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CENTRO UNIVERSITÁRIO CLARETIANO DE BATATAIS

HISTÓRIA DA FILOSOFIA ANTIGA I

PROF. REINALDO SAMPAIO PEREIRA

04 ABR. 2009

ADILSON APARECIDO FORTUNATO – RA 1043862

RESENHA: REPÚBLICA, OBRA PRIMA DE PLATÃO

PLATÃO, A República. Trad. Enrico Corvisieri. São Paulo: Nova Cultural, 2004.

Resumo

A República está dividida em dez livros ou diálogos em que Platão discorre sobre seu
pensamento sobre o Estado ideal, que também expressa sua doutrina sobre o homem
ideal. Serve-se da figura de Sócrates como personagem principal. Este trava com seus
interlocutores profundos debates sobre diversos temas, desde o discurso sobre a
superioridade da justiça em relação à injustiça, passando pela construção da cidade
ideal com todos os seus elementos, com destaque para figura e a importância dos
filósofos, às reflexões metafísicas sobre os dois mundos, o sensível e o inteligível, até
chegar às conclusões sobre o destino da alma.

Introdução

Quem é Platão? Nasceu em Atenas, em 428/427 a.C. Arístocles era seu verdadeiro
nome. Descendente do rei Codro e de Sólon, possuía inclinação natural à vida política.
Segundo Aristóteles, Platão foi inicialmente discípulo de Crátilo, seguidor de Heráclito
e, posteriormente, de Sócrates. Decepciona-se com os métolos utilizados na política de
seu tempo, no regime oligárquico comandado por Cármides e Crítias. Inicia um período
de viagens, após o qual, funda a Academia, escola que viria a adquirir grande prestígio
em pouco tempo. Escreve várias obras, entre as quais destacam-se: Fedro, Teeteto,
Banquete, Filebo, Protágoras, Górgias, República, a obra em questão. Pelo conjunto de
sua obra e seu legado, situa-se entre os maiores pensadores de todos os tempos. 1

A República, obra prima de Platão. Com maestria, através dos discursos de Sócrates,
descreve-se na República as diversas concepções políticas então conhecidas,
contrapondo-as com a ideia de um Estado perfeito. Rejeita inteiramente como
inadequadas para sua cidade ideal a visão mítica de mundo, presente nos poetas, como
também a influência dos sofistas para a educação política do homem grego. As
distinções e categorias presentes nas concepções sobre o Estado fazem referência
àquelas que existem em cada homem. Assim, oligárquico, democrático, tirânico e real
é o Estado, mas também cada cidadão presente neste.

A República inicia com a ideia da superioridade da vida do homem justo sobre o injusto.
Esta ideia desdobra-se em vários argumentos durante toda a obra. O tema da educação
dos cidadãos, em especial dos guardiões da cidade, os filósofos, que tem início no livro
dois, passa pelo livro três e também é retomado em vários outros momentos, o que leva
a crer que Platão o tem em grande conta.

Nota-se que para Platão, a felicidade é fruto da vivência de determinadas virtudes, como
são a sabedoria, a coragem e a temperança. Este discurso é planteado no quarto livro.
Elemento também significativo é o da possibilidade de paridade entre o homem e a
mulher, no que se refere às funções dentro do Estado, segundo alguns critérios de
seleção. Este tema e o da regulamentação das uniões conjugais, procriação e educação
da prole estão presentes no livro cinco. Se existe alguém preparado para o governo da
cidade ideal, esse alguém é o filósofo. Sua superioridade em relação aos demais
cidadãos, desenvolvida pela educação e pelas virtudes que adquiriu durante a vida, faz
dele o mais apto para tão elevado cargo. O livro seis trata deste argumento.

A alegoria da caverna, texto de capital importância em toda a obra de Platão está


apresentada no sétimo livro. Aplicada à vida e à vocação do filósofo, este mito descreve
como o filósofo, tendo alcançado a libertação do mundo sensível, tem como dever,
tentar trazer os que ainda são escravos da aparência para a luz da Verdade. Além de
retomar o argumento sobre a justiça, o livro oitavo expõe também a origem e a
transformação pelas quais passam os diversos regimes democráticos. Não há maior
infelicidade que viver num regime tirânico, seja para o que governa como para os
governados. Este e outros agumentos são desenvolvidos no livro nove. No Estado
perfeito, não podem co-existir com a Verdade suprema a aparência do conhecimento,
baseada na poesia e na imitação. Este é um dos principais argumentos do último livro.

Conteúdo da obra2

O Livro um inicia com uma discussão entre Sócrates e Glauco sobre as vantagens e
desvantagens da velhice. Deste assunto, passa-se ao tema principal de todo este livro,
que de certo modo, também está presente na obra toda, a saber: sobre a virtude da
justiça. Diante do que diz Polemarco, que a justiça consiste em fazer o bem aos amigos
e o mal aos inimigos, Sócrates responde que é necessário antes, distinguir entre os
verdadeiros e os falsos amigos e inimigos, pois as aparências podem enganar. O
homem justo deve realmente agir como tal e não apenas parecer. Neste ínterim,
Trasímaco entra no diálogo desafiando Sócrates a uma resposta diante do argumento
segundo o qual a justiça consiste no interesse do mais forte, ou seja, daquele que detém
o poder. Sócrates refuta esta tese, com um discurso sobre as diversas artes existentes,
afirmando que cada uma não defende o próprio interesse, mas o interesse daqueles
que dela aos quais está destinada. A justiça, como arte, é um bem para os outros, não
para si. E quem não age assim, é um mercenário. Trasímaco passa a defender a
superioridade da injustiça sobre a justiça, afirmando que esta se identifica com a virtude,
ao que Sócrates recusa, com o argumento de que a injustiça enfraquece a ação humana
pelas discórdias que gera naqueles que a praticam. Termina o livro afirmando que
somente o indivíduo que possui a justiça é feliz.

No Livro dois, os amigos de Sócrates, Glauco e Adimanto, desejando que este


aprofundasse seu argumento sobre a justiça, fingem estar do lado de Trasímaco e
propõem duas teses como desafio àquela que Sócrates acabara de defender sobre a
justiça. O primeiro, Glauco, distingue três possíveis categorias de bem: os que são
desejáveis por si mesmos, os que são desejados pelas vantagens que proporcionam e
os que se desejam apenas por suas vantagens. Segundo Glauco, na opinião daqueles
de quem está se fazendo porta voz, todos almejam apenas esta terceira categoria. Para
Sócrates, porém, a justiça se encontra na segunda destas categorias. Indo adiante em
seu argumento, Glauco sustenta que na verdade, o grande desejo do homem é cometer
injustiças sem sofrer punições por tal ato e mais, aquele que não as comete, age assim
por medo das punições que pode vir a sofrer. Neste ponto, entra no diálogo Adimanto,
e acrescenta novos argumentos em favor da tese de Trasímaco. Diz que, na verdade,
os homens não louvam tanto a justiça em si, mas a reputação que se pode adquirir com
a mesma. Sustenta esta ideia com o mito de Giges. Desta forma, melhor seria ser
injusto, adquirindo a fama de justo. Diante disso, Sócrates propõe que a questão seja
analisada num âmbito maior, aquele do Estado. Então, apresenta uma cidade ideal,
composta por lavradores, artesãos e mercadores, cada uma destas classes,
desempenhando na cidade o papel que lhe cabe. Glauco intervém novamente,
propondo que seja acrescentada a estas classes, uma outra, a dos guardiões ou
guerreiros, destinada à defesa da cidade. Surge, porém, a questão de sua educação.
Inicia-se uma exposição dos dois componentes desta educação, a música e a ginástica.
Em relação à educação musical, porém, Sócrates recomenda que seja eliminada a
influência das obras poéticas, em referência às imagens negativas que estas
apresentam dos deuses e heróis.

O Livro três continua discorrendo sobre a educação dos guardiões. Estes devem ser
educados com as virtudes da coragem e a temperança. Devem rejeitar as poesias e os
mitos que suscitam o medo da morte. Sócrates admite, em seguida, que somente os
governantes tem o direito de mentir aos súditos, se a finalidade de tal ato for o bem da
cidade. Ainda sobre a poesia, Sócrates a distingue em três tipos: narrativa, imitação e
mista. Os guerreiros devem afastar-se daquela imitativa. A partir disso, é iniciada uma
longa exposição sobre os meios pelos quais se realizam a educação dos guerreiros: a
música e a ginástica. No que se refere à educação pela música, há uma descrição dos
instumentos musicais, de seus rítimos e harmonias, selecionando aqueles que são mais
adequados e aqueles que não são. Quanto à educação pela ginástica, esta tem por
objetivo desenvolver, não somente a força física, mas especialmente a força moral. Por
isso, ela deve estar em sintonia com aquela educação musical.

O Livro quatro inicia com uma resposta à objeção de Adimanto, para o qual os guardiões
não seriam felizes em tal cidade. Sócrates especifica que na cidade ideal, importa o bem
da coletividade, não apenas de uma única classe de cidadãos. A legislação esteja
baseada sobre poucos princípios fundamentais, especialmente, a justiça. Para que seja
garantida a existência da justiça, é necessário que os cidadãos aprendam a desenvolver
a prática de três virtudes: a sabedoria, a coragem e a temperança. A sabedoria é a
virtude daqueles que têm por função o governo da cidade. A coragem é necessária aos
guardiões quando estão no campo de batalha para atacar ou defender sua cidade. A
temperança, por sua vez, deve estar presente em todas as classes de cidadãos. Para
Sócrates, a justiça existe na medida que cada um desempenha bem seu papel como
cidadão. A justiça no Estado se identifica com a justiça no indivíduo. Existe, pois,
correlação entre Estado e indivíduo, isto é, a estrutura da alma é análoga aquela da
cidade. Novas distinções são apresentadas, desta vez, sobre a alma. Nela estão
presentes as faculdades racional, concupscível e irascível. O homem é justo quando
sua faculdade racional impera sobre as outras.

No Livro cinco, Adimanto pede esclarecimento sobre a participação das mulheres e das
crianças nesta cidade ideal. Fica evidente que, para Sócrates, a mulher pode
desempenhar funções semelhantes às do homem, desde que passe, como este, por um
processo seletivo rigoroso. Disto se conclui que a diferença de sexo não implica,
necessariamente em uma diferença de atitudes. Desta premissa, Sócrates passa à
questão das regras quanto às uniões entre homens e mulheres, como também sobre
sua procriação. A primeira regra é que os matrimônios devem ocorrer entre os melhores
cidadãos, a partir de uma idade pré-estabelecida, para que seja garantida a qualidade
e a quantidade adequada para esta cidade. A educação dos filhos deve iniciar
imediatamente ao nascimento. Os jovens devem receber uma educação para a guerra,
devem ser levados pelos seus pais para assistirem às batalhas e aprender com estes o
seu futuro ofício. Sobre as guerras, Sócrates adverte que não deve haver batalhas com
outras cidades gregas. As desavenças entre estas sejam consideradas
desentendimentos, como o que acontece numa família, os quais, com o passar do
tempo, podem ser dissolvidos pela reconciliação. Com certa tensão, Sócrates anuncia,
em seguida, seu próximo argumento, no qual defende que a cidade tenha por
governantes os filósofos. Entende por filósofo aquele que ama a verdade pura. Em
seguida, estabelece a diferença entre a ignorância, a ciência e a opinião: a ignorância é
a falta de conhecimento, a ciência, é o conhecimento do ser, e a opinião, é um estado
intermediário entre as duas.

No início do Livro seis são expostos alguns argumentos que justificam a razão pela qual
os filósofos devem ser os governantes da cidade: somente o filósofo conhece o ser e a
verdade; ademais, é sincero, não é apegado aos bens mundanos; aprende com
facilidade e possui harmonia interior. A este ponto, Adimanto faz uma objeção,
ressaltando que os filósofos também são pessoas estranhas no parecer dos cidadãos.
Em resposta a esta objeção, Sócrates observa que se isto acontece, primeiro, é
somente nos Estados existentes, governados por demagogos e, segundo, é devido à
influência dos sofistas no ambiente da formação do filósofo, pois este, não é em si
malvado, porque mesmo a pessoa de natureza excelente pode sofrer influência se não
for bem educada, deixando claro que nenhuma das constituições vigentes favorecem à
filosofia. Somente a cidade ideal permite ao filósofo desempenhar sua função de
governante. A educação dos filósofos deve focar a disciplina mais elevada, a qual tem
por objeto o bem. Aqui inicia-se a exposição de densos conceitos e reflexões
metafísicas, como o que gira em torno da ideia do bem. Para explicá-la, Sócrates faz
uso de uma analogia baseada na luz solar. Introduz também o conceito de mundo
sensível e mundo inteligível. Para Sócrates, a visão do bem situa-se no âmbito deste
mundo inteligível. Prossegue em sua análise falando sobre os quatro tipos de objetos
do conhecimento: as imagens, os objetos sensíveis, os conceitos científicos e as ideias.
Os primeiros dois fazem parte do mundo sensível, os últimos, do mundo inteligível.

No Livro sete, como esclarecimento do complexo discurso do livro precedente,


apresenta-se o mito da caverna, uma alegoria na qual alguém (o filósofo) se liberta da
prisão do mundo sensível, conhece a Verdade do mundo inteligível e se vê, em seguida,
no dever de voltar para libertar os que permaneceram na caverna. Após a apresentação
deste mito, Sócrates desenvolve a ideia do tipo de educação que deve receber o filósofo
para que chegue ao conhecimento do Bem. Recorda as disciplinas da música e da
ginástica, que devem também ser acompanhadas da matemática, da geometria, da
astronomia, da harmonia e, sobretudo, da dialética, porque esta útima tem por finalidade
o conhecimento do bem. Em seguida, são colocados os critérios de escolha dos futuros
filósofos dialéticos, as suas qualidades e também os graus de sua educação, a partir da
infância: após um período de introdução aos exercícios físicos, devem estudar as várias
disciplinas durante toda a juventude. Aos trinta anos devem passam por uma iniciação
à dialética. Completando os cinquenta anos, os filósofos recebem o encargo do governo
do Estado.

O Livro oito retoma a reflexão iniciada no primeiro livro sobre a felicidade do homem
justo e a infelicidade do injusto. Desenvolve esta a questão relacionando as quatro
formas de governo existentes com os quatro tipos de homem. São estas, a timocracia,
a oligarquia, a democracia e a tirania. A timocracia aproxima-se da aristocracia. O
nascimento da aristocracia se deve à corrupção da timocracia, pois neste regime,
reinam a ambição e um oculto amor pelo dinheiro. O homem timocrático tem a sua alma
guiada pelo elemento impulsivo, por isso, é ambicioso e ávido por dinheiro. Nasce o
regime oligárquico, baseado no senso de divisão do Estado entre ricos e pobres. O
homem oligárquico também é dominado pelo elemento impulsivo. As ações deste
governo provocam revolta na classe mais pobre, o que, por consequência, gera o regime
democrático. O homem do regime democrático tem sua alma dominada pelo elemento
concupscível. A democracia também não se sustenta como regime, pois da disputa pelo
poder, destaca-se aquele que se tornará o tirano, representante do Estado tirânico. Uma
vez que toma o poder, o tirano, pelo medo de ser destituído, elimina os melhores
cidadãos.

No Livro nove, Sócrates explica a razão pela qual no governo tirânico, injusto, não pode
haver felicidade. Inicia com o argumento de que, num tal regime, os cidadãos
desenvolvem sentimentos sempre contrários à lei. Estes sentimentos se manifestam,
sobretudo, nos sonhos. Para o tirano, o que importa é a satizfação de seus apetites. A
este estado, Sócrates contrapõe o Estado Ideal, este sim, promotor da perfeita
felicidade. Passa então, à prova da infelicidade do homem tirânico. Na primeira prova,
compara a tirania com o Estado ideal: o regime tirânico e o homem que o representa é
escravo do medo e das lamentações, por isso é sumamente infeliz; já no Estado ideal,
vive o homem real, ao contrário do tirano, goza da máxima felicidade, por ser membro
de um regime proporcional ao seu grau de perfeição. Na segunda prova, faz uma
relação entre três tipos de prazer e sua correspondência com as três partes da alma.

O Livro dez retorna à discussão sobre a influência da poesia e da imitação na formação


do cidadão. Desta vez, Sócrates é ainda mais enfático sobre a necessidade de que
sejam abolidas da cidade ideal tanto a poesia, quanto a imitação da arte. Inicia com uma
densa reflexão filosófica onde distingue entre as ideias, os objetos sensíveis e os objetos
da arte. Para Sócrates, o poeta e o pintor imitam os objetos sensíveis, ou seja, a
aparência dos verdadeiros objetos, os inteligíveis. Por isso, estão três graus distantes
da Verdade, pois o imitador não possui nem ciência, nem opinião sobre aquilo que imita.
Quanto à arte, esta gera ilusão, excitando às paixões e partes inferiores da alma, como
por exemplo, é demonstrado nos efeitos negativos da poesia trágica e cômica. Assim,
não há espaço nesta cidade para Omero e outros poetas. Passa-se, então, para outra
discussão, referente às recompensas asseguradas ao homem virtuoso após sua morte.
Com isto, Sócrates toca no tema da imortalidade da alma. Diante da solicitação para
que explique sobre a questão, apresenta o mito de Er, que descreve a realidade pela
qual a alma passará após sua saída neste mundo, sobre o julgamento ao qual será
submetida e sobre o modo pelo qual irá re-encarnar.

Apreciação e considerações finais

A leitura da República é elemento indispensável para quem deseja introduzir-se na


filosofia de Platão. Nesta obra está exposta sua concepção filosófica sobre cosmos,
sobre o homem, o Estado, a física, a metafísica, isto é, configura-se como uma espécie
de síntese de sua produção filosófica.

Excelentes lições sobre os princípios que devem reger a vida, em especial em sua
dimensão pública e política, onde o ideal de Estado corresponde ao ideal de homem.
Tem-se mesmo a impressão de que Platão quer purificar o homem de sua época, e de
todas as épocas, das influências baseadas em uma concepção mítica ou então
utilitarista da realidade.

A a educação de verdadeiros cidadãos, exige métodos condizentes com sua natureza,


cujo escopo é a excelência, a perfeição. Em seu Estado, pressupõe a divisão de classes
e postula, assim, uma hierarquia, segundo a função de cada uma. Das mais importantes
novidades parece ser a que prevê os filósofos como os mais indicados ao governo deste
Estado ideal, devido aos valores pelos quais pautam a sua existência.

Uma leitura mais atenta, permite ainda iniciar-se na densa e profunda reflexão
metafísica deste grande pensador. Por meio desta, toma-se contato com noções
essenciais de toda sua obra, como os conceitos que se referem ao mundo das ideias, o
mundo real, em contraposição com o mundo sensível, mera aparência daquele.

Platão mantém nesta obra o consagrado estilo literário do diálogo. Estes e inúmeros
outros elementos fazem desta obra, uma das mais importantes da história do
pensamento ocidental, tanto por sua originalidade, como pela perenidade de conceitos,
no que se refere à concepção sobre o cosmos, e o homem enquanto ser político.

Referências bibliográficas

REALE, G. História da Filosofia; filosofia pagã antiga. São Paulo: Paulus, 2003.

PLATÃO, A República. Trad. Enrico Corvisieri. São Paulo: Nova Cultural, 2004.

1 REALE, G. História da Filosofia; filosofia pagã antiga. São Paulo: Paulus, 2003. pp.
133-134.

2 PLATÃO, A República. Trad. Enrico Corvisieri. São Paulo: Nova Cultural, 2004. Obs.:
todas as idéias de cada parágrafo daqui por diante até as considerações finais estão
fundamentadas nesta referência bibliográfica.

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