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  O Passo a Passo Para sua Primeira Partida de Motor
Comandos Elétricos

Sumário 
SOBRE O AUTOR ............................................................................................................................................ 3 
MENSAGEM DO AUTOR .................................................................................................................................. 5 
PARTIDA DE MOTOR ....................................................................................................................................... 6 
CORRENTE DE PARTIDA (IP) ................................................................................................................. 7 
CORRENTE NOMINAL (IN) ................................................................................................................... 7 
RELAÇÃO IP/IN ................................................................................................................................. 8 
TEMPO DE PARTIDA (TP) ..................................................................................................................... 9 
FATOR DE SERVIÇO (FS) .................................................................................................................... 10 
CORRENTE COM FATOR DE SERVIÇO (IFS) ............................................................................................. 11 
PARTIDA DIRETA ............................................................................................................................. 12 
IDENTIFICAÇÃO DOS TERMINAIS DE MOTORES TRIFÁSICOS DE 6 PONTAS ....................................................... 13 
POR NÚMEROS .................................................................................................................. 14 
POR LETRAS ....................................................................................................................... 15 
FECHAMENTO DE MOTORES ............................................................................................................... 16 
FECHAMENTO TRIÂNGULO .................................................................................................... 17 
FECHAMENTO ESTRELA ........................................................................................................ 18 
OS COMANDOS ELÉTRICOS ............................................................................................................................. 23 
O INÍCIO DO PROJETO ....................................................................................................................... 25 
ELABORAÇÃO DO DIAGRAMA DE POTÊNCIA ............................................................................... 27 
CONTATOR DE POTÊNCIA ...................................................................................................... 30 
CONTATOS DE POTÊNCIA .......................................................................................... 31 
CONTATOS AUXILIARES ............................................................................................ 31 
IDENTIFICAÇÃO E SIMBOLOGIA DOS CONTATORES. .......................................................... 32 
SIMBOLOGIA GRÁFICA .............................................................................................. 32 
SIMBOLOGIA LITERAL .............................................................................................. 33 
IDENTIFICAÇÃO DOS TERMINAIS ................................................................................. 34 
MINIDISJUNTOR ................................................................................................................. 39 
LÂMINA BIMETÁLICA ............................................................................................... 39 
BOBINA DE DISPARO ................................................................................................ 41 
POLOS .................................................................................................................. 43 
CAPACIDADE DE CORRENTE NOMINAL .......................................................................... 43 
CAPACIDADE DE INTERRUPÇÃO .................................................................................. 44 
CURVA DE DISPARO ................................................................................................. 45 
SIMBOLOGIA ......................................................................................................... 46 
RELÉ DE SOBRECARGA .......................................................................................................... 48 
LÂMINA BIMETÁLICA ............................................................................................... 49 
PARAFUSO DE AJUSTE .............................................................................................. 49 
CONTATOS AUXILIARES ............................................................................................ 50 
REARME ............................................................................................................... 51 
REARME AUTOMÁTICO ............................................................................................ 51 
REARME MANUAL ................................................................................................... 52 
SIMBOLOGIA ......................................................................................................... 53 
BOTÕES PULSADORES .......................................................................................................... 60 
BLOCOS DE CONTATOS AUXILIARES ............................................................................. 61 
ATUADOR ............................................................................................................. 61 

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SIMBOLOGIA ......................................................................................................... 62 
CONTATO DE SELO ........................................................................................................................... 64 
SINALIZADORES .................................................................................................................. 72 
SINALIZAÇÃO LUMINOSA .......................................................................................... 72 
SIMBOLOGIA ......................................................................................................... 73 
SINALIZAÇÃO SONORA ............................................................................................. 73 
SIMBOLOGIA ......................................................................................................... 74 
DIMENSIONAMENTO .................................................................................................................................... 80 
DIMENSIONAMENTO DO MINIDISJUNTOR ............................................................................................. 81 
DIMENSIONAMENTO DO CONTATOR DE POTÊNCIA .................................................................................. 89 
DIMENSIONAMENTO DO RELÉ DE SOBRECARGA. ..................................................................................... 91 
DIMENSIONAMENTO DOS SINALIZADORES LUMINOSOS ............................................................................ 96 
DIMENSIONAMENTO DO MINIDISJUNTOR DE COMANDO .......................................................................... 96 

ALGO IMPORTANTE PARA VOCÊ SABER! ................................................................................................. 99 

   
 

 
 

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Comandos Elétricos

Sobre o autor 
Olá, seja muito bem‐vindo!!! 
Caso você ainda não me conheça, muito prazer, meu nome é Rodrigo Costa e sou o fundador da 
empresa Atom Elétrica e autor deste e‐book. 
Antes  de  começarmos  abordando  os  conteúdos  em  si,  gostaria  muito  de  te  contar  um  pouco  da 
minha história, justamente para você entender o porquê carrego comigo o desejo de ajudar a tantas 
pessoas, levando a elas conhecimentos que lutei muito para adquirir, pois há muito tempo de minha 
vida  me  dedico  a  área  da  elétrica,  no  qual  iniciei  muito  cedo,  logo  aos  meus  13  anos  de  idade, 
realizando meu primeiro curso de eletricista de manutenção industrial na escola “LICEU de Artes e 
Ofícios” em uma cidade da Grande São Paulo por nome de Itaquaquecetuba.  
De lá para cá, foram mais de 16 anos de muitas lutas, conquistas e realizações de sonhos, digo isso, 
pois hoje, tenho qualificação profissional para atuar como Engenheiro Eletricista e Engenheiro Civil, 
ambas as engenharias graduadas na Universidade Paulista de São Paulo. Além dessas graduações, 
possuo também formação técnica em mecatrônica e de qualificação em Eletricista de Manutenção 
Industrial, ambas cursadas na instituição de ensino SENAI “Roberto Simonsen”.   
Durante  esse  período  passei  por  diversas  empresas,  colhendo  o  máximo  de  conhecimentos  e 
experiências práticas possíveis, justamente para me tornar um profissional completo, que além de 
conhecimentos teóricos, possui também conhecimentos práticos e vivência profissional. 
Quem me conhece pessoalmente ou me acompanha pelas redes sociais, sabe o quanto eu tenho o 
prazer em compartilhar meus conhecimentos com o próximo, e o motivo disso é o fato de saber que 
muitas das vezes o simples ato de esclarecer uma dúvida ou de ensinar algo novo a alguém, pode 
transformar  positivamente  a  vida  dessa  pessoa,  pois  essa  dúvida  ou  a  falta  desse  conhecimento 
poderia ser o motivo no qual a estava impendido de evoluir para um próximo estágio de sua carreira 
profissional.  E  esse  é  o  sentimento  que  utilizo  de  combustível  para  continuar  ajudando  e 
transformando vidas por meio do conhecimento. 
Graças a essa paixão em transmitir meus conhecimentos, em 2019 fundei a Atom Elétrica, que é uma 
empresa voltada à capacitação profissional de pessoas que desejam seguir na área da elétrica, e para 
isso utilizo da metodologia de ensino que desenvolvi ao longo de toda minha carreira profissional, 
pois  durante  todo  esse  período  em  contato  com  diversos  profissionais,  consegui  visualizar  a 
dificuldade que essas pessoas possuíam em assimilar ou aprender certos assuntos.  
Percebi que o motivo dessas dificuldades, não era pelo fato das informações serem complicadas ou 
impossíveis de serem aprendidas, mas sim pela forma com que elas eram transmitidas, ou seja, pela 
maneira em que seus professores abordaram aqueles assuntos.  
Unindo  essa  necessidade  que  havia  no  mercado  com  minha  didática  e  facilidade  de  passar 
conhecimentos  ao  próximo,  surgiu  a  minha  metodologia  de  ensino,  que  hoje  auxilia  no 
desenvolvimento profissional de diversas pessoas, que tenho o prazer de chamá‐las de alunos. 
 

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Comandos Elétricos

Mensagem do autor 
Se você estava procurando um e‐book completo e que sirva de base para seus estudos na área dos 
comandos elétricos, você acabou de encontrar!  
E  antes  de  qualquer  coisa,  quero  te  dar  os  devidos  parabéns,  pois  partiu  de  você  o  interesse  em 
buscar novos conhecimentos para se qualificar e estar mais preparado diante desse mercado que é 
tão concorrido, pois não são todas as pessoas que estão dispostas a investir o seu tempo aos estudos 
em busca de mais conhecimentos.  
Pensando em pessoas diferenciadas, como você, desenvolvi esse e‐book justamente para lhe auxiliar 
na realização da sua primeira partida de motor, passando por todos os conhecimentos necessários 
de forma bem detalhada para que, de fato, ao final desta leitura, você consiga pôr em prática todos 
esses conhecimentos absorvidos, e, assim, realizar a sua primeira partida de motor. 
Mas antes de darmos início com o conteúdo, quero te passar algumas dicas de estudos que serão de 
extrema importância para a sua boa experiência e aprendizado com esse e‐book.  
Recomendo fortemente que leia esse e‐book em um ambiente tranquilo, pausadamente, e de forma 
sequencial,  de  maneira  nenhuma  pule  páginas  por  achar  que  já  sabe  ou  que  já  ouviu  falar  sobre 
aquele  determinado  assunto,  esse  material  tem  essa  quantidade  de  páginas,  pois  nele,  introduzi 
todos os conhecimentos necessários para que você, de fato, se torne um profissional apto a realizar 
a sua primeira partida de motor, dificilmente você encontrará essas informações por aí na internet, 
então, já de início, leve isso com você, leia até a última página desse e‐book, pois tenho certeza que 
ele será de grande valia pra seu processo de aprendizado e carreira profissional. 
Recomendo também que tenha o hábito de escrever, de forma que ao decorrer de sua leitura, faça 
anotações em pontos que ache necessário, pois isso o ajudará na fixação dos assuntos abordados.  
Estudos  comprovam  que  a  maioria  das  pessoas  assimilam  melhor  uma  informação  quando  elas 
escrevem,  pois  elas  se  encontram  em  um  estado  em  que  suas  mentes  estão  mais  focadas, 
estimulando seus cérebros a memorizarem as informações que foram lidas. Já parou para pensar 
nisso? Será que você faz parte desse grupo de pessoas que assimilam as informações de uma maneira 
mais fácil quando escreve? Caso nunca tenha tentado, recomendo muito que tente, pois talvez esse 
hábito possa ser um ponto chave no seu processo de aprendizado. 
E por último, leia quantas vezes forem necessárias, e só passe para o próximo assunto quando você 
estiver compreendido 100% aquela informação abordada, caso contrário, ao longo desta leitura, você 
irá criar em sua mente uma bola de neve que vai crescendo conforme forem surgindo novas dúvidas, 
devido à falta de uma boa compreensão dos assuntos abordados anteriormente. Por isso volto a falar, 
leia com bastante atenção, pausadamente e quantas vezes forem necessárias! 
Agora, ciente de todos esses recados, vamos então seguir com a nossa jornada de estudos, juntos. 
Vamos lá! 
 

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Comandos Elétricos

Partida de motor 
Gostaria  de  começar  esse  e‐book  falando  sobre  a  importância  do  profissional  da  área  da  elétrica 
conhecer os comandos elétricos, pois nos dias atuais, observamos por toda a parte a presença de 
motores,  dispositivos  e  equipamentos  que  compõem  os  comandos  elétricos.  Por  muito  tempo  a 
presença  desses  equipamentos  estavam  mais  restritas  às  indústrias,  porém  com  o  avanço  da 
tecnologia  e  a  crescente  necessidade  da  população,  esses  equipamentos  acabaram  se  tornando, 
também,  presentes  em  condomínios,  clubes,  comércios,  residências,  chácaras,  fazendas,  e  em 
muitos outros locais, praticamente em todo lugar você irá se deparar com os comandos elétricos. 
Apenas  como  alguns  exemplos  de  aplicações,  podemos  citar:  poços  de  águas  pluviais,  drenagem, 
esgoto, sistemas de recalque de reservatórios, sistemas de combate à incêndio, sistemas de irrigação, 
sistemas  de  iluminação  de  fachada,  outdoors,  garagens,  sistemas  de  pressurização,  sistema  de 
piscinas,  sistemas  de  refrigeração,  ou  seja,  você  já  conseguiu  entender  o  quanto  os  comandos 
elétricos estão presentes em nosso dia a dia, certo? De forma geral, onde houver um motor, ali terá 
um comando elétrico para controlar esse motor. 
Pelos motivos acima, se torna obrigatório nos dias atuais, que o profissional da área elétrica tenha o 
conhecimento em comandos elétricos, e mesmo com essa alta demanda de serviços no mercado, 
ainda  há  uma  grande  carência  por  esse  tipo  de  profissional  qualificado.  E  é  justamente  por  esse 
motivo que elaboramos esse e‐book, para que você tenha os seus primeiros contatos com essa área 
em crescimento, conheça uma oportunidade de aumentar ainda mais os seus ganhos e saiba como 
atingir uma posição melhor em sua carreira profissional. 
Então, para que você possa entender como realizar sua primeira partida de motor, iremos começar 
o estudo desse material, entendendo primeiramente o que é a partida de um motor. Essa etapa inicial 
é de fundamental importância para que você consiga obter sucesso no seu aprendizado.  
Digo isso, pois já vi diversos lugares e diversas escolas, que quando se propunham a ensinar o aluno 
a realizar sua primeira partida, não trazem inicialmente os conceitos sobre esse assunto, mas ao invés 
disso, pulam etapas e já trazem um diagrama pronto. Porém, dessa forma, o aluno apenas decora o 
que foi lhe mostrado, e não aprende verdadeiramente sobre aquele conceito. E não é isso o que eu 
quero para você, o que eu quero, é que, além de você conseguir realizar a sua primeira partida, você 
também consiga entender o que está fazendo e o porquê está fazendo dessa forma, pois você, de 
fato, estará aprendendo e não decorando. 
A partida de um motor se refere aos momentos iniciais de seu funcionamento, momentos estes que 
compreende o período de tempo, desde o instante em que se aplica a alimentação elétrica em seus 
terminais, até o momento que esse motor atinge o seu pleno funcionamento de trabalho. 
Agora, com o entendimento da definição acima sobre o que é a partida de um motor, se torna mais 
fácil para que possamos nos aprofundar um pouco mais nesse conceito, mas para isso, é necessário 
que  tenhamos  bem  definidas,  em  nossa  mente,  algumas  características  existentes  nos  motores 
elétricos, tais como essas que listei a seguir: 
 

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Comandos Elétricos

 Corrente de partida (Ip) 
 Corrente nominal (In) 
 Relação Ip/In 
 Tempo de partida (Tp) 
 Fator de serviço (FS) 
 Corrente com fator de serviço (IFS) 
Então, vou passar rapidamente com você sobre elas, para que possamos avançar com os conteúdos, 
ok?! 

Corrente de partida (Ip) 
Uma das principais características dos motores elétricos de indução é o fato de que nos primeiros 
instantes  de  seu  funcionamento,  exigem  da  rede  de  alimentação  uma  alta  demanda  de  corrente 
elétrica.  
Essa  alta  corrente  inicial,  após  o  acionamento  do  motor,  surge  devido  os  fenômenos 
eletromagnéticos gerados por suas próprias características internas, causadas pelo fato que seu rotor 
está inicialmente parado e necessita de energia suficiente para entrar movimento e acelerar até sua 
velocidade normal de trabalho.  
Essa alta corrente nos instantes iniciais de seu acionamento é chamada de “corrente de partida” e 
também muito conhecida como “corrente de pico”. 
 
 
  Momento em que o 
motor atinge sua 
  velocidade normal 
de trabalho 
  Momento em que o 
  motor é alimentado 

 
 
Origem da Imagem ‐ Autoria Própria 
 

Corrente nominal (In) 
Outra  característica  dos  motores  elétricos  de  indução,  é  a  corrente  nominal,  porém  para 
entendermos  sobre  ela,  precisamos  ter  entendido  muito  bem  sobre  o  conceito  que  vimos 
anteriormente, que conforme o motor vai acelerando, saindo de seu repouso, a corrente de partida 
vai se reduzindo até o momento que o motor atinge sua velocidade normal de trabalho, ou seja, o 
motor  começa  com  uma  corrente  elevada,  e  conforme  vai  acelerando,  essa  corrente  vai  se 

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estabilizando  até  seu  valor  normal  de  trabalho.  Essa  corrente  normal  de  trabalho,  chamamos  de 
“corrente nominal”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
  Origem da Imagem ‐ Autoria Própria 

 
A corrente nominal é caracterizada pela corrente normal de trabalho do motor absorvida da rede de 
alimentação quando ele está com a plena carga acoplada ao seu eixo e em sua velocidade normal de 
trabalho. 

 Plena carga acoplada ao seu eixo = Carga nominal 
 Velocidade normal de trabalho = Velocidade nominal 
Entendendo isso, podemos concluir que a corrente nominal é a corrente máxima normal que o motor 
pode trabalhar sem que ele esteja em sobrecarga. 

Relação Ip/In 
Essa  nova  característica  dos  motores  elétricos  de  indução,  que  vamos  abordar  agora,  muito 
provavelmente irá esclarecer uma dúvida que talvez tenha surgido em sua mente, que é a seguinte:  

Rodrigo, eu entendi que a corrente de partida é uma corrente inicial com valores elevados que 
o motor solicita da rede no momento que é energizado. 
Entendi também que a corrente nominal é a corrente no momento em que o motor está com 
sua velocidade e com sua carga nominal e que ela é a máxima corrente que o motor pode 
trabalhar sem que o motor esteja em sobrecarga. 
Mas a minha dúvida é: 
O quanto essa corrente de partida é elevada? 
Existe um valor fixo para essa corrente de partida? 

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Bom, a minha resposta para você é a seguinte: 
Depende. Não existe um valor fixo! 
A  corrente  de  partida  terá  seu  valor  de  intensidade  baseada  em  um  multiplicador  da  corrente 
nominal,  ou  seja,  a  corrente  de  partida  será  uma  quantidade  de  vezes  maior  do  que  a  corrente 
nominal do motor. Essa relação entre a corrente de partida e a corrente nominal, chamamos de Ip/In. 
O  valor  da  corrente  de  partida  pode  variar  de  acordo  com  as  características  específicas  de  cada 
motor,  pois  sabemos  que  existem  motores  mais  eficientes  que  outros,  mas  de  forma  geral,  você 
encontra no mercado, motores com corrente de partida (Ip) entre 5 a 10 vezes maior do que o valor 
de sua corrente nominal (In), ou seja, possuem uma relação Ip/In entre 5 a 10 vezes. 
Antes mesmo de você se perguntar, já vou lhe avisar que todas essas características ditas acima, você 
encontra na placa de dados do motor, nos manuais técnicos, catálogos ou até mesmo entrando em 
contato  com  o  próprio  fabricante  do  motor,  ok?!  Mas  para  exemplificar  de  uma  forma  melhor, 
imagine que você tenha um motor com as seguintes informações: 

 In = 20A  
 Ip/In = 5  
Qual seria o valor da corrente de partida desse motor, ou seja, o seu valor de Ip?  
Essa resolução é bem simples, pois como sabemos, a relação Ip/In nos diz quantas vezes a corrente 
de partida (Ip) é maior do que a corrente nominal (In), certo?! 
Dito isto, se temos um Ip/In = 5, isso significa que a corrente de partida será 5 vezes maior do que a 
corrente nominal, que no caso temos um In = 20A.  
Logo, basta multiplicarmos: 5 x 20, ou seja, multiplicar a relação Ip/In pela corrente nominal, que 
teremos o valor da corrente de partida Ip = 100A.  

Tempo de partida (Tp) 
Agora,  passando  por  mais  uma  das  características  dos  motores  elétricos  de  indução,  essa  em 
específico, muitas das vezes é esquecida ou negligenciada pelos profissionais dos comandos elétricos, 
talvez por falta de conhecimento ou talvez por simplesmente subestimá‐la.  
Perceba que ao falarmos anteriormente sobre a corrente de partida dos motores, não falamos sobre 
a duração de quanto tempo essa corrente de partida leva para se estabilizar até chegar ao valor da 
corrente nominal do motor, certo?! 
Esse tempo que compreende, desde o momento em que o motor é energizado surgindo a corrente 
de partida até o momento em que essa corrente se estabiliza na corrente nominal, é chamado de 
“tempo de partida”. 
Provavelmente, agora, você vai me perguntar o seguinte: 

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Comandos Elétricos

Mas Rodrigo, esse tempo de partida do motor, também está descrito em sua placa de dados? 

 
Não!  Essa  informação  você  consegue  entrando  em  contato  com  o  projetista  ou  fabricante  da 
máquina  que  se  está  analisando,  porém  caso  não  seja  possível  levantar  esse  dado,  você  poderá 
realizar testes e medições para verificar esse tempo que o motor leva para partir completamente. 
E logicamente, meu querido, assim como os assuntos tratados anteriormente, não existe um tempo 
fixo para todos os motores. Tudo isso vai variar de acordo com as características do próprio motor e 
com as características da própria máquina. Então, de modo geral, cada caso é um caso, e precisa ser 
analisado de uma maneira diferente da outra, levando sempre em consideração as características 
individuais de cada sistema. 

Fator de serviço (FS) 
Outra característica dos motores que devemos conhecer é justamente o Fator de Serviço (FS). Como 
vimos anteriormente, o motor possui suas características nominais, como por exemplo, a corrente, 
a potência, a tensão e a velocidade. O fator de serviço é justamente uma potência adicional acrescida 
à potência nominal do motor, no qual o fabricante deixa como uma potência reserva. Podemos até 
considerar  como  se  fosse  uma  sobrecarga  permitida  ao  motor,  e  que  dentro  dessa  sobrecarga 
permitida, o motor não sofrerá danos. 
Essa  potência  reserva  especificada  pelo  Fator  de  Serviço,  geralmente  é  utilizada  para  casos 
específicos, como por exemplo, quando o motor já está sendo utilizado para alguma aplicação e será 
necessário fazer um acréscimo de carga em seu eixo, e talvez se torne inviável a troca desse motor 
por um mais potente, já que sabemos que nesse motor pode existir essa potência adicional reserva. 
Apenas devemos verificar em seu fator de serviço se esse mesmo motor suportará essa alteração de 
carga sem se danificar. 
Outro motivo da utilização do Fator de Serviço é para que o motor possa suportar as oscilações de 
energia da rede elétrica, de forma a aumentar ainda mais sua vida útil. 
É  importante  ressaltar,  que  essa  potência  adicional  reserva,  não  é  um  valor  fixo  para  todos  os 
motores,  é  necessário  verificar  na  placa  de  dados  do  motor  o  quanto  de  potência  adicional  é 
aceitável. 
Outro ponto importante a ser mencionado, é que nem todos os motores possuem essa capacidade 
adicional de potência. 
Os fabricantes especificam o Fator de Serviço da seguinte maneira: 
 
 

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 FS = 1,00 ‐ Significa que o motor não possui potência adicional disponível. 
 
 FS = 1,10 ‐ Significa que o motor pode trabalhar com uma potência de 10% acima de seu valor 
nominal. 
 
 FS = 1,15 ‐ Significa que o motor pode trabalhar com uma potência de 15% acima de seu valor 
nominal. 
 
 FS = 1,20 ‐ Significa que o motor pode trabalhar com uma potência de 20% acima de seu valor 
nominal. 
Obs.: Existem ainda outros valores possíveis de FS. 

Corrente com fator de serviço (IFS) 
Agora,  para  falar  dessa  outra  característica  dos  motores  elétricos  de  indução,  é  necessário  que 
tenhamos entendido bem a característica vista anteriormente, que nada mais foi do que o Fator de 
Serviço. 
Então, como vimos, o Fator de Serviço é uma característica que está relacionada à potência do motor, 
e como sabemos, a exigência de uma potência maior no eixo do motor, acarretará em um aumento 
na corrente do motor também, então, essa nova característica vai nos indicar qual será a corrente 
elétrica do motor quando ele estiver utilizando toda a potência reserva adicional especificado pelo 
Fator de Serviço.  
Essa característica que nos informa esse valor de corrente é justamente a “Corrente com Fator de 
Serviço (IFS)”. 
Mas quero deixar aqui uma observação importante. 
Muitos “profissionais” por aí, dizem que o FS é proporcional a IFS, ou seja, dizem que, um acréscimo, 
por exemplo, de 15% na potência do motor, aumentará 15% no valor da corrente também, e isso é 
um  grande  erro,  pois  essa  proporcionalidade  ocorrerá  apenas  nos  motores  trifásicos,  porém  nos 
motores monofásicos não há essa proporcionalidade. Nos motores monofásicos, um acréscimo de 
15% em sua potência, não aumentará 15% no valor de sua corrente. Então, o ideal é sempre que for 
necessário fazer alguma consideração ou algum dimensionamento, procure utilizar a IFS que também 
vem especificada na placa de dados do motor. 
Agora que já entendemos todos esses conceitos listados aqui abaixo: 

 Corrente de partida (Ip); 
 Corrente nominal (In); 
 Relação Ip/In; 
 Tempo de partida (Tp); 
 Fator de serviço (FS); 
 Corrente com fator de serviço (IFS) 

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Conseguiremos,  de  fato,  nos  aprofundar  ainda  mais  nos  conceitos  para  que  você  obtenha  os 
conhecimentos necessários para realizar a sua primeira partida de um motor.  
E para começar nos aprofundando, quero levantar um problema muito importante que talvez tenha 
passado despercebido para você. 
Você conseguiu perceber que dependendo das características do motor, a corrente de partida pode 
atingir valores elevadíssimos? E que quanto mais potente for esse motor, maior será essa corrente? 
E é justamente aqui que mora o perigo. 
Se essa corrente do motor for muito alta, pode‐se gerar grandes problemas para a instalação, como 
por  exemplo,  a  presença  de  queda  de  tensão,  ou  até  mesmo  trazer  problemas  para  a  rede  de 
distribuição da concessionária de energia, pois dependendo dessa corrente, até seus vizinhos podem 
ser afetados, sabia?!  
Mas calma, primeiramente saiba que essa característica do motor de possuir uma corrente elevada 
no momento da sua partida, é algo totalmente normal, e é algo que acontece em todos os motores, 
são fenômenos da própria natureza elétrica. E para solucionar esse problema, surgiram os diferentes 
tipos de partidas que são realizadas nos motores elétricos.   
De forma geral, podemos partir um motor, tanto de forma direta, quanto de forma indireta, porém 
neste E‐book trataremos apenas dos conceitos de uma partida direta, por ser a forma mais simples 
de se partir um motor. Como o objetivo desse e‐book é que você aprenda a sua primeira partida, não 
há motivos para abrangermos assuntos mais complexos, pois creio que nesse momento você esteja 
tendo os primeiros contatos com todas essas informações, e se trouxéssemos assuntos que exigem 
uma grande variedade de conceitos, nesse momento iria mais atrapalhar você do que, de fato, ajudá‐
lo. Mas fique tranquilo que no decorrer dos estudos essas informações irão se encaixar de uma forma 
melhor em sua mente, ok?! 

Partida direta 
A partida direta é uma partida caracterizada pelo fato de que o motor, desde o momento inicial de 
seu funcionamento, recebe em seus terminais de alimentação sua tensão nominal, e com isso desde 
o momento inicial consegue entregar na ponta de seu eixo, toda a potência e torque nominal. 
Por esse motivo, não são todos os motores que podem partir de forma direta, não por causa de uma 
limitação do próprio motor, mas sim pelas consequências que sua corrente de partida poderia causar 
à  rede  de  distribuição  de  energia  e  à  instalação  elétrica  como  um  todo,  pois  como  estudamos 
anteriormente, a corrente de partida de um motor, possui um valor bem elevado. 
Porém, nesse momento, você deve estar se perguntando:  

Mas Rodrigo, quais são os motores, então, que eu posso realizar uma partida de forma direta? 

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Bom, depende!  
Quem  vai  estabelecer  quais  os  motores  podem  partir  de  forma  direta,  será  a  concessionária  de 
energia local. Em minha região, por exemplo, a concessionária de energia permite a realização de 
uma partida direta em motores que possuem uma potência de até 5CV quando alimentados por uma 
tensão  de  220V,  já  para  motores  com  potências  maiores,  deve‐se  realizar  as  partidas  indireta, 
justamente com o intuito de diminuir o valor dessa corrente de partida para não trazer problemas 
para a rede de distribuição.  
E lembre‐se, não se esqueça de verificar com a concessionária de energia local de sua região, quais 
são os limites de potência para o seu caso, ok?! 

Identificação dos terminais de motores trifásicos de 6 pontas 
Para  realizar  a  partida  de  um  motor,  temos  que  alimentar  seus  terminais  de  conexão,  porém  é 
necessário  entender  que  essa  ligação  não  poderá  ser  feita  de  qualquer  forma,  é  necessário 
primeiramente realizar uma combinação entre seus terminais, no qual chamamos esse processo de 
“fechamento”.  
Entretanto,  para  garantir  que  esse  fechamento  seja  feito  de  forma  correta,  é  necessário  que  os 
terminais  do  motor  possuam  identificações,  justamente  para  que  possamos  identifica‐los  no 
momento de realizar o fechamento. E após realizar esse procedimento de forma correta, poderemos 
conectar o fechamento dos terminais aos condutores de alimentação da rede elétrica. 
Porém,  nesse  momento,  quero  trazer  alguns  conceitos  anteriores  para  que  você  possa  entender 
melhor sobre as identificações dos terminais dos motores elétricos trifásicos. 
Começaremos entendendo que os motores são formados por bobinas, e que essas bobinas nada mais 
são do que fios enrolados em formato de espiras. Essas bobinas são responsáveis por gerar campo 
magnético, que de modo geral, produzirá todo processo de funcionamento do motor, porém, nesse 
e‐book, não iremos nos aprofundar muito na teoria de funcionamento dos motores elétricos, tudo 
bem?! 
O  que  quero  que  você  entenda,  é  que  a  bobina  é  apenas  um  fio  enrolado,  e  consequentemente 
possuirá duas pontas, que comumente são chamadas de terminais, ou seja, em uma bobina, teremos 
então, um terminal de entrada e um terminal de saída. 
Até  aqui,  sem  problemas,  porém  os  motores  trifásicos  de  indução  de  6  terminais,  possuirão 
internamente “3 conjuntos de bobinas”, no qual cada um deles é formado por mais de uma bobina 
que  estão  interligadas  entre  si  internamente  no  motor,  sendo  assim,  cada  conjunto  de  bobina 
disponibilizará dois terminais de conexão, sendo um de entrada e outro de saída. 
Como nesse caso existem 3 conjuntos de bobinas, teremos ao total 6 terminais de conexão. 
 

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Por mais que cada conjunto de bobinas possua mais de uma bobina que estão interligadas entre si 
internamente no motor, por questões didáticas os conjuntos de bobinas são representadas como se 
fossem uma única bobina, conforme a imagem abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
  Origem da Imagem ‐ Autoria Própria 

Agora  que  entendemos,  de  fato,  de  onde  surgiram  esses  6  terminais  do  motor,  e  que  desses  6 
terminais, temos 3 terminais entradas e 3 terminais de saídas, é de fundamental importância que 
você  consiga  identificar  cada  um  desses  terminais,  pois  é  por  meio  deles  que  iremos  realizar  os 
fechamentos e conectar o motor à rede elétrica de alimentação. 
De forma geral, podemos encontrar dois padrões de identificação: por números e por letras. 

Por Números 
A primeira forma é justamente por meio de números, no qual teremos as numerações que vão de 1 
a 6. E conforme sabemos, há três conjuntos de bobinas, possuindo assim, três terminais de entradas 
e três terminais de saídas, nas quais as entradas são identificadas pelos números: 1, 2 e 3, e as saídas 
representadas respectivamente pelos números: 4, 5 e 6. Conforme a imagem abaixo. 
 
 

   

  Origem da Imagem – Autoria Própria 

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Conforme a imagem anterior, podemos observar que os terminais do primeiro conjunto de bobina 
possuem  as  identificações  1  e  4,  os  terminais  do  segundo  conjunto  de  bobina  possuem  as 
identificações 2 e 5 e os terminais do terceiro conjunto de bobina possuem as identificações 3 e 6. 
Porém, em alguns casos, esses números também podem vir seguidos pela letra “T”, e dessa forma 
para as entradas ficariam respectivamente: T1, T2 e T3 e para as saídas ficariam respectivamente: T4, 
T5 e T6, conforme a imagem abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Origem da Imagem – Autoria Própria 
 

Por Letras  
A segunda forma de identificação dos terminais do motor é justamente por meio de letras, no qual 
os terminais de entradas dos conjuntos de bobinas são representados da seguinte forma: U1, V1 e 
W1, e os terminais de saídas representados respectivamente como: U2, V2 e W2, conforme a imagem 
abaixo. 
 
 

   

 
Origem da Imagem – Autoria Própria 
 

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Como podemos observar, os terminais do primeiro conjunto de bobinas possuem as identificações 
U1  e  U2,  os  terminais  do  segundo  conjunto  de  bobinas  possuem  as  identificações  V1  e  V2  e  os 
terminais do terceiro conjunto de bobinas possuem as identificações W1 e W2. 
Mas que fique bem claro! Você pode encontrar no mesmo motor as duas formas de identificação, 
por números e por letras. 
Essas identificações são encontradas no motor, gravadas no corpo da isolação dos condutores. 
 
 

 
   
 
   
 
 
 
Origem da Imagem – Imagem retirada da aula 14 do módulo 15 do               
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Agora que já conhecemos e sabemos identificar os terminais de cada conjunto de bobina, estamos 
aptos a seguir para o próximo passo, que é justamente o conceito de fechamentos. 

Fechamento de motores 
O  fechamento  do  motor,  de  forma  geral,  é  uma  combinação  que  iremos  fazer  nos  terminais  dos 
conjuntos de bobinas, para que seja possível alimentar o motor na rede elétrica. 
Se tratando dos motores elétricos de 6 terminais, podemos combinar esses terminais de 2 formas. A 
primeira combinação chamamos de fechamento triângulo, e a segunda combinação chamamos de 
fechamento estrela. 
A  vantagem  desses  fechamentos  é  que  eles  permitem  alimentar  o  mesmo  motor  com  níveis  de 
tensões  diferentes,  no  qual  cada  fechamento  é  especificado  para  um  nível  de  tensão.  Isso  nos 
permite ligar o mesmo motor em duas redes elétricas diferentes, como por exemplo, ligar o motor 
em  uma  rede  220V  ou  ligar  esse  mesmo  motor  em  uma  rede  380V,  para  isso,  basta  alterar  o 
fechamento de seus terminais.  
Isso se torna possível, pois independentemente da tensão aplicada no fechamento, para o motor não 
muda em nada, internamente as bobinas sempre receberão o mesmo nível de tensão, e isso acontece 
pelo efeito causado pela combinação que cada fechamento traz nos conjuntos de bobinas. 

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Outra  informação  muito  importante,  é  que  quem  vai  determinar  qual  o  fechamento  deverá  ser 
utilizado,  é  justamente  a  tensão  da  rede  elétrica  de  alimentação,  pois  é  através  dela  que  iremos 
definir qual será o fechamento compatível com esse nível de tensão. 
Para  entender  melhor  tudo  o  que  foi  dito  agora,  vamos  falar  um  pouco  mais  sobre  cada  tipo  de 
fechamento, e, aí sim, você irá conseguir entender claramente. 

Fechamento Triângulo 
Primeiramente, vamos começar entendendo alguns conceitos que iremos utilizar para estudar sobre 
os tipos de fechamentos de motores, que são justamente a tensão de fase e a tensão de linha: 

 A tensão que cai sobre cada conjunto de bobinas é chamada de Tensão de Fase (VF). 
 A tensão da rede de alimentação é chamada de Tensão de Linha (VL).  
No fechamento triângulo a tensão de fase será igual à tensão de linha, ou seja, a tensão que cai sobre 
cada conjunto de bobinas será igual à tensão da rede de alimentação. 
 
𝑉𝐹 𝑉𝐿 
 
Para se realizar esse fechamento, iremos combinar os terminais do motor da seguinte forma: 

 Terminal 1 conectado com o terminal 6; 
 Terminal 2 conectado com o terminal 4; 
 Terminal 3 conectado com o terminal 5. 
Conforme a imagem abaixo. 
 
 
 
   
   
     
   
   
 
  Origem da Imagem – Autoria Própria 

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Se tratando de uma rede trifásica, iremos possuir 3 fases de alimentação: R, S e T que deverão ser 
conectadas da seguinte forma: 

 A fase “R” conectada nos terminais 1 e 6; 
 A fase “S” conectada nos terminais 2 e 4; 
 A fase “T” conectada nos terminais 3 e 5. 
Conforma a imagem abaixo. 
 
 
 
   
 
   
   
 
 
 
 
 
  Origem da Imagem – Autoria Própria 

Fechamento Estrela 
Já no fechamento estrela, a tensão que cai sobre cada conjunto de bobinas (VF) é √3 vezes menor do 
que a tensão da rede de alimentação (VL). 
 
𝑉𝐿
𝑉𝐹  
√3
 
Na prática esse fechamento é mais simples do que o fechamento triângulo! Basta unir as saídas de 
cada conjunto de bobinas entre si, ou seja: 
 

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 Unir entre si os terminais 4, 5 e 6 e manter os terminais 1, 2 e 3 soltos. 
Conforme a imagem abaixo. 
 
 
 
 
   
 
 
 
 
Origem da Imagem – Autoria Própria 
 
Se tratando dos condutores da rede de alimentação, vamos conectar as entradas de cada conjunto 
de bobinas respectivamente em cada uma das 3 fases da rede de alimentação, da seguinte forma: 

 A fase “R” conectada no terminal 1; 
 A fase “S” conectada no terminal 2; 
 A fase “T” conectada no terminal 3. 
Conforme a imagem abaixo. 
 
 
 
 
   
 
 
 
 
 
  Origem da Imagem – Autoria Própria 

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Comandos Elétricos

Conseguiu notar um ponto muito interessante nesses fechamentos? 
Por mais que o motor tenha 6 terminais, por meio das combinações, tanto no fechamento estrela, 
quanto no fechamento triângulo, ao final de cada fechamento, teremos sempre 3 pontos de conexão, 
no qual serão conectadas as 3 fases da rede trifásica de alimentação.  
Um ponto muito importante que devemos conhecer sobre os motores, é que Independentemente 
do fechamento que for realizado em seus terminais, para que ele funcione plenamente, com suas 
características projetadas pelo fabricante, os conjuntos de bobinas desse motor obrigatoriamente 
devem receber sua tensão nominal, e caso não recebam, o motor perderá potência e torque. 
A  tensão  nominal  dos  conjuntos  de  bobinas  do  motor  é  a  menor  tensão  de  alimentação  que  se 
encontra em sua placa de identificação. 
Para exemplificar melhor, vamos analisar a placa do motor ilustrada abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Origem da Imagem ‐ Imagem retirada da aula 18 do módulo 15 do                            
  Curso de Comandos Elétricos da Atom Elétrica 

 
De acordo com a placa ilustrada acima, esse motor pode ser alimentado com 2 níveis de tensão: 

 220V, por meio do fechamento triângulo; 
 380V, por meio do fechamento estrela. 
Conforme podemos observar, a menor tensão de alimentação desse motor é 220V, sendo assim, a 
tensão nominal de seus conjuntos de bobinas é 220V. E aqui que mora o grande segredo para você 
entender, de fato, um fechamento de motor, olha só que fantástico! 
Independentemente  da  tensão  que  você  utilizar,  nesse  caso  220V  ou  380V  para  os  respectivos 
fechamentos, sobre os conjuntos de bobinas no interior desse motor irá cair sempre uma tensão de 
220V. 

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Comandos Elétricos

Isso é possível justamente por causa das relações de tensão que os diferentes tipos de fechamento 
nos proporcionam, lembra? Se não lembra, fica tranquilo que vou te relembrar agora! 
No fechamento triângulo, a tensão que cai sobre os conjuntos de bobinas (VF) é igual a tensão da 
rede de alimentação (VL). 
 
𝑉𝐹 𝑉𝐿 
 
Já no fechamento estrela a tensão que cai sobre os conjuntos de bobinas (VF) é √3 vezes menor do 
que a tensão da rede de alimentação (VL). 
 
𝑉𝐿
𝑉𝐹  
√3
 
Para que você entenda de uma maneira melhor, vamos raciocinar juntos. 
Utilizando como exemplo justamente a placa do motor que acabamos de observar anteriormente, 
no qual temos um motor que pode ser alimentado em 2 tensões, 220V/380V. 
Qual o fechamento que deverá ser feito nesse motor quando a rede de alimentação for 220V?  
Vamos pensar juntos! 
Se  a  rede  de  alimentação  é  220V  e  a  tensão  nominal  dos  conjuntos  de  bobinas  também  é  220V, 
precisamos  fazer um fechamento no motor que quando aplicamos sobre ele os  220V da rede de 
alimentação, caia sobre seus conjuntos de bobinas uma tensão de 220V, pois é a sua tensão nominal. 
E como vimos anteriormente, o fechamento que apresenta a tensão de fase (VF) igual à tensão de 
linha (VL), ou seja, a tensão dos  conjuntos de bobinas igual à tensão  da rede de alimentação é o 
fechamento triângulo.  
 
𝑉𝐹 𝑉𝐿  
220𝑉 220𝑉 
 
Então  concluímos  que  para  ligar  esse  motor  em  uma  rede  220V,  devemos  utilizar  o  fechamento 
triângulo. 
 

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Comandos Elétricos

Porém, e se agora a tensão da rede de alimentação for 380V? Qual o fechamento que deverá ser 
feito nesse motor?  
Novamente, vamos pensar juntos! 
Se a rede de alimentação é 380V e a tensão nominal dos conjuntos de bobinas é 220V, precisamos 
fazer um fechamento no motor que quando aplicamos sobre ele os 380V da rede de alimentação, 
caia sobre seus conjuntos de bobinas uma tensão de 220V, pois é a sua tensão nominal. 
E como vimos anteriormente, o fechamento que apresenta o valor da tensão de fase (VF) √3 vezes 
menor do que a tensão de linha (VL), ou seja, a tensão dos conjuntos de bobinas √3 vezes menor do 
que a tensão da rede de alimentação, é o fechamento estrela.  
 
𝑉𝐿
𝑉𝐹  
√3
 
Substituindo, temos: 
 
380
220𝑉  
√3
 
220𝑉 220V 
 
Se você tiver dificuldade de utilizar o √3, basta substituí‐lo por 1,73. Conforme utilizado abaixo: 
 
𝑉𝐿
𝑉𝐹  
1,73
 
Substituindo, temos: 
 
380
220𝑉  
1,73
220𝑉 220V 
 

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Comandos Elétricos

Então  concluímos  que  para  ligar  esse  motor  em  uma  rede  380V,  devemos  utilizar  o  fechamento 
estrela. 
Conseguiu  visualizar  que  realizando  o  fechamento  da  maneira  correta,  independentemente  da 
tensão que você alimentar esse motor, sobre seus conjuntos de bobinas sempre continuará caindo a 
sua tensão nominal, que em nosso caso é de 220V, ou seja, a menor tensão de alimentação do motor.  
Agora  que  já  entendemos  algumas  das  caracterizas  dos  motores  e  já  sabemos  realizar  os 
fechamentos  de  seus  terminais  para  que  possamos  conectá‐lo  à  rede  elétrica  de  alimentação,  já 
somos capazes de dar um próximo passo e começar a elaborar a sua primeira partida direta de um 
motor. 

Os comandos elétricos 
Nesse momento, talvez você esteja pensando o seguinte: 

Beleza, Rodrigo, mas me deixe ver se entendi direito. 

A partida direta de um motor elétrico é quando alimentamos esse motor de forma que ele receba 
em  seus  conjuntos  de  bobinas  sua  tensão  nominal,  desde  o  momento  em  que  esse  motor  é 
alimentado, fazendo assim com que ele parta com sua potência e torque nominal. 

Entendi também que dependendo da tensão da rede, devo fazer um fechamento diferente nos 
terminais do motor.  

Até aqui tudo bem.  

Logo, posso concluir que se fizermos o fechamento do motor de forma correta, de acordo com a 
tensão da rede de alimentação, e ligarmos esse motor diretamente nos condutores dessa rede, 
já estaríamos fazendo uma partida de forma direta? 

 
Exatamente, isso já seria uma partida direta! 
Mas olhe só, por mais que dessa maneira você consiga acionar o motor, essa não é a forma correta 
de  se  fazer  isso,  pois  não  basta  apenas  ligar  o  motor,  é  necessário  que  nesse  acionamento  haja 
também uma proteção tanto para o próprio motor quanto para as pessoas que irão manuseá‐lo, e, 
além disso, ligar o motor diretamente nos condutores da rede de alimentação, você não possuirá um 
controle seguro e eficiente sobre ele, além do elevado risco de acidentes de choques elétricos que 
esse tipo de ligação oferece às pessoas. 

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Comandos Elétricos

No entanto, para solucionar todos esses problemas, utilizamos os Comandos Elétricos para realizar a 
partida,  a  proteção  e  o  controle  desses  motores,  automatizando  todo  esse  processo  de  maneira 
segura e inteligente. 
Entretanto, para obtermos esses benefícios e funcionalidades, precisamos desenvolver uma lógica 
de  comando  utilizando  o  princípio  de  funcionamento  dos  componentes,  que  por  meio  de  suas 
interações possibilitam obter esses benefícios.  
E para que possamos desenvolver e representar essas lógicas de comandos, utilizamos de diagramas, 
que  nada  mais  são  do  que  representações  gráficas  e  simbólicas, que  demostram  a  interação  que 
existe entre os componentes que compõe o projeto. 
Vamos, então, começar aprendendo sobre diagramas, que como te falei, são representações gráficas 
e simbólicas que nos auxiliam na compreensão de todo o processo de funcionamento do sistema. 
Existem alguns tipos de diagramas, porém no nosso caso, vamos falar de dois deles em específico: o 
diagrama de potência e o diagrama de comando. 

 Diagrama de potência 
O diagrama de Potência é o diagrama que vai nos apresentar o circuito de alimentação desse 
motor, também conhecido como circuito de potência, esse circuito nos mostra o caminho que a 
corrente  elétrica  percorre  desde  o  momento  em  que  entra  no  painel,  pelos  condutores  de 
alimentação da rede, até o momento que chega aos terminais de alimentação do motor, ou seja, 
esse diagrama nos demonstra o caminho por onde as maiores correntes do projeto percorrem. 
Em outras palavras, costumo falar que esse diagrama representa toda a parte “bruta” do projeto, 
que, de fato, alimentará o motor. 
Costumo fazer uma analogia com o corpo humano, em que o circuito de potência de um projeto, 
é aquela que, de fato, executa o trabalho, e pode ser comparado com nossos braços e pernas. 

 Diagrama de comando 
Já  o  diagrama  de  comando,  representa  a  parte  pensante  do  projeto,  é  nele  que  iremos 
desenvolver toda a lógica de comando por meio do funcionamento dos dispositivos elétricos. 
Aqui,  é  onde  se  encontra  o  cérebro  do  painel.    E  é  por  meio  da  lógica  desenvolvida  nesse 
diagrama, que você vai fazer o painel raciocinar por si só, vai fazê‐lo entender quando o motor 
deve  ser  ligado  e  desligado,  vai  fazê‐lo  reconhecer  o  momento  que  se  está  ocorrendo  um 
problema, e o que deve ser feito para preservar e proteger o motor e consequentemente todo o 
processo.  Nele  que  será  desenvolvido  todas  as  etapas  de  funcionamento  do  sistema, 
representando  como  os  dispositivos  e  sensores  estarão  interligados  entre  si  para  se  obter  a 
automação requerida.  
É importante saber que uma lógica de comando é algo desenvolvido para tornar evidente todo o 
processo de funcionamento de um sistema, e as lógicas de comandos são elaboradas de acordo com 
as necessidades específicas de cada caso. 

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Comandos Elétricos

Quero que você entenda, que a base para o desenvolvimento de uma lógica de comando é conhecer 
e entender exatamente o funcionamento dos dispositivos e componentes que existem no mercado, 
pois não tem como desenvolver algo que você não sabe se será possível. 
Cada dispositivo foi projetado pelo fabricante para atender uma necessidade específica, e de acordo 
com  essa  aplicação,  iremos  utilizar  o  componente  que  possui  o  funcionamento  adequado  para 
conseguirmos realizar a automação que precisamos. 
Logicamente não vou conseguir trazer todos os dispositivos que tem no mercado aqui para você, pois 
além  de  serem  muitos,  a  cada  período  surgem  novos  e  com  novas  funcionalidades,  o  que  torna 
inviável tentarmos fazer isso.  
Porém,  no  decorrer  deste  E‐Book,  trarei  os  dispositivos  que  serão  úteis  e  necessários  para  que 
possamos realizar nosso objetivo inicial, que é justamente realizar sua primeira partida de um motor, 
que agora você já sabe que será uma partida direta. 
Dito  isso,  fica  aqui  uma  dica  que  será  de  extrema  importância  para  a  sua  carreira,  tanto  de 
aprendizado quanto profissional.  
Tenha  o  hábito  de  estudar,  faça  pesquisas  na  internet  sobre  os  dispositivos  que  geralmente  são 
utilizados em comandos elétricos, tenha o hábito de entrar no site dos fabricantes para estudar os 
manuais técnicos dos dispositivos e catálogos disponibilizados por eles, justamente para que você 
possa aumentar seu conhecimento sobre os diversos dispositivos que há no mercado para serem 
utilizados,  e,  assim,  quando  for  necessário,  você  terá  bagagem  suficiente  para  saber  qual  será  o 
dispositivo mais adequado para cada aplicação. Invista em seus conhecimentos, pois são eles que o 
vão diferenciar de sua concorrência.  
Agora que você entendeu tudo isso, que tal começarmos a elaborar os diagramas do seu primeiro 
projeto, e sabe o que é mais legal? Iremos fazer isso juntos, vou passar com você por cada etapa do 
processo te explicando “o porquê das coisas”. 

O início do projeto 
O primeiro passo é analisar cuidadosamente todas as etapas do projeto, esse é o momento que você 
deve se fazer questionamentos e verificar quais são as necessidades do sistema e do cliente. 
O caso que abordaremos nesse e‐book, trata‐se do desenvolvimento da partida de um motor com a 
possibilidade  de  comandar  o  seu  acionamento  e  desligamento  de  forma  manual.  Esse  comando 
deverá proporcionar proteções de sobrecarga e curto circuito ao motor, além de, possuir sinalizações 
que indiquem ao usuário os estados de: motor ligado e parada do motor por sobrecarga. 
Sabendo disso, nós já podemos começar a estruturar toda à lógica de comando, mas fique tranquilo, 
não vou te trazer nada pronto, nós vamos pensar e executar cada etapa juntos.  Eu te apresentei essa 
situação apenas para te dar um ponto de partida, fazer você reconhecer todas as etapas do processo 
de forma progressiva, beleza?! 

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Comandos Elétricos

O segundo passo é fazer o reconhecimento de campo. Conforme eu costumo falar, nessa etapa, nós 
temos que levantar as características do sistema, ou seja, os dados da rede e do motor, para que 
possamos desenvolver todo o projeto baseado nesses dados. 
Abaixo, seguem os dados do sistema que iremos estudar. 
 

 Dados da Rede: 
Rede: Trifásica 
Nível de Tensão entre fases: 220V 
 

 Dados do motor: 
Tensões de Alimentação: 220V / 380V 
Corrente nominal (In): 9 A 
Corrente de partida (Ip): 45 A 
Tempo de partida (Tp): 3 segundos  
Fator de Serviço (FS): 1,0 
Potência nominal: 3CV 
Ip/In: 5 
 
Fique tranquilo! No decorrer desse material iremos entender exatamente onde iremos utilizar cada 
uma dessas informações em nosso projeto, ok?! 
O terceiro passo é justamente colocar a mão na massa e começar a traçar as primeiras linhas do 
projeto. Para isso iremos começar, então, pelo diagrama de potência. 

Mas, Rodrigo, eu sempre precisarei começar desenvolver pelo diagrama de potência? 

 
Não! Não é uma regra, você pode começar por qualquer um dos diagramas, porém, começar pelo 
diagrama de potência ao invés de começar pelo diagrama de comando, acaba se tornando mais fácil 
para aqueles que estão começando agora a desenvolver seus próprios diagramas. 
Começar entendendo pelo diagrama de potência como será o acionamento do motor e quais serão 
os dispositivos que irão fazer esse controle, se torna mais fácil visualizar o que deverá ser feito na 

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elaboração da lógica do diagrama de comando. Por isso, geralmente se começa o desenvolvimento 
pelo diagrama de potência. 

Elaboração do diagrama de potência 
Como  podemos  observar,  a  potência  do  motor  que  estamos  utilizando  é  de  3  CV,  nesse  caso, 
podemos  realizar  uma  partida  direta,  pois  se  você  se  lembra,  no  nosso  caso  em  específico,  a 
concessionária de energia local aqui de minha região, permite realizar uma partida direta em motores 
que possuem até 5 CV para uma rede 220V.  
Vamos  então  começar  a  representar  em  nosso  diagrama  de  potência,  a  rede  de  alimentação  e  o 
motor, para seguirmos um passo a passo lógico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Origem da Imagem – Autoria Própria 
 
Perceba que nesse momento, representei apenas as 3 fases da rede de alimentação (“R”, “S” e “T”) 
e o motor com seus 6 terminais, conforme vimos anteriormente. 
Como podemos perceber, temos uma rede de alimentação com tensão de 220V, e um motor que 
pode ser fechado para 2 níveis de tensão, sendo uma delas 220V e a outra 380V. 
 
Pergunta: 
Qual tipo de fechamento que devemos realizar nesse motor, para que ele parta de forma direta, de 
maneira que seus conjuntos de bobinas recebam sua tensão nominal? 

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Se você se lembra, anteriormente, quando havíamos comentado sobre fechamento de motor, eu te 
disse que a menor tensão da placa do motor é a tensão nominal de seus conjuntos de bobinas. 
No  nosso  caso,  a  menor  tensão  da  placa  desse  motor  é  220V,  logo,  a  tensão  nominal  de  seus 
conjuntos de bobinas é 220V. 
Se a rede que estamos utilizando possui 220V entre fases, o fechamento que devemos utilizar nesse 
motor é o fechamento triângulo, pois como vimos, no fechamento triângulo a tensão que cai sobre 
os conjuntos de bobinas é exatamente igual a tensão que você alimenta o motor, como estamos o 
alimentando com 220V, ao fazermos o fechamento triângulo, irá cair sobre os conjuntos de bobinas 
os mesmos 220V, e dessa forma, o motor irá partir com suas características nominais. Então vamos 
fazer esse fechamento justamente como aprendemos?! 
Lembrando que na placa de dados dos motores, vêm representadas as formas que os fechamentos 
devem ser realizados. Porém, eu já te ensinei a forma que os terminais devem ser combinados para 
cada fechamento, lembra? 
Referente ao fechamento triângulo, temos o seguinte: 

 Terminal 1 conectado com o terminal 6; 
 Terminal 2 conectado com o terminal 4; 
 Terminal 3 conectado com o terminal 5. 
 
Conforme a imagem abaixo. 
 
 
 
 
   
 
 
 
 
 
 
 
  Origem da Imagem – Autoria Própria 

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  O Passo a Passo Para sua Primeira Partida de Motor
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Ótimo!  Agora  nos  resta  apenas  conectar  as  fases  da  rede  de  alimentação  aos  terminais  do 
fechamento do motor, vamos lá então: 

 Fase “R” conectada nos terminais 1 e 6. 
 Fase “S” conectada nos terminais 2 e 4. 
 Fase “T” conectada nos terminais 3 e 5. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  Origem da Imagem – Autoria Própria 

 
Nesse momento o motor já iria funcionar, partindo de forma direta e com todas suas características 
nominais. 
Porém, da forma que se encontra o projeto, podemos encontrar uma série de problemas, como já 
dito anteriormente. 
A primeira delas é justamente a forma de funcionamento do motor, do jeito que está não possuímos 
o  controle  sobre  o  motor,  não  existe  nenhuma  forma  de  automação,  nesse  momento  o  motor 
permanecerá energizado e funcionando continuamente, pois não há maneiras de interromper sua 
alimentação,  a  não  ser  que  falte  a  energia  da  concessionária.  No  entanto,  não  é  esse  tipo  de 
funcionamento que queremos, não é mesmo?! 
Nesse momento que entra em cena o principal  dispositivo  que temos  para realizar o controle  de 
forma efetiva do motor, que é justamente o contator de potência.  

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Comandos Elétricos

Contator de Potência 
 
   
   
 
   
   
   
 
 
Origem da Imagem ‐ Imagem retirada da aula 8 do módulo 18 do              
                     Curso de Comandos Elétricos da Atom Elétrica 
 
De  uma  forma  geral,  os  contatores  de  potência  são  dispositivos  elétricos  que  por  meio  de  seus 
contatos permitem realizar o controle do acionamento direto de cargas com correntes mais elevadas, 
como por exemplo, os motores elétricos, no qual um simples botão ou interruptor não seria o correto 
ou o adequado, justamente por possuírem contatos com uma baixa capacidade de corrente, e por 
isso são utilizados apenas para acionamento de pequenas cargas. 
Os  contatores  possuem  o  seu  princípio  de  funcionamento  baseado  no  eletromagnetismo. 
Internamente possuem uma bobina, que quando energizada gera um campo magnético que puxa o 
núcleo pela força da atração magnética, no qual o movimento desse núcleo faz com que os contatos 
sejam  seccionados,  de  forma  que,  os  contatos  normalmente  abertos  se  fechem  e  os  contatos 
normalmente fechados se abram. Conforme representado na imagem abaixo.  
 
   
 
   
 
 
 
 
 
Origem da Imagem ‐ Imagem retirada da aula 8 do módulo 18 do                      
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Comandos Elétricos

Porém, aqui entra um detalhe muito importante que muitos que estão começando se confundem. 
Não existe contato elétrico entre a bobina e os contatos do contator, ou seja, quando você energiza 
os terminais da bobina, você não está energizando também os contatos do contator, os contatos do 
contator são o que chamamos de contato seco, no qual você precisa chegar com a alimentação em 
um de seus terminais para que ele seja energizado. Mas fique tranquilo, caso tenha ficado alguma 
dúvida, no decorrer deste E‐book iremos detalhar melhor todos esses assuntos. 
Falando um pouco mais sobre os contatos dos contatores, basicamente existem 2 tipos: os contatos 
de potência e os contatos auxiliares. 

Contatos de potência 
Os  contatos  de  potência  dos  contatores  são  aqueles  responsáveis  por  manobrar  (abrir  e  fechar) 
diretamente a linha de alimentação do motor, sendo assim, são por esses contatos que vão passar 
as maiores correntes do projeto, pois são justamente esses contatos que levam a alimentação da 
rede para o motor.  
Geralmente, em quase  100% dos casos, você encontrará nos contatores, 3 contatos de potência, 
justamente para que se torne possível o acionamento de cargas trifásicas.  
Inicialmente, no momento em que não há alimentação nos terminais da bobina do contator, esses 
contatos estão Normalmente Abertos (NA). Porém, após a bobina ser energizada, esses contatos que 
inicialmente  estavam  abertos,  passam  a  se  fechar,  e  permanecerão  fechados  enquanto  a  bobina 
estiver energizada.  
 
 
         
     
   
 
   
 
  Origem das Imagens ‐ Imagens retiradas da aula 9 do módulo 18 do                       
Curso de Comandos Elétricos da Atom Elétrica 
 

Contatos auxiliares 
Já  os  contatos  auxiliares,  são  os  contatos  responsáveis  por  auxiliar,  literalmente,  na  lógica  de 
comando,  e  por  conta  disso,  geralmente  são  representados  no  diagrama  de  comando.  Por  esses 

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contatos  passarão  correntes  muito  baixas,  diferente  dos  contatos  de  potência  que  suportam 
correntes  elevadas,  pois  de  forma  geral,  esses  contatos  auxiliares  possuem  baixa  capacidade  de 
condução de corrente, pois foram projetados apenas para acionar cargas simples, ou seja, cargas que 
não  exigem  tanto  da  rede,  como  pequenas  bobinas,  relés  e  leds  que  são  utilizados  apenas  para 
realizar a lógica de funcionamento do comando. 
Os contatos auxiliares, não possuem uma quantidade fixa no contator e nem um estado normal fixo.  
Quem vai determinar a quantidade e o estado desses contatos são os fabricantes e o modelo que 
você  adquirir.  No  mercado,  existem  fabricantes  que  fornecem  contatores  com  apenas  1  contato 
auxiliar e outros disponibilizam contatores com mais de um. 
De forma geral, os contatos auxiliares podem vir no contator assumindo 2 estados: 

 Normalmente Aberto (NA) 
Conforme explicado anteriormente, os contatos normalmente abertos permanecem abertos 
enquanto a bobina do contator não estiver energizada, porém quando a bobina é energizada, 
esses contatos se fecham, e permanecerão fechados enquanto a bobina do contator estiver 
energizada.  
 
 Normalmente Fechado (NF) 
Diferentemente dos contatos normalmente abertos (NA), os contatos normalmente fechados 
(NF),  em  seu  estado  normal,  permanecem  fechados  enquanto  a  bobina  do  contator  não 
estiver  energizada,  porém  quando  a  bobina  é  energizada,  esses  contatos  se  abrem,  e 
permanecerão abertos enquanto a bobina do contator estiver energizada.  

Identificação e simbologia dos contatores. 
Agora que você entende muito bem o que é um contator, quais os tipos de contatos que existem e a 
função  de  cada  um  deles,  precisamos  entender  também  a  forma  que  devemos  representar  os 
contatos  e  as  bobinas  nos  diagramas,  tanto  de  forma  gráfica  quanto  de  forma  literal.  As 
representações  serão  de  grande  importância  na  organização  e  identificação  dos  dispositivos  que 
iremos introduzir nos diagramas futuramente, além de ajudar também na compreensão do diagrama 
por outras pessoas que possam vir a ter contato com ele em algum momento. 
Essas representações, chamamos de simbologias, que basicamente são compostas de 3 informações: 

 Simbologia gráfica; 
 Simbologia Literal;  
 Identificação dos terminais. 

Simbologia gráfica 
Essa simbologia é justamente o desenho representativo do dispositivo no diagrama, será de grande 
importância na diferenciação e identificação do dispositivo perante os demais presentes ali.  

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Sabendo  disso,  os  contatores  possuem  3  itens  que  compõe  sua  estrutura,  e  que  devem  ser 
representados de formas separadas, pois possuem funções distintas no diagrama, são eles: 

 Bobina; 
 
     
 

 Contatos de Potência; 
 
 
   
 

 Contatos auxiliares. 
     
   
 

Simbologia Literal 
Outra importante simbologia que deve estar em evidência nos diagramas, é justamente, a simbologia 
literal, também conhecida por TAG. Essas simbologias serão de extrema importância na distinção dos 
dispositivos que possuem as mesmas simbologias gráficas no diagrama, pois, por exemplo, em um 
mesmo diagrama pode haver mais do que um contator, e esses contatores serão diferenciados um 
do outro justamente pelas TAG’s. Em outras palavras, elas serão os nomes que cada dispositivo vai 
receber de forma única. 
A simbologia literal dos contatores é: 

KM 
Porém, como acabei de falar, em um diagrama pode haver mais do que um contator. Desta forma, 
você irá diferenciá‐los da seguinte maneira: 
Imagine que você tem 2 contatores em seu diagrama, como que devemos chama‐los já que ambos 
são contatores e devem receber a TAG: “KM”? 
É bem simples, um dos contatores você chamaria de “KM1” e o outro contator, você chamaria de 
“KM2”. Viu como é fácil! 

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Comandos Elétricos

Identificação dos terminais 
As identificações dos terminais servem justamente para que possamos identificar as características 
dos componentes do dispositivo. Sendo assim, veremos, agora, como são identificados os terminais 
da bobina e dos contatos de um contator. 
Começando pela bobina, o terminal de entrada recebe a nomenclatura: “A1”, e o terminal de saída 
recebe  a  nomenclatura:  “A2”,  acrescentando  essas  numerações,  temos  a  forma  completa  da 
simbologia da bobina de um contator em nosso diagrama, conforme a imagem abaixo. 
 
 
 
 
Observação: A bobina do contator será representada no diagrama de comando. 
Partindo  para  os  contatos  de  potência,  vimos  que  por  padrão  nos  contatores,  existem  3  deles 
disponíveis, e deverão ser identificados da seguinte forma: 

 Para o primeiro contato de potência, o terminal de entrada recebe a nomenclatura: 1 ou L1, 
e o terminal de saída recebe a nomenclatura: 2 ou T1; 
 
 Para o segundo contato de potência, o terminal de entrada recebe a nomenclatura: 3 ou L2, 
e o terminal de saída recebe a nomenclatura: 4 ou T2; 
 
 Para o terceiro contato de potência, o terminal de entrada recebe a nomenclatura: 5 ou L3, e 
o terminal de saída recebe a nomenclatura: 6 ou T3. 
 
 
 
 
Observação 1: Os contatos de potência são representados no diagrama de potência, pois são eles os 
responsáveis  por  levar  a  alimentação  diretamente  para  os  terminais  do  motor,  ou  seja,  por  eles 
passarão as maiores correntes do projeto.  
Observação 2: Os contatos de potência não possuem contato elétrico entre si, ou seja, caso você 
chegue com a alimentação apenas no primeiro contato, o segundo e o terceiro contato, não serão 
energizados.  Para  você  energiza‐los  você  deve  levar  uma  alimentação  à  eles  também,  pois  são 
contatos distintos e isolados eletricamente entre si.  

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Observação 3: Os contatos de potência, não possuem polaridade, ou seja, você pode chegar com 
alimentação tanto no terminal de saída, quanto no terminal de entrada, porém por boas práticas, a 
alimentação é conectada aos terminais de entrada de cada contato. 
Por  último  e  não  menos  importante,  temos  os  contatos  auxiliares.  Porém,  aqui  existe  algumas 
regrinhas e padrões que devem ser seguidas, olhe só. 
Devemos representar os contatos auxiliares com 2 dígitos, sendo que: 
O primeiro dígito vai representar a ordem e sequência dos contatos auxiliares no contator, como por 
exemplo, se for o primeiro contato auxiliar do contator, o primeiro dígito do número de identificação 
de seus terminais será representado pelo número “1”, já o segundo contato auxiliar desse contator, 
terá o seu primeiro dígito preenchido pelo número “2”, e assim sucessivamente. 
O  segundo  dígito,  vai  representar  o  estado  normal  deste  contato,  ou  seja,  se  ele  é  normalmente 
aberto ou normalmente fechado: 

 Contato Normalmente Fechado (NF)   Contato Normalmente Aberto (NA) 
Terminal de entrada: “1”  Terminal de entrada: “3” 
Terminal de saída: “2”  Terminal de saída: “4” 
 
 
   
 
 
Nesse caso, independente da ordem desse contato no dispositivo, esse segundo dígito sempre vai 
assumir  os  números  “1”  e  “2”  quando  for  um  contato  Normalmente  Fechado  (NF),  ou  “3”  e  “4” 
quando for um contato Normalmente Aberto (NA). 
Para ficar mais fácil a sua compreensão vamos fazer um exercício. Abaixo segue uma imagem com 4 
contatos  auxiliar  de  um  mesmo  contator,  perceba  que  as  TAG’s  são  as  mesmas,  nesse  caso  em 
específico, “KM”. 
   
     
 
Veja que temos 4 contatos, onde da esquerda para a direta vamos inserir as seguintes numerações: 
   
   
 
 

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Vamos  fazer  uma  análise  isoladamente  do  primeiro  e  segundo  contato  deste  desenho  e  as 
considerações feitas para esses dois contatos servirão para os demais, isso para sermos mais breve e 
menos redundante. 
Perceba  que  o  primeiro  dígito  do  primeiro  contato  foi  representado  pelo  número  “1”,  pois  da 
esquerda para direita ele representa o primeiro contato, já o segundo dígito desse contato recebe 
“3”  para  entrada  e  “4”  para  saída,  representando  que  esse  contato  é  um  contato  Normalmente 
Aberto (NA), formando assim as identificações “13” e “14”. 
Já  a  numeração  do  segundo  contato  possui  em  seu  primeiro  dígito,  o  número  “2”,  pois  ele  é  o 
segundo contato da esquerda para direita, e o seu segundo dígito recebe “1” para a entrada e “2” 
para  a  saída,  pois  se  trata  de  um  contato  Normalmente  Fechado  (NF),  formando  assim  as 
identificações “21” e “22”. 
Observação 1: Os contatos auxiliares dos contatores são representados no diagrama de comando. 
Observação 2: Assim como os contatos de potência, os contatos auxiliares dos contatores também 
não possuem contato elétrico entre si, ou seja, caso o contator possua mais de um contato auxiliar, 
ao  se  alimentar  um  deles,  os  demais  não  serão  energizados.  Para  energizá‐los  você  deverá  levar 
alimentação à eles também.  
Observação 3: Os contatos auxiliares, da mesma forma que os contatos de potência, não possuem 
polaridade, porém por boas práticas, a alimentação é conectada aos terminais de entrada. 
Voltando, então, para o diagrama, se você se lembra, paramos exatamente na parte que tínhamos o 
motor alimentado diretamente na rede, como na imagem abaixo. 
 
 
 
 
 
   
 
 
 
 
 
 
Origem da Imagem – Autoria Própria 

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Nesse momento vou te pedir bastante atenção! 
Anteriormente,  comentei  com  você  que  no  estado  que  está  esse  diagrama  temos  uma  série  de 
problemas,  sendo que  um deles é  a falta do controle de forma eficiente deste motor, pois nesse 
momento o motor se encontra alimentado diretamente na rede de alimentação, e desta forma, não 
temos nenhum mecanismo ou dispositivo que hora permita e hora não permita que a alimentação 
da rede chegue a seus terminais de alimentação.  
Entretanto,  acabamos  de  conhecer  um  dispositivo  que  possui  justamente  a  característica  que 
precisamos, ou seja, conhecemos um dispositivo que tem como funcionalidade principal o controle 
de forma eficiente de cargas com correntes elevadas, e esse dispositivo é justamente os contatores 
de potência. 
Porém, aqui vem mais um detalhe de extrema importância. Como estamos elaborando o diagrama 
de  potência,  nesse  diagrama  serão  representados  apenas  os  contatos  de  potência  do  contator, 
deixando os contatos auxiliares e a bobina para o diagrama de comando. 
Então, disto isso, vamos interromper as fases que chegam diretamente nos terminais de alimentação 
do motor e acrescentar justamente os contatos de potência do contator. Vamos lá! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  Origem da Imagem – Autoria Própria 

 
Agora  sim!  Da  forma  que  se  encontra  o  diagrama  de  potência,  será  possível  controlar  o  motor 
justamente por meio do acionamento e desligamento da bobina do contator que será acrescentado 
futuramente no diagrama de comando, ou seja, quando a bobina do contator estiver sem energia, 

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seus contatos de potência estarão Normalmente Abertos (NA), sendo assim, a energia ficará parada 
em seus terminais de entrada (“1”, “3” e “5), porém, quando energizarmos a bobina deste contator, 
esses contatos se fecharão, e dessa forma, fechará o circuito, permitindo com que a energia chegue 
aos terminais de alimentação do motor, realizando o seu acionamento!  
E para desligar esse motor, basta retirar a alimentação da bobina deste contator que seus contatos 
de  potência  voltarão  a  se  abrir,  interrompendo  novamente  o  circuito,  e,  assim,  retirando  a 
alimentação do motor. Dessa forma a energia voltará a ficar parada nos terminais de entrada (“1”, 
“3” e “5”) do contator. 
Muito  bem,  meu  amigo,  primeiro  problema  solucionado!  Entretanto,  ainda  estamos  longe  de 
terminar o nosso diagrama de potência, pois da forma que esse diagrama se encontra, não temos 
uma proteção, nem para o circuito (condutores e dispositivos) e nem para a carga (motor).  
Costumo falar, que este é o ponto mais importante de qualquer projeto. Devemos sempre zelar pela 
segurança, pois sabemos que na ausência dela, podemos ter prejuízos irreparáveis. 
E  se  tratando  deste  assunto,  possuímos  no  mercado  uma  série  de  dispositivos  que  fornecem 
proteção para o circuito e para a carga, e muitas das vezes conseguimos obter mais de um tipo de 
proteção  no  mesmo  dispositivo,  porém  aqui  neste  E‐Book  iremos  tratar  mais  especificamente  de 
dispositivos que nos forneça uma proteção contra: 

 Curto‐circuito 
 Sobrecarga 
Da mesma forma que fizemos para os contatores, iremos dar uma pequena pausa no diagrama de 
potência, justamente para conhecermos de uma forma mais aprofundada os dispositivos que farão 
a proteção, tanto para o circuito quanto para a carga.  
Começaremos,  então,  falando  do  dispositivo  que  nos  proporcionará  uma  proteção  contra  curto‐
circuito, e para isso, utilizaremos um dispositivo que até mesmo pessoas que não são da área elétrica, 
conhecem ou já viram alguma vez em sua vida, que é justamente o minidisjuntor. 
Observação: No mercado existem outros dispositivos que exercem também esse tipo de proteção 
(contra curto‐circuito), mas neste E‐book trataremos apenas dos minidisjuntores.  
 
 
 
 
 
 

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Minidisjuntor 
 
   
 
   
   
 
   
 
 
 
 
Origem da Imagem ‐ Imagem retirada da aula 11 do módulo 20 do                       
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Os minidisjuntores são dispositivos que fornecem para o circuito uma proteção contra sobrecarga e 
curto‐circuito. Entretanto, antes de entendermos como o minidisjuntor realiza essas proteções, você 
precisa entender justamente o que é uma sobrecarga, e o que é um curto‐circuito, não é mesmo?! 
De forma geral, uma sobrecarga é uma corrente que circula pelo circuito acima do valor nominal 
estabelecido, porém essa corrente não possui valores tão elevados. 
Já  um  curto‐circuito,  também  é  uma  corrente  acima  do  valor  nominal  estabelecido,  porém  essa 
corrente assume valores muito elevados. 
Então de forma geral, podemos dizer que a diferença entre um curto‐circuito para uma corrente de 
sobrecarga é justamente o valor da intensidade dessa corrente.  
Mas,  para  que  você  possa  compreender  melhor,  vamos  entender  como  o  dispositivo  consegue 
identificar cada um desses tipos de problemas. 
Para isso, vamos falar um pouco sobre a lâmina bimetálica e sobre a bobina de disparo que estão 
localizadas internamente no minidisjuntor. 

Lâmina bimetálica 
A lâmina bimetálica é justamente o componente responsável por identificar e realizar o desarme do 
dispositivo de proteção no momento em que houver uma sobrecarga no circuito. 

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Essa lâmina é composta por 2 tipos de materiais que são soldados um ao outro, sendo que um deles 
apresenta um coeficiente de dilatação maior que o outro, conforme a imagem abaixo: 
   
  
 
   
   
 
   
  Origem da Imagem ‐ Imagem retirada da aula 11 do módulo 20 do                       
Curso de Comandos Elétricos da Atom Elétrica 
 
O coeficiente de dilatação representa exatamente a capacidade de dilatação que o material possui, 
ou  seja,  o  quanto  esse  material  irá  dilatar  (aumentar  de  tamanho)  ao  ser  exposto  a  uma  certa 
temperatura. 
O  princípio  de  funcionamento  da  lâmina  bimetálica  é  baseado  na  dilatação  que  ocorre  pela 
temperatura gerada pela circulação de corrente elétrica por ela, sendo assim, quanto maior for a 
corrente, maior será a temperatura e maior será a dilatação. 
Sabendo disso, pelo fato dessa lâmina ser composta por dois materiais com diferentes coeficientes 
de  dilatação,  e  que  por  eles  circulará  a  mesma  corrente,  ambos  os  materiais  atingirão  a  mesma 
temperatura,  porém  esses  materiais  terão  comportamentos  diferentes,  em  que  o  material  que 
possui o maior coeficiente de dilatação, terá um maior aumento de tamanho em relação ao material 
de menor coeficiente, conforme a imagem abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
   
Origem da Imagem ‐ Imagem retirada da aula 11 do módulo 20 do                       
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De  acordo  com  a  imagem  anterior,  podemos  notar  que  conforme  a  corrente  se  eleva,  e 
consequentemente  a  temperatura  se  eleva  junto,  o  material  que  possui  o  maior  coeficiente  de 
dilatação tenderá a se curvar para o lado do material que possui o menor coeficiente de dilatação, 
pois  como  estão  soldados  entre  si,  o  material  com  menor  coeficiente  de  dilatação  não  consegue 
acompanhar o mesmo crescimento do material que possui uma dilatação maior e o puxará para o 
seu lado, a fim de compensar essa diferença de tamanho. 
Na medida em que essa lâmina se dilata e curva para um dos lados, chegará a um ponto em que ela 
acionará um gatilho interno, e, assim, esse gatilho desarmará o minidisjuntor, abrindo seus contatos 
e protegendo o circuito. 
Dito  isso,  de  acordo  com  a  temperatura  gerada  pela  passagem  da  corrente  elétrica,  essa  lâmina 
tenderá  a  se  curvar  mais  ou  menos,  e  quanto  maior  for  essa  temperatura,  mais  rápido  será  o 
acionamento do gatilho.  
Podemos verificar esse processo justamente pela imagem abaixo: 
 
 
   
   
   
 
 
 
Origem da Imagem ‐ Imagem retirada da aula 11 do módulo 20 do                     
  Curso de Comandos Elétricos da Atom Elétrica 

Bobina de disparo 
Para a atuação de curto‐circuito, o minidisjuntor se baseia em princípios eletromagnéticos, utilizando 
de uma bobina para realizar a identificação do curto‐circuito. 
 
   
   
 
 
 
Origem da Imagem ‐ Imagem retirada da aula 11 do módulo 20 do                   
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A bobina de disparo é composta por: uma bobina, um pino e uma mola que mantem o pino no interior 
da bobina. 
No  momento  em  que  houver  uma  corrente  de  curto‐circuito,  irá  circular  por  essa  bobina  uma 
corrente  capaz  de  gerar  um  campo  magnético  com  intensidade  suficiente  para  vencer  a  força  da 
mola  e  expulsar  o  pino  de  seu  interior,  fazendo  então  com  que  ele  se  mova  até  atingir  o  gatilho 
responsável pelo desarme do disjuntor. Conforme a imagem abaixo:  
 
       
 
 
 
  Origem da Imagem ‐ Imagem retirada da aula 11 do módulo 20 do                       
Curso de Comandos Elétricos da Atom Elétrica 
 
Nesse momento, então, o minidisjuntor irá desarmar, abrindo seus contatos e consequentemente 
protegendo o circuito. 
Vale a pena lembrar, que uma corrente de sobrecarga não tem capacidade suficiente para gerar esse 
campo magnético que consiga vencer a força da mola e movimentar o pino localizado no interior da 
bobina de disparo, justamente pelo fato de que uma corrente de sobrecarga possui um valor inferior 
a uma corrente de curto‐circuito.  
A imagem abaixo representa um disjuntor aberto, mostrando exatamente o seu interior que compõe 
a lâmina bimetálica, a bobina de disparo e o gatilho de desarme. 
 
Gatilho   
  Térmico 

  Lâmina  
Bimetálica 
   
 
  Gatilho 
Magnético 
   
Bobina de 
  Disparo 
  Origem da Imagem ‐ Imagem retirada da aula 11 do módulo 20 do              
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Apesar  do  fato  do  minidisjuntor  ser  um  dos  dispositivos  mais  comuns  nas  instalações  elétricas, 
existem algumas de suas características que são negligenciadas ou até mesmo desconhecidas por 
alguns dos profissionais da área.  
Passaremos,  então,  por  algumas  dessas  características,  justamente  para  que  você  possa 
compreender, de fato, o real funcionamento do minidisjuntor para, então, darmos continuidade na 
elaboração do nosso diagrama, são elas: 

Polos  
Os polos dos minidisjuntores representam justamente a quantidade de “contatos” que possuem, e 
são neles que você conectará os condutores de alimentação da rede, sendo assim, você encontra 
uma certa variedade de modelos de minidisjuntores no mercado. 
Para determinar a quantidade de polos que serão utilizados no circuito, precisamos conhecer como 
está composto o circuito de alimentação, pois é importante entender que apenas as fases, de modo 
geral, são conectadas ao minidisjuntor. 
Sabendo então essa informação, podemos definir a quantidade de polos para proteção do circuito, 
conforme indicado abaixo. 
 
   
 
   
 
 
 
 
 
Origem da Imagem – Autoria Própria 
 

Capacidade de corrente nominal 
Essa informação nos diz exatamente qual o valor máximo de corrente que o minidisjuntor interpreta 
como  uma  corrente  de  trabalho  normal,  em  outras  palavras,  essa  informação  nos  indica  que 
circulando uma corrente até o valor indicado como nominal, o minidisjuntor funcionará normalmente 
e não ocorrerá desarme por sobrecarga ou curto‐circuito, ultrapassando esse valor de corrente, o 
desarme será baseado na curva de disparo que veremos posteriormente. 

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Por meio da imagem abaixo, podemos observar exatamente o valor da corrente nominal descrita no 
corpo do dispositivo. 
 
 
     
 
   
 
   
 
 
Origem da Imagem – Autoria Própria 
 

Capacidade de interrupção 
Essa  informação  nos  indica  qual  é  a  capacidade  máxima  de  corrente  de  curto‐circuito  que  esse 
dispositivo consegue interromper de forma segura, seguindo os critérios estabelecidos pelas normas 
NBR60898 e IEC60947. 
Essa corrente de curto‐circuito varia de minidisjuntor para minidisjuntor, ou seja, dois minidisjuntores 
podem ter a mesma capacidade de corrente nominal, porém suas capacidades de interrupção serem 
diferentes.  Essa  capacidade  de  interrupção  é  encontrada  em  escalas  de  Quilo  Amperes  (KA), 
conforme podemos observar descrito no minidisjuntor mostrado na imagem abaixo. 
 
   
 
 
 
   
 
 

Origem da Imagem – Autoria Própria 

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Curva de disparo 
A  curva  de  disparo  é  a  característica  que  define  a  sensibilidade  de  desarme  do  minidisjuntor  em 
relação à corrente que está circulando por ele.  
Por meio dessa curva de disparo, o minidisjuntor define o que, para ele, é considerado como uma 
corrente de sobrecarga e o que para ele é considerado como uma corrente de curto‐circuito, pois no 
mercado,  existem  diferentes  tipos  de  curvas,  e  para  cada  uma  dessas  curvas,  têm‐se  pontos  de 
valores diferentes para o que é considerado uma sobrecarga e o que é considerado um curto‐circuito. 
De forma geral, as curvas encontradas no mercado são basicamente:  

 Curva B – São utilizadas para proteção de circuitos que alimentam cargas com características 
predominantemente  resistivas,  como  por  exemplo:  Lâmpadas  incandescentes,  chuveiros, 
torneiras  e  aquecedores  elétricos.  Na  curva  B,  consideram‐se  como  sobrecarga,  correntes 
com  valores  de  até  3x  a  corrente  nominal,  e  a  partir  desse  valor  se  é  considerado  como 
correntes de curto‐circuito. 
 Curva C – São utilizadas para a proteção de circuitos que alimentam especificamente cargas 
de natureza indutiva que apresentam picos de corrente no momento da ligação, como micro‐
ondas,  ar  condicionado,  motores  para  bombas,  além  de  circuitos  com  cargas  de 
características semelhantes a essas. Na curva C, consideram‐se como sobrecarga, correntes 
com  valores  de  até  5x  a  corrente  nominal,  e  a  partir  desse  valor  se  é  considerado  como 
correntes de curto‐circuito. 
 Curva  D  –  São  utilizadas  para  a  proteção  de  circuitos  que  alimentam  cargas  altamente 
indutivas que apresentam elevados picos de corrente no momento de ligação, como grandes 
motores,  transformadores,  além  de  circuitos  com  cargas  de  características  semelhantes  a 
essas.  Na  curva  D,  consideram‐se  como  sobrecarga,  correntes  com  valores  de  até  10x  a 
corrente nominal, e a partir desse valor se é considerado como correntes de curto‐circuito. 
Observação: Existem ainda outros tipos de curvas de disparo, porém, elas são utilizadas em casos 
muito específicos, por esse motivo  não são todos os fabricantes que possuem em  seus catálogos 
esses tipos de curvas, devido a isso, não vamos entrar mais a fundo, ok?! 
Todas as características listadas acima são de extrema importância para compreendermos como os 
minidisjuntores  serão  aplicados  nos  diagrama  e  como  serão  dimensionados,  assuntos  estes  que 
veremos mais à frente. 
Resumidamente, o disjuntor em seu estado desarmado, possui seus contatos normalmente abertos, 
mantendo o circuito após ele sem energia. 
Após o acionamento da alavanca localizado em sua face frontal, esses contatos se fecham permitindo 
a passagem da energia por eles, e a partir daí, a lâmina bimetálica e a bobina de disparo começam a 
monitorar o circuito para realizar a proteção na presença de uma sobrecarga ou curto‐circuito, como 
já explicado anteriormente. 

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Simbologia 
Assim como os contatores, o minidisjuntor também possui sua representação gráfica e literal, que 
veremos agora. 
A simbologia literal dos minidisjuntores é a letra: 


Como vimos anteriormente, os minidisjuntores podem ser encontrados em algumas versões mais 
usuais: unipolar, bipolar e tripolar, e por esse motivo existe uma variação na simbologia gráfica entre 
essas variações, mas fique tranquilo que a única diferença de uma para outra é na quantidade de 
polos. Podemos notar essa observação nas imagens abaixo:  

 Minidisjuntor unipolar (1P): 
 
   
 
 
 
 
 Minidisjuntor bipolar (2P): 
 
 
   
 
 
 
 Minidisjuntor tripolar (3P): 
 
   
 
 
Porém, antes de seguirmos para a representação deste componente em nosso diagrama de potência, 
nesse momento vou lhe pedir que preste bastante atenção no seguinte recado:  
O minidisjuntor, conforme aprendemos, possui proteção contra curto‐circuito e contra sobrecarga, 
porém utilizaremos sua proteção contra curto‐circuito para o motor e para o circuito de forma geral 
(condutores e dispositivos). Já a proteção de sobrecarga oferecida pelo minidisjuntor será utilizada 
apenas para os condutores do circuito, e não será utilizada para a proteção do motor em si. 

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O  motivo  disso  é  o  fato  de  que  com  a  proteção  de  sobrecarga  oferecida  pelo  minidisjuntor,  não 
conseguiremos  oferecer  uma  proteção  ao  motor  de  forma  precisa  e  ajustada  para  sua  corrente 
nominal,  pois  os  minidisjuntores  possuem  valores  de  correntes  padrões  e  pré‐definidas,  não 
contendo  todos  os  valores  possíveis  no  mercado,  como  por  exemplo,  existem  fabricantes  que 
possuem minidisjuntores com correntes a partir de 06A, e o próximo valor disponível depois de 06A 
é o de 10A, e o próximo depois de 10A é o de 16A, e assim por diante. Perceba que entre os valores 
de 06A e 10A não temos disponível, por exemplo, o valor de 8,5A, e quando se trata de motores, 
precisamos proporcionar uma proteção precisa, mais cravada ao seu valor de corrente nominal. Se 
fôssemos, por exemplo, proteger um motor cuja corrente nominal fosse de 8,5A, precisaríamos de 
um dispositivo que tivesse uma proteção para o valor de 8,5A, justamente para não permitirmos que 
o motor, trabalhe com valores acimas que seu valor nominal. 
Porém, antes de conhecermos qual será esse dispositivo que proporciona ao motor uma proteção 
contra sobrecarga mais precisa, vamos voltar para o diagrama de potência, justamente para inserir o 
minidisjuntor e garantir a proteção de curto‐circuito para o circuito como um todo e de sobrecarga 
aos condutores do circuito. 
Sabendo que se trata de um motor trifásico, e que obviamente devemos utilizar uma alimentação 
trifásica  para  alimentarmos  esse  motor,  utilizaremos  um  minidisjuntor  tripolar  (3P)  para  essa 
proteção. Desta forma, basta abrirmos o circuito de alimentação do motor e colocar o minidisjuntor 
da seguinte forma: 
 
   
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Origem da Imagem – Autoria Própria 

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Nesse momento, o circuito de potência já possui uma proteção contra curto‐circuito e sobrecarga, 
porém como havia dito anteriormente, para o motor, nesse momento, só existe a proteção contra 
curto‐circuito.  
Porém, agora, você deve estar me perguntando: 
 

Rodrigo, então qual será  o dispositivo que utilizaremos para fornecer ao motor uma proteção 
contra sobrecarga? 

 
Para isso, meu amigo, o dispositivo que será utilizado para essa função será o relé de sobrecarga. 
Então, vamos conhecer, agora, sobre mais esse dispositivo. 

Relé de sobrecarga 
 
 
 
   
 
 
 
 
 
 
 
Origem da Imagem ‐ Imagem retirada da aula 20 do módulo 20 do                       
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O  relé  de  sobrecarga  possui  como  função  principal  realizar  a  proteção  do  motor  contra  uma 
sobrecarga, de uma forma mais efetiva e precisa, pois, diferentemente do minidisjuntor, que possui 
uma  corrente  nominal  fixa,  o  relé  de  sobrecarga  apresenta  uma  proteção  térmica  ajustável,  nos 
possibilitando,  assim,  selecionar  o  ajuste  da  proteção  de  sobrecarga  exatamente  para  o  valor  da 
corrente nominal do motor.  
Para entendermos melhor o funcionamento do relé de sobrecarga, nesse momento vamos passar 
justamente pelas características dos componentes que o compõem, então vamos lá! 

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Lâmina bimetálica 
Creio que não precisamos nos delongar muito sobre esse assunto, pois entendemos muito bem o 
princípio de funcionamento das lâminas bimetálicas quando falamos dos minidisjuntores, e para o 
relé de sobrecarga, o princípio de funcionamento é exatamente o mesmo. 
A  imagem  abaixo  representa  exatamente  como  são  as  lâminas  bimetálicas  no  interior  do  relé  de 
sobrecarga. 
 
Lâminas  
  Bimetálicas   
 
   
   
   
   
 
 
Origem da Imagem ‐ Imagem retirada da aula 21 do módulo 20 do                       
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Parafuso de ajuste 
O parafuso  de ajuste  é  o  local  por  onde  é  possível ajustar  a sensibilidade de proteção do relé  de 
sobrecarga. 
Esse ajuste é possível, pois ao girar o parafuso de ajuste, o gatilho é deslocado, para mais perto ou 
para mais longe da lâmina bimetálica, de forma que essa distância necessitará que haja uma dilatação 
maior ou menor da lâmina para poder disparar o gatilho.  
 
 
   
 
 
 
 
Origem da Imagem ‐ Imagem retirada da aula 20 do módulo 20 do                     
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Sabendo disso, iremos selecionar no parafuso de ajuste a corrente nominal do motor, e, assim, se 
torna possível a proteção de forma precisa contra uma sobrecarga, pois conforme a imagem acima 
conseguimos  visualizar  que  o  relé  de  sobrecarga  possui  uma  faixa  de  ajuste,  no  qual  devemos 
selecionar o valor da corrente nominal dentre os valores máximo e mínimo.  
No exemplo da imagem ilustrada, possuímos um faixa de ajuste que abrange os valores entre 1,6A 
até 2,5A. Os fabricantes produzem relés de sobrecarga com diversos valores de faixa de ajuste, então, 
sabendo disso, quando for preciso comprar um relé de sobrecarga, precisamos verificar qual o relé 
de sobrecarga que possui uma faixa de ajuste que contenha o valor de corrente que necessitamos. 

Contatos auxiliares 
Se  tratando  de  contatos  nos  relés  de  sobrecarga  é  de  extrema  importância  entender  que  esses 
dispositivos não possuem contatos de potência, possuem apenas contatos auxiliares, que podem ser: 

 Normalmente Aberto (NA) 
Esses contatos permanecerão abertos enquanto não for detectado pelas lâminas bimetálicas 
uma corrente de sobrecarga. 
Porém,  quando  houver  uma  sobrecarga  no  motor,  as  lâminas  bimetálicas  acionarão  o 
mecanismo de disparo, e esse contato que antes estava aberto, se fechará. 
 
 Normalmente Fechado (NF) 
Esses  contatos  permanecerão  fechados  enquanto  não  for  detectado  pelas  lâminas 
bimetálicas uma corrente de sobrecarga. 
Porém,  quando  houver  uma  sobrecarga  no  motor,  as  lâminas  bimetálicas  acionarão  o 
mecanismo de disparo, e esse contato que antes estava fechado, se abrirá. 
 
 
 
 
 
 
 
 
   
 
 
 
 
 
 
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Comandos Elétricos

Rearme 
O rearme do relé de sobrecarga é justamente a forma como os contatos auxiliares irão se comportar 
após o acionamento por uma sobrecarga. 
Conforme vimos, após uma sobrecarga, os contatos auxiliares do relé de sobrecarga são acionados, 
sendo assim, o contato Normalmente Aberto (NA) se fecha, e o contato Normalmente Fechado (NF) 
se abre.  
Entretanto,  após  uma  sobrecarga,  o  motor  será  desligado  e  não  haverá  mais  corrente  elétrica 
circulando pelo circuito, de forma que também não haverá mais corrente elétrica circulando por suas 
lâminas bimetálica, e, assim, essas lâminas deixarão de aquecer e passarão a esfriar, se contraindo 
novamente e voltando para sua posição inicial, com isso desacionando o gatilho de disparo. Porém 
neste momento, há duas possibilidades de rearme quando nos referimos aos relés de sobrecarga, 
que  seriam:  o  rearme  automático  dos  contatos,  ou  o  rearme  manual  dos  contatos,  ambos  são 
selecionados por uma chave seletora presente na face do dispositivo, conforme imagem abaixo. 

Rearme automático 
No  caso  específico  do  modelo  que  estamos  representando  na  imagem  abaixo,  para  selecionar  a 
opção  de  rearme  automático,  a  chave  de  seleção  deve  estar  virada  para  o  lado  com  a  letra  “A” 
(Automático).  
 
Rearme 
  Automático 

 
   
 
 
 
 
 
 
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No  Rearme  automático,  após  o  resfriamento  da  lâmina  bimetálica,  os  contatos  voltarão 
automaticamente para os seus estados normais, ou seja, o contato normalmente aberto volta a se 
abrir e o contato normalmente fechado volta a se fechar. 
Caso haja uma nova sobrecarga, todo o processo volta a se repetir. 

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Rearme manual 
Agora, para o modelo que estamos utilizando como exemplo na imagem abaixo, para selecionar a 
opção de rearme manual, a chave de seleção deve estar virada para o lado com a letra “M” (Manual).  
 
Rearme 
 
Manual 
 
   
 
 
 
 
 
 
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No  entanto,  para  esse  modelo,  no  momento  em  que  se  posiciona  a chave  de  seleção  na  posição 
manual, essa chave salta para fora  e passa a se comportar  como um botão de pulso, perceba  na 
imagem abaixo: 
 
 
 
 
   
 
 
 
 
 
 
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No  rearme  manual,  após  o  resfriamento  da  lâmina  bimetálica,  os  contatos  não  voltarão 
automaticamente  para  os  seus  estados  normais,  eles  permanecerão  acionados  até  que  seja 
pressionada a chave seletora que, agora, assume o papel de botão de rearme manual. 
Após o botão de rearme manual ser pressionado, havendo uma nova sobrecarga, todo o processo 
volta a se repetir. 
Aqui fica uma recomendação muito importante para você. Preste bastante atenção! 
Sempre vou recomendar, quando possível, que deixe sempre a opção de rearme manual selecionada, 
pois, no momento que ocorrer uma sobrecarga, se torna muito mais fácil realizar um diagnóstico, 
pois se torna obrigatório que algum responsável se dirija até o local para verificar o ocorrido, e, então, 
realizar as manutenções apropriadas para a solução do problema. 
Porém, se esse relé de sobrecarga estivesse na opção de rearme automático, caso acontecesse uma 
sobrecarga na máquina e você se deparasse com ela depois de um certo tempo em que as lâminas 
bimetálicas do relé de sobrecarga já estivessem frias e contraídas, você iria verificar que os contatos 
do relé de sobrecarga estariam desacionados, pois o rearme estava na opção automático. E então o 
problema seria mais complicado de se diagnosticar, você teria que fazer mais testes para saber o 
motivo daquela máquina parada. 

Simbologia 
Da mesma forma que todos os dispositivos que vamos utilizar e representar em nosso diagrama, o 
relé de sobrecarga deve ser representado por meio de sua simbologia, tanto literal quanto gráfica. 
Se tratando de sua simbologia literal, iremos representá‐lo com as letras: 

FT 
Quando se diz respeito a sua simbologia gráfica, o relé de sobrecarga deve ser representado de 
duas formas, uma referente às lâminas bimetálicas, que serão representadas no diagrama de 
potência, e a outra referente a seus contatos auxiliares, que como já sabemos serão representados 
no diagrama de comando. Então, vamos ver como são essas simbologias. 

 Lâminas bimetálicas: 
   
 
 

 Contato auxiliar normalmente fechado (NF): 
 
 

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 Contato auxiliar normalmente aberto (NA): 
 
 
 
Agora sim! Podemos voltar para o diagrama de potência e acrescentar as nossas lâminas bimetálicas, 
vamos lá! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Origem da Imagem – Autoria Própria 
 

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Ótimo!  Da  forma  que  se  encontra  o  diagrama,  já  fornecemos  para  o  circuito  e  para  o  motor, 
proteções  tanto  contra  sobrecarga  quanto  contra  curto‐circuito.  Lembrando  que  possibilitamos 
também o controle de acionamento e desligamento do motor por meio dos contatos de potência do 
contator. 
Agora  o  que  nos  resta  é  justamente  elaborar  o  diagrama  de  comando  justamente  para  realizar  a 
lógica de comando que fará o controle do motor. 
Uma  informação  bastante  relevante  e  importante  para  a  elaboração  do  diagrama  de  comando  é 
justamente no que se diz respeito a seus condutores de alimentação, pois independente de se tratar 
de uma rede trifásica, o comando sempre será realizado por dois condutores, sejam eles, “Fase + 
Fase”, “Fase + Neutro” ou “positivo + negativo” quando se tratando de corrente contínua. 
No nosso caso, vamos utilizar “Fase + Fase” para o circuito de comando, tudo bem?! 
Entretanto, o circuito de comando, também deve estar protegido contra curto‐circuito e sobrecarga, 
desta forma devemos utilizar um minidisjuntor para realizar essa proteção. 
Muitos  projetistas  costumam  puxar  a  alimentação  do  comando,  após  o  disjuntor  de  potência, 
conforme a imagem abaixo. 
 
 
 
 
   
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Origem da Imagem – Autoria Própria 

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Porém, particularmente, eu não costumo fazer desta maneira, pois da forma que se encontra eu não 
consigo  realizar  testes  de  forma  individual  no  comando,  pois  o  comando  está  condicionado  ao 
acionamento do minidisjuntor de alimentação do motor (F1), dessa maneira, caso eu queira realizar 
testes de funcionamento da lógica de acionamento do motor, o motor irá ligar juntamente com este 
teste, e existem casos em que essa prática não é a mais recomendada, muita das vezes por questões 
de segurança. 
Para isso, utilizaremos de forma independente um minidisjuntor para a alimentação e proteção do 
circuito de comando contra curto‐circuito e sobrecarga, conforme a imagem abaixo. 
 
   
 
 
 
 
 
 
 
 
 
   
 
 
 
 
 
  Origem da Imagem – Autoria Própria 

 
Agora sim, caso se queria realizar testes no comando, temos a possibilidade de deixar o circuito de 
potência inoperante, desacionando o minidisjuntor (F1) e mantendo apenas o circuito de comando 
ligado, acionando o minidisjuntor (F2).  

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Show  de  bola,  meu  amigo!  Agora  sim  podemos  dar  início  à  elaboração  do  circuito  de  comando 
utilizando justamente os condutores de alimentação que saem do minidisjuntor (F2). Conforme a 
imagem abaixo. 
 
 
   
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Origem da Imagem – Autoria Própria 
 
 
Para  iniciarmos  o  processo  do  desenvolvimento  do  diagrama  de  comando,  precisamos 
primeiramente traçar um objetivo, para que desde o início tenhamos um “norte”, e, assim, trabalhar 
em cima dessa lógica de comandos a fim de atingir esse objetivo. 
O circuito de comando é onde iremos definir a forma de funcionamento do motor, que por meio da 
lógica será possível à interação entre o usuário e o sistema. 
 

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Essa comunicação entre usuário e sistema se dá por meio de dispositivos de comando e sinalização, 
no qual, os dispositivos de comando, como botões, por exemplo, são responsáveis por indicar ao 
sistema uma ação que deve ser realizada, e as sinalizações, como as lâmpadas, são responsáveis por 
informar ao usuário o status atual do sistema. 
Sabendo  dessa  interação,  aqui  vai  uma  dica  muito  importante  para  quem  está  iniciando,  ou  seja, 
elaborando seus primeiros diagramas, como é o caso proposto por este E‐book. 
Antes de começar a desenhar, crie uma espécie de mapa, onde nele iremos mapear quais serão as 
funcionalidades que o sistema terá, em outras palavras, anote o que o projeto deve conter e fazer 
para sanar a necessidade, como por exemplo, formas de acionamentos, regras de funcionamento, 
proteções e sinalizações.  
Aqui, você já consegue perceber que cada caso vai ter sua análise de forma específica, pois é aqui 
que você vai traçar as individualidades do sistema. 
Se tratando deste projeto em específico, como o objetivo proposto por esse E‐book é realizar a sua 
primeira partida, iremos desenvolver uma espécie de checklist simples, onde o principal objetivo é 
criar em sua mente uma linha de raciocínio lógica, e, assim, podermos enxergar claramente quais são 
os objetivos finais que devemos alcançar para realizar um comando que atenda as necessidades. 
No nosso caso em específico, temos como objetivo final neste projeto: 
 
 
 
 Acionar e desacionar o motor de forma manual. 
   
   Incluir contato para proteção de sobrecarga. 
 
   Indicar para o usuário quando o motor estiver ligado. 
   
 Indicar ao usuário quando o motor estiver desligado por sobrecarga. 
 
 
 
Com esse checklist fica fácil, não é verdade?! 
Então, vamos pensar e desenvolver o primeiro item desse checklist. 
Conforme vimos anteriormente, no momento em que o contator está desacionado, seus contatos de 
potência, que são os contatos responsáveis pela alimentação do motor, se encontram abertos, e só 
irão se fechar quando a bobina do contator for energizada.  

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Sabendo  disso,  iremos  representar em  nosso  diagrama  de  comando a  bobina  do  contator  (KM1), 
levando energia até seus terminais de alimentação, “A1” e “A2”. Conforme a imagem abaixo. 
 
 
 
   
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Origem da Imagem – Autoria Própria 
 
 
Ótimo! Nesse momento, quando acionarmos o minidisjuntor de comando (F2), a bobina do contator 
(KM1)  será  acionada,  e  consequentemente  seus  contatos  de  potência  serão  acionados,  e,  assim, 
permitirá com que a energia chegue aos terminais de alimentação do motor, realizando sua partida. 
Entretanto,  devemos  fazer  uma  observação.  Da  maneira  que  se  encontra  o  diagrama,  não 
conseguiremos desligar a bobina do contator, e dessa forma o motor permaneceria ligado sempre, a 
não ser que desligássemos o minidisjuntor de comando (F2). 
No entanto, utilizar um minidisjuntor como chave liga/desliga não é uma boa prática de utilização, 
pois eles não foram feitos para esse intuito. Além de que essa maneira pode colocar o usuário em 
risco, pois, dessa forma, para ele realizar o acionamento ou desacionamento do motor, ele deve pôr 

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suas mãos no interior do painel, área onde o expõem próximo aos condutores do circuito, colocando‐
o em risco de choques elétricos. 
Neste caso, então, devemos pensar em uma forma com que o acionamento e o desacionamento da 
bobina do contator, pelo usuário, sejam feitos por meio de algo que não o exponha a esses riscos e 
que não seja diretamente pelo disjuntor. 
Então, para solucionar este problema utilizaremos botões, que entenderemos melhor agora. 

Botões pulsadores 
 
 
 
   
 
 
 
 
 
  Origem da Imagem ‐ Imagem retirada da aula 3 do módulo 18 do         
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Os botões são dispositivos que possuem contatos auxiliares e que são responsáveis pelo acionamento 
e desacionamentos de cargas simples, ou seja, cargas que exigem um valor de corrente baixo para o 
seu funcionamento, como por exemplo, pequenas bobinas, relés e led’s. 
A utilização de botões, além de atender a capacidade de corrente necessária para ligar e desligar a 
bobina do contator permite também que o usuário não precise ter contato com as partes internas 
do painel, pois os botões são instalados na porta do painel e o usuário tem acesso a eles pelo lado 
externo. 
Existem diversos tipos de botões no mercado, porém iremos tratar neste E‐book apenas dos botões 
pulsadores que possuem o retorno por mola, e como é de costume, iremos passar detalhadamente 
sobre esse dispositivo para que possamos utilizá‐lo em nosso diagrama da melhor forma possível. 
Os botões de forma geral são compostos basicamente por duas partes, que são elas: 

 Blocos de contatos auxiliares; 
 Atuadores. 

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Blocos de contatos auxiliares 
Os botões são dispositivos que também possuem contatos auxiliares, podendo assumir 2 estados, 
sendo eles: 

 Normalmente Fechado (NF)   Normalmente Aberto (NA) 
   
     
   
       
 
 
 
Origem da Imagem ‐ Imagem retirada da aula 3 do módulo 18 do     
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Como estamos tratando do modelo modular destes botões, temos a possibilidade de acrescentar no 
mesmo  botão  diversos  blocos  de    contatos  auxiliares,  sejam  eles,  Normalmente  Aberto  (NA), 
Normalmente Fechado (NF) ou ambos, e o que vai decidir essa quantidade e quais contatos utilizar é 
justamente a necessidade do projeto. 

Atuador 
 
 
     
 
 
 
 
 
Origem da Imagem ‐ Imagem retirada da aula 3 do módulo 18 do       
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O atuador do botão é justamente a parte que o usuário tem contato e a parte que será acionada por 
ele.  Como  estamos  utilizando  um  botão  pulsador  com  retorno  por  mola,  no  momento  em  que 
pressionamos  o  atuador  localizado  na  parte  frontal  do  dispositivo  (como  na  imagem  acima)  seus 
contatos  auxiliares  são  acionados,  porém  quando  soltamos  o  dedo  do  atuador,  seus  contatos 

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auxiliares voltam para seu estado inicial, pois esse tipo de atuador possui um mecanismo com retorno 
por mola, e daí que vem a origem do seu nome. 

Simbologia 
O botão recebe como TAG a letra: 


Sabendo que os botões podem possuir diversas variedades de contatos auxiliares, os mesmos 
devem ser representados de acordo com sua configuração. 
Como exemplo, vamos representar dois botões que possuem 1 contato auxiliar cada, sendo que o 
primeiro botão (S1) possui um contato Normalmente Fechado (NF), e o segundo botão (S2) possui 
um contato Normalmente Aberto (NA).  
Então, esses botões devem receber a seguinte simbologia gráfica: 

 Normalmente Fechado (NF)   Normalmente Aberto (NA) 
   
   
     
Agora que conhecemos os botões, podemos utiliza‐los na lógica de comandos para ligar e desligar a 
bobina do contator, pois da forma que está o diagrama, temos a bobina ligada diretamente nas fases 
do comando, de forma que ela fica ligada constantemente. 
Então, para você visualizar melhor onde devemos acrescentar o botão em nosso diagrama, vamos 
fazer a seguinte reflexão: 
Sabemos que o dispositivo responsável pelo acionamento do motor, é justamente o contator (KM1), 
por meio de seus contatos de potência. 
Sabemos  também  que  para  os  contatos  de  potência  de  KM1  serem  acionados  e  se  fecharem, 
devemos energizar a bobina desse contator. 
Logo, podemos concluir que para que seja possível realizar o controle do motor, devemos controlar 
a energia que chega até os terminais de alimentação da bobina do contator (KM1). 
Partindo  desse  princípio,  iremos  colocar  o  botão  justamente  na  linha  de  alimentação  da  bobina, 
controlando, assim, o momento que a energia chega até os terminais de alimentação da bobina. 
Entretanto,  precisamos  decidir  qual  o  contato  auxiliar  que  utilizaremos  nesse  botão,  se  um 
normalmente aberto ou um normalmente fechado. 

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Comandos Elétricos

Então, o que queremos é que a bobina seja energizada quando pressionarmos esse botão, para que 
no  momento  que  acionarmos  esse  botão  a  energia  passe  por  ele  e  chegue  aos  terminais  de 
alimentação  da  bobina,  acionando,  assim,  os  contatos  do  contator  (KM1),  e  consequentemente, 
partindo o motor. 
Partindo do princípio desse funcionamento que acabamos de mencionar, precisaremos utilizar um 
contato  Normalmente  Aberto  (NA),  pois  quando  este  botão  estiver  despressionado,  seu  contato 
estará aberto e manterá a bobina desenergizada, porém apenas quando o botão for pressionado, 
seu contato se fechará e permitirá a passagem de energia para energizar a bobina do contator. 
Vamos, então, representar esse botão em nosso diagrama. 
 
 
 
 
 
 
 
   
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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  O Passo a Passo Para sua Primeira Partida de Motor
Comandos Elétricos

Maravilha!  Perceba  que  agora  temos  o  controle  do  acionamento  do  contator  (KM1)  por  meio  do 
botão  (S1),  com  isso,  podemos  concluir  que  esse  botão  está  indiretamente  responsável  pelo 
acionamento do motor. 
Porém, nesse momento, vou te pedir para raciocinar comigo: 
Como  estamos  utilizando  um  botão  com  retorno  por  mola,  o  contator  (KM1)  só  permanecerá 
acionado enquanto estivermos manualmente pressionando o botão (S1), pois nesse momento, com 
o botão pressionado, seu contato estará fechado, porém no momento que tiramos o dedo do botão 
e deixarmos de fazer pressão em seu atuador, o contato auxiliar do botão que estava fechado, voltará 
a se abrir, não permitindo com que a energia chegue até os terminais de alimentação da bobina do 
contator.  
Então,  da  forma  que  está,  o  motor  só  permanecerá  ligado  enquanto  o  botão  estiver  sendo 
pressionado. 
Existem  casos,  por  motivos  de  segurança,  em  que  essa  prática  é  obrigatória,  o  usuário  deve 
permanecer pressionando o botão para manter a motor ligado, porém esse não é o caso proposto 
por esse E‐book, queremos manter o motor ligado mesmo após soltarmos o dedo do botão. 
Porém, agora, você deve estar se perguntando: 
 

Como iremos, então, manter o motor ligado após soltarmos o dedo do botão (S1), já que esse 
botão que estamos utilizando é um botão com retorno por mola? 

 
Para solucionar esse problema utilizaremos uma das técnicas mais utilizadas em comandos elétricos, 
que é justamente uma técnica que chamamos de “Contato de Selo”. Então, vamos entender melhor 
como ela funciona. 

Contato de selo 
O contato de selo é um contato auxiliar, qualquer, Normalmente Aberto (NA) do contator que após 
o acionamento da bobina, pelo botão, esse contato irá mantê‐la energizada mesmo que o botão seja 
solto e a energia deixe de passar por ele. Em outras palavras, este contato de selo irá possibilitar com 
que a energia tenha um outro caminho para manter a bobina energizada. 
Em nosso caso, em específico, o dispositivo responsável por acionar a bobina do contator (KM1), é 
justamente o botão de ligar (S1). Sabendo disso, iremos acrescentar no diagrama de comando, um 
contato  auxiliar  Normalmente  Aberto  (NA)  do  contator  (KM1)  em  paralelo  com  o  botão  (S1), 
conforme o diagrama a seguir. 
  

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Origem da Imagem – Autoria Própria 
 
 
Pereba que da forma com que se encontra o diagrama, a energia que chega no terminal “3” de S1 
também  chega  no  terminal  “13”  de  KM1,  porém  a  energia  não  passa  por  esses  contatos,  pois,  a 
princípio, ambos estão abertos. 
Entretanto, quando o botão de ligar (S1) for pressionado, seu contato Normalmente Aberto “3” e “4” 
se fechará permitindo com que a energia que vem do minidisjuntor (F2) passe e chegue ao terminal 
“A1”  da  bobina  de  KM1.  Nesse  momento,  tanto  os  contatos  de  potência,  quanto  os  contatos 
auxiliares desse contator serão acionados. 

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Comandos Elétricos

Como utilizamos um contato auxiliar Normalmente Aberto “13” e “14” de KM1 em paralelo com o 
botão (S1), quando a bobina estiver acionada, esse contato estará fechado possibilitando com que a 
energia passe também por ele permitindo com que a energia tenha um outro caminho diferente do 
botão (S1).  
Perceba que a energia, percorrerá dois caminhos distintos, o primeiro caminho será justamente pelo 
botão (S1) que estará sendo pressionado, e o outro caminho será justamente pelo contato de selo 
“13” e “14” de KM1, que estará fechado, pois sua bobina estará energizada. 
Assim, mesmo após soltar o dedo botão (S1) e seu contato “3” e “4” que estava fechado voltar a se 
abrir, a energia continuará passando pelo contato de selo “13” e “14” de KM1, e dessa forma a bobina 
continuará  sendo  energizada,  mantendo  o  contator  (KM1)  acionado,  e  consequentemente, 
mantendo o motor ligado.   
Ótimo, meu querido! Da forma que se encontra o diagrama, agora, ao pressionarmos o botão de ligar 
(S1), o motor vai ligar e mesmo se soltarmos o dedo do botão, o motor continuará ligado por meio 
do contato de selo de KM1. 
No  entanto,  nesse  momento  nos  deparamos  com  mais  um  problema  que  devemos  buscar  uma 
solução, que é justamente sobre o desligamento do motor, pois, da forma com que se encontra o 
projeto, após ligarmos o motor por meio do botão (S1), não é possível desliga‐lo, devido o contato 
de selo estar sempre realimentando a bobina do contator. 
Se tornaria possível desligar a bobina, caso desacionássemos o minidisjuntor de comando (F2), mas 
como dissemos anteriormente, o minidisjuntor não foi feito para essa função, não é mesmo?! 
Porém, a solução desse problema está bem simples, pense comigo: 
Para podermos desacionar a bobina de KM1, precisamos de alguma forma cessar a energia que chega 
até ela. Então, para isso, precisaremos interromper, de forma controlada, algum ponto da linha de 
alimentação dessa bobina. 
Então,  concorda  comigo  que  para  fazermos  essa  interrupção  de  forma  controlada,  bastaria 
utilizarmos  um  outro  botão  com  retorno  por  mola,  porém,  agora,  utilizando  um  contato 
Normalmente Fechado (NF)?! 
Sabendo que devemos interromper a linha de alimentação da bobina de KM1, atente‐se bem no local 
onde  você  vai  inserir  esse  contato  Normalmente  Fechado  (NF)  do  botão  de  desligar,  pois, 
dependendo do local que você o instalar, mesmo pressionando‐o, você não irá conseguir interromper 
a energia que chega até a bobina do contator KM1, olhe só! 
 
 
 
 

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  Origem da Imagem – Autoria Própria 

 
Concorda comigo que se você instalar esse botão de desligar nesses dois pontos verdes que marquei 
em nosso diagrama, mesmo pressionando esse botão e abrindo o circuito em um desses dois pontos, 
a energia continuará passando pelo contato de selo “13” e “14” de KM1, e dessa maneira o motor 
continuará ligado?! 
Sendo assim, devemos acrescentar o contato Normalmente Fechado (NF) do botão de desligar acima 
ou abaixo do contato de selo, porém por questões de padrões, costumamos representá‐lo na parte 
superior do contato de selo, conforme a imagem a seguir.  
 
 

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  Origem da Imagem – Autoria Própria 

 
Show de bola, neh! Agora sim conseguimos desligar o motor, e perceba que a TAG que utilizei para 
representar o botão de desligar foi: 

S2 
O “S” se trata por ser um botão, e o “2” se trata por ser o segundo botão que representei no 
diagrama de comando. 
Vamos,  então,  fazer  uma  breve  simulação  passo  a  passo,  para  analisarmos  o  comportamento  do 
circuito  de  comando,  justamente  para  observarmos  se  está  funcional  ou  se  ainda  existe  algum 
problema. Então, vamos lá! 

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Quando pressionarmos o botão de ligar (S1), a energia chega até o terminal “A1” de KM1 e, assim, 
aciona o contator, simultaneamente o contato de selo de KM1 “13” e “14” se fecha permitindo com 
que a energia percorra por mais um caminho diferente do caminho do botão de ligar (S1) e também 
os contatos de potência do contator se fecham acionando o motor. 
Desta  maneira,  mesmo  após  soltarmos  o  dedo  do  botão  de  ligar  (S1),  o  motor  continuará  ligado 
justamente por causa do contato de selo. 
Quando desejarmos deligar o motor, basta pressionarmos o botão de desligar (S2). Dessa maneira, a 
energia que está chegando na bobina de KM1, será interrompida, desligando o contator e então o 
contato de selo de KM1 “13” e “14” que estava fechado, volta a se abrir, e juntamente os contatos 
de potência voltam a se abrir, desligando o motor. 
Perceba que, sempre que acrescento um novo dispositivo no diagrama, tenho o hábito de analisar a 
sua  funcionalidade,  pois  só  assim  tenho  a  certeza  de  que  este  diagrama  está  de  acordo  com  o 
esperado.  
A mensagem que te dou nesse momento, é justamente que você também desenvolva esse hábito, 
treine, rabisque em uma folha de papel, analise o seu diagrama considerando todas as situações, pois 
dessa maneira você treina o seu cérebro para ter um raciocínio mais rápido, tenho certeza que com 
o passar do tempo, você conseguirá com mais facilidade desenvolver seus próprios diagramas. 
Nesse ponto, podemos então voltar ao nosso checklist que, inicialmente desenvolvemos para traçar 
nossos objetivos e então marcar esta etapa como concluída, pois o primeiro objetivo que marcamos, 
foi justamente, acionar e desacionar o motor de forma manual. Então, concluído! 
 
   Acionar e desacionar o motor de forma manual. 
 
 
 Incluir contato para proteção de sobrecarga. 
   
 Indicar para o usuário quando o motor estiver ligado. 
 
 
   Indicar ao usuário quando o motor estiver desligado por sobrecarga. 
 
Agora, podemos começar a pensar nas próximas etapas, de como conseguiremos realizar o segundo 
objetivo deste mapa, que é justamente incluir na lógica de comando  o  contato para proteção  de 
sobrecarga. 
Então, novamente, vamos raciocinar juntos: 
Como  vimos  lá  trás  sobre  os  relés  de  sobrecarga,  entendemos  que  eles  possuem  uma  proteção 
indireta, de forma que, havendo uma sobrecarga, suas lâminas bimetálicas a detectarão e acionarão 

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seus contatos auxiliares para desligar a bobina do contator, e, assim, abrir seus contatos de potência, 
desligando o motor e consequentemente protegendo‐o.  
Então, para realizarmos esse processo, podemos partir do mesmo princípio que acabamos de utilizar 
para o botão de desligar (S2). 
Precisamos,  de  alguma  forma,  interromper  algum  ponto  da  linha  de  alimentação  da  bobina  do 
contator (KM1). 
Lembrando,  como  já  comentamos,  esse  ponto  de  interrupção  precisa  ser  em  um  ponto  antes  ou 
depois do contato de selo. 
Dessa forma, utilizaremos o contato Normalmente Fechado “95” e “96” do relé de sobrecarga (FT1) 
em série com a linha de alimentação da bobina do contator (KM1). Conforme o diagrama abaixo.  
 
 
 
 
 
 
 
 
   
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Origem da Imagem – Autoria Própria 

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Dessa  maneira,  em  uma  situação  normal  de  operação,  este  contato  permanecerá  fechado, 
permitindo com que a energia chegue até o terminal “A1” da bobina de KM1. 
Já  em  uma  situação  em  que  houver  uma  sobrecarga,  esse  contato  que  incialmente  se  mantinha 
fechado se abrirá, interrompendo a energia que chega até a bobina de KM1, desligando o motor.  
Como ajustaremos o botão de rearme para a posição manual, esse contato só voltará novamente 
para seu estado fechado, se for pressionado manualmente o botão de rearme. 
Com isso, agora, o motor está protegido contra uma sobrecarga. 
Podemos, então, voltar para o nosso checklist, e marcar como concluído, a segunda etapa. Vamos lá! 
 
 
   Acionar e desacionar o motor de forma manual. 
 
 
 Incluir contato para proteção de sobrecarga. 
   
 Indicar para o usuário quando o motor estiver ligado. 
 
 
   Indicar ao usuário quando o motor estiver desligado por sobrecarga. 
 
 
Perfeito, estamos na metade do nosso checklist.  
Até  o  momento  conseguimos  desenvolver  em  no  nosso  diagrama,  comandos  que  passam  para  o 
sistema,  informações  que  desejamos  que  ele  execute,  ou  seja,  temos  aqui  uma  comunicação  de 
usuário para o sistema. 
Agora, vamos desenvolver em nosso diagrama, um comando para que seja possível a comunicação 
do sistema para o usuário, no qual o sistema consiga:  
 

 Indicar ao usuário quando o motor estiver ligado. 
 Indicar ao usuário quando o motor estiver desligado por uma sobrecarga. 
 
Para  esse  tipo  de  indicação,  utilizaremos  os  sinalizadores,  mas  como  já  é  de  costume,  vamos 
primeiramente entender o que são eles. 
 
 

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Sinalizadores 
Os sinalizadores são dispositivos utilizados em comandos elétricos, para sinalizar ou indicar para o 
usuário algum estágio de operação do sistema. 
Essas sinalizações podem ser de algumas formas: Sinalização luminosa e sinalização sonora. 

Sinalização luminosa 
 
   
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Origem da Imagem ‐ Imagem retirada da aula 1 do módulo 18 do    
     Curso de Comandos Elétricos da Atom Elétrica 
 
 
As  sinalizações  luminosas  utilizam‐se  da  luz  para  transmitir  uma  informação  e  estabelecer  a 
comunicação com o usuário, geralmente são empregadas para essa função lâmpadas de Led’s. 
A vantagem de se utilizar as sinalizações luminosas para se transmitir uma informação é que não 
importa  se  for  um  ambiente  ruidoso  e  barulhento,  a  informação  conseguirá  ser  transmitida 
normalmente. 
Outra vantagem é que a distância também não é relativamente um problema, pois na maioria dos 
casos é possível se enxergar a luz a longas distâncias. 
Já  a  desvantagem  desse  tipo  de  sinalização  é  que  o  usuário  precisa  obrigatoriamente  olhar  em 
direção à ela, caso contrário, não visualizará a informação. 
 

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Simbologia 
Para representar as sinalizações luminosas no diagrama, devemos utilizar a seguinte simbologia: 

 Simbologia Literal (TAG): 


 Simbologia gráfica: 
 
 
 
No que se refere sua funcionalidade, os sinalizadores luminosos se mantem apagados enquanto seus 
terminais “X1” e “X2” não estão energizados, porém após serem energizados, acendem e passam a 
emitir luz visível. 

Sinalização sonora 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  Origem da Imagem – Autoria Própria 

 
As  sinalizações  sonoras  utilizam‐se  do  som  para  transmitir  uma  informação  e  estabelecer  a 
comunicação com o usuário, geralmente são empregadas para essa função buzzer e sonalarmes. 
A  vantagem  de  se  utilizar  as  sinalizações  sonoras  para  se  transmitir  uma  informação  é  que  não 
importa  se  o  usuário  não  estiver  olhando  para  o  painel,  a  informação  conseguirá  ser  transmitida 
normalmente, pois ele apenas precisará ouvi‐la. 

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Outra vantagem é que a distância também não é relativamente um problema, pois dependendo da 
potência do alarme, será possível se ouvir o som à distância. 
Já a desvantagem desse tipo de sinalização é que ela não é tão eficiente em ambientes barulhentos, 
pois a informação pode não ser escutada pelo usuário.  

Simbologia 
Para representar os sinalizadores sonoros no diagrama, devemos utilizar as seguintes simbologias: 
 

 Simbologia Literal (TAG): 


 Simbologia gráfica: 
 
 
 
 
Quanto  a  sua  funcionalidade,  no  momento  em  que  alimentamos  seus  terminais  “X1”  e  “X2”,  as 
sinalizações sonoras emitem um som que muitas das vezes é de forma pulsante, justamente para 
que o usuário, por meio da audição, saiba que o sistema está lhe passando uma informação. 
Em nosso caso em específico, iremos utilizar as sinalizações luminosas por meio de lâmpadas LED, 
mas que fique bem claro, cada caso é um caso, e é necessário o entendimento das situações para 
saber  qual  será  a  melhor  forma  de  sinalização,  podendo,  sem  problema  algum,  utilizar  ambos  os 
tipos. 
Agora,  antes  de  voltarmos  para  o  diagrama,  quero  lhe  dizer  algo  muito  importante  e  que  muitos 
profissionais não tem sucesso com comandos elétricos por não entender, de fato, isso que vou lhe 
dizer, e que se soubessem, suas vidas seriam bem mais fáceis. 
Em comandos elétricos, não existe apenas uma forma de se desenvolver algo, comandos elétricos, 
não é um padrão, não é algo pronto, o que vai determinar a lógica de funcionamento de um diagrama 
é o raciocínio lógico de quem está o desenvolvendo.  
Então,  um  mesmo  objetivo  pode  ser  alcançado  de  formas  diferentes,  e  isso  é  o  mais  legal  em 
comandos elétricos, cada pessoa tem sua própria forma de raciocinar.  
Sabendo  disso,  vou  te  mostrar  a  forma  como  costumo  utilizar  essas  sinalizações,  porém  se  você 
pensar em uma forma diferente que tenha o mesmo resultado final, ótimo! Fique à vontade em pôr 
o seu cérebro para funcionar. 

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Então, vamos voltar para o diagrama e raciocinar como iremos desenvolver uma lógica de comando 
que sinalize de acordo com o checklist que elaboramos, no qual precisamos sinalizar que o motor 
está ligado e que sinalize também quando o motor estiver desligado por uma sobrecarga. 
Começando,  então,  pela  sinalização  que  nos  indica  que  o  motor  está  ligado,  eu  costumo  utilizar 
justamente do contator para auxiliar‐nos nessa sinalização, pois pense comigo: 
Podemos dizer que o motor estará ligado quando o contator KM1 estiver acionado, certo?! 
Conhecendo essa lógica de funcionamento, muitos acrescentariam um LED em paralelo com a bobina 
de KM1, pois quando o botão de ligar (S1) fosse pressionado, a energia que chegaria ao terminal “A1” 
da bobina de KM1 também chegaria ao terminal “X1” do LED (H1), e, assim, ambos seriam ligados 
juntos, indicando que o motor foi acionado. Conforme a imagem abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
   
 
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Entretanto, particularmente eu não opto por fazer desta forma, pois em meus projetos utilizo uma 
técnica que chamamos de teste de sinalização, porém se a sinalização for feita dessa forma, não será 
possível  incrementar  essa  técnica  que  comentei  com  você,  por  isso,  opto  por  condicionar  o 
acionamento do LED (H1) ao acionamento do contator (KM1), ou seja, garantir com que o LED (H1) 
só seja acionado caso o contator (KM1) seja acionado também, desta forma, se torna uma obrigação 
que o contator (KM1) esteja acionado para que o LED (H1) seja acionado.  
Para  que  isso  seja  possível,  utilizaremos  um  outro  contato  auxiliar  Normalmente  Aberto  (NA)  do 
contator (KM1) para fazer o acionamento condicional do LED (H1). Conforme a imagem abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
   
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Origem da Imagem – Autoria Própria 
 

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Perceba que para este novo contato auxiliar “23” e “24” de KM1, foi repetido a TAG, pois ele pertence 
ao mesmo contator (KM1), porém foi adotado uma outra numeração de seus terminais, pois além de 
termos que indicar que esse contato é um contato diferente do contato de selo, temos que indicar 
que  ele  é  o  segundo  contato  auxiliar  de  KM1  que  representamos  nesse  diagrama,  por  isso  suas 
numerações tem como primeiro dígito o número “2”, e como segundo dígito sendo “3” e “4” pois se 
trata de um contato Normalmente Aberto (NA). 
Da forma que está, quando o contator estiver desligado, esse contato “23” e “24” estará aberto, e, 
assim, a energia não conseguirá chegar até o terminal “X1” no LED (H1), indicando que o motor está 
desligado. 
Entretanto, quando o contato estiver ligado, esse contato “23” e “24” estará fechado, permitindo 
com que a energia chegue até o terminal “X1” do LED (H1), ligando‐o e sinalizando que o motor está 
ligado. 
Maravilha! Vamos voltar ao nosso checklist e marcar como concluído o objetivo que indica para o 
usuário que o motor está ligado. 
 
 
 
 Acionar e desacionar o motor de forma manual. 
 
 
   Incluir contato para proteção de sobrecarga. 
 
 
 Indicar para o usuário quando o motor estiver ligado. 
   
 Indicar ao usuário quando o motor estiver desligado por sobrecarga. 
 
 
 
Perceba, que neste momento, estamos quase no fim da elaboração do diagrama, e realmente é muito 
gratificante para mim, poder passar por todos esses conhecimentos juntamente com você. 
Vamos partir então, para o último desafio no desenvolvimento desse diagrama, que é justamente 
sinalizar para o usuário quando o motor estiver desligado por uma sobrecarga. 
Sabendo que o relé de sobrecarga é o dispositivo responsável por desligar o motor quando houver 
uma  sobrecarga,  utilizaremos  justamente  da  lógica  de  funcionamento  de  seus  contatos  auxiliares 
para acionar um LED, indicando que houve o desligamento do motor por uma sobrecarga. 
Desta maneira, utilizaremos o contato Normalmente Aberto “97” e “98” do relé de sobrecarga em 
série com um segundo LED. Conforme a imagem a seguir. 

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Perfeito!  Agora  sim  o  sistema  consegue  sinalizar  para  o  usuário  quando  houver  uma  sobrecarga, 
justamente por meio do LED (H2). 
Com isso, em uma situação normal de operação, o contato normalmente aberto de FT1 “97” e “98” 
permanecerá aberto, mantendo o LED (H2) desligado. 
Já  em  uma  situação  que  houver  uma  sobrecarga,  esse  contato  “97”  e  “98”  se  fechará  pelo 
acionamento das lâminas bimetálicas, permitindo com que a energia chegue até o terminal “X1” do 
LED (H2), ligando‐o e sinalizando para o usuário que houve a parada do motor por sobrecarga. 

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Da maneira que se encontra o diagrama já conseguimos atingir todos os objetivos propostos por esse 
E‐book, conseguimos realizar com eficiência uma partida de motor de forma direta, onde se torna 
possível a interação do usuário com o sistema e vice versa. 
Entretanto, antes de irmos para o nosso checklist e marcar como concluído o último desafio, quero 
fazer  uma  observação  muito  importante  que  diz  respeito  justamente  às  cores  que  devem  ser 
utilizadas, tanto para os botões quanto para os sinalizadores luminosos em nosso painel. 
Quando se trata desse assunto, existe uma norma que especifica justamente quais as cores dos LED’s 
e dos botões que devem ser utilizadas de acordo com suas funções. Essa norma é justamente a NBR 
IEC 61439 que se baseia na IEC 60073. 
No entanto, apesar de existir esta norma regulamentadora, no mercado não há uma padronização 
que a segue rigorosamente. Então, neste e‐book, para não nos estendermos muito, e não entrarmos 
em assuntos que demandarão um bom tempo de conversa, neste projeto iremos adotar as seguintes 
cores: 
 

 Botões   Sinalizadores luminosos (LED) 
Ligar (S1): Verde  Motor ligado (H1): Verde 
Desligar (S2): Vermelho  Sobrecarga no motor (H2): Vermelho 
 
Agora sim! Podemos então voltar para o checklist e marcar como concluído o ultimo desafio que 
concluímos na elaboração do diagrama da nossa primeira partida direta de um motor.  
Mas olha só, não serei eu quem irei marcar como concluído este último desafio em nosso checklist, 
vou  pedir  que  você  mesmo  faça  essa  marcação,  pois  passamos  por  muitos  conhecimentos  que 
exigiram bastante de sua atenção e compromisso e tenho certeza que você se dedicou muito até 
aqui, e como uma forma de reconhecimento e agradecimento, darei esse privilégio a você. Vai lá 
então! 
 
   Acionar e desacionar o motor de forma manual. 
   
 Incluir contato para proteção de sobrecarga. 
   
   Indicar para o usuário quando o motor estiver ligado. 
 
 
 Indicar ao usuário quando o motor estiver desligado por sobrecarga. 
 

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Nesse momento concluímos a elaboração dos diagramas da nossa partida direta, tanto o diagrama 
de potência quanto o diagrama de comando. 
E,  agora,  temos  que  passar  por  mais  uma  etapa  em  nosso  projeto,  que  é  justamente  o 
dimensionamento  dos  componentes  que  utilizamos  até  então,  pois  não  basta  apenas  utilizar  o 
componente  pela  sua  utilidade,  devemos  dimensionar  também  a  sua  capacidade,  para  que  o 
dispositivo  funcione  corretamente  em  nosso  circuito,  garantindo  uma  segurança  para  o  usuário, 
máquina e sistema como um todo. 

Dimensionamento 
Conforme falamos anteriormente no começo deste E‐book, o nosso intuito é justamente realizarmos 
uma simples partida de motor juntamente com você, e para isso estamos analisando uma aplicação 
teoricamente simples, que não exige uma bagagem de conhecimento muito complexa para esse fim.  
Por esse motivo, iremos realizar um dimensionamento mais simplificado que vai trazer uma proteção 
para o motor e para a instalação, porém é uma forma simplificada, sendo possível se aprofundar 
ainda mais nesse dimensionamento deixando‐o mais preciso e ajustado. 
Poderíamos,  por  exemplo,  considerar  os  conceitos  de  níveis  de  curto‐circuito  da  instalação,  o 
conceito tempo de rotor bloqueado, e outras características mais, porém, para isso, é necessário que 
você tenha  uma bagagem maior e fundações mais profundas de  conhecimentos para que isso  se 
torne  possível.  Como  estamos  realizando  a  nossa  primeira  partida  de  motor,  não  faria  sentido 
trazermos assuntos mais complexos que demandariam um tempo maior de estudo e que exigiriam 
de você conhecimentos além do que os que trouxemos nesse E‐book. Então, esses conceitos mais 
aprofundados ficarão para uma próxima etapa, ok?! 
Outro  detalhe  que  você  precisa  estar  ciente,  é  que  as  análises  que  faremos  para  o  nosso 
dimensionamento estão de acordo com uma partida direta, e que para outros tipos de partidas deve 
se  fazer  uma  análise  diferente,  pois  nelas  existem  características  e  conceitos  diferentes  de  uma 
partida direta. 
Recado dado, vamos, de fato, começar o dimensionamento. 
Para começarmos o dimensionamento, precisamos ter em mãos alguns dados do motor e da rede de 
alimentação, conforme levantamos no começo deste E‐book, mas fique tranquilo, pois caso você não 
se lembre, vou lista‐los aqui abaixo para você.  

 Dados da rede: 
Rede: Trifásica 
Nível de Tensão entre fases: 220V 

 Dados do nosso motor: 
Tensões de Alimentação: 220V / 380V 

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Corrente nominal (In): 9 A 
Corrente de partida (Ip): 45 A 
Tempo de partida (Tp): 3 segundos  
Fator de Serviço (FS): 1,0 
Potência nominal: 3CV 
Ip/In: 5 
Conhecendo esses dados, podemos dar início ao dimensionamento dos componentes do projeto, 
começaremos pelo minidisjuntor de potência (F1). 

Dimensionamento do minidisjuntor 
Para  os  minidisjuntores,  de  forma  geral,  devemos  fazer  uma  análise  baseada  em  2  critérios  em 
específico. 
O primeiro critério é verificar qual o valor mínimo da capacidade de corrente nominal que devemos 
utilizar como proteção. Essa análise deve atender o seguinte critério: 
 
𝐼𝑑 𝐼𝑛 𝑥 1,2 
 
Onde: 
Id = Corrente do disjuntor a ser escolhida 
In = Corrente nominal do motor 
Interpretando essa formula, temos que a corrente do disjuntor que iremos escolher deve ser maior 
ou igual à corrente nominal do motor acrescida de 20%. Observe que o valor  1,2 presente  nessa 
fórmula é justamente o fator que acrescenta essa folga de corrente. 
No entanto, se caso o motor for trabalhar utilizando o fato de serviço, o critério a ser considerado 
deverá ser: 
 
𝐼𝑑 𝐼𝐹𝑆 𝑥 1,2 
 
Onde: 
Id = Corrente do disjuntor a ser escolhido 
IFS = Corrente do motor com o fator de serviço 

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Como em nosso caso, não trabalharemos com o motor na faixa de corrente com fator de serviço, 
utilizaremos a primeira fórmula apresentada. 
Agora, basta substituir na fórmula o valor de corrente nominal do motor que levantamos. Conforme 
temos abaixo: 
 
𝐼𝑑 𝐼𝑛 𝑥 1,2 
𝐼𝑑 9 𝑥 1,2 
𝐼𝑑 10,8𝐴 
 
Com base nesse valor, podemos concluir que o minidisjuntor deve possuir uma corrente nominal 
maior ou igual a 10,8A. 
Muitos projetistas parariam por aqui. Porém, é interessante fazermos também mais uma 
verificação, e faremos essa análise no próximo critério. 
O segundo critério é justamente uma análise na curva de atuação desse dispositivo, pois como vimos 
anteriormente, o motor, no momento da sua partida, absorve da rede de alimentação uma corrente 
de partida elevada, e dessa forma, durante esse período, o minidisjuntor não pode interpretar essa 
corrente de partida como uma corrente de sobrecarga ou como uma corrente de curto‐circuito. 
Para  garantirmos  que  esse  critério  será  atendido,  devemos  analisar  a  curva  de  atuação  do 
minidisjuntor, da seguinte forma: 
 
𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 𝑇𝑝 𝑉𝑆 𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 𝐼𝑝  
 
Cruzando esses dados teremos que garantir que durante o tempo de partida do motor, a corrente 
de partida não cause o desarme do minidisjuntor. 
Para isso, iremos analisar no catálogo do fabricante, um minidisjuntor, a princípio de curva C, pois 
essa curva geralmente atende aplicações para motores de pequeno porte, como é o nosso caso, mas 
para ter certeza, devemos analisar a curva de atuação, e caso ela não nos atenda, iremos analisar a 
próxima, que seria a curva D. 
 
 
 
 

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  Origem da Imagem ‐ Imagem retirada da aula 8 do módulo 25 do        
 Curso de Comandos Elétricos da Atom Elétrica 
 
Perceba que nesse gráfico temos 2 eixos, o eixo “x” e o eixo “y”. 
O eixo “x” representa um multiplicador da corrente nominal do minidisjuntor.  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Origem da Imagem ‐ Imagem retirada da aula 8 do módulo 25 do       
    Curso de Comandos Elétricos da Atom Elétrica 

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Já o eixo “y”, representa o período de tempo. Conforme a imagem abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
   
   
Origem da Imagem ‐ Imagem retirada da aula 8 do módulo 25 do       
    Curso de Comandos Elétricos da Atom Elétrica 

 
Podemos perceber também que esse gráfico possui 2 curvas. 
 
 
 
 
   
 
 
   
   
 
 
  Origem da Imagem ‐ Imagem retirada da aula 8 do módulo 25 do      
   Curso de Comandos Elétricos da Atom Elétrica 
 

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A curva inferior irá indicar a não atuação do minidisjuntor, ou seja, valores abaixo dessa curva não 
irão causar o seu desarme. 
    
 
   
 
 
   
 
   
 
  Origem da Imagem ‐ Imagem retirada da aula 8 do módulo 25 do       
  Curso de Comandos Elétricos da Atom Elétrica 
 
Já a curva superior, indica a atuação do minidisjuntor, com isso, valores acima dessa curva causarão 
o seu desarme.  
   
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  Origem da Imagem ‐ Imagem retirada da aula 8 do módulo 25 do       
  Curso de Comandos Elétricos da Atom Elétrica 
 
Essa curva também nos indica o que é interpretado pelo minidisjuntor como uma corrente de curto‐
circuito e o que é interpretado por ele como uma corrente de sobrecarga, e de acordo com o que 

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será interpretado pelo minidisjuntor, haverá um desarme instantâneo gerado pela bobina de disparo 
ou um desarme com retardo de tempo gerado pela lâmina bimetálica. 
De acordo com as imagens das curvas abaixo, podemos identificar os trechos correspondentes a uma 
atuação por sobrecarga e a uma atuação por curto‐circuito: 

 Faixa da curva com atuação por sobrecarga, pelo bimetálico: 
   
 
 
 
 
 
 
 
 
  Origem da Imagem ‐ Imagem retirada da aula 8 do módulo 25 do       
  Curso de Comandos Elétricos da Atom Elétrica 
 

 Faixa da curva com atuação por curto‐circuito, pela bobina de disparo: 
   
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Origem da Imagem ‐ Imagem retirada da aula 8 do módulo 25 do       
    Curso de Comandos Elétricos da Atom Elétrica 

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Sabendo  disso,  vamos  voltar  ao  nosso  critério  de  análise  e  começar  a  traçar  retas  nesse  gráfico 
justamente para representar o: 
 
𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 𝑇𝑝 𝑉𝑆 𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 𝐼𝑝  
 

 Tempo de partida (Tp) = 3 segundos 
 Corrente de partida (Ip) = 45A 
 
Para dar continuidade a essa análise devemos primeiramente adotar um minidisjuntor com valor de 
corrente nominal para que seja possível fazer essa análise na curva, pois como dissemos, o eixo “X” 
do gráfico representa um múltiplo da corrente nominal do minidisjuntor, então, precisamos saber 
primeiramente qual será a corrente nominal para que possamos analisar a curva. 
Nesse caso, escolheremos o valor de minidisjuntor que atenda o primeiro critério, ou seja, o valor da 
corrente nominal desse minidisjuntor que iremos adotar inicialmente deve ser maior ou igual ao valor 
de 10,8A. 
Para minidisjuntores, o próximo valor de corrente nominal que está acima de 10,8A é o de 16A, que 
será justamente o que utilizaremos. 
Com o minidisjuntor de 16A inicialmente adotado, devemos calcular  quantas vezes a corrente de 
partida  do  motor  é  maior  do  que  a  corrente  nominal  desse  minidisjuntor,  justamente  para 
conseguirmos traçar uma reta no eixo “X”. 
Dito  isso,  basta  dividirmos,  a  corrente  de  partida  do  motor,  pelo  valor  da  corrente  nominal  do 
minidisjuntor. Dessa forma temos: 
 
45
2,81 
16
 
Onde: 

 “45” se refere a corrente de partida do motor 
 “16” se refere ao valor da corrente nominal do minidisjuntor adotado inicialmente 
 
Tendo esse valor em mãos, iremos traçar no eixo “X” uma reta em cima do valor de 2,81. Conforme 
a imagem a seguir. 
 

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Comandos Elétricos

     
 
   
 
 
   
 
   
 
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Já conseguimos observar apenas por esse procedimento que quando circular por esse minidisjuntor 
de  16A  uma  corrente  de  partida  de  45A,  ele  não  terá  um  desarme  por  curto‐circuito,  pois  esse 
minidisjuntor de curva C de 16A, só terá um desarme por curto‐circuito se no resultado dessa divisão 
obtivéssemos um valor maior que “5”, e em nosso caso, obtivemos um valor de “2,81”, com isso, 
sabemos  que  a  partida  do  motor  não  será  interpretada  por  esse  minidisjuntor  como  um  curto 
circuito. 
Agora, temos que analisar se o minidisjuntor irá atuar por sobrecarga na partida do motor. Para isso 
devemos traçar uma outra reta no eixo “Y”, que representa justamente o eixo do tempo, em nosso 
caso, devemos traçar essa reta no tempo de partida do motor. 
Com isso, vamos traçar uma reta no eixo “Y” em 3 segundos. 
   
 
 
   
 
 
 
 
 
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Perceba que o ponto verde que acrescentamos na reta, é justamente o momento em que as retas se 
cruzam.  
Devemos analisar justamente esse ponto, e devemos garantir que ele esteja abaixo da curva de não 
atuação, para que no momento da partida do motor, o minidisjuntor não interprete essa corrente de 
partida  como  uma  sobrecarga.  Porém,  se  o  ponto  estivesse  acima  do  ponto  de  não  atuação 
deveríamos  ou  aumentar  o  valor  da  corrente  nominal  do  minidisjuntor  ou  alterar  a  sua  curva  de 
disparo e fazer uma nova análise até que o ponto esteja abaixo da curva de não atuação. 
Através  da  análise  dessa  curva,  podemos  concluir  que  o  minidisjuntor  curva  “C”  de  16A  atende 
também ao segundo critério. 
Com isso, podemos concluir que iremos escolher um minidisjuntor com as seguintes características: 

 Quantidade de polos: 3 (tripolar) 
 Curva: “C” 
 Corrente nominal: 16A 
Com  o  minidisjuntor  definido,  podemos,  então,  passar  para  o  dimensionamento  do  próximo 
dispositivo que temos no circuito de potência, que é justamente o contator KM1. 

Dimensionamento do contator de potência  
Quando se trata do dimensionamento do contator de potência, devemos garantir que seus contatos 
de potência suportem a corrente que irá circular por eles, ou seja, que suportem a corrente do motor. 
Então, devemos conhecer bem o tipo de carga que iremos acionar, pois cada tipo de carga tem um 
comportamento  específico,  e  devido  a  esse  comportamento  devemos  também  especificar  um 
contator que atenda a esses comportamentos. 
E para isso devemos conhecer as categorias de utilização dos contatores, pois elas nos indicam quais 
os  tipos  de  cargas  que  poderão  ser  acionadas  por  eles,  isso  para  garantir  que  seus  contatos  de 
potência suportem as características específicas de funcionamento de cada tipo de carga.  
Dentre diversas categorias de utilização existentes, as mais comuns utilizadas, são: 

 AC‐1: Utilizado em cargas resistivas ou pouco indutivas com fator de potência acima de 0,95.  
 AC‐3: Utilizado para motores com rotor do tipo gaiola que possui um pico de corrente de 
partida  de  aproximadamente  5  a  7  vezes  sua  corrente  nominal.  Pode  ser  utilizado  para 
inversão  de  rotação  apenas  quando  houver  a  parada  total  de  seu  rotor,  não  permitindo 
inversão de rotação instantânea.  
 AC‐4:  Utilizado  para  motores  com  rotor  do  tipo  gaiola  que  possuem  regime  intermitente, 
frenagem por contracorrente e inversão de rotação instantânea. 
 AC‐15: Utilizadas em pequenas cargas eletromagnéticas >= 72 VA. 
Então, o primeiro critério que devemos levar em consideração para escolha do contator é definir qual 
será a categoria de emprego que devemos utilizar. Como estamos tratando de motores elétricos de 

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indução  do  tipo  gaiola  e  se  trata  de  um  acionamento  simples,  devemos  adotar  a  categoria  de 
utilização AC‐3. 
Dito  isso,  vamos  passar  para  o  segundo  critério,  em  que  devemos  garantir  que  a  capacidade  dos 
contatos de potência do contator em AC‐3 suporte a corrente nominal do motor. 
Para isso, devemos atender o seguinte critério: 
 
𝐼𝑒 𝐼𝑛 𝑥 1,15 
Onde: 

 Ie = Corrente de emprego do contator em AC‐3 
 In = Corrente nominal do motor 
 
Interpretando essa formula, concluímos que a corrente de emprego do contator (Ie) deve ser maior 
ou igual à corrente nominal do motor acrescida de 15%, que é uma folga deixada para que o contator 
não trabalhe em seu limite de capacidade, e, assim, aumente sua vida útil. 
Observação: Nesse caso 1,15 significa um acréscimo de 15% em cima da corrente nominal do motor. 
No entanto, se caso o motor for trabalhar utilizando o fato de serviço, o critério a ser considerado 
deverá ser: 
 
𝐼𝑒 𝐼𝐹𝑆 𝑥 1,15 
Onde: 

 Ie = Corrente de emprego do contator em AC‐3 
 IFS = Corrente com o fator de serviço do motor 
 
Como em nosso caso não trabalharemos com o motor na faixa de corrente com fator de serviço, 
utilizaremos a primeira fórmula apresentada. 
Agora, basta substituir na fórmula o valor de corrente nominal do motor que levantamos. Conforme 
temos abaixo: 
 
𝐼𝑒 𝐼𝑛 𝑥 1,15 
𝐼𝑒 9 𝑥 1,15 
𝐼𝑒 10,35𝐴 
 

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Com base nesse dado podemos concluir que devemos escolher um contator de potência em que sua 
corrente de emprego (Ie) em AC‐3 seja maior ou igual a 10,35A. 
Agora que já definimos o valor mínimo da corrente de emprego (Ie) em AC‐3 do contator, devemos 
passar para o terceiro critério que diz respeito a especificação da bobina do contator. 
Quando  se  trata  desse  assunto,  devemos  também  especificar  qual  será  a  tensão  de  operação  da 
bobina  do  contator,  e  essa  escolha  dependerá  unicamente  da  tensão  que  se  está  utilizando  no 
comando. 
Em nosso caso específico, estamos utilizando 2 fases da rede de alimentação, e a tensão que temos 
entre fases é de 220V (em corrente alternada). 
Com isso, a tensão nominal da bobina do contator (KM1), deve ser de 220V, justamente para que ela 
trabalhe de forma correta sem se danificar. 
Agora  que  já  definimos  os  3  critérios  para  o  dimensionamento  do  contator,  seu  próximo  passo  é 
justamente ir ao catálogo do fabricante de sua preferência e especificar um contator potência que: 

 Possua uma corrente de emprego (Ie) em AC‐3, maior ou igual a 10,35A; 
 Possua uma bobina que tenha uma tensão de 220V; 
 Possua 2 contatos auxiliares normalmente abertos (NA). 
Em nosso caso, o fabricante que escolhemos não possui um contator que tenha exatamente uma 
corrente de emprego (Ie) de 10,35A. Com isso, escolhemos o próximo valor disponível de contator 
que foi o de 12A em AC‐3, possui sua bobina em 220V e possui 2 contatos NA. 
Visto,  agora,  o  dimensionamento  do  contator,  vamos  partir  para  o  dimensionamento  do  relé  de 
sobrecarga (FT1). 

Dimensionamento do relé de sobrecarga. 
Para  o  primeiro  critério  do  dimensionamento  do  relé  de  sobrecarga,  precisamos  garantir  que  ele 
tenha um ajuste preciso, tomando como base a corrente consumida pelo motor, com isso, devemos 
ter  definido  incialmente  se  iremos  considerar  a  corrente  nominal  do  motor,  ou  se  o  motor  será 
dimensionado levando em consideração sua corrente com fator de serviço. 
Caso  o  motor  não  trabalhe  utilizando  o  fator  de  serviço,  iremos,  então,  considerar  sua  corrente 
nominal, e utilizaremos a fórmula abaixo: 
 
𝐼𝑒 𝐼𝑛 
Onde: 

 Ie = Corrente de emprego que será ajustado no parafuso de ajuste do relé de sobrecarga 
 In = Corrente nominal do motor 

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No entanto, se caso o motor for trabalhar utilizando o fato de serviço, o critério a ser considerado 
deverá ser: 
 
𝐼𝑒 𝐼𝐹𝑆 
Onde: 

 Ie = Corrente de emprego que será ajustado no parafuso de ajuste do relé de sobrecarga 
 IFS = Corrente do motor com fator de serviço 
 
Como em nosso caso, não trabalharemos com o motor na faixa de corrente com fator de serviço, 
utilizaremos a primeira fórmula apresentada. 
Agora, basta substituir na fórmula o valor de corrente nominal do motor. Conforme temos abaixo: 
 
𝐼𝑒 𝐼𝑛 
𝐼𝑒 9𝐴 
 
Desta maneira, podemos observar que a corrente de emprego que iremos ajustar no parafuso de 
ajuste do relé de sobrecarga deve ser exatamente igual a 9A, pois esse valor é justamente a corrente 
nominal do motor. 
Com  isso,  seu  próximo  passo  será  justamente  ir  ao  catálogo  do  fabricante  de  sua  preferência,  e 
selecionar um modelo de relé de sobrecarga que possua uma faixa de ajuste que possibilite ajustar o 
valor da corrente para 9A. 
Em nosso caso específico, no catálogo do fabricante que escolhemos, a faixa de ajuste do relé de 
sobrecarga que irá nos atender é de 7 a 10A. 
Perceba que 9A, está justamente entre esses valores (7 a 10A), com isso, após ter em mãos esse 
dispositivo, iremos ajustar em seu parafuso de ajuste o valor de 9A. 
Da mesma forma que nos minidisjuntores, muitos projetistas parariam por aqui. Entretanto, acho 
interessante  fazermos  uma  análise  mais  minuciosa  levando  em  consideração  a  sua  atuação  por 
sobrecarga, pois como vimos o dispositivo não deve interpretar a corrente de partida do motor como 
uma sobrecarga. 
Para garantirmos esse funcionamento, devemos analisar o segundo critério:  
 
𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 𝑇𝑝 𝑉𝑆 𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 𝐼𝑝  

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Dessa  forma,  devemos  observar  justamente  a  curva  de  atuação  do  relé  de  sobrecarga  que 
escolhemos para fazer essa análise. 
Entretanto, aqui vai um detalhe muito importante que você deve conhecer sobre as curvas dos relés 
de sobrecarga. 
O que define as características e formato da curva de atuação dos relés de sobrecarga é justamente 
a classe de disparo. 
No mercado existem algumas classes, porém a mais comum é a Classe 10,  
Esse modelo de relé de sobrecarga que escolhemos com faixa de ajuste de 7 a 10A possui sua curva 
de disparo especificado para a Classe 10. 
Observando, então, a curva desse dispositivo disponibilizada pelo fabricante, temos: 
 
 
 
 
 
 
   
 
 
 
 
 
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Olhe só! Por se tratar de um relé de sobrecarga, essa curva se refere somente a uma atuação por 
sobrecarga, pois diferente dos minidisjuntores, os relés de sobrecarga não possuem uma atuação por 
curto‐circuito. 
Porém, da mesma forma que os minidisjuntores, essa curva nos disponibiliza 2 eixos, sendo: 

 Eixo “X” que se refere a um multiplicador da corrente que será ajustado no parafuso de ajuste 
 Eixo “Y” que se refere a um determinado período de tempo 

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Desta forma, iremos traçar uma reta no eixo “X” a um valor que nos represente a quantidade de 
vezes que a corrente de partida do motor é maior que a corrente que iremos ajustar no parafuso de 
ajuste deste dispositivo. 
Para isso, basta dividirmos a corrente de partida do motor, pela corrente de emprego (Ie) que iremos 
ajustar na face do dispositivo. Conforme a fórmula abaixo: 
 
45

9
Onde: 

 “45” se refere a corrente de partida do motor 
 “9” se refere a corrente de emprego (Ie) que iremos ajustar no parafuso de ajuste do relé de 
sobrecarga 
 
Com esse valor em mãos, vamos traçar uma reta no eixo “X”, correspondente ao valor de 5 vezes 
encontrado na fórmula acima. 
 
 
 
 
   
 
   
   
 
 
 
 
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Nosso próximo passo é traçar uma nova reta no eixo “Y”, justamente no valor que se refere ao tempo 
de partida do motor. 

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Com isso, o ponto que representa o cruzamento entre as retas do eixo “X” com o eixo “Y”, deve estar 
abaixo da curva de atuação do relé de sobrecarga, pois ele não deve interpretar a corrente de partida 
do motor, durante o seu tempo de partida, como uma corrente de sobrecarga.  
Então, traçando a reta em 3 segundos no eixo “Y”, temos: 
 
 
 
   
 
 
 
 
 
 
 
 
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Como podemos observar, o ponto que representa o cruzamento entre as duas retas está abaixo da 
curva de atuação do relé de sobrecarga. 
Com isso, podemos concluir que o relé de sobrecarga Classe 10 que possui uma faixa de ajuste de 7 
a 10A, atende simultaneamente os 2 critérios. 
Nesse momento, então, concluímos o dimensionamento dos dispositivos que compõem o circuito de 
potência. 
Entretanto,  além  de  especificarmos  os  dispositivos  do  circuito  de  potência,  devemos  também 
especificar os dispositivos que compõe o circuito de comando. 
Note  que  em  nosso  comando,  temos  a  presença  apenas  da  bobina  do  contator  (KM1)  e  dos 
sinalizadores luminosos H1 e H2. 
No  momento  em  que  estávamos  dimensionando  o  contator  de  potência  (KM1),  pelo  circuito  de 
potência, já especificamos a tensão de sua bobina, sendo uma bobina em 220V. 
Agora nos resta apenas especificar os sinalizadores Luminosos H1 e H2. 

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Dimensionamento dos sinalizadores luminosos 
Como vimos anteriormente, no momento da escolha dos sinalizadores LED, devemos especificar a 
sua coloração conforme determinamos anteriormente: 
 

 Sinalizador LED (H1): Cor verde. 
 Sinalizador LED (H2): Cor vermelha. 
 
Precisamos também definir qual será a sua tensão nominal de operação, e da mesma forma que a 
bobina de contator, devemos analisar justamente qual é a tensão de operação do comando, pois os 
leds estão sendo alimentados por essa mesma tensão. 
Com isso podemos concluir que os sinalizadores possuem as seguintes especificações: 
 

 Sinalizador LED (H1)   Sinalizador LED (H2) 
Coloração: Verde  Coloração: Vermelho 
Tensão de operação: 220V  Tensão de operação: 220V 
 
Bom, agora, não podemos nos esquecer de que ainda resta o dimensionamento do minidisjuntor (F2) 
responsável pela proteção contra curto‐circuito e sobrecarga do circuito de comando. Então, vamos 
para ele! 

Dimensionamento do minidisjuntor de comando 
Para  esse  dimensionamento,  precisamos  levar  em  consideração  a  potência  demandada  dos 
dispositivos que compõem o circuito de comando, pois sabemos que cada dispositivo no momento 
que está acionado consome uma certa potência da rede, e é justamente essa potência exigida pelo 
dispositivo que devemos conhecer. 
No  entanto,  para  se  fazer  um  dimensionamento  correto  e  que  tenha  uma  maior  eficiência, 
precisamos entender que por mais que exista diversos componentes presentes no comando, não 
necessariamente todos esses dispositivos vão estar ligados ao mesmo tempo, é necessário analisar a 
potência demandada na pior situação do circuito.  
Se analisarmos o diagrama de comando que desenvolvemos juntos, podemos perceber que por mais 
que existam 2 sinalizadores luminosos (LED) e 1 bobina de contator, eles não serão acionados ao 
mesmo tempo. 
 

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Perceba que nosso circuito possui 2 situações basicamente, que são elas: 
A primeira situação é justamente no momento em que acionamos o motor, nessa situação teremos 
simultaneamente a bobina do contator acionada e o LED verde (H1) ligado. 
A  segunda  situação  é  justamente  no  momento  em  que  ocorre  uma  sobrecarga  no  motor,  nessa 
situação a bobina do contator é desligada e apenas o LED vermelho (H2) ficará acesso.  
Ao analisarmos essas duas situações, podemos concluir que a pior situação, é justamente a primeira, 
em que vão estar acionados no circuito de comando, a bobina do contator (KM1)  e o  sinalizador 
luminoso (H1). 
Depois de feita essa análise, devemos voltar ao catálogo do fabricante e verificarmos qual o valor da 
potência de funcionamento demandada por cada um dos dispositivos. 
De acordo com o catálogo do fabricante que utilizamos, temos: 
 

 Potência demandada da bobina do contator (KM1) em 220V: 7,5VA 
 Potência demandada do sinalizador luminoso LED (H1) em 220V: 3,5VA 
 
Note que essas potências estão em VA, ou seja, o fabricante representa essa potência em formato 
de potência aparente (VA). 
Agora que temos o valor dessas potências consumidas pelos dispositivos, devemos soma‐las, pois 
ambos dispositivos irão trabalhar simultaneamente. Com isso temos a potência demandada total do 
circuito de comando: 
 

 Potência demandada do circuito de comando: 3,5 + 7,5 = 11VA    
 
Com essa informação em mãos, basta dividirmos o valor total dessa potência pela tensão nominal do 
comando, no qual obteremos o valor de corrente que irá circular pelo minidisjuntor de comando (F2) 
no momento em que esses dispositivos estiverem acionados simultaneamente. Conforme a fórmula 
abaixo: 
𝑃
𝐼  
V
Onde: 

 I = Corrente demandada do circuito de comando 
 P = Potência Aparente total demanda do circuito de comando 
 V = Tensão de operação do comando 

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Comandos Elétricos

Subsistindo os valores, temos: 
11
𝐼  
220
𝐼 0,05𝐴 
Com isso, já podemos especificar o minidisjuntor (F2). 
Note que nesse caso, o valor dessa corrente é extremamente baixo.  
Existem situações em que o circuito de comando é composto por diversos componentes que serão 
acionados simultaneamente, e consequentemente essa corrente será bem maior, porém, esse não é 
o nosso caso.  
Então, aqui entra outro detalhe muito importante. 
O minidisjuntor deve proteger, além dos componentes, os condutores do circuito também. A escolha 
do condutor deve ser de acordo com a corrente do circuito que irá circular por ele. 
Como vimos em nosso circuito, a corrente que circula no comando em específico é uma corrente 
extremamente baixa, dito isso poderíamos até utilizar condutores de seção muito pequena, como 
por exemplo, condutores de 0,75mm². 
Porém,  costumo  sempre  utilizar  em  situações  como  essa,  em  que  a  corrente  do  circuito  é  uma 
corrente com valor muito pequeno, condutores com seção transversal de 1mm², pois dessa forma, 
consigo  uma  resistência  mecânica  e  facilidade  de  manuseio  maior  do  que  com  condutores  de 
0,75mm². 
Tendo como base esse condutor de 1mm², devemos utilizar um minidisjuntor que forneça também 
uma proteção a essa seção de condutor.  
Então,  iremos  utilizar  um  minidisjuntor  de  4A,  pois  é  fácil  de  encontrar  no  mercado  e  fornece 
proteção suficiente para esse condutor de 1mm², evitando que o mesmo aqueça por sobrecarga e 
curto‐circuito. 
Devemos também especificar a curva de atuação deste dispositivo.  
Pelo  fato  de  no  comando  ter  a  presença  de  bobinas  que  são  cargas  indutivas,  iremos  utilizar  um 
minidisjuntor de curva C. 
Com base nessas observações, podemos concluir que o minidisjuntor do circuito de comando, terá 
as seguintes especificações: 

 Quantidade de polos: 2 (bipolar) 
 Curva: C 
 Corrente nominal: 4A 
Com isso, finalizamos toda parte de dimensionamento do projeto, porém ainda falta um passo muito 
importante que você deve entender. 

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Algo importante para você saber! 
Perceba  a  diferença  que  faz  passarmos  por  todas  essas  etapas  de  aprendizado  juntos,  estamos 
analisando as diferentes situações e observando a necessidade e o porquê de se acrescentar cada 
dispositivo  no  diagrama,  em  nenhum  momento  trouxe  nada  pronto  para  você,  pois  a  nossa 
metodologia  se  baseia  justamente  em  fazer  com  que  você  enxergue  o  porquê  de  cada  etapa  do 
processo. Dessa forma, eu tenho certeza que você realmente está aprendendo, pois o seu cérebro 
vê sentido em cada etapa, e assim ele consegue guardar todas essas informações, tornando possível 
o seu aprendizado de forma eficaz, e caso você precise elaborar um novo diagrama, tenho certeza 
que você irá projetá‐lo com uma visão mais analítica e detalhista. 
E é justamente esse o princípio da minha metodologia de ensino, te mostrar o porquê de cada coisa, 
fazer com que você, de fato, aprenda e não decore, pois sabemos que no dia a dia existem aplicações 
que você só conseguirá pensar em uma solução se você realmente souber o conceito por trás daquilo.  
Entretanto, apesar de neste e‐book termos trazido muito conteúdo, tudo o que aprendemos até aqui, 
foi somente a ponta do iceberg, ainda existem muitos conceitos e técnicas que você precisa aprender 
para, de fato, se tornar um profissional completo que sabe diversas formas de se partir um motor, 
não somente a forma direta, pois conforme vimos, a partida direta é somente uma delas. 
O intuito desse e‐book é que você tenha os seus primeiros contatos com as partidas dos motores, 
que  são  situações  muito  comuns  no  dia  a  dia  do  profissional  eletricista,  e  como  você  está  se 
deparando com esses conceitos agora, trouxemos justamente a primeira partida de motor que deve 
ser aprendida nesse processo de aprendizado, que é a partida direta.  
Entretanto é importante que você saiba que no dia a dia você irá se deparar muitas das vezes com 
motores que estão acima da potência máxima permitida pelas concessionarias para se realizar uma 
partida de forma direta, e nesses casos você deverá buscar outros tipos de partidas para atender essa 
situação, como por exemplo, as partidas indiretas. No entanto, para se utilizar uma partida indireta 
é necessário que, assim como na partida direta, você conheça suas características e individualidades, 
pois cada tipo de partida possui um comportamento diferente da outra. 
Vale ressaltar também que não basta apenas conhecer os tipos de partidas e suas características, 
precisamos também conhecer as características do motor que iremos utilizar, pois como vimos nesse 
e‐book, utilizamos um motor de 6 pontas, porém você também irá se deparar em seu dia a dia com 
motores que possuem mais que 6 pontas, como é o caso dos motores de 12 pontas, que apresentam 
maiores  possibilidades  de  fechamentos  e  ligações.  Então,  será  necessário  também,  que  além  das 
partidas de motores, você também conheça as características dos motores mais comuns que estão 
disponíveis no mercado. 
Por  esse  e  outros  motivo,  queria  te  convidar  para  conhecer  o  nosso  curso  online  de  comandos 
elétricos,  onde  desenvolvemos  mais  de  320  aulas,  com  o  máximo  de  detalhes  possíveis  para  que 
você, de fato, adquira todos os conhecimentos necessários para se tornar um profissional completo 
em comandos elétricos, que: 

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Comandos Elétricos

 Está apto a desenvolver suas próprias lógicas de comando mesmo que nunca tenha visto um 
determinado processo antes. 
 Possui uma maior segurança, pois, de fato, possui conhecimentos sólidos. 
 Possui  a  capacidade  de  montar  seus  próprios  painéis,  conhecendo  diversas  técnicas  e 
ferramentas que facilitam sua montagem mesmo dentro de sua própria casa. 
 Possui  a  capacidade  de  ler  e  interpretar  diagramas  que  até  mesmo  outras  pessoas 
desenvolveram. 
 Conhece as etapas e processos de uma manutenção. 
 Tem autoridade no mercado, pois tem os conhecimentos técnicos necessários para atender 
as necessidades de seus clientes. 
Tenho  certeza  que  você  já  percebeu  que  não  estou  aqui  apenas  falando  palavras  bonitas,  já 
conseguiu  notar  por  meio  da  leitura  deste  e‐book  um  pouco  da  minha  didática  e  o  quanto  me 
preocupo em garantir que você realmente tenha tido um aprendizado real. 
Mantive  meu  curso  discreto  por  2  anos,  que  foi  justamente  o  período  que  levou  para  o  seu 
desenvolvimento, porém agora que concluímos, estou disponibilizando para você uma oportunidade 
para se tornar nosso aluno e verificar por si só o porquê esse curso é tão eficiente e transformador, 
falo isso, pois diariamente recebo diversos feedback de meus alunos deixando claro a sua satisfação 
e muitas das vezes até relatam o quão suas vidas mudaram após se tornarem nossos alunos. 
Agora é com você! Caso queira conhecer mais sobre nosso curso, e assim como nossos alunos, ter 
sua  vida  transformada  por  meio  dos  conhecimentos  em  comandos  elétricos,  se  tornando  um 
profissional completo, capacitado e que não dispensa serviço por não saber executá‐los, basta clicar 
no botão abaixo caso esteja lendo este material por meio de um computador, celular ou tablet. 

 
Clique aqui para continuar aprendendo! 
 

Porém, caso esteja com ele impresso, basta digitar no seu navegador de internet o seguinte link: 

www.atomeletrica.com.br/comandos‐eletricos 

Tenho certeza que esse curso será de grande valia para sua carreira de aprendizado profissional. 
Foi  um  grande  prazer  ter  compartilhado  todos  esses  conhecimentos  com  você  ao  longo  deste 
material. 
Deixo aqui meu muito obrigado, e te espero lá dentro do nosso curso. 
Um grande abraço do seu professor. 
Rodrigo Costa. 

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