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Abstract
Therapeutic Accompaniment as a clinical practice was born in the antipsychiatry political-ideological mo-
vement. Most research papers try to build a Therapeutic Accompaniment profile from the beginning of this
historical context, but the concept has not yet reached a scientific consensus. Although there are some com-
mon characteristics, the Therapeutic Accompaniment’s diverse practice makes it difficult to identify the
variables and consequently to built a final concept. The main purpose of this study was to characterize
therapeutic companions under the behavior analysis perspective. Thirteen Therapeutic Companions, of
both sexes, participated of this research. They were from the city of São Paulo and submitted to a semi-s-
tructured interview. The results were analyzed in four analysis dimensions and unfolded in categories. It is
possible to observe that the Therapeutic Accompaniment’s profiles are constantly changing and to charac-
terize them imply the observation of many variables that will be discussed here.
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AT refere-se a Acompanhamento Terapêutico e at, ao acompanhante terapêutico
como um campo de atuação se apresenta na falta de da em cuidados domiciliares, embora alguns o si-
consonância entre as teorias, e sua conceituação tuem entre modalidades psicoterápicas.
ainda não logrou um consenso científico. Pesquisa-
dores das mais variadas abordagens teóricas, princi- O acompanhante terapêutico transformou-se em um
palmente desde a década de 1980, começaram a se aliado importante no processo de manutenção de
interessar pelo tema embora existam produções da- vínculos sociais e na participação ativa na qualidade
tadas da década 60. Há alguns elementos para a de vida do indivíduo que havia sido acometido por
conceituação do AT, porém a diversidade de práti- problemas de saúde, os quais afetavam as suas ca-
cas problematiza a identificação de aspectos co- pacidades de continuar no trabalho, no estudo ou
muns às diferentes formas de atuação assim deno- mesmo de manter uma estrutura familiar e cuidar de
minadas e, consequentemente, da construção de um si mesmo (Pitia & Santos, 2005).
conceito mais sólido. Deste modo, as controvérsias
continuam presentes e a conceituação do at tem se Na tentativa de conceituar o AT, os pesquisadores
baseado em aspectos como a formação profissional, concentram esforços em contextualizar suas práti-
função na equipe multiprofissional, referencial teó- cas e características a partir do seu surgimento his-
rico adotado e o trabalho desempenhado (Simões, tórico e têm encontrado dificuldade nesta tarefa
2005; Zamignani, Kovac & Vermes, 2007). (Rossi, 2006). Como esta prática, desde o início, foi
respondendo a diferentes necessidades clínicas e
Considerações históricas sobre o surgimen- orientando-se conceitualmente de maneira variada,
to do Acompanhamento Terapêutico são relevantes, a reconstrução dessa história e uma articulação teó-
pois de alguma maneira auxiliam na descrição das rico-clínica precisa é um trabalho delicado.
práticas atuais. O acompanhamento terapêutico é
uma modalidade de atuação germinada nos movi- Observa-se que enquanto a Análise do Comporta-
mentos político-ideológicos de reforma antipsiquiá- mento descreve o AT como uma proposta integrada
trica, da psicoterapia institucional e da luta antima- à Psicologia, é possível observar que a prática é
nicomial. No cerne deste movimento político, fo- configurada de outra maneira em outras aborda-
ram criadas novas funções para os agentes de saúde gens e em outros países. Mauer e Resnizky (2008),
mental, que passaram a ser denominados auxiliares por exemplo, propõem uma caracterização do
psiquiátricos e, em outros lugares, atendentes tera- Acompanhamento Terapêutico na perspectiva psi-
pêuticos (Barreto, 1998; Benevides, 2007). canalítica, defendendo a ideia de atendimento em
Mais tarde, o termo acompanhante terapêutico pas- abordagem múltipla – que significa neste contexto,
sou a denominar os profissionais que estavam en- atender a toda rede familiar do cliente em equipe
volvidos em práticas clínicas fora do setting tradi- multiprofissional – em que o at poderia ser qual-
cional do consultório e clínicas psiquiátricas, o que quer profissional que realizasse saídas e/ou propos-
segundo autores (Estellita-Lins, Oliveira & Couti- tas de reinserção social. Na Argentina, país com
nho, 2009; Reis-Neto, 1995) poderia ser estabeleci- prática predominantemente psicanalítica, por
do no contexto da reforma psiquiátrica como uma exemplo, foi publicado em agosto de 2010 um có-
modalidade de intervenção em saúde mental basea- digo de ética dos Acompanhantes Terapêuticos (Lic
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& Bustos, 2010). Lá o AT é caracterizado como rencial antipsiquiátrico em sua origem nos anos 60,
profissão regulamentada. passando por um modelo ligado à reforma psiquiá-
trica e à luta antimanicomial, chegando à incorpora-
A característica de atuação não fixa e/ou restrita ao ção de um instrumental clínico que prescinde do
espaço físico de uma determinada instituição – hos- setting convencional (Simões, 2005). Segundo Za-
pital, consultório ou escola, por exemplo – amplia mignani et al. (2007), a discussão conceitual na
as possibilidades de intervenção, as quais são tão abordagem analítico-comportamental tem se apre-
variadas quanto as suas definições e as histórias que sentado pouco definida, pois o setting não define a
abordam o seu nascimento. Basicamente suas ativi- prática do AT, e a denominação do profissional que
dades se sustentam no tripé (a) atendimento fora do sai do ambiente tradicional para atuar no ambiente
consultório, (b) diálogo com a família e (c) trabalho fora do consultório fica sob controle de outras vari-
em equipe (Simões, 2005; Zamignani et al., 2007). áveis, como por exemplo, o papel que ocupa na
equipe multidisciplinar.
Diversos nomes foram dados para esta prática como:
amigo qualificado, atendente psiquiátrico, auxiliar O AT, independentemente da visão teórica, apresen-
psiquiátrico, acompanhante domiciliar e acompa- ta-se para Ribeiro (2002)|,| oscilando ora como uma
nhante terapêutico. A sequência temporal para as de- prática paralela de atendimento a pessoas que este-
nominações e funções daquilo que hoje chamamos jam em sofrimento psíquico, atravessando situações
de AT é imprecisa (Ayub, 1996). Para Yagiu (2007), o que exijam atenção mais intensiva do que a encon-
objetivo do atendente psiquiátrico era estabelecer trada no tratamento regular – os sujeitos estão em
vínculos com o paciente e ter uma “escuta diferencia- algum atendimento e existe a possibilidade de agre-
da da loucura” (p. 2), de modo a desenvolver e forta- gar uma série de outros acompanhamentos dentro
lecer relações sociais saudáveis e propor uma nova das demandas existentes – ora como possibilidade
dinâmica aos estabelecimentos psiquiátricos. Esta de construção de uma clínica própria, em que todos
descrição de objetivos feita por Yagiu (2007) funda- os saberes estejam em interlocução nessas interven-
menta-se na teoria psicanalítica e, embora o termo ções (Reis, 2006).
atendente psiquiátrico tenha caído em desuso, a prá-
tica do AT decorrente deste contexto e desta orienta- A multiplicidade aparece também no modo de ca-
ção teórica ainda é bastante semelhante. A atuação racterizar o acompanhamento terapêutico como
que se inicia com o “atendente psiquiátrico” ou “au- uma prática no campo da saúde, que pode ser tanto
xiliar psiquiátrico” continua a sua trajetória de acom- tomado como um programa quanto como uma es-
panhar de outras formas os psicóticos, visando à re- tratégia de intervenção (Silva & Silva, 2006). Neste
creação, ao lazer e à socialização. sentido, os autores apontam a necessidade da distin-
ção entre programa e estratégia, quando relaciona-
O “amigo qualificado” surgiu para transformar as dos à prática do AT. Esta distinção evidencia que o
maneiras de cuidado intensivo em saúde mental, as comportamento do at estaria sob controle de dife-
quais foram integradas ao propósito de atuação do rentes contingências, pois assinala diferenças que
AT. Pode-se afirmar que o AT evoluiu de um refe- marcam não só os pressupostos teóricos|,| como
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mento. Como auxiliar, o at coleta dados, aplica téc- nhantes terapêuticos, considerando tempo de atua-
nicas e também maneja contingências, as quais ne- ção, formação básica e específica, tipo de queixa
cessitam de mudança e foram previamente determi- atendida e local de atuação, além das dificuldades e
nadas pelos responsáveis pelo atendimento (Guer- vantagens.
relhas, 2007).
Método
O acompanhante terapêutico pode ser visto então
como “um arranjador de contingências de reforço e Participantes
dispensador de reforço positivo” (Savoia & Sam- Foram entrevistados 16 participantes. No entanto, ao
paio, 2010, p. 39). O termo utilizado pelos autores final, somente foram considerados 13. O descarte de
ilustra a importante função da relação terapêutica três participantes se fez necessário uma vez que, no
para ajudar a modelagem de um novo repertório decorrer da entrevista, observou-se que não corres-
comportamental no cliente. Um “arranjador de con- pondiam aos critérios de inclusão. Deste modo, fo-
tingências” visa promover condições nas quais a ram participantes desta pesquisa acompanhantes te-
probabilidade de angariar reforçadores positivos rapêuticos atuantes na cidade de São Paulo que obe-
aos comportamentos a serem modelados é potencia- deceram aos seguintes critérios para inclusão:(a) es-
lizada. Para tanto, Zamignani (1997) ao relatar um tar atendendo pelo menos a um caso no período da
caso sugere que o estabelecimento de vínculo tera- entrevista ou ter encerrado o atendimento no período
pêutico é fundamental para a adesão à terapia. de dois meses antecedentes à data da entrevista; (b)
ter atendido pelo menos três casos desde a sua inser-
O at pode tornar-se, então, um agente importante ção; (c) ser psicólogo formado ou em formação e (d)
para a Psicologia, independente de como sua prática atuar dentro da abordagem teórica da Análise do
se configure. No entanto, a variabilidade de atendi- Comportamento. Nesta pesquisa, a coleta de dados
mentos e performances, se por um lado é bastante foi realizada por meio de uma amostra não probabi-
valiosa e pode ser considerada a principal vantagem lística de conveniência, submetida a entrevistas se-
do trabalho, por outro lado dificulta estudos mais miestruturadas. O acesso aos participantes se deu via
controlados, valorizados pela comunidade científica. núcleos de pesquisa e formação de AT, psicoterapeu-
Investigar a atuação do acompanhante terapêutico tas que inserem at em seus casos e também por indi-
pode gerar dados que incentivem novos programas cação dos próprios participantes. Todos os procedi-
de formação profissional em AT e aprimoramento mentos éticos na pesquisa com humanos foram obe-
naqueles existentes, além da contribuição científica decidos, conforme Comitê de Ética em Pesquisa da
para a Análise Aplicada do Comportamento. Faculdade de Ciências da Universidade Estadual
Paulista (Processo nº 2138/46/01/09).
Assim, esta pesquisa teve por objetivo caracterizar a
prática de acompanhantes terapêuticos na perspecti- Análise de Dados
va da Análise do Comportamento. Para tanto, foi As respostas dos participantes à entrevista recebe-
aplicada uma entrevista aos participantes, a fim de ram tratamento de análise categorial do discurso
descrever o trabalho de uma amostra de acompa- (Bardin, 1977). Para o estudo quantitativo e qualita-
tivo foram estabelecidas quatro dimensões de análi- A partir dos dados construíram-se categorias de re-
se: a) inserção e permanência na área de acompa- gistro, as quais facilitaram a análise dos dados, pois
nhamento terapêutico; b) descrição sobre a prática se agruparam em classes menos abrangentes temas
do acompanhamento terapêutico; c) questões sobre recorrentes nas entrevistas, visto que o relato verbal
a formação profissional e d) condições que agradam dificulta a criação de categorias excludentes. Desta
e desagradam nesta prática. forma, os totais não correspondem necessariamente
ao total de eventos categorizados. A análise foi rea-
Inserção e permanência na área de Acompanhamen- lizada, inicialmente, observando-se a frequência ab-
to Terapêutico: esta primeira dimensão foi desmem- soluta e relativa dos dados coletados e, após esta
brada nas categorias inserção ao tema, inserção aos primeira fase, processaram-se as relações entre as
atendimentos e justificativas de permanência. Fo- quatro dimensões anteriormente mencionadas.
ram considerados nas categorias de “inserção” os
trechos que relatavam como o participante teve seu Resultados e discussão
primeiro contato com o AT e quando fez seu primei-
ro atendimento. Foi pedido para que o at contasse Inserção e permanência na área de
“...como e quando começou na área de Acompanha- Acompanhamento Terapêutico
mento Terapêutico...”. Como anteriormente descrito, esta primeira dimen-
são analisada no discurso foi desmembrada nas ca-
Descrição sobre a prática do Acompanhamento Te- tegorias: inserção ao tema, inserção aos atendimen-
rapêutico: esta dimensão de análise é ampla e abran- tos e justificativas de permanência. Nota-se, então,
ge múltiplas categorias. Nela foi analisada a exposi- que a inserção na área de acompanhamento terapêu-
ção minuciosa que os participantes fizeram sobre a tico ocorre predominantemente na graduação, seja
sua maneira de proceder no AT, desde o momento apenas por conhecimento do tema, seja inserida di-
da sua entrada no caso até o momento de alta ou retamente com a prática. Não é tratado na literatura
desistência, incluindo supervisão e considerações como se dá a inserção do at na área, pois quando se
teóricas. discute inserção os autores têm procurado pesquisar
sobre a proposta do acompanhamento terapêutico.
Questões sobre a formação profissional: a composi- Os dados referentes à inserção, conforme exibe a
ção desta terceira dimensão envolve os aspectos que, Tabela 1, demonstraram que ela ocorre predomi-
de acordo com participantes, precisam ser observa- nantemente na graduação e, embora não tenha sido
dos e alterados na formação do at. Foram considera- observada diretamente em outras publicações, há
dos trechos de opinião pessoal sobre a formação ge- evidências de que é um dado coerente com aquilo
ral de at e sobre a própria formação do participante. que foi produzido em AT. Ao pesquisar as caracte-
rísticas do at, lê-se que frequentemente é um estu-
Condições que agradam e desagradam nesta práti- dante (Londero et al., 2010; Zamignani & Wielenska,
ca: e aqui se consideraram trechos dos relatos que 1999; Zamignani, et al., 2007b), portanto tem seu
inferiam variáveis que os mantinham ou os afasta- primeiro contato com o tema e efetua seu primeiro
vam da prática do AT. atendimento na graduação.
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valorização é um item que compõe as informações número de casos – devido ao tempo gasto com des-
dos participantes sobre as condições que qualificam locamento e com cada atendimento (cerca de 2h30
como desagradáveis, como mostra a Tabela 3. a 3h), a dificuldade que alguns familiares têm em
aceitar o Acompanhamento Terapêutico, o tornar-se
Além do preconceito com o termo, foram mencio- o principal articulador de informações entre cliente,
nados aspectos como o deslocamento, a restrição de família e equipe, e o retorno financeiro. Enquanto
nas condições agradáveis no AT, nota-se o item “re- lho, condições recorrentes fora da clínica tradicional
lação mais próxima com o cliente”, que confirma o (Cortoni & Cortoni, s.d). Além disso, o fato de não
interesse dos profissionais em estabelecer com o depender exclusivamente do relato verbal permite,
cliente uma relação terapêutica positiva. A ausência segundo os entrevistados, alcançar mudanças mais
de rotina e imprevisibilidade no atendimento foi efetivas e, de certa forma, mais rápidas. Todos os
considerada também como agradável. A possibili- participantes relataram em algum momento da en-
dade de improvisar e de testar alternativas no mo- trevista que o AT tem um papel importante para a
mento em que o comportamento ocorre são aspec- clínica e que se identificam com este tipo de atendi-
tos valorizados pelos at. mento, seja pelo setting, pela proposta teórica e/ou
pelos resultados terapêuticos observados. O exercí-
Neste ponto, ressalta-se uma questão sobre aspectos cio profissional do at apresenta-se predominante-
profissionais da geração dos participantes. Há de se mente autônomo, embora haja casos de vínculo em-
considerar que os at se encontram na faixa etária en- pregatício (profissional ou estágio) e o acesso aos
tre 20 e 30 anos, apelidada de Geração Y1 que, se- casos, segundo os participantes, se dá por indicação
gundo pesquisadores de administração, apresentam (institucional, entre colegas de profissão ou outros
necessidade de flexibilidade e pouca rotina no traba- profissionais da saúde e dos próprios clientes).
Geração Y é uma expressão adotada nas ciências administrativas para representar os profissionais nascidos a partir da década de 80 e que possuem habilidades e interesses
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Os resultados das entrevistas demonstraram que o presença do outro. Assim, o falar não expressa ne-
perfil do at está em constante mudança e que carac- cessariamente aquilo que faz publicamente, mas
terizá-lo implica a consideração de muitas variáveis. sim o que diz que faz.
Ao questionar os profissionais que estão envolvidos
com a formação do at, observou-se uma série de O AT na Análise do Comportamento sofreu influên-
condições fundamentais para a realização de seu tra- cia de dois movimentos distintos: o da luta antima-
balho, como o conhecimento teórico sólido, habili- nicomial e da reforma psiquiátrica, e o das primei-
dades pessoais de traquejo social e disponibilidade ras tentativas de práticas clínicas derivadas da Aná-
de tempo. Porém, não é possível delimitar como o lise Experimental do Comportamento. As influên-
acompanhamento terapêutico acontece, visto que cias da luta antimanicomial colocam o AT na função
cada profissional, considerando seus ideais teóricos de impedir ou prevenir que clientes crônicos ou com
e filosóficos, propõe um tipo de intervenção. Muito diagnósticos psiquiátricos sejam internados e exclu-
provavelmente, a única característica em comum e ídos da comunidade, enquanto as influências das
sem exceções é o atendimento extraconsultório. práticas clínicas derivadas da Análise Experimental
do Comportamento posicionam o AT como uma in-
Considerações finais tervenção coerente com os pressupostos teóricos de
manejo direto de contingências.
Ao elaborar um balanço dos resultados, considera-
se que os entrevistados representam uma parcela da Pode-se afirmar, então, que o Acompanhamento Te-
comunidade de acompanhantes terapêuticos analis- rapêutico na perspectiva da Análise do Comporta-
tas do comportamento que ofereceram elementos os mento se caracteriza por um atendimento no am-
quais permitiram rediscutir os aspectos apontados biente do cliente, fora da clínica de gabinete, que
na literatura. Propor a caracterização de um profis- visa à reinserção social do cliente e ao desenvolvi-
sional e suas práticas baseando-se em seu autorrela- mento de repertórios alternativos, assim como efe-
to não é uma tarefa simples. Primeiro, porque o tua a análise e intervenção para solução de um pro-
acompanhante terapêutico não tem sido bem defini- blema sem restringir-se a contingências artificial-
do teoricamente devido a todas as implicações des- mente arranjadas no ambiente da clínica. As carac-
critas e comentadas neste trabalho e, segundo, por- terísticas deste AT são similares à prática clínica,
que ainda que o comportamento verbal esteja sujei- visto que a compreensão do fenômeno humano par-
to aos mesmos princípios que governam o compor- te do mesmo pressuposto filosófico do Behavioris-
tamento não verbal, existe uma característica que o mo Radical. Então, a intervenção que se baseia nes-
difere significativamente e o faz merecer uma análi- tes pressupostos faz uso de análise e manipulação
se separada: a natureza do reforço que o estabelece de contingências que governam qualquer padrão de
e o mantém – o que requer a mediação de outra pes- comportamento.
soa. Por isso, o falar a alguém sobre sua atuação no
acompanhamento terapêutico seja em níveis teóri- O at parece ser, então, um profissional que atende
cos ou em níveis práticos traz no relato a história no ambiente do cliente, inserido neste contexto via
pessoal de cada participante e sofre influência da indicação de outro profissional (mais experiente ou
que não atende à demanda fora do consultório). Sua Outra condição própria destes participantes é que
escolaridade tem sido de ensino superior completo estão organizados em grupos de estudantes e profis-
ou em andamento, visto que necessita de um reper- sionais vinculados a instituições e/ou clínicas. Esta
tório terapêutico básico. É uma prática que ocorre parece ser uma boa alternativa, porque possibilita o
em equipe multidisciplinar e o profissional pode as- acesso dos usuários aos serviços de AT, assim como
sumir tanto a função de auxiliar ao processo, como favorece a contínua formação teórico-técnica por
a de responsável e coordenador do caso. meio de supervisões e grupos de estudo.
Observou-se que desempenham funções tais como Observa-se então que o AT tem sido considerado
o terapeuta que atende em clínica fechada, fazendo uma modalidade de intervenção terapêutica que se
contrato inicial, observação, avaliação, planejamen- realiza no contexto do cliente, que não chegou a um
to terapêutico e aplicando técnicas. A principal dife- consenso científico e ainda sofre modificações.
rença é o setting, o tipo de variáveis a que se tem Com relação à denominação para este tipo de inter-
acesso e os objetivos terapêuticos. Este tipo de in- venção, a conceituação científica não é clara por
tervenção é recomendado em casos em que se pre- enquanto. O termo por si só não define a própria
cisa desenvolver e aprimorar os repertórios sociais, prática. Em todo caso, há profissionais que defen-
casos com dificuldades moderadas e graves e que dem que a expressão por si só não determina qual a
trazem prejuízo para o cliente, em situações onde o função do at, e o que ele faz na Análise do Compor-
indivíduo apresenta incapacidades funcionais, difi- tamento. Por outro lado, tornou-se representativo a
culdades no envelhecimento, transtornos invasivos um tipo de atendimento para a comunidade usuária
do desenvolvimento, transtornos de ansiedade e ou- e para outras abordagens.
tros diagnósticos psiquiátricos. Aquilo que se pro-
punha para AT, como uma atividade de prevenção Ressalta-se aqui outro problema em nomear acom-
de recaídas e internações, não tem sido mais o prin- panhante terapêutico qualquer pessoa que atue fora
cipal foco e não necessariamente tem sido caracteri- do consultório: a falta de controle no exercício pro-
zada como auxiliar. fissional. Sendo psicólogo ou outro profissional da
saúde, responde aos seus devidos conselhos, e sen-
As características pessoais que o profissional apre- do estudante é necessário caracterizá-lo como esta-
senta são traquejo social, agilidade e improvisação, giário, pois é importante considerar os riscos para
as quais são valorizadas pelos profissionais que for- cliente e profissional ao realizar uma proposta sem
mam e/ou indicam os at para os casos e favorecem a amparo das leis e do código de ética.
predileção por atividades sem a restrição do consul-
tório – seja complementar a um processo psicotera- Conforme exposto, parece ficar claro que para o
pêutico ou uma proposta de intervenção integral- analista do comportamento atuar fora do consultó-
mente fora do consultório. A ideia de o AT ser com- rio é coerente com os pressupostos teóricos. Apon-
ponente auxiliar da psicoterapia tem se diluído com ta-se a necessidade de observar em quais variáveis
a ampliação de pesquisas na área e com a formação de controle esta decisão está pautada: se pela de-
dos analistas do comportamento. manda do cliente, pelas hipóteses prognósticas e
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eficácia da intervenção ou se pelo conforto em não Cortoni, L. F., & Cortoni, S. Z. (s.d). Duas gerações convivendo
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18
Revista Brasileira
ISSN 1982-3541 de Terapia Comportamental
2012, Vol. XIV, nº 3, 4-33 e Cognitiva
Abstract
Therapeutic Accompaniment (TA) is a clinical practice that was born in the political-ideological movement
of antipsychiatry. Most researches try to build a profile for TA from the beginning of this historical context
but the concept has not yet reached a scientific consensus. Although there are some characteristics for the
concept of TA, the TA’s diverse practice makes difficult to identify these variables and consequently the
construction of a final concept. The main purpose of this study was to characterize therapeutic companions
(TC) under the perspective of behavior analysis. Thirteen therapeutic companions, of both sexes, participat-
ed of this research. They were from the city of São Paulo and submitted to a semi-structured interview. The
results were analyzed in four dimensions of analysis and unfolded in categories. It’s possible to observe that
the TA’s profile is constantly changing and that characterizing them implies the observation of many vari-
ables that will be discussed here.
*
Rua Dom Pedro II 79 – Centro – 12282-370 Caçapava SP tels.: (12) 9186-8232/ (12) 8183-4880/ fone-fax (12) 3652-4140 e-mail: mariananmarco@gmail.com
**
Rua João Andreoli 2-103 Samambaia Parque Residencial 17018-090 Bauru SP
20
Mariana Nunes da Costa Marco – Sandra Leal Calais
vention based on home care, although some include The features of the practice are not tied up and / or
it among psychotherapeutic modalities. restricted to the physical space of a particular insti-
tution - hospital, office or school, for instance - that
The therapeutic companion has become an import- expands the possibilities of intervention, which are
ant ally in the maintenance of social ties and active as diverse as their definitions and stories regarding
participation in the quality of life of individuals, its dawn. Basically its activities are supported on
who had been affected by health problems which the tripod (a) service outside the office, (b) dialogue
hampered their ability to continue working, study- with the family and (c) teamwork (Simões, 2005;
ing or even to take part in family and take care of Zamignani et al., 2007).
oneself (Pitia & Santos, 2005).
Several names were given for this practice, such as:
In an attempt to conceptualize TA, researchers have qualified friend, psychiatric caregiver, psychiatric
been focusing their efforts in contextualizing prac- auxiliary, home escort and therapeutic companion.
tices and features from its historical emergence and The time sequence for the names and functions of
have found trouble in this task (Rossi, 2006). As what we now call TC is inaccurate (Ayub, 1996). To
from the beginning this practice was responding to Yagiu (2007), the purpose of the attendant is to es-
different clinical needs and guiding itself conceptu- tablish ties with psychiatric patients and have a “dif-
ally in diverse manners, therefore the reconstruction ferentiated listening of madness” (p.2), in order to
of its history and the theoretical and clinical discus- develop and strengthen healthy social relationships
sion are tricky tasks. and offer a new dynamics to psychiatric institutions.
The description of these goals made by Yagiu (2007)
It is observed that while Behavior Analysis describes are based on the psychoanalytic theory, and although
the TA as a proposal integrated to Psychology, one the term psychiatric attendant has fallen into disuse,
could see that the practice is configured differently in the practice of TA arising from this context and form
other approaches and other countries. Mauer and this theoretical approach remains quite similar. The
Resnizky (2008), for instance, propose a characteriza- work that begins with “psychiatric attendant” or
tion of the Therapeutic Accompaniment in the psycho- “psychiatric auxiliary” continues to follow its path
analytic perspective, defending the idea of service in of keeping psychotics patients company while seek-
“multiple approach” - which in this context means to ing recreation, relaxation and socialization.
meet all the client’s family network through a multi-
disciplinary team - in which the therapeutic compan- The “qualified friend” came to transform the ways
ion could be any professional who conduct outdoor in intensive care in mental health, which were inte-
activities and / or proposals for social reintegration. In grated into the purpose of the practice of the TC. It
Argentina, a country with predominantly psychoana- can be argued that the TA has evolved from an anti-
lytic practice, for example, a code of ethics for thera- psychiatric background with origin in the 60’s, to
peutic companions (Lic & Bustos, 2010) was pub- another model on the psychiatric reform and an-
lished in August 2010. In that country, therapeutic ti-asylums, eventually coming to the incorporation
companion is characterized as a regulated profession. of a clinical instrument that dispenses with the con-
ventional setting (Simões, 2005). According to undisturbed” (p.284). While strategy, although
Zamignani et al. (2007), the conceptual discussion planned, can be modified in light of information,
in the behavior-analytic approach has been poorly events, unforeseen events that befall in the course of
defined because the setting does not define the prac- action. It unavoidably deals with uncertainties.
tice of AT, and the name of the individual who leaves
the traditional environment to work in the environ- As pointed out in Zamignani, Banaco and Wielesnka
ment outside the office is under the control of other (2007) therapy based on the principles of behavior
variables, such as the role it occupies in the multi- analysis has been a consistent and effective alterna-
disciplinary team. tive to deal with problems related to human behav-
ior and much of what is assumed today is the prod-
Regardless of theoretical approach, to Ribeiro uct of changes occurred in behavior modification
(2002), the TA presents itself ranging from a paral- and in applied behavior analysis. The authors then
lel practice of caring for people who are in psycho- point out that in the beginning, both applied their
logical distress across situations that require more knowledge in environments considered to be closed,
intensive care than what is offered in the regular because in these places researchers / therapists had,
treatment - the clients are in treatment and there is besides easy access, greater control of environmen-
the possibility of adding a number of other accom- tal variables that produced the behaviors of subjects
paniments within the existing demands - to the pos- who took part in the intervention. Hence, under
sibility of building a whole new practice, in which similar situations resembling those at the basic re-
all knowledge is in dialogue on these interventions search laboratory.
(Reis, 2006).
Although the controlled environments provide a high-
Multiplicity also appears in the way the Therapeutic er efficacy for interventions to ensure the generaliza-
Accompaniment characterized as a practice in the tion of these clinical breakthroughs in the natural envi-
health field, which can be either taken as a program ronment was unlikely. After the very criticized practic-
and as an intervention strategy (Silva & Silva, es of behavior modifiers, it sought to implement proce-
2006). In this sense, the authors point out the need dures in natural environments in order to change these
to distinguish between program and strategy, when environments and produce as a consequence the mod-
regarding the TC’s practice. This distinction shows ification of subject’s actions. This transition between
that the TC’s behavior would be under the control of behavior modifiers and behavioral therapists, demand-
different contingencies, because it conveys differ- ed a huge effort from these professionals because the
ences that mark not only the theoretical assump- intervention’s target was no longer only one, or a ho-
tions but that also have influence in decision-mak- mogeneous group it has also become their parents,
ing. Morin (1996) defines program as a sequence of children, teachers, spouses, depending on the goal
predetermined actions that must start and run one (Zamignani et al., 2007a).
after another, without changing. “Certainly, one
program works very well when the surrounding It is necessary to point out that the entire modifying
conditions do not change, and especially when left behavior movement had great influence on the prac-
22
Mariana Nunes da Costa Marco – Sandra Leal Calais
tice of behavioral therapists who began to work shaping a new behavioral repertoire in the client. An
within the offices. Much of the literature produced “arranger of contingencies” aims to promote condi-
in this first movement, describes what has currently tions in which the likelihood of garnering positive
been seen as the current practice of the therapeutic reinforcers to behaviors to be shaped is enhanced. In
companions. Kazdin (1984) points out that the ap- an account for that, Zamignani (1997) reported a
plied analyst does not seek to identify foregone pro- case, suggesting that the establishment of a therapeu-
cesses, but works with the contingencies in which tic relationship is the key in adherence to therapy.
the behavior fits, i.e., treating the case where prob-
lem behaviors occur. The therapist goes to these Thus, this research aimed to characterize the prac-
places to observe the contingencies and restructure tice of therapeutic companion in the outlook of
them. Alternatively, he develops programs to be run Behavior Analysis. For this, an interview was ap-
in these places with the client or their guardians. plied to participants in order to describe the work of
Contingencies applied by others as the client’s a sample of therapeutic companions, considering
nurse, wife, teacher or parents, under the supervi- their work experience, basic and specific training,
sion of a applied analyst, is characterized as treat- type of complaint served and place of work, besides
ment by a mediator. What the author classify as their difficulties and advantages.
treatment by a mediator resembles the current prac-
tice of the therapeutic companions. Method
Description about the practice of Therapeutic Inception and permanence in the area of
Accompaniment: this dimension of analysis is Therapeutic Accompaniment
broad and encompasses multiple categories. The As previously described, this first analyzed dimen-
thoroughly analyzed description made by the par- sion of the speech was broken into the categories:
ticipants about the way they proceed during the presentation to the subject, presentation to the prac-
Therapeutic Accompaniment session, from the mo- tice and reasons for continuing practicing. It is not-
ment they start working with the case until the time ed then that the presentation to Therapeutic
24
Mariana Nunes da Costa Marco – Sandra Leal Calais
Accompaniment occurs predominantly in the un- participants, for instance, preference for the absence
dergraduate level, either as knowledge of the sub- of routine and the somewhat restricted environment.
ject or presented with the practice. The literature
does not address how the presentation occurs, as Description of the practice of Therapeutic
when authors discuss the presentation they endeav- Accompaniment
or searching about the proposal for Therapeutic Some passages calls attention to the customer and /
Accompaniment. Data regarding presentation, as or therapist needs that could be supplied with the
displays in Table 1, demonstrate that it occurs pre- practice of TA. In addition to that, the participant
dominantly in the undergraduate level and, although was asked to describe what they did in the attended
not directly observed in other publications, there is cases. Each case has its particularity and its unique
evidence it is consistent with what was produced in needs, but the choice of attending outside of the tra-
TA. When researching the characteristics of TA, we ditional clinic has its similarities and practice of
read that it is often a student (Londero et al., 2010; therapeutic companion, according to the partici-
Zamignani & Wielenska, 1999; Zamignani, et al., pants, it concerns the observation of contingencies
2007b), so their first contact with the subject and its in action, planning and intervention of the control
practice are as an undergraduate student. variables at the time they happen. Nevertheless it
has been relevant for cases of re-establishing social
Regarding the reasons for continuing practicing, contacts and repertoire (Caballo, Irutia & Arias,
participants reported that the clinical practice out- 2010), maintenance of a more adaptive daily routine
side the office environment is consistent with be- or the creation of new productive spaces for the in-
havior analysis and provides direct observation of dividual with physical illness / biological limita-
the contingencies in action, which in turn generates tions, psychiatric, addiction and geriatric complica-
faster and more effective results. Furthermore, there tions (Londero et al., 2010). The actions of thera-
were personnel aspect that were considered by all peutic companions in the environment outside the
office differ little from the practice of behavioral ization and autonomy of the individual and the nat-
therapist at the clinic. At the technological level, ural environment has been considered to be the best
there is a set of techniques derived from performed to promote it. The exposure in the natural environ-
researches and generally are direct manipulations of ment has the consequence that the acquired and re-
antecedents and consequences, such as Exposure inforced responses during the interaction with the
and Response Prevention (ERP), point system, time therapeutic companion often generalize to other en-
out procedure, reinforcement and extinction of sen- vironments, being under the control of natural con-
sory or social skills, programs for training specific tingencies. The therapeutic companion plans and
skills as shown in Table 2. This table exemplifies the arranges contingencies closer to the natural envi-
items designed to analyze what the participant does ronment of the client, enhancing access to reinforc-
when it acts as a therapeutic companion. The thera- ers and the emission of new behavior. The observa-
peutic companion must use the techniques as tools tion of the natural environment is essential to the
of their work and recognize that the therapist’s role therapeutic companion, however this research did
is not limited to technique implementation. Thus, it not emerge as a major goal for the introduction of
appears another possible unique feature of thera- the therapeutic companion for this case but as part
peutic companion, as the psychologist who attends of the analysis and intervention planning.
at the traditional office environment does not re-
ceive instructions for their care, even as part of a Questions about training
multidisciplinary team. Londero and Pacheco Seven participants indicated the need to train the
(2006) presented a study on the referrals to the ther- practice of Therapeutic Accompaniment and better
apeutic companion and observed that the referrals qualify the professional, which is understood as the
are influenced by the “functional disabilities” of the teaching of theory, technique and methodologies
client which includes the most basic skills like hy- that aim to achieving a therapeutic result. The ther-
giene, self management, self-control and activities apeutic companions - in general - see the impor-
of daily living and even the planning necessary for tance to strengthen the theoretical base and expand
adherence to treatment. It has also been indicated to the discussion of literature about TA which is still
those with social relationship abilities compro- incipient. “The conceptual training, the theoretical
mised, for syndromic reasons or not. framework is important [...] and there is a lack of
publications in the area to give clearer guidelines”
Being in the client’s environment also facilitates the (Participant 5).
generalization of behaviors. “The maintenance of
desired behaviors and its generalization to other sit- Although the participants in this study do not argue
uations is enhanced when the treatment is done at that one must necessarily have done a TA course, it
home, at school or institution where the patient was appointed that the formation of a professional is
lives” (Kanfer & Phillips, 1970, p.75). Accordingly, incoherent - because therapeutic companions are
there are no publications on the therapeutic com- much more exposed to the contingencies and the
panion as a facilitator of generalization, however, is multiple control variables - but their training is short-
the role of behavioral therapy to promote general- er than for those who intend to attend in a more con-
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Mariana Nunes da Costa Marco – Sandra Leal Calais
trolled environment such as the office. The therapeu- participants mentioned that the key criterion is relat-
tic companions also commented on the lack of ed to academic activities and length of experience.
knowledge about their job by the population and of
health professionals and that there is a need for dis- Conditions they like and dislike about the
semination and clarification of the practice. practice
Unawareness of what therapeutic companions do The controversy over the appropriate term to describe
also hinders recognition of their work. When asked the work outside the office expands on this latter di-
to evaluate the work of a therapeutic companion, the mension of analysis, participants indicate that the
therapeutic companions are commonly underesti- as pleasant. The possibility to improvise and to test
mated among the team. This devaluation is an item alternatives at the moment the behavior occurs was
that takes part in the information about the conditions considered to be satisfying aspects as well.
they dislike about the practice, as shown in Table 3.
At this point, we emphasize some professional as-
Besides the prejudice against the term, some other pects concerning the generation of participants. One
aspects were mentioned such as conveyance, number has to consider that the therapeutic companions are
of cases restriction - due to time spent on transport aged between 20 and 30 years, the Generation Y (or
with each attendance (about 2:30 to 3 hours), the dif- the millennial), that according to administration re-
ficulty that some families have to accept the searches, they need for flexibility and have little work
Therapeutic Accompaniment’s proposal, to become routines, common conditions outside the traditional
the main coordinator of information between client, clinic (Cortoni & Cortoni, s.d). Furthermore, accord-
family and staff; and the financial return. Concerning ing to the participants the fact of not depending sole-
the pleasant conditions, there is the item “closer rela- ly on verbal declarations helps achieve much effec-
tionship with the customer,” which confirms the in- tive changes, and somewhat faster. All participants
terest of these therapists to establish a positive thera- reported at some point in the interview that
peutic relationship with the client. The lack of routine Therapeutic Accompaniment has an important role
and unpredictability in attendance was also regarded in the clinic psychology and that they identify them-
28
Mariana Nunes da Costa Marco – Sandra Leal Calais
selves with this kind of care for the setting, the theo- bal behavior there is a feature that differs signifi-
retical proposal and / or the observed therapeutic re- cantly and requires a separate analysis: the nature of
sults. The professional practice of the therapeutic the reinforcement that establishes and maintains it
companion is largely autonomous although there are - which requires the mediation of another person.
cases of employed professionals (hired or interns) Therefore, reporting to someone about one’s role in
and according to participants the access to cases is therapeutic accompaniment brings up one’s person-
given by referral (institutional, by coworkers, other al story, either in theoretical or practical levels and
health professionals or clients themselves). the report is also influenced by the presence of the
listener. Thereby, what’s been reported does not
The interview results show that the therapeutic necessarily reflect what is done publicly but what
companion’s profile is constantly changing and that one says it does.
its description implies the consideration of many
variables. By questioning the professionals who are Therapeutic companions in Behavior Analysis were
involved with the therapeutic companions’ training, influenced by two distinct movements: the anti-asy-
there was a series of basic conditions for carrying lums and psychiatric reform, along with the first at-
out their work, such as: solid theoretical knowledge, tempts of clinical practice derived from Experimental
social skills and available time. However, it is not Behavior Analysis. The influences of anti-asylums
possible to define who the therapeutic accompani- reflects the therapeutic companion’s function to
ment happens as each professional, considering the- stop or prevent psychiatric or chronic clients from
oretical and philosophical ideals, propose a differ- being interned and excluded from the community,
ent kind of intervention. Most likely, the only com- while the influence of the clinical practice derived
mon characteristic is without exception the outside from the Experimental Behavior Analysis places
the office care. the Therapeutic Accompaniment as an intervention
consistent with the theoretical assumptions of direct
Final thoughts arrangement of contingencies.
Preparing a review of the results, it was considered It can be asserted that for Behavior Analysis,
that the participants represent a portion of the be- Therapeutic Accompaniment is characterized by a
havior analysis therapeutic companion community service in the customer’s environment, outside the
which provided information that allowed us to re- office, aimed at the client’s social rehabilitation and
visit the issues raised in the literature. Propose the the development of alternative repertoires, as well
definition of a professional and its practices based as performs the analysis and intervention to solve a
on their self-report is not a simple task. First of all problem without restricting oneself to contingen-
because the therapeutic companion has not been cies artificially arranged in the clinical environment.
well theoretically defined owing to the fact that of The features of Therapeutic Accompaniment are
all the implications described and discussed in this similar to the clinical practice, since the understand-
research, and secondly because even though verbal ing of the human phenomenon uses the same philo-
behavior is subject to the same principles of nonver- sophical assumption which is Radical Behaviorism.
So, the intervention that is based on these assump- - either as an activity complementary to a psycho-
tions makes use of analysis and manipulation of therapeutic process or as an intervention proposal
contingencies that govern any behavior pattern. that happens entirely outside the office. The concept
of Therapeutic Accompaniment as an auxiliary
The therapeutic companion seems to be the profes- component of psychotherapy has weaken with the
sional that attends in the customer’s environment, in- expansion of research in the area and the training of
serted in this context by the referral of another profes- behavior analysts.
sional (more experienced or who don’t practice out-
side the office). Their education level has been either Other noteworthy condition of these participants is
complete college degree or attending, since they need that they are organized into groups of students and
a basic therapeutic skill. It is a practice that occurs in a professionals from institutions and / or clinics. This
multidisciplinary team and the professional can as- seems like a good alternative, because it allows cli-
sume both the function of assisting the process, or as ents to access their services and promotes continu-
the responsible and coordinator of the case. ous theoretical and technical training through su-
pervision and study groups.
It was observed that they perform the same func-
tions as therapists who only assist in the office such It is then observed that Therapeutic Accompaniment
as making the initial contract, observation, assess- has been considered to be a form of therapeutic in-
ment, treatment planning and applying techniques. tervention that takes place in the client’s context,
The main differences are the setting, the type of which did not reach a scientific consensus and that
variable to which one has access and the therapeutic it is a changing concept. With respect to the name
goals. This type of intervention is recommended for for this type of intervention, scientific conceptual-
those who need to develop and improve social rep- ization is not clear yet. The term itself does not de-
ertoires, with moderate and severe difficulties that fine the practice. In any case, there are professionals
limit the client in situations where she or he has who argue that in Behavior Analysis the term itself
functional impairments, difficulties ascribed to ag- does not determine the therapeutic companion’s
ing, pervasive developmental disorders, anxiety dis- role and what one does. Moreover, it has become a
orders and other psychiatric diagnoses. The significant type of service to the user community,
Therapeutic Accompaniment was intended to pre- and for other approaches within psychology.
vent relapses and hospitalization, but the focus has
changed and now it does not necessarily has been It is worth mentioning here that the lack of regula-
characterized as a subordinate intervention. tion in this professional practice brings another
problem to the definition of a therapeutic compan-
The personal characteristics these professionals ion as to any other professional attending outside
show are social skills, agility and improvisation, the office. Both psychologists and other health pro-
which is valued by professionals that do and / or fessional are subjects to their own council because
indicate clients to therapeutic companions, they it is important to consider the risks to client and pro-
also prefer activities without the office’s restrictions fessionals to make a proposal without support laws
30
Mariana Nunes da Costa Marco – Sandra Leal Calais
and code of ethics. These councils consider students f. Dissertação (Mestrado Psicologia) – Universidade Fed-
as trainees. eral Fluminense – Instituto de Ciências Humanas e Filoso-
fia. Rio de Janeiro.
As stated, it seems clear that behavior analyst per- Caballo, V. E., Irutia, M. J., & Arias, V. (2010). Treino de Hab-
forming outside the office is consistent with their ilidades Sociais em situação natural. Em: I., Londero et
theoretical assumptions. It points out the need to al. (Org.) Acompanhamento Terapêutico: Te-
observe which control variables this decision is oria e Técnica na Terapia Comportamental e Cognitivo-
based on: the client’s demand, the prognostic hy- Comportamental. São Paulo: Ed. Gen/Santos. 2010. p.
pothesis and effectiveness of the intervention, or if 51-66.
by the comfort of not having to be in transit or the
Cortoni, L. F., & Cortoni, S. Z. (s.d) Duas gerações con
financial return.
vivendo na mesma empresa: adversárias ou
aliadas? A visão dos líderes sobre a geração Y. s.d. Dis-
Although behavior analysts are careful in researching
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and publishing about Therapeutic Accompaniment,
br/AF_resultados-geracaoXY2.pdf”http://www.ateliede-
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pesquisa.com.br/AF_resultados-geracaoXY2.pdf> Recu-
about ethics and the limits of practice need to be fur-
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