;

 Não parar a viatura na porta do estabelecimento;

 O efetivo desembarca e o motorista permanece na viatura com o


motor e o rádio ligados e atento aos acontecimentos e à área;

 Dois ou mais Policiais tomam posição de cobertura na calçada


com vistas á loja, em local que os permita observar toda a rua,
os movimentos das pessoas, e o estabelecimento, buscando
verificar se há alguém dando cobertura aos possíveis
assaltantes;

 Não entre no estabelecimento caso esteja havendo o assalto. Efetuar o


cerco amplo, e solicitar reforço;

 Informe a Central de Operações os dados dos assaltantes para o cerco


amplo;

 Abordagem no interior de um banco é no mínimo imperícia ou


imprudência;

 Caso de refém deve ser (PROCEDIDO O CERCO E O ISOLAMENTO,


INFORMAR A CENTRAL DE OPERAÇÕES QUE POR SUA VEZ
ACIONARÁ O POLICIAMENTO ESPERCIALIZADO).
ABORDAGEM A BARRACOS EM FAVELAS E MATAGAIS

A abordagem nesses locais, principalmente se executada à noite,


é muito por demais perigosa.

O responsável pelo Comando da abordagem nesses ambientes


deve observar antes de tudo:

1. O grau de periculosidade a expor os executores da ação;

2. A conveniência e necessidade da abordagem de pronto;

3. Se os recursos humanos e materiais de que dispõe são


suficientes ao domínio de todo o local, se for necessário.

Havendo a necessidade da abordagem, procurará circunscrever o locaL,


bloqueando as possíveis saídas.

Durante os deslocamentos em favelas exige-se atenção para


todos os lados e direções, para todas as portas e janelas de barracos,
para todos e quaisquer ruídos e movimentos alheios.

As abordagens em favelas devem ser sobretudo programadas, e


quando possível integradas de varias frações: emprego de policiais
com cães e montados.

É necessário observar contudo, que o local onde será procedida a busca com
cães não deve ser violado; as pistas deverão ser mantidas intactas, a fim de
não "confundir" o cão.

Dentre as normas para abordagem em favelas devem ser seguidas


principalmente as seguintes:
 A ação em favelas sempre que possível deve ser desenvolvida, com
duas guarnições especiais (GE) ou três guarnições táticas (GT).
Devendo haver entretanto uma análise da situação por parte do policial
mais antigo com relação ao efetivo disponível para ação;

 As viaturas deverão ficar num local seguro, sempre coberto e


sob a proteção dos Policiais motoristas;

 As guarnições devem ser divididas em pequenos grupos que facilitem o


deslocamento e a reunião em pontos previamente estabelecidos;

 Na progressão em favelas mantenha a distância de segurança


entre seu companheiro. Nenhum Policial deve ficar isolado na
favela;

 Não dobre as esquinas junto a paredes e não faça a tomada de


ângulo de modo brusco;

 Manter silêncio completo, e vigilância absoluta em todas as direções;

 Parar de imediato quando ouvir qualquer ruído;


 Evitar os disparos a esmo, pois as paredes são geralmente de
madeira o que poderá acarretar o ferimento de um inocente;

 Antes de entrar, mande que todos saiam do barraco;

 Se houver certeza de que há realmente marginais em um


determinado barraco e se eles se recusam a sair, usar de inicio
gás lacrimogêneo e depois o cão;

 Caso tenham que responder a disparos, todos devem se abrigar,


localizar e atirar ao identificar o alvo.

As medidas preliminares de prevenção e facilitação à repressão


por policiais isolados são:

1. Comunicar o fato ao COPOM;

2. Procurar isolar e evacuar o local de assalto;

3. Executar medidas de inquietação e retardamento dos assaltantes:

 esvaziar pneus de veículos suspeitos;


 rechaçar, inicialmente, qualquer tentativa de fuga;

 cuidar para que não sejam feitos possíveis reféns;

 outros que achar necessários.

“ FAÇA DE SUA POSTURA DO DIA A DIA, UMA


POSTURA DE COMBATE E DE SUA POSTURA DE
COMBATE, UMA POSTURA DO DIA A DIA”
(Musashi)

CURRICULUM DO COORDENADOR

CAP PM WALTER BENJAMIN DE MEDEIROS FILHO


1. CURSOS MILITARES

Curso de Formação de Oficiais – CFO

Academia de Polícia Militar do Paudalho – APMP – 1992.

Special Weapons and Tactics (armas e táticas Especiais)

Herbert T. Jenkins Atlanta Police Academy – Agosto/ 1995.

Special Weapons and Tactics (armas e táticas Especiais)

Georgia Public Safety Training Center. GPSTC – FORSYTH/ GA


– Julho/ 1995.

Submachinegum/ SWAT. (Submetralhadora / especialização)

Georgia Public Safety Training Center. GPSTC – FORSYTH/ GA


– Julho/ 1995.

Estágio de Adaptação à Caatinga. EAC 96/ 1. 72º BTL INF. MTZ


– JAN/ 1996.

Curso de Prevenção ao seqüestro de executivos e Dignitários.


CFAP. JAN/ 1997.

Explosive Handler Course (Manuseio de Explosivos)

Tactical Explosive Entry School – Memphis SET/ 1998.

Explosive Entry e Tactics Course (Entradas Táticas Explosivas)

Tactical Explosive Entry School – Memphis SET/ 1998.


Curso de Integração dos Princípios dos Direitos Humanos e
Direito Internacional Humanitário ao treinamento e atuação
da Polícia Militar.

Cruz Vermelha Internacional – Ministério da Justiça – APMP.


MAR/ 1999.

Command and Control Course (Curso de Comando e Controle)


Tees. Brasil. NOV/ 1997.

Sniper/ Observer (Atirador de Elite/ Observador). Tees Brasil.


ABR/ 2001.

Curso de Operações Táticas Especiais – COTE – Ministério da


Justiça/ Polícia Civil – Paraná.

NOV / 2001.

2. EXPERIÊNCIA COMO DOCENTE

Seminários/ Instrução/ Palestra/ Viagens de Instrução (visitas):

Gerenciamento de Crises: II Curso de Integração dos Direitos


Humanos e Direitos Internacional
Humanitário. MAI/ 2000

Armamento, Munição e Tiro: Estágio de Capacitação em


Armamento Munição e Tiro. APMP –
NOV/1997.

Abordagem: Estágio Eletivo de Técnica de Abordagem - CFS/95


– NOV/1995.
Ações Táticas, Armas, Munições e Equipamentos, Comando e
Controle: 2º COPE Cat. C - 96/1,

3º COPE Cat. B – 96/2, 4º COPE Cat. C 99/1, 5º COPE Cat. C – 2001.

Arrombamento Tático em Explosivo GATE PMPB. MAI/ 2000.

Coordenador do Curso Avançado de Abordagem. CAA CFAP/


CIOE.

1º Simpósio Nordeste de Gerenciamento de Crises. PMPB. JAN/


2001.

Palestra sobre a Guerra na Ex-República da Yugoslavia –


Rotary/ JAN/ 1997.

Viagem à Cidade de Brescia/ Itália. Visita de Reunião sobre


Armamento fabricado pela Beretta (Fuzil Sniper e
Metralhadoras) e pela Franchi (Espingarda Cal. 12 SPAS.
15).

3. EXPERIÊNCIA EM MISSÃO NO EXTERIOR:

Missão da ONU:

Título: Unprofor – United Nations Protection Force ( Força de


Proteção das Nações Unidas)

Local: Ex-República da Yugoslavia


Período: SET 93 a SET 94

Funções: Oficial de Transporte e Logística (E-4 Delta)

Estação Dalij – Setor Leste – Krajna

Líder do Grupo “Bravo” de Patrulhas

Estação Dalij – Setor Leste – Krajna

4. ATIVIDADE ATUAL:

Subcomandante da 1ª CIOE

Av. Recife, 7000 – Estância – Campo do Jiquiá – Recife-PE

CEP.: 50.910-380 Fones: 3412-1249/1785/1786. Fax.: 3412-


1255.

5. CONDECORAÇÕES:

Medalha da ONU – Unprofor;

Medalha Pernambucana do Mérito Policial Militar.

Medalha do mérito Policial Civil de Pernambuco ( Classe ouro ).


CURRICULUM DOS INSTRUTORES

1º TEN PM EDVALDO CEZAR DE MORAES

1. CURSOS CIVIS:

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