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Fornecimento de
refeições em marmitex
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Ficha Técnica
2009 – SEBRAE/MG
Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução total ou parcial, de
qualquer forma ou por qualquer meio, desde que divulgadas as fontes.
SEBRAE/MG
Roberto Simões
Presidente do Conselho Deliberativo
Gerente
Mara Regina Veit
Equipe Técnica
Gabriela Aguiar de Godoy
Viviane Soares da Costa
Wellington Damasceno de Lima
Colaboração
Augusto Manso de Andrade, Beatriz de Carvalho e Haroldo Santos Araújo
Consultoria Jurídica
Fernandes Advogados Associados
Gestão Editorial
Nascentes Comunicação Estratégica
Projeto Gráfico
Sandra Fujii
Design da Capa
Bárbara Monteiro
Imagens da Capa
Estúdio Piloto | Luiz Otávio
Revisão
Lozar
Apresentação
O negócio.................................................................................................................................................................................................9
Endereços úteis.................................................................................................................................................................................17
Referências............................................................................................................................................................................................18
O Negócio
A venda de marmitex pode atender a diversos públicos, entre eles pessoas que moram
sozinhas, idosos que preferem não cozinhar, funcionários de empresas e estabelecimentos co-
merciais próximos.
A experiência de quem já atua no ramo de fornecimento de marmitex diz que é possível
usar instalações de uma cozinha comum (desde que atenda a exigências da f iscalização sanitária)
e aguardar a estabilização do negócio antes de investir em uma estrutura mais sof isticada, com
equipamentos industriais.
A legislação é muito exigente com quem trabalha com alimentos, portanto f ique atento
às normas de vigilância sanitária e, caso tenha interesse, faça o curso de manipulação de alimen-
tos (para mais informações, veja o capítulo “Endereços úteis”).
Cuide da higiene do local, dos equipamentos/utensílios e das pessoas que trabalham no
preparo dos alimentos. Os colaboradores devem manter os cabelos cobertos, com redes ou tou-
cas, unhas curtas, não usar anéis, brincos e pulseiras durante o preparo da comida, e máscara, se
necessário.
O fornecimento de refeições em embalagem tipo marmitex demanda:
- equipamentos e utensílios para cozinha;
- embalagens descartáveis tipo marmitex;
- máquina para lacrar embalagem;
- etiqueta para escrever o nome do cliente e endereço de entrega;
- telefone para receber as encomendas;
- entregador, que poderá ter moto ou bicicleta.
F ique de olho
•P
laneje bem suas compras e faça pesquisa de preços, pois se você comprar artigos
muito caros o seu lucro irá diminuir.
• E stude a possibilidade de comprar os produtos do próprio fabricante, cujo nome e
endereço podem ser encontrados nos rótulos das embalagens.
•A
presente pelo menos duas opções de saladas, carnes e pratos quentes a cada dia.
Teste receitas novas e diferentes para tentar surpreender o público. Existem receitas
baratas e muito saborosas. Consulte livros ou mesmo a internet.
Registro
Saiba que a Classif icação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) def ine o seu negócio
como fornecimento de alimentos preparados preponderantemente para consumo domiciliar.
É muito importante que você calcule o custo de cada marmitex. Não se esqueça que, além
do custo dos alimentos, você deve somar, para cada unidade, todos os custos que estiverem en-
volvidos na produção (gás, água, energia elétrica e outros) e na venda (embalagem, entrega etc).
Veja um exemplo de como calcular o custo de cada marmitex:
Cálculo do custo unitário, caso você produza e venda 400 marmitex por mês:
Água, energia elétrica, telefone e gás de cozinha (suponha que suas contas
0,50
somaram R$ 200,00. O valor será R$ 200,00 divididos por 400)
Cálculo do custo unitário, caso você produza e venda 200 marmitex por mês:
Nessa situação, você terá prejuízo de R$ 0,94 por marmitex. Estará trabalhando, mas não
verá a cor do dinheiro. F ique atento! Caso isso ocorra, ou você terá que vender mais, ou terá que
aumentar o preço do marmitex. Mas, lembre-se: clientes podem não aceitar aumento de preço,
especialmente se estiverem acostumados com um valor ou se outros fornecedores praticarem
preços menores, com a mesma qualidade.
• Além do Fator de Correção, cuide para que não exista desperdício ou que seja o menor
possível. Se você tiver muita perda, provavelmente isso ref letirá nos resultados do negó-
cio. Lembre-se que, em negócios onde o lucro é contado por centavos, toda economia
(desde que observada a qualidade) é válida. Seu lucro será maior quanto menor forem
seus custos. Por isso, pechinche, descubra embalagens mais baratas, negocie preços
com fornecedores, etc.
• Cuidado com as vendas a prazo, pois muitas pessoas podem deixar de pagar os mar-
mitex. De acordo com o exemplo anterior, cada marmitex que algum cliente deixar de
pagar (ou seja, R$ 5,00) irá obrigá-lo a vender quase seis marmitex para compensar o
prejuízo. Observe como se faz esse cálculo: o custo do marmitex (R$ 4,52) deve ser divi-
dido pelo lucro (R$ 0,48), que resulta em 9,5 marmitex. Isso signif ica que você deixou de
lucrar com 9,5 marmitex por causa de 1 marmitex que não foi pago. Imagine se o cliente
deixar de pagar a conta do mês inteiro... F ique atento! Vender para quem não pode pa-
gar é pior do que não vender.
É o documento onde são anotadas todas as entradas e saídas de dinheiro que passam
pelo caixa, além de apurar o saldo existente no f inal do dia. A seguir, apresentamos um modelo
que poderá ser usado neste controle.
Na coluna DIA é registrado o dia em curso.
Na coluna HISTÓRICO é registrado um breve relato a que se refere aquela operação de
entrada ou saída de dinheiro.
Na coluna ENTRADA são registrados os valores das entradas de dinheiro, normalmente
por recebimentos de venda a vista ou recebimento de uma das parcelas de venda a prazo.
Na coluna SAÍDA são registrados os valores das saídas de dinheiro do caixa. É conhecido
também como desembolso. São os pagamentos feitos com recursos ($) do caixa.
Na coluna SALDO são registrados os valores “restantes” depois dos registros de entradas e saídas.
Sugerimos contar diariamente os valores e ver se conferem com o que f icou registrado como
saldo do dia. Feito isso, deixar no caixa apenas um pequeno valor para troco no início do dia seguinte. Es-
se valor será o SALDO INICIAL do dia, portanto. Também chamado de FUNDO FIXO DE CAIXA.
OBSERVAÇÃO: s e o lucro anual da empresa estiver acima do teto para imposto de renda, que hoje é de
R$ 16.473,72*, haverá a necessidade de se realizar um controle específ ico. Veja mais infor-
mações e modelo do controle f inanceiro necessário no link: http://www.receita.fazenda.gov.
br/Legislacao/Resolucao/2008/CGSN/Resol38.htm
* Valor revisado anualmente pela Receita Federal.
1 No portal www.portaldoempreendedor.gov.br
2 Nos Pontos de Atendimento do Sebrae-MG, no portal www.sebraemg.com.br ou na
Central de Relacionamento: 0800 570 0800.
Junto
3 a um contabilista de sua conf iança. Há uma listagem de prof issionais aptos para
essa assessoria no www.fenacon.org.br
Em
4 Belo Horizonte:
Na CENTRAL DE ATENDIMENTO AO EMPREENDEDOR INDIVIDUAL - CEI
Rua Bernardo Guimarães, 1.903 (entre Av. Bias Fortes e Av. Álvares Cabral)
Bairro de Lourdes – Belo Horizonte – MG
5
Prefeituras Municipais:
Antes de iniciar o processo de formalização, faça uma consulta prévia à prefeitura muni-
cipal, para verif icar as regras de liberação de alvará de funcionamento para a atividade
pretendida.
Em
1 Belo Horizonte:
Na CENTRAL DE ATENDIMENTO AO EMPREENDEDOR INDIVIDUAL - CEI
Rua Bernardo Guimarães, 1.903 (entre Av. Bias Fortes e Av. Álvares Cabral)
Bairro de Lourdes – Belo Horizonte – MG
2
No interior de Minas Gerais:
Nas unidades da Junta Comercial do Estado de Minas Gerais e unidades do Minas Fácil.
Acesse: www.jucemg.mg.gov.br
3
Pelo correio – enviar para o endereço:
EMPREENDEDOR INDIVIDUAL
Av. Santos Dumont, 380 – Centro
Belo Horizonte – MG
CEP: 30111-040
Consultoria de Gestão
tendimento individual ou em grupo, de forma presencial ou a distância (internet e tele-
A
fone), sobre Gestão Empresarial com foco em F inanças, Legislação, Marketing e Recursos
Humanos, realizados por técnicos especialistas do Sebrae-MG.
Cursos
Controles F inanceiros
Formação de preços
Atendimento Coletivo
Estratégia de comercialização
Manual
“Dúvidas Frequentes – Empreendedor Individual”
Mais informações:
www.sebraemg.com.br ou 0800 570 0800.
Senai-MG/Lagoinha
Tel.: (31) 3422-5023 / 3422-5030 / 3422-5031
http://www.f iemg.org.br/Default.aspx?tabid=4763
Curso de manipulador de alimentos.
Presidência da República