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Planos de um diagrama de

Polarização de uma antena


irradiação
O diagrama de irradiação de uma antena, para ser melhor
visualizado, é normalmente representado pela distribuição de energia
nos planos elétrico e magnético, ditos Plano E e Plano H.

• E, em física, é o símbolo da intensidade de campo elétrico


• H, em física, e o símbolo da intensidade de campo magnético

Diagrama de Irradiação Diagrama de Irradiação de Uma Antena

Diagrama de irradiação é representação gráfica da forma como energia Š Os resultados obtidos são geralmente normalizados. Ao máximo sinal recebido é
eletromagnética se distribui no espaço. dado o valor de 0 dB, facilitando a interpretação dos lóbulos secundários e relação
frente-costas.

O diagrama pode ser obtido 120 60

tanto pelo deslocamento de Diagrama de


uma antena de prova em irradiação, a curva
torno da antena que se está em azul representa
medindo, como pela rotação energia irradiada
desta em torno do seu eixo, 180 -30 0
em cada direção
enviando os sinais recebidos -20 em torno da
a um receptor capaz de antena.
discriminar com precisão a -10

freqüência e a potência
240 300
recebidas 0

Formas de Visualização dos Formas de Visualização dos


diagramas de Radiação diagramas de Radiação
Š diagrama de irradiação na forma tridimensional Š diagrama de irradiação na forma polar
90
Permite-nos visualizar a distribuição espacial de toda a potência envolvida. 120 60

Fáceis de interpretar,
os lóbulos são identificados 150 30
pelo ângulo e amplitude. O
lóbulo principal define os
ângulos de ½ potência e o
180 -40 0
máximo ganho. A análise
correta da antena
necessita-o em dois planos,
vertical e horizontal ou 210
-20
330
Plano E e Plano H.

240 300
0
270

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Formas de Visualização dos Ângulos de meia potência (-3dB)
diagramas de Radiação
Os ângulos de meia potência são definidos pelos pontos no diagrama onde a
Š diagrama de irradiação na forma retangular potência irradiada equivale à metade da irradiada na direção principal.

0 Estes ângulos definem a 120 60


- 3 dB
-10 abertura da antena no
Š Usual nas antenas plano horizontal e no
de alto ganho, onde -20
plano vertical.
Ganho Normalisado

a pequena abertura -30


do lóbulo principal
compromete a -40
-3 dB = 50% Potência 180 0
interpretação do
diagrama de -50
-12
irradiação polar. -60
No exemplo ao lado
temos:
-70 -6
Ângulo de –3dB = 55°
-180 -120 -60 0 60 120 180

ângulo 240 300 - 3 dB


0

Diretividade de uma antena Ganho


Š É a relação entre o campo irradiado pela antena na direção de máxima Š O ganho pode ser entendido como o resultado da diretividade menos as perdas.
irradiação e o campo que seria gerado por uma antena isotrópica que
recebesse a mesma potência.
Matematicamente, é o resultado do produto da eficiência pela diretividade .

G = η.D
Š A diretividade de uma antena define sua capacidade de G = Ganho
concentrar a energia irradiada numa determinada direção. D = Diretividade
η = Eficiência
Emáx: Energia da antena em
E
D = máx estudo. A eficiência de uma antena, diz respeito ao seu projeto eletromagnético como um
todo, ou seja, são todas perdas envolvidas (descasamento de impedância, perdas em
EISO EISO: Energia da antena dielétricos, lóbulos secundários...). Normalmente está na faixa de 90% a 95%.
isotrópica.

Largura de banda (BW) dBd versus dBi

Š Largura de banda é o intervalo de freqüência a qual a antena deve funcionar Š O radiador isotrópico é um modelo idealizado, seu diagrama de irradiação é uma
satisfatoriamente, dentro das normas técnicas vigentes a sua aplicação. esfera com densidade de potência uniforme.
Š Um dipolo de meia onda em espaço livre apresenta um ganho de 2.15 dBi, ou
seja, possui uma capacidade de concentrar 2.15 dB a mais na sua direção de
BW máxima irradiação quando comparado à antena isotrópica.
G Š Ao referenciar-se o ganho de uma antena temos:

Š Ao radiador isotrópico usa-se a unidade dBi.


f Š Ao dipolo de meia onda, usa-se a unidade dBd.

f1 f2
dBi = dBd + 2,15
Espera-se que uma antena possua todas as características especificadas pelo Ganho (dipolo λ/2) = 0 dBd
fabricante, iguais ao longo de sua banda de operação, ganho, impedância, VSWR, Ganho (dipolo λ/2) = 2.15 dBi
RFC, Nível de lóbulos secundários, etc.

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Antenas - Diagramas de irradiação Antenas - Diagramas de irradiação
típicos algumas estruturas usuais Dipolo de Meia onda

Tipo de Antena Diagrama Diagrama Diagrama Tipo de Antena Diagrama Diagrama Diagrama
Tridimensional Vertical ou de Horizontal ou de Tridimensional Vertical ou de Horizontal ou de
Elevação Azimute Elevação Azimute

Irradiador G = 0 dBi Plano Elétrico Plano Magnético Dipolo de Meia G = 2,15 dBi Plano Elétrico Plano Magnético
Isotrópico G = - 2,15 dBd Onda G = 0 dBd

Cálculo da potência
Omnidirecional de 6 dipolos
efetivamente irradiada (ERP)
Tipo de Antena Diagrama Diagrama Diagrama
Tridimensional Vertical ou de
Elevação
Horizontal ou de
Azimute ERP = PT (dB) + GT (dB ) − p(dB)
A Potência ERP é a potência realmente irradiada pela antena.

• PT(dB): Potência em dB do transmissor


• GT(dB): Ganho em dBi da antena

Omnidirecional G = 9,5 dBi Plano Elétrico Plano Magnético • P(dB): perda por atenuação do cabo coaxial
de seis dipolos G = 7,35 dBd

Tipos de Antenas Yagis

Š Yagi Š Yagis
Número de Ganhos Médios
Š Conceito: Antena direcional composta de
elementos
Š Painel Setorial um refletor (simples ou grade) um dipolo
(simples ou dobrado) e vários diretores. 3 elementos 6 – 8 dBi
Š Omnidirecional Š Pode ser instalada na pol. vertical ou
horizontal. 7 elementos 9,5 – 12 dBi
Š As yagis de freqüências acima de 1.5GHz 11 elementos 13 – 15 dBi
Š Parábolas necessitam o uso de radome, para proteção
25 elementos ou 15,5 – 17,2 dBi
da água da chuva.
Š Antenas Patch Š São utilizadas geralmente em sistemas
ponto a ponto, porém as yagis de três
mais

Š Log – Periódicas elementos possuem um ângulo de abertura


de até 120 graus, possibilitando seu uso em
sistemas ponto - multiponto.
Š Helicoidal

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Yagi de 5 Elementos e Grade
Painéis Setoriais
Refletora
Š Definição: Antena composta um conjunto de dipolos
alimentados em fase, e uma chapa refletora.
Tipo de Antena Diagrama Diagrama Diagrama
Tridimensional Vertical ou de Horizontal ou de
Elevação Azimute
Š Utilização: para enlaces ponto – multiponto, onde o ângulo de
abertura da antena, atende a uma determinada região
.
Š O ganho e o ângulo de abertura de um painel depende do
número de dipolos, das dimensões da chapa refletora, da
distância entre os dipolos e sua eficiência na alimentação dos
dipolos, que muitas vezes, torna-se bastante complexa.

Š Podem ser construídos com dipolos na pol. vertical, horizontal,


Yagi de 5 G = 8 dBi Plano Magnético Plano Elétrico ou 45 graus.
elementos G = 5,85 dBd

Painel Setorial de 4 dipolos na


Parábolas
vertical
Tipo de Antena Diagrama Diagrama Diagrama
Tridimensional Vertical ou de Horizontal ou de Š Consiste em uma antena (alimentador) que ilumina um refletor parabólico que reirradia
Elevação Azimute essa energia na direção de máximo ganho.
Š Seu ganho é elevado, logo apresenta pequeno ângulo de abertura.
Š São utilizados para enlaces de grandes distâncias.
Š Sua polarização em geral é linear e o ajuste é obtido através do giro de 90 graus do
alimentador e do refletor. Nas parabólicas sólidas, gira-se apenas o alimentador.
0

-10

-20

-30

-40

-50

-60

Painel Setorial G = 12,5 dBi Plano Magnético Plano Elétrico


Polarização G = 10,35 dBd
-70
-180 -150 -120 -90 -60 -30 0 30 60 90 120 150 180

Vertical

Relação de ganho para uma


Parábolas
refletor parabólico
Š As antenas parabólicas podem ter refletores do tipo sólido ou vazado. Quanto a
Š Ganho teórico  (4.π . A) 
sua posição de alimentação, pode ser do tipo focal point ou off-set.
máximo para um G ( dB ) = 10 * log 
 λ 
Š Existem vários tipos de alimentação, mas o fundamental é que o diagrama de 2
refletor parabólico:
irradiação do alimentador coincida com as bordas do refletor.

 (4.π . A) 
Focal Point Off - Set

• Ganho real: G ( dB ) = 10 * log *η 


 λ
2
Refletor
Refletor
Parabólico

Parabólico
G = Ganho em dBi
Alimentador A = Área do refletor em m2
Alimentador Ponto Focal
Ponto Focal Fora de Centro λ= Comp. Onda em metros
η = Rendimento

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Log - Periódicas Omnidirecionais
Š Conceito: Antena utilizada em serviços onde necessitam uma grande largura de banda Š Antena que irradia uniformemente no
(BW). Consiste em vários dipolos de tamanhos e distâncias diferentes, onde no final, o plano de azimute.
conjunto ressona em uma largura de banda maior.
Š Possuem um ganho inferior às yagis, quando comparadas pelo tamanho. Š Consiste em vários dipolos
Š São utilizadas em enlaces ponto a ponto. empilhados e alimentados em fase.
Š Seus diagramas de radiação são similares às yagis . Š O ganho é obtido com relação ao
Š Podem ser instaladas na polarização vertical ou horizontal. número de dipolos e a distância entre
eles.
Número de Ganho
dipolos médio
1 2,15 dBi
2 5,15 dBi
4 8,15 dBi
8 11,15 dBi
16 14,15 dBi

Comparação entre os Diagramas Influência da Torre ou Mastro


de duas Omnidirecionais na Instalação de uma Omni
Š Diagrama de Irradiação no Plano Vertical (E)
Š O diagrama de irradiação das antenas omnidirecionais é bastante prejudicado
pela reflexão causada pelos elementos da torre ou mastro.
Omni 8 dBi Omni 15 dBi Š Para minimizar este efeito, efetua-se a instalação distante da torre em 10λ .
90 90
120 60 120 60

Simulação
150 30 150 30

180 -30 0 180 -30 0

-20 -20

210 330 210 330


-10 -10

240 300 240 300


0 0
270 270

Patch Antenas Antena Helicoidal


Š As antenas patch são confeccionadas em placas de circuito impresso.
Š Sua principal aplicação é para ambientes indoor, porém pode-se também ser usada Š Estas antenas utilizam a polarização circular
ambientes outdoor. Contudo, proteções extras contra intempéries devem ser aplicadas, pois Š São bastante comuns em utilização na comunicação via
são muito mais sensíveis à umidade. satélite, pois não precisam ajuste de polarização.
Š Possui baixo custo de montagem, pois sua estrutura resume-se em uma placa, um conector, Š Muito utilizada em GPS no controle de navegação,
um refletor e o radome.
pois apresentam uma abertura compatível com o
Š Possui baixa eficiência de irradiação, pouca largura de banda e geralmente possuem ângulo do sinal incidente dos satélites.
ângulos de abertura pequenos.

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Dimensionamento de um Comportamento da Potência ao
Enlace Ponto a Ponto longo do percurso
Š A partir do nível mínimo de sinal exigido pelo receptor faz-se o somatório das demais
variáveis, corrigindo-as sempre que for necessário. Š Indicação gráfica da variação do nível de potência ao
longo do percurso da OEM.
Equação Geral
Potência
(dB)

Rx = Tx − Pt + Gt − Ao + Gr − Pr TX Pt
Gt

Ao
d = distância em metros

ŠTX - Potência de saída do rádio (dBm)


Gt Gr Gr
ŠPt - Perda por atenuação no cabo coaxial (dB) Pr
Ao RX
ŠGt - Ganho da antena do transmissor (dBi)
ŠGr - Ganho da antena do receptor (dBi)
Pt Pr
ŠPr - Perda por atenuação no cabo coaxial (dB)
ŠRX - Sensibilidade do receptor (dBm)
TX RX
ŠAo - Atenuação por espaço livre (dB)
Percurso da Onda Eletromagnética
Transmissor Receptor

Elevação Terrestre e
Atenuação de Espaço Livre
Radiovisibilidade
Š Uma OEM propagado-se no espaço sofre uma atenuação contínua. Ao nos Š Uma portadora pode tomar vários caminhos entre as antenas que
afastarmos da fonte a mesma quantidade de energia é distribuída em uma área
maior, diminuindo a densidade de potência na região.
compõe um rádio-enlace.
Š A atenuação de espaço livre pode ser calculada pela expressão abaixo:

 4.π .D 
Ao(dB ) = 20. log  Dependendo das

A2
 λ  A B
características do meio, a
OEM pode sofre desvios
A1 de percurso.
Sentido de
Propagação
α
C
X • A – Sinal Refratado
ŠD – Distância da fonte (m) • B – Sinal Refletido
d1 Šλ - Comprimento de onda (m) • C – Sinal Difratado
ŠAo: Atenuação em espaço livre (dB)
d2

Difração das ondas eletromagnéticas Refração atmosférica das


devido a obstáculos ondas eletromagnéticas
Š Quando uma onda eletromagnética é limitada em seu avanço por Š No cálculo de enlaces de microondas a trajetória da OEM sofre um encurvamento
em direção ao solo, pela passagem através de um meio com índice de refração
um objeto opaco que deixa passar apenas uma fração das
variável com a altitude. Esta mudança de trajetória denomina-se refração da OEM.
frentes de onda, estas sofrem uma deflexão denominada
difração.
Antena Onda
Direta Trajetória da Onda
Transmissora

Camadas da
On
da
Dif Antena
rata
d a Receptora
Troposfera
Zona de
sombra

Obstáculo

Uma nova onda é composta pelos radiadores, com características de frentes de onda A trajetória é desviada de forma que a onda percorra o traçado de uma arco descendente.
diferentes da onda original.

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Cálculo do raio de Fresnel

Š O raio da seção reta circular da primeira zona de Fresnel em um ponto


definido pelas distâncias D1 e D2 a partir das antenas na trajetória da
visada do rádio enlace pode ser calculado como se segue:
D1 .D2
Ponto Ponto rm = 547
A Rm Ponto C B f .d

rm = raio de Fresnel (m)


D1 D2
D1 = Distância AC (km)
d
D2 = Distância BC (km)
d = Distância do Enlace (km)
f = Freqüência em MHz
Aplicação:
• Verificar as obstruções da primeira zona e as perdas causadas pelas mesmas.
• Se o elipsóide de Fresnel estiver livre de obstruções Î propagação no espaço livre.

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