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alunos é evidenciar uma técnica de aprendizagem significativa que realmente fuja de uma Caro (a) aluno (a). Essa é a sua próxima etapa, construir o
aprendizagem mecânica ou memorística. Principalmente, para que o aluno saiba na sua trajetória, artigo. Se você seguir a formatação a partir dessa
padronização, não terá problema com normas da ABNT, caso,
como aprendiz e responsável da sua própria educação, evidenciar conceitos chaves e entender o seu não seguir dificultará o processo.
papel como aprendiz como destaca Joseph Novak e seus colaboradores no seu livro em conjunto Sugiro iniciar nesse arquivo que consta o formato exigido
com outros educadores intitulado: Aprender a Aprender. Logo, favorecendo ao próprio aluno uma pela Pós/UCDB. Assim, ficará mais fácil para você e para
mim.Sugiro escrever em cima desse modelo, vai apagando e
diretriz para que ele possa ser mais autônomo na sua busca de crescimento em conhecimentos e ajustando, conforme a sua pesquisa.
aprendendo de uma maneira que realmente permaneça significativamente em sua vida os conceitos,
Reforço:
as idéias que o mesmo aprende no decorrer do seu caminho acadêmico e até pessoal. A metodologia
utilizada nesta pesquisa trata-se de um estudo bibliográfico com abordagem qualitativa. Preencher nota de rodapé, verificar nota de rodapé 1, 2 e 3,
no final dessa folha.
1Trabalho de conclusão do curso de pós-graduação lato sensu a distância em Docência no Ensino Superior pelo
convênio UCDB e Portal da Educação. Rio de Janeiro , 2019.
2Graduado em licenciatura em Filosofia pela Faerpi, Faculdade entre Rios do Piauí.
3Graduada em Formação de Professores e Pedagogia. Mestre e Doutora em Educação pela Universidade Católica Dom Bosco
(UCDB). Orientadora do trabalho de conclusão do curso de pós-graduação lato sensu da UCDB. E-mail:
profarosimeireregis@hotmail.com.
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Teoria que a partir de 1999, está sendo chamada pelo próprio David Ausubel de Teoria da assimilação da
aprendizagem e da retenção significativas.(Cf. AUSUBEL, David, 2003)
modo de aprendizagem significativo.
Deste modo, no campo da educação, a utilização do mapa conceitual na aprendizagem
valoriza o que o aluno trás em sua história de experiências ao mesmo tempo garante que o conceito
aprendido poderá ser relacionado com outros conceitos não apenas como uma teoria em sala de aula,
mas também, com a vivência do próprio sujeito em sua vida ordinária. Também este garante uma
autonomia para conhecer vários conteúdos em que o aprendiz se interessa e pode garantir a
interdisciplinaridade dos conteúdos entre as matérias. Como um exemplo no conceito de rede. A
rede pode ser social real, como o tratamento entre as classes sociais, estudado em sociologia, como
rede social virtual, como o facebook, twitter entre outros, que está ligado a área da internet e
computação. Além de rede pode ser apenas uma rede de pescaria, que entra no campo da pesca
artesanal. Então, este desmembramento de uma possível conexão entre vários campos com apenas o
conceito de rede. Isto pode ser bem delineado com a utilização de um mapa conceitual.
Em suma, a utilização de mapas conceituais pode traçar um caminho ao aprendiz para que
os vários campos científicos se interliguem em algum momento.
Duas respostas iniciais surgem da própria pesquisa de Joseph Novak e seus colaboradores
baseado no livro Aprender a Aprender. Assim a pergunta: De que modo a utilização da ferramenta
do mapa conceitual pode ajudar um aluno? Pelos mesmos educadores ela é respondida da seguinte
maneira: O mapa conceitual ajuda o estudante a evidenciar conceitos chaves e a entender sempre o
seu papel como aprendiz, defendendo a importância de uma formação continuada de qualquer
estudante. Transmitindo para o mesmo a garantia afetiva de que é capaz de utilizar estes novos
conhecimentos aprendidos em contextos diferentes. (Cf. NOVAK, Joseph, 1984.) Pois, de fato,
aprendeu com significado pessoal e autônomo o novo conhecimento.
A base teórica utilizada será em seu essencial a obra Aprender a Aprender de Joseph
Novak, 1984 no que se refere aos conceitos de aprendizagem significativa, mapa conceitual e a
importância dos mapas para os alunos. Para aprofundar o conceito de aprendizagem significativa
será utilizado o livro de Marco A. Moreira e Elcie F. Salzano Masini, 1982 com o título:
Aprendizagem significativa: A Teoria de David Ausubel. Além de textos e artigos de Marco
Antônio Moreira, brasileiro, estudioso destes conceitos atualmente.
Sobre o mapa conceitual:
“O importante é que o mapa seja um instrumento capaz de evidenciar significados
atribuídos a conceitos e relações entre conceitos no contexto de um corpo de conhecimentos, de
uma disciplina, de uma matéria de ensino” (MOREIRA, Marco Antônio, 2010)
E para a aprendizagem ser significativa segundo Ausubel deve haver uma interação entre o
novo conhecimento e o já existente na estrutura cognitiva do aprendiz e ambos precisam se
modificar.
Desta forma, o mapa conceitual ajuda a trabalhar justamente esta dinâmica de relações de
conceitos, tanto o que o aluno carrega consigo quanto o novo conceito que o mesmo está
aprendendo. Logo, a utilização da ferramenta do mapa conceitual pode garantir uma verdadeira
aprendizagem significativa aos moldes da idéia de David Ausubel. Agora vamos a exemplo de
mapa conceitual:
(fig 1.)
“De um modo geral, mapas conceituais podem ser usados como instrumentos de
ensino e/ou aprendizagem. Além disso, podem também ser utilizados como auxiliares na
análise e planejamento do currículo (Stewart ET AL., 1979) particularmente na análise do
conteúdo curricular. Todavia, em cada um destes usos, mapas conceituais podem ser sempre
interpretados como instrumentos para “negociar significados”(MOREIRA, Marco Antônio,
2006).Simploriamente, para se entender o termo mapa conceitual é preciso analisar a noção
geral do que é um mapa? e o que é um conceito? (conceitual), para daí, simploriamente,
analisar a unidade semântica do próprio termo: mapa conceitual.
Primeiro, quando se diz mapa, pensa-se em um mapa geográfico como um mapa de
um país, região, cidade, bairro, etc. E este serve para ligar a pessoa de um local a outro,
naquele país, região, cidade, bairro etc. Vê se isto hoje na utilização dos aplicativos Waze,
Google maps, para se chegar em um local desconhecido da pessoa. Em outras palavras, um
mapa mostra um caminho para se chegar a algo desconhecido. Aqui é preciso deixar claro
que um mapa liga locais e demonstra o caminho graficamente. Para o presente significado
de mapa é justo evidenciar as idéias de ligar e demonstrar. Agora, o que é um conceito?
Grosso modo, é um significado dado verbalmente ou escrito de uma coisa ou acontecimento
do mundo material que se torna uma idéia e\ou pensamento com uma unidade semântica5.
Este significado dado é descrito por uma proposição6.
Segundo Novak: “Uma proposição consiste em dois ou mais termos conceptuais
ligados por palavras de modo a formar uma unidade semântica.”7 Exemplo de proposição:
Todo homem é mortal. No qual, o homem é nome geral dado a qualquer pessoa concreta
vista no mundo material seja, homem ou mulher; e mortal, é o acontecimento que ocorre
com todos os homens, porque um dia todos os homens irão morrer, isto é certo. Do ente
particular Pedro, Paulo, Jéssica surge a idéia de homem (um dos termos conceituais). E do
acontecimento de morrer surge a idéia de mortal (outro termo conceitual). Logo, a unidade
semântica é vista na proposição: Todo homem é mortal. E isto é “um conceito mental, que é
conhecido expressamente por uma reflexão da inteligência sobre si mesma (...)”
(MARITAIN, Jacques, 1958). Em suma, parte-se da noção que o conceito é descrito por
uma proposição desenvolvida a partir da reflexão da inteligência sobre si mesma. Assim, o
conceito é uma proposição que nasce da reflexão da inteligência sobre si mesma, de cada
ser humano particularmente.
Visto isto, concluí-se que a unidade dos termos mapa e conceito, que é mapa
conceitual8, sgnifica o modo que o aluno, ou qualquer aprendiz, liga e demonstra (mapa) as
proposições que nascem da reflexão da inteligência (conceito), formando uma unidade
semântica na forma de um diagrama gráfico, como foi visto na figura 1 e será visto em todas
as figuras presentes neste artigo. Logo, na unidade semântica do termo mapa conceitual,
5
Em termos clássicos, esta idéia é vista em Jacques Maritain (1958). “Quando exprimimos oralmente um pensamento,
dizemo-lo ou proferimo-lo exteriormente por meio de um sinal vocal (palavra), quando concebemos uma coisa, nós
“dizemos” ou proferimos, intelectualmente esta coisa dentro de nós, por meio de um sinal imaterial (idéia, conceito
mental) em outros termos, formamos dentro de nós um sinal, uma similitude imaterial na qual nosso espírito vê essa
coisa”(pg 46)
6
Como diz Novak: “ Os mapas conceituais tem por objetivo representar relações significativas entre conceitos na
forma de proposições.” (Novak, Joseph, 1984, pq 31)
7
Novak, Joseph, 1984, pg 15
8 Um exemplo de mapa conceitual pode-se ser visto na figura 1.
chega-se a conclusão que mapa conceitual é aquilo que liga e demonstra o que nasceu na
reflexão da inteligência por meio de relações entre conceitos na forma de proposições em
um diagrama gráfico.
Este diagrama gráfico foi visto na figura 1 e pode ser feito em uma folha com lápis
e/ou caneta e no computador através do programa Cmap Tools, o mesmo que foi utilizado
para se fazer esta figura e as demais figuras presentes nesta pesquisa. Este pode ser
facilmente baixado na internet de graça.
Estas relações entre conceitos, sobre a coisa (Novak diz “objeto”) ou sobre um
acontecimento (Novak diz “evento”) do mundo externo ao homem, gera ou desenvolve, no
próprio homem, um raciocinar sobre os conceitos que cada um trás consigo, e isto, em uma
eventual aula, pode colaborar com a relação dos conceitos que o aluno carrega consigo e os
conceitos que o professor deseja ensinar. Neste ponto, primeiramente deve-se investigar: O
que é raciocinar? Jacques Maritain define, ou seja, desenvolve uma proposição com base na
sua reflexão sobre raciocínio humano, que raciocinar “é passar de uma coisa
intelectualmente apreendida9 a uma outra coisa intelectualmente apreendida 10 (por exemplo:
um conceito ensinado pelo professor, ou visto em um livro, artigo, texto, entre outros)
graças à primeira e progredir deste modo de proposição em proposição a fim de conhecer a
verdade inteligível.” (MARITAIN, Jacques, 1958, pg. 155). E utilizar a ferramenta do mapa
conceitual ajuda o estudante a progredir de proposição em proposição, de conceito em
conceito, até chegar a verdade. Logo, o mapa conceitual ajuda qualquer um que deseja
aprender a raciocinar e a encontrar a verdade de modo pessoal e autônomo. De fato, como
diz Novak, a construção de mapas conceituais, “é uma estratégia válida para ajudar os
estudantes a aprender a aprender”11.
Segue-se que “a elaboração de mapas de conceitos é uma técnica para patentear
exteriormente conceitos e proposições” 12 Logo, o aluno patenteia os seus conceitos no mapa
conceitual e o professor com a explicação do mapa feito pelo aluno pode “negociar” se este
conceito está de acordo com o conceito comum a disciplina em questão ensinada pelo
professor.
“O mapeamento conceitual é uma técnica muito flexível e em razão disso pode ser
usado em diversas situações, para diferentes finalidades: instrumento de análise do currículo,
técnica didática, recurso de aprendizagem, meio de avaliação”. (Moreira e Buchweitz, 1993). É
muito flexível, pois se tem várias formas de se construir um mapa conceitual e para diferentes
finalidades. Além disso, “É possível traçar-se um mapa conceitual para uma única aula, para uma
unidade de estudo, para um curso ou, até mesmo, para um programa educacional completo.”
(MOREIRA, Marco Antônio, 1997)
“E, embora possam ser usados para dar uma visão geral do tema em estudo, é preferível
usá-los quando os alunos já têm uma certa familiaridade com o assunto, de modo que sejam
potencialmente significativos e permitam a integração, reconciliação e diferenciação de significado
de conceitos” (Moreira, 1980)
Na medida em que os alunos utilizam mapas conceituais para integrar, reconciliar e
diferenciar conceitos, ou seja, utilizam esta técnica para analisar artigos, textos, capítulos de livros,
romances, experimentos de laboratório, e outros materiais educativos do currículo, eles estarão
utilizando o mapeamento conceitual como um recurso de aprendizagem em outras palavras sendo
um aprendiz. (Cf. Moreira, Marco Antônio, 1997)
É importante frisar que o mesmo mapa conceitual pode ser construído de várias formas,
isto é, de acordo como cada um tem os conceitos desencadeados em sua mente.
Enfim, também pode ser tratado como uma técnica não tradicional de avaliação que
busca informações sobre os significados e relações significativas entre conceitos-chave da matéria
de ensino e aprendizagem segundo o ponto de vista do aluno.
Os mapas conceituais, tanto globais como específicos, construídos para as leituras,
podem ajudar o estudante a abordar toda a matéria do seu curso de um modo mais significativo. O
desafio é ajudar os alunos a perceberem a relevância do “mapa rodoviário” conceitual global antes
de lerem o texto da matéria a ser aprendida (Cf. Novak, 1984, pg 61). O significados globais que
estão nos conceitos relacionados a matéria em um mapa conceitual constituem parâmetro do que o
estudante necessita para ler o texto da matéria de uma maneira mais significativa.
2 QUAL A IMPORTÂNCIA DE SE UTILIZAR O MAPA CONCEITUAL PELOS
ALUNOS?
(fig 2)
No qual, os termos: mapa conceitual, frases ligadas, conceitos e relacionamentos são os
conceitos chaves. E isto ocorre em qualquer mapa conceitual feito. E na construção do mapa
conceitual, no qual se ligam conceitos ocorre a aprendizagem significativa. “Mapas
conceituais devem ser explicados por quem faz o mapa: ao explicá-lo, a pessoa externaliza
significados. Reside aí o maior valor de um mapa conceitual.” Isto é, pois ao explicá-lo a
pessoa torna o mapa conceitual um princípio de aprendizagem, porque demonstra conceitos
já aprendidos anteriormente. E dentro dos retângulos se encontram os conceitos chaves da
aprendizagem do estudante.
No curso da aprendizagem significativa, os conceitos que interagem com o novo
conhecimento e servem de base para a atribuição de novos significados vão também se
modificando em função dessa interação; vão adquirindo novos significados e se
diferenciando progressivamente. “Imagine-se o conceito de “conservação”; sua aquisição
diferenciada em ciências é progressiva: à medida que o aprendiz vai aprendendo
significativamente o que é conservação da energia, conservação da carga elétrica,
conservação da quantidade de movimento, o subsunçor “conservação” vai se tornando cada
vez mais elaborado, mais diferenciado, mais capaz de servir de âncora para a atribuição de
significados a novos conhecimentos. Este processo da dinâmica da estrutura cognitiva
chama-se diferenciação progressiva” (MOREIRA, Marco Antonio, 1997,p.5)
Outro processo que ocorre dentro de uma aprendizagem significativa é o de
reconciliação integrativa. Isto é, um estabelecimento de relações entre idéias, preposições e
conceitos, como por exemplo, se “o aluno tivesse conceitos de campo elétrico e campo
magnético, ambos, claros e estáveis na estrutura cognitiva, logo, os perceberiam
intimamente relacionados e reorganizasse seus significados de modo a vê-los como
manifestações de conceito mais abrangente, o de campo eletromagnético. Essa
recombinação de elementos, chama-se reconciliação integrativa. A descoberta do conceito
“campo eletromagnético” é um jeito de evidenciar um conceito chave e torna o aluno, que o
descobriu, um aprendiz.
É importante também frisar que não existe um mapa conceitual “correto”.
Para o professor utilizar mapas conceituais, ele precisa explicar as relações de significado
entre os conceitos que o mesmo precisa ensinar. Do mesmo modo, vale para o aluno que precisa
explicar o seu mapa conceitual nas relações entre os conceitos que se utiliza.
Mapas conceituais podem ser utilizados como recursos na obtenção de evidências de
aprendizagem significativa, ou seja, na avaliação da aprendizagem, no geral como prova ou
exercício avaliativo.
Ao aluno ou qualquer pessoa vale o fato de que todos pensam com conceitos e de que os
mapas conceituais servem para exteriorizar os conceitos e melhorar o pensamento. (Cf. MOREIRA,
1997, p.20) E sempre ao aluno cabe optar por aprender; a aprendizagem é uma responsabilidade que
não pode ser compartilhada e a utilização de mapas conceituais na aprendizagem torna o caminho
de aprender mais rico e construtivo.
O professor também através dos mapas conceituais pode perder aquela fácil acomodação de
ser o controlador de todo o conceito que o aluno aprende, pois através dos mapas conceituais o
aluno também poderá ligar um conceito de uma matéria com outra matéria que não necessariamente
seja a do professor em questão, favorecendo assim ao aluno a interdisciplinariedade.
Por exemplo, um mapa conceitual sobre a chuva, pode se abrir o seu desmembramento
como H2O que é a molécula da água, e isto é química. Também, pode ser construído como o ciclo
da água, o sol que evapora ás águas do oceano e no alto forma a nuvens que em seguida se
precipitam, e isto é biologia. E a chuva pode ser vista a velocidade que ela cai sobre o chão e seu cál
(fig 3.)
O ponto mais importante para deixar claro no compartilhamento dos significados, e não da
aprendizagem, é que os estudantes sempre trazem algo deles próprios para a negociação, não sendo
pois uma tábua rasa para nela se escrever ou um contentor vazio para se encher. Logo, é preciso,
tanto ao professor quanto ao aluno, estar consciente do valor que têm os conhecimentos prévios na
aquisição dos novos conhecimentos, como está descrito na teoria da aprendizagem significativa de
Ausubel.
Os mapas conceituais também são capazes de organizar as idéias que o educandos já têm e
que podem ser utilizados como apoio na leitura.(Cf. Novak, 1984, pg 62) É aqui que o ensino se
torna uma arte para além de ser uma ciência, pois os mapas conceituais podem ser úteis aos alunos
para compreender os livros de texto escolares típicos mas também entender melhor obras literárias,
tais como romances, ou mesmo um artigo acadêmico ou de revista ou até mesmo um jornal.(Cf.
Novak, 1984, pg 62)
Através da confecção de mapas conceituais sobre romances ou livros, pode-se chegar a ter
animadas discussões na aula. Pedir aos alunos para prepararem mapas conceituais que relatem
leituras literárias ou outros textos significa que eles não têm apenas que ler uma obra, mas também
retirar dela algum significado conceitual, fixando mais as idéias centrais do autor ou autora. (Cf.
13
E o que é que se entende por negociar significados? Seria conferenciar com outro para chegar a um consenso em
relação a algum assunto...lidar com (alguma matéria ou negócio que requer capacidade para ser resolvido com
sucesso) gerir...preparar ou conseguir mediante deliberação, discussão e compromisso.
Novak, 1984, pg 62)
Na sala de aula, encontra-se o professor, aquele que apenas tem mais competência que o
aluno para ensinar, pois já aprendeu os conhecimentos dados com profundidade. E mesmo assim
pode-se dizer que o professor é um eterno aluno, em outras palavras um eterno aprendiz, pois como
se vê na aprendizagem significativa, sempre um conceito aprendido pode-se unir ao que será
aprendido e os dois conceitos se modificam e o processo é dinâmico os novos conceitos vão sendo
construídos. É como num diálogo sobre uma novidade que não se esperava. Aquela nova
informação muda a idéia que a pessoal tinham antes e o novo capitado é modificado pelo conceito
que se tinha antes carregado na mente. E o professor, no seu encargo, através dos mapas conceituais,
pode organizar os significados que serão ensinados aos alunos em uma determinada matéria, e
assim, determinar uma rota de aprendizagem e quando os alunos constroem mapas conceituais os
professores podem descobrir as concepções alternativas dos alunos e guiá-los para o significado
correto.
Enfim, tanto aos estudantes como os professores, que são eternos estudantes, os mapas
conceituais podem ser instrumentos ricos na aprendizagem e, esta, significativa. Até aqui em
resumo temos o seguinte mapa conceitual.
fig 4
O professor também através dos mapas conceituais pode perder aquela fácil acomodação de
ser o controlador de todo o conceito que o aluno aprende, pois através dos mapas conceituais o
aluno também poderá ligar um conceito de uma matéria com outra matéria que não necessariamente
seja a do professor em questão, favorecendo assim o aluno a interdisciplinariedade.
Por exemplo, um mapa conceitual sobre a chuva, pode se abrir o seu desmembramento
como H2O que é a molécula da água, e isto é química. Também, pode ser construído como o ciclo
da água, o sol que evapora ás águas do oceano e no alto forma a nuvens que em seguida se
precipitam, e isto é biologia. E a chuva pode ser vista a velocidade que ela cai sobre o chão e seu
cálculo, e isto é física. Também pode ser analisada a quantidade de chuva de uma determinada
região, e isto é geografia. Enfim, assim se percebe como o conceito de chuva pode ser aplicado a
diversas disciplinas e todos esses desmembramentos conceituais podem se transforma em mapas
conceituais. E isto pode ser feito pelo próprio aluno, sem esperar que o professor fique cobrando
continuamente. Logo, com os mapas conceituais o educando pode ter mais autonomia na sua
aprendizagem fortalecendo a interdisciplinariedade e também a transdiciplinariedade, que é
enxergar as matérias/disciplinas de forma orgânica como um todo.
Visto isto, a ferramenta educativa dos mapas conceituais pode colaborar no principal
objetivo do Professor em um ambiente EAD, que é auxiliar o aluno a estabelecer a sua autonomia,
mesmo que esta guiada. Assim, não só nas aulas presenciais, mas também nas aulas a distância está
ferramenta se bem incorporada pelo aluno pode favorecer o seu aprendizado de modo significativo,
dinâmico e orgânico entre as disciplinas e seus conceitos chaves. Logo, a utilização de mapas
conceituais pelos alunos pode facilitar para os mesmos o desenvolvimento de se ter um hábito de
estudo.
O mapa conceitual também favorece a educação dialógica, pois todo mapa conceitual
precisa ser explicado por quem o desenvolve. E neste compartilhar com a linguagem o mapa
conceitual com o professor ou um colega de classe, transforma esta técnica em um diálogo de
conceitos. No diálogo, segundo Freire (1987, p.81 e 84), “não há ignorantes absolutos, nem sábios
absolutos, há homens que, em comunhão, buscam saber mais [...] A educação autêntica não se faz
de A para B ou de A sobre B, mas de A com B.” Como diz o mesmo Freire o aluno e o professor,
que é um eterno aluno, devem ser entendidos como seres em busca. Neste contexto fazem sentido as
palavras de Freire: “Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam
entre si, mediatizados pelo mundo.” (1987, p.68) Assim, os mapas conceituais podem garantir esta
educação que os homens fazem entre si, midiatizados pelo mundo. Pois o conceito quando
apreendido não está apenas no aluno e nem apenas no professor, mas sim na relação entre os dois.
A construção e a explicação de um mapa conceitual podem fomentar entre professores e
alunos ou entre colegas de classe um apoio emocional que surge do contato social, interpessoal, que
a utilização de mapas conceituais pelos alunos pode causar em uma classe. Logo, aprendizagem que
se desenvolve com o uso de mapas conceituais, além de significativa para o próprio sujeito que o
faz, também é uma aprendizagem colaborativa, entre os alunos, o objeto ou acontecimento que se
estuda e o professor.
Mendez (2002) no seu livro Avaliar para conhecer, examinar para excluir, reflete a respeito e
conclui que a confusão desses termos faz com que se pense que na escola se avalia muito, quando
na realidade, deve se falar que os exames e testes feitos em sala de aula estão mais examinando e
excluindo os alunos que propriamente avaliando, para conhecer. Com base nesta distinção entre
avaliar e examinar, percebe-se que a utilização de mapas conceituais, podem ser bons instrumentos
de avaliação. Porque quando se avalia um mapa conceitual de um estudante, não se observa nele o
grau de conhecimento do aluno, mas sim, quais as pontes de conceitos que o aluno está entendendo
de fato, e assim, o docente pode identificar os conceitos alternativos e fazer o educando percorrer
um novo caminho na aprendizagem. E isto não será classificatório, restritivo e punitivo (Cf. Polak,
2009) para o aluno como um teste normal. Retirando aquela tônica que se tem a nota dada em um
teste. Como se a nota pudesse ser uma fórmula mágica que realmente traduz em números a
qualidade ou nível de aprendizado de cada um.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Inserir número na páginas do artigo. Os números deverão ser contados desde a primeira
página, mas, deve aparecer a partir da segunda página. A enumeração deverá ser colocada à direita,
no canto superior da página.
REFERÊNCIAS
MOREIRA, M.A. (1983) Uma abordagem cognitivista no ensino da Física. Porto Alegre: Editora
de Universidade.
MÉNDEZ, Juan Manuel Álvarez. Avaliar para conhecer, Examinar para excluir. Porto Alegre:
Artmed, 2002