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ESCOLA DE ARTES
DEPARTAMENTO DE MÚSICA
Os Cordofones Madeirenses
Licenciatura em Música
Évora, 2018/2019
Índice
Introdução ..................................................................................................................... 3
O Rajão ............................................................................................................................. 5
Conclusão ..................................................................................................................... 9
Bibliografia ................................................................................................................. 10
Introdução
Imagem 1 -Machete Rústico (Fonte: Imagem 2 -Machete acompanhado por uma viola
http://machetista.blogspot.com/2012/08/o-machete- (Fonte: http://machetista.blogspot.com/2012/08/o-
ou-braguinha.html) machete-ou-braguinha.html)
O Rajão
Atualmente, o Rajão é um instrumento existente apenas no arquipélago da
Madeira. Por volta do ano de 1985, este surge com a designação de Machete de Rajão,
onde posteriormente fica apenas com o termo Rajão. De entre todos os instrumentos
utilizados no folclore madeirense, é provavelmente o mais regional na sua origem e
aquele que apresenta características mais antigas e por isso associadas à história da região.
É também único em território português, sendo apenas praticado nesta região insular.
É composto por cordas beliscadas, sendo muito semelhante á viola dedilhada.
Possui um total de cinco cordas de tripa embora no início do séc. XX já fosse comum
coexistirem duas cordas metálicas e três de tripa.
Os cordofones madeirenses são tocados utilizando as técnicas da viola. Nesta
linha de ideias, o rajão apresenta o “ponteado”, que consiste no toque simples da melodia.
Outra das técnicas era o “rasgado”, que era geralmente utilizado para o acompanhamento
em acordes, consistindo na passagem da mão direita em movimentos ascendentes e
A viola de arame é um cordofone que tem origem nas violas Portuguesas (Viola
Beiroa, Viola Campaniça, Viola Braguesa, Viola amarantina, Viola Toeira). Assemelha-
se bastante ás Violas da Terra (12 cordas) e Viola da Terceira (15 cordas) por serem
conhecida por violas de arame. No entanto, diferenciam-se das outras por apresentarem
uma escala sobreposta ao tampo e não rasa.
Este instrumento, cujo nome advém do fato das suas cordas serem feitas de arame,
assume uma grande importância na região da Madeira, ao ser utilizado no
acompanhamento do Charamba ou Xaramba. Charamba, era caraterizado como um
género de improviso, tanto no canto como no acompanhamento pela Viola de Arame, no
qual cada músico demonstrava as suas capacidades. Existem três estilos de Charamba:
• “Charamba Clássico” – Sendo o mais antigo dos três, possui um ritmo bastante
livre;
• “Charamba dos Velhos” – apresenta um andamento lento;
• “Charamba pelo Meio”- apresenta um andamento mais vivo.
Posteriormente, este género musical serviu de base a muitas das chamadas cantigas
de trabalho, como a apanha do trigo e da erva.