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Antenas

Prof. Cláudio Henrique Albuquerque Rodrigues, M. Sc.


Propriedades Fundamentais das Antenas
 Algumas características importantes.
Na seleção da antena, são importantes muitas
informações relativas ao correspondente
comportamento.
 Densidade de potência irradiada;
 Intensidade de irradiação;
 Os diagramas associados à irradiação;
 A diretividade;
 O ganho em relação a uma antena de
referência;
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 A abertura do feixe principal de seu diagrama;
 A polarização da onda irradiada;
 A abertura efetiva e área efetiva;
 A resistência de irradiação.

Existem propriedades que estabelecem conexões


entre a teoria de antenas e a teoria de circuitos
elétricos.

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Assim, pode ser identificado:
 Impedância associada à antena, que inclui
partes real e imaginária no ponto de
alimentação;
 A eficiência de irradiação, que se relaciona à
perda de potência sob a forma de calor;
 A largura de faixa em que suas características
são preservadas;
 A influência sobre a linha de transmissão;
 A absorção e emissão de potência, etc..

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 A antena isotrópica.
Eventualmente conhecida como antena unipolar,
seria uma estrutura capaz de irradiar ou receber a
onda eletromagnética igualmente em todas
direções.
Isto é, ao se analisar a forma como a antena real
distribui a energia no espaço, pode-se verificar o
quanto se afasta do desempenho de uma antena
isotrópica, em particular no que concerne às
características de direcionalidade de irradiação ou
de captura do sinal.
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Tomando como referência o sistema de
coordenadas esféricas, com a antena isotrópica
localizada em sua origem, a quantidade de potência
por unidade de superfície é independente das
coordenadas angulares relativas à elevação e ao
azimute, θ e φ, respectivamente.

Então, a uma distância r, a potência seria


distribuída sobre a superfície de uma esfera
hipotética de raio r, conforme a figura.
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Uma antena isotrópica distribui a potência irradiada
igualmente em todas direções. Portanto, a potência
é dividida em áreas elementares sobre a superfície
de uma esfera hipotética de raio r.
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Se P for a potência emitida pela antena isotrópica,
a densidade de potência da onda irradiada, a uma
distância r, é

expressa em watts por metro quadrado (W/m2).

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 Esta lei do quadrado inverso para a densidade
de potência irradiada pode ser estendida para
outros modelos de antena.
 A densidade de potência decresce com o
quadrado da distância, embora nas antenas
reais o valor passe a depender também da
direção no espaço.
 A lei é válida somente para locais bem
afastados da fonte de emissão, na chamada
região de irradiação.

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 De acordo com a teoria eletromagnética, a
densidade de potência é simultaneamente
proporcional às amplitudes dos campos elétrico
e magnético no ponto do espaço;

 Para grandezas que variam harmonicamente no


tempo, o valor médio é diretamente proporcional
ao quadrado do valor eficaz do campo elétrico
ou ao quadrado do valor eficaz do campo
magnético da onda;

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 Em um dielétrico perfeito, esta afirmação fica

e a relação entre a densidade de potência e o


quadrado do valor eficaz do campo magnético
da onda é uma constante.
 A inclusão desta constante de proporcionalidade
leva à igualdade
2
So   H ef
sendo η uma grandeza com dimensão de
impedância, denominada impedância intrínseca
do meio e medida em ohms (Ω).
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 Nas mesmas condições, isto é, em dielétricos
perfeitos, essa densidade de potência é
relacionada ao valor eficaz do campo elétrico
por

 As duas expressões levam à relação entre o


campo elétrico e o campo magnético da onda:

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 A impedância intrínseca depende das
características eletromagnéticas do meio,
incluindo a condutividade, a permissividade e a
permeabilidade, além da frequência do campo
eletromagnético.
 Pode ser calculada através de

na qual ω é a frequência angular da onda, μ a


permeabilidade magnética do meio, ε a
permissividade elétrica e σ a condutividade.
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 A impedância intrínseca é complexa, com
módulo e argumento ou com parte real e parte
imaginária.
 Para um dielétrico perfeito, a condutividade é
nula e o valor passa a ser uma grandeza real
independente da frequência enquanto os
parâmetros eletromagnéticos forem constantes:

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 Nos meios materiais, a permissividade e a
permeabilidade podem variar com a frequência,
de maneira mais acentuada em microondas.
 Para o ar ou o vácuo, com os valores
correspondentes a μo e εo, encontra-se

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 Para o irradiador isotrópico, os valores dependerão
apenas da distância a contar da origem da irradiação e
da potência emitida:

 Esta equação informa que os campos emitidos por uma


antena têm suas amplitudes variando inversamente com
a distância a contar da antena, resultados válidos para a
região de irradiação.
 Quando a distância aproximar-se de zero, isto é, nas
vizinhanças da antena, têm-se outras componentes do
campo produzido pela corrente de excitação e não é
possível a aplicação desta equação.
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 Diagrama de irradiação.
A densidade de potência produzida por uma antena
real depende da direção na qual se considera o
deslocamento da energia eletromagnética.
Experiências com um medidor de intensidade de
campo em uma região desobstruída, a uma
distância fixa, demonstram que o campo elétrico
captado terá essa dependência em todos os planos
do espaço.

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 Os ensaios mostram pontos de máxima
densidade de potência, direções de irradiação
nula, distribuições desiguais em diferentes
regiões, e assim por diante.
 A representação gráfica desse comportamento
é o diagrama de irradiação da antena. Como há
relações conhecidas entre a densidade de
potência e o campo eletromagnético, é possível
representar qualquer dessas grandezas
em função da direção.

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 Por outro lado, considerando os valores
numéricos variáveis com a distância, é
conveniente relacioná-los com o valor máximo e
obtém-se um gráfico normalizado, no qual o pico
corresponde à unidade. A Figura 1 apresenta
exemplos de alguns diagramas possíveis de
antenas.

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Figura 1 - Algumas formas possíveis de diagramas de irradiação de antenas.
Destacam-se as presenças do lobo principal e os lobos secundários.
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 É possível identificar uma região em que há maior
concentração da potência irradiada, com o valor de pico
do gráfico indicando a densidade máxima.

 A parte correspondente do diagrama é conhecida como


lobo principal ou feixe principal.

 Visualizam-se outras regiões para as quais a antena


emite também parte da potência, porém com máximos
de amplitudes menores do que a do lobo principal.

 Essas partes representam lobos secundários, lobos


laterais ou feixes secundários do diagrama.
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 É comum definir, ainda, o lobo oposto ao
principal como sendo o lobo traseiro da antena.
 Por outro lado, na segunda ilustração da figura
anterior percebe-se que a antena concentra a
emissão do lobo principal em uma região
menor.
 O fato indica maior capacidade de selecionar a
região em que a irradiação é privilegiada.
 Trata-se de uma característica que depende do
modelo de antena e afetará sua diretividade.
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 Às vezes é importante conhecer a relação entre
o valor máximo do lobo principal e os valores
máximos dos lobos secundários.

 Uma relação frequentemente solicitada é a que


compara o valor de pico do lobo principal com o
máximo da intensidade de irradiação no sentido
oposto.

 É conhecida como relação frente-costa (Rfc),


expressa em decibels como
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 Nas comunicações ponto a ponto, as antenas
são projetadas para elevadas relações frente-
costa, uma vez que o objetivo é garantir o
máximo possível de densidade de potência para
a região em que se localiza o receptor.
 Quando se desejar a cobertura de determinada
área, é possível a associação de elementos que
apresentam lobos principais distribuídos
angularmente em determinado plano.

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 A combinação dos lobos principais do diagrama
de cada elemento irradiador dará a forma como
se distribui a energia na região.
 Os formatos ilustrados devem ser tomados
apenas como exemplos, pois as possibilidades
são infinitas.
 Há antenas como dipolo curto, dipolo de meia
onda, dipolo de meia onda dobrado, etc., que
apresentam máxima densidade de potência no
plano normal ao eixo da antena e nenhuma
irradiação na direção desse eixo.
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 Outras antenas úteis, principalmente para microondas,
são as cornetas eletromagnéticas, com os formatos
retangular, cônico, cilíndrica, corrugada, e outros, que
dão máxima irradiação em sua abertura, ao longo do
eixo longitudinal, e quase nenhuma emissão no sentido
oposto.

 Antenas parabólicas, também para comunicações ponto


a ponto em microondas, utilizadas também em radares,
em radioastronomia, etc., apresentam máxima
densidade de potência irradiada na direção normal ao
plano da abertura do refletor principal, com valores
progressivamente menores nas direções fora do eixo
principal.
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 Podem mesmo apresentar irradiações nulas em
algumas direções, com o lobo principal
fortemente dependente dos ângulos em relação
ao eixo de máxima irradiação.

 É comum representar o diagrama de irradiação


em planos especificados, em lugar de uma
representação única no espaço.

 As escolhas devem ser sempre as que


permitam boas informações sobre o
comportamento da antena.
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 Em geral, os mais empregados são os planos
correspondentes ao campo elétrico e ao campo
magnético da onda irradiada.

 Por exemplo, o dipolo de meia onda apresenta


seus diagramas nos planos do campo elétrico e
do campo magnético ilustrados na Figura 2.

 No plano do campo magnético, essa antena


irradia igualmente em todas as direções,
semelhante ao que ocorreria com a antena
isotrópica nesse plano.
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 Um comportamento como esse define a antena onidirecional no
plano especificado. Isto é, diagrama onidirecional é um tipo
absolutamente não-direcional em determinado plano e tendo
direções preferenciais de irradiação em outros planos

Representação do diagrama de irradiação de um dipolo.


(a) Vista em corte para representação do diagrama no plano paralelo ao campo elétrico
da onda irradiada.
(b) Vista em corte para representação do diagrama no plano paralelo ao campo
magnético da onda irradiada.
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 Densidade de potência média irradiada.
O conceito de média aritmética é bem conhecido
em cálculos envolvendo uma sucessão de
números.
Se forem valores distribuídos discretamente,
a média corresponde à soma de todos eles dividida
pela quantidade deles.
Então, se os valores individuais forem substituídos
pela média, a soma final não será modificada.

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 Assim, o valor médio corresponde a um número
que pode substituir todos os originais sem alterar
a soma.

 Se um elemento de irradiação apresentar um


comportamento semelhante a um dos diagramas
da figura anterior e a densidade de potência em
cada direção for substituída pelo valor médio,
tem-se a mesma soma obtida com as densidades
correspondentes aos diferentes ângulos.

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 Mas uma densidade de potência que seja igual
em todas direções corresponde à densidade de
potência da antena isotrópica. Conclui-se que a
média espacial da densidade potência
corresponde ao comportamento da antena
isotrópica.

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 Função diretividade e a diretividade da antena.
A função diretividade é a relação entre a densidade de potência
em uma direção arbitrária e a densidade de potência média:

Portanto, a função diretividade segue a mesma lei e variação da


densidade de potência no espaço, com a correção de um fator de
escala dado por 1/So .

O valor máximo da função é chamado diretividade da antena (D).


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 Este parâmetro compara o valor máximo com o
valor médio da densidade de potência irradiada e
será maior ou igual a unidade. Expressa-se como

e o resultado depende apenas do formato do


diagrama de irradiação.

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 Seu valor é igual a unidade (ou 0dB) para a
antena isotrópica, vale 1,64 (ou 2,15dB) para o
dipolo de meia onda, podendo alcançar valores
muito mais elevados para outros modelos de
antenas.

 Por exemplo, nas antenas parabólicas para


recepção doméstica de televisão via satélite,
operando na banda C (4GHz), atinge resultados
superiores a 10.000 (ou 40dB) quando o
parabolóide tiver diâmetro em torno de 3m.

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 Há estações terrenas de comunicações via
satélite que apresentam antenas parabólicas de
10 metros de diâmetro com diretividades entre
54dB e 58dB, operando em frequências entre
4GHz e 6GHz.
 Antenas parabólicas para radioastronomia
chegam a valores ainda maiores.
 A antena do Observatório Radioastronômico de
Nobeyama, no Japão, com diretividade em torno
de 90dB, para operação em frequências na faixa
de 90GHz.
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 Eficiência de irradiação.

Uma antena sem perdas irradiaria para o espaço


toda a potência que o transmissor lhe fornecesse.

Entretanto, os elementos que constituem uma


antena real são responsáveis por certa perda de
potência e o projeto deve prever que essas
dissipações sejam as menores possíveis.

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 Para as partes em que circulam correntes,
empregam-se os melhores condutores, tais como
o cobre, o alumínio ou ligas metálicas como o
latão.
 Para os elementos de isolação, como os
necessários entre os condutores da linha de
transmissão ou na sustentação dos elementos da
antena, utilizam-se materiais bons dielétricos,
como a mica, o vidro e outros compostos
químicos como o poliestireno, o polietileno, o
politetrafluoretileno (PTFE) e materiais
cerâmicos.
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 É possível ainda haver descasamento de
impedância entre o guia de ondas ou a linha de
transmissão e a entrada da antena.

 Quando isso acontecer, parte da potência


fornecida pelo transmissor é refletida e não
entrará na formação da onda emitida.

 Por esses motivos, é importante encontrar a


eficiência de irradiação da antena, que relaciona
a potência efetivamente irradiada com o valor
total fornecido pelo transmissor.
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 Se Pr for a potência enviada para o espaço e Pe
for a potência vinda do transmissor, este
parâmetro é

e constituído dos três fatores mencionados:

sendo km a eficiência devida às perdas nos


condutores, kd é a eficiência devida às perdas nos
vários dielétricos e kg é a resultante da perda de
potência por reflexão.
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 O último fator dependerá do coeficiente de
reflexão na antena, resultante da diferença entre
a sua impedância de entrada e a impedância
característica da linha de transmissão.
 Como a densidade de potência da onda é
proporcional à potência irradiada, seu valor
máximo depende da eficiência global da antena.
 Portanto, se Smáx for o valor correspondente à
antena sem perdas e S’máx o máximo da antena
real, conclui-se que a eficiência de irradiação
deve representar também o quociente entre estes
dois valores: k(%) = (S’máx / Smáx )×100%.
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 Ganho da antena.
O ganho de uma antena está associado à sua
capacidade de concentrar a energia em
determinada região do espaço.

Para interpretá-lo, considera-se uma antena


receptora a uma longa distância do transmissor,
com ausência de quaisquer obstruções entre o
ponto de emissão e o de recepção, sem reflexões
no solo ou em outras superfícies.
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 No transmissor, supõe-se uma antena ideal que
irradie na direção do receptor, resultando nesse
ponto em uma densidade de potência Smáxr
 Em seguida, substitui-se a antena no transmissor
por outra que seja capaz de produzir nova
densidade de potência no receptor S’máx diferente
da originada pela primeira antena.
 Quando este segundo valor for maior do que o
primeiro, o receptor sente como se a segunda
antena tivesse dado um aumento na potência
emitida.
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 A primeira antena fica conhecida como antena de
referência.

 Define-se o ganho de potência pela relação entre


densidade máxima de potência da antena em
teste e a densidade máxima da outra antena
tomada como referência.

 Ambas devem receber a mesma potência vinda


do transmissor.

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 Por definição, a antena de referência é
considerada sem perdas e a antena em teste
opera em condições reais, isto é, levando-se em
conta suas perdas. Assim,

 Em princípio, pode-se especificar qualquer


antena como sendo a de referência. Até altas
frequências (HF) ou frequências muito altas
(VHF), é comum adotar-se o dipolo de meia
onda.
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 Em microondas, a corneta piramidal é
frequentemente usada com este objetivo.

 O mais comum é tomar a antena isotrópica como


referência e obtém-se uma relação entre o ganho
e a diretividade da antena em teste:

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 Com esta relação, a densidade máxima de
potência produzida pela antena é S’máx = Go So .
 Consequentemente, a densidade de potência
produzida pela antena em teste será

 Esta equação é formalmente idêntica à que


descreve a densidade de potência de uma
antena isotrópica.
 A diferença é que a potência irradiada aparece
multiplicada pelo ganho.
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 Conclui-se que uma antena com ganho Go em
relação à antena isotrópica e que esteja
irradiando uma potência P apresenta a mesma
densidade de potência que seria produzida por
uma antena isotrópica irradiando uma potência
GoP.

 Este valor é conhecido como potência isotrópica


equivalente ou potência equivalente irradiada
isotropicamente, representada pela sigla EIRP:

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 A expressão geral do ganho pode ainda ser
escrita da forma

onde Gr é o ganho da antena de referência em


relação à antena isotrópica.
 O ganho de uma antena em relação a uma
referência especificada é o seu ganho em relação
à antena isotrópica dividido pelo ganho da antena
de referência em relação à antena isotrópica.
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 Em decibels:

Se nenhuma referência for especificada, admite-se


que o ganho seja relativo à antena isotrópica e o
resultado acima costuma ser dado em dBi pelos
fabricantes de antenas.
 Por exemplo, em lugar de se especificar 30dB em
relação à antena isotrópica, escreve-se
simplesmente 30dBi.
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 Se a referência for o dipolo de meia onda,
apresenta-se o resultado em dBd.

 Como na situação ideal o ganho do dipolo de


meia onda é de 2,15dBi, a partir da equação
anterior o ganho da antena em teste sobre este
dipolo será G(dBd) = Go (dBi) 2,15 dBi.

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 Abertura de feixe.
Considerando o diagrama de irradiação em um
plano especificado, a densidade de potência da
onda irradiada decresce conforme o ângulo medido
a partir de sua direção de máximo.

Algumas antenas apresentam diagramas que


sofrem um decréscimo mais rápido e outros variam
mais lentamente.

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 A mesma antena apresenta variações diferentes
de acordo com o plano tomado para o
levantamento do diagrama.
 Como registrado no levantamento do diagrama, o
usual é verificar as variações nos planos do
campo elétrico e do campo magnético da onda
irradiada.
 Define-se a abertura de feixe ou largura de feixe
como sendo o ângulo entre os pontos nos quais a
densidade de potência cai de 3dB em relação ao
seu valor máximo no lobo principal.
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 Representa o ângulo entre os pontos nos quais o
diagrama indica densidade de potência igual à
metade do valor máximo ou que o campo elétrico
fique reduzido de , como na Figura 3.
 Eventualmente, este valor é apresentado pelas
siglas HPBW ou FWHM, correspondente às
palavras Half Power Beam Width ou Full Width at
Half Maximum.
 Algumas antenas apresentam aberturas de feixe
muito pequenas, indicando grande capacidade de
concentrar a energia irradiada em uma região
bem limitada do espaço.
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 As antenas parabólicas de grandes diâmetros podem
apresentar valores de poucos graus ou frações de grau.

 Em outras ocasiões, é importante a antena apresentar


pequena abertura de feixe em um dos planos e grande
abertura no outro plano.

 Por exemplo, no sistema de comunicação ponto-área,


como o sistema de telefonia móvel celular, em geral a
antena ou o sistema de antenas deve apresentar pequena
abertura no plano vertical e grande largura de feixe no
plano horizontal, para garantir uma cobertura homogênea
em cada célula.

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 Já nas comunicações ponto-a-ponto a antena deve ter
pequena largura de feixe em todos os planos que passam
pelo eixo de máxima irradiação.

Figura 3 - Definição de abertura de feixe entre os pontos de meia


potência do lobo principal do diagrama de irradiação em um plano
especificado.
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 Área do feixe.
A área do feixe é associada ao conceito de ângulo
sólido, referido à superfície de uma esfera.

Deve-se supor um feixe de raios que partem do


centro da esfera e delimitam uma região em sua
superfície, como na Figura 4.

A área dessa superfície dividida pelo quadrado do


raio é ângulo sólido da região considerada.
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 O ângulo sólido corresponde a uma região sobre
uma esfera de raio unitário delimitada pela sua
intersecção com uma superfície cônica, cujo
vértice coincide com o centro da esfera. Com os
valores da figura 4 e o resultado expresso em
esterradianos (sr), tem-se

 Com esta definição, o ângulo sólido relativo a


toda região da esfera envolverá a relação entre a
sua área e o quadrado do raio, resultando em
Ω = 4π esterradianos.
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Figura 4 - Conceito de ângulo sólido, definido pela região obtida da intersecção
de um cone e uma superfície esférica.

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A área do feixe (B) é um ângulo sólido dentro do
qual a potência fluiria totalmente se a densidade
de potência fosse constante e igual ao valor
máximo. Área através da qual fluiria toda
a potência irradiada se a
densidade fosse igual ao valor

Smáx
máximo
P  S máx r 2 B

P  S o 4 r 2
Lobo principal
Ângulo sólido 4
correspondente B
à área do feixe D

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 Cálculo aproximado da diretividade.
Como se trata de uma superfície elíptica esférica,
tem-se um erro maior quanto maior for a área do
feixe.

4 4 41.253
Fórmula de Kraus D  
B  ab  ab  ab  ab

72.815
Fórmula de Tai e Pereira D
 2ab   2ab

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Comparação entre as fórmulas
aproximadas

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