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TESTAMENTO III
Carta aos Hebreus, epistolas gerais e Apocalipse
Epistolas Gerais e Apocalipse
ÍNDICE
Nos capítulos 8 e 10 o escritor expõe o sacerdócio de Cristo, cujas funções são exercidas
no céu, que, mesmo sendo invisíveis, não deixam de ser, confirma as promessas e supre as
imperfeições do ritual antigo.
Segue nos capítulos 10:19 a 12:29, uma exortação do escritor aos hebreus a viverem suas
vidas em conformidade com as verdades ora ensinadas, sem desfalecer na sua fé, e renovarem
sua confiança em Cristo, descreve os perigos da descrença conseqüente da apostasia, incita-os a
retornar ao seu antigo zelo, mostra-lhes os exemplos dos heróis da fé, e do próprio Jesus,
ordenando-lhes a considerarem as atuais provações como um processo divino, preparatório a
uma gloriosa salvação. Encerrando no capítulo 13, o escritor faz algumas exortações especiais.
1. Autoria. O autor desta epístola tem sido alvo de muita discussão. Na igreja primitiva,
as opiniões estavam divididas, embora nunca houvesse dúvida quanto a canonicidade e a
inspiração. A igreja primitiva do oriente recebeu-a como sendo de São Paulo, a despeito de não
ter muita semelhança com outras cartas do apóstolo.
O Autor desta epístola usa em suas citações do Antigo Testamento a tradução grega, ao
passo que o apóstolo São Paulo se mostra mais familiarizado com o texto hebraico. Hebreus não
designa seu autor, e não existe unanimidade de tradição em relação à sua identidade. Alguns
sábios destacam algumas evidências que podem indicar uma autoria paulina, enquanto outros
sugerem que um dos colaboradores de Paulo, como Barnabé ou Apolo podem ter escrito o livro.
A especulação provou-se infrutífera, e a melhor conclusão pode ser a de Orígenes, no séc. III,
que declarava que só Deus sabe ao certo quem o escreveu.
3. Destinatário. O próprio título já indica para quem foi escrita esta carta. Ela foi
endereçada a uma comunidade de crentes que vieram do judaísmo. Pelo seu conteúdo, vê-se que
foi endereçada aos judeus que haviam abraçado o cristianismo. A ninguém mais se adapta essa a
esses argumentos. Eles estavam em risco de voltar ao judaísmo, pelas influências externas e
oposição social. Os Hebreus cristãos estavam sendo assolados pelos judeus tradicionais a
abandonarem a fé cristã e voltarem à religião dos seus antepassados. O livro parece muito mais
um sermão no qual o autor defende a fé cristã e tenta provar a superioridade de Jesus Cristo e da
fé n’Ele sobre os grandes heróis do Antigo Testamento e suas façanhas. Recomenda que os
leitores prestem atenção e não se desviem do caminho da fé, mas prossigam firmes até o fim.
Mas a região em que estava localizada esta comunidade não poder ser determinada com precisão.
Com base em 13.14 com a declaração “os da Itália vos saúdam” alguns estudiosos sugerem que
os destinatários de Hebreus provavelmente viviam em Roma. Tal saudação parece sugerir que os
italianos da distante Itália estavam enviando saudações patrióticas.
Para se compreender o propósito de Hebreus é preciso levar em conta o que o autor diz
no término da Epístola: “Rogo-vos ainda, irmãos, que suporteis a presente palavra de
exortação; tanto mais quanto vos escrevi resumidamente” (13.22). O próprio autor afirma então
que escreveu a fim de exortar. Ele não pensava em um tratado abstrato. Seus irmãos em Cristo
precisavam de encorajamento. No começo, eles haviam aceitado a fé e alegremente suportado até
mesmo a perda de todas as coisas. Mas, com o passar do tempo, aquele primeiro entusiasmo
havia desaparecido. A própria esperança estava desvanecendo. Alguns já estavam
negligenciando os cultos (10.25). Havia sinais não só de negligência, mas também de completa e
irrevogável apostasia (6.1-6; 10.26-31). Dessa forma, o apelo sincero do autor é para que seus
leitores sejam dignos de seu passado. Esta epístola foi escrita para exortá-los a cultivar a
maturidade em Cristo e a descartar o embotamento e a degeneração. Este é o motivo de o autor
pôr forte ênfase na doutrina, concentrando-se na cristologia e na soteriologia.
6. Esboço do conteúdo
7. Assuntos principais:
A comparação das duas alianças é o foco da Epístola e a abrange a maior parte da mesma
(1.1-10.18). O restante da epístola consiste de encorajamentos à fidelidade e advertência contra a
apostasia (10.19-13.25). Na primeira e maior parte de sua obra, a grande verdade que o autor se
propõe a provar é o sacerdócio de Cristo e suas conseqüências eternas. Para o autor, esse assunto
– e este é o único livro do Novo Testamento que o apresenta – é crucial. De que vale uma
religião que não pode purificar a consciência? De que vale uma religião em que homem fica
sempre de fora, que pela sua própria natureza não pode estabelecer um relacionamento íntimo
entre Deus e o homem? Este foi o resultado, o trágico fracasso do leviticalismo. Mas a própria
falha do antigo Sistema é a força do novo: Jesus Cristo é o acesso pelo qual os homens podem
agora achegar-se a Deus (7.19; 10.21,22).
7.2. Cristo e os anjos. Cristo é superior aos anjos (1.4-14). Os judeus tinham
muita estima pelos anjos. Eles pensavam nos anjos como seres mais elevados na criação
7.5. Cristo e Arão (4.14-10.18). Arão foi o primeiro sumo sacerdote do judaísmo.
Como uma figura histórica no Antigo Testamento, ele não foi tão importante, mas como
representante do cargo de sumo sacerdote, ele era muito importante. Para provar, então,
como o velho sistema era inócuo, o autor compara o sacerdócio de Cristo com a da
ordem arônica (4.14-7.28) e o trabalho sacerdotal de Cristo com o da linhagem de
sacerdotes que o tinha precedido (8.1-10.18).
Cristo não é apenas sumo sacerdote, mas também superior aos sacerdotes arônicos. Este
princípio é desenvolvido de várias formas. Um dos requisitos essenciais para o sumo sacerdote é
que seja um homem entre homens, alguém capaz de genuína compaixão e compreensão. Outro
requisito é que ele seja nomeado por Deus para esse cargo. Jesus Cristo de maneira maravilhosa
preenche esses requisitos básicos, tendo compaixão pelos homens sem ser pecador e recebendo
um chamado divino para servir sem tomar para si a honra (5.1-10).
EPÍSTOLA DE TIAGO
A preocupação de Tiago ao escrever esta epístola é a prática cristã. Para ele o evangelho é
prático. Não é uma filosofia a ser observada, mas, sim, princípios espirituais que devem ser
praticados por todo cristão no dia-a-dia. A fé sem obras não pode ser chamada de fé. Está morta
e uma fé morta é pior que a ausência total de dela. A fé deve ser operosa; deve produzir frutos. A
fé deve converter-se em atos. Por toda esta epístola, Tiago integra a fé genuína e a experiência
prática cotidiana, deixando bem claro que a fé genuína é “operosa”. Ela suporta as provações;
obedece a palavra de Deus; produz bons frutos; não nutre preconceito; domina a língua; age
sabiamente; proporciona poder para resistir ao mal; espera pacientemente pela vinda do Senhor.
Ao invés de especular ou debater sobre teorias religiosas, Tiago direciona seus leitores
para uma vida piedosa. Do Início ao fim, o tom desta carta é imperativo. Em 108 versos, são
dados 54 mandamentos evidentes, e 7 vezes Tiago chama a atenção para suas declarações usando
termos de natureza imperativa. Esse “servo de Deus” (v.1) escreve como alguém
supervisionando outros servos. O resultado é uma declaração da ética cristã que se iguala a
ensinamentos semelhantes de nosso Senhor Jesus Cristo.
1. Autoria. O autor identifica-se somente como Tiago. O nome era bastante comum; e o
NT enumera pelo menos cinco homens com este nome, dois dos quais eram discípulos de Jesus e
um era seu irmão. A tradição atribui o livro ao irmão do Senhor, e não há motivos para
questionamentos. Evidentemente, o escritor era bastante conhecido. E Tiago, o irmão de Jesus,
logo se tornou líder da igreja em Jerusalém (At 12.17; 15.13-21; 21.18; Gl 1.19; 2.9,12). A
linguagem da carta é semelhante à da fala de Tiago em At 15. Aparentemente, Tiago era um
descrente durante o ministério de Jesus (Jo 7.3-5). Uma aparição de Cristo a ele após sua
ressurreição (1Co 15.7) provavelmente o tenha levado a essa conversão; pois ele é enumerado
com os crentes de At 1.14.
2. Data e Lugar. O historiador Judeu Flávio Josefo indica que Tiago foi apedrejado até a
morte por volta de 62 d.C.. Se ele é o autor, a carta foi escrita antes dessa data. O conteúdo do
livro sugere que pode ter sido escrita um pouco antes do concílio da Igreja relatado em At 15,
realizado por volta de 49 dC. Não podemos ser precisos em relação à data. Podemos apenas
concluir que a carta provavelmente tenha sido escrita entre 48 e 62 dC. e, provavelmente, foi
escrita em Jerusalém.
3. Destinatário. Tiago se destina “às doze tribos que se acham dispersas” (1.1). Mas,
essa expressão "doze tribos" é ambígua. Pois, como sabemos, na época em que foi escrita essa
epístola, já não existia mais as doze tribos de Israel. Com a conquista do Reino do Norte pela
Assíria em 722 a.C., as dez tribos que formavam o Reino do Norte desapareceram. Portanto, a
expressão "doze tribos" deve ser entendida com um símbolo de todos os cristãos, quer sejam
judeus ou não, espalhados no mundo daquela época. Esses cristãos são o novo Israel de Deus.
6. Esboço do conteúdo
1. Saudação 1.1
2. Religião prática e julgamentos 1.2-18.
(a) Adversidades externas 1.2-12.
(b) Tentações internas 1.13-18.
3. Religião prática e a palavra de Deus 1.19-27.
(a) Escutar a Palavra 1.19-20.
(b) Receber a Palavra 1.21.
(c) Obedecer à Palavra 1.22-27.
7. Assuntos principais
7.1. A Tentação. Tiago está interessado na tentação, que, por sua vez, reflete algo
de sua idéia da natureza do homem. Aparentemente, ele estava familiarizado com os
cristãos que evitavam responsabilidade pessoal por seus pecados, jogando a culpa na
situação em que Deus os colocou, e então, de fato, culpando a Deus. Tiago insiste que
Deus não pode ser tentado nem tenta ninguém a pecar. Cada pessoa é tentada quando é
induzida e tentada por seu próprio desejo (1.14). Quando os desejos seduzem e tentam
um homem a se desviar da vontade de Deus, concebe-se o pecado, e a morte é o fim.
Parece claro que, no pensamento de Tiago, o desejo, em si, não é pecaminoso ou mau;
torna-se assim apenas quando o homem é “atraído e engodado” por ele.
7.2. A vida cristã. Tiago tem pouco a dizer sobre a natureza da vida cristã, mas o
que diz é importante. Entramos na vida cristã quando somos gerados “pela palavra da
verdade, para que fôssemos como que primícias das suas criaturas" (1.18). A palavra,
“como” é comum no Novo Testamento. É o evangelho proclamado. Quando ela é
recebida, quando é “implantada” dentro do coração (1.21), o homem encontra a salvação.
A palavra “ele nos gerou” significa “dar à luz”. Tiago já a havia usado, ao dizer que o
pecado gera a morte (1.15). É uma palavra médica comum, que designa nascimento
físico. Este é o modo de dizer de Tiago o que os outros escritores do NT querem dizer
através de expressões análogas, tais como receber o reino de Deus como criança (Mc.
10.15); nascer de novo (Jo 3.3); ser sepultado e ressuscitado com Cristo (Rm 6.1 ss; Ef
2.1ss); tornar-se uma nova criação (II Co 5.17); e ser regenerado (Tt 3.5). Todas estas
expressões, inclusive a de Tiago, indicam que uma mudança interior tem que ocorrer, por
meio do Espírito Santo, por meio de Cristo, na vida cristã. Aqueles que assim nascem de
novo e entram para a nova vida torna-se, num sentido especial, o povo de Deus.
Está implícito em Tiago que o crente vive a tensão do “já” e “não ainda”. Pela
vontade divina, nasce-se de novo; e se torna uma das pessoas redimidas de Deus (1.18),
com a palavra de Deus implantada no coração (1.21). Apesar deste fato, o crente está
sujeito tanto à tentação ao pecado de vários tipos como à pressão das provações (1.2),
que podem fazer com que se desvie da fé (5.19); contudo, ele espera a “parousia”
(vinda) de Cristo, quando herdará o Reino de Deus (2.5) e receberá a vida eterna (1.12).
7.3. A Lei. Tiago tem a lei do AT em mente ao discuti-la em sua carta e dar pesos
aos pecados (2.9-11). “Pois qualquer que guardar a lei, mas tropeçar em um só ponto,
tem-se tornado culpado de todos” (2.10). O ponto que Tiago está fazendo é mais
interessante à vista da opinião proeminente de que os pecados sexuais superam todos os
outros. O contexto de toda a discussão de Tiago sobre pecados relativos é o pecado de
lisonjear um incrédulo rico que calha de entrar numa sinagoga cristã (2.1ss), e cobri-lo
de atenção, enquanto um homem obviamente pobre, esfarrapado, é deixado de lado.
Contudo, o conteúdo essencial da lei é resumido em termos cristãos: “Amarás o teu
próximo como a ti mesmo” (2.8). Se uma pessoa realmente cumpre a lei, ela mostrará
amor igual ao pobre e ao rico.
7.5. Escatolgogia. Está claro, no entanto, que Tiago escreve como um cristão a
companheiros cristãos. Jesus é referido como “o Senhor Jesus Cristo” (1.1), e em outro
lugar é chamado de “Senhor da Glória” (2.1). Embora esta seja a expressão cristológica
mais notável na epístola, ela claramente envolve fé na glorificação, isto é, na
ressurreição e ascensão de Jesus, e até em sua deidade. Tiago vive na expectativa dos
últimos dias, um tempo, conclui em que a acumulação de tesouros terrenos será sem
sentido. O retorno iminente (parousia) do Senhor é ainda uma esperança viva (5.7,8);
“Eis que o juiz está à porta” (5.9). Tal esperança argumenta fortemente por uma data
bem antiga. É obviamente na parousia que a salvação será completa, uma experiência
descrita como o recebimento da “coroa da vida” (1.12), a salvação da alma da morte
(5.20), ou a herança do Reino de Deus (2.5). Tais referências de passagem deixam claro
que a escatologia desempenha um importante papel no pensamento de Tiago.
A perseguição pode levar você a crescer ou murmurar na vida cristã. Tudo depende de
sua reação. Ao escrever aos crentes que estavam vivendo em meio à perseguição, Pedro lembra-
lhes de suas raízes. Eles nasceram para uma viva esperança, e, por isso, tanto o seu caráter
quanto sua conduta podem estar acima das censuras, quando eles imitam o Santíssimo que os
chamou. O fruto desse caráter aprovado serão ações baseadas na submissão: cidadãos firmes na
lei, empregados obedientes, esposas submissas, esposos amorosos; e amor uns para com os
outros.
2. Data e Lugar. Esta epístola foi escrita por volta de 64 d.C. De acordo com 5.13, ela
foi escrita da Babilônia, que parece simbolizar Roma, e também não há nenhuma evidência de
que Pedro esteve na Babilônia. Este termo só pode ser usado aqui, simbolizando a cidade de
Roma.
3. Destinatário. Esta epístola foi destinada aos cristãos por toda a Ásia Menor. Conforme
1.1, ela foi endereçada aos “estrangeiros dispersos”, ou mais literalmente, aos “peregrinos da
dispersão”. Isso, associado ao apelo para conservarem seu procedimento “correto entre os
gentios” (2.12), dá a impressão inicial de que os leitores eram de cristãos hebreus. Uma
observação mais nítida, porém, forma a visão oposta, de que a maioria dos crentes era gentílica.
Eles foram chamados das trevas (2.9). E “vós, que outrora não éreis povo, agora sois povo de
Deus” (2.10). E a anterior “vã maneira de viver que por tradição recebeste de vossos pais” era
caracterizada por ignorância e futilidade (1.18; cf. Ef 4.17). Uma vez que não mais se envolvem
em devassidão e idolatria, eles são difamados por seus contemporâneos (4.3,4). Estas descrições
não se ajustam a leitores predominantemente cristãos hebreus. Embora Pedro fosse um apóstolo
destinado aos da circuncisão (Gl 2.9), ele também ministrou aos gentios (At 10.34-48; Gl 2.12),
e uma carta como esta não estaria fora de seu esboço ministerial.
de modo que eles fossem capazes de suportá-las sem vacilar na fé. Eles não deveriam
surpreender-se ante a sua provação, portanto, Aquele que seguiam também sofrera e morrera
(2.21; 3.18; 4.1,12-14). Ao contrário, deveriam considerar um privilégio poderem participar dos
sofrimentos de Cristo. Pedro, portanto, os exorta a estar certos de que suas dificuldades não eram
causadas por seus próprios malfeitos, mas por seu testemunho cristão. Eles não eram os únicos
crentes que sofriam (5.9), e devia reconhecer que Deus traz essas coisas à vida de seus filhos não
como castigo, mas como estímulo ao crescimento à estatura de Cristo.
6. Esboço do conteúdo
1. A salvação do Crente (1.1-2.12).
a) Esperança para o futuro (1.1-4).
b) Provações para o presente (1.5-9).
c) Antecipação no passado (1.10-12).
d) A santificação do crente (1.13-2.12).
2. A submissão do crente (2.13-3.12).
a) Ao governo (2.13-17).
b) Na profissão (2.18-25).
c) Na vida conjugal (3.1-8).
d) Em tudo na vida (3.9-12).
3. O sofrimento do crente (3.13-5.14).
a) Conduta no sofrimento (3.13-17).
b) Exemplo de Cristo no sofrimento (3.18-4.6).
c) Exigências no sofrimento (4.7-19).
d) Ministro do sofrimento (5.1-9).
4. Benção (5.10-14).
7. Assuntos principais
Sede santos (1.15); andai em amor (1.17); amai-vos uns aos outros (1.23); desejai
afetuosamente (2.2); honrai a todos (2.17); amai a fraternidade (2.17); temei a Deus (2.17);
honrai o rei (2.17); vós, servos, sujeitai-vos (2.18); vós, mulheres, sede sujeitas (3.1); sede todos
(3.8); não temais (3.14); nem vos turbeis (3.14); santificai (3.15); armai-vos (4.1); sede sóbrios
(4.7); vigiai (4.7); não estranheis (4.12); alegrai-vos (4.13); que nenhum de vós padeça (4.15);
não vos envergonhe (4.16); glorifique a Deus (4.16); sede sujeitos (5.5); revesti-vos (5.5);
humilhai-vos (5.6); sede sóbrios (5.8); vigiai (5.8); resisti ao Diabo (5.9).
7.1. Deus. O crente tem sua segurança em Deus que é vivo, criador,
transcendental e santo, longânimo e gracioso. Ele é nosso Deus e Pai, como também é
Pai de nosso senhor Jesus Cristo. Deus é Juiz e dele devemos nos aproximar com
respeito. Ele é o Deus da ressurreição (1.3,7,15,17,21; 3.20; 3.2; 4.9; 5.10; 3.2).
7.2. Cristo e sua obra. Cristo é Senhor, ressurreto, o servo sofredor. Cristo é
quem faz expiação dos pecados. Ele é o Salvador cósmico, preexistente, Yahweh, Deus
com o Pai e o Espírito Santo, é o instrumento de nossa fé em Deus (1.2,3,21;
2.3,21,22,24; 3.15; 3:21; 3.18-20; 4.6).
7.3. O Espírito Santo. O Espírito Santo foi enviado dos céus como uma possível
referência ao dia de pentecostes (1.2). Ele é a causa da nossa consagração e nos
transforma em uma casa espiritual (1.2; 2.5). Ele repousa sobre os crentes e inspirou os
profetas tanto no AT como no NT (4.14; 1.11).
são temas éticos e morais desenvolvidos por Pedro (1.13, 7; 2.12; 3.9,14; 4.5,14;
5.11,6,7; 3.1-8).
7.6. Esperança e vida eterna. Pedro enfatiza estes temas porque lhe servem ao
objetivo de manter de pé a igreja em meio aos sofrimentos. Cristo é o motivo da
esperança dos crentes. Sua volta está próxima, quando virá em glória com grandes
galardões (1.3,7,13; 4:13; 5.1,5; 4.5,17,18).
1. Autoria. Não há certeza quanto ao autor desta carta, tradicionalmente tem sido aceita a
autoria petrina.
2. Data e Lugar. Se esta carta foi de fato escrita pelo apóstolo Pedro, ela foi escrita antes
de seu martírio (cf. 1.14) que ocorreu entre o ano 64 e 66 d.C. Provavelmente, foi escrita de
Roma.
3. Destinatário. Alguns vêem em 3.1 (“Amados, já é esta a segunda carta que vos
escrevo”) uma referência a 1Pedro. Se este for o caso, Pedro tinha em mente os mesmos leitores
da Ásia Menor, embora a saudação mais geral (1.1) permitisse também destinatários mais
numerosos.
6. Esboço do conteúdo
1. Cultivo do caráter cristão (1.1-21).
a) Saudação (1.1,2).
b) Crescimento em Cristo (1.3-14).
c) Os fundamentos da fé (1.15-21).
2. Condenação dos falsos mestres (2.1-22).
a) Perigo dos falsos mestres (2.1-3).
b) destruição dos falsos mestres (2.4-9).
c) Descrição dos falsos mestres (2.10-22).
3. Confiança no regresso de Cristo (3.1-18).
a) O escárnio dos últimos dias (3.1-7).
b) A manifestação do Dia do Senhor (3.8-10).
c) Maturidade olhando para o Dia do Senhor (3.11-18).
7. Assuntos principais
7.1. A revelação bíblica. De forma surpreendente Pedro mostra a necessidade de
uma base sólida para manter-se a Igreja dentro da vontade de Deus. No seu argumento
contra o gnosticismo, Pedro firma-se na palavra profética e no embasamento apostólico.
O fundamento da Igreja não foi e nem pode ser construído sobre “fábulas
engenhosamente inventadas” (2 Pe 1.15-18), mas, sim, através de testemunhas oculares
que tudo transmitiram pela inspiração do Espírito Santo para servir de base ao povo de
Deus (2 Pe 1.19-21).
7.2. A Escatologia
7.2.1. O dia do juízo. Depois de apoderar-se do fundamento da doutrina e fé que
sedimentam a Igreja, Pedro volta-se para mostrar que os falsos mestres não ficarão
impunes. Pedro fala dessa punição relacionando-a ao dia do juízo de Deus. Os falsos
mestres são mercenários como o foi Balaão (2.15,16); são como névoas impelidas por
temporal, isto é, não têm firmeza e vão para onde possam melhor atender seus
interesses, mas para eles está reservada “às trevas” (2.17,18), isto é uma referência ao
inferno, ao castigo a que serão submetidos os ímpios; são libertinos por acharem que o
pecado cometido com o corpo não contamina a alma, assim são imorais e acabam
conduzindo ao abismo àqueles desejosos de se libertarem do pecado (2.18); são
enganadores, mentirosos, mascarados, pois, sendo prisioneiros, se dizem livres (2.19-
22); são adúlteros, avarentos, malditos, místicos (2.13,14); comercializam o evangelho
(2.1,2). A eles está reservado o Dia do Juízo “lavrado há longo tempo” (2.3). O Dia do
Juízo não tarda e Deus não os deixará impunes, pois nem a anjos Deus poupou,
precipitando-os no inferno, no abismo de trevas, reservando-os para o Juízo, o mesmo
juízo a que serão submetidos os falsos mestres, não poupou os infames nos dias de Noé,
reduziu a cinzas Sodoma e Gomorra (2.4-8). O Dia do Juízo será de terror e destruição
para os falsos mestres, mas de salvação para os justos (2.9,10). É impressionante a
arrogância e atrevimento dos falsos mestres, pois os próprios anjos, maiores em força e
poder, respeitam àqueles que eles menosprezam e desrespeitam: as autoridades
superiores e os governos (2.10,11).
O Dia do Juízo é, pois, o dia em que o Senhor exercerá o seu julgamento sobre os
homens e fará justiça conforme a sua justa forma de julgar. Desta maneira, os ímpios
não ficarão sem punição.
cousas permanecem como desde o princípio da criação” (3.4). Isto é, eles duvidavam
da “parousia” (vinda) de Cristo. Assim Pedro, de forma clara, passa a demonstrar o
conceito bíblico da criação do universo para, da mesma forma, profetizar o seu fim. A
terra surgiu da água por intermédio da palavra de Deus e pela água pereceu. E esta
mesma terra e os céus, isto é, o universo, tem sido preservado para o fogo, no Dia do
Juízo, quando os ímpios perecerão (3.5-7). A Igreja nasceu esperando a volta iminente
de Cristo e o seu “retardamento” fez com que a parousia fosse desacreditada, entretanto
Pedro mostra que os tempos de Deus e a sua forma de mensurá-lo é bem diferente da
forma que o fazemos e, por isso mesmo, o Senhor não retarda a sua promessa. A
“demora” de Deus tem base na sua longanimidade, pois “não quer que nenhum se
perca, senão que todos cheguem ao arrependimento” (3.8,9). A escatologia de Pedro
não deixa margem para uma vida eterna numa terra renovada, mas prevê o fim
cosmológico pela explosão e pelo fogo e um novo céu e uma nova terra hão de emergir
onde habita a justiça. Certamente, este dia de Deus que é a mesma coisa que Dia do
Senhor e Dia do Juízo tem seu paralelo escatológico nos outros autores bíblicos. Não
há, pois, razão para duvidar da “parousia” ou achar que ela retarda. Não devem os
crentes relaxar por pensarem que Jesus retarda sua vinda, pelo contrário, devem os
crentes estar empenhados por serem achados em paz, sem mácula e irrepreensíveis
(3.10-16).
Em primeiro lugar, João ressalta os temas do amor, luz, conhecimento e vida em suas
advertências contra a heresia. Esses elementos repetem-se por toda a carta, sendo o amor a nota
dominante. Possuir amor é evidência clara de que uma pessoa é cristã, e a falta de amor indica
que a pessoa está nas trevas (2.9-11; 3.10-23; 4.7-21). João afirma que Deus é a luz, e a
comunhão com ele faz com que as pessoas caminhem em verdadeira comunhão com outros
crentes. A comunhão com Deus e os irmãos permite que as pessoas reconheçam através da unção
de Deus, a falsa doutrina e o espírito do anticristo.
A comunhão com Deus exige que se caminhe na luz e se obedeça aos mandamentos de Deus
(1.6-7; 2.3,5).
1. Autoria. Embora esta carta seja anônima, seu estilo e vocabulário indicam claramente
que foi escrita pelo autor do Evangelho de João. Evidências internas também apontam João
como o autor, e o antigo testemunho atribui, com unanimidade, a carta a ele. A falta de especial
dedicação e saudação indicam que a carta foi circular, provavelmente enviada à igrejas perto de
Éfeso, onde João passou seus últimos dias.
2. Data e Lugar. O peso de uma tradição antiga e forte sobre João ter passado seus
últimos anos em Éfeso, junto com o fato dos escritos sugerirem que se trata de um produto de um
homem maduro que passou por experiência espiritual profunda, apontam uma data próxima ao
final do século I. Além disso, o caráter da heresia combatida na carta aponta para a mesma
época, cerca de 90 dC.
4. Tema e Propósito. João declara ter escrito para dar garantia da vida eterna àqueles que
Crêem “no nome do Filho de Deus (5.13). A incerteza de seus leitores sobre sua condição
espiritual foi causada por um conflito desordenado com os mestres de uma falsa doutrina. João
refere-se ao ensinamento como enganosos (2.26; 3.7) e aos mestres como “falsos profetas” (4.1),
mentirosos (2.22) e anticristos (2.18,22; 4.3). Eles um dia tinham estado com a igreja, mas
tinham se afastado (2.19) e tinha se “levantado no mundo” (4.1) para propagar sua perigosa
heresia.
Heresia era um precursor do gnosticismo do séc. II, que ensinava que a matéria era
essencialmente ruim e o espírito era essencialmente bom. O ponto de vista dualista fez com que
os falsos mestres negassem a encarnação de Cristo e, portanto, a ressurreição. O verdadeiro Deus
os ensinava, nunca poderia habitar um corpo material de carne e sangue. Portanto, o corpo
humano que Jesus supostamente possuiu não era real, mas apenas aparente. João escreveu
vigorosamente contra esse erro (2.22-23; 4.3).
Eles também ensinavam que, como o corpo humano era um simples invólucro para o
espírito interior, e como nada que o copo fizesse poderia afetar o espírito interno, as distinções
éticas pararam de ser relevantes. Portanto, eles não tinham pecado, João responde esse erro com
indignação (2.4,6,15-17; 3.3,7,9-10; 5.18).
“Gnosticismo” é uma palavra derivada do grego gnosis, que significa “conhecimento”.
Mais tarde, os gnósticos ensinavam a salvação através de esclarecimento mental, que acontecia
somente para iniciados da elite espiritual, e não aos cristãos comuns. Em virtude disso, eles
substituíram a fé pelas buscas espirituais e exaltaram a especulação mais do que os dogmas
básicos do evangelho. Mais uma vez, João reagiu energicamente (2.20,27), declarando que não
há revelação particular reservada para alguns poucos intelectuais, e que todo o corpo de crentes
possui a doutrina apostólica.
O objetivo de João ao escrever, então, era expor a heresia dos falsos mestres e confirmar
a fé dos verdadeiros crentes.
6. Esboço do conteúdo
1. Prólogo - a comunhão com Deus é possível por meio do Verbo (1.1-4).
7. Assuntos principais
7.1. Cristo. Ele é o Verbo da vida, despenseiro da vida eterna, e essa vida vêm da
parte de Deus (1.1,2). Seu sangue purifica o crente de todo o pecado, e Ele é nosso
advogado justo na presença do Pai. Essa epístola enfatiza tanto a encarnação do Filho de
Deus quanto a sua divindade (2.22; 4.2,3) em refutação à doutrina gnóstica. Jesus Cristo
"veio através da água e do sangue" (5.6); ele era a mesma pessoa indivisível desde o
princípio (seu batismo) até o fim (sua crucificação).
7.2. A comunhão. No Verbo temos a comunhão com a família divina, com o Pai
e com o Filho. E nisso reside nossa alegria (1.3,4). A vida e a comunhão nos vêm por
meio do sacrifício de Cristo (2.1,2) e de sua atuação como nosso advogado. As provas
da comunhão e do conhecimento de Deus são a obediência aos seus mandamentos e o
amor ao próximo (2.3-17).
7.3. O amor. Uma das características joaninas é o amor. Tanto aqui quanto no
Evangelho, o tema do amor é abordado com muita propriedade. O amor é a virtude
suprema exigida da parte dos irmãos. Amamos a Deus somente quando amamos ao
próximo (3.11ss.). O amor cristão se manifesta em atitudes de altruísmo e feitos de
gentileza. Amar ao próximo é, ao mesmo tempo, amar a Deus. A observância dos
mandamentos de Deus é a prova de que o amamos. O maior mandamento divino é que
nos amemos uns aos outros. Deus é amor, e todos quantos são seus filhos genuínos
devem amar. E a demonstração desse amor foi feita na cruz do Calvário, onde Cristo se
entregou por nós. Portanto, devemos imitar a Deus em seu amor, nos sacrificando em
favor dos outros. O amor nos prepara para o dia do juízo. Não tememos aquele dia
porque amamos, e o amor lança fora o medo (4.11-21). O amor ao Pai e o amor ao
mundo são totalmente incompatíveis (2.15-17), e nenhuma pessoa nascida de Cristo tem
o hábito de praticar o pecado (3.9; 5.18).
A primeira carta de João foi endereçada a um grupo de irmãos que estavam sofrendo
influências de falsos mestres. A segunda é endereçada a uma senhora eleita e seus filhos que
também estão passando por tentações semelhantes. Na preocupação de preservar a igreja pura e
livre de heresias, o autor exorta os irmãos a não receber em casa nenhuma pessoa que não
professe a verdadeira fé cristã, escreve ele: "Se alguém vem ter convosco, e não traz esta
doutrina, não recebei em vossa casa, nem lhes deis as boas-vindas" (v.10).
2. Data e lugar. Esta carta foi escrita por volta do ano 90 d.C., provavelmente em Éfeso.
4. Tema e propósito. O tema básico desta pequena carta é "firmeza na prática e pureza
da doutrina apostólica" que os crentes tinham ouvido desde o princípio (v.6). João escreveu esta
carta como um lembrete para que eles continuassem andando em obediência ao mandamento de
Deus de amor recíproco (exortação prática vv. 4-6). Escreveu também como advertência para
que não se associassem nem recebessem os que não reconhecem a verdade acerca de Jesus Cristo
(exortação doutrinária vv. 7-11).
6. Esboço do conteúdo
1. Persistência nos mandamentos de Deus (1-6).
(a) Saudação (1-3).
(b) Andar na verdade (4).
(c) Andar em amor (5,6).
2. Os falsos mestres (7-13).
(a) Doutrina dos falsos mestres (7-9).
(b) Os crentes devem evitar os falsos mestres (10,11).
(c) Bênção (12,13).
7. Assuntos principais
7.1. Sobre o amor. Os cristãos são incentivados a amarem uns aos outros e a
obedecerem, dessa forma, aos mandamentos de Deus. Esse é o mandamento que foi
dado à igreja de Jesus Cristo desde o início.
Na primeira epístola, o apóstolo João fala sobre a comunhão com Deus; na segunda ele
orienta os irmãos evitarem os falsos mestres; nessa terceira, ele estimula a comunhão entre os
irmãos. Ele expressa sua alegria pelo fato de seu irmão Gaio continuar firme na fé e agir como
um verdadeiro cristão: andando no amor e na verdade. Por outro lado, João não pode elogiar
Diótrefes, pois as atitudes dele são reprováveis. Ele tem permitido que a soberba substitua o
amor em sua vida. Por isso, rejeita até mesmo as palavras de correção de João. Há um contraste
muito grande entre a vida de Gaio e a de Diótrefes, enquanto aquele permaneceu fiel aos
mandamentos de Deus, este, por sua vez, tornou-se infiel.
Todos nós sabemos de problemas que acontecem na igreja envolvendo liderança. Alguns
se acham mais importantes e mais espirituais que outros e passam a agirem com imponência,
desconsiderando os demais irmãos, e, pior ainda, deixando de lado o principal mandamento: o
amor ao próximo. Nessa breve carta, João orienta a Gaio como um verdadeiro servo de Deus
deve agir dentro da igreja.
2. Data e lugar. Esta carta foi escrita por volta do ano 90 d.C., provavelmente em Éfeso.
3. Destinatário. Esta carta foi endereçada ao irmão e amigo Gaio. Gaio era um nome
comum no Império Romano, e três outros homens com este mesmo nome são mencionados no
NT: (1) Gaio, um dos companheiros intinerantes de Paulo naturais da Macedônia (At 19.29); (2)
Gaio de Derbe (At 20.4); e (3) Gaio, hospedeiro de Paulo em Corinto, um dos poucos coríntios
que Paulo batizou (Rm 16.23; 1Co 1.14). O Gaio de 3 João evidentemente vivia na Ásia, e é
melhor distingui-lo destes outros homens.
João escreveu esta carta, provavelmente, depois de receber o relatório de alguns dos
missionários (chamados irmãos), que teriam regressado e informado a ele sobre a hospitalidade
de Gaio e da hostilidade de Diótrefes. O arrogante Diótrefes assumiu a direção de uma igreja.
Difamou a autoridade de João e rejeitou os mensageiros enviados por João, expulsando aqueles
que em sua igreja desejavam recebê-los.
4. Tema e propósito. O tema básico desta carta é o contraste entre a verdade e o serviço
de Gaio e o erro e o egoísmo de Diótrefes. Ao escrever esta carta, João tinha alguns propósitos
específicos:
Elogiar Gaio por seu apego à verdade e por sua hospitalidade aos emissários enviados
por João (1-6a);
Estimular Gaio a prosseguir em seu apoio a estes irmãos (6b-8);
Repreender Diótrefes por sua arrogância e má conduta (9-11);
Expressar uma recomendação por Demétrio (12);
Informar a Gaio sob sua intenção de visitá-lo (10a,13,14).
6. Esboço do conteúdo
1. Recomendação de Gaio (1-8).
(a) Saudação (1).
(b) Piedade de Gaio (2-4).
(c) Generosidade de Gaio (5-8).
2. Repreensão a Diótrefes (9-14).
(a) Arrogância de Diótrefes (9-11).
(b) Elogio a Demétrio (12).
(c) Bênção (13,14).
EPÍSTOLA DE JUDAS
Esta epístola está entre os textos mais breves do NT. Talvez uma das epístolas menos lida
pelos cristãos. Apesar de sua brevidade, ela contém uma mensagem clara e objetiva a respeito da
fé cristã e de como essa fé pode ser pervertida pelos falsos mestres. A princípio, parece que o
autor pretendia dissertar sobre o tema da salvação em Cristo e da simplicidade da mensagem do
evangelho. Mas, por causa das ameaças dos falsos mestres de induzirem os cristãos ao erro e de
destruir a mensagem do evangelho, ele se voltou para esta questão controvertida e procurou
defender a fé apostólica. Essa defesa se fazia necessária por causa do avanço desses falsos
mestres e seus ensinos sobre a igreja. Os cristãos não devem aceitar tais ensinos, pelo contrário,
devem "pelejar pela fé que de uma fez para sempre foi entregue aos santos" (v.3). "Quando a
apostasia desponta, quando os falsos mestres emergem, quando a verdade de Deus sofre
violência, então é tempo de batalhar pela fé. Somente os cristãos em condição espiritual têm
como responder à convocação. O perigo é real. Os falsos mestres se introduzem na igreja,
convertendo a graça de Deus em licenciosidade, a fim de fazerem o que lhes agrada" (Wilkinson
p. 545). Mas esses falsos mestres não ficarão impunes, pois, assim como Deus não deixou não os
anjos rebeldes, os habitantes de Sodoma e Gomorra, também trará juízo sobre eles. Os cristãos
devem permanecer firmes porque Deus é poderoso para guardá-los de tropeçar (v. 24).
1. Autoria. O autor se identifica como "servo de Jesus Cristo", e irmão de Tiago (v.1). A
referência que ele faz aos apóstolos no v. 17 nos leva deduzir que ele não fazia parte do quadro
dos apóstolos. Na igreja primitiva só havia um Tiago que poderia ser referido dessa maneira,
Tiago o irmão Senhor (conforme é chamado em Gl 1.19). Isto nos leva a entender que se trata de
Judas irmão do Senhor que aparece em Mt 13.55 e Mc 6.3 como autor desta epístola. Tiago, seu
irmão mais velho foi o famoso líder na igreja em Jerusalém (At 15.13-21). Como seus irmãos,
Judas não creu em Jesus antes da ressurreição (Jo 7.1-9; At 1.14). O Judas de At 15.22,32 pode
também se referir ao Judas irmão do Senhor.
2. Data e lugar. Foi escrita entre os anos 70 e 80 d.C.; quanto ao local em que esta
epístola foi escrita, não há como identificá-lo.
região específica que estava sendo perturbada pelos falsos mestres. Apóstatas que rejeitavam a
Cristo na prática e em princípio. Esses libertinos soberbos eram especialmente perigosos por
causa de sua enganosa adulação (v.16) e infiltração nas reuniões cristãs (v.12). Eles pervertiam a
graça de Deus (v.4) e provocavam divisões na igreja (v.19).
6. Esboço do conteúdo
1. Propósito de Judas (1-4).
2. Descrição dos falsos mestres (5-16).
(a) Juízo passado sobre os falsos mestres (5-7).
(b) Características dos falsos mestres (8-13).
(c) Juízo futuro sobre os falsos mestres (14-16).
3. Defesa contra os falsos mestres (17-23).
4. Doxologia (24,25).
7. Assuntos principais
7.1. A defesa da fé. O falso ensino deve ser desmascarado; não suficiente exibir a
verdade paralelamente na expectativa que todos reconhecerão a verdade. A refutação do
erro é um correlativo essencial da defesa da fé "que uma vez por todas, foi entregue aos
santos".
evidente uso de dois livros pseudônimos do primeiro século. O versículo 9 faz uma
alusão à Ascensão de Moisés; e os versículos 14,15 claramente fazem citação do Livro
de Enoque (1.9). Isto, porém, não significa que Judas estivesse com isso afirmando a
autenticidade desses livros, pois ambos são considerados apócrifos. Ele os usa apenas
como ilustração de seus argumentos contra os falsos mestres, assim como Paulo citou os
pensadores gregos Arato (At 17.28), Menander (1Co 15.33) e Epimênedes (Tt 1.12).
7.3. A semelhança entre Judas e 2 Pedro. A forte semelhança entre 2Pe 2.1-3.4
e os versículos 4-18 de Judas dificilmente seria coincidência, mas as diferenças
igualmente óbvias sugerem a possibilidade de que uma é meramente a cópia da outra.
De acordo com muitos estudiosos, Judas provavelmente citou em sua carta parte da
segunda carta de Pedro. Ao comparar as duas cartas podemos perceber, em primeiro
lugar, que 2 Pedro antecipa o futuro surgimento de mestres apóstatas (2 Pe 2.1,2; 3.3),
enquanto Judas registra o cumprimento histórico das palavras de Pedro (Jd
4,11,12,17,18). Em segundo lugar, Judas diretamente cita 2 Pe 3.3 e a reconhece como
uma citação dos apóstolos (cf. 1Tm 4.1; 2Tm 3.1).
O LIVRO DE APOCALIPSE
O Apocalipse é o último livro da Bíblia. Para a maioria dos cristãos, o mais difícil de ser
entendido, pois ele contém muitos símbolos que não se usa em nossos dias, o que dificulta a sua
interpretação. Alguns evitam até mesmo lê-lo, outros têm até medo deste livro. Este livro é uma
revelação de Jesus Cristo à igreja, mostrando para ela o que há de acontecer nos finais do tempo.
1. Autoria. O autor deste livro é, provavelmente, João, o apóstolo que também escreveu
o evangelho. Todavia, há muitos estudiosos que opinam que outro João escreveu o livro. O autor
se descreve como servo de Deus (1.1), como um dos profetas (22.9) e como irmão vosso e
companheiro na tribulação (1.9).
O imperador César Domiciano Augusto Germânico reinou entre 81-96 d.C. Durante seu
reinado houve grande perseguição contra a igreja. Ele exigia ser chamado de senhor e deus
(dominus et deus). As perseguições ordenadas por ele provavelmente serviram de pano de fundo
para a redação do livro, como encorajamento para os cristãos (House p. 63).
Sendo, pois, que a perseguição promovida por Domiciano foi no final de seu reinado,
podemos conjecturar a data de composição do Apocalipse entre o ano 95 e 96 d.C.
3. Destinatário. Este livro foi enviado às sete igrejas da província romana da Ásia (hoje
atual Turquia), (1.3,11; 2-3). Trata-se, de fato, de sete comunidades cristãs, cuja metrópole era
Éfeso. Por causa do número "sete", que tem o sentido de plenitude, pode se pensar que o autor
visava não algumas comunidades particulares, por ele especialmente conhecidas, mas toda a
igreja.
Este livro, obviamente, foi escrito num período de intensa perseguição contra a igreja, um
período de crise, muitos cristãos perderam a vida (6.9-11). A primeira perseguição severa contra
a igreja ocorreu no reinado do imperador Nero (65-70), é nessa época que Pedro e Paulo
morreram. A segunda perseguição foi promovida por Domiciano (90-96), foi nessa época, como
já vimos, que João foi exilado em Patmos. Essas perseguições provocaram dúvidas nos cristãos
sobre a realidade do Reino de Deus, o valor da morte de Cristo e o triunfo do Ressuscitado sobre
as forças do mal.
O que levou a Domiciano perseguir severamente os cristãos foi o fato dos judeus terem
recusado pagar um imposto público criado para o sustento de Capitolinus Jupiter. Por serem
identificados com os judeus, os cristãos também sofreram a fúria do imperador (Cairns p. 74).
O culto aos imperadores falecidos tinha sido praticado durante anos, mas foi Domiciano o
primeiro imperador a exigir o culto ainda vivo; os cristãos, todavia, recusaram este tipo de
idolatria, suscitando ainda mais a fúria do imperador.
tenebrosa perseguição, e tempo ainda piores se seguiriam. Portanto, precisavam ser encorajados
a perseverar, permanecendo firmes em Cristo em vista do plano divino para os justos e os
ímpios. Este plano é essencialmente claro nas estimulantes palavras do epílogo (22.6-21). O livro
também escrito com o propósito de desafiar os cristãos complacentes a quebrar seu
comprometimento com o mundo. Apocalipse serve também ao propósito adicional de fornecer
uma perspectiva sobre os eventos do fim dos tempos que teriam significado e relevância para a
vida espiritual de todas as gerações cristãs posteriores (Wilkinson p. 556).
6. Esboço do conteúdo
As coisas que vistes (1.1-20)
1. Introdução (1.1-8).
2. Revelação de Cristo (1.9-20).
7. Assuntos principais
7.1. Cristo. Ele é chamado Jesus Cristo (1.1), a testemunha fiel, o primogênito
entre os mortos, o soberano entre os reis da terra (1.5), o Primeiro e o Último (1.17),
Aquele que vive (1.8), o Filho de Deus (2.28), santo e verdadeiro (3.7), o Amém, o
Princípio da criação de Deus (3.14), o Leão da Tribo de Judá, a Raiz de Davi (5.5),
Cordeiro (5.6), fiel e verdadeiro (19.11), a Palavra de Deus (19.130, Rei dos reis e
Senhor dos senhores (19.16), Alfa e Ômega (22.13), a Brilhante Estrela da manhã
(22.16) e o Senhor Jesus Cristo).
7.2. As sete igrejas. As sete cartas endereçadas para essas igrejas constituem
exclusivamente das próprias palavras de Cristo; foram ditadas do céu, depois que ele foi
ressuscitado e glorificado. Elas são recados diretos aos anjos (pastores) das igrejas.
Através de João, Jesus apela ao povo de Deus para deixar seu comodismo e pecado. As
igrejas devem se arrepender, vigiar e realmente se aprontarem para o Dia do Senhor.
Essas cartas se caracterizam por uma chamada à santidade juntamente com elogios pelo
alto padrão de vida cristã que algumas igrejas e indivíduos apresentam.
SELOS SIGNIFICADOS
Pode ser uma referência a Ap 19.11-21. Este cavalo representa a presença de Cristo dirigindo seus servos que proclamam o evangelho ao
1º Selo: O cavalo mundo (cf. Mt 24.14; 28.20; Mc 13.10). A cor branca e a conquista definitiva do guerreiro, sugere que é isso que representa este selo. Mas
branco - 6.1,2 alguns estudiosos acham que este selo representa o julgamento sobre a terra, paralelamente aos outros três cavalos. (Para mais informações
veja LADD, Apocalipse, introdução e comentário).
2º Selo: Um cavalo O cavalo vermelho representa a força destrutiva, violência e guerra. O propósito aqui é tirar a paz do mundo. Diz respeito a condições
vermelho - 6.3,4 caóticas em geral. Normalmente, deve-se notar que a paz almejada pelos homens não será alcançada até a vinda do príncipe da paz e o
estabelecimento de seu reino (Is 9.6).
3º Selo: O cavalo O cavaleiro com a balança na mão diz respeito a crises econômicas, escassez de alimento, fome. Este cavalo representa a fome em meio à
preto - 6.5,6 fartura. Jesus já havia advertido seus discípulos que haveria peste e fome (Mt 24.7). Após o cumprimento do segundo selo, segue-se um
período de lamento em que a crise atingirá grande parte da população.
Amarelo aqui é a tradução do grego "lívido", que pode também ser traduzido por pálido, cor dos cadáveres. A morte e o hades o seguiam.
4º Selo: O cavalo Esse cavaleiro recebeu autoridade para matar através da espada, fome e peste, feras. Quem montava o cavalo chama-se morte. A morte e o
amarelo - 6.7,8 hades aqui são personificados. Esse quarto selo simboliza o caos universalizado na morte dos homens por pragas, guerras e fome. Esses
quatro primeiros selos parecem descrever a história em geral, desde a primeira vinda de Cristo até o começo do período final.
Marca o martírio dos santos já mortos até o tempo de João. As almas dos que foram mortos (grego, esphagmenon, imolar, degolar), ou
5º Selo: As almas dos degolados, estão debaixo do altar e clamam por justiça contra aqueles que os perseguiam sem motivo. Prevê também mais mortes entre os
mátires - 6.9-11 santos, se trata do período da tribulação (7.14; 20.4).
A abertura do sexto selo apresenta os juízos na forma de fenômenos cósmicos (Mt 24.29; 2Pe 3.10). Esse selo também nos faz lembrar do
6º Selo: 6.12-17 fato que o antigo ciclo não terminará sem que a natureza inteira se revolte contra a iniquidade acumulada dos homens. O grande Dia do
Senhor é o dia em que Deus visitará a terra para fazer justiça e julgar o homem pecador (Sl 110.5; Ez 7.1-9; Sf 2.2,3; Rm 2.5; Jl 2.11).
Entre o sexto e o sétimo selo abre-se um parêntese; os eleitos são selados 7.1-7; e a glorificação do povo de Deus, 7.8-17. O sétimo selo não
é aberto sem que antes o povo de Deus seja selado, representado pelos 144 mil. O simbolismo do ato de selar esses servos de Deus
7º Selo: 8.1-6 comunica a segurança e proteção divina com que os cristãos podem contar. Oferece a proteção espiritual diante dos ataques de Satanás e o
terror provocado pelas forças do mal. Em consequência dessa selagem, os demônios soltos na ocasião não alcançarão qualquer vantagem
sobre os que tem o selo de Deus (9.4).
A abertura do sétimo selo traz uma série de juízos. Começa com um silêncio no céu. Logo em seguida, começa uma série de juízos
lançados sobre a terra, que são representados pelas trombetas.
7.4. As sete trombetas (8.2-11.19). Depois da selagem do povo de Deus, o sétimo selo é aberto. Em seguida, aparecem sete anjos com sete
trombetas, que são sete julgamentos. Um anjo inicia o julgamento lançando o incensário cheio de fogo do altar provocando um grande terremoto.
TROMBETAS SIGNIFICADOS
O toque da trombeta anuncia o juízo. Os flagelos desencadeados pelas trombetas recordam as pragas do Egito: granizo (7), água
1º Trombeta transformada em sangue (v.8), águas envenenadas (v.11), trevas (v.12), gafanhotos (9.3). Quando o anjo toca a primeira trombeta,
8.7 saraiva e fogo mistura com sangue, queima a terça parte da terra, árvores, ervas. Saraiva refere-se a um poder devastador.
Quando a segunda trombeta é tocada, uma coisa como uma montanha abrasada foi lançada no mar matando a terça parte dos peixes, e
2º Trombeta atingindo também a terça parte dos navios. Essa montanha ardente, provavelmente representa um poder devastador, um juízo contra
8.8,9 os homens.
Quando a terceira trombeta é tocada uma estrela de fogo. Essa estrela que é chamada de Absinto (planta amargosa) atinge os rios, isto
3º Trombeta é, as fontes de água doce, envenenando um terço delas, provocando mais sofrimentos. Como uma estrela atingiria um terço dos rios e
8.10,11 fontes de água potável. É bem provável que esta estrela seja mais um símbolo de um poder sobrenatural que incitará os homens a se
autodestruirem poluindo e envenenado as fontes de água potável.
4. Trombeta Quando a quarta trombeta é tocada a terça parte do sol, da lua e das estrelas são atingidos, provocando trevas (Is 13.10; Jl 2.10,31; Ez
8.12 32.7). Os efeitos destrutivos das primeiras quatro trombetas se limitam à natureza; portanto, à humanidade indiretamente (8.7-12).
Tudo sugere que a intervenção divina julgando a humanidade perseguidora se mistura com a graça. Os homens deveriam reconhecer
o poder de Deus em mandar essas pragas e voltar dos caminhos errados para glorificá-lo. (Shedd p. 44)
5º Trombeta Antes de a quinta trombeta ser tocada, vem a advertência da águia (8.13). Ela voa gritando três ais - anunciando que as últimas
9.1-12 trombetas serão mais severas que as outras quatro. Com as últimas três trombetas tocadas, as coisas piorarão. A situação aqui na terra
será terrível. As outras trombetas, isto é, os juízos, afetaram o mundo físico, mas esses três últimos julgamentos atingirão as pessoas
que habitam na terra, as que não têm o selo de Deus. As trombetas agora são chamadas de “Ais” que visa indicar a sua natureza
terrível e devastadora.
Quando a quinta trombeta é tocada uma estrela cai do céu. Essa estrela é um símbolo de um ser, ou um anjo caído, que recebe uma
chave do abismo. Ela prediz os terríveis tormentos que os demônios trarão à humanidade incrédula. Parecem gafanhotos por causa do
incalculável número, antes presos no abismo, mas, depois de tocar essa trombeta, soltos para torturar cruelmente a humanidade ímpia.
6º Trombeta Quando o sexto anjo toca a trombeta, João ouve uma voz que dá ordem para soltar os quatro anjos que estão presos próximo ao rio
9.13-21 Eufrates. Esses anjos representam um grande exército de 200 milhões de cavaleiros. Nesta praga, cavalos demoníacos, com cabeças
como de leão e caudas como de serpentes, com o poder de matar vem do Oriente. Esse flagelo tem como propósito levar os homens
ao arrependimento. Ainda assim, eles permanecem com o coração endurecido, praticando todo tipo de pecado e idolatria.
7º Trombeta Antes de narrar a sétima trombeta, abre-se um parênteses: a visão do anjo e do pequeno livro, a medição do templo e as duas
11.15-19 testemunhas (10.1-11.14). O tempo da sétima trombeta será o tempo do fim (10.6). Mas, antes do fim a comissão profética é
confirmada ao profeta, e a ele é certificado que a igreja será preservada durante este período terrível (7.1-17) e que Israel, o povo da
aliança de Deus, será salvo. Esta sétima trombeta ao ser tocado dará início o período do fim (Ladd p. 119). Esta sétima trombeta é
também a última trombeta de 1Co 15.52 e anuncia que o reino de Cristo está estabelecido com poder (Ap 11.15) Esta predição
combina perfeitamente com Apocalipse 19 e 20 que preveem a vitória completa do Senhor Jesus Cristo sobre toda a força do mal.
SEMINÁRIO TEOLÓGICO MARCOS BATISTA - Curso Básico em Teologia 39
Epistolas Gerais e Apocalipse
Esta sétima trombeta também é a porta para mais sete flagelos ou sete taças (15-16).
Em terceiro lugar, este livro foi enviado às igrejas da Ásia (na sua maioria de
gentios) que estavam passando por severas perseguições, com o propósito de confortar e
fortalecê-las. Não queria João mostrar aqui que os cristãos, tanto judeus quanto gentios
que estavam passando por perseguição faziam parte do povo de Deus?
Por isso, concluímos que a figura mostra a união dos crentes judeus (salvos) com
a plenitude do gentios, todos unidos no Israel perfeito de Deus (cf. Gl 6.16; 3.28). Esses
144 mil servos são apresentados no capítulo 7 antes da tribulação, mas em 14.1-5, eles
comparecem com Cristo no paraíso após a vinda do Senhor. Todos serão preservados
pelo poder do Senhor (Shedd p. 42).
7.6. O Milênio (Ap 20.1-7). O termo milênio vem do latim "mile e annus" que
significa "mil anos", do grego "chiliasmo". O termo milênio não aparece na Bíblia, mas
sim, a expressão mil anos, período em que o diabo será preso e Cristo reinará sobre a
terra. Em relação ao milênio, há três correntes de interpretação, vejamos:
Epistolas Gerais e Apocalipse
(1) Pós-milenismo. O prefixo "pós" significa depois, isso significa que Cristo
voltará após o milênio. Para esta teoria, Cristo encerrará o milênio. Entendem eles que o
milênio é um período de tempo em que a igreja triunfará. No final deste período, Cristo
voltará.
(2) Amilenismo. Para essa corrente teórica, não haverá um reinado terrestre de
Cristo de mil anos de duração. "O milênio é um símbolo da vitória completa de Cristo
sobre Satanás e do gozo perfeito dos santos no céu". O grande julgamento final segue-se
imediatamente à segunda vinda e resultará de pronto o estado final dos justos e dos
ímpios.
(3) Pré-milenismo. Para esta abordagem, a segunda vinda de Cristo será antes do
milênio. O milênio será realmente um período onde Cristo reinará sobre a terra
juntamente com os seus santos. Os mil anos de Apocalipses 20 não são meramente
simbólicos, mas literais. O reino milenar de Cristo será estabelecido assim que Cristo
voltar.
Bibliografia: