Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG
Aula 2
1
CRUZ, Vítor. Vou Ter que Estudar Direito Constitucional! E Agora? São Paulo: Método. 2011. Pg. 30.
2
Silva, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. São Paulo: Malheiros. pg. 412.
1
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br
3
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br
7
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br
13
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br
14
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br
Mais observações:
• Com base neste parágrafo, vigora com força de Emenda
Constitucional o Decreto Legislativo nº 186/08 que ratificou o
texto da convenção sobre os direitos das pessoas com
deficiência e de seu protocolo facultativo, assinados em Nova
Iorque, em 30 de março de 2007.
• Não precisa necessariamente ser direito individual, perceba que
a norma fala direitos humanos.
• Segundo o STF, como os tratados internacionais são
equiparados às leis ordinárias, não podem versar matéria
sob reserva constitucional de lei complementar, pois em
tal situação, a própria Carta Política subordina o tratamento
legislativo de determinado tema ao exclusivo domínio nor-
mativo da Lei Complementar.
16
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br
Jurisprudência:
- Segundo o Supremo, as pesquisas com células-tronco embrionárias
não violam o direito à vida ou o princípio da dignidade da pessoa
humana.
- No mesmo julgado, que se referia proteção do direito à vida, e a
constitucionalidade da lei de Biossegurança (Lei 11.105/2005), o STF
entendeu que a Constituição Federal, quando se refere à “dignidade
da pessoa humana” e à proteção dos direitos e garantias individuais
não se estaria se referindo a todo e qualquer estágio da vida
humana, mas da vida que já é própria de uma concreta
pessoa, porque nativiva, e que a inviolabilidade de que trata o art.
5º diria respeito exclusivamente a um indivíduo já personalizado.
3
Manuel Gonçalves Ferreira Filho apud José Afonso da Silva, Curso de Direito Constitucional
Positivo (33ª Ed.), pg. 194.
21
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br
23
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br
25
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br
26
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br
Jurisprudência:
Em julgado de 2008, o STF citou o fato de que a legalidade expressa
no art. 5º, II da Constituição seria meramente uma "reserva de
norma", ou seja, uma legalidade ampla e não uma reserva de lei
27
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br
4
HC 85.060, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 23-9-2008, Primeira Turma, DJE de 13-2-
2009.
28
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br
30
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br
Manifestação do pensamento:
Art. 5º, IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo
vedado o anonimato;
Obviamente, a manifestação do pensamento não é absoluta, deve-se
respeitar os outros princípios, como a intimidade, privacidade etc.
Segundo o STF, não é possível a utilização da denúncia anônima
como ato formal de instauração do procedimento investigatório,
quando isoladamente consideradas, já que as peças futuras não
poderiam, em regra, ser incorporadas formalmente ao processo.
Nada impede, porém, que o Poder Público seja provocado pela
delação anônima e, com isso, adote medidas informais para que se
apure a possível ocorrência da ilicitude penal. E ratifica: não serve à
persecução criminal notícia de prática criminosa sem identificação da
autoria, consideradas a vedação constitucional do anonimato e a
necessidade de haver parâmetros próprios à responsabilidade, nos
campos cível e penal, de quem a implemente.
Jurisprudência relevante:
Segundo o STF: a divulgação dos vencimentos brutos de servidores,
com seus respectivos nomes e matrículas funcionais, a ser realizada
oficialmente – em portal de transparência -, constituiria interesse
coletivo, sem implicar violação à intimidade e à segurança deles, não
se podendo fazer divulgação de outros dados pessoais como endereço
residencial, CPF e RG de cada um.
33
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br
35
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br
Imperativo de Consciência
Art. 5º, VIII - ninguém será privado de direitos por motivo
de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política,
salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a
todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa,
fixada em lei;
O imperativo de consciência pode ser alegado, por exemplo, em
tempo de paz, no caso do serviço militar obrigatório, mas não poderá
a pessoa recusar-se a cumprir a prestação alternativa imposta,
conforme dispõe o art. 143, § 1º.
Art.15, IV → No caso de recusa de se cumprir obrigação legal a todos
imposta ou prestação alternativa, ensejará a suspensão dos direitos
políticos do cidadão.
Inviolabilidade de domicílio:
Art. 5º, XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém
nela podendo penetrar sem consentimento do morador,
38
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br
39
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br
Inviolabilidades de comunicações:
Art. 5º, XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das
comunicações telegráficas, de dados e das comunicações
telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas
hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de
investigação criminal ou instrução processual penal;
A literalidade deste dispositivo deve ser muito bem observada, pois
nos traz 2 coisas muito cobradas em concursos:
1º - Dos três sigilos ali previstos (correspondência e comunicações
telegráficas, sigilo de dados e comunicações telefônicas) só o último
deles é que permite relativização por ordem judicial: o sigilo
telefônico.
2º - Ainda que permitida a quebra do sigilo telefônico por ordem
judicial, isso não é ilimitado, deve atender a dois requisitos:
- ser feita na forma que a lei estabelecer;
- ter como finalidade investigação criminal ou instrução processual
penal.
Assim, não será permitida a quebra para instaurações de processos
cíveis sem consequências criminais.
41
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br
42
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br
Provas ilícitas
Art. 5º, LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas
obtidas por meios ilícitos;
Daqui, decorre o princípio dos “frutos da árvore envenenada” (fruits
of the poisoned tree), o qual diz que a admissão no processo de uma
prova ilícita, irá contaminar, tornando igualmente nulo, todos os atos
processuais que decorrerem dela.
Vamos fazer uma relação do inciso XII da Constituição
(inviolabilidade das comunicações) com as provas ilícitas:
Quando alguém se manifesta através de um telefone, suas palavras
tem destinatário certo: o outro interlocutor, não podendo ser, sem a
43
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br
Liberdade profissional:
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou
profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei
estabelecer;
Este inciso é muito cobrado em provas de direito constitucional, não
pelo seu conteúdo em si, mas, por ser um bom exemplo de “norma
de eficácia contida”.
Informação e publicidade:
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e
resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao
exercício profissional;
Este princípio não vai de encontro à vedação do anonimato visto
anteriormente, apenas se resguarda a origem e a forma que tal
pessoa, não anônima, conseguiu a informação.
No inciso XXXIII percebe-se que em órgãos públicos também se
assegura a todos informações de interesse particular, coletivo ou
geral, a não ser que essas informações sejam de sigilo imprescindível
à preservação da segurança da sociedade e do estado.
CF, art. 37, § 1º → A publicidade de atos, programas, obras, serviços
e campanhas dos órgãos públicos, terão caráter educativo,
informativo ou de orientação social, não podendo constar nomes,
símbolos, ou imagens que caracterizem promoção pessoal de
autoridades ou servidores.
CF, art. 93, IX → Todos os julgamentos dos órgãos do Poder
Judiciário serão públicos, e todas as decisões serão fundamentadas,
sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em
determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou
somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à
intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público
à informação.
No inciso LX vemos outra face desse direito e sua relativização → Os
atos processuais também são públicos, mas caso seja necessário
preservar a intimidade ou interesse social, a lei poderá restringir sua
publicidade.
47
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br
Direito de reunião:
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em
locais abertos ao público, independentemente de
48
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br
Direito de associação:
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos,
vedada a de caráter paramilitar;
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de
cooperativas independem de autorização, sendo vedada a
interferência estatal em seu funcionamento;
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente
dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão
judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em
julgado;
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a
permanecer associado;
XXI - as entidades associativas, quando expressamente
autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados
judicial ou extrajudicialmente;
Caráter paramilitar:
Organizações paramilitares são agrupamentos ilícitos de pessoas. São
entidades que se “espelham” em princípios das forças armadas para
atuarem em fins distintos do interesse público. Exemplos dessas
associações são as milícias, as “FARC” colombianas, entre outros.
A Constituição, tanto no art. 42 ao dispor sobre os “militares do
Estado” (polícia militar e corpo de bombeiros), quanto no art. 142 ao
falar das “forças armadas”, dispõe que os miliares são organizados
pelos princípios da hierarquia e disciplina.
Assim, podemos concluir que seria caracterizada como paramilitar
qualquer aquela não fosse constituída pelo Poder Público e que,
organizada sob os princípios da hierarquia e disciplina, fizesse uso de
armas para o alcance de interesses próprios.
52
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br
53
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br
57
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br
58
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br
Observações Gerais:
Vimos que tanto na desapropriação ordinária quanto na
extraordinária precisamos de lei que regulamente a execução. A
competência para legislar sobre desapropriação é privativa da
União. Somente uma lei federal poderá regulamentar o
procedimento de desapropriação ordinária ou servir de base para a
lei específica municipal na desapropriação extraordinária de imóvel
urbano.
Dica:
Não confunda essa competência privativa para legislar sobre
desapropriação com a competência para promover a
desapropriação. Para promovê-la, como visto acima poderá
caber:
• à União, Estado/DF ou Mun. → na desapropriação
ordinária;
• ao Município → na desapropriação extraordinária de imóvel
urbano;
• à União → na desapropriação extraordinária de imóvel
rural.
59
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br
60
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br
61
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br
Direito autoral:
Art. 5º, XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de
utilização, publicação ou reprodução de suas obras,
transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;
É um privilégio vitalício e ainda vai poder ser transmitido aos
herdeiros, mas só pelo tempo que a lei fixar. Após esse tempo cairá
no domínio público.
Propriedade Industrial
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais
privilégio temporário para sua utilização, bem como
proteção às criações industriais, à propriedade das marcas,
aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo
em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico
e econômico do País;
Perceba que, diferentemente do direito autoral, a propriedade
industrial é um privilégio temporário:
• Direito autoral - Privilégio vitalício e ainda transmissível aos
herdeiros;
64
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br
Herança
XXX - é garantido o direito de herança;
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País
será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou
dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais
favorável a lei pessoal do "de cujus";
Facilitando: "de cujus" é o falecido. Assim, quando algum estrangeiro
falecer deixando bens situados no Brasil, esta sucessão de bens
(recebimento da herança) será regulada pela lei brasileira de forma a
beneficiar o cônjuge ou seus filhos brasileiros, a não ser que a lei do
país do falecido seja ainda mais favorável a estes.
65
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br
Defesa do consumidor
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do
consumidor;
ADCT, art. 48 → A CF ordenou que o congresso elaborasse o Código
de Defesa do Consumidor dentro de 120 dias após a promulgação da
Constituição.
Além do CDC, outras leis se enquadram na defesa ao consumidor,
como, por exemplo, o Estatuto do Torcedor e lei de infrações à ordem
econômica.
Pois é Pessoal, deu para aquecer as turbinas??...rs, por hoje é só, até
a próxima aula.
66
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br
67
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br
70
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br
71
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br
72
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br
74
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br
76
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br
78
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br
79
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br
80
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br
81
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br
82
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br