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08/08/2019 Ódio às Humanidades, Ódio à Democracia: ciências humanas e a parte dos sem-parte | HH Magazine

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Ódio às Humanidades, Ódio à Democracia: ciências


humanas e a parte dos sem-parte
Post on: 15/05/2019

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N
o Brasil do bolsonarismo, as Ciências Humanas tornaram-se alvo. Em abril de 2019, por
exemplo, o atual ministro da Educação a rmou que sua gestão, recém-iniciada, estava
“estudando” a retirada de nanciamento aos cursos e pesquisas em Humanidades, por
considerá-las de pouca utilidade para o país. Não só isso, evidentemente: mais de uma vez, no que já se
tornou um lugar-comum irritante, os bolsonaristas acusaram estas áreas, ainda que sem provas, de
“doutrinação”, “politização” e “partidarização”, repetindo o mesmo gesto inaugurado há alguns anos pelo
movimento-empresa Escola sem Partido. As consequências destes assaltos coordenados estão aí para
quem quiser vê-las: em nenhum outro momento da história brasileira, a existência mesma das Ciências
Humanas correu um risco tão grande – junte-se a isso os cortes, porque cortes são, indiscriminados nos
orçamentos das universidades públicas federais e temos um estado possivelmente catastró co para a
educação e a inteligência nacionais. Na nação sonhada por Jair Bolsonaro, portanto, parece não haver
lugar algum para o conhecimento, quanto mais para aquele produzido pelas Humanidades e seus
pro ssionais, reiteradamente vili cados pelo presidente e seus sequazes.

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De certo modo, este antagonismo às Ciências Humanas desvela mais um aspecto do “ódio à democracia”
bolsonarista, para usar a expressão de Jacques Rancière (2014) – o que não é surpreendente, vindo de
uma administração cuja gura máxima já exaltou torturadores, elogiou autocratas, pediu o fechamento
do Congresso Nacional, celebrou a ditadura civil-militar de 1964 e declarou querer fuzilar seus
oponentes. Aqui, certamente o “excesso” (já voltarei a essa palavra) produzido pelas Humanidades revela-
se intolerável a quem tem como norte uma “visão bélica da política” (ABRANCHES, 2019) e nada mais.
Igualmente, para a agenda ultraconservadora e fundamentalista pregada por integrantes do alto escalão
governamental, as Ciências Humanas também se revelam perigosas, pois desestabilizam as certezas,
supostamente atemporais, e os essencialismos que as regem. Para quem crê em “Brasil acima de todos e
Deus acima de tudo”, uma declaração de guerra à pluralidade e ao secularismo fundamentais à
democracia, as Humanidades não devem ser nada menos do que “balbúrdia” – e, consequentemente,
precisam ser eliminadas da vida nacional. Se não se pode simplesmente fechar cursos, encerrar pesquisas
e cassar docentes, o provável sonho dourado da extrema-direita, então, ao menos, pode-se estrangulá-los
economicamente até tornar suas existências inviáveis.

Mas voltemos a Rancière. Segundo ele (2014, p. 17), a democracia, para ser vivida satisfatoriamente,
deve ser o “reino do excesso”, em que a coletividade está constantemente questionando seus próprios
limites e a rmando seu direito em participar ativamente da discussão acerca dos negócios públicos e seu
destino – a “parte dos que não tem parte”, em sua colocação seminal (RANCIÈRE, 2014, p. 17). Nessa
concepção, a democracia não se resume a uma forma de governo, mas é, antes de tudo, a maneira pela
qual um sujeito tem de ser fazer visível, legível, audível e de reclamar sua parte no demos. Por isso, conclui
o intelectual, o movimento democrático é tanto uma “transgressão dos limites, um movimento para
estender a igualdade do homem público a outros domínios da vida comum” quanto a rea rmação “do
pertencimento dessa esfera pública incessantemente privatizada a todos e qualquer um” (RANCIÈRE,
2014, p. 75). Consequentemente, o temor e a aversão a esse movimento demonstrados por aqueles e
aquelas que não só desejam perpetuar a privatização da ágora, sufocando vozes dissidentes, mas por
todos e todas a quem a igualdade, real ou desejada, dos sujeitos se assemelha a uma ofensa grave. Mas
como e por que, então, esse ódio à democracia se transforma, no contexto brasileiro, em ódio às
Humanidades? Fiquemos com dois exemplos, para melhor demonstrarmos esta questão.

No caso da História, que é minha área de atuação, uma das manifestações mais perceptíveis deste
sentimento é a profusão de negacionismos de todos os tipos, especialmente no que se refere à última
ditadura civil-militar e à escravidão, verdadeiras “expropriações da história” (GRÜNER, 2010, p. 535),
representados tanto por empreendimentos comerciais mais organizados, como o Brasil Paralelo e os
guias politicamente incorretos de história, quanto por declarações destemperadas de alguns dos novos
donos do poder (“os portugueses nunca escravizaram ninguém!”, “o nazismo é de esquerda!”, etc.). Já os
mencionei em outro lugar (AVILA, 2019), mas é importante ressaltar uma vez mais que estas narrativas
visam negar ou minimizar a realidade das feridas históricas da sociedade brasileira, ou seja, não
reconhecem que determinadas injustiças e desigualdades atuais são também resultantes de processos
históricos especí cos e, através dessa operação, silenciam sobre nossas violências fundadoras e
estruturais. Do mesmo modo, essa ausência de reconhecimento passado implica em uma ausência de 

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reconhecimento presente: se não há nada na história que explique profundamente as desvantagens


contemporâneas de várias coletividades, então não há necessidade para reparações históricas de
qualquer tipo. Sem feridas históricas, não há máculas atuais: o efeito mais perverso disso é a
desumanização de uma intensa parcela da população brasileira – os “sem parte”, a quem é negado
inclusive o “direito à história” (ARAÚJO, 2017). Vejamos, à título de ilustração, o que o fundador da Escola
sem Partido, politicamente próximo do bolsonarismo, escreveu, quando da polêmica em torno da
(natimorta) BNCC. De acordo com ele, se a Base fosse aprovada, os e as estudantes brasileiros iriam
“estudar os mundos ameríndios, africanos e afro-brasileiros; interpretar os movimentos sociais negros e
quilombolas; valorizar e promover o respeito às culturas africanas e afro-americanas”. Para o ideólogo, os
“sem parte” deveriam continuar relegados à “antessala da história” e contentar-se com sua condição
permanentemente subalterna – a nal de contas, para os seus brios, é um “assombro” que estes atores e
processos históricos sejam estudados por nossos e nossas alunas.[1]

Da mesma maneira, a insurgência bolsonarista e arquiconservadora contra a “ideologia de gênero”, seja lá


isso o que for, para voltarmos a outro exemplo recorrente, pode ser entendida sob o prisma desse ódio à
democracia. Aqui, o des le de corpos e vidas não disciplinados pela lógica binária e essencialista dos
discursos reacionários se torna um espetáculo inadmissível para quem anseia controlar desejos, amores e
disposições alheias até seu âmbito mais ín mo; a simples constatação, de outro modo pouco radical, de
que gêneros são construídos histórica e socialmente, não se confundindo com o sexo biológico dos
sujeitos, é transformada em uma “ameaça à família” (branca, patriarcal e heteronormativa), devendo,
inclusive, ser criminalizada para o “bem da nação”. Basta uma outra olhadela no sítio da Escola sem
Partido para veri car esta demonização in situ: ali, docentes de Ciências Humanas são, dentre outros
absurdos, acusados de estimularem a pedo lia, o preconceito contra “pessoas normais” (heterossexuais,
presume-se), de sexualizarem crianças e de não respeitarem os “valores familiares”. Para um dos
colaboradores, trata-se, em última instância, da imposição do “totalitarismo”, esse outro grande inimigo
sempre à espreita do cidadão de bem, ao Brasil através da “ideologia do gênero” – Stalin guiado pela mão
de Pablo Vittar, digamos.[2] É evidente que, por trás do verniz de uma discussão intelectual legítima, o
que temos aqui é uma incapacidade de imaginar o “excesso” democrático representado pelas demandas e
perspectivas de vida das pessoas LGBTQ.

Para além disto, as invectivas contra as Humanidades também se alinham à racionalidade neoliberal, em
sua versão autoritária, representada pelo projeto bolsonarista. A ideia de que as Ciências Humanas
seriam um luxo dispendioso e supér uo, sem utilidade alguma para as nações é um dos traços mais
signi cativos desta nova razão do mundo (DARDOT & LAVAL, 2015). Como escreveu Wendy Brown
(2015, p. 175-200), ao formular tudo em termos de investimento de capital e ao estender a lógica do
mercado para todos os aspectos da existência, o neoliberalismo só consegue conceber a educação em
termos de uma aplicabilidade instantânea ou de auto capitalização e não como um bem público que ajuda
na preparação dos indivíduos para a vida democrática, malgrado seus limites. Por isso, a sua obsessão
com métricas avaliativas que medem o “impacto” de determinadas áreas e pesquisas e a constante
hierarquização entre campos mais ou menos úteis para a produção de capital humano. Nesse sentido, de
acordo com a cientista política, o único horizonte para a educação é o de propiciar o “retorno do 

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investimento” e a acumulação de capital humano, sem quaisquer outras possibilidades – a educação como
auto invenção, re exão continuada sobre problemas especí cos, para além de sua simples aplicabilidade,
e prática democrática é esvaziada em prol da produção de seres humanos serializados, na conhecida
formulação sartreana. Quando, em entrevista ao Estado de São Paulo, o titular do MEC reduz as
universidades públicas, em particular, à meras “prestadoras de serviços” aos “pagadores de impostos”, ele
busca colonizar a educação superior, um dos poucos espaços em que a racionalidade neoliberal ainda não
obteve hegemonia, com a linguagem e as práticas advindas do âmbito corporativo e que só admitem a si
mesmas. Nessa lógica, a ideia de que, segundo o dileto professor, um lho de agricultores queira ser
antropólogo só pode mesmo ser absurda.[3]

No mundo desdemocratizado da racionalidade neoliberal, só restariam aquilo que Ricardo Piglia chamou
de “administradores do senso comum”, ou seja, seres incapazes de pensar além dos horizontes lhes
impostos pelas normas dominantes. É também por isso, em larga medida, que as Humanidades se
encontram sob ataque cerrado, já que desa am, por simplesmente existirem, estas imposições. É através
delas que nossas democracias podem pensar seus “excessos”, para retornarmos a Rancière, e que sujeitos
invisíveis, inaudíveis e ilegíveis pela ordem dominante podem reclamar sua parte no demos e é através
delas que podemos operar o desencantamento e a crítica de tudo aquilo que querem nos apresentar
como “natural” (“meninos usam azul, meninas usam rosa!”). Mas, mais do que isso, é somente a partir das
Ciências Humanas, quaisquer que sejam elas, que podemos pensar nossos problemas e situações para
além do instantâneo e do imediato, recolocando nossos problemas em outras perspectivas que não sejam
a da urgência demandada pela aceleração neoliberal. Quando nos acusam de “doutrinação” e
“ideologização”, e reduzem todas nossas re exões a espectros concebidos por delírios reacionários (“é
preciso acabar com o marxismo cultural!”), os nossos e nossas antagonistas revelam, na verdade, o
desconforto que as Humanidades podem, e devem, in igir nas certezas autoritárias, venham de onde
venham. Quando o presidente da República e seus sequazes nos acusam de “balbúrdia” e inventam
mentiras e notícias falsas a nosso respeito, não estão fazendo nada mais do que repetir gestos
autoritários e de ódio à democracia representada pelo exercício livre da faculdade crítica que somente as
Ciências Humanas podem criar ou estimular. Se com elas já vivemos em um contexto insanamente
repleto de fake news, a rmações descabidas, pós-verdades e negacionismos de toda a sorte, sempre
pronto para serem instrumentalizados politicamente, sem elas não restaria oposição alguma a esse
descalabro. O preço da ignorância é alto, sabemos.

Por outro lado, e já encerrando esta breve intervenção, é preciso ter em vista que estas ofensivas não
cessarão, justamente porque as condições sociais que permitiram a ascensão e a legitimação das Ciências
Humanas mudaram radicalmente e não há mais consenso algum, quanto mais garantias, sobre sua
importância e relevância. Sendo assim, não podemos pressupor que aquilo que valia para Estados-nação
do século XX ou a economia industrial da centúria seguinte continue valendo para o nosso tempo: o
enfraquecimento das comunidades imaginadas nacionais, a nanceirização do capitalismo, a aceleração
temporal e social, a precarização do trabalho, o recrudescimento de autoritarismos diversos, o
enfraquecimento das democracias liberais, a implosão dos Estados de bem-estar social, a catástrofe

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ambiental em curso e a descolonização cognitiva do Sul global, dentre várias outras coisas, nos forçam a
repensar as Ciências Humanas para muito além do que eram seus postulados e missões nos últimos
duzentos anos e de suas tradicionais, e renhidamente defendidas, divisões disciplinares.

Defender as Humanidades signi ca, en m, advogar por formas de pensamento que não se resumam a
uma “interpretação estatística de nossas vidas” (ELLISON, 1995, p. 17), ao gosto dos neoliberais e sua
pobreza imaginativa, e que não se contentem com a simples exposição inerte de dados e fatos, a distopia
educacional dos ideólogos “sem partido” que, contudo, servem muito bem aos senhores de sempre.
Protegê-las implica em reconhecer seu papel fundamental no fomento de dissensos onde o “silêncio
imposto” e a “quietude normalizada” (SAID, 2007, p. 164-165) são tomados como virtudes pelos donos do
poder – algo assustadoramente real no Brasil bolsonarista, com seu apreço pela violência, a torpeza e o
obscurantismo (“dá um tapa que te dou outro!”, “não te estupro porque você não merece”!),
especialmente contra os setores mais fragilizados da sociedade – o “excesso” que, a todo custo, ele se
dedica a combater e a tentar suprimir em seus despautérios autoritários. A estes, certamente a Ciências
Humanas só podem mesmo causar aversão, temor e ódio – e isso, no m das contas, é bom. Que tenham
medo, portanto. Seguiremos por aqui, com a coragem e a serenidade de quem sabe que nenhuma “nova
era” é perene.

Resistimos porque existimos.

NOTAS
[1] http://escolasempartido.org/artigos-top/576-quem-deve-aprovar-a-bncc
(http://escolasempartido.org/artigos-top/576-quem-deve-aprovar-a-bncc)

[2] http://escolasempartido.org/artigos-top/578-totalitarismo-atraves-da-educacao
(http://escolasempartido.org/artigos-top/578-totalitarismo-atraves-da-educacao)

[3] https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,ministro-defende-tirar-bolsa-familia-de-aluno-
agressor,70002785912 (https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,ministro-defende-tirar-bolsa-
familia-de-aluno-agressor,70002785912)

BIBLIOGRAFIA

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ARAÚJO, Valdei. O direito à história: o(a) historiador(a) como curador(a) de uma experiência histórica
socialmente distribuída. In GUIMARÃES, Géssica; BRUNO, Leonardo & PEREZ, Rodrigo. Conversas
sobre o Brasil: ensaios de crítica histórica. Rio de Janeiro: Autogra a, 2017.

ABRANCHES, Sergio. Polarização radicalizada e ruptura eleitoral. In: ABRANCHES, Sergio et al (org.).
Democracia em Risco? 22 ensaios sobre o Brasil de hoje. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.

AVILA, Arthur Lima de. Qual passado usar? A historiogra a diante dos negacionismos (artigo). In: Café
História – história feita com cliques. Disponível em: https://www.cafehistoria.com.br/negacionismo-
historico-historiogra a/

BROWN, Wendy. Undoing the Demos: neoliberalism’s stealth revolution. New York: Zone Books, 2015.

DARDOT, Pierre & LAVAL, Christian. A Nova Razão do Mundo. São Paulo: Boitempo, 2015.

ELLISON, Ralph. That same pain, that same pleasure. In: Shadow & Act. New York: Vintage, 1995.

GRÜNER, Eduardo. La Oscuridad y las Luces: capitalismo, cultura y revolución. Buenos Aires: Edhasa,
2010.

RANCIÈRE, Jaques. O Ódio à Democracia. São Paulo: Boitempo, 2014.

SAID, Edward. O papel público dos escritores e intelectuais. In: Humanismo e Crítica Democrática. São
Paulo: Companhia das Letras, 2007.

SOBRE O AUTOR

Arthur Lima de Avila


(https://hhmagazine.com.br/author/arthurlimadeavil
a/)
(https://hhmagazine.com.br/author/arthurlimadeavila/)

Professor do Departamento de História, do Programa de Pós-Graduação em História e do


ProfHistória da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

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