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APLICADA
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REVISÃO DE QUÍMICA
Todos os corpos que nos rodeiam, fazem parte da matéria do universo. Cada espécie
de matéria é uma substância. A substância é constituída de elementos. E a união de duas
ou mais substâncias forma uma mistura.
2.1.1. Matéria
Tudo que tem massa e ocupa lugar no espaço. A matéria é descrita através de uma
especificação de uma extensão ou quantidade.
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As ciências naturais são: química, física, biologia, geologia, astronomia, etc., e estudam de forma sistemática os
fatos e idéias que descrevem nosso mundo. Ciência é uma palavra latina que significa conhecimento.
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2.1.1.1 – Estados da Matéria
• sólido
• líquido
• gasoso
• 4o estado (plasma)
• 5o estado
2.1.1.2.1 - Propriedades Físicas: são utilizadas para identificar a substância (ex.: ponto de
fusão, ponto de ebulição, densidade, solubilidade, calor
específico, massa, volume, etc.).
2.1.1.2.2 - Propriedades Químicas: não são utilizadas para identificar a substância, são
usadas para prever transformações (ex.: reatividade,
eletronegatividade, afinidade eletrônica, energia de
ionização).
2.1.2. Substância
É a matéria formada por moléculas iguais entre si. Um só tipo de molécula constitui a
substância pura (ex.: água, sal, ferro, açúcar e oxigênio, etc.). As substâncias puras podem
ser formadas de elementos e de compostos, são denominadas substâncias simples ou
substâncias compostas, respectivamente.
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2.1.2.1 - Substância Simples
2.1.3. Elemento
2.1.4. Composto
Proust elaborou a Lei das Proporções Definidas ou Lei da Composição Constante cujo
enunciado é:
2.1.5. Mistura
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2.1.5.1 – Misturas Homogêneas
A estrutura do átomo irá determinar como os átomos vão interagir entre si, e essa
interação irá definir o comportamento físico e químico da matéria.
Em grego, a palavra tomo significa parte e a significa não, assim, átomo quer dizer
indivisível.
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Substância que contêm átomos do mesmo tipo.
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Demócrito aceitava a idéia da existência de apenas quatro elementos: terra, ar, fogo
e água. Esta idéia foi rejeitada algum tempo depois por Aristóteles, que acreditava no
modelo da matéria contínua.
Becker e Stahl relataram que “alguma coisa” era perdida pelas substâncias quando
queimadas, o produto era menos denso que a substância original, e denominaram este
fenômeno de flogístico.
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Como o modelo de Dalton explicava naquela época muitos dos fenômenos
observados experimentalmente, a idéia de usar modelos para compreender melhor a
constituição elementar da matéria foi muito bem aceita pelos cientistas (Brady e Humiston,
1986).
Os tubos de descarga em gás eram de vidros, totalmente vedados e com uma peça
de metal (eletrodos) em cada extremidade.
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Alguns materiais, quando absorvem luz ultravioleta, emitem de volta luz visível. Esse fenômeno é chamado
genericamente de luminescência. Quando a emissão ocorre imediatamente após a incidência da luz ultravioleta, o
fenômeno é chamado de fluorescência; se, por outro lado, a emissão demorar alguns segundos ou até mesmo
horas, denomina-se de fosforescência (ex.: interruptores).
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Os raios catódicos:
1869 – Dmitri Mendeleev (químico russo) e Julius Lothar Meyer (químico alemão)
Os químicos Mendeleev e Meyer, independentemente, ordenaram os elementos
químicos conhecidos em tabelas periódicas similares.
1874 – G. J. Stoney
Stoney propôs a existência de partículas de eletricidade, os elétron.
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Fundamentado na descoberta do elétron e na descoberta da radiatividade, Thomson
sugeriu que:
E = mc 2 (2.1)
As partículas alfa foram emitidas por uma pequena quantidade do elemento radiativo
polônio em várias folhas finas de diversos materiais como mica, papel e ouro. Observou-se
que embora muitas partículas atravessassem as folhas em linha reta, algumas foram
espalhadas, ou desviadas da linha reta. As partículas foram detectadas através de pontos
luminosos em um anteparo revestido com uma película de sulfeto de zinco fosforescente.
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a) Se os elétrons estivessem parados ao redor do núcleo, eles seriam atraídos pelo núcleo,
fazendo com que o sistema entrasse em colapso. Esta hipótese foi rejeitada.
b) Se os elétrons estivessem em movimento ao redor do núcleo, eles precisariam modificar
a direção constantemente para se manterem em órbita do núcleo. Uma carga negativa
colocada em movimento ao redor de uma carga positiva estacionária, sofre uma
aceleração. Essa carga em movimento perde energia, emitindo radiação. Os elétrons ao
perderem energia gradualmente adquiririam um movimento espiralado em direção ao
núcleo, acabando por colidir com ele. Esta hipótese também foi rejeitada.
Para tentar explicar os espectros atômicos, Bohr formulou uma série de postulados
fundamentados nas idéias de Max Planck e Albert Einstein. Planck defendia a idéia que a luz
possuía propriedades ondulatórias, representada por E = h.ν, sendo E = energia, h =
constante de Max Planck e ν = freqüência. Já Einstein acreditava na dualidade entre matéria
e energia, em que uma se transformava em outra dependendo da condições; assim a luz,
apresentava propriedades de partícula, obedecendo a lei da relatividade, E = mc2. A série
de postulados formulados por Bohr foram os seguintes:
Assim, um elétron num átomo só pode ter certas energias específicas – energia
quantizada, e cada uma delas corresponde a uma órbita particular. Todos os elétrons estão
nos níveis de energia mais baixo – estado fundamental. Quanto maior a energia do elétron,
mais a sua órbita estará afastada do núcleo. Este é o Modelo Orbital.
O elétron ao receber energia externa, de uma chama ou descarga elétrica, salta para
uma órbita mais afastada do núcleo, o átomo fica no estado excitado. Quando a energia
externa cessa, o elétron irradia essa energia (fóton), em certo comprimento de onda (λ) e
salta para a sua órbita normal, que é a mais estável.
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2.2.2. Mecânica Quântica ou Mecânica Ondulatória
1924 – De Broglie
De Broglie resolveu combinar as expressões de Einstein e Planck, obtendo: m =
h/λc, que relaciona os dois aspectos da natureza dualística da luz. Diferentemente da luz, os
elétrons movimentam-se em diferentes velocidades, onde c é substituído por v (m = h/λv).
Contrariamente a uma onda corrente ou onda viajante, uma onda estacionária não
movimenta em uma única direção, a onda se movimenta dentro de uma região (RUSSEL,
1982). Existem três tipos de ondas estacionárias:
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1924 – Erwin Schrödinger
Em 1926, Erwin Schrödinger aplicou a matemática para investigar as ondas
estacionárias no átomo de hidrogênio, este novo campo de estudo foi denominado de
mecânica ondulatória ou mecânica quântica.
Cada uma das diferentes ondas possíveis é chamada de um orbital. Cada orbital em
um átomo possui uma energia característica, que é a descrição espacial da região em torno
do núcleo onde se espera encontrar o elétron.
A idéia dos quatros elemento (fogo, ar, terra e água) foi mudando com o tempo.
Lavoisier definia a substância elementar como aquela que não podia ser decomposta por
meio dos processos químicos conhecidos na época.
Somente após a descoberta dos prótons é que foi possível formular um critério
para a identificação das substâncias simples, que são substâncias formadas por átomos
iguais, no qual esses átomos possuem o mesmo número de prótons em seu núcleo.
Outro número característico do Elemento Químico é a sua massa atômica (A), assim
o elemento é representado na Tabela Periódica com:
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Como núcleo de um átomo é constituído de prótons e nêutrons, para um mesmo
elemento químico, o número de prótons é o mesmo, porém o número de nêutrons pode
variar. Esse fenômeno é conhecido como isotopia (Tabela 2.1).
Atualmente são conhecidos mais de 100 elementos químicos, mas nem todos são
naturais. Os elementos encontrados na natureza têm número atômico variando entre 1 e
92. A partir de 1940, começaram a ser obtidos, artificialmente, elementos com números
atômicos maiores que 92.
A Tabela Periódica atual tem sua origem na proposta lançada por Mendeleev, na
metade do século XIX, época em que eram conhecidos aproximadamente 60 elementos.
Mendeleev tinha um grande conhecimento das propriedades físicas e químicas desses
elementos e organizou a tabela colocando-os em ordem crescente de suas massas atômicas
(A), procurando agrupar os elementos que possuíam propriedades semelhantes, uns
debaixo dos outros. Por isso a tabela ficou conhecida como tabela periódica, uma vez que as
propriedades se repetiam periodicamente.
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elementos ainda não conhecidos, e forneceu um verdadeiro ”mapa da mina” para suas
descobertas.
De acordo com Chemical Abstract Service Group, os grupos são divididos nos
seguintes grupos (Figura 2.2):
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Figura 2.2 – Classificação do Chemical Abstracts Service Group.
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Figura 2.3 – Tabela periódica.
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2.3.3.2. Número Quântico Secundário ou Azimutal (ℓ)
O movimento circular de carga elétrica faz com que o elétron atue como um
eletroímã da mesma forma como uma corrente elétrica, passando através de um fio
enrolado em torno de um prego, faz com que o prego se torne magnetizado.
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Os elétrons podem girar no sentido horário e anti-horário. Dois elétrons próximos
apresentando spins contrários se repelem eletricamente, porém se atraem
magneticamente; e dois elétrons próximos apresentando spins iguais se repelem elétrica e
magneticamente.
• diamagnetismo;
• paramagnetismo, e;
• ferromagnetismo.
Verifica-se que o subnível s do orbital 4 é menos energético que o subnível 3d, assim
como o 5s é menos energético que o 4d e o 6s possui menor energia que o 4f, e assim
sucessivamente.
Figura 2.8- Periodicidade nas distribuições eletrônicas dos átomos (Fonte: BRADY
e HUMISTON, 1986).
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A palavra valência significa capacidade de combinação.
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2.3.5. Periodicidade nas Propriedades
2.3.5.1.1 - Raio Atômico: Nos grupos, o aumento do raio atômico ocorre de cima para
baixo, pois a adição de camadas faz com que os elétrons fiquem mais
distantes do núcleo. Nos períodos, o aumento do raio atômico ocorre
da esquerda para direita, pois ao longo do período ocorrem as
adições dos elétrons na mesma camada e o aumento simultâneo dos
prótons no núcleo, aumentando a carga nuclear. A carga nuclear atrai
mais efetivamente a camada de elétrons.
2.3.5.2.1 – Densidade: Por definição densidade é a razão entre a massa da substância e seu
volume. Esta propriedade física é uma propriedade intensiva. A
periodicidade na densidade em função do número atômico é uma
sucessão de máximos e mínimos, porém estas variações não são
muito regulares devido as diferentes características estruturais da
substância.
2.3.5.3.1 – Dos Metais: A maioria dos elementos químicos são metais e estão posicionados
à esquerda da tabela periódica, são bons condutores de calor e de
eletricidade, maleáveis, dúcteis, possuem alta refletividade e brilho
metálico característico. Os metais tendem a ceder elétrons e se
tornarem carregados positivamente:
M → M+ + e- (2.2)
2.3.5.3.2 – Dos Não-Metais: Os não-metais são na maior parte gases (exemplos: cloro e
oxigênio) e são caracterizados por serem pobres condutores térmicos
e elétricos, no estado sólido são duros e quebradiços (exemplos:
enxofre e fósforo), e não apresentam alta refletividade e nem brilho
metálico. O bromo é o único não-metal líquido à temperatura
ambiente. Suas principais características são explicadas devido a sua
estrutura eletrônica e elevada afinidade eletrolítica. Os não-metais
tendem a receber elétrons e se tornarem carregados negativamente:
M + e- → M- (2.3)
2.4. ESTEQUIOMETRIA
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É quando o semicondutor puro recebe pequenas quantidades de outros elementos.
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elementos que se combinam ou dos compostos que reagem. Essas proporções são
determinadas por meio de cálculos estequiométricos.
As fórmulas estruturais são aquelas que mostram as ligações entre os átomos, como
por exemplo, a fórmula estrutural do sabão (Figura 2.9).
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A “uma – unidade de massa atômica” foi estabelecida em função de 1/12 da massa
do átomo de carbono (C) isótopo 12, como demonstrado na Tabela 2.4.
É sabido que os átomos que reagem, sempre guardando entre si relações simples de
números inteiros, como por exemplo, átomos de hidrogênio e de oxigênio, combinam-se
numa proporção de 2:1 para formar moléculas de água; átomos de enxofre, carbono e
nitrogênio, por outro lado, formam o íon tiocianato (SCN-), quando se combinam numa
razão de 1:1:1.
2.4.1.4. Mol
A palavra mol vem do latim e significa um amontoado ou pilha de pedras para conter
as águas do mar (quebra-mar). Por analogia, o termo mol representa um amontoado de
átomos, moléculas, elétrons, íons ou outras partículas.
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6,02.1023 unidades de moléculas e assim por diante.
Uma vez que átomos, íons ou moléculas são pequenos de mais para serem tratados
individualmente no laboratório, na prática se trabalha com os moles destas partículas.
Assim, pode-se pesar um mol de qualquer substância em uma balança comum; por
exemplo, 1 mol de limalha de ferro equivale à massa atômica do elemento químico Fe
expresso em gramas. Logo,
A massa molar de qualquer substância química, por sua vez, corresponde à massa
de um mol de partículas daquela substância. Para um mesmo composto, a massa molar é
numericamente igual à massa molecular com a diferença de que a massa molar é expressa
em g/mol. Logo a massa molar da propanona = 58,09 g/mol e do perclorato de potássio =
122,44 g/mol.
Assim, os termos massa molecular e massa molar podem ser utilizados sem
distinção, para compostos moleculares e não moleculares.
em que, C (s) e O2 (g) são os reagente e o CO2 é o produto; (s) e (g) significam o estado
físico dos reagentes e produto, sólido e gasoso, respectivamente. Além dessas abreviações,
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existem (ℓ) para líquido, (aq) para substâncias dissolvidas em água (solução aquosa), (↓)
para formação de precipitado e (↑) para geração de gás.
Os gases nobres não fazem ligações químicas com os demais elementos, pois
apresentam grande estabilidade. Esta estabilidade é conseqüência da configuração
eletrônica que apresentam 8 elétrons na camada de valência. Os outros elementos
estabelecem as ligações químicas para adquirirem a configuração eletrônica idêntica a dos
gases nobres. Desta forma, a Regra do Octeto dita que:
• ligação iônica;
• ligação metálica;
• ligação covalente.
• possuem elevados ponto de fusão (PF) e ponto de ebulição (PE) (exceção: mercúrio,
césio e frâncio);
• na forma metálica são insolúveis em solventes polares e apolares;
• ótimos condutores de corrente elétrica, mesmo na fase sólida devido a presença dos
elétrons livre;
• são dúcteis e maleáveis;
• são ótimos condutores de calor.
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• podem ser sólidos (glicose), líquidos (água) ou gasosos (oxigênio) em temperatura
ambiente;
• moléculas polares são solveis em solventes polares, moléculas apolares são solúveis em
solventes apolares.
As outras ligações, menos energética e uma pouco mais fraca que as ligações citadas
anteriormente, são:
2.5.2.1. Forças de Van der Waals, Forças de London ou Dipolo Induzido - Dipolo Induzido
As forças de Van der Waals, forças de London ou dipolo induzido - dipolo induzido
ocorrem entre moléculas apolares ou entre átomos de gases nobres, quando por um motivo
qualquer ocorre uma assimetria na nuvem eletrônica, gerando um dipolo que induz as
demais moléculas ou átomos a também formarem dipolos. São de intensidade fraca. Ex.:
H2; N2; O2; I2; Br2; CO2; BF3; He; Ne; Ar.
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2.6. SOLUÇÕES
Pelo fato de uma solução ser um tipo de mistura (mistura homogênea), seus
componentes podem ser separados fisicamente. Por exemplo, pode-se separar os
componentes da solução de sacarose acima evaporando a água por fervura. Entretanto, os
componentes de uma solução não se separam por si só, e nem podem ser separados por
filtração.
Além disto, soluções líquidas são geralmente transparentes. Pode-se ver através
delas porque as partículas são pequenas demais para bloquearem a transmissão de luz
através da solução.
• soluto;
• solvente.
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2.6.2. Tipos de Dispersão
As soluções podem existir em qualquer dos três estados da matéria (gasoso, líquido
e sólido), como apresentado na Tabela 2.6.
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condução da corrente elétrica nas soluções, propondo assim, a Teoria Iônica das Soluções
para explicar a condutividade das soluções.
• soluções eletrolíticas;
• soluções não eletrolíticas.
A molecular do ácido clorídrico é polar, a água promove a formação dos íons cátions
H+ e ânions Cl-.
• soluções ácidas;
• soluções básicas;
6
É a formação de camadas de solvente ao redor da partícula. Quando o solvente é água e ela soltada a partícula
iônica, este fenômeno é denominado de hidratação.
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• soluções neutras.
A definição clássica de substância ácida e básica foi proposta pelo químico suíço
Arrhenius. Um ácido é um composto que, dissociado em água, libera íons de hidrogênio
(H+), conhecido também por próton, produzindo uma solução ácido, e bases são compostos
que, dissociam em água, libera íons de hidróxidos (íon hidrônio ou íon hidroxônio, OH-),
produzindo solução básica ou alcalina. A mistura de uma solução ácida com uma solução
básica produz uma solução neutra, formando sal e água.
A grandeza pH foi definida pela IUPAC como sendo igual a logaritmo negativo da
atividade do íon hidrogênio:
[ ]
pH = − log H + (2.8)
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2.6.3.4. Quanto a Concentração de Soluto
• solução saturada;
• solução não saturada;
• solução supersaturada
• solução diluída;
• solução concentrada.
Solução saturada é aquela em que existe um equilíbrio entre o soluto não dissolvido
(gasoso, líquido ou sólido) e o soluto presente na solução. A concentração do soluto na
solução em equilíbrio é chamada solubilidade do soluto nesse solvente à temperatura
considerada.
Quanto à relação existente entre soluto e solvente, as soluções não saturadas podem
ser diluídas e concentradas.
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na ausência de perturbações, uma solução supersaturada pode assim permanecer por um
tempo bastante longo.
As soluções saturadas podem ser tomadas como padrões de referência, porque tanto
as não saturadas como as supersaturadas tendem a formar uma solução saturada quando
as condições o permitem. Por exemplo, quando cristais do soluto silo adicionados a urna
solução não saturada ou a unia solução supersaturada, ambas tendem a se aproximar das
condições de equilíbrio. A solução não saturada aproxima-se do equilíbrio dissolvendo
cristais, e a solução supersaturada aproxima-se do equilíbrio depositando cristais.
• mg/L ou g/L;
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• %;
• mol/L;
• N.
Esse termo é utilizado para indicar a relação entre a massa do soluto (m), expressa
em gramas, e o volume (V), da solução, em litros.
m( g )
C= (2.5)
V ( L)
Os termos diluído e concentrado são apenas termos relativos. Uma solução diluída
contém somente uma fração do soluto contido numa solução concentrada. Ex. Uma solução
a 3%(m/m) de ácido nítrico é diluída em comparação com uma solução de 1-1N03 a 30%
em massa.
n(mol )
C= (2.6)
V ( L)
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2.6.4.4. Concentração Normal
2.6.6. Hidrólise
A hidrólise ocorre para íons provenientes de ácidos ou bases fortes. Por exemplo, o
cátion (proveniente de uma base forte) de um sal sofre a seguinte reação de hidrólise:
M+ + H2O MOH + H+
X- + H2O HX + HO-
2.6.6.1.1 – Hidrólise de Sais Ácidos: Um sal é dito ácido quando ele é formado pela reação
de um ácido forte com uma base fraca. Por exemplo, o sal de NH4Cl
(cloreto de amônio).
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HCl + NH4OH → NH4Cl + H2O
ácido forte base fraca sal ácido água
Assim, esse sal quando é dissolvido em água produz um meio ácido cujo pH < 7.
H2O
NH4Cl NH4+ + Cl-
OH-
O íon amônio sofre hidrólise porque é pouco eletropositivo, e o íon coreto sofre
hidratação porque é muito eletro negativo.
2.6.6.1.2 – Hidrólise de Sais Básicos: Um sal é dito básico quando ele é formado pela
reação de uma base forte com um ácido fraco. Por exemplo, o sal de
NaCH3COO (ou NaC2H3O2 – acetato de sódio).
Assim, esse sal quando é dissolvido em água produz um meio básico cujo pH > 7.
H2O
NaCH3COO Na+ + CH3COO-
- Sofre hidratação: Na+
H+
O íon amônio sofre hidrólise porque é pouco eletropositivo, e o íon coreto sofre
hidratação porque é muito eletro negativo.
• reações de precipitação;
• reações ácido-base;
• reações de oxidação-redução.
As reações de ácido - base ocorrem quando uma substância ácida reage com uma
substância básica produzindo sal mais água. Estes tipos de reações também são conhecidas
como reações de neutralização, quando as quantidades de ácido e base são equivalentes.
Por exemplo,
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NaOH + HCl NaCl + H2O
Quando as quantidades de ácido ou base são excedentes no meio, elas podem ser
detectadas utilizando-se indicadores, que são substâncias orgânicas (ácidos ou bases
orgânicas fracas) adicionadas em pequenas quantidades ao meio, dando uma coloração
característica.
Os indicadores são muito empregados nas titulações de ácido – base, para que o
operado consiga visualizar o ponto de viragem (ponto de equivalência) da titulação. Como a
mudança de coloração do meio para cada indicador ocorre em uma determinada faixa de pH
(Figura 2.11), é necessário que se escolha o pH adequado para cada ponto de equivalência
da titulação.
38
O balanceamento de uma equação de oxidação-redução pode ser feito de acordo
com o passo-a-passo a seguir:
Exemplos:
2.8. TERMOQUÍMICA
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luminosa pelas plantas durante a fotossíntese.
• energia interna;
• entalpia;
• entropia;
• energia livre.
A Energia Interna (E) é a energia armazenada nas ligações das moléculas e nos
retículos iônicos e se origina das energias potencial e cinética dos elétrons (Ucko, 1992).
O calor liberado (∆E) a volume constante é medido na prática por uma bomba
calorimétrica (ou calorímetro), porém como a maioria das reações químicas ocorrem em
sistemas abertos e à pressão atmosférica constante, é mais prático medir a entalpia do
sistema.
2.8.2. Entalpia
A Entalpia (∆H) é uma palavra de origem alemã, enthalen, que significa “conteúdo de
calor”, é o calor absorvido ou liberado à pressão constante (P = constante). Se a entalpia é
negativa (∆H = -), a reação é exotérmica e se a entalpia é positiva (∆H = +), a reação é
endotérmica (Figura 2.12).
40
2.8.3. Entropia
∆G = ∆H − T ∆S (2.10)
2.9. ELETROQUÍMICA
2.9.1. Eletrólise
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reação de oxidação e redução no sentido inverso daquela em que se processaria
espontaneamente.
• eletrodos;
• solução eletrolítica;
• circuito metálico externo.
7
Significa perder elétrons e tornar-se positivo.
8
Significa ganhar elétrons e tornar-se negativo.
42
Figura 2.14 – Oxidação no eletrodo positivo (ânodo).
2.9.1.1.3 - Circuito Metálico Externo: é o suporte metálico, externo à cuba eletrolítica, que
conduz a corrente elétrica por meio dos elétrons gerados por uma
fonte corrente contínua.
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produção de sódio usado como transferência de calor para a refrigeração de reatores
nucleares e nas lâmpadas a vapor de sódio; a corrosão; a eletrólise como tratamento
químico alternativo de águas residuárias; e muitos outros.
A produção de cloro a partir de solução aquosa de NaCl é bem mais complexa, pois
neste caso podem ocorrer as reações de oxidação ou redução da água. Assim, as reações
que podem ocorrer são as seguintes:
Somente uma análise qualitativa irá revelar quais os elementos químicos formados
nos eletrodos, uma vez que existem duas reações competindo em cada eletrodo. Assim, a
reação global é:
2.9.2. Galvanometria
Os elétrons perdidos pelo zinco caminham pelo fio do circuito externo até o eletrodo
de cobre, tornando a placa do eletrodo carregada negativamente. Os íons Cu2+ contidos na
solução de sulfato de cobre são reduzidos, produzindo o cobre metálico, que se deposita no
eletrodo de cobre. A concentração de íons cátions na placa de cobre afasta os íons SO42-,
tornando a solução de sulfato de cobre carregada negativamente, atraindo os íons K+
contidos na ponte salina.
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Zn (s) → Zn2+ (aq)+ 2 e- (oxidação – ânodo)
Cu (aq) + 2 e-
2+
→ Cu (s) (redução – cátodo)
Zn (s) + Cu2+ (aq) → Zn2+ (aq)+ Cu (s)
O importante fato de eletricidade pode ser produzida por meio de transformações
químicas, permite o estoque de energia elétrica sob a forma de reagentes químicos, os
quais poderão ser usados para gerar energia elétrica e outras formas de energia, quando
houver necessidade.
Como cada eletrodo está envolvido em uma solução contendo íons, os quais tem
tendência de adquirir elétrons de seu respectivo eletrodo, a fim de reduzir-se.
Quanto maior o potencial de redução, tanto maior será sua facilidade em sofrer
redução (receber elétrons), como expresso na Tabela 2.9.
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Figura 2.17 – Fila de reatividade dos metais.
Quanto mais reativo é o elemento, tanto menos nobre ele é. Quanto mais nobre o
elemento, menor será a sua reatividade química. O ouro (Au), a platina (Pt) e a prata (Ag)
têm baixa reatividade química são elementos de metais nobres. São chamados de “nobres”
porque mais dificilmente sofre “ataques” químicos de outras substâncias.
Resumindo, quando dois metais estão próximos, cria-se uma diferença de potencial
entre eles que gera a condução de corrente elétrica. Um desses materiais terá maior
facilidade de receber os elétrons livres do metal adjacente. Essa facilidade de receber
elétrons gera o potencial de redução do metal. Portanto, quanto maior o potencial de
redução, maior será a avidez por elétrons.
Por exemplo, no sistema zinco (Zn) – cobre (Cu), o zinco tem tendência de perder
elétrons, porque seu potencial de redução (-0,76 V) é menor que o potencial de redução do
cobre (0,34 V)
o o o
ε pilha = ε redução − ε oxidação (2.11)
o o o
ε pilha = ε Cu − ε Zn (2.12)
o
ε pilha = 0,34 − (−0,76) (2.13)
o
ε pilha = 1,10V (2.14)
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focados nos seguintes tópicos:
• hidrocarbonetos;
• compostos orgânicos oxigenados;
• compostos orgânicos sulfurados;
• compostos orgânicos nitrogenados;
• polímeros;
• carboidratos;
• lipídios;
• proteínas;
• enzimas.
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2.10.2.1. Ligações do Átomo de Carbono
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Figura 2.19 – Formas de representação do núcleo benzênico.
2.10.2.3. Nomenclatura
51
cetonas Propanona
amidas Acetamida
2.10.2.5. Isomeria
Fórmula Isômero
Molecular
Constitucional ou Estrutural
C4H10
C5H11Cl
C2H6O
Esteroisômero
52
BrNSOH4
Enantiômeros ou isômero óptico: são reflexos, porém não se sobrepõem, mas possuem as mesmas propriedades físicas. São
capazes de desviar a luz polarizada: a) para direita (D+), são denominados dextrógiro; e a) para esquerda (L-), são denominados
levógiro. Essa atividade ótica é devido as moléculas serem assimétricas, isto é, possuem carbono quiral (ou estereocentro), todos
os ligantes são diferentes.
C2H2Cl2
Diasteroiômeros: os átomos estão ligados da mesma forma, mas diferem na disposição, não podendo ser convertido um np outro
devido à barreira energética de rotação.
2.10.3. Hidrocarbonetos
São os compostos orgânicos mais simples, formado apenas por átomos de carbono e
hidrogênio. Possuem a capacidade de sofrer combustão.
• saturada ou simples;
• insaturada ou ligações múltiplas.
• alcanos;
• alcenos;
• alcinos;
• cíclicos;
• derivados halogenados.
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em forma de zigue-zague. São pouco reativos e apolares, sendo utilizados
como solventes. Estão presentes no gás natural, petróleo e seus derivados. O
alcano mais simples é o gás metano.
Os alcanos são bons combustíveis, pois a ligação sigma (σ) quando quebrada
libera grande quantidade de calor, produzindo CO2 e H2O. Exemplos: metano
(gás natural), propano (gás de botijão), butano (gás de isqueiro), octano e
outros (componentes da gasolina) e alcanos superiores (componentes do
querosene).
O ponto de ebulição dos alcanos aumenta com o número de carbonos (Figura
2.22). Isto se deve as forças intermoleculares (forças de Van der Walls e de
London) são mais efetivas quanto maior é a superfície da moléculas. Portanto,
os isômeros com mesmo número de carbonos e hidrogênios, o ponto de
ebulição será maior para uma cadeia linear, pois quanto mais ramificada for a
molécula, a superfície efetiva de contato diminui; assim as forças
intermoleculares são menores em alcanos ramificados, resultando em pontos de
ebulição mais baixos. O heptano (23 átomos) tem ponto de ebulição próximo ao
da água (3 átomos), pois as forças de Van der Walls são muito mais fracas que
as pontes de hidrogênio da águas que são mais fortes.
54
n Nombre (-ano) Fórmula (CnH2n+2) n Nombre (-ano) Fórmula (CnH2n+2)
1 metano* CH4 10 decano CH3(CH2)8CH3
2 etano* CH3CH3 11 undecano CH3(CH2)9CH3
3 propano* CH3CH2CH3 12 dodecano CH3(CH2)10CH3
4 butano* CH3(CH2)2CH3 13 tridecano CH3(CH2)11CH3
4 isobutano (CH3)3CH 14 tetradecano CH3(CH2)12CH3
5 pentano CH3(CH2)3CH3 15 pentadecano CH3(CH2)13CH3
5 isopentano (CH3)2CHCH2CH3 20 eicosano CH3(CH2)18CH3
5 neopentano (CH3)4C 21 heneicosano CH3(CH2)19CH3
6 hexano CH3(CH2)4CH3 22 docosano CH3(CH2)20CH3
7 heptano CH3(CH2)5CH3 30 triacontano CH3(CH2)28CH3
8 octano CH3(CH2)6CH3 40 tetracontano CH3(CH2)38CH3
9 nonano CH3(CH2)7CH3 50 pentacontano CH3(CH2)48CH3
9
Termo empregado porque muitos dos compostos possuem odores pronunciados (RUSSELL, 1994).
56
CETONA
nome de −o
R CH2 R1 + ona
propanona
ÁCIDO O
nome de − o
CARBOXÍLICO ácido ||
R CH3 + oico CH3 CH2 C
|
OH
ácido propanóico
ÉSTER
nome de O
O − ácido ||
|| − ico CH3 CH2 C
R C + ato |
| + nome de R1 O CH3
OH propanoato de metila
2.10.4.1. Álcoois
São moléculas que contêm um grupo hidroxila ( OH) ligado a um radical alquila. Os
álcoois formam ponte de hidrogênio porque o oxigênio do grupo hidroxila é mais
eletronegativo que o carbono, deslocando as cargas na molécula formando um dipolo, por
isso os álcoois são solúveis em água. Exemplos: metanol (álcool metílico – álcool de
madeira, venenoso), etanol (álcool etílico – de bebidas), 2-propanol (álcool isopropílico –
álcool para fricção, usado como anti-séptico, pois age como adstringente, enrijecendo a pele
e limitando as secreções).
O fenol não age como álcool típico, é ligeiramente ácido, pode ser ionizado, é muito
corrosivo podendo causar queimaduras na pele, é usada como germicida em solução de 2%
para desinfetar instrumentos médicos.
Dois grupos hidroxilas em uma mesma molécula é denominada de diol (etileno glicol
– agente anticongelante e refrigerante usado em radiadores de automóveis) e três grupos
hidroxilas em uma mesma molécula é denominada de triol (glicerol ou glicerina – líquido
incolor, viscoso, não tóxico e higroscópico, usado em hidratantes e supositórios).
2.10.4.2. Éteres
São moléculas que contêm um átomo de oxigênio ligado a dois radicais alquilas (R1
O R2). Os éteres são relativamente estáveis e geralmente não reagem com: ácidos,
bases ou metais ativos. Tendem a se oxidar lentamente se transformando em peróxidos (
O O ). Os peróxidos orgânicos são muito explosivos, por isso, os éteres devem ser
manipulados cuidadosamente (UCKO, 1992). Muitos éteres são usados como anestésicos
gasosos.
2.10.4.3. Aldeídos
São moléculas que contêm um átomo de carbono fazendo duas ligações: uma ligação
57
simples com hidrogênio ( H), de um lado, e uma dupla ligação com o oxigênio , o grupo
carbonila , do outro lado .
• acroleína, composto mau cheiroso formado pela decomposição da gordura depois de ser
queimado, devido à desidratação do glicerol;
• formalina (formaldeído ou metanal), gás incolor, usado como desinfetante e germicida
em solução de 37 %;
• benzaldeído, composto aromático, usado na fabricação de drogas, corantes, perfume e
aromatizantes;
• vanilina, derivado do benzaldeído, usado como aromatizante de odor baunilha.
2.10.4.4. Cetonas
São moléculas que contêm um grupo carbonila ligado a dois radicais alquilas.
2.10.4.6. Ésteres
58
ácido carboxílico e um álcool. A reação inversa restitui o ácido carboxílico e o álcool.
O éster pode sofrer saponificação (produção de sabão), quando exposto a uma base
forte.
Os éteres também são responsáveis por odores, como por exemplo, benzoato de
metila (odor de feno ceifado) entre outros.
Dois ésteres importantes são: o salicilato de metila (óleo de gualtéria, usado como
medicamento untoso para alívio de dores musculares) e ácido acetilsalicílico (aspirina,
usado como analgésico, antipirético e antiinflamatório).
• aminas;
• amidas;
• alcalóides.
2.10.6.1. Aminas
ou
(a) pirrol (b) imidazol (c) indol (d) piridina (e) quinolina (f) purina
Figura 2.26 – Importantes aminas heterocíclicas ou aminas aromáticas.
2.10.6.2. Amidas
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• antibióticos contém as lactamas (amidas cíclicas – anéis cíclicos)
2.10.6.3. Alcalóides
2.10.7. Polímeros
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primitiva ao fazer desaparecer a tensão. Podem ser estirados sem se romper até um
comprimento muito superior ao primitivo;
• resinas, são polímeros de estrutura tridimensional formados por moléculas rígidas de
pesos moleculares não muito altos, mais que produzem substâncias duras;
• poliuretanos, empregados para fabricar espumas de almofadas e almofadões;
• nylon, uma poliamida;
• e outros.
Química Aplicada à
Tecnologia da Automação Industrial
Revisada por
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GOIÂNIA
Goiás
2006
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