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Introdução

Parabéns por essa iniciativa

A
prender a tocar um instrumento é sem dúvidas um ato de coragem e
renuncia, cada segundo dedicado aos estudos é levado em
consideração, por isso, tire um tempo do seu dia em que você se
dedique 100% ao seu instrumento longe de internet, celular e redes sociais.
O Hábito faz o monge, sendo assim, crie rotinas de estudo, seu professor irá
lhe orientar para que seus estudos sejam sempre produtivos. Cada fase é de
extrema importância, desde uma simples digitação até uma partitura, toda a
sua “caminhada” na música deve ser aproveitada ao máximo, não pule etapas.

s norte-americanos prezam muito a expressão “attitude” . Esta, assim

O como uma série de termos em inglês, não possui uma tradução literal,
mas pode ser definida como a maneira que encaramos a música dentro
de nosso contexto diário. Cada pequeno detalhe é encarado com uma grande
seriedade e pensamento positivo para nosso verdadeiro desenvolvimento.

Estude sempre com sua atenção focalizada. Nossa mente é como uma câmera
que registra informações em nosso arquivo central (cérebro) e este, como os
próprios computadores, não tem critério do que é certo ou errado. Sendo
assim, registre cada informação com muita cautela. Estude absorvendo
quantidades pequenas de informações. Respeite seu próprio tempo!

O processo de aprendizado é cumulativo, tudo o que você aprender será


utilizado durante vários anos em sua carreira musical, por isso, cada tópico
deve ser sempre reestudado. A sua ótica em relação a esses mesmos assuntos
amadurecerá proporcionalmente à sua evolução.

Tenha cuidado, também, com sua postura, pois a maneira como você “sente” e
“veste” seu instrumento será fundamental para definir sua técnica e fluência.
Uma má postura pode acarretar sérios problemas de coluna, membros
superiores e mãos. Cuidado com a altura da correia da guitarra, apesar de
esteticamente os “roqueiros” de plantão preferir se utilizar a famosa
postura ”bad boy”, com a guitarra na altura do joelho. Na verdade, esta não é a
postura mais confortável para se estudar guitarra! Tenha como exemplo
“monstros” das seis cordas que tocam com a guitarra numa postura correta:
George Benson , Frank Gambale, Les Paul, Mozart Mello , Jonh Mclaughlin,
entre outros.

A técnica, que nada mais é do que uma habilidade mecânica, existe não para
dizermos que somos mais rápidos do que aquele outro guitarrista. Não se trata
de uma corrida o onde quem é o mais rápido chega primeiro ao pódio. A
técnica existe para que não haja limitações físicas na execução. Ela permitirá a
você tocar qualquer coisa, qualquer sequência de notas que sua imaginação
criar.

Para alcançar a tão almejada técnica, incorpore a essência de assuntos


tratados acima através das seguintes diretrizes:

• Praticar lentamente: vale mais a qualidade que a quantidade e,


lembrese devemos ser como um trem que parte da estação lentamente,
e aos pouco, vai pegando velocidade, sempre em direção ao seu
destino.

• Positividade: complementando o quesito “attitude” você nunca deve se


pressionar dizendo “ tenho que acertar, não posso errar” Isso pode
causar-lhe um grave bloqueio mental. Não se apresse , não se
pressione; assim, sua mente não perderá tempo nem atenção em outros
fatores.

• Concentração: é exatamente o complemento do que citamos acima.


Não devemos estudar vendo TV, pensando no fim de semana etc.
Concentre-se no estudo, no que você recentemente estiver estudando.

• Não gaste muito tempo no mesmo exercício: delimite um tempo


máximo para cada exercício. Isso evitará problemas físicos associados a
movimentos repetitivos, como síndrome do túnel do carpo.

Siga este caminho e curta a sua viagem através das estradas da música!
Texto de Wanderson Bersani
Conhecendo seu Instrumento
É fato que é importante você saber as partes do violão, pois na necessidade de
algum reparo nele você poderá saber proceder.

Nas figuras abaixo você poderá observar cada parte detalhada

Observe que o violão possui três partes principais:


Cabeça (headstock), Braço (neck) e Corpo (body).

Na cabeça é onde encontramos as tarraxas e prendemos as cordas para afiná-


las.
O braço é onde se encontram os trastes, pestana e é ainda onde mudando a
distância das cordas apertando-as nas casas isso é o que geras as notas
diferentes.

O Corpo é onde o som produzindo pela vibração das cordas é “amplificado” a


pestana (que pode ser de osso ou plástico) transfere a vibração das cordas para
o Cavalete (peça de madeira) e esta distribui para o Tampo (parte frontal do
corpo) e este vibra em todo o interior do corpo do violão. O som por sua vez sai
pela boca.

Cada parte dessa, seu tamanho, constituição, tipo de madeira ou material


influência diretamente não só na “qualidade”, mas nas características do som do
instrumento
Exercícios e adaptação ao Instrumento

Cromátismo é sucessão de notas executadas sucessivamente em semitons.


Vamos aproveitá-lo para trabalhar a coordenação motora dos dedos.

• Os números representam os dedos da mão esquerda


TEORIA MUSICAL
Nesta seção nós temos o início da teoria musical em termos de formação
de acordes. Preste bastante atenção, pois pode parecer moleza, mas você
iniciante precisa estar a par dos conceitos abaixo, pois eles serão fundamentais
em nosso aprendizado. Então vamos a eles:

“Música - Arte científica de combinar os sons, obedecendo aos


critérios do ritmo, melodia e harmonia”

• Os três elementos fundamentais da música

Melodia - combinações de sons sucessivos com alturas de valores diferentes,


dando um certo sentido lógico músical;

Harmonia - combinações de sons simultâneos e as relações que eles


estabelecem entre si. Também pode ser definida como a ciência que estuda os
acordes e a maneira de conecta-los;

Ritmo - a maneira como os sons e silêncios são organizados, produzindo a


pulsação rítmica.

Em síntese, a música é feita pela execução de sons diferentes, mas que


tenham coerência entre elas.

Os Acordes
Antes de tudo, quero deixar uma coisa bem definida: NOTA É DIFERENTE DE
ACORDE, pois:

• Nota - É a menor divisão de um acorde (som isolado)

• Acorde - É a união de várias notas, em harmonia, formando assim


um único som.
• Intervalo – Distancia entre dois sons

• Semitom - É o menor intervalo entre dois sons, (avança uma casa). Ex:
C-C#, D-D#, etc...

• Tom - É intervalo formado por dois semitons, (pula uma casa). Ex.: C-D,F-
G, etc...

Ordem das notas musicais


As notas musicais são – Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si.

CIFRAGEM : É uma forma de escrita musical usada para representar


principalmente os acordes. Para tanto são usadas letras do alfabeto, números,
símbolos musicais, símbolos da matemática e outros recursos gráficos, isto
porque existem muitos tipos diferentes de acordes.

TIPOS DE NOTA DÓ RE MI FA SOL LA SI


ACORDES S
CIFRA C D E F G A B

MAIORES ➔ C D E F G A B
MENORES ➔ Cm Dm Em Fm Gm Am Bm
SUSTENIDO ➔ C# D# E# F# G# A# B#
BEMOL ➔ Cb Db Eb Fb Gb Ab Bb
Com SÉTIMA ➔ C7 D7 E7 F7 G7 A7 B7
DIMINUTO ➔ C° D° E° F° G° A° B°

Esses símbolos podem ser combinados. Ex: C#m7 (Dó sustenido menor com sétima), Eb°
(Mi bemol diminuto).
Na cifra os números são lidos sempre de forma ordinal e não cardinal, ou seja, 9 = nona,
4= quarta
Nomes das cordas soltas

As Cordas do Violão, Guitarra, Contrabaixo etc. São contados de


baixo para cima, ou seja, a Primeira corda seria a “Mizinha” (mais
aguda).

Veja o Exemplo abaixo:

1ª corda Mi (E)
2ª corda SI (B)
3ª corda Sol (G)
4ª corda Ré (D)
5ª corda Lá (A)
6ª corda Mi (E)
Notas na extensão do Braço

As notas na extensão do braço é o resultado da construção da escala


cromática em sua estrutura. Essa forma pode ser aplica também para outros
instrumentos como violão e contrabaixo. Lembrando que a escala cromática é
formada por semitons (semitom é a menor distância entre as notas).

Exemplo:
C C# D D# E F F# G G# A A# B C

• enarmornia: é o termo quando um mesmo som possui mais de um


nome. Por exemplo, Dó sustenido é o mesmo que Ré bemol.

Confira os demais exemplos abaixo:


Séries Cromáticas

SÉRIE 1 SÉRIE 2 SÉRIE 3 SÉRIE 4


1234 2134 3124 4123
1243 2143 3142 4132
1324 2314 3214 4213
1342 2341 3241 4231
1423 2413 3412 4312
1432 2431 3421 4321

Observações técnicas:

➢ Praticar individualmente as combinações de cada


série;
➢ Praticar os pares (combinando de duas em duas ou
mais);
➢ Praticar com saltos de cordas;
➢ Praticar com acentuação em semicolcheias, tercinas e
sextinas;
➢ Praticar sempre com palhetada alternada;
➢ Praticar eventualmente com ligados;
➢ Praticar sempre com metrônomo;
➢ Praticar a princípio em velocidade lenta, e aumentar
gradualmente sem perder a precisão.
PRIMEIRAS MÚSICAS

Nesta música usaremos as cordas B (2 corda) e E (1 corda).


Nesse caso usaremos a E (1 corda) B (2 corda) e G(3 corda) na nota Sol 3
( nota sol solta).
Usaremos nesse caso uma nova nota Si bemol (Bb) cuidado com a articulação nessa
música, siga as orientações do professor.
PRIMEIROS AC0RDES- “ATALHOS”

“Atalhos” é uma metodologia onde um acorde se conecta com o outro através


da semelhança na digitação de acordes vizinhos, por exemplo.
Nos exemplos abaixo temos os Acordes de Dó maior e Lá menor, ambos
têm os dedos 1 e 2 na formação do acorde, a diferença nesse caso está no
dedo 3.
Observe a semelhança nos outros exemplos

Ex1:

Ex2:
Ex3:

Nesse exemplo não temos nenhum “atalho”, porém é uma sequência de


Acordes que usaremos bastante.
FIGURAS MUSICAIS, RITMO E NOTAÇÃO MÚSICAL

Na música os ritmos e o tempo são imprescindíveis para que a mesma


aconteça, nessa parte falaremos um pouco sobre a propriedade de tempo na
música.

A música é dividida ou medida em compassos construídos com barras ou tra-


vessões. O fim de urna peça ou de uma seção dentro da peça é indicado por
uma barra dupla.

Quando ouvimos uma música "batendo" o seu compasso, talvez com o pé, es-
tamos marcando o número de tempos (ou de batidas) por compasso, ou seja,
marcando o "tempo" ou a "métrica" da música.

Compasso binário 2 tempo do compasso Um dois

Compasso Terná- 3 tempos por compasso Um, dois, três


rio
Compasso Quartená- 4 tempos por compasso Um, dois, três, quatro
rio
Estudos de Acordes- Ritmos e Levadas
RITMOS COM LIGADURA E PONTO DE AUMENTO
Compasso Ternário (três tempos por compasso)

Acordes com Sétima 7 (Dominantes)


Acordes sus (4 ou 9 suspensa)
NOVO DIA- ESTUDO
PESTANA

Pestana é o nome que damos quando prendemos mais de uma nota com um determinado
dedo, seja ele qual for. Veremos as pestanas no modelo de E e A.
SUGESTÕES PARA ESTUDO
Texto retirado do livro “Tocando com concentração e emoção” de Marcia Kazue
Kodame

Repetição: é algo imprescindível no estudo de música. É a única maneira de


adquirir a automação de qualquer aspecto técnico-musical. Mas ao mesmo
tempo em que a repetição é indispensável, ela necessita de alguns cuidados
para não criar certos inconvenientes.

1) O excesso de repetição gera saciedade, por isso, ficar repetindo


inúmeras vezes só por repetir, sem um propósito específico, não é
muito benéfico. Como por exemplo, repetir em seguida 50 vezes um
mesmo trecho que não oferece dificuldade é prejudicial pois, após ser
tocado algumas vezes, esse trecho já estará automatizado, e as
repetições, depois de seu domínio, não trarão novos benefícios, apenas
aborrecimentos e por consequência, se tornará uma atividade inútil e
cansativa.

2) A repetição deverá ser feita da forma mais precisa possível, pois ao


repetir com erro, em vez de melhorar, fixará o erro; e quando mais
repetir, mais difícil ficará para consertá-lo.

Ao tomais cuidado em não errar, automaticamente se prestará mais


atenção e o não errar o trecho resultará em um som mais agradável
então, atraindo mais a concentração.
3) O ideal seria realizar as repetições trabalhando, não só o lado técnico,
mas também o lado interpretativo, pois quando melhor for o resultado
sonoro, mais agradável será a realização das repetições. Outro motivo
importante é a retenção do som na memória. Ao repetir os trechos de
uma forma só técnica, o ouvido se acostumará com o som duro, bruto, e
frio, sem contar que poderá adquirir muitos vícios interpretativos.

Estudar por partes: Geralmente. Quando necessitamos decorar um texto


relativamente longo, nós decoramos parte por parte; se tentarmos decorar
lendo o texto inteiro, ao terminar de ler, já não recordaremos de como era o seu
início, mas
o lermos apenas uma frase é plenamente possível lembrar da frase
completa.

Na música acontece o mesmo processo. Ao lermos a peça completa, é muito


difícil lembrarmos quais as notas que foram tocadas, pois além da nossa
memória ter uma capacidade limitada, a necessidade de ler muitas notas faz
com o que a consciência dirija toda a sua atenção a essa atividade, dificultando
a observação e a memorização, mas ao estudarmos apenas a primeira frase,
seremos capazes de lembrar de muito mais detalhes. A leitura de poucas notas
possibilita à consciência observá-las melhor e mantê-las mais tempo na mente,
permitindo assim, a memorização.
Por exemplo: Nós captamos muito mais informações de uma peça se a lermos
repetindo 20 veze, compasso por compasso, do que ao lermos 20 vezes a
mesma peça do começo ao fim. Portando, recomendo trabalhar trecho curto,
mais ou menos 1 compasso, mais a primeira nota do compasso seguinte (para
trabalhar a passagem de um compasso ao outro).

Estude devagar: Para conseguir correr é preciso saber andar. Essa lei da
natureza que é tão simples, parece ser desconhecida por muitos alunos de
música que insistem estudar apenas num andamento alucinante, sem ter a
necessidade de tocar tão rápido. Eles não tem paciência e nem querem tocar
devagar e parece que só conseguem tocar “no tranco”, ou seja fazer a mão
tocar através dos seus movimento (da mesma forma que um veículo é ligado
do tranco).
Isso acontece, principalmente, quando o aluno estuda desenvolvendo apenas a
memória digital e auditiva, não tendo consciência do que está tocando, só
automatizando os movimentos das mãos. O não tocar devagar vem do não
conseguir tocar devagar. Quando se toca num andamento muito lento, a
memória digital falha e sem a memória digital é preciso ter consciência das
notas para poder tocar e, para ter essa consciência, é preciso estudar devagar.

Análise: A análise proporciona ao aluno entendimento e uma visão muito mais


clara, detalhada e intensa das músicas, permitindo também a associação entre
as estruturas de todas as músicas estudadas.
Ao trabalhar uma música analisando-a, o aluno não estará estudando apenas
esta música, mas também a estruturação musical, e ao dominar esta
estruturação, terá condições de facilitar à leitura, a análise, a interpretação, a
compreensão e a memorização de todos as músicas em geral.
Esse domínio e essa facilidade proporcionada pela compreensão estrutural
podem poupá-lo de muitas tarefas desgastantes, e o resultado rápido do seu
trabalho motivará o aluno a estudar mais e mais.

PRIMEIROS SOLOS NA TABLATURA

Tablatura um sistema notacional usado para fornecer informações detalhadas


de onde as notas devem ser executadas na escala da guitarra.
A TAB aparece abaixo do sistema de notação convencional como seis linhas
horizontais que representam as cordas do Violão ou guitarra, a partir da sexta
corda (mais grave) na parte mais baixa indo até a primeira corda (mais aguda)
na parte de cima.
Sobre estas linhas, números representam as casas onde você deve colocar
seus dedos. Por exemplo, uma nota A na segunda casa, terceira corda, será
representada como um número 2 sobre a terceira linha para baixo na TAB.
Cordas soltas são mostradas com um 0. A clave, a armadura de clave e a
fórmula de compasso são mostradas na notação tradicional.
Aprenderemos algumas músicas que lhe ajudarão a ter uma melhor
percepção das notas e casas do violão, vamos aos Exemplos;
RITMOS E LEVADAS

Como Já Sabemos o Ritmo é um dos elementos que fazem a música


acontecer. Existem diversos Ritmos e Gêneros musicais espalhados pelo
mundo.
Cada País tem sua música regional, no Brasil por exemplo, temos o Samba,
bossa, Axé. MPB, Xote, Vaneira Gaúcha, dentre outros.
Nos Estados unidos, por exemplo, temos o Blues, Country, Jazz, Bluegrass,
RockaBillie entre outras vertentes.

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