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1 Émile Durkheim
Em sua obra Durkheim previa que os estudos sobre a sociedade deveriam ser
obtidos de forma empírica, contradizendo a filosofia que trabalhava a sociedade por uma
perspectiva dedutiva já que trabalha os conceitos da sociedade por meio de
questionamentos do que se conhece da natureza humana, assim se opunha aos meios
filosóficos de estudo da sociedade, acreditando que para consolidar a Sociologia como
ciência era necessário se afastar da filosofia.
1.2.2 Objetividade
2 Karl Marx
Karl Marx nasceu em 1818 em Trier, região que posteriormente veio a pertencer à
unificada Alemanha. Marx, apesar de ser filósofo de formação, foi um importantíssimo
revolucionário social por formular diversas teorias sobre a sociedade baseadas num
período de mudanças extremas no âmbito social, especialmente no que tange a política
e a economia. O autor, que teve ao longo de toda a sua produção acadêmica a
participação e o suporte de um fiel Friedrich Engels, foi sempre considerado um grande
intelectual que, ao morar em diversos países da Europa, conviveu com diversas
realidades e se relacionou com muitas lideranças de movimentos políticos e seus
respectivos acadêmicos (como por exemplo, Proudhon na França). Esse relacionamento
e contato com outras culturas proporcionaram a Marx e Engels uma visão privilegiada
dos abusos cometidos contra a classe trabalhadora, trazendo aos autores um certo
desejo de revolução.
Ainda que nem Marx ou Engels fossem membros da classe trabalhadora, sua
preocupação com a lógica de exploração advinda da Revolução Industrial para com esta
classe era pungente. Enquanto se envolviam em movimentos políticos, os autores tinham
uma vontade ávida de entender e explicar a vivacidade do capitalismo e as
consequências que seu avanço trazia para a sociedade.
É dentro dessa concepção de consequências do capitalismo que os autores
classificam a história social como uma ininterrupta luta de classes. Para eles, a sociedade
capitalista é dividida em duas classes: burguesia e proletariado sendo a primeira a
detentora dos meios de produção e compradora da força de trabalho da segunda.
Talvez uma semelhança tangente à obra destes dois autores seja que ambos
viveram em períodos conflituosos da história e presenciaram mudanças drásticas na
estrutura social, no entanto, as diferenças em seus métodos de análise são gigantescas.
3 Max Weber
Max Weber nasceu em 1864 em Erfurt, na Alemanha. Fez sua carreira acadêmica
desde jovem ganhando bastante destaque nas áreas de economia, direito e sociologia.
A passagem de Weber pela história – que foi deveras breve, deve-se acrescentar
– foi marcada de uma obscuridade e descontentamento com o mundo muito fortes. Weber
chegou a ser afastado da posição de professor nas Universidades de Freiburg e
Heidelberg devido a um colapso nervoso e tanto esse quanto outros episódios refletiram
sobre a visão que o autor deu às suas obras e sobre a sua própria perspectiva da
sociedade.
Max Weber tem uma visão muito mais individualista da sociedade. O autor acredita
que é o ser humano quem constrói a história e, portanto, ele quem constrói a sociedade
por si só. Weber acredita que as ações individuais têm impacto sobre o que virá a ser da
história social e não o contrário.
Weber acredita que as ligações entre as ações individuais é que formam o conjunto
social. Essas ligações se dariam devido ao fato de que as ações individuais são
motivadas por fins comuns, resultando em atitudes similares e provando que seus
significados são partilhados por vários indivíduos de um mesmo conjunto cultural, ou
sociedade.
Enquanto Durkheim entendia que a sociologia deveria ser uma ciência dotada de
absoluta objetividade, Weber acreditava que isso era impossível de ser alcançado, uma
vez que a própria escolha do objeto de estudo é uma ação social dotada de sentidos
subjetivos.
4 Referências bibliográficas
DURKHEIM, E. As formas elementares da vida religiosa. São Paulo: Martins Fontes, 1996
(Texto originalmente publicado em 1912).
MARX, Karl. & ENGELS, Friedrich. A Ideologia Alemã. Zahar Editora. Rio de Janeiro.
1965.
MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. A Ideologia Alemã. São Paulo: Boitempo Editorial, 2007.
WEBER, M. A “objetividade” do conhecimento nas ciências sociais. Coleção Ensaios
Comentados. São Paulo: Ática, 2006.
WEBER, Max. A Ética Protestante e o “Espírito” do Capitalismo. São Paulo: Cia das
Letras, 2004
QUINTANEIRO, Tania; BARBOSA, Maria Ligia de Oliveira; OLIVEIRA, Márcia Gardênia
de. Um toque de clássicos: Marx, Durkheim e Weber. 2. ed., rev. e ampl Belo Horizonte,
MG: Ed. UFMG, 2002.