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Aula 07

Regimento Interno p/ TRF 2ª Região


Professor: Paulo Guimarães
Regimento Interno do TRF2
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AULA 07: Da Declaração de Inconstitucionalidade


de Lei ou de Ato Normativo do Poder Público. Das
Ações Constitucionais. Das Ações Originárias.
Dos Processos sobre Competência. Da
Competência Recursal e de Reexame Necessário.

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SUMÁRIO PÁGINA
1. Da Declaração de Inconstitucionalidade de Lei ou de 2
Ato Normativo do Poder Público
2. Das Ações Constitucionais 3
3. Das Ações Originárias 6
4. Dos Processos sobre Competência 13
5. Da Competência Recursal e de Reexame Necessário 13
6. Resumo do Concurseiro 21
7. Questões comentadas 24
8. Lista das questões apresentadas 77626613015

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Olá, amigo concurseiro!

Hoje continuaremos estudando o Regimento Interno do TRF


da 2a Região vendo os dispositivos que tratam de processos específicos
julgados pelo Tribunal.

Bons estudos!

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1.! DA DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI OU DE
ATO NORMATIVO DO PODER PÚBLICO

Art. 166. Se, por ocasião do julgamento de qualquer feito no Órgão


Especial, for arguida a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do
poder público, suspender-se-á o julgamento, a fim de ser tomado o
parecer do Ministério Público Federal, no prazo de 15 (quinze) dias.

Diferentemente de outros regimentos internos, o Regimento


do TRF2 é bastante resumido acerca da arguição de inconstitucionalidade.
O que você precisa compreender aqui é que essa arguição não é uma
ação autônoma por meio da qual se questiona a constitucionalidade de
uma lei ou ato normativo. Esse tipo de ação existe, mas somente pode
ser julgada pelo Supremo Tribunal Federal.
Aqui estamos falando de uma arguição, que nada mais é do
que um argumento levantado em juízo. Basicamente o que a parte diz é
“não vou obedecer a essa lei porque ela é inconstitucional”, mas o objeto
principal da ação não é avaliar a adequação da lei ou ato normativo à
Constituição.
A informação importante que temos aqui é de que a arguição
de inconstitucionalidade (e não a ação principal) deve ser julgada pelo
Órgão Especial.
Se o processo principal já estiver correndo no Órgão Especial,
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o julgamento será suspenso para que o Ministério Público ofereça seu


parecer acerca da arguição.
Devolvidos os autos, o Relator lançará seu relatório e
encaminhará os autos ao Presidente do Tribunal, que, por sua vez,
designará a sessão de julgamento. A Secretaria então distribuirá cópias
do relatório entre os Desembargadores.
Para o julgamento é necessário o quórum mínimo de dois
terços dos Desembargadores do Órgão Especial, incluído o Presidente
(neste caso o Presidente participa da votação).

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Além disso, para que uma lei ou ato normativo do Poder
Público seja considerada inconstitucional, é necessário o voto da maioria
absoluta dos membros do Órgão Especial.

Somente pelo voto da maioria absoluta dos membros do


Órgão Especial poderá ser declarada a inconstitucionalidade de lei ou
ato normativo do Poder Público.

Art. 167. A Seção ou Turma Especializada remeterá o feito ao


julgamento do Órgão Especial, quando a maioria reconhecer a
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.

Quando a arguição é levantada num órgão fracionário, cabe


ao órgão decidir se remeterá a arguição ao Órgão Especial ou não.
Uma vez decidida a remessa do feito ao Órgão Especial, a o
conteúdo das notas taquigráficas e dos registros fonográficos será juntada
aos autos, não sendo necessária a lavratura de acórdão. Em seguida será
ouvido o Ministério Público no prazo de 15 dias, e o processo seguirá os
mesmos passos que já estudamos.
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2.! DAS AÇÕES CONSTITUCIONAIS

2.1.! Do habeas corpus

Art. 168 - Os habeas corpus serão processados e julgados:


I – pelo Órgão Especial, no caso do art. 12, XIII;
II – pelas Turmas, nos demais casos.

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Os habeas corpus são, em regra, julgados pelas Turmas,
exceto quando se referirem a procedimentos investigatórios e as ações
penais contra juízes e membros do Ministério Público da União, caso em
que são julgados pelo Órgão Especial.
Nós já falamos algumas vezes sobre ações de caráter urgente.
Pois bem, o habeas corpus é o “créme de la créme” da urgência! Ele é o
mais urgente de todos! Isso porque sua finalidade é proteger a liberdade
de locomoção das pessoas, um dos mais sagrados direitos conferidos a
todos pela Constituição.
No habeas corpus, a autoridade cujo ato está impugnado é
chamada de autoridade coatora (assim como no mandado de
segurança), enquanto aquele cuja liberdade está sendo discutida é
chamado de paciente.
Cabe ao Relator requisitar informações da autoridade
apontada como coatora, fixando prazo para tal.
Além disso, o Relator poderá também:
a) Nomear advogado para acompanhar e defender oralmente
o pedido, quando o impetrante do HC não for bacharel em Direito
(lembre-se que qualquer pessoa pode impetrar o HC!);
b) Ordenar diligências que considere necessárias à instrução
do HC;
c) Expedir salvo-conduto em favor do paciente. Trata-se de
uma decisão liminar no habeas corpus preventivo, em razão da qual o
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paciente permanecerá em liberdade até a decisão final.

O Relator levará o processo a julgamento na primeira sessão


seguinte, após ter sido ouvido o Ministério Público. Lembre-se também
de que não só a turma, mas qualquer órgão fracionário ou o Órgão
Especial poderão conceder o habeas corpus de ofício, ou seja, sem que
receba um pedido formal, sempre que se verificar em qualquer processo
que alguém sofre ou está na iminência de sofrer coação ilegal.

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Art. 173. A ordem de habeas corpus será imediatamente


comunicada à autoridade competente para cumpri-la, sem prejuízo da
remessa de cópia do acórdão.

Como o habeas corpus é urgente, não se deve esperar até


que o Tribunal redija uma decisão e a publique na imprensa oficial. Uma
vez concluído o julgamento, a decisão que concede o habeas corpus deve
ser comunicada imediatamente, e só depois o acórdão será enviado.
Em caso de desobediência à ordem de habeas corpus, ou de
retardamento abusivo, o Relator tomará as providências necessárias a
seu cumprimento imediato, com emprego dos meios legais cabíveis, e
determinará, se necessário, a apresentação do paciente a si ou a Juiz por
ele designado.

Art. 177. Quando o pedido for manifestamente incabível, ou for


manifesta a incompetência do Tribunal para dele tomar conhecimento
originariamente, ou for reiteração de outro com os mesmos fundamentos,
o Relator indeferi-lo-á liminarmente.

2.2.! Do Mandado de Segurança Individual ou Coletivo e do


Habeas Data

O mandado de segurança
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é uma ação (remédio


constitucional) por meio da qual se pode impugnar, em caráter
emergencial, atos ilegais praticados por autoridade pública. Na linguagem
jurídica, a autoridade impugnada por meio de mandado de segurança é
chamada de autoridade coatora.
O habeas data, por sua vez, é um remédio constitucional que
tem por objetivo permitir à pessoa o acesso a informações sobre si que
constem em bancos de dados e caráter público, ou promover a retificação
desses dados.

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Art. 179. A petição inicial do mandado de segurança será


apresentada em duplicata, devendo também a segunda via ser instruída
com cópia de todos os documentos.

O processo do mandado de segurança se inicia pela


apresentação de petição inicial, que deve ser apresentada em duas vias,
contendo a indicação precisa de quem é a autoridade coatora.
Além disso, a petição inicial deve vir acompanhada de outros
documentos que comprovem o direito alegado pelo impetrante, além do
ato ilícito praticado pela autoridade coatora.
Uma vez admitida a petição inicial, o Relator notificará a
autoridade apontada como coatora, por meio de ofício, acompanhado da
segunda via da petição e das cópias dos documentos, requisitando as
informações que entender necessárias.
O mandado de segurança e os respectivos recursos bem como
o habeas data terão prioridade sobre todos os feitos judiciais, salvo o
habeas corpus.
As normas de processamento referentes ao mandado de
segurança são aplicáveis também, quando possível, ao habeas data.

3.! DAS AÇÕES ORIGINÁRIAS

3.1.! Da Ação Penal Originária 77626613015

Art. 183. O Relator será o Juiz da instrução do processo, com as


atribuições que a lei processual confere aos Juízes singulares, inclusive as
de:
I - conceder ou denegar fiança, ou arbitrá-la;
II - decretar prisão temporária ou preventiva;
III - recusar produção de qualquer prova ou realização de qualquer
diligência.

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A ação penal é aquela que tem por objetivo promover a
punição da pessoa que cometeu crime. Chamamos de ação penal
originária aquela que é julgada diretamente pelo Tribunal, sem antes
passar por um Juiz Federal. É o caso das autoridades que têm
prerrogativa de foro, por exemplo.
Por essa razão, o Relator da ação penal fará o papel que na
primeira instância normalmente é exercido pelo Juiz Federal, relacionado
à condução da fase de instrução do processo.
Além das atribuições descritas no art. 183, o Relator é
competente ainda para:
a)! determinar o arquivamento do inquérito ou de peças de
informação, quando o requerer o Ministério Público ou
submeter o requerimento à decisão do Órgão Especial ou
da Seção Especializada; e
b)! decretar a extinção da punibilidade, nos casos previstos em
lei.

Art. 185. Estando o feito em ordem, o Relator pedirá dia para que o
Tribunal delibere sobre o recebimento ou a rejeição da denúncia ou da
queixa, ou sobre a improcedência da acusação, se a decisão não
depender de outras provas.

A petição inicial da ação penal pode ser uma denúncia


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(quando a ação é promovida pelo Ministério Público) ou uma queixa (nos


casos em que a lei determina que a ação deve ser movida pela própria
vítima do crime).
Na maior parte dos casos, a ação penal se origina de uma
investigação criminal, que é de competência da autoridade policial ou do
próprio Ministério Público. Essa investigação é conduzida por meio do
inquérito policial.
Ao encerrar o inquérito, a autoridade policial o encaminha ao
Tribunal, e o Relator então encaminha os autos ao Procurador Regional da

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República (membro do Ministério Público), que poderá, por sua vez,
oferecer a denúncia ou requerer o arquivamento.
A primeira decisão que será tomada pelo Tribunal, portanto,
será a de receber ou rejeitar a denúncia ou queixa. Neste julgamento será
facultada sustentação oral, pelo prazo de 15 minutos, primeiramente à
acusação, depois à defesa.

Art. 186. Recebida a denúncia ou a queixa, o Relator designará dia e


hora para a audiência, mandará citar o acusado ou querelado e intimar o
órgão do Ministério Público Federal, bem como o querelante ou o
assistente, se for o caso.

Uma vez recebida a denúncia ou queixa, a próxima fase é a


citação do acusado (como é chamado na ação penal pública) ou querelado
(nome que recebe na ação penal privada). A citação nada mais é do que o
chamamento para que ele se defenda no processo.
Além da citação do acusado, também deve haver a intimação
do Ministério Público, bem como o querelante (na ação penal privada) ou
o assistente da acusação (papel que pode ser desempenhado pela vítima,
no crime da ação pública).
A instrução do processo obedecerá, em geral, o procedimento
previsto no Código de Processo Penal, podendo o Relator delegar a
realização do interrogatório ou de outros atos ao Juiz do local onde esses
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atos devam ser praticados. Isso aparece em prova, hein!? ☺


Uma vez encerrada a instrução, o relator dará vista do
processo às partes, pelo prazo de 5 dias, para requererem o que
considerarem conveniente apresentar na sessão de julgamento. O relator
apreciará e decidirá esses requerimentos e, em seguida, lançará seu
relatório nos autos, encaminhando-os ao revisor, que pedirá dia para o
julgamento.
A ordem dos atos na sessão de julgamento é determinada
pelo art. 189.

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Art. 189. Na sessão de julgamento, observar-se-á o seguinte:


I - o Órgão Especial e a Seção Especializada reunir-se-ão com a
presença de pelo menos dois terços de seus membros;
II - aberta a sessão, apregoadas as partes e as testemunhas
arroladas e admitidas, proceder-se-á às demais diligências preliminares;
III - a seguir, o Relator apresentará minucioso relatório do feito,
resumindo as principais peças dos autos e a prova produzida;
IV - o Relator passará a inquirir as testemunhas cujos depoimentos
tenha deferido, podendo reperguntá-las os demais Desembargadores, o
Ministério Público Federal e os advogados das partes;
V - findas as inquirições e efetuadas as diligências que o Relator, o
Órgão Especial ou a Seção Especializada houver determinado, o
Presidente dará a palavra, sucessivamente, à acusação e à defesa, pelo
prazo de 1 (uma) hora, para sustentação oral, assegurado ao assistente
um quarto do tempo da acusação;
VI - encerrados os debates, o Órgão Especial ou a Seção
Especializada passará a proferir o julgamento;
VII - o julgamento poderá ser feito em mais de uma sessão, a
critério do Órgão Especial ou da Seção Especializada

3.2.! Da Ação Rescisória

A ação rescisória tem por objetivo desconstituir um julgado


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do Tribunal. Ela é cabível nos 2 anos seguintes ao trânsito em julgado da


decisão, e apenas para corrigir erros graves.

Art. 190. A ação rescisória terá início por petição escrita,


acompanhada de tantas cópias quantos forem os réus.

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Se a petição inicial da ação rescisória preencher os requisitos
legais, o Relator mandará citar o réu, chamando-o a apresentar sua
resposta.
Uma vez concluída a instrução do processo, as partes terão o
prazo de 10 dias cada para oferecer suas razões finais. Encerrado esse
prazo, os autos serão encaminhados ao Ministério Público Federal para
oferecimento de parecer.
Aí então o Relator poderá concluir seus trabalhos, e o
processo poderá ser incluído em pauta, abrindo-se prazo para a
manifestação do Revisor, que determinará a inclusão da ação em pauta.
Temos algumas peculiaridades em relação ao processamento
da ação rescisória, que são muito importantes para a sua prova. As
bancas gostam muito de se apegar a esses aspectos, ok?

A primeira é a possibilidade conferida pelo Regimento Interno


de o Relator da ação rescisória delegar competência a Juiz do Trabalho do
local onde deva ser produzida a prova. Essa autorização tem a finalidade
de facilitar a produção da prova, já que a ação rescisória é
necessariamente julgada pelo Tribunal, mas pode referir-se a fatos que
ocorreram fora de sua sede.

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Na ação rescisória, bem como na ação penal originária, o


Relator poderá delegar competência a juiz de primeiro grau do local onde
deva ser produzida a prova.

Uma outra regra que merece sua atenção é aquela trazida


pelo art. 195.

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Art. 195. Na distribuição da ação rescisória não concorrerá o


Desembargador que haja servido como Relator do acórdão ou decisão
monocrática rescindendos ou como prolator da sentença.

Basicamente a regra aqui é a seguinte: o Relator da ação


rescisória não pode ser o mesmo Desembargador que foi o Relator do
processo cuja decisão se busca rescindir.

3.3.! Da Revisão Criminal

Art. 196. A revisão criminal será processada e julgada:


I – pelo Órgão Especial, de suas decisões criminais.
II – pela Seção Especializada, de suas decisões e das Turmas
Especializadas;
III – pelas Turmas Especializadas das decisões criminais de 1º
grau.

A revisão criminal é equivalente à ação rescisória, mas


aplicada à esfera penal. Basicamente ela serve para provocar o Tribunal
para a reavaliação de uma decisão por meio da qual alguém foi
condenado a cumprir pena pela prática de crime.
Como você pode ver pela leitura do art. 196, a competência
para julgar a revisão criminal depende de qual foi o órgão julgador
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responsável pela decisão que está sendo reexaminada. Organizei a tabela


a seguir para ajuda-lo a relembrar.

COMPETÊNCIA PARA JULGAMENTO DA REVISÃO CRIMINAL


Quando a condenação criminal tiver sido feita
ÓRGÃO ESPECIAL
pelo próprio Órgão Especial.
Quando a condenação criminal tiver sido feita
SEÇÃO
pela própria Seção ou por uma Turma

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Quando a condenação criminal tiver sido feita por


TURMA
Juiz Federal.

Diferentemente da ação rescisória (que tem prazo


decadencial de 2 anos), a revisão criminal pode ser requerida a
qualquer tempo, mesmo que a pena já tenha sido integralmente
cumprida.
O início do processo se dá com a petição inicial, que deve ser
instruída com a certidão da decisão condenatória e os documentos que
comprovem os fatos narrados na petição.
A petição será dirigida ao Presidente do órgão julgador e
distribuída a um Relator, que não pode ter participado como Relator ou
Revisor no processo original, que resultou na decisão que poderá ser
revista.

A petição inicial da revisão criminal será dirigida ao


Presidente do Órgão Julgador e distribuída a um Relator, que deverá ser
um Desembargador que não tenha funcionado como Relator ou Revisor
em qualquer fase do processo. 77626613015

O Relator poderá indeferir liminarmente a petição inicial, se


ela não estiver suficientemente instruída. Da decisão do indeferimento
cabe agravo interno.
Se o Relator admitir a petição, mandará ouvir o Ministério
Público Federal, no prazo de 10 dias. Em seguida, o Relator, lançando
relatório nos autos, passá-los-á ao Revisor, que pedirá dia para
julgamento.

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4.! DOS PROCESSOS SOBRE COMPETÊNCIA

Art. 200. O conflito de competência e o conflito de jurisdição


remetidos ao Tribunal serão autuados, distribuídos e conclusos ao Relator,
que ordenará as medidas processuais cabíveis.

O conflito de competência e o conflito de jurisdição são


incidentes por meio do quais se resolve a situação na qual duas ou mais
autoridades se consideram competentes para julgar (conflito positivo) ou
na qual nenhuma autoridade se considera competente (conflito negativo).
Em termos de procedimento, não temos muitas regras
explícitas no Regimento: uma vez tomado o parecer do Ministério Público
Federal, no prazo de 10 dias, o Relator apresentará o feito em mesa para
julgamento. Uma vez proferida a decisão, será dada ciência imediata aos
Juízes envolvidos no conflito.

5.! DA COMPETÊNCIA RECURSAL E DE REEXAME NECESSÁRIO

5.1.! Da Distribuição de Competência Interna para Julgamento


de Recursos

Neste capítulo temos a descrição dos recursos cabíveis contra


as decisões do Tribunal. As informações estão reunidas na tabela a
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seguir.

ÓRGÃO DESTINATÁRIO RECURSOS


a) agravo interno de decisão do Presidente do
Tribunal e dos Relatores de processos de competência
PLENÁRIO E ÓRGÃO do Plenário e do Órgão Especial, nos casos previstos
ESPECIAL em lei e neste Regimento;
b) embargos de declaração opostos aos seus
acórdãos;

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c) embargos infringentes de seus acórdãos nas
ações rescisórias;
a) agravo interno de decisão do Presidente da Seção
e dos Relatores de processos de competência da
Seção, nos casos previstos em lei e neste Regimento;
b) embargos de declaração opostos a seus
SEÇÕES ESPECIALIZADAS
julgados;
c) embargos infringentes, em matéria cível, e
embargos infringentes e de nulidade, em matéria
penal, das decisões das Turmas;
a) agravo interno de decisão do Presidente da Turma
e dos Relatores de processos de competência da
TURMAS ESPECIALIZADAS Turma, nos casos previstos em lei e neste Regimento;
b) embargos de declaração opostos a seus
acórdãos.

Você deve estar achando muito complicado entender as


informações que constam na tabela, não é mesmo? Isso acontece porque
você ainda não sabe o que é cada um desses recursos. Minha sugestão é
que você volte a ler a tabela quando terminar a aula de hoje.

5.2.! Das Regras Gerais

Art. 202. Para a interposição de recursos, oferecimento de razões e


impugnações, cumprimento de atos ou termos processuais, os prazos
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correrão da data da intimação do ato através de publicação no órgão


oficial, se de outro modo não dispuser a lei.

Este dispositivo trata da maneira como serão contados os


prazos relacionados aos recursos. O início da contagem deve dar-se na
data da intimação.
Uma vez distribuído o recurso ou a remessa necessária, será
aberta vista ao Ministério Público Federal, se for o caso, pelo prazo de 30

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dias. Nos recursos criminais, o prazo máximo para o parecer será de 10
dias, no caso de réu solto, e de 5 dias, no caso de réu preso.
Uma vez devolvidos os autos, serão os mesmos conclusos ao
Relator, que, lançando o relatório nos autos, passá-los-á ao Revisor, se
for o caso, que pedirá dia para julgamento.

5.3.! Das Regras Especiais

Agora veremos as regras específicas acerca de cada um dos


tipos de recursos julgados pelo Tribunal.

5.3.1.! Da Remessa ex officio

Art. 207. Serão autuados sob o título remessa ex officio os


processos remetidos ao Tribunal em cumprimento da exigência do duplo
grau de jurisdição, na forma da lei processual, e neles serão indicados o
Juízo remetente e as partes interessadas.

A remessa de ofício, também conhecida como duplo grau


de jurisdição obrigatório, reexame necessário ou remessa
necessária ocorre quando, mesmo que não haja recurso, o juiz de
primeiro grau precisa submeter sua decisão ao reexame por parte do
Tribunal. 77626613015

Isso ocorre nos casos de decisão proferida contra a União, o


Estado, o Distrito Federal, o Município, e as respectivas autarquias e
fundações de direito público, ou quando a decisão julgar procedentes, no
todo ou em parte, os embargos à execução de dívida ativa da Fazenda
Pública.
A remessa necessária não é um recurso, mas pode ser que,
além dela, haja também apelação. Nesses casos o processo deve ser
autuado como uma apelação cível/reexame necessário.

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5.3.2.! Do Agravo de Instrumento

O agravo de instrumento é adequado para impugnar


decisões interlocutórias quando houver urgência. Por essa razão ele
passará a compor autos apartados, que formam o chamado
instrumento. Como o processo continua seu curso no primeiro grau, o
instrumento sobe ao Tribunal para que o agravo seja julgado.
Caso haja, no agravo de instrumento, pedido de tutela de
urgência, tão logo distribuídos, irão os autos conclusos ao Relator.

5.3.3.! Dos Embargos Infringentes (matéria cível) e dos


Embargos Infringentes e de Nulidade (matéria penal)

Os embargos infringentes servem para impugnar certas


decisões proferidas pelo Tribunal, quando não houver unanimidade e a
decisão houver reformado uma sentença de primeiro grau, exceto se for
mandado de segurança ou remessa necessária em mandado de
segurança.
Uma vez interpostos os embargos, o relator do acórdão
embargado fará o juízo de admissibilidade do recurso, e, se não admiti-lo,
caberá agravo interno, em 5 dias, para o Órgão Especial ou a Seção a que
competiria julgá-los.
Admitidos os embargos, será feito o sorteio do Relator. A
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Secretaria então dará vista dos autos ao Ministério Público, pelo prazo de
10 dias. Devolvido o processo, o Relator lançará relatório e encaminhará
os autos ao Revisor, se for o caso, que pedirá dia para o julgamento.
A última informação importante a respeito desse recurso é
que ele não se sujeita a preparo. Isso significa dizer que, para interpor os
embargos infringentes, a parte interessada não precisará recolher valores
monetários.

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Os embargos infringentes não estão sujeitos a preparo.

5.3.4.! Da Carta Testemunhável

A carta testemunhável é um recurso residual, utilizado para


que um outro recurso já interposto seja devidamente encaminhado para a
instância superior.
O Regimento Interno na realidade quase não traz regras
acerca da carta testemunhável, dizendo apenas que! na sua distribuição,
processo e julgamento será observado o procedimento estabelecido para
o recurso denegado.

5.3.5.! Do Recurso Ordinário de habeas corpus

Art. 218. O prazo do recurso ordinário de habeas corpus para o


Superior Tribunal de Justiça é de 5 (cinco) dias, e será interposto nos
próprios autos em que se houver proferido a decisão recorrida, com as
razões do pedido de reforma.
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Este recurso, dirigido ao STJ, é cabível quando o TRF nega


habeas corpus em única ou última instância.
O recurso é interposto nos próprios autos do habeas corpus,
no prazo de 5 dias. Os autos então devem ser remetidos ao Vice-
Presidente do Tribunal, para que decida a respeito do recebimento do
recurso. Quando o Vice-Presidente ordenar a remessa do recurso ao STJ,
ele deverá seguir em no máximo 48h.

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5.3.6.! Dos Embargos de Declaração

Art. 221. Aos acórdãos poderão ser opostos embargos de


declaração, por petição dirigida ao Relator, observados os prazos e
requisitos legais.

Os embargos de declaração são dirigidos ao próprio órgão


que proferiu a decisão, e têm a finalidade de sanar obscuridade, dúvida
ou contradição. Por essa razão, o art. 211 menciona que a petição deve
ser dirigida ao Relator. Se ele estiver ausente, a petição deve ser dirigida
ao seu substituto.
O Relator deve apresentar os embargos para julgamento em
mesa, ou seja, independentemente de inclusão em pauta, na primeira
sessão seguinte à data da sua oposição.

5.4.! Do Agravo Interno

Art. 223. A parte que se considerar agravada por decisão do


Presidente do Tribunal, do Plenário e do Órgão Especial, de Seção
Especializada ou de Turma, ou por decisão monocrática de Relator,
poderá requerer, dentro de 5 (cinco) dias, a apresentação do feito em
mesa, para que o Plenário, o Órgão Especial, a Seção ou a Turma,
conforme o caso, sobre ela se pronuncie, confirmando-a ou reformando-a.
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Explicando de forma bem simples, agravo interno serve para


impugnar uma decisão proferida por apenas um Desembargador. Esse
único Desembargador, dependendo do tipo de processo, pode ser o
Presidente do Tribunal, o presidente do órgão fracionário ou o relator do
feito.
Se o relator, por exemplo, indefere a produção de uma prova
ou a intervenção de um terceiro no processo, essa decisão poderá ser

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impugnada por meio do agravo interno, e levada ao órgão colegiado
competente para a decisão principal.
O Regimento Interno determina que não cabe agravo
interno contra as seguintes decisões:
a)! Decisão que defere ou indefere medida liminar em
mandado de segurança;
b)! Decisão que inadmite recursos extraordinário, especial,
ordinário em habeas corpus e ordinário em mandado de
segurança;
c)! Decisão que converte o agravo de instrumento em agravo
retido;
d)! Decisão que atribui ou nega efeito suspensivo ao agravo de
instrumento;
e)! Decisão que defere em antecipação de tutela, total ou
parcialmente, a pretensão recursal contida em agravo de
instrumento.

Não cabe agravo interno contra as seguintes decisões:


a) Decisão que defere ou indefere medida liminar em
77626613015

mandado de segurança;
b) Decisão que inadmite recursos extraordinário, especial,
ordinário em habeas corpus e ordinário em mandado de segurança;
c) Decisão que converte o agravo de instrumento em agravo
retido;
d) Decisão que atribui ou nega efeito suspensivo ao agravo de
instrumento;
e) Decisão que defere em antecipação de tutela, total ou
parcialmente, a pretensão recursal contida em agravo de instrumento.

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Quanto ao procedimento, o agravo interno deve ser
submetido primeiramente ao Desembargador que proferiu a decisão
impugnada. Ele poderá reconsiderar a decisão ou submetê-la ao
julgamento do órgão colegiado (Plenário, Órgão Especial, Seção ou
Turma), computando-se também seu voto.
Caso seja mantida a decisão agravada, o acórdão será lavrado
pelo Relator do recurso e, no caso de reforma, pelo magistrado que, por
primeiro, houver votado pelo provimento do agravo.

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6.! RESUMO DO CONCURSEIRO

Somente pelo voto da maioria absoluta dos membros do


Órgão Especial poderá ser declarada a inconstitucionalidade de lei ou
ato normativo do Poder Público.
!
Na ação rescisória, bem como na ação penal originária, o
Relator poderá delegar competência a juiz de primeiro grau do local onde
deva ser produzida a prova.
!
COMPETÊNCIA PARA JULGAMENTO DA REVISÃO CRIMINAL
Quando a condenação criminal tiver sido feita
ÓRGÃO ESPECIAL
pelo próprio Órgão Especial.
Quando a condenação criminal tiver sido feita
SEÇÃO
pela própria Seção ou por uma Turma
Quando a condenação criminal tiver sido feita por
TURMA
Juiz Federal.
!
A petição inicial da revisão criminal será dirigida ao
Presidente do Órgão Julgador e distribuída a um Relator, que deverá ser
um Desembargador que não tenha funcionado como Relator ou Revisor
em qualquer fase do processo.
!
ÓRGÃO DESTINATÁRIO 77626613015
RECURSOS
a) agravo interno de decisão do Presidente do
Tribunal e dos Relatores de processos de competência
do Plenário e do Órgão Especial, nos casos previstos
PLENÁRIO E ÓRGÃO em lei e neste Regimento;
ESPECIAL b) embargos de declaração opostos aos seus
acórdãos;
c) embargos infringentes de seus acórdãos nas
ações rescisórias;
a) agravo interno de decisão do Presidente da Seção
SEÇÕES ESPECIALIZADAS
e dos Relatores de processos de competência da

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Seção, nos casos previstos em lei e neste Regimento;
b) embargos de declaração opostos a seus
julgados;
c) embargos infringentes, em matéria cível, e
embargos infringentes e de nulidade, em matéria
penal, das decisões das Turmas;
a) agravo interno de decisão do Presidente da Turma
e dos Relatores de processos de competência da
TURMAS ESPECIALIZADAS Turma, nos casos previstos em lei e neste Regimento;
b) embargos de declaração opostos a seus
acórdãos.
!
Os embargos infringentes não estão sujeitos a preparo.
!
Não cabe agravo interno contra as seguintes decisões:
a) Decisão que defere ou indefere medida liminar em
mandado de segurança;
b) Decisão que inadmite recursos extraordinário, especial,
ordinário em habeas corpus e ordinário em mandado de segurança;
c) Decisão que converte o agravo de instrumento em agravo
retido;
d) Decisão que atribui ou nega efeito suspensivo ao agravo de
instrumento;
e) Decisão que defere em antecipação de tutela, total ou
parcialmente, a pretensão recursal contida em agravo de instrumento.
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!
!
Aqui encerramos o conteúdo teórico da aula de hoje. A seguir
estão questões de concursos anteriores que tratam dos assuntos que
estudamos hoje. Ao final, incluí a lista das questões sem os comentários.

Grande abraço!

Paulo Guimarães
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7.! QUESTÕES COMENTADAS

1. TRF 1a Região – Analista Judiciário – 2011 – FCC (adaptada). Na


sessão de julgamento da ação penal originária, observar-se-á, dentre
outros preceitos, que

a) o relator apresentará o respectivo relatório, expondo de forma


completa as principais peças dos autos e a prova produzida.
b) o Órgão Especial ou a Seção Especializada reunir-se-á com a presença
de, pelo menos, metade de seus membros.
c) o Relator inquirirá as testemunhas cujos depoimentos tenha deferido,
podendo reperguntá-las os demais Desembargadores, o Ministério Público
Federal e os advogados das partes.
d) a acusação e a defesa terão prazo de trinta minutos para a sustentação
oral, assegurado ao assistente o prazo de quinze minutos.

COMENTÁRIOS: Nesta questão todas as alternativas se referem aos


detalhes acerca do julgamento da ação penal originária, trazidos pelo art.
189. A alternativa A está incorreta porque o relator deve apresentar seu
relatório, resumindo as principais peças dos autos e a prova produzida. A
alternativa B está incorreta porque é necessária a presença de dois terços
dos membros do órgão julgador na ação penal originária. A alternativa D
está incorreta porque o prazo conferido pelo Regimento para sustentação
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oral é de 1h para a acusação, 1h para a defesa, e 15min para o


assistente.

GABARITO: C

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2. TRF 1a Região – Analista Judiciário – 2001 – FCC (adaptada). Na
ação rescisória o relator poderá delegar competência a juiz de primeiro
grau para a prática de atos processuais, expedindo, para tanto, carta
precatória.

COMENTÁRIOS: Segundo o art. 193, O Relator poderá delegar


competência a juiz de primeiro grau do local onde deva ser produzida a
prova, fixando prazo para devolução dos autos. Não é necessária,
portanto, a expedição de carta precatória.

GABARITO: E

3. TRE-RJ – Analista Judiciário – 2012 – Cespe. Para serem


julgados, os habeas corpus não precisam entrar na pauta das sessões.

COMENTÁRIOS: De acordo com o art. 170, instruído o processo e


ouvido o Ministério Público Federal, o Relator colocá-lo-á em mesa para
julgamento na primeira sessão que se seguir. Não há, portanto, a
necessidade de inclusão em pauta.

GABARITO: C

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4. TRE-GO – Técnico Judiciário – 2015 – Cespe (adaptada). A pauta


de julgamento do TRF da 2a Região de certo dia foi publicada no Diário
Oficial Eletrônico regularmente e com a devida antecedência. No
entanto, horas antes do início do julgamento dos processos pautados,
um candidato a cargo eletivo impetrou um habeas corpus ao tribunal.
Nessa situação, o habeas corpus poderá ser julgado ainda que não
tenha havido publicação que o inserisse na pauta do dia.

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COMENTÁRIOS: Mais uma vez a banca cobra conhecimento sobre a
possibilidade de julgamento do habeas corpus mesmo sem inclusão na
pauta. Corretíssimo!

GABARITO: C

5. (inédita). No TRF da 2a Região a competência para julgamento de


habeas corpus é sempre do Órgão Especial.

COMENTÁRIOS: Segundo o art. 168, os habeas corpus serão


processados e julgados, em regra, pelas turmas, havendo apenas uma
possibilidade de julgamento pelo Órgão Especial: quando se referirem a
procedimentos investigatórios e as ações penais contra juízes e membros
do Ministério Público da União.

GABARITO: E

6. STJ – Analista Judiciário – 2012 – Cespe (adaptada). O


Ministério Público está impedido de se manifestar acerca de ações
rescisórias.

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COMENTÁRIOS: O art. 194 prevê expressamente a necessidade de


parecer do Ministério Público Federa nas ações rescisórias.

GABARITO: E

7. TJDFT – Analista Judiciário – 2003 – Cespe (adaptada). No


processamento da ação penal originária, os atos instrutórios podem ser
delegados pelo relator a juiz de primeiro grau.

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COMENTÁRIOS: Opa! Cuidado hein!? O art. 187 do Regimento Interno
autoriza a delegação da realização do interrogatório ou de outro ato da
instrução a juiz com competência territorial no local de cumprimento da
carta de ordem. Como o Regimento menciona o interrogatório ou outro
ato, somos forçados a marcar a assertiva como correta, mas fique
atento a esses detalhes! ☺

GABARITO: C

8. (inédita). O processamento e julgamento das revisões criminais de


decisões proferidas no primeiro grau de jurisdição compete às Turmas do
Tribunal.

COMENTÁRIOS: É isso mesmo! O Órgão Especial julga as revisões


criminais que se refiram a suas próprias decisões, as Seções julgam
aquelas referentes às suas próprias decisões e às das Turmas, e as
Turmas julgam as referentes a decisões de 1o grau.

GABARITO: C

9. TRF 1a Região – Analista Judiciário – 2006 – FCC (adaptada).


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Serão autuados sob o título remessa ex officio os processos que sobem ao


Tribunal em cumprimento da exigência do duplo grau de jurisdição, na
forma da lei processual.

COMENTÁRIOS: Esses são notadamente os casos em que a Fazenda


Pública é condenada que justificam a remessa necessária, também
chamada de remessa de ofício ou reexame necessário, nos termos do art.
207.

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GABARITO: C

10. TRF 1a Região – Analista Judiciário – 2006 – FCC (adaptada). O


recurso ordinário das decisões denegatórias de mandado de habeas
corpus em única instância pelo TRF da 2a Região será dirigido ao
Superior Tribunal de Justiça.

COMENTÁRIOS: Isso mesmo! O prazo do recurso ordinário de habeas


corpus para o Superior Tribunal de Justiça é de 5 dias, e será interposto
nos próprios autos em que se houver proferido a decisão recorrida, com
as razões do pedido de reforma.

GABARITO: C

11. TRF 1a Região – Analista Judiciário – 2006 – FCC (adaptada).


Da decisão que confere ou nega efeito suspensivo em agravo de
instrumento não cabe agravo interno.

COMENTÁRIOS: Ao receber um agravo de instrumento, o relator poderá,


entre outras medidas, conferir a ele efeito suspensivo. Essa decisão,
porém, não pode ser objeto de recurso. Imagine a complicação que seria
77626613015

admitir o recurso de uma decisão de admissibilidade de um recurso contra


uma decisão que nem sequer é definitiva no processo... complicado, não
é mesmo? rs! Por isso essa hipótese está entre aquelas que não admitem
agravo interno.

GABARITO: C

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12. (inédita). Se, por ocasião do julgamento de qualquer feito no Órgão
Especial, for arguida a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do
poder público, o julgamento será suspenso e o feito será remetido ao
Plenário para que julgue a arguição de inconstitucionalidade.

COMENTÁIROS: Caso a arguição de inconstitucionalidade se dê em


julgamento conduzido pelo Órgão Especial, o julgamento será suspenso
para que seja colhido o parecer do Ministério Público Federal, mas o
julgamento da arguição é competência do próprio Órgão Especial, e não
do Plenário.

GABARITO: E

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8.! QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS

1. TRF 1a Região – Analista Judiciário – 2011 – FCC (adaptada). Na


sessão de julgamento da ação penal originária, observar-se-á, dentre
outros preceitos, que

a) o relator apresentará o respectivo relatório, expondo de forma


completa as principais peças dos autos e a prova produzida.
b) o Órgão Especial ou a Seção Especializada reunir-se-á com a presença
de, pelo menos, metade de seus membros.
c) o Relator inquirirá as testemunhas cujos depoimentos tenha deferido,
podendo reperguntá-las os demais Desembargadores, o Ministério Público
Federal e os advogados das partes.
d) a acusação e a defesa terão prazo de trinta minutos para a sustentação
oral, assegurado ao assistente o prazo de quinze minutos.

2. TRF 1a Região – Analista Judiciário – 2001 – FCC (adaptada). Na


ação rescisória o relator poderá delegar competência a juiz de primeiro
grau para a prática de atos processuais, expedindo, para tanto, carta
precatória.

3. TRE-RJ – Analista Judiciário – 2012 – Cespe. Para serem


julgados, os habeas corpus não precisam entrar na pauta das sessões.
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4. TRE-GO – Técnico Judiciário – 2015 – Cespe (adaptada). A pauta


de julgamento do TRF da 2a Região de certo dia foi publicada no Diário
Oficial Eletrônico regularmente e com a devida antecedência. No
entanto, horas antes do início do julgamento dos processos pautados,
um candidato a cargo eletivo impetrou um habeas corpus ao tribunal.
Nessa situação, o habeas corpus poderá ser julgado ainda que não
tenha havido publicação que o inserisse na pauta do dia.

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5. (inédita). No TRF da 2a Região a competência para julgamento de
habeas corpus é sempre do Órgão Especial.

6. STJ – Analista Judiciário – 2012 – Cespe (adaptada). O


Ministério Público está impedido de se manifestar acerca de ações
rescisórias.

7. TJDFT – Analista Judiciário – 2003 – Cespe (adaptada). No


processamento da ação penal originária, os atos instrutórios podem ser
delegados pelo relator a juiz de primeiro grau.

8. (inédita). O processamento e julgamento das revisões criminais de


decisões proferidas no primeiro grau de jurisdição compete às Turmas do
Tribunal.

9. TRF 1a Região – Analista Judiciário – 2006 – FCC (adaptada).


Serão autuados sob o título remessa ex officio os processos que sobem ao
Tribunal em cumprimento da exigência do duplo grau de jurisdição, na
forma da lei processual.

10. TRF 1a Região – Analista Judiciário – 2006 – FCC (adaptada). O


recurso ordinário das decisões denegatórias de mandado de habeas
corpus em única instância pelo TRF da 2a Região será dirigido ao
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Superior Tribunal de Justiça.

11. TRF 1a Região – Analista Judiciário – 2006 – FCC (adaptada).


Da decisão que confere ou nega efeito suspensivo em agravo de
instrumento não cabe agravo interno.

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12. (inédita). Se, por ocasião do julgamento de qualquer feito no Órgão
Especial, for arguida a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do
poder público, o julgamento será suspenso e o feito será remetido ao
Plenário para que julgue a arguição de inconstitucionalidade.

GABARITO
1. C
2. E
3. C
4. C
5. E
6. E
7. C
8. C
9. C
10. C
11. C
77626613015

12. E

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