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PROCESSO Nº TST-RR-588-16.2010.5.04.

0003

A C Ó R D Ã O
(5ª Turma)
GMCB/mha/  

RECURSO DE REVISTA.
1. DANOS   MORAIS.   CONFIGURAÇÃO.
QUANTUM  COMPENSATÓRIO.   VIOLAÇÃO   DO
ARTIGO   5º,   II,   DA   CONSTITUIÇÃO
FEDERAL. NÃO CONHECIMENTO.
Observa­se   que   o   recurso   de   revista
não   se   viabiliza   pela   alegada
violação   do   artigo   5º,   II,   da
Constituição   Federal,   porque   o
princípio da legalidade insculpido no
referido   dispositivo   mostra­se   como
norma   geral   do   ordenamento   jurídico
pátrio, sendo necessária a análise da
ocorrência   de   violação   de   norma
infraconstitucional   para   que   se
reconheça,   somente   de   maneira
indireta   ou   reflexa,   afronta   ao   seu
texto.   Nesse   sentido,   inclusive,   a
Súmula   n°   636   do   Supremo   Tribunal
Federal.
Recurso   de   revista   de   que   não   se
conhece.
2.  ADICIONAL   DE   INSALUBRIDADE.
MANUSEIO DE PRODUTO DE LIMPEZA COMUM.
AUSÊNCIA   DE   CONTATO   COM   ÁLCALIS
CÁUSTICOS   EM   SUA   FORMA   PURA.   SÚMULA
Nº 448. NÃO CONHECIMENTO.
A   jurisprudência   deste   Tribunal
Superior   é   firme   no   entendimento   de
que o manuseio de produto de limpeza
comum   não   enseja   o   pagamento   do
adicional   de   insalubridade.   Isso
porque   nos   referidos   produtos   não
existe   concentração   pura   de   álcalis
cáusticos, mas apenas mistura, o que
não se enquadra na previsão disposta
na   NR­15,   Anexo   13,   da   Portaria   nº
3.214/78.   Precedentes.   Inteligência
da Súmula nº 448.

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Recurso   de   revista   de   que   não   se


conhece.
3. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. AUSÊNCIA
DE ASSISTÊNCIA SINDICAL. PROVIMENTO.
Na Justiça do Trabalho, os honorários
advocatícios decorrem de dois
requisitos: a parte estar assistida
por sindicato da categoria
profissional e comprovar a percepção
de salário inferior ao dobro do
mínimo legal, ou encontrar-se em
situação econômica que não lhe
permita demandar sem prejuízo do
próprio sustento ou da respectiva
família. Inteligência das Súmulas nºs
219 e 329.
Recurso de revista de que se conhece
e a que se dá provimento.
4. FGTS. PRESCRIÇÃO. FALTA DE
INTERESSE RECURSAL. NÃO CONHECIMENTO.
Na hipótese, em que pese a egrégia
Corte Regional ter declarado a
prescrição trintenária à pretensão
por diferenças de FGTS, a
improcedência do pedido foi mantida
no v. acórdão regional.
Assim, não configurado o trinômio
"necessidade - utilidade -
adequação", imprescindível à
caracterização do interesse recursal,
resulta inviável o conhecimento do
apelo. Inteligência dos artigos 267,
VI, e 499 do Código de Processo
Civil.
Recurso de revista de que não se
conhece.
5.CONTRIBUIÇÃO ASSISTENCIAL.
RESTITUIÇÃO. SÚMULA Nº 23. NÃO
CONHECIMENTO.
A pretendida divergência
jurisprudencial não socorre a
reclamada, tendo em vista o óbice da
Súmula nº 23, segundo a qual "Não se
conhece de recurso de revista ou de
embargos, se a decisão recorrida
resolver determinado item do pedido
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por diversos fundamentos e a


jurisprudência transcrita não
abranger a todos".
Na hipótese, o egrégio Tribunal
Regional manteve a condenação à
restituição do desconto da
contribuição assistencial sob dois
fundamentos: primeiro, porque a
contribuição assistencial não estava
prevista na norma coletiva; segundo,
porque não constatou que o reclamante
fosse filiado à entidade sindical.
Assim, o aresto colacionado não
abrange todos esses fundamentos, de
modo que não se presta a demonstrar a
pretendida divergência
jurisprudencial, nos termos da
aludida súmula.
Recurso de vista de que não se
conhece.

Vistos,   relatados   e   discutidos   estes   autos   de


Recurso   de   Revista   n°  TST­RR­588­16.2010.5.04.0003,   em   que   é
Recorrente  CASA   BAHIA   COMERCIAL   LTDA.  e   é   Recorrido  ENIO   JOSE
PEDRALLI.

O egrégio Tribunal Regional da 4ª Região, mediante
o   v.   acórdão   de   fls.   630/653,   deu   parcial   provimento   ao   recurso
ordinário do reclamante.
Não foram opostos embargos de declaração.
Inconformada,   a   reclamada   interpõe   recurso   de
revista   às   fls.   660/674,   no   qual   requer   a   reforma   da   v.   decisão
regional.
Decisão de admissibilidade às fls. 684/686.
Contrarrazões às fls. 702/709.
O   d.   Ministério   Público   do   Trabalho   não   oficiou
nos autos. 
É o relatório.
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V O T O

1. CONHECIMENTO

1.1. PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS

Presentes os pressupostos extrínsecos de


admissibilidade recursal, considerados a tempestividade (fls. 654 e
660), a representação regular (fl. 678 e 680) e o preparo (fls. 675
e 677), passo ao exame dos pressupostos intrínsecos.

1.2. PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS

1.2.1.DANOS MORAIS. CONFIGURAÇÃO. QUANTUM


COMPENSATÓRIO.

O egrégio Tribunal Regional, ao tratar da questão,


deixou consignado, in verbis:

"O juízo de origem condenou a reclamada ao pagamento de


indenização por danos morais, no valor de R$ 5.000,00.
Inconformado, o reclamante busca a majoração do valor fixado.
A reclamada, por sua vez, sustenta indevida a indenização deferida,
postulando, sucessivamente, a redução do montante arbitrado.
Analiso.
A propósito da matéria, cabe referir que o direito à indenização por
dano moral, inscrito nos incisos V e X do art. 5º da CF, bem como nos
artigos 186 e 927 do CC, exige para a sua caracterização a ocorrência de
um abalo na imagem do indivíduo, bem como diminuição de seu conceito
moral junto a outras pessoas de seu círculo social.
A indenização por dano moral está ligada, outrossim, à ação culposa
ou dolosa do empregador, imputando-se a responsabilidade civil somente
quando configurada a hipótese do art. 186 do CC. É necessária, assim, a
comprovação da responsabilidade do agente pela ofensa ao bem jurídico
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protegido: quer se trate de dano moral, quer de dano material, a obrigação


de indenizar somente pode existir quando demonstrado o nexo de
causalidade entre o dano e o comportamento do agente. O ilícito importa
invasão da esfera jurídica alheia, sem o consentimento do titular ou
autorização do ordenamento jurídico.
No caso dos autos, a indenização por danos morais foi deferida
porque, segundo o juízo de origem, "[...] resta demonstrado, à saciedade, a
parte da conduta aviltante por parte da reclamada alegada pelo reclamante
em face dos vendedores, que eram impedidos de sentar senão quando em
atendimento" (fl. 803v).
Com efeito, a única testemunha inquirida confirma a alegação da
inicial ao declarar que "[...] não podiam sentar durante a jornada de
trabalho, a menos que estivessem atendendo" (fl. 793), circunstância que,
sem dúvida, configura ato ilícito a justificar o deferimento da reparação,
mantendo-se a decisão de origem pelos seus próprios fundamentos:
"Assim, restando provada a conduta ilícita do agente, de
modo aviltante à dignidade da vítima, por corolário, ter-se-á o
dano.
Ora, são latentes os dissabores sofridos pelo reclamante
decorrentes da conduta constatada, frente ao exaurimento físico
imposto pela empregadora ao impeli-lo a cumprir sua jornada
inteiramente em pé, sendo-lhe franqueado o uso de assento
somente quando em atendimento" (fl. 804v).
Nesse contexto, o valor da indenização, à míngua de parâmetros
objetivos, deve ser fixado de acordo com a condição econômica das partes,
o grau de responsabilidade do empregador e a gravidade da ofensa, com a
observância do princípio da razoabilidade. Não deve, então, ser fixado em
valor irrisório ou em montante que importe no enriquecimento injustificado
da vítima ou na ruína do empregador.
Considerados tais critérios, entendo que o valor arbitrado na sentença
(R$ 5.000,00) mostra-se adequado para compensar o sofrimento da
reclamante, diante dos elementos apurados e das repercussões na vida do
empregado, servindo também de pena com caráter pedagógico para o
empregador, para evitar que seja dispensado aos demais empregados
tratamento como o relatado no presente processo.
Ante o exposto, nego provimento aos apelos." (fls. 645/647)

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Inconformada, a reclamada interpõe recurso de


revista, no qual requer a reforma da v. decisão regional.
Argumenta que não restou comprovada a sua
responsabilidade, razão pela qual o reclamante não faz jus à
compensação por danos morais.
Sustenta que o valor da indenização deve ser
arbitrado em obediência aos princípios da razoabilidade e
proporcionalidade, a fim de evitar o enriquecimento sem causa do
reclamante.
Alega que o dano moral exige comprovação robusta
dos efetivos prejuízos advindos da conduta lesiva, o que não
ocorreu no caso.
Indica violação do artigo 5º, II, da Constituição
Federal (fls. 663/665).
O recurso não alcança conhecimento.
Com efeito, observa-se que o recurso de revista
não se viabiliza pela alegada violação do artigo 5º, II, da
Constituição Federal, porque o princípio da legalidade insculpido no
referido dispositivo mostra-se como norma geral do ordenamento
jurídico pátrio, sendo necessária a análise da ocorrência de
violação de norma infraconstitucional para que se reconheça, somente
de maneira indireta ou reflexa, afronta ao seu texto. Nesse sentido,
inclusive, a Súmula n° 636 do Supremo Tribunal Federal.
Ante o exposto, não conheço do recurso de revista.

1.2.2.ADICIONAL   DE   INSALUBRIDADE.   MANUSEIO   DE


PRODUTO DE LIMPEZA COMUM.

A propósito, a egrégia Corte Regional assim


decidiu:

"O reclamante busca o pagamento do adicional de insalubridade em


grau médio. Sustenta que a sentença contraria a conclusão pericial. Afirma
que a reclamada não se fez presente na data da perícia, tampouco
apresentou prova a infirmar a conclusão do perito.
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Analiso.
No caso dos autos, consoante o laudo pericial (fls. 745/747), o perito
assevera que as atividades do reclamante eram insalubres em grau
máximo, em face do emprego e contato cutâneo habitual com produtos
de limpeza - álcalis cáusticos, nos termos do Anexo 13 da NR-15 da
Portaria nº 3.214/78 do MTE. Ressalto que a atividade de limpeza, com a
utilização de tais produtos, foi relatada pelo reclamante ao perito, não
havendo divergência por parte da reclamada, que sequer compareceu na
data designada para inspeção, sem qualquer justificativa.
Assim, data venia do entendimento exarado na origem, entendo
que merece reparo a sentença, acolhendo-se a conclusão pericial
quanto à caracterização de insalubridade. A prova, no aspecto, é
eminentemente pericial, consoante dispõe o art. 195 da CLT." (fls.
633/634 - grifei)

Inconformada, a reclamada interpõe recurso de


revista, no qual requer a reforma da v. decisão regional.
Argumenta que o reclamante exercia as funções de
vendedor e, ainda que eventualmente tenha colaborado na limpeza,
suas atividades jamais foram suscetíveis de gerar direito à
percepção do adicional de insalubridade, por se tratar de contato
com produtos de uso doméstico.
Alega que os produtos utilizados não possuem
qualquer semelhança aos agentes químicos previstos na NR-15 da
Portaria do Ministério do Trabalho.
Indica   divergência   jurisprudencial,   contrariedade
à  Orientação  Jurisprudencial  nº  04  da  SBDI­1  e  violação  do  artigo
436 do CPC (fls. 665/668).
O recurso alcança conhecimento.
Constata­se   dos   autos,   em   especial   da   sentença,
que o reclamante no exercício da atividade de vendedor, limpava os
mostruários (tirava pó) ou fazia pequenas limpezas (fls. 456/457). 
Pois bem. A jurisprudência deste Tribunal Superior
é   firme   no   entendimento   de   que   o   manuseio   de   produto   de   limpeza
comum   não   enseja   o   pagamento   do   adicional   de   insalubridade.   Isso
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porque   nos   referidos   produtos   não   existe   concentração   pura   de


álcalis   cáusticos,   mas   apenas   mistura,   o   que   não   se   enquadra   na
previsão disposta na NR­15, Anexo 13, da Portaria nº 3.214/78.
Nesse   sentido,   os   seguintes   precedentes   desta
colenda Turma: 

"AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. ACERTO


DA DECISÃO AGRAVADA. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. LIXO
URBANO. SÚMULA Nº 126. NÃO PROVIMENTO. 1. A decisão
agravada denegou seguimento ao agravo de instrumento, com amparo no
-caput- do artigo 557 do CPC. No caso em tela, discute-se a existência de
insalubridade nos serviços de limpeza geral de cozinha. 2. A jurisprudência
deste colendo Tribunal Superior do Trabalho tem se firmado no sentido de
que o manuseio de produtos de limpeza não enseja a percepção de
adicional de insalubridade. Isso porque o contato com álcalis cáusticos
que ocasiona insalubridade é aquele em grandes concentrações
(conforme previsto na NR 15 da Portaria 3.214 do Ministério do
Trabalho - "fabricação e manuseio de álcalis cáusticos"). Produtos comuns
de limpeza possuem baixa concentração da substância álcalis cáusticos, de
forma que o seu manuseio não enseja a percepção do vindicado adicional
de insalubridade. 3. O presente agravo não trouxe nenhum argumento que
demovesse o óbice indicado na decisão impugnada. Agravo Regimental a
que se nega provimento."(AgR-AIRR - 613-83.2011.5.12.0031 , Relator
Ministro: Guilherme Augusto Caputo Bastos, Data de Julgamento:
14/08/2013, 5ª Turma, Data de Publicação: 23/08/2013). (sem grifos
no original).

"(...) ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. LIMPEZA DE BANHEIROS


ESCOLARES E MANUSEIO DE PRODUTOS QUE CONTENHAM
AGENTES QUÍMICOS ALCALIS CAUTICOS. Ainda que laudo pericial
constate o contato da reclamante com agentes químicos ou biológicos
nocivos à saúde, a limpeza de banheiros escolares e o manuseio de
produtos de limpeza que contenham em sua substância, de forma
diluída e em pequenas quantidades, agentes químicos álcalis cáusticos
não podem ser consideradas atividades insalubres, por ausência de
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PROCESSO Nº TST-RR-588-16.2010.5.04.0003

previsão em norma do Ministério do Trabalho e Emprego. Indevido,


portanto, o adicional de insalubridade nos graus máximo e médio,
respectivamente. Precedentes. Recurso de revista conhecido e provido.
(...)". (sem grifos no original).

"AGRAVO DE INSTRUMENTO Ante a provável contrariedade à


Orientação Jurisprudencial 4 da SDI-1 do TST, dá-se provimento ao Agravo
de Instrumento para determinar o processamento do Recurso de Revista.
RECURSO DE REVISTA ADICIONAL DE INSALUBRIDADE.
ÁLCALIS CÁUSTICOS. A insalubridade decorrente do manuseio e da
fabricação de álcalis cáusticos, constantes do Anexo 13 da NR 15, se
refere ao contato direto com essa substância em sua composição plena,
sem diluição, o que de forma alguma se equipara às funções de faxina e
limpeza como na hipótese dos autos, em que foram utilizados produtos
que contêm a referida substância diluída. Recurso de Revista de que se
conhece e a que se dá provimento." (RR - 271-67.2011.5.04.0331 , Relator
Ministro: João Batista Brito Pereira, Data de Julgamento: 13/03/2013, 5ª
Turma, Data de Publicação: 15/03/2013). (sem   grifos   no
original).

Ainda, precedentes de outras Turmas:

"RECURSO DE REVISTA. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE.


MANUSEIO DE PRODUTO DE LIMPEZA. CONTATO COM ÁLCALIS
CÁUSTICOS. O acórdão do Tribunal Regional está em desarmonia com a
iterativa, notória e atual jurisprudência desta Corte no sentido de que, na
hipótese de manuseio de produtos de limpeza que contenham álcalis
cáusticos, o adicional de insalubridade não é devido. Precedentes da
SBDI-1 do TST. Recurso de revista parcialmente conhecido e provido."
(RR - 7640-39.2006.5.04.0024 , Relator Ministro: Walmir Oliveira da
Costa, Data de Julgamento: 18/12/2012, 1ª Turma, Data de Publicação:
21/12/2012). (sem grifos no original).

"ADICIONAL DE INSALUBRIDADE - MANUSEIO DE


PRODUTO DE LIMPEZA DOMÉSTICO CONTENDO ÁLCALIS EM
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PROCESSO Nº TST-RR-588-16.2010.5.04.0003

SUA FÓRMULA (ÁGUA SANITÁRIA). Do quadro fático delineado pelo


eg. TRT, extrai-se que a atividade da autora era de limpeza de cinzeiros,
extintores e demais equipamentos de proteção contra incêndios e que
eventualmente, ainda, higienizava banheiros, utilizando água sanitária
(clorofina), cuja fórmula contém agente químico álcalis cáustico diluído.
Logo, o anexo 13 da NR-15, adotado pelo v. acórdão regional como
fundamento para a condenação em adicional de insalubridade em grau
médio, não se presta à verificação da similitude com a atividade laboral
desempenhada pelo autor. Com efeito, a melhor interpretação da
mencionada NR é no sentido de que apenas a atividade realizada em
contato direto com álcalis cáusticos em composição pura, e não, diluída
na fórmula de produtos domésticos de limpeza, é que enseja a
percepção do adicional de insalubridade. -II - A limpeza em residências e
escritórios e a respectiva coleta de lixo não podem ser consideradas
atividades insalubres, ainda que constatadas por laudo pericial, porque não
se encontram dentre as classificadas como lixo urbano na Portaria do
Ministério do Trabalho.- Orientação Jurisprudencial n. 4 da SBDI-1 do
TST. Recurso de revista conhecido e provido." (...) (RR - 145100-
18.2005.5.04.0731 , Relator Ministro: Renato de Lacerda Paiva, Data de
Julgamento: 07/12/2011, 2ª Turma, Data de Publicação: 16/12/2011). (sem
grifos no original).

"RECURSO DE REVISTA. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE.


LIMPEZA DE PISOS E BALCÕES E HIGIENIZAÇÃO E COLETA DE
LIXO DE BANHEIROS. ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL 4, I E II,
DA SBDI-1 DO TST. De acordo com a Orientação Jurisprudencial 4, I e II,
da SBDI-1 do TST, não basta a constatação da insalubridade por meio de
laudo pericial para que o empregado tenha direito ao respectivo adicional,
sendo necessária a classificação da atividade insalubre na relação oficial
elaborada pelo Ministério do Trabalho, bem assim a limpeza em residências
e escritórios e a respectiva coleta de lixo não podem ser consideradas
insalubres, ainda que constatadas por laudo pericial, porque não se
encontram dentre as classificadas como lixo urbano na Portaria do
Ministério do Trabalho. Esta Corte tem entendido que o Anexo 13 da NR
15 da Portaria nº 3.214/78 do MT, ao tratar do manuseio de álcalis
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cáusticos, está se referindo ao produto bruto, em sua composição plena


e, não, ao diluído em produtos de limpeza habituais. Tem entendido,
também, que a exposição a agentes biológicos e micro-organismos
decorrente do serviço de limpeza e higienização de banheiros, ainda que
públicos ou coletivos, não pode ser considerada como contato do
trabalhador com lixo urbano, devendo se equiparar à limpeza realizada em
residências e escritórios. Nesse contexto, a decisão regional ao deferir
adicional de insalubridade, em graus médio e máximo, pelo desempenho
das atividades de limpeza de pisos e balcões, com alvejantes e detergentes,
e de limpeza e higienização de vasos sanitários, pisos, pias e coleta de lixo
dos banheiros, em contato com agentes biológicos, contrariou o disposto na
Orientação Jurisprudencial 4, I e II, do TST. Recurso de Revista conhecido
e provido. (RR - 113200-88.2007.5.04.0232 , Relator Ministro: Márcio
Eurico Vitral Amaro, Data de Julgamento: 13/06/2012, 8ª Turma, Data de
Publicação: 15/06/2012). (sem grifos no original).

"ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. GRAU MÁXIMO.


LIMPEZA DE BANHEIROS. A Orientação Jurisprudencial nº 4 da SBDI-1
desta Corte Superior, consagra o entendimento de que os serviços de
limpeza desenvolvidos no âmbito residencial ou comercial não configuram
trabalho insalubre, ainda que o contrário tenha sido afirmado em laudo
pericial, porquanto não se amolda ao conceito de -lixo urbano- previsto nos
Anexos 13 e 14 da Norma Regulamentadora nº 15 do Ministério do
Trabalho. Por outro lado, esta Corte Superior firmou jurisprudência, no
sentido de que o manuseio de produtos de limpeza, que contenham
'álcalis cáusticos', não caracteriza a atividade insalubre prevista no
Anexo nº 13 da NR-15 da Portaria nº 3.214/1978. Precedentes.
Divergência jurisprudencial demonstrada." (...). (RR - 35700-
91.2006.5.12.0026 , Relator Ministro: Pedro Paulo Manus, Data de
Julgamento: 18/04/2012, 7ª Turma, Data de Publicação: 04/05/2012). (sem
grifos no original).

Esta Corte Superior, aliás, interpretando a


supracitada portaria, editou a Orientação Jurisprudencial nº 4 da
SBDI-1, convertida no item II da Súmula nº 448, de seguinte teor:
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PROCESSO Nº TST-RR-588-16.2010.5.04.0003

"S. 448. ATIVIDADE INSALUBRE. CARACTERIZAÇÃO.


PREVISÃO NA NORMA REGULAMENTADORA Nº 15 DA PORTARIA
DO MINISTÉRIO DO TRABALHO Nº 3.214/78. INSTALAÇÕES
SANITÁRIAS. (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 4 da SBDI-1
com nova redação do item II ) – Res. 194/2014, DEJT divulgado em 21, 22
e 23.05.2014.
I - (...)
II – A higienização de instalações sanitárias de uso público ou
coletivo de grande circulação, e a respectiva coleta de lixo, por não se
equiparar à limpeza em residências e escritórios, enseja o pagamento de
adicional de insalubridade em grau máximo, incidindo o disposto no Anexo
14 da NR-15 da Portaria do MTE nº 3.214/78 quanto à coleta e
industrialização de lixo urbano." (sem grifos no original)

Desse modo, entendo que o egrégio Colegiado


Regional, ao conceder o adicional de insalubridade ao reclamante, em
decorrência de limpeza de loja, com a utilização de produtos de
limpeza habituais, contrariou a Orientação Jurisprudencial nº 4, II,
da SBDI-1 convertida no item II da Súmula nº 448.
Ante o exposto, conheço do recurso por
contrariedade à Súmula nº 448, II.

1.2.3.HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.

O egrégio Colegiado Regional consignou:

"O reclamante busca a reforma da decisão que indeferiu o pagamento


de honorários assistenciais.
Analiso.
Entendo que a assistência judiciária e os honorários advocatícios, nas
lides decorrentes da relação de emprego, são devidos somente quando
preenchidos os requisitos do art. 14 da Lei nº 5.584/70, que continua em
vigor, a saber, declaração de pobreza ou percepção de salário inferior ao
dobro do mínimo legal e credencial sindical, pois o art. 133 da Constituição
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PROCESSO Nº TST-RR-588-16.2010.5.04.0003

Federal de 1988 não revogou o jus postulandi das partes nesta Justiça
Especializada. A Lei nº 8.906/94 em nada modificou tal situação, pois
igualmente não revogou a norma legal.
Todavia, esse posicionamento não prevalece nesta Turma
Julgadora, que, na sua atual composição, entende que a credencial não
é requisito para a concessão dos honorários. Isso porque, apesar do
disposto nas Súmulas nº 219 e nº 329 do TST, o inciso LXXIV do art. 5º
da Constituição Federal prevê a concessão do benefício da assistência
judiciária gratuita e, via de consequência, o deferimento dos
respectivos honorários, sem a exigência da credencial fornecida pelo
sindicato da categoria profissional a que pertence o trabalhador.
A verba honorária é devida à razão de 15% sobre o valor bruto da
condenação, consoante o art. 11, § 1º, da Lei nº 1.060/50. Ainda, deve tal
percentual, considerado o texto legal acima, incidir sobre o total devido ao
recorrido (valor bruto), pois a referência ao "líquido apurado na execução
da sentença" ali constante se refere ao valor liquidado (ou seja, ao valor
final, após a sentença ter sido tornada líquida) e não ao quantum resultante
depois do desconto dos encargos legais (fisco e previdência social), muito
menos ao valor provisoriamente arbitrado à condenação. A matéria, aliás,
restou sumulada por esta Corte:
"Súmula nº 37 - HONORÁRIOS DE ASSISTÊNCIA
JUDICIÁRIA. BASE DE CÁLCULO. Os honorários de
assistência judiciária são calculados sobre o valor bruto da
condenação".
Apelo provido, no particular, vencida esta Relatora, para acrescer à
condenação o pagamento de honorários assistenciais, fixados em 15% sobre
o valor bruto da condenação." (fls. 635/637– grifei)

Inconformada, a reclamada interpõe recurso de


revista, no qual requer a reforma da v. decisão regional.
Argumenta que a reclamante não está assistida pelo
sindicato de sua categoria profissional, razão pela qual não faz jus
ao pagamento de honorários advocatícios.
Indica contrariedade às Súmulas nº 219 e 329 e
violação dos artigos 5º, II, da Constituição Federal e 14 da Lei nº
5584/70 (fls. 669/670).
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PROCESSO Nº TST-RR-588-16.2010.5.04.0003

O recurso alcança conhecimento.


É pacífico o entendimento, no âmbito desta Corte
Superior, no sentido de que, mesmo após o advento da Constituição
Federal de 1988, na Justiça do Trabalho, os honorários advocatícios
decorrem dos requisitos exigidos pela citada lei, devendo a parte
estar assistida por sindicato da categoria profissional e comprovar
a percepção de salário inferior ao dobro do mínimo legal, ou
encontrar-se em situação econômica que não lhe permita demandar sem
prejuízo do próprio sustento ou da respectiva família. São dois os
requisitos a serem atendidos, portanto, para fazer jus à percepção
dos referidos honorários.
Na hipótese, porém, o deferimento de honorários
advocatícios sem o requisito da assistência sindical contraria o
entendimento consubstanciado nas Súmulas nºs 219 e 329, de seguinte
teor:

"Na Justiça do Trabalho, a condenação em honorários advocatícios,


nunca superiores a 15%, não decorre pura e simplesmente da sucumbência,
devendo a parte estar assistida por sindicato da categoria profissional e
comprovar a percepção de salário inferior ao dobro do mínimo legal, ou
encontrar-se em situação econômica que não lhe permita demandar sem
prejuízo do próprio sustento ou da respectiva família." (grifamos)

"HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. ART. 133 DA


CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA DE 1988.
Mesmo após a promulgação da Constituição da República de 1988,
permanece válido o entendimento consubstanciado no Enunciado 219 do
Tribunal Superior do Trabalho."

Conheço do recurso por contrariedade à Súmula nº


219.

1.2.4.FGTS. PRESCRIÇÃO.
 

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Sobre o tema, assim decidiu o egrégio Tribunal


Regional:

"A reclamada sustenta a não incidência da prescrição trintenária em


relação ao FGTS, por se tratar de pedido acessório, incidente sobre as
parcelas deferidas na sentença.
Analiso.
Com efeito, o FGTS constitui-se em crédito que goza de prescrição
especial, trintenária, nos termos do § 5º do art. 23 da Lei nº 8.036/90, desde
que postulado em ação ajuizada no biênio constitucional e o pedido refira-
se ao FGTS não pago ou pago incorretamente durante o contrato, consoante
as Súmulas 12 deste Regional e 362 do TST.
No caso dos autos, diversamente do alegado pela reclamada,
havia, na petição inicial, pedido de diferenças de FGTS da
contratualidade, o qual foi julgado improcedente pelo juízo de origem.
Assim, correta a sentença ao declarar que a prescrição das diferenças
de FGTS postuladas pelo reclamante é trintenária. Por outro lado, o
FGTS incidente sobre as parcelas deferidas na sentença deve observar
a prescrição quinquenal pronunciada, seguindo a mesma sorte das
verbas principais.
Nesses termos, nego provimento ao recurso." (fls. 637/638 –
grifei)

Inconformada, a reclamada interpõe recurso de


revista, no qual requer a reforma da v. decisão regional.
Alega que, desde a Constituição Federal de 1988, o
FGTS passou a ser elencado como um direito do trabalhador, o que
implica no reconhecimento da prescrição quinquenal, não se aplicando
o disposto na Súmula nº 362.
Argumenta que, no caso, o FGTS é acessório ao
principal, razão pela qual deve ser declarada a prescrição
quinquenal.
Sustenta que a Súmula nº 362 é inconstitucional.
Indica violação do artigo 7º, III e XXIX, da
Constituição Federal (fls. 670/672).
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O recurso não alcança conhecimento.


A sucumbência, como se sabe, constitui requisito
indispensável à caracterização do interesse em recorrer e pressupõe
que a parte experimente gravame em consequência da decisão
proferida. É o gravame que qualifica o interesse da parte,
legitimando-a a percorrer a via recursal, a fim de obter a reversão
do pronunciamento judicial que lhe resultou desfavorável.
Na hipótese, em que pese a egrégia Corte Regional
ter declarado a prescrição trintenária à pretensão por diferenças de
FGTS, a improcedência do pedido foi mantida no v. acórdão regional.
Assim, não configurado o trinômio "necessidade -
utilidade - adequação", imprescindível à caracterização do interesse
recursal, resulta inviável o conhecimento do apelo. Inteligência dos
artigos 267, VI, e 499 do Código de Processo Civil.
Ante o exposto, não conheço do recurso de revista.

1.2.5.CONTRIBUIÇÃO ASSISTENCIAL. RESTITUIÇÃO.

A propósito, decidiu a egrégia Corte Regional:

"Em que pese o posicionamento desta Relatora em sentido contrário,


os integrantes desta Turma Julgadora, em sua atual composição,
entendem que as cláusulas normativas que preveem a obrigação
relativa às contribuições assistenciais indistintamente em relação aos
empregados associados e aos não associados atentam contra as
garantias as garantias da liberdade de sindicalização (art. 8º, V, da CF)
e da liberdade de associação (art. 5º, XX, da CF).
Cito, nesse sentido, decisão unânime desta 2ª Turma, nos autos do
processo nº 0000445-12.2010.5.04.0202 (Redator: Des. Alexandre Corrêa
Da Cruz - Participaram: Des. Raul Zoratto Sanvicente e Desa. Vania Mattos
- Data: 23/02/2011):
(...)
No caso dos autos, não restou evidenciado que a contribuição
assistencial esteja prevista nas normas coletivas aplicáveis, tampouco

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existe prova de que o reclamante fosse filiado à entidade sindical,


merecendo ser mantida a sentença." (fls. 642/643– grifei)

Inconformada, a reclamada interpõe recurso de


revista, no qual requer a reforma da v. decisão regional.
Alega que o papel do empregador restringe-se ao
desconto e mero repasse e, ainda que o reclamante não fosse
sindicalizado, os benefícios revertem para toda a categoria, razão
pela qual não há falar em restituição dos descontos efetuados.
Indica divergência jurisprudencial (fls. 672/673).
O recurso não alcança conhecimento.
A   pretendida   divergência   jurisprudencial   não
socorre a reclamada, tendo em vista o óbice da Súmula nº 23, segundo
a qual  "Não se conhece de recurso de revista ou de embargos, se a
decisão recorrida resolver determinado item do pedido por diversos
fundamentos   e   a   jurisprudência   transcrita   não   abranger   a   todos".
Vejamos.
O egrégio Tribunal Regional manteve a condenação à
restituição   do   desconto   da   contribuição   assistencial   sob   dois
fundamentos: primeiro, porque a contribuição assistencial não estava
prevista na norma coletiva; segundo, porque não constatou que o
reclamante fosse filiado à entidade sindical.
Assim, o  aresto   colacionado   às   fls.   671/672   não
abrange   todos   esses   fundamentos,   de   modo   que   não   se   presta   a
demonstrar   a  pretendida   divergência  jurisprudencial,   nos  termos   da
aludida súmula.
Não conheço do recurso de revista.

2.MÉRITO.

2.1.  ADICIONAL   DE   INSALUBRIDADE.   MANUSEIO   DE


PRODUTO DE LIMPEZA COMUM.

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Conhecido o recurso por contrariedade à Súmula nº


448, II, dou-lhe provimento para excluir da condenação o adicional
de insalubridade e reflexos.

2.1. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS

Conhecido o recurso por contrariedade à Súmula nº
219,  dou­lhe  provimento  para excluir da condenação o pagamento dos
honorários advocatícios.

ISTO POSTO

ACORDAM  os   Ministros   da   Quinta   Turma   do   Tribunal


Superior   do   Trabalho,   por   unanimidade,   conhecer   do   recurso   de
revista   apenas   quanto   aos   temas   "ADICIONAL   DE   INSALUBRIDADE.
MANUSEIO   DE   PRODUTO   DE   LIMPEZA   COMUM"   e   "HONORÁRIOS   ADVOCATÍCIOS"
por contrariedade às Súmulas nº 448, II, e 219, respectivamente, e,
no mérito, dar­lhe provimento para excluir da condenação o adicional
de insalubridade e reflexos e honorários advocatícios.
Brasília, 01 de outubro de 2014.

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CAPUTO BASTOS
Ministro Relator

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