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EDUC BAS
PROFESSORA ORIENTADORA: JAENE GUIMARÃES
Authierlys Domingos1
1Universidade Federal de Campina Grande - UFCG / authierlys2013@gmail.com
Resumo
Introdução
Para aqueles que deixaram o ensino regular, seja por determinados motivos,
a volta para os estudos é uma tarefa mais árdua. Voltar aquele ritmo de estudo, mas
agora com mais algumas “dificuldades” adicionais, como trabalho e família para
manter, essa é a realidade de alunos que retornam e se deparam com a modalidade
da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Focando nesse ritmo que o estudante
precisa se adaptar, mesmo já não sendo como antes. Como DUARTE, et all (2015,
p. 376) ressalta que “alfabetizar adultos requer desenvolvimentos de atividades
realizados em sala, diferente daquele que é destinado às crianças nas escolas
regulares”. E tendo um trabalho mais delicado, o professor precisa ajudar o
estudante a ser inserido naquela nova realidade de estudo, mas fazendo um
paralelo com a realidade que ele vive.
E sendo a Ciência não somente um corpo de conhecimento, mas uma
maneira de pensar (SAGAN, 1980), os alunos da EJA necessitam ver a Ciência não
como um conjunto de fórmular que terminam em si mesmas mas uma maneira de
pensar e tornar-se um ser humano crítico no modo como vê o mundo ao seu redor e
o meio que está inserido, porque o fato de apenas saber ler não leva a pessoa a
compreender o que se lê (SANTOS, 2007). Cabe ao professor mostrar que a Ciência
é essa forma de pensamento de como ver o mundo e como algo que sirva de
instrumento para tomada de decisões (TERRA, 2002). Similarmente pode-se dizer
que a EJA tem por função o desenvolvimento da cidadania.
PESQUISA CIENTÍFICA PARA A DISCIPLINA ENS DA FIS P/ JOVENS E ADULT NA 2
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Visto que a falta de tempo não colabora nesse quesito, muitos alunos não
conseguem assimilar o conhecimento científico em contraste com a sua realidade.
Nesse quesito Freire (1996) ressalta que o ensino do estudante deve estar
relacionado a realidade que ele vive no dia a dia, ou seja, o contexto social onde ele
está inserido.
O fato de que essa realidade é laborosa tanto para professor quanto aluno,
essa pesquisa tende a compreender como se dá o ensino de Ciência nessa
ambiente e como ele é recepcionado pelos alunos.
Esse texto acima retrata como mesmo com esses “avanços” ao longo dos
anos que a educação passa, ainda existe muito preconceito em relação ao ensino
que foi descontinuado e depois retomado, por isso é necessário não tratar essa
modalida da mesma forma que é tratada a modalidade regular de educação onde os
alunos já estão naquele ritmo de estudo.
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Visto que a Ciência não foge do contexto social, pelo contrário, os métodos
da ciência podem ser usados para aperfeiçoar os sistemas sociais, políticos e
econômicos (SAGAN, 1995). Sendo assim, a Ciência pode ser benigna para a
modalidade de ensino para Jovens e Adultos (EJA). Como destaca Silva e Moura
(2016) as transformações no mudo do trabalho na atualidade exigem um modelo de
educação que intere a educação geral dos conhecimentos para integrar o indivíduo
no mercado de trabalho. Não somente no meio de trabalho ele pode ser inserido,
como também nessa sua formação cidadã.
A esse respeite Almeida e Corso (2015) relatam:
A heterogeneidade peculiar a esta modalidade de ensino faz com que
o espaço do diverso seja repleto de riqueza social e cultural. Há
aspectos que fazem desses estudantes seres ímpares que, por meio
de suas histórias de vida, de suas memórias e representações,
preenchem o cotidiano da Educação de Jovens e Adultos e, por sua
vez, precisam ser preenchidos por “escolas” e outros espaços que
entendam as suas particularidades. (pg. 124)
Percebe-se portanto a importância da inserção de diferentes culturas de fora
para dentro, ou seja, trazem do seu dia-a-dia as experiências e conhecimentos que
não podem ser descartados, porém explanados de forma com que eles se sintam
parte daquele corpo. E como esses alunos, que já possuem idade
consideravelmente avançada, trazem consigo saberes chamados de senso comum
juntamente com isso o professor pode-se utilizar da alfabetização científica para
essa construção de conhecimento e com isso traz-se a inserção desses alunos num
permanente movimento de procura, que rediscuto a curiosidade ingênua e a crítica,
virando epistemológica (FREIRE, 1996) além de ser um elemento fundamental na
formação de cidadãos capazes de buscar soluções que são criativas para os seus
prolemas (KUIAVA e RÉGNIER, 2012).
Sobre a Ciência na EJA Barra (2016) descreve:
A ciência nos cerca de todas as formas como podemos ver, mas
defendo utilizá-la a favor de todos, queremos aproximá-la da
Educação de Jovens e Adultos, aproximá-la de forma investigativa,
indagadora, buscando conhecimento das coisas, seja elas fáceis ou
complexas, temos que buscar esclarecer o conhecimento cientifico.
(pg. 19)
Nesse contexto, pode-se perceber que a formação é um processo contínuo
que se faz com um espírito lúcido e inovador(KUIAVA e RÉGNIER, 2012). Não basta
apenas trasmitir as informações, com isso aquele tipo de ensino pode ser apenas
um ensino onde se memoriza o que diz, perderndo-se todo o aprendizado por trás
desse conhecimento (GOMES e GARCIA, 2014), tornando-o muitas vezes exaustivo
o que pode levar a frustrar o aluno, principalmente nesse ensino noturno onde se
soma ao estresse e/ou cansaço dia dia.
Sobre isso Pompeu e Zimmermman (2009) descrevem de forma clara:
Se a visão de Natureza da Ciência apresentada pelo professor
influencia sua prática pedagógica, a concepção de Ciência
apresentada pelos alunos também deve influenciar as idéias destes
de como deve ser o ensino de Ciências.
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Por isso é necessário superar esses osbstáculos e o aluno consiga
desvencilhar esse conceito de que Ciências é uma matéria somente técnica e
algo a ser decorado para que no final consiga sua aprovação naquela matéria
específica e que vejam também como algo palpável e que esteja relacionado
ao mundo que ele vive e participa ativamente e cabe ao professor ajudá-lo
nessa jornada de descoberta. E o fato desse misto de jovens e adultos nessa
modalidade pode trazer algo ainda mais abrangente no que tange as
discussões em sala de aula, jovens e adultos se ajudando com suas
experiências pode tornar esse ensino e compreensão mais prazeroso
tornando o ambiente mais “saudável” para o ensino de Ciências.
Objetivo
Metodologia
Considerações Finais
Referências Bibliográficas