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Antenas

Sónia Semedo
2017/2018
Sumário
• Parâmetros fundamentais de antenas
• Diagrama da radiação
• Potência radiada
Diagrama da Radiação
• Representação gráfica das propriedades da radiação em
função das coordenadas espaciais.
• Normalmente utiliza-se um sistema de coordenadas
esférico com a antena posicionada na origem, pelo que o
diagrama de radiação é uma função de ( )
Diagrama da Radiação
Diagrama da Radiação
Lóbulos - parte do radiação limitada por regiões de
fraca intensidade de radiação

Feixe principal
Diagrama da Radiação
• O feixe principal indica a direção da radiação máxima;
• Os lóbulos secundários são os demais lóbulos de radiação;
• Os lóbulos laterais ocupam o mesmo hemisfério do que o
lóbulo principal;
• Os lóbulos posteriores ocupam o hemisfério na direção
oposta da do feixe principal

Lóbulos secundários representam radiação em direções


indesejáveis e portanto devem ser minimizados.
Diagrama da Radiação
FNBW – Largura do feixe ao 1º nulo;
HPBW – Largura do feixe à meia potência (3dB)
Diagrama da Radiação
 Tipos de radiador

Radiador Isotrópico – é uma antena que tem a mesma


intensidade de radiação em todas as direções; é a antena ideal
utilizada para expressar as características das antenas reais.

Radiador Direcional – é uma antena que possui mais


sensibilidade para radiar ou receber ondas eletromagnéticas
numa determinada direção do que em outras direções.
Diagrama da Radiação
 Tipos de radiador

Radiador omnidirecional – é uma antena que apresenta um


diagrama de radiação não direcional num determinado plano e
um diagrama direcional em qualquer plano ortogonal ao plano
não direcional.
Diagrama da Radiação
 Radiador omnidirecional
Não direcional em
Direcional em
Diagrama da Radiação
Planos - para uma antena polarizada linearmente, o seu
desempenho pode ser definido em função dos seus
campos elétricos e magnéticos:
• Plano-E - o plano que contêm o vetor campo elétrico e a
direção do máximo da radiação.
• Plano-H - o plano que contêm o vetor campo magnético e
a direção do máximo da radiação.
Diagrama da Radiação
Planos
Diagrama da Radiação
Regiões do campo
No espaço que rodeia uma antena pode-se, em geral, definir três
regiões:
• zona do campo próximo (1) – onde predomina o campo reativo; a
fronteira desta região é usualmente de pela distância

• zona de Fresnel (2) – região de transição onde predomina o campo


radiado mas a sua orientação espacial depende da distância à
antena; esta região pode não existir se a maior dimensão da antena
(D) não for muito maior que o comprimento de onda; o limite
superior desta região pode ser definida pela distância
Diagrama da Radiação
Regiões do campo
• zona campo distante ou de Fraunhofer (3) – ocorre para
distâncias maiores que e nesta região a orientação
espacial do campo não depende da distância à antena. É a
região de maior interesse do ponto de vista da radiação.

R2

1 2 3
R1
Diagrama da Radiação
Regiões do campo
• Certas antenas, tais como as refletoras de multifeixes, são
sensíveis as variações nas fases ao longo da abertura. Para
essas antenas definir o início da zona de Fraunhofer não
é adequado.
• Se a dimensão é conveniente definir o início do
campo distante em .

Na região de Fraunhofer, as componentes do campo são


essencialmente transversais e a distribuição angular é
independente da distância radial.
Diagrama da Radiação
Regiões do campo
• Evolução da onda ao longo das regiões
Para a maior
dimensão D
Diagrama da Radiação
Radiano – medida de um ângulo plano
• Como o perímetro de um círculo é , então num círculo
temos
Diagrama da Radiação
Esterradiano – medida de uma ângulo sólido
Como a área de uma esfera é
, existe numa
esfera completa

A área infinitesimal:

O elemento do ângulo sólido:


Densidade de Potência Radiada,
• Vector Poynting instantâneo ( ) – é a quantidade
utilizada para descrever a potência associada a uma onda
eletromagnética.

• A potência total que atravessa uma superfície fechada S


pode ser obtida pela integração da componente normal do
vector de Poynting sobre toda a superfície.
Densidade de Potência Radiada,
• Para aplicações que os campos variam no tempo, e
preferível a definição da densidade de potência média.
• Para variações do tempo harmónicas, o vetor Poynting
médio (densidade de potência média) é dado por

O valor ½ aparece porque os


campos E e H representam
valores de picos e não rms
Densidade de Potência Radiada,
• A potência média radiada que atravessa uma superfície fechada
S é então dada por

• Normalmente esta potência é designada apenas por potência


radiada
Densidade de Potência Radiada,
Potência radiada por um radiador isotrópico
• Um radiador isotrópico radia com a mesma intensidade de
potência para todas as direções.
• O vetor Poynting neste caso não depende das coordenadas
angulares e .
• A potência total radiada é
Densidade de Potência Radiada,
Potência radiada por um radiador isotrópico
• Temos então uma densidade de potência constante que
podemos exprimir em função da potência radiada por

Exemplo: Determine a potência radiada para


Intensidade da radiação, U
• É um parâmetro relativo ao campo distante e representa a
potência radiada por unidade de ângulo sólido (unidade
W/sr)
Não depende de r

O campo elétrico no campo distante é dado por


Intensidade da radiação, U
• A intensidade radiação também está relacionado com o
campo elétrico no campo distante.

Não depende de r

𝜂 – impedância característica do meio


Intensidade da radiação, U
• Se existir uma componente radial na zona distante, esta
é considerada pequena. Então a potência é também uma
medida de U.
• A potência radiada pode ser determinada a partir da
intensidade de radiação integrando-a nos 4π esterradianos
da esfera
Intensidade da radiação, U
Radiador Isotrópico
• Se a fonte for isotrópica, a intensidade de radiação será
independente de e .
• Temos então a potência

• Com a intensidade de uma fonte isotrópica a ser definida como


Diretividade, D
É a razão entre a intensidade de radiação numa dada
direção e a intensidade de radiação média em todas as
direções.
A intensidade média em todas é a que a antena produziria
se fosse um radiador isotrópico, isto é, . Então
Equação de Friis
Equação de Friis
Equação de Radar
Temperatura da Antena
• Todos os objetos com temperatura superior ao zero absoluto imitem energia.
A quantidade de energia e representada por uma temperatura equivalente,
denominada temperatura de brilho,

• Emissores naturais de energia:


• A terra com uma temperatura equivalente de 300 K;
• O céu com uma temperatura equivalente de 5 K quando vemos para o zénite e 100-
150 K ao longo do horizonte
Temperatura da Antena
• A temperatura de brilho emitada por diferentes fontes é capturada pela
antena e aparece nos seus terminais como a temperatura da antena,

• A potência de ruído, , aos terminais da antena é calculada encarando a


antena como uma resistência à temperatura (ruído de Nyquist):

• - constante de Boltzmann; Sem perdas


• - largura de banda
Temperatura da Antena

Temperatura efetiva da antena

• Neste caso a potência do ruído será


Temperatura da Antena
• Exemplo

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