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Disciplina de Máquinas Elétricas

Prof. Msc. Samuel Polato Ribas

Atividade Prática de Máquinas e Acionamentos


Elétricos

OBJETIVO
Implementar o circuito de força e de comando de uma chave de partida direta,
o circuito de comando de uma chave de partida direta com reversão no sentido de
rotação, e o circuito de comando de uma chave de partida estrela-triângulo.

MATERIAL UTILIZADO

A Atividade Prática da disciplina de Máquinas e Acionamentos Elétricos


deverá ser desenvolvida com base neste roteiro e nos vídeos disponibilizados que
apresentam a utilização dos componentes do kit Edith Clarke para esta disciplina.
Especificamente, o material para cada experimento é descrito a seguir.
1) Partida direta
• 2 botoeiras (Kit Edith Clarke)
• 1 contator (Kit Edith Clarke)
• Conjunto Motor-Inversor com disjuntores (Kit Edith Clarke)
• Alicate universal (Kit Edith Clarke)
• Chave de fenda/philips (Kit Edith Clarke)
• Cabo flexível 1,5 mm2 (Adquirido pelo aluno)
• Fonte CC de 24 V (Kit Hedy Lamarr ou Kit Polo Elétrica)
2) Circuito de comando da chave de partida direta com reversão no sentido
de rotação
• 3 botoeiras (Kit Edith Clarke)
• 2 contatores (Kit Edith Clarke)
• 2 blocos de contatos auxiliares (Kit Edith Clarke)
• Alicate universal (Kit Edith Clarke)
• Chave de fenda/philips (Kit Edith Clarke)
• Cabo flexível 1,5 mm2 (Adquirido pelo aluno)
• Fonte CC de 24 V (Kit Hedy Lamarr ou Kit Polo Elétrica)

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3) Circuito de comando da chave de partida estrela-triângulo


• 2 botoeiras (Kit Edith Clarke)
• 3 contatores (Kit Edith Clarke)
• 3 blocos de contatos auxiliares (Kit Edith Clarke)
• 1 relé temporizador (Kit Edith Clarke)
• Alicate universal (Kit Edith Clarke)
• Chave de fenda/philips (Kit Edith Clarke)
• Cabo flexível 1,5 mm2 (Adquirido pelo aluno)
• Fonte CC de 24 V (Kit Hedy Lamarr ou Kit Polo Elétrica)

INTRODUÇÃO

As instalações elétricas industriais são compostas em grande parte por


circuitos para acionamento de máquinas elétricas, principalmente motores
elétricos. Embora com o advento das partidas eletrônicas, como partidas suaves e
inversores de frequência, a utilização de acionamentos utilizando componentes
eletromecânicos ainda é largamente empregado.
Entre os fatores que contribuem para a utilização das chaves de partida
eletromecânicas, podemos citar o baixo custo e a facilidade de implementação,
além do fato de que em algumas aplicações pode ser que seja necessário a
aplicação de uma chave de partida específica, como a direta ou a estrela-triângulo,
por exemplo.
Embora os circuitos de comando possam possuir lógicas de contatos bastante
complexas, devido a intertravamentos necessários ao processo, ou contatos de
selo, os acionamentos são basicamente três: chave de partida direta, chave de
partida estrela-triângulo ou chave de partida compensadora, sendo esta última a
menos utilizada e cada vez mais desuso, mas ainda presente em instalações mais
antigas, ou onde este tipo de partida é a que melhor se adapta ao processo.
O circuito de força da chave de partida direta pode ser implementado a partir
do circuito da Figura 1.

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Figura 1 – Circuito de força de uma chave de partida direta.


A Figura 1 apresenta 2 circuitos, sendo que o circuito (a) utiliza fusíveis e um
relé de sobrecarga para a proteção do motor, e o circuito (b) utiliza apenas um
disjuntor-motor. Ambos estão corretos, e podem ser utilizados sem nenhum tipo de
problema.
No circuito da Figura 1(a) a energização do motor se dá pelo acionamento do
contator K1. Quando ele é acionado, os seus contatos de força (1-2, 3-4 e 5-6 de
K1) se fecham e então a tensão trifásica (L1, L2 e L3) ficam aplicadas diretamente
aos terminais de alimentação do motor (U1, V1 e W1). A corrente proveniente da
fonte vai passar pelos fusíveis que fazem a proteção contra corrente de curto-
circuito (F1, F2 e F3) e também pelos contatos de força do relé de sobrecarga (1-
2, 3-4 e 5-6 de RT1) antes de chegar aos terminais do motor. Assim, caso haja um
curto-circuito a corrente será detectada pelos fusíveis, e caso haja uma sobre carga
a corrente será detectada pelo relé de sobrecarga. O desligamento do motor se dá
pela desenergização do contator K1. Ao ser desenergizado os contatos de força do

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contator se abrem, interrompendo o caminho entre a fonte de alimentação e o


motor.
O funcionamento do circuito da Figura 1(b) é o mesmo, ou seja, o acionamento
do motor é feito pela energização do contator K1. Entretanto, para isso o disjuntor-
motor Q1 deve ser fechado. Perceba que os contatos de força dele (1-2, 3-4 e 5-6)
são normalmente abertos, portanto para que eles fechem e permitam a passagem
de corrente o disjuntor-motor deve estar acionado. Além disso, somente assim as
proteções dele contra correntes de curto-circuito e sobrecarga serão habilitadas.
Fazendo uma comparação direta entre os dois circuitos, ambos possuem
pontos positivos e negativos. No circuito da Figura 1(b) a montagem é mais simples,
o número de componentes é menor, porém pode apresentar um custo mais elevado
e o disjuntor-motor deve ser acionado manualmente. Por outro lado, o circuito da
Figura 1(a) apresenta um custo menor e é mais didático. Entretanto, como
mencionado anteriormente, ambos podem ser utilizados sem nenhum problema.
Cabe aos profissionais decidir qual será o circuito mais adequado em cada
situação.
Outro ponto que merece destaque com relação à atuação da proteção contra
correntes de curto-circuito. No circuito da Figura 1(a), dependendo do tipo de curto-
circuito que venha a ocorrer, pode ser que somente o fusível de uma das fases se
rompa. Caso isso ocorra, o motor passa a ser alimentado pelas duas fases
restantes sobrecarregando-as. Assim, caberá ao relé de sobrecarga detectar esta
corrente de sobrecarga e atuar no desligamento do motor. Já no circuito da Figura
1(b) isso não ocorre. Isso, porque caso ocorra um curto-circuito em apenas uma
das fases já será o suficiente para a atuação do disjuntor-motor. Quando atua, o
disjuntor-motor abre seus contatos de força, interrompendo imediatamente a
corrente das três fases simultaneamente. Caso isso ocorra, basta eliminar a causa
da atuação do disjuntor-motor, ligá-lo novamente, e então estará pronto para uso.
O circuito de comando para a chave de partida direta sem reversão no sentido
de rotação é apresentado na Figura 2.

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Figura 2 – Circuito de comando de uma chave de partida direta sem reversão no


sentido de rotação.
A Figura 2 apresenta duas possibilidades para o circuito de comando da
chave de partida direta sem reversão no sentido de rotação. O circuito da Figura
2(a) deve ser utilizado juntamente com o circuito de força da Figura 1(a), e o circuito
de comando da Figura 2(b) deve ser utilizado em conjunto com o circuito de força
da Figura 1(b).
Tomando o circuito da Figura 2(a) para a explicação do funcionamento do
circuito, a energização da bobina do contator K1 se dá pela aplicação da tensão de
comando (aqui definida como 24 VCC) aos seus terminais, A1 e A2. Isso ocorre
quando a botoeira S2 é acionada. Perceba que quando a botoeira S2 é acionada,
seu contato normalmente aberto (13-14) de fecha e permite que a corrente elétrica
passe por ele, após ela passar pelo fusível F4, pelo contato normalmente fechado
do relé térmico RT1 (95-96) e pelo contato normalmente fechado de S1 (11-12),
chegando finalmente à bobina do contator K1, energizando-o.

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No instante em que a bobina de K1 é energizada, o contato de selo de K1, 13-


14, se fecha, e então é possível que os contatos 13-14 da botoeira S2 que estavam
fechados voltem a abrir, ou seja, é necessário somente um pulso na botoeira S2
para acionar o motor e mantê-lo dessa forma.
Para desligar o motor, basta pressionar a botoeira S1 para que seu contato
normalmente fechado, 11-12, se abra e interrompa o fluxo de corrente do circuito
de comando, desenergizando a bobina do contator K1.
Perceba ainda, que no circuito da Figura 1(a) existe o contato auxiliar do relé
térmico RT1 (95-96). Este contato é normalmente fechado, e em caso de atuação
do relé RT1 devido a corrente de sobrecarga no circuito de força, este contato irá
se abrir desenergizando a bobina do contator K1, desligando assim o circuito de
força.
Agora, em relação ao circuito da Figura 2(b), o acionamento e o desligamento
do motor são idênticos ao do circuito da Figura 2(a), ou seja, o motor é ligado
quando a botoeira S2 é pressionada, e é desligado quando a botoeira S1 é
pressionada. A grande diferença está em relação ao contato normalmente aberto
do disjuntor-motor Q1 (13-14). Quando o disjuntor-motor tiver seus contatos de
força fechados manualmente, o seu contato auxiliar também irá fechar, permitindo
que a corrente elétrica chegue até a bobina do contator para acioná-lo. Em caso de
atuação do disjuntor-motor, por sobrecarga ou curto-circuito, o contato auxiliar volta
a sua posição original, ou seja, ficará aberto.
É válido observar que nos circuitos da Figura 2 foi utilizada a tensão de 24
VCC. Este nível de tensão foi utilizado porque é comum a tensão do circuito de
comando ser menor que a tensão do circuito de força. Isso proporciona mais
segurança, e desvincula a alimentação do circuito de comando da alimentação do
circuito de força, já que normalmente a tensão de 24 VCC é proveniente de uma
fonte de alimentação que deve ser isolada. Assim, os problemas que acontecem
na rede trifásica não afetam diretamente o circuito de comando, protegendo assim
a integridade deles.
O circuito de força de uma chave de partida direta com reversão no sentido
de rotação é mostrado na Figura 3.

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Figura 3 – Circuito de força de uma chave de partida direta com reversão no


sentido de rotação.
Os dois circuitos da Figura 3 apresentam o mesmo diagrama de força para a
chave de partida direta com reversão no sentido de rotação, porém, na ligação da
Figura 3(a) a proteção do motor é feita por fusíveis e pelo relé de sobrecarga, e no
circuito da Figura 3(b) a proteção é feita por meio do disjuntor-motor.
Em ambos os circuitos, se desconsiderarmos o contator K2, eles ficarão
idênticos ao circuito de força de uma chave de partida direta sem reversão no
sentido de rotação, portanto, o funcionamento é exatamente o mesmo, conforme já
foi explicado. Agora, com a inclusão do contator K2, há a possibilidade de inversão
no sentido de rotação do motor.
A inversão no sentido de rotação de um motor de indução trifásico se dá pela
inversão de duas das três fases que chegam até os terminais de alimentação do
motor, e é justamente esse o papel do contator K2.
Perceba que quanto o contator K1 é acionado, a fase L1 é aplicada ao terminal
U1 do motor, a fase L2 é aplicada ao terminal V1 e a fase L3 é aplicada ao terminal
W1. Assim, a ligação da fonte de alimentação com os terminais do motor fica da

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seguinte forma: L1-U1, L2-V1 e L3-W1. Esta sequência vai fazer com que o motor
seja acionado girando em um determinado sentido, que vamos chamar de sentido
de rotação A.
Agora vamos considerar que ao invés de o contator K1 ser acionado, é o
contator K2 quem é acionado. Neste caso, a fase L1 é aplicada ao terminal U1 do
motor, a fase L2 é aplicada ao terminal W1 e a fase L3 é aplicada ao terminal V1.
Assim, a ligação da fonte de alimentação com os terminais do motor fica da
seguinte forma: L1-U1, L2-W1 e L3-V1. Esta inversão é feita na ligação entre os
terminais de saída do contator K2 (2, 4 e 6) e os terminais de alimentação do motor.
Em comparação com o acionamento do contator K1 houve uma inversão dos
terminais que recebem as fases L2 e L3. Portanto, o motor será acionado no sentido
de giro que vamos chamar de B.
Em resumo, o contator K1 faz o motor ser acionado em um determinado
sentido de giro, e o contator K2 faz o motor ser acionado no sentido de giro oposto,
devido a inversão de duas das três fases de alimentação.
Algo que é indispensável neste acionamento é o intertravamento entre os
contatores K1 e K2. Como foi mencionado, quando o contator K1 é acionado, a
ligação das tensões com os terminais do motor é L1-U1, L2-V1 e L3-W1. Já quando
o contator K2 é acionado a ligação é L1-U1, L2-W1 e L3-V1. Portanto, se percebe
que se os dois contatores forem acionados simultaneamente, haverá uma ligação
direta das fases L2 e L3 nos terminais de ligação do motor resultando em um curto-
circuito entre estas duas fases.
A garantia de que esta situação não vai ocorrer é feita através de um contato
de intertravamento presente no circuito de comando, como será visto a seguir.
O circuito de comando para a chave de partida direta com reversão no sentido
de rotação é apresentado na Figura 4.

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Figura 4 – Circuito de comando de uma chave de partida direta com reversão no


sentido de rotação.
Conforme foi observado nos circuitos de força da Figura 3 é preciso dois
contatores para realizar a reversão no sentido de rotação do motor. Além disso, foi
mencionado que os contatores não podem ser acionados simultaneamente. Toda
essa lógica de contatos pode ser verificada no funcionamento dos circuitos de
comando da Figura 4.
Tomando como base para a explicação o circuito de comando da Figura 4(a),
se percebe que a energização do contator K1 se dá pelo acionamento da botoeira
S2. Ao pressioná-la, a tensão de 24 VCC fica diretamente aplicada aos terminais do
contator K1, fechando os contatos de força e o contato normalmente aberto 13-14,
que é um contato de selo para manter a bobina do contator energizada. Nota-se,
também, que há um contato normalmente fechado de K1 (21-22) em série com a
bobina do contator K2. Quanto a bobina do contator K1 é energizada, este contato
vai abrir, impedindo assim que a bobina do contator K2 seja acionada, realizando
o intertravamento.

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Para que o contator K2 seja acionado e então o motor inverta o sentido de


rotação é necessário antes de tudo desenergizar a bobina do contator K1,
pressionando a botoeira S1. Ao acionar esta botoeira todo o fluxo de corrente do
circuito é interrompido, fazendo com que todos os contatos voltem ao estado
original.
Com todo o circuito de comando desenergizado, então ao pressionar a
botoeira S3, a tensão de 24 VCC fica aplicada diretamente aos terminais da bobina
do contator K2. Assim, os contatos de força do contator K2 são acionados, o contato
de selo de K2 (13-14) se fecha, e o contato de intertravamento de K2 (21-22) que
está em série com a bobina do contator K1 evitando que a sua bobina seja
energizada.
Dessa forma, mantem-se o circuito em funcionamento, possibilitando o
acionamento do motor em qualquer sentido de giro.
Vale ressaltar que o circuito de comando da Figura 4(a) deve ser utilizado em
conjunto com o circuito de força da Figura 3(a) onde a proteção é feita com fusíveis
e o relé de sobrecarga, e o circuito de comando da Figura 4(b) deve ser utilizado
com o circuito de força da Figura 3(b), onde o seccionamento e a proteção são
feitas com a utilização de um disjuntor-motor.

PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS
A partir deste ponto, estão descritos os experimentos que devem ser
realizados no desenvolvimento da atividade prática.

1) Chave de partida direta

Neste experimento, será realizada a montagem do circuito de força e


comando para a chave de partida direta de um motor de indução trifásico.
A montagem deve ser iniciar pelo circuito de comando. Somente depois de
montado e testado é que deve ser montado o circuito de força.

Circuito de comando
O circuito de comando a ser montado é o que está mostrado na Figura 5.

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Figura 5 – Circuito de comando da chave de partida direta.

O circuito da Figura 5 é o que deve ser implementado utilizando os


componentes e ferramentas do kit Edith Clarke e do kit Hedy Lamarr ou do Kit Polo
Elétrica.
A Figura 6 apresenta como é a ligação do circuito da Figura 5 utilizando os
componentes dos kits.

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Figura 6 – Circuito de comando da chave de partida direta utilizando os


componentes dos kits Edith Clarke e Hedy Lamarr.

Os componentes que serão utilizados para a montagem do circuito de


comando são os seguintes:
• 2 botoeiras (Kit Edith Clarke)
• 1 contator (Kit Edith Clarke)
• Alicate universal (Kit Edith Clarke)
• Chave de fenda/philips (Kit Edith Clarke)
• Cabo flexível 1,5 mm2 (Adquirido pelo aluno)
• Fonte CC de 24 V (Kit Hedy Lamarr ou Kit Polo Elétrica)

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Recomendações e testes para a montagem


• Ao montar o circuito, certifique-se que a fonte esteja desligada. Ligue o
cabo de alimentação da fonte somente depois do circuito estar
totalmente montado.
• Após a montagem e a energização da fonte, aperte a botoeira B2, e o
contator deve ficar energizado.
• Com o contator energizado, pressione a botoeira B1, e o contator deve
ser desenergizado e o circuito desligado.
• Se o contator é energizado ao pressionar a botoeira B2, e
desenergizado ao pressionar a botoeira B1, então o circuito está
funcionando como deve.
• Após certificar-se que o circuito está funcionando corretamente, não
desmonte o circuito de comando.
Após a montagem do circuito da Figura 6 e a realização dos testes, o
próximo passo é a montagem do circuito de força.

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Circuito de força
O circuito de força a ser montado é o que está mostrado na Figura 7.

Figura 7 – Circuito de força da chave de partida direta.

O circuito da Figura 7 é deve ser implementado utilizando os componentes


e ferramentas do kit Edith Clarke. A Figura 8 apresenta como é a ligação do circuito
da Figura 7 utilizando os componentes do kit.

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Figura 8 – Circuito de força da chave de partida direta utilizando os componentes


dos kits Edith Clarke.

A seguir são citadas as orientações para a montagem do circuito da Figura


8.

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Orientações para a montagem do circuito de força


• Para a montagem do circuito de força, o circuito de comando deve
permanecer montado.
• O contato K1 do circuito de comando é o mesmo contator K1 do circuito
de força.
• Ao iniciar a montagem, certifique-se que o conjunto não esteja
energizado.
• A ligação entre o INVER e o DM já está feita no kit, não é necessário
realizá-la.
• Os fios azul, vermelho e amarelo que saem do motor, devem ser
desconectados do disjuntor-motor.
• Após a desconexão dos três fios, realizar a montagem conforme a
Figura 8.

Após a montagem circuito de força é preciso configurar o inversor para que


ele gere a tensão de saída conforme desejado. Para a configuração do inversor,
siga o roteiro a seguir.

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Configuração do inversor de frequência

a) Ligar o cabo de alimentação em uma fonte de 220 V. Caso seja preciso,


utilize o transformador que acompanha o kit Edith Clarke.

b) Acionar o botão “OFF” (vermelho) do disjuntor-motor

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c) Ligar o disjuntor geral do conjunto motor-inversor, colocando a chave na


posição “ON”.

O inversor será energizado, ligando o display e o ventilador.

d) Ajustar o potenciômetro do conjunto girando-o no sentido horário até o final.

Caso no display não apareça 50.00 como mostrado na figura, dê


prosseguimento da mesma forma.

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e) Pressione a tecla “PROG” uma vez. No display deve aparecer a mensagem


P0

f) Pressione a tecla “para cima” quantas vezes forem necessárias até que no
display apareça a mensagem PP.

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g) Pressione a tecla “ENTER”. No display deve aparecer a PP-00.

h) Pressione a tecla “para cima” uma vez para selecionar o parâmetro PP-01.

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i) Pressione a tecla “ENTER” uma vez para acessar o parâmetro. No display,


deve aparecer 000

j) Aperte a tecla “para cima” uma vez, para selecionar o valor 001 e em seguida
pressione “ENTER”. No display deve aparecer PP-02.

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k) Pressione a tecla “PROG” duas vezes. Na tela deve aparecer 50.00.

l) Pressione a tecla “RUN” e observe o valor mostrado no display ir de 0.00 até


50.00.

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m) Após o valor chegar a 50.00, ligue o disjuntor-motor, pressionando o botão


de ligar (preto)

Testes finais
• Após a montagem do circuito de comando, de força, e da configuração
do inversor, pressione a botoeira B2 para que o motor seja acionado.
• Depois, pressione a botoeira B1, para o motor ser desligado.

ORIENTAÇÕES PARA A ENTREGA


A seguir são descritas as orientações para entrega.

• Fotografe o circuito de comando com um post-it ao lado com seu nome


completo e número do RU
• Fotografe o circuito completo montado com um post-it ao lado com seu
nome completo e número do RU
• Coloque as informações no relatório, que deve ser entregue de acordo
com o modelo disponibilizado.
• Após realizar todas os testes siga os passos a seguir para desenergizar
os circuitos

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a) Para desligar, pressione o botão de desligar (vermelho) do disjuntor-motor

b) Pressione a tecla “STOP/RESET” do inversor e aguarde o valor do display ir


de 50.00 até 0.00.

c) Desligue o disjuntor do conjunto e aguarde o display do inversor desligar


completamente.

d) Desconecte o cabo de alimentação do conjunto do disjuntor geral e da fonte


de alimentação do circuito de comando.

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2) Chave de partida direta com reversão no sentido de rotação

Neste experimento, será realizada a montagem do circuito de comando para


a chave de partida direta com reversão no sentido de rotação para um motor de
indução trifásico.

Circuito de comando
O circuito de comando a ser montado é o que está mostrado na Figura 9.

Figura 9 – Circuito de comando da chave de partida direta com reversão no


sentido de rotação.

O circuito da Figura 9 é o que deve ser implementado utilizando os


componentes e ferramentas do kit Edith Clarke e do kit Hedy Lamarr ou do Kit Polo

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Elétrica.
A Figura 10 apresenta como é a ligação do circuito da Figura 9 utilizando os
componentes dos kits.

Figura 10 – Circuito de comando da chave de partida direta com reversão no


sentido de rotação utilizando os componentes dos kits Edith Clarke e Hedy
Lamarr.

Os componentes que serão utilizados para a montagem do circuito de


comando são os seguintes:
• 3 botoeiras (Kit Edith Clarke)
• 2 contatores (Kit Edith Clarke)
• 2 blocos de contatos auxiliares (Kit Edith Clarke)
• Alicate universal (Kit Edith Clarke)
• Chave de fenda/philips (Kit Edith Clarke)
• Cabo flexível 1,5 mm2 (Adquirido pelo aluno)
• Fonte CC de 24 V (Kit Hedy Lamarr ou Kit Polo Elétrica)

Recomendações e testes para a montagem


• Ao montar o circuito, certifique-se que a fonte esteja desligada. Ligue o
cabo de alimentação da fonte somente depois do circuito estar
totalmente montado.

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• Após a montagem e a energização da fonte, pressione a botoeira B2,


e o contator K1 deve ser energizado.
• Com o contator K1 energizado, pressione a botoeira B3. O contator K2
não pode ser energizado. Se o contator K2 for energizado, revise a
montagem do circuito.
• Pressione a botoeira B1. O contato K1 deve ser desenergizado.
• Pressione a botoeira B3, e o contator K2 deve ser energizado.
• Com o contator K2 energizado, pressione a botoeira B2. O contator K1
não pode ser energizado. Se o contator K1 for energizado, revise a
montagem do circuito.
• Pressione a botoeira B1. O contato K2 deve ser desenergizado.

ORIENTAÇÕES PARA A ENTREGA


A seguir são descritas as orientações para entrega.

• Fotografe o circuito de comando com um post-it ao lado com seu nome


completo e número do RU
• Coloque as informações no relatório, que deve ser entregue de acordo
com o modelo disponibilizado.
• Após realizar todas os testes siga os passos a seguir para desenergizar
o circuito e desmontar.

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3) Chave de partida estrela-triângulo

Neste experimento, será realizada a montagem do circuito de comando para


a chave de partida estrela-triângulo para um motor de indução trifásico.

Circuito de comando
O circuito de comando a ser montado é o que está mostrado na Figura 11.

Figura 11 – Circuito de comando da chave de partida estrela-triângulo.

O circuito da Figura 9 é o que deve ser implementado utilizando os


componentes e ferramentas do kit Edith Clarke e do kit Hedy Lamarr ou do Kit Polo
Elétrica.
A Figura 12 apresenta como é a ligação do circuito da Figura 9 utilizando os
componentes dos kits.

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Figura 12 – Circuito de comando da chave de partida estrela-triângulo utilizando


os componentes dos kits Edith Clarke e Hedy Lamarr.

Os componentes que serão utilizados para a montagem do circuito de


comando são os seguintes:
• 2 botoeiras (Kit Edith Clarke)
• 3 contatores (Kit Edith Clarke)
• 3 blocos de contatos auxiliares (Kit Edith Clarke)
• 1 relé temporizador (Kit Edith Clarke)
• Alicate universal (Kit Edith Clarke)
• Chave de fenda/philips (Kit Edith Clarke)
• Cabo flexível 1,5 mm2 (Adquirido pelo aluno)
• Fonte CC de 24 V (Kit Hedy Lamarr ou Kit Polo Elétrica)

Recomendações e testes para a montagem


• Ao montar o circuito, certifique-se que a fonte esteja desligada.
• Ajuste o relé temporizador KT conforme mostra a figura a seguir.

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• O potenciômetro de cima deve ficar ajustado em 10s e o de baixo em


100%. Assim, o tempo ajustado será de 10 segundos.
• Ligue o cabo de alimentação da fonte somente depois do circuito estar
totalmente montado.
• Após a montagem e a energização da fonte, aperte a botoeira B2. Os
contatores K1, K3 e o temporizador KT devem ser energizados.
• Após a energização de KT, o led verde deve ficar ligado e o vermelho
deve ficar piscando. A partir deste instante ele inicia a contagem de 10
segundos.
• Após se passarem os 10 segundos, o contator K3 deve ser
desenergizado e o contator K2 deve ser energizado. O circuito deve
permanecer assim, com K1 e K2 energizados e K3 desligado. O
temporizador deve permanecer com os dois leds ligados.
• Pressione a botoeira B1. Os contatores K1 e K2 devem ser
desenergizados.

Pró-reitoria de EaD e CCDD 30


Disciplina de Máquinas Elétricas
Prof. Msc. Samuel Polato Ribas

ORIENTAÇÕES PARA A ENTREGA


A seguir são descritas as orientações para entrega.

• Fotografe o circuito de comando com um post-it ao lado com seu nome


completo e número do RU
• Coloque as informações no relatório, que deve ser entregue de acordo
com o modelo disponibilizado.
• Após realizar todas os testes siga os passos a seguir para desenergizar
o circuito e desmontar.

Pró-reitoria de EaD e CCDD 31

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