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a-) Associação: Beneméritas, isto é, favorecem terceiros sem finalidades lucrativas, isso não
as impedem de lucrar. As mesmas podem ter finalidades: educacionais, esportivas, sociais e
etc. ( APAE)
b-) Sociedade: Possui uma finalidade lucrativa, ninguém monta uma sociedade sem o
objetivo de obter lucro. As sociedades físicas estão perdendo, cada vez mais, espaço para as
sociedades online.
DOAÇÕES
BENS FUNDAÇÕES
TESTAMENTO
- Fundação: como próprio esquema retrata acima, uma fundação não é constituída por
pessoas e sim por bens, NECESSITA POSSUIR UMA FINALIDADE SOCIAL. Essa pessoa
jurídica se mantém através de doações. ( Médico sem Fronteiras, FGV e etc.)
PATRIMÔNIO + FINALIDADE= FUNDAÇÃO
Obs :A polêmica envolvendo fundações é a respeito de como elas podem servir como
mecanismo para lavagem de dinheiro, já que, o dinheiro doado a uma finalidade social
não pode ser questionado quanto a sua origem.
Obs 2: Quando acaba o objeto que dava finalidade a fundação, o que acontece? R: O
patrimônio dessa fundação é destinado a fundações com objetos e finalidades
semelhantes, ou seja, o dinheiro NUNCA é “pego de volta”.
II-) Requisitos de formação:
- Vontade humana: Logicamente é necessário que se tenha, por parte do fundador, uma
vontade expressa.
- Observância dos requisitos legais: Não se pode formar uma sociedade civil sem registro,
sendo que para as fundações-seja para constituí ou extingui uma- é necessário consultar um
promotor do MP.
- Licitude do objeto: Obviamente não se pode abrir uma prestadora de serviços de uma
prática ilegal.
- Finalidade: Vendedora de bens? Prestadora de serviços?.
b-) Interno
OS BENS:
I) Conceito:
- O objeto do direito são as coisas ou os bens. Alguns autores afirmam que os bens se
distinguem das coisas pois, não necessariamente, o primeiro possui um valor econômico
atribuído a ele. ( Ex: fotos e o seu valor sentimental ao dono)
- Alguns colocam bens como gênero e coisa como espécie.
- Segundo o diagrama de venn elaborado por Flávio Tartuce:
- Coisas= Tudo aquilo que não é humano.
- Bens= Coisas com o interesse econômico e/ou jurídico.
-Públicos: são os que pertencem a uma entidade do direito público interno, ou seja, à união,
Estados, Distrito Federal, Municípios, entre outros ( vide art 98, CC).
- Particulares:
São os bens
que pertencem
a pessoa física ou jurídica do Direito
Privado, ou seja, bens que atendem exclusivamente aos interesses de seus proprietários.
a.1) móveis
a.2) sencientes : trata-se ainda de um projeto de lei para retirar os animais da categoria de
semoventes para que os mesmo tenham direitos e proteção jurídica e não sejam apenas
tratados como propriedade.
a.3) imóveis
b-) Bens Fungíveis: são aqueles que podem ser substituídos por outros da mesma
espécie, qualidade ou quantidade.
b.1) Infungíveis: são bens insubstituíveis, aquele bem que de alguma forma é
especificado ( celular, computador, carro etc), até mesmo um bem fungível, pode se tornar
um bem infungível por apresentar uma característica que o torne único ( autógrafo em um
livro).
a-) Principal: O bem que possui autonomia estrutural, isto é, existe sobre si, abstrata ou
concretamente.
b-) Acessório: Já o bem acessório existe devido a existência do principal, por isso existe a
regra geral.
- Frutos: Espécie de bens que são de utilidades que a coisa principal periodicamente produz,
cuja percepção ( aproveitamento) não diminui a sua substância.
Quanto à ligação:
- Percebidos ( colhidos): São aqueles já destacados do bem principal.
- Pendentes: São aqueles que ainda estão “presos” ao bem principal, ainda não foram
colhidos.
-Percipiendos: São os frutos “ perdidos” que não foram colhidos a tempo.
- Estantes: Aqueles que foram colhidos e já armazenados
- Consumidos: São os que não mais existem, aqueles já vendidos.
- Públicos:
VI) Bens fora do comércio: são aqueles que possuem um valor sentimental, impossibilitando
que o dono daquele bem atribua qualquer valor comercial ao objeto.
a-) Bens não apropriáveis: são os bens dos quais a pessoa não pode tomar posse, no Estado
brasileiro o comércio é vedado pelo diploma jurídico, podendo até configurar crime, por isso
qualquer contrato, originado desse acordo, não é válido juridicamente.
São exemplos de bens fora do comércio: estrelas, terrenos no céu, criptomoedas (bitcoin)
devido à falta de lastro)
b-) Cláusulas ( restringem, mas não impedem a comercialização):
- inalienabilidade: impede que a pessoa possa vender o bem, podendo apenas usar ou alugar,
pressupõe, hoje, apenas a primeira geração.
- impenhorabilidade: impede a pessoa de dar o bem como garantia de pagamento de
dívida, entretanto essa cláusula não afeta a comercialização desse bem.
-incomunicabilidade: impede a comercialização do bem, assim como, impede que o mesmo
entre em partilha para o cônjuge, mantendo o bem “dentro” da família.
V-) Bem de Família:
O bem de família é uma garantia de moradia mínima para à família da pessoa, possibilitando
a manutenção das estruturas famílias e a dignidade humana.
a-)Modalidades:
I- Voluntário ( Art 1712, CC, Direito de Família): O indivíduo que possui 4 a 5
imóveis, deverá escolher um para ceder como bem de família, caso isso não
ocorra, o bem mais barato será cedido
II- Legal ( Lei 8009/90): Procura garantir para as pessoas o mínimo existencial,
uma proteção mínima para garantir a manutenção da mesma.
III- Exceções: Não se pode alegar bem de família:
a-) Se o bem que receber essa tentativa de proteção for aquele que possui dívida.
b-) Se a pessoa estiver devendo pensão alimentícia, sendo uma dívida que não se estende
ao cônjuge- isto é de caráter pessoal.
c-) Se a pessoa estiver devendo o IPTU ou não estiver arcando com as despesas para
manutenção ou conservação do bem, perdendo o bem nesse caso.
d-) A pessoa que alega bem de família para o bem hipotecado ou dado como garantia de
empréstimo.
e-) Bem produto de, ou usado para, crime. ( perdimento)
f-) “ por obrigação decorrente de fiança concedida em contrato de locação.”
- Ou seja, nas palavras de Pablo Stolze, “se o fiador for demandado pelo locador,
visando à cobrança de alguns aluguéis atrasado, poderá seu único imóvel
residencial ser executado, para a satisfação do débito do inquilino”
g-) “ Para cobrança de impostos, predial ou territorial, taxas e contribuições devias em
função do imóvel”
b-) Impenhorabilidade do imóvel de solteiro: não podem ser cedidos para pagamento de
dívidas.
a.2) Extraordinários: São eventos da natureza de f orça maior (inevitáveis) ou c aso fortuito
( imprevisíveis). Os casos fortuitos podem ser internos ou externos.
- externos: isenta da responsabilidade civil, a entidade não poderá ser cobrada já que o fato
jurídico não ocorreu por sua responsabilidade.
III) Aquisição de direitos: “ embora não haja dispositivo equivalente na nova legislação civil
genérica, os conceitos legais mencionados ainda podem ser utilizados, pois equivalem aos
consagrados pela doutrina” ( Stolze, 2010)
a-) Espécies:
era possibilidade de aquisição de direito, já que, ainda não foi
- Expectativa de direito: m
incorporado ao patrimônio jurídico da pessoa. ( nascituro)
ireito subjetivo já formado e incorporado ao patrimônio do agente, isto é, a
- Direito Atual: D
pessoa tem o direito disponível para ser utilizado, basta apenas utiliza-lo ( “facultas
agendi”)
-Direito eventual: Direito concebido mas pendente da concretização, a ser efetivada pelo
próprio interessado, ou seja, o interesse do titular ainda não se encontra por completo
,também configurasse aí a “facultas agendi”.
- Direito Condicional: D ependente do implemente de condição prevista, sempre de um
evento futuro e incerto.
Ex: o negócio jurídico está pronto e válido, mas para se concretizar é preciso que obedeça as
condições previstas ( herança prevista por testamento coma condição da pessoa se casar).
o que ainda não se constituiu, não está nem perto da expectativa.
- Direito Futuro: É
Podendo ser de caráter: d eferido o u n
ão deferido
Deferido: d epende único e exclusivamente do arbítrio de uma pessoa.
Não deferido: d epende de circunstâncias alheias às pessoas.
b-) Gratuitos: não se presumem, isto é, tem que estar caracterizado no contrato, s alvo se for
determinado por lei. Em outras palavras, é uma exceção.
nerosos ( regra): podem ser comunicativos ou aleatórios.
-O
c-)
- Inter vivos: produz efeito desde logo, ou seja, produz efeito no momento em que foi
celebrado.
- Mortis causa: apenas produz efeitos após a morte do agente ( ex: seguro de vida,
testamento), ou seja, a morte do agente é a pré-condição para produzir o efeito de
determinados negócios jurídicos.
d-)
-Principais: depende de nenhum outro negócio jurídico.
- Acessórios: garantia em relação ao contrato principal, dando bem certo em garantia ( ex:
fiança)
-Derivados: autorização de sublocação é determinado pelo contrato de locação, a sublocação
deriva do contrato de locação, está previsto no contrato ou não.
e-)
- Solenes: formais, escritos, tudo aquilo que se tratar de bem móvel é um negócio jurídico
solene ( previsto no CC), passível de invalidade/nulidade.
- Não solenes: são a maioria dos negócios jurídicos realizados, não são formais porém
continuam sendo sérios e válidos, normalmente apenas um gesto é suficiente para realizar o
negócio jurídico. ( ônibus, uber, ifood, leilão, taxi etc)
f-)
- Dispositivos: criar ou extinguir direitos ( disposição do patrimônio)
- Obrigacionais: contratar obrigações: prestar serviços, locações.
4-) Elementos do Negócio Jurídico:
- Essentialia Negotti: conhecidos como elementos essenciais do negócio jurídico, ou seja
são estruturais, indispensáveis à existência do negócio jurídicos. Em outras palavras,
tratam-se dos requisitos obrigatórios para a concretização dos negócios jurídicos, podendo
ser classificados como:
a-) Gerais: previstos pelo artigo 104:
“ A validade do negócio jurídico requer:
I- agente capaz;
II- objeto lícito, possível, determinado ou determinável; ( viável fatidicamente e
juridicamente)
III- forma prescrita ou não defesa em lei;( bem imóvel é sempre em contrato formal)
Ex; bitcoin não é considerado um objeto possível, já que não possui lastro.
O juiz não pode discutir algo inexistente ou que não possui validade.
b-) Particulares: São as descrições especificadas do produto à ser vendido, caso isso não
ocorra haverá um negócio jurídico de difícil execução.
- Preço;
- Formas de pagamento;
- Modelo;
- Natvralia Negotti: são os elementos naturais, sendo as consequências de efeitos que
decorrem da natureza do negócio jurídico.
Ex: pagar as coisas na sempre no domicílio do devedor
Artigo 327, CC: “Efetuar-se-á o pagamento no domicílio do devedor, salvo se as partes
convencionarem diversamente, ou se o contrário resultar da lei, da natureza da obrigação ou
das circunstâncias”.
- Accidentallia Negotti: estipulações acessórias/ facultativas, em determinados casos as
obrigações não são necessárias.
a-) Plano da Existência: quando falta 1 dos elementos essenciais, sequer é possível de
afirmar que ingressou no mundo jurídico. ( nulidade)
- forma.
Crítica: a análise dos casos é feita de forma muito objetiva, ignorando a subjetividade presente
em diversos caso.
b-) Plano da Validade: o ato não pode ser considerado perfeito, possuindo algum defeito ou
vício ( coação, dolo) , tornando-se passível de anulação ( Anulabilidade)
c-) Plano da Eficácia: produção de efeitos do negócio jurídico, ou seja, o contrato precisa
estar apto para produção de efeito, determinando se é possível, ou não, produzir os efeitos
jurídicos.
- VÍCIOS DO CONSENTIMENTO
8-) ERRO: a falsa percepção da realidade, precisa ser um erro escusável ( diligência média).
- Erro ≠ Ignorância ( completo desconhecimento da realidade, não anula o negócio jurídico)
- O erro para ser anulável deve ser:
I- Substancial: elemento essencial para realização do negócio.
II- Escusável:
III- Real: existe na realidade.
9-) DOLO: “ Artifício ou expediente empregado para induzir alguém à prática de um ato que
o prejudica, e aproveita ao autor do dolo ou a terceira pessoa”
- O dolo pode ser considerado como erro provocado, ou seja, a pessoa que pratica sabe que
está prejudicando um indivíduo.
- Nomenclaturas: Deceptor= autor do dolo / Deceptus= vítima, aquele que foi enganado.
a-) Espécies:
- Principal: elementos efetivos do negócio jurídico, ou seja , sem isso não haveria a
realização do negócio jurídico . Em outras palavras, trata-se de determinada prática que leva
à pessoa a realizar o negócio jurídico. ( CABE ANULAÇÃO)
- Acidental: a enganação ocorre sobre as condições do negócio, a pessoa já possuía à
intenção de realizar um negócio. ( NÃO CABE ANULAÇÃO)- indenização
- Bônus: É tolerável , apesar de ser um tipo de dolo, é a função do vendedor, mesmo que
haja por parte dele um exagero a respeito do benefício do bem.
- Malus: ao contrário do primeiro, existe uma má fé por parte do alienante. Por exemplo,
aquele que vende determinado produto que não serve para a finalidade exigida pelo
adquirente, produto que não era bom para o uso.
- Positivo: engana de forma “ positiva”
- Negativo: dolo por omissão, o indivíduo tinha o dever de informar a pessoa. ( CABE
ANULAÇÃO, mesmo quando for equivocada.
b-)
I) Dolo de terceiro: previsto no artigo 148, CC:
“P ode também s er anulado o negócio jurídico por dolo de terceiro, se a parte a quem
aproveite dele tivesse ou devesse ter conhecimento; em caso contrário, ainda que subsista o
negócio jurídico, o terceiro responderá por todas as perdas e danos da parte a quem
ludibriou.”
Em outras palavras, a terceira pessoa é quem irá receber a vantagem e não a pessoa que
enganou o adquirente. Trata-se de uma defesa dos funcionários, que praticam tal ato,
afirmar que apenas exerciam sua função.
II) Dolo Bilateral ou recíproco: ocorre quando ambas as partes agem de má fé,
cometem dolo, sendo assim, tanto um como outro não poderá alegar que foi
prejudicado. É como ditado diz: “ não há honra entre ladrões”.
equisitos:
-R
I-) Ameaça;
II) Gravidade;
III) Incutir temor aprofundado;
IV) Dano considerável;
V) Real ou iminente;
VI) Ameaça injusta;
VII) Causa determinante do negócio;
11-) ESTADO DE PERIGO: quando a pessoa faz um negócio oneroso consciente devido
extrema necessidade.
a-) Conceito: “ Situação de extrema necessidade que conduz uma pessoa a celebrar negócio
jurídico em que assume obrigação desproporcional e excessivo, de caráter extremamente
oneroso.”
- A desproporção ocorre no momento da celebração do negócio.
b-) Elementos:
I) Situação de necessidade, sua ou de família( amigos);
II) Iminência de dano atual e grave;
III) Nexo de causalidade entre a declaração e o perigo de dano;
IV) Incidência de ameaça de dano: pessoa ou família.
V) Conhecimento do perigo pela outra parte: por exemplo, o hospital sabe ,ao
pedir o cheque para internar o paciente na UTI, que à pessoa está em uma
situação de extrema necessidade.
VI) Assunção ( tomada de responsabilidade) de observação extremamente
onerosa: ou seja, é possível observar um gasto por parte da pessoa, fora
daquilo que ela gasta normalmente.
VII) Situação de perigo não provocada pela parte beneficiada;
12-) LESÃO:
a-) Conceito:
“ Ocorre lesão- apta de invalidar o ato- em negócio comutativo ( prestação e
contraprestação equiparadas) pelo fato de uma das partes por INEXPERIÊNCIA ou
NECESSIDADE premente ( muita urgência), se obriga a prestação desproporcional à outra”
- Ruptura do equilíbrio contratual através de uma cláusula leonina.
b-) Elementos:
I) Objetivo: desproporção da prestação;
II) Subjetivo: inexperiência e premente necessidade;
Artigo 178, III:
“ É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio jurídico,
contado:
III - no de atos de incapazes, do dia em que cessar a incapacidade.
- Promove a manutenção do negócio jurídico
Obs: Lesão por trote de sequestro não é passível de anulação, o critério para justificar tal ato
é o de diligencia mediana, já que existe uma conscientização a respeito desses golpes.
- Há consciência de que existe um negócio jurídico lesivo, mas mesmo assim é realizado por
falta de alternativa.
- A fraude contra credores é um vício social devido o prejuízo que a mesma causa aos
credores, não só eles como também a Receita Federal através da fraude ao fisco.
b-) Elementos Constitutivos:
- Objetivo ( Eventus Damni): é o evento danoso, a alienação ou doação que tira o
patrimônio como garantia de pagamento ao credor.
- Subjetivo ( Consilium Fraudis) : trata-se do consenso realizado para cometer tal fraude, ou
seja, o terceiro sabe que cometeu o ato fraudulento.
- A má fé do adquirente pode ser presumida, sendo um ônus do adquirente provar o
contrário.
c-) Causas:
I- Clandestinidade do ato
II- Continuidade dos bens alienados na posse do devedor
III- Falta de causa: não há motivo nenhum para o patrimônio ter sumido.
IV- Parentesco ou afinidade entre devedor e terceiro: até mesmo para menores ou
parentesco por afinidade.
V- Preço vil: preço muito baixo do valor do mercado.
VI- Alienação de todos os bens;
- Diante da presunção juris tantum ( presunção relativa, válida até que se prove ao
contrário), inverte-se o ônus probatório.
- Ação Pauliana: consiste em uma ação para anular o ato praticado em fraude contra
credores, pode ser denominada de ação revocatória. É o pressuposto pelos credores contra
o adquirente/devedor, com fim de anular o ato fraudulento
- A presunção de fraude inverte o ônus da prova, teoricamente tal ônus é dever do acusador,
nesse caso é aquele que está sendo acusado que deverá provar o contrário, por isso tal ato
recebe o nome de “ presunção relativa”.
13-) SIMULAÇÃO:
- No código civil vigente, ao contrário do anterior de 1916, tal ato é tão grave- e socialmente
aceito- que deixou de ser considerado como vício social para se tornar motivo de anulidade
absoluta do negócio jurídico, ou seja, é dever do juiz considerar tal ato nuto.
- Artigo 167, CC: É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido
for na substância e na forma.
§ 2.º Ressalvam-se os direitos de terceiros de boa-fé em face dos contraentes do negócio jurídico
simulado.
- Na simulação celebra-se um negócio jurídico que tem aparência normal, mas que na
verdade não pretende atingir o efeito que juridicamente deveria produzir.
a-) Modalidades:
- Absoluta: situação jurídica irreal, não há como existir um comprovante se não houve de
fato uma prestação de serviço. ( o ato é considerado inválido)
Segundo Pablo Stolze: “ Cria-se uma situação jurídica irreal, lesiva do interesse de terceiro,
por meio da prática de ato jurídico aparentemente perfeito, embora substancialmente
ineficaz”
- Relativa: é uma dissimulação, um negócio jurídico aparente mas há por trás um negócio
oculto. ( comumente usado como um meio para realizar uma fraude contra credores) .
Segundo Pablo Stolze: “ emite-se uma declaração de vontade ou confissão falsa como
propósito de encobrir ato de natureza diversa”.
- Doação nu proprietário ( terra), com reserva de usufruto ( gozar ou deter a posse do
bem). A pessoa transfere o bem e continua usufruindo do mesmo.
b-) Elementos Acidentais do Negócio Jurídico:
Conceito: São instrumentos de eficácia jurídica para adaptar os efeitos de uma manifestação
de vontade. Além disso, não são elementos essenciais ao negócio jurídico portanto não
necessitam estar presentes no contrato. São expressas em cláusulas acessórias.
1-) Condição ( SE….) : É evento futuro e incerto, ou seja, não há como ter certeza se tal
ato ocorrerá e portanto não depende unicamente da pessoa.
- Subordina efeito do ato, implemento do pactuado: assim que advier a condição, o
contrato passa a ter eficácia.
a.1) Requisitos da Condição
- Voluntariedade: a pessoa precisa querer, nem sempre é querido a condição, mas
assim que o donatário aceitar- para que o mesmo torne eficaz o contrato- terá que
obedecer a condição.
- Futuridade: o fato presente ou passado, ainda que ignorado pelas partes, não será
considerado como condição.
a.2) Espécies de Condição:
- Suspensiva: o ato está pronto e válido. A eficácia depende do implemento da
condição. Espécie comum em contratos de doação e herança.
Exemplos: casamento.
- Resolutiva: o ato é eficaz, e o advento da condição põe fim ao negócio jurídico. É ma
espécie comum em contratos agrários e comerciais.
Exemplos: Quebra de safra ( 3 vezes consecutivas), Usinas que cedem casas a
funcionários.
a.3) Condições admitidas pelo Direito:
- casar;
- não se casar com;
- ter filhos;
- viduidade ( considerar viúvo): era uma condição válida apenas no caso empresarial
de família, trata-se de uma condição resolutiva. (polêmico)
3-) Encargo: ônus de natureza moral, isto é, manter determinado tipo de conduta de
acordo com o desejo daquele que deixou o patrimônio.
Conceito: É o ônus imposto a uma liberalidade com o fim de limitá-la, tem que dirigir-se
diretamente a pessoa.
- Geralmente consiste em obrigação, de dar ou receber.
- O não cumprimento do encargo pode acarretar na anulação do negócio jurídico,
conforme está previsto no artigo 137, CC:
“Considera-se não escrito o encargo ilícito ou impossível, salvo se constituir o motivo
determinante da liberalidade, caso em que se invalida o negócio jurídico.”
- brigação Moral.
Reconhecida como uma O
ATO ILÍCITO:
1-) Conceito: é a violação do dever legal de não lesar outrem ( “neminem laedere”). Caso
houver esse prejuízo, a pessoa que o causou deverá reparar.
- O ato ilícito é único, apresenta diversas faces dentro dos ramos do direito ( penal,
civil, ambiental, consumidor etc). ou seja, todo ato ilícito criminal geral um ato ilícito civil
- Previsto no artigo 186, CC : “ Aquele que, por ação ou omissão voluntária,
negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente
moral, comete ato ilícito”
a-) Existe uma classificação que distingue ato ilícito em dois elementos, sendo eles : a to ilícito
contratual e extracontratual.
- Contratual: quando há um vínculo subjetivo prévio fruto de um negócio jurídico.
- Extracontratual: quando o ato ilícito surge de um acidente.
2-) Responsabilidade Subjetiva vs Responsabilidade Objetiva
É uma discussão dentro da doutrina, se o ato ilícito civil deve considerar a
responsabilidade subjetiva ou objetiva. Venosa e Carlos Roberto acreditam que a subjetiva é
a que impera no ato ilícito, em contrapartida Rosewald e Maria Helena atribuem a
responsabilidade objetiva.
A responsabilidade civil é calcada no dano, isto é, não há preocupação com o tipo de
culpa. Dessa forma a mensuração é feita através do dano causado.
3-) Excludentes de Ilicitude:
As excludentes de ilicitude estão previstos no artigo 188, CC que afirma:
Não constituem atos ilícitos:
I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito reconhecido;
II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo
iminente.
Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando as circunstâncias
o tornarem absolutamente necessário, não excedendo os limites do indispensável para a
remoção do perigo.
Artigo 186: “Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar
direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.”
- Ato Ilícito: tem que ter culpa
- Culpa
- Dano
- Nexo Causal.
5-) PROVAS: As provas são meios utilizados para comprovação de fatos, não podem ser
utilizadas provas ilícitas. Em outras palavras, a prova é a comprovação da ocorrência de um
fato, que irá dar base suficiente para autorizar a sentença de um juiz. É a pessoa que deverá
apresentar provas.
a-) Espécies: Salvo o negócio a que se impõe forma especial, o fato jurídico pode ser
provado mediante:
I - confissão: é o reconhecimento livre da veracidade do fato narrado pela outra parte na
relação jurídica. Em outras palavras, a confissão acontece quando a pessoa admite
verdadeiros os fatos narrados por outro. Não é suficiente, exige outra espécie de prova.
- total
- parcial: apenas uma parte da confissão pode ser válida ( há quem aceite ou não essa
forma de confissão)
II- Documento: o documento é todo o elemento de prova, podendo ser: contratos, e-mail
recebido, fotos do vínculo, vídeos e whatsapp ( o uso de mensagem desse app só poderá
ser utilizado como documento sem prévia autorização em casos de ação familiar, segundo
o STJ).
III-Testemunha: A pessoa que presencia o fato e realizará um depoimento com base no que
viu ou ouviu, dessa forma, o mesmo irá dizer a respeito dos fatos e não dos rumores, como
prevê o artigo 212, CC.
O artigo 288, CC trata a respeito daqueles que não podem ser admitidos como testemunha:
1. Menores de 16 anos, por serem absolutamente incapazes
2. Cegos e Surdos, sobre o elemento que os falta
3. Interessado no litígio, a pessoa que irá testemunhar não poderá ter interesse na
vitória de uma das partes.
4. Amigo íntimo
5. Inimigo Capital
6. Conjûges, ascendentes, descendentes e colaterais de algumas das partes.
Entretanto, para assuntos relacionados à família é permitido por motivos claros.
Obs: O depoimento pessoal das partes não requer a prestação de compromisso, isto é, o
dever de falar a verdade. Com a justificativa de que ninguém é obrigado a criar provas contra
si mesmo.
I - a cujo respeito, por estado civil ou profissão ( advogado, padre e médico), deva guardar
segredo;
II - a que não possa responder sem desonra própria, de seu cônjuge, parente em grau
sucessível, ou amigo íntimo;
IV-) Presunção: É a ilação feita de um fato conhecido para, com auxílio da lógica, achar a um
desconhecido, admitido como verdadeiro
- Absoluta ( juris et de jure): Não cabem provas ao contrário
Ex: “todos conhecem o direito” Artigo 3, LINDB
- Relativa (juris tantum): responsabilidade objetiva, inversão do ônus probatório.
V - Perícia: São provas técnicas necessárias para elucidar pontos do processo,ou seja, é uma
análise técnica do fato ou situação, para isso, é necessário que haja peritos e assistentes
técnicos que possuem conhecimento em áreas muito específicas.
Podem ser pedidos pelas partes ou solicitada pelo juiz, aquele pedido pelas partes é
denominado de assistente técnico, o solicitado pelo juiz é o perito judicial.
- Classificação:
a-) Exame: é a perícia mais técnica, trata-se de um laudo pericial.( engenheiros,
médicos, fotógrafos e etc.)
b-) Vistoria: se houver algum problema no bem imóvel, o mesmo irá ser verificado.
c-) Avaliação: Avaliar o valor bem.
PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA:
I-) O tempo como fato jurídico que pode extinguir um direito ( decadência) ou a pretensão
de demandar em juízo.
- Elementos:
a-) Transcurso do Tempo e Inércia do titular do direito.
b-) Artigos 188, 205 e 206 são as regras específicas do prazo de prescrição.
- Caso a lei não estabeleça o prazo, a regra geral para o prazo da prescrição é
de 10 anos.
- Artigo 205: A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado
prazo menor.
- Artigo 206, parágrafos 2 e 3, V, CC: 2 anos ( alimentos) e 3 anos ( indenização)
- Após terminado o prazo, a pessoa perde o direito de mover uma ação judicial
contra o devedor. Entretanto o devedor ainda possui uma dívida moral.
c-) A decadência tem seus prazos nas leis específicas.
II)
Prazo estabelecido por lei Prazo por lei/ Vontade das Partes, elas
podem estabelecer um prazo decadencial
Supõe uma ação cuja origem seja diversa Ação e direitos correm juntos, ou seja, no
do direito ( violação da origem ao prazo) momento que adquire o direito.