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Parte histórica
O primeiro órgão de solução de conflitos foi o conselho de homens prudentes, criado em Paris em
1426. Não confundir o Direito do Trabalho Individual, nascido na Revolução Industrial, com o Direito
Processual do Trabalho, surgido antes para a mediação dos conflitos entre os senhores feudais e seus
servos.
Com o declínio da idade média com a formação das cidades, nascem as corporações de ofício, que
possuem a ideia de trabalho livre. Com o trabalho livre surge então os conflitos. Os reis nomeavam os
homens da sociedade para solucionar tais conflitos. Na França atual o conselho permanece com os
mesmo nome.
No Brasil a primeira experiência que tivemos foi em 1911 com o patronato agrícola e em 1922 com o
tribunal rural. Foram criadas apenas em São Paulo e eram órgãos voltados para os conflitos rurais. O
tribunal rural funcionava como uma segunda instância do patronato. Em 1923 surge o conselho
nacional do trabalho que era um órgão consultivo do Ministério da Agricultura, Industria e Comércio.
Só São Paulo possuía um sistema de solução de conflitos até então. Antes de 1930 não havia
qualquer preocupação social. Getúlio buscaria os grupos desfavorecidos, como as mulheres e os
trabalhadores para evitar o contra golpe que se desenhava. Em 1930, Getulio Vargas cria o Ministério
do Trabalho. Getulio cria uma relação promíscua com os sindicatos, inspirado na Carta Del Lavoro de
Mussolini. Essa relação possui um tripé:
Em 1932, Getulio cria as Comissões Mistas de Conciliação para os conflitos coletivos e as Juntas de
Conciliação e Julgamento para os conflitos individuais. São vinculadas ao executivo e a Justiça do
Trabalho surge como uma instância administrativa. A conciliação é a solução política para os
conflitos.
Comissões Mistas de Conciliação – Ainda é o modelo mais usado no mundo,
menos aqui no Brasil. Diante do conflito coletivo é destinada a audiência de
conciliação. Se não houver a conciliação, manda-se para a arbitragem. Caso as
partes queiram a arbitragem, o Estado se retira do conflito. A judicialização é
exceção. No Brasil a judicialização é plena. A OIT considera nosso modelo anti
democrático.
processo ficou mais técnico. Nos anos 80 os togados não queriam mais a presença
dos classistas. Na segunda instância os classistas eram os relatores.
A CF/37 prevê a justiça do trabalho como parte do executivo. Mas ela só será instaurada no Brasil em
1 de maio de 1941. Possui 3 instâncias:
Primeira instância – Juntas de conciliação e julgamento
Segunda instância – Conselhos regionais do trabalho
Terceira instância – Conselho nacional do trabalho
Em 1/05/1943 a CLT nasce, sendo promulgada. É um decreto lei, ou seja, não foi discutida pelo
congresso. Não é um código, é uma consolidação. Ou seja, veio para harmonizar. A CLT possui direito
individual, coletivo,, fiscalização do trabalho (direito administrativo), processo do trabalho. Em 1946
surge a nova CF. A Justiça do Trabalho veio para p o poder judiciário sendo o fim da fase
administrativa, com suas três instâncias: JCJ, TRT E TST. Na época da CLT, pensava-se como processo
administrativo. Houveram institutos criados na fase administrativa e permanecem até hoje. Se
chamam postulados.
Jus postulandi – Capacidade postulatória das partes. Na Justiça do Trabalho não é necessária
a presença de um advogado para entrar com uma reclamação trabalhista. Regra válida apenas
para as primeira e segunda instâncias. Para ações no TST é necessária a sua presença, assim
como nas ações rescisórias.
Súmula 425 do TST:
JUS POSTULANDI NA JUSTIÇA DO TRABALHO. ALCANCE.
O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da
CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais
Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória,
a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos
de competência do Tribunal Superior do Trabalho.
Conciliação - É obrigatória esta fase. O juiz precisa perguntar antes da instrução se há acordo
entre as partes, sujeito a anulação do processo caso não respeitada.
Audiência Una – A ideia é que se resolva no mesmo dia. É a concentração dos atos.
Poder normativo – É a possibilidade da Justiça do Trabalho julgar o conflito coletivo, criar
normas que se mostrem necessárias e adequadas para a solução do conflito.
Em editado o decreto lei 779/69, que disciplina as prerrogativas da Fazenda Pública. Em 1970 é
editada a Lei 5584/70, que prevê o procedimento sumário trabalhista no caso, dois salários mínimos.
Prevê a assistência jurídica gratuita pelo sindicato. Assistência gratuita pelo sindicato é a única
hipótese de honorários de sucumbência. Os honorários recaem em 30% sobre o valor da sentença.
Em 1982 o STF declara a inconstitucionalidade dos pré julgados do TST. Pré julgados eram as súmulas
vinculantes. A maior parte dos pré julgados viraram as súmulas do TST. Em 1988, com a nova
Constituição, é ampliada a competência da Justiça do Trabalho. A lei 7701/89 que disciplina
internamente o TST é editada. Em 1999 a Emenda 24 põe fim aos classistas.Em 2000 é editada a lei
9957/00 que cria o procedimento sumaríssimo de até 40 salários mínimos como valor de alçada. A lei
9958/00 cria as comissões de conciliação prévia que são órgãos extra judiciais de soluçãode conflitos
individuais. Em 2004 a emenda 45 amplia a competência da Justiça do Trabalho Em 2014 a lei 14015
altera o sistema recursal. Em 2015 surge o novo CPC.
Conjunto de princípios e normas jurídicas destinadas a regular a atividade dos órgãos jurisdicionais
do Estado nas soluções dos dissídios individuais ou coletivos entre empregadores e empregado. A
finalidade do processo é solucionar o dissídio.
Internacional – Tratados internacionais que traem princípios, como o Pacto de San Jose e
Declaração dos Direitos Humanos. Pontualmente sobre processo teremos a Convenção
Interamericana sobre cartas rogatórias e o Protocola de Las Leñas (protocolo de cooperação
judiciária do MERCOSUL em matéria covil, trabalhista e comercial). Também há o
reconhecimento das decisões judiciárias no MERCOSUL
Constitucional – Artigo 22 prevê que a competência privativa da União para legislar em
matéria processual e procedimental. Artigo 5 falará sobre os princípios processuais e o artigo
93 reitera o principio da motivação das decisões judiciais. No artigo 5 teremos os remédios
constitucionais (habeas corpus e mandado de segurança). No artigo 129 a ação civil pública,
pode ser ajuizada pelo sindicato e pelo Ministério Público do Trabalho. A partir do artigo 91, a
Justiça dará garantias para o poder judiciário. No artigo 111 a Justiça do Trabalho é discutida,
com ênfase no artigo 114 que falará sobre sua competência material. No artigo 128, o
Ministério Público da União é composto por 4 ministérios, incluindo o ministério público do
trabalho.
Administrativo – Disciplina as relações jurídicas com o Estado. Poder Judiciário faz parte do
Estado e pratica atos administrativos. Esses atos se conectam ao processo. O regimento intero
dos tribunais organizam internamente os tribunais regionais. Também definirá a competência
destes. E há os recursos. Ex: agravo regimental que é um recurso de agravo previsto nos
regimentos internos dos tribunais, cabível da decisão monocrática do tribunal, com o fim de
levar o recurso ou pedido ao colegiado. O TST edita as instruções normativas que determinam
a forma e o processo para o ato processual. Exemplo: Instrução Normativa n° 39, que dispõe
sobre as normas do Código de Processo Civil de 2015 aplicáveis e inaplicáveis ao Processo do
Trabalho, de forma não exaustiva e Instrução Normativa nº 20 - Dispõe sobre os
procedimentos para o recolhimento de custas e emolumentos devidos à União no âmbito da
Justiça do Trabalho. O Juiz Corregedor – Pode ser o Ministro ou o Desembargador. O
Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida
Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante
Processo Civil – A CLT possui um mecanismo para preencher suas lacunas através dos artigos.
Art. 769 - Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária
do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com
as normas deste Título.
Art. 889 - Aos trâmites e incidentes do processo da execução são aplicáveis, naquilo em
que não contravierem ao presente Título, os preceitos que regem o processo dos
executivos fiscais para a cobrança judicial da dívida ativa da Fazenda Pública Federal.
Na execução trabalhista, havendo omissão, aplica-se a lei de execução fiscal (6830/80). A lei remete
ao NCPC.
O processo civil assume o macro sistema processual. Há uma Regra Geral: O CPC reconhece os micros
sistemas – eleitoral, trabalhista, por exemplo. O administrativo é um processo não judicializado.
Aplicação subsidiária do CPC é no caso de omissão. A supletiva é quando se torna possível levar novos
institutos ao processo do trabalho. Avançar no processo do trabalho com os novos institutos do
processo civil. O TST editou a instrução normativa 39 onde o artigo 15 do CPC deve ser interpretado
com os artigos 769 e 88 da CLT.
Princípios
O processo do trabalho tem a questão principiológica controvertida, alguns afirmam que não há, e
outros indicam vários. Quatro serão tratados os quais há um consenso.
Oralidade
Vários atos podem ser orais- Reclamação trabalhista, contestação, concentração de atos orais. É um
principio processual, comum dos ramos processuais
Conciliação não é princípio, é meio de solução de conflito, a natureza jurídica foi modificada.
Poderia reconhecê-la como uma ideia de postulado, inerente na lógica do processo do
trabalho – é um principio, mas no sentido de ser essencial, mas não do meio jurídico
Audiência Uma é uma regra procedimental, não princípio, que pode inclusive terminar.
Primazia da Realidade Não importa a forma, a aparência, mas sim os fatos reais. Ex: trabalha
como auxiliar de secretaria, o professor falta e começa a substituir o professor – é irrelevante
a forma que está no carteira de trabalho, mas o que de fato ocorre. É principio de direito
material, não processual.
In dubio pro operário Havendo uma norma, com várias interpretações possíveis há de se
adotar a interpretação mais benéfica ao trabalhador. Alguns doutrinadores mais antigos
afirmam que se aplica ao processo. Os mais atuais, afirmam que não, é principio de direito
material não processual.
Norma mais favorável: havendo conflito de normas, aplica-se a mais favorável ao
trabalhador, sendo irrelevante a hierarquia da norma – ex: cláusula verbal se sobrepondo a
CF.
Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida
Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante
Essas relações são conflitantes pois não há harmonia entre o capital e o trabalho. Sobre conflitos diz
Liebaman que “é uma pretensão resistida”, a doutrina entende como interesses antagônicos.
1. Conflitos próprios são aqueles que decorrem da relação do direito material. Teremos o
individual e o Coletivo, este se subdivide-se em:
1. Conflito de natureza jurídica: Já existe a norma e o empregador não a aplica. Ex:
CLT, sentenças normativas. CCT e ACT.
2. Conflito de natureza econômica: É um conflito em busca de novos direitos. Aplica-
se o poder normativo da justiça do trabalho. Ex: protetor solar para garis ou
estabilidade pré aposentadoria.
A justiça do Trabalho só possuía competência para julgar os conflitos próprios. A partir da EM 45 ela
passou a julgar os impróprios também.
Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida
Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante
Há 3 formas de solução.
2. Autocomposição: Sua característica principal é a vontade das partes: as partes que decidem
sobre a solução. Ex: negociação no conflito coletivo ou individual. Alteração de contrato,
artigo 468 da CLT é um exemplo de negociação individual.
Foram criadas pela lei 9958/2000, a qual inseriu na CLT os artigos 625 A, 877 A e alterou o 876. Tem
por finalidade promover a conciliação (solução de conflitos) em conflitos extrajudiciais de natureza
individual. Nessas comissões há uma regra comum a todas, qual seja, que ela tenham composição
paritária, ou seja, com representantes dos empregados e empregadores.
Há três espécies de comissões:
Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida
Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante
1. Comissão por empresas ou grupo de empresas: pode atuar em uma empresa específica ou
em um grupo. A criação não é obrigatória – é facultativo como as demais – Entende-se
que a criação é por ato unilateral do empregador (prof. discorda pois entende que deveria
ter uma negociação com o sindicato – só ele)
2. Comissão por sindicato: busca conciliar conflitos individuais em uma categoria especifica.
Ambas deve ter composição paritária, e serão criadas por acordos ou convenção coletiva de trabalho,
se é remunerado ou não estará na convenção.
Procedimentos das CCPs
Art. 625 D: tem duas regras:
Tem que usar a CCP do lugar onde presta serviços. Ex: empresa Osasco, mora em SP,
trabalha em Guarulhos, a CCP é de Guarulhos.
Passagem obrigatória pela CCP: todo conflito deve ser submetido pela CCP – para o
TST obrigatoriamente tem que ir a CCP antes de ir ao judiciário, caso a parte não fosse
resultaria em falta de interesse de agir.
O Tribunal de São Paulo sempre entendeu que não era obrigatório ir a CCP, isso porque restringiria o
direito de ação – obstáculo judicial. Chegava depois no TST de que depois de anos dizendo que era
obrigatório. A matéria chegou ao STF, e este entendeu que a passagem é FACULTATIVA a CCP – isso
acabou com os meios alternativos de solução de conflitos. A parte interessada vai a CCP e faz um
requerimento, esse pode ser escrito ou verbal, não sendo necessário advogado. Com isso a parte
contrária é convidada para uma audiência. Nessa audiência pode: a parte contrária não ir (não sofre
sanção); as partes comparecerem e não se conciliarem – termo de conciliação infrutífera (para provar
a passagem, antes precisava); as partes comparecerem e se conciliarem – termo de conciliação
perante a CCP. Esse termo conciliatório é título executivo extrajudicial – se não cumprir pode
promover uma ação de execução. Além disso, ele tem eficácia liberatória (instituto) Obs: Só há 2
títulos executivos na justiça do trabalho Termo na CCP e o TAC – Termo de Ajustamento de Conduta –
perante o MP.
Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida
Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante
Se recebe um cheque, atrás está escrito verbas rescisórias do trabalho – não pode executar na justiça
do trabalho – provavelmente o empregador vai alegar a incompetência da justiça comum – afasta
pelo principio da autonomia da cartula (a relação de direito material fica desprendido ao título, não
há mais relação), mas a discussão vai até o STF, atualmente o STF iria remeter para a Justiça do
Trabalho, e este extingue o feito por falta de interesse Promover uma ação de cobrança ou monitória
na Justiça do Trabalho, pois não considera como título executivo o cheque na Justiça do Trabalho.
Correntes da eficácia liberatória (instituto):
1. Entende que eficácia liberatória significa quitação plena/total do contrato de trabalho. Ex:
reclama horas extras, pede 10 mil, o empregador sugere pagar 6 mil em 6 parcelas,
chegam a um acordo, o empregado esqueceu das férias, não tem mais jeito. 50% dos
tribunais.
2. Entende que a quitação é dos títulos (verbas pleiteadas). Ex: pede as horas extras, chega a
um acordo. Se esqueceu das férias ainda pode pleitear, pois é outro título. 50% dos
tribunais.
3. Quitação dos valores pagos. Ex: pede 10 mil, concorda em 6 mil, para essa corrente o
empregado pode pleitear os 4 mil restantes – não é uma solução de conflito, é muito
criticada, excepcionalmente é usada, empregado (vulnerabilidade) tem menor ideia dos
seus direitos, e há uma diferença muito grande do que foi conciliado e do que tem direito.
A CCPs tem um prazo para atuar, de no máximo 10 dias, ultrapassado esse prazo, qualquer das partes
pode declinar do procedimento, então lavra-se o termo de Conciliação Infrutífera por decurso de
prazo – facultativo. No período que estiver na CCP a prescrição trabalhista está suspensa.
Organização judiciária
SDI E SDC fazem o papel da primeira instância. A competência recursal é das turmas.
3. Sessão de Dissídios Coletivos: competência originária coletiva (DC), mas também tem
competência recursal coletiva. 8 Turmas: Competência recursal individual, quando o
processo começa na 1º Instancia (Vara – TRT – TST) – cabe recurso para a SDI I
4. Ministro Corregedor: bom funcionamento da justiça nacionalmente
O TST tem aproximadamente 443 Súmulas, mas internamente o TST edita os chamados OJ
(Orientações Jurisprudenciais), que na prática tem o mesmo peso de Súmula. A diferença
formal é que a Súmula é votada pelos 27 ministros, a OJ só discute com os Ministros o vinculo
ao SDI e SDC, sendo mais rápida a discussão. As OJ são editadas pelo Tribunal Pleno, os SDI I e
SDC II editam as OJ transitórias, que são temas superados pela lei, no caso, os processos que
ainda correm com o antigo código de processo civil. A SDC II também edita os Precedentes
Normativos (aplicação do poder normativo da justiça do trabalho – 95 cancelados)
Critério
Material:
1. Para o agente ou viajante comercial (prática atos de comércio – vende, assina contratos,
demonstra produtos pelo empregador): Há duas regras:
Se estiver vinculado a uma filial a competência é do local desta filial. Ex.: Ticio
visita vários clientes em SP, depois vai para RJ onde é a filial da qual foi contratado
diretamente, volta a SP e resolve, vai para BH, mais problemas se reporta RJ, sua
filial;
Não há vínculo especifico de filiais, nesse caso a competência é a do domicilio do
trabalhador.
Caso que caiu em prova: Ticio estava em SP, pegou as mercadorias e foi até
BH, deixou lá e seguiu vazio até o RJ, lá pegou outras mercadorias e foi até
salvador, descarregou, pegou outras e voltou para SP. Ticio não pratica atos de
comércio só leva e traz, não é agente para levar negócios. Como ele fazia
habitualmente, são locais simultâneos, então pode propor em cada um, se era só
às vezes, em SP.
2. Brasileiros no exterior: todo país tem regra de proteção aos seus cidadãos, ela só não será
aplicada se houver Tratado em sentido contrário.
Ex: Ticio foi transferido para o Japão, ficou 3 anos, entra com ação trabalhista e
pede férias de 30d, e que no Brasil era 5d, bem como horas extras (jornada 6h
por dia e 6d por semana) – Aplica-se a mais favorável por bloco conforme for
mais favorável – a brasileira para férias, e a jornada aplica-se a japonesa
Nesse caso, há muito dificuldade inclusive para citar – não aceita jurisdição externa
em relação que foi apenas no local, seria possível apenas se houvesse uma filial no
Brasil, então poderia processar a filial daqui. Nesse caso tem que trazer a lei local
traduzida para o processo e aplica-se aqui.
3. Empregadores que promovem atividades fora do local do contrato: prevalece que isso
significa atividades itinerantes do empregado, ex: circo, shows – quando desloca, é toda a
atividade empresarial que desloca.
Neste caso, a competência é do local da celebração do contrato ou qualquer um dos locais da
prestação de serviços.
EX: Contratado na Itália 3m, depois Grécia 6m, Rio 3m, Sp 5m, Buenos Aires 6m – e contrato é
extinto. Pode processar no Brasil? Se for brasileiro, valesse da 2º regra, tanto no Rio quanto
em SP. Se não for brasileiro também pode propor aqui, mas só o período em que prestou a
atividade aqui, e pode ser em qualquer um dos locais, pois a atividade é itinerante.
Se não passou no Brasil e for brasileiro pode, o problema é qual será o direito material
utilizado, terá que trazer todos os códigos dos países passados. E se fosse uma multinacional
qualquer e for brasileiro, aplica-se o último local – SP - regra do caput, porque o empregador
não é itinerante. Se não passou no Brasil, em qualquer lugar do Brasil Se for estrangeiro em
multinacional o último local, só do tempo que passou no Brasil.
Observações
I. No processo do trabalho não existe agravo de instrumento – não existe recurso contra
decisão interlocutória, essa Sumula permite o Recurso Ordinário (apelação no Processo Civil)
quando o juiz acolhe uma exceção de incompetência territorial e determina a remessa dos
autos para uma Vara vinculada a outro Tribunal. Se o juiz rejeitar cabe mero protesto
(parecido com a. retido). Só cabe processo se remeter para outro Tribunal (TRT). Ex: para
Santos ainda é SP, mas se for mG ou RJ pode.
II. As regras de competência territorial podem ser afastadas se inviabilizar o direito de ação. Ex:
A está há 10 anos na empresa, surge vaga de gerente em outro local, muda de local, 6m sai da
empresa e entra com ação, no dia da ação a empresa pede exceção de incompetência para
mandar para Manaus, pois trabalhou lá, estando em SP – inviabilizaria o direito de ação, por
isso o juiz poderia afastar as regras de incompetência, ás vezes pode deslocar mesmo se o
local for mais perto. O direito de ação deve prevalecer.
III. Cláusula de foro de eleição – todo contrato cível geralmente tem essa cláusula – no contrato
de trabalho não é possível, pois este contrato geralmente é quase de adesão, e haveria um
vício de consentimento. Só seria possível se a cláusula fosse mais benéfica (raro)
IV. Com o novo CPC, a incompetência territorial virou preliminar de contestação – apresentada a
exceção suspende a contestação, alguns juízes não recebem, tem que fazer constar em ata -
incidente – mas estas deviam ser apresentadas em primeira audiência, algum juiz pode
entender que não deva receber e estaria precluso, por isso deve estar contido em ata se for
excepcionado – TODA DEFESA DEVE SER APRESENTADA NA PRIMEIRA AUDIÊNCIA.
V. Se a incompetência territorial for peça apartada – apresentada a exceção, suspende o
processo para solucionar o incidente e não recebe a peça. Se o juiz não aceitar a contestação,
registra-se em ata para não haver preclusão na próxima audiência.
Competência Material
Outras relações:
3. Trabalho proibido: varia muito de momento histórico e local – esta pode envolver o sujeito,
no Brasil há uma idade mínima 16, e aprendiz 14, alguns países proíbem trabalho de
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mulheres. Mas a maior parte está relacionada ao objeto, cassino, bingo, rufianismo, tráfico
de drogas, comércio de armas, trabalho escravo.
Pode ter uma questão trabalhista, e mesmo de responsabilidade civil (perdeu uma perna), bem como
problema administrativo (autua a fazenda por ter trabalho escravo).
Lei de greve cuida da greve típica – a paralisação dos trabalhadores. Greve atípica: ato de não
colaboração dos trabalhadores. há várias figurar, como a greve de ritmo lento – operação tartaruga,
greve de rigor excessivo – operação padrão (PF- nos aeroportos fiscalizar quem entra e sai,
geralmente é por amostragem, ou por informação prévia, nesses casos verificam todos – faz o
trabalho com rigor além. O metro tem um sistema de operação para checar a segurança, nesse caso
checam em cada estação), greve de superprodução – produz além do que deve, greve de ocupação
(os trabalhadores acampam no local e não trabalham)
Greve de ocupação: trabalhadores ocupam a empresa. Greve ambiente – consta apenas na CF/SP –
visa a melhoria do ambiente do trabalho. Greve geral – greve de cunho político. Não há no Brasil
As típicas e atípica a Competência Justiça do Trabalho
Para retirar o trabalhador pode utilizar ação possessória – reintegração de posse – bem jurídico é o
direito real, ou abuso do direito de greve - SV 25 STF decidiu que a competência é da Justiça do
trabalho
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É possível ainda alguma responsabilidade civil, por ofensa, danos, e essas condutas ilícitas podem ter
desdobramentos penais, e nesse caso não é competência da Justiça do Trabalho.
Quanto a responsabilidade civil, dos trabalhadores, empregador e sindicato, bem como
desdobramentos trabalhistas, esses sim são de competência da justiça do trabalho.
Ex: 3 trabalhadores queimam carro da empresa, e câmera grava, gera justa causa, fora
desdobramentos penais
Isso está relacionada ao Movimento Paredista: se o empregador quebra essas garantias, ele responde
por isso. Durante a greve o empregador não pode contratar, só se for para evitar grave prejuízo. Ex:
fornos de siderúrgicas que precisam estar ligados 24h, e precisam haver manutenção ou pode
explodir.
Lockout: é a paralização do empregador – proibida no Brasil – caso haja a competência é da justiça do
trabalho, isso é justificado pois é um ato coletivo do empregador, e o lockout e a greve é o mesmo
fenômeno, com a inversão dos sujeito – e a CF prevê que a greve é competência da justiça do
trabalho.
Conflitos Impróprios
O juiz estadual investido a jurisdição trabalhista, ele se torna juiz de trabalho, inclusive para aspectos
disciplinares, se for da sua jurisdição nata vai para o STJ. Discussão de competência entre juiz do
trabalho e TRT – não há conflito, pois é uma questão hierárquica, o TRT determinou, o juiz deve
cumprir.
Ações indenizatórias por dano moral, patrimonial, e não citou o extrapatrimonial. As espécies
de dano material: lucro cessante (deixou de ganhar) dano emergente (efetivo prejuízo)
Espécies de dano extrapatrimonial: dano estético (reconhece como extrapatrimonial e não
moral), dano moral, há ainda o dano moral coletivo (STJ tende a não aceitar) – interesses
difusos, coletivos e individuais homogêneos -, dano psíquico (posição majoritária entende que
está dentro do dano moral, prof. não – é aquele causado na psique, não afeta a honra,
imagem, nome, mas afeta no comportamento, reação, cria um transtorno psíquico na pessoa)
– ex: avião decolou em Congonhas e a porta foi arrancada, algumas pessoas provavelmente
jamais entrariam no avião. A doutrina criou também o dano social (controvertido) este tem
sido reconhecido ex officio, está relacionado a uma prática socialmente reprovável, ex:
contrato de convenio, reiteradamente considerava a cláusula abusiva, e indenizou a
coletividade por essa cláusula. Greve no metro, e que trabalhadores e metro não cumpriu a
ordem, condenou o metro e o sindicato a dar cestas básicas, na justiça do trabalho tem sido
dado quando envolve meio ambiente do trabalho – falta de IPI, reiteradamente, dá um dano
moral coletivo. Meio ambiente: para fiscalização do trabalho, do convenio para informativos -
a sociedade seja reparada nesse sentido estrito. Essa questão do dano cresceu muito na
justiça do trabalho – dano moral porque não foi registrado, não atualizou, não teve intervalo,
férias, chefe xingou, uniforme vexatório. O dano existencial (desdobramento do moral)
trabalha na empresa 6 dias da semana 10h, não pode tirar férias, e empregador paga 3 vezes,
do ponto de vista do trabalho o empregador pagou tudo, mas do ponto vista existencial ele
foi privado. Também é comum hoje o atraso de salário, restrição ao toalet, falta de água
potável no local. Há ainda o assédio mora, que é diferente do dano (que é um ato só), o
assédio é uma prática reiterada, como fixação de metas reiteradas – colocando em um
quadro quem não atingiu.
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Esse assédio também pode ser sexual, e em abos pode ter em várias linhas de hierarquia. Art.
206A – assedio sexual, é um tipo penal da relação do trabalho, este tipo exige a subordinação,
não existe por isso, o assédio do inferior para o superior, é necessário que o superior busque
se favorecer – Justiça comum - testemunha. Doenças e acidentes de trabalho: tendinite,
perdeu um braço- danos morais, pensão vitalícia. Esses são danos com o contrato, mas pode
ocorrer de ser antes do contrato – em uma dinâmica, por exemplo em que pediram para que
a mulher simulasse um strip-tease. Essa fase é um pré-contrato, acessório, por ser trabalhista,
então é de competência da Justiça do Trabalho. Há ainda os danos pós contratuais, depois que
o empregado saiu da empresa. Ex: ligam no local para pedir informações, afirma que era ruim
dando aula – relacionado ao trabalho competência justiça do trabalho, usuário de crack-
justiça comum.
A competência da Justiça do Trabalho pode ser ampliada através de lei. Art. 652, a, III – CLT: a
JT tem competência para o operário artífice – chamada de pequena empreitada pela doutrina
– controvérsia envolvendo contrato de pequena empreitada é da Justiça do Trabalho a
competência. Empreitada é obra, seriam pequenas obras, se der algum problema é JT, não é
JEC. Critérios:
1. Temporal – no máximo 3 meses
2. Quantitativo: máximo 4 trabalhadores.
Prescrição e Decadência
desconstitutiva) com prazo estabelecido em lei (ou pela vontade das partes) estamos falando de
decadência. Se for declaratória, ou constitutiva (desconstitutiva) sem prazo, estamos falando de
ações imprescritíveis.
Ação rescisória prazo 2 anos – decadência – a pretensão tem que ter natureza constitutiva ou
desconstitutiva, que é o caso, desconstituir a coisa julgada e anular ou proferir nova decisão;
a. MS
b. Ação Rescisória
c. Inquérito de apuração de falta grave – 494 e 853 CLT.
Essa ação no processo do trabalho, é uma ação judicial apesar do nome inquérito – dirigente sindical
eleito tem estabilidade, não pode mandar embora, e esta só pode ser rompida via ação judicial, antes
era a estabilidade, estável decenal (não existe mais) – fica 10 anos na empresa e não pode ser
mandado embora. Se quer demitir tem duas opções:
afastar este e tem 30 dias para ajuizar o inquérito, esse prazo é decadencial;
Se não afastar tem que promover a ação (inquérito) imediatamente – nesse caso, NÃO tem
decadência. Se não entrar imediatamente tem perdão tácito.
Essa ação tem uma natureza desconstitutiva (visa promover um vínculo obrigacional, e a
desconstitutiva visa romper esse vinculo), pois só o juiz pode mandar embora o empregado. O
dirigente sindical tem que ter uma proteção diferenciada pois representa o trabalhador – proteção
máxima.
Regras da prescrição
Ex: Tício entrou em 1980 e é registrado em 1985. O vínculo de emprego não possui
prescrição.
3. FGTS: 5 anos.
Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida
Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante
Suspensão da Prescrição: quando o direito for lesado, essa lesão é chamada de actio nata
e a partir disso díspara a prescrição. Se passado um ano e um fato previsto em lei (artigos
197 e 198 CC) ocorre – por exemplo ficou em coma – estando em estado de incapacidade
civil, a prescrição pára de ser contada. Dois anos depois a pessoa sai do coma, retomando
sua capacidade, então volta a contar a prescrição de onde tinha parado, desconsiderando
o período que estava incapacitado.
Art. 197. Não corre a prescrição:
I - entre os cônjuges, na constância da sociedade
conjugal;
II - entre ascendentes e descendentes, durante o poder
familiar;
III - entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou
curadores, durante a tutela ou curatela.
Art. 198. Também não corre a prescrição:
I - contra os incapazes de que trata o art. 3o;
II - contra os ausentes do País em serviço público da
União, dos Estados ou dos Municípios;
III - contra os que se acharem servindo nas Forças
Armadas, em tempo de guerra.
A diferença é que na segunda já existe a causa legal, e depois a lesão, na primeira existe a
lesão, e a causa legal virá.
Ex: Contrata secretária, e depois casa com ela e continua sendo secretária, 20 anos depois
o casamento acaba. Vai na Justiça comum e fica com 50% do patrimônio, e continua como
secretária, 6 meses depois o contrato de trabalho acaba. Então vai na justiça do trabalho e
entra com reclamação trabalhista – prescrição de 5 anos. Como durante o casamento não
conta a prescrição, pode pedir a hora extra de 22 anos.- Nesse caso é suspensão, pois o
fato legal veio depois.
Ex: Justa causa por furto, enquanto tiver a questão penal, não tem a prescrição
trabalhista. Suspensão
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Justa Causa ---- Inquérito (ainda está correndo ) --- Ação penal (para prescrição) – foi absolvido
– a partir daqui tem os 2 anos para ação trabalhista – reversão da justa causa e horas extras e
equiparação salarial, só a justa causa estará sob o judice penal e não prescreverá, as outras
questões do contrato tem prescrição.
Interrupção da prescrição: Houve a lesão, a prescrição vem correndo, então corre um fato
previsto em lei – 202 CC, interrompe a prescrição, e essa quando retornar volta do zero.
Ex: protesto cambial– fica com o cheque sem fundo, e não promove ação, 5 meses e 20
dias depois protesta, zera o prazo, e tem mais 6 meses para entrar com ação.
Prescrição ex-oficio: O juiz do trabalho não pode determinar de ofício a prescrição (art 240 CPC). O
TST firmou entendimento recente de que esta conduta é incompatível com o processo do trabalho,
pois a Justiça do trabalho existe para garantir os direitos trabalhistas. A regra civilista entra em
choque com vários princípios constitucionais, como o da valorização do trabalho e do emprego, o da
norma mais favorável e o da submissão da propriedade à sua função socioambiental, além do próprio
princípio da proteção.
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Art. 240 CPC. A citação válida, ainda quando ordenada por juízo
incompetente, induz litispendência, torna litigiosa a coisa e
constitui em mora o devedor, ressalvado o disposto nos arts. 397
e 398 da Lei no10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil).
Exemplo: Tício trabalha de 1990 a 2013 em uma empresa, mas só em 1993 é registrado. De 10/03/13
a 10/04/13 ele é levado a discutir seus direitos em uma CCP. Em 10/06/13 ele entra com uma ação
trabalhista referente às horas extras. A reclamação tramita, mas no dia da audiência ele não
comparece e a reclamação é arquivada (extinção sem resolução do mérito). Em 10/03/2016 ele entra
com uma nova ação, pedindo horas extras, equiparação salarial e vinculo de 1990 a 1993.
A prescrição bienal refere-se ao prazo em que o empregado pode ingressar com a reclamação
trabalhista após a rescisão do contrato de trabalho. Assim, o empregado terá dois anos (bienal) para
ingressar com ação, a contar da cessação do contrato de trabalho. Já a prescrição quinquenal refere-
se ao prazo em que o empregado pode reclamar as verbas trabalhistas que fizeram parte do seu
contrato de trabalho, a contar do ajuizamento da ação. Assim, o empregado poderá reclamar os
últimos cinco anos trabalhados (quinquenal), contados da propositura da demanda trabalhista.
Portanto, o cômputo de dois anos para ingressar com a reclamação trabalhista terá início a partir da
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rescisão do contrato de trabalho, e o prazo de cinco anos para reclamar as verbas trabalhistas será
computado a partir do ajuizamento da demanda.
Desta forma, a partir do momento em que o autor propõe ação trabalhista, independente de haver
citação válida ou não do réu, há interrupção da prescrição dos direitos trabalhistas. A ação
trabalhista, ainda que arquivada, interrompe a prescrição somente em relação aos pedidos idênticos.
O aviso prévio trabalhado ou indenizado projeta o contrato de trabalho, faz parte, então
consequentemente projeta o inicio da prescrição. Quando era trabalhado não havia dúvida, agora o
indenizado não. Faz parte os 30 dias, que se projetam no tempo o inicio da prescrição. (obs: lembrar
da regra do aviso prévio para a contagem)
Alteração ilícita do contrato – é inválida, exceto quando a parcela questionada esteja prescrita em
lei.
Ex:Tício em 1990 é contratado e em seu contrato há a previsão de um salário fixo e 10% de comissão.
Em 2010, Tício ao vender certo produto, ganha 10% sobre sua venda, um valor considerável que
assusta seu patrão. Este então, altera a sua comissão para 5% em março de 2010. Desde então, Tício
terá prejuízo pois houve uma alteração ilícita em seu contrato. O contrato se encerra em
janeiro/2016. Tício ajuíza uma reclamação trabalhista exigindo os prejuízos desde março de 2010.
Neste caso, Tício só poderá se valer da prescrição quinquenal (a partir de janeiro/2011) de seus
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direitos, com exceção do prejuízo relacionado a alteração contratual. Caso houvesse lei prevendo
10% de comissão, seu prejuízo não prescreveria.
Procedimentos
Regra da CLT
Citação: A Reclamação trabalhista poderá ser verbal ou escrita. Há o Jus Postulandi. Após
feita, o distribuidor a encaminhará para a vara, que citará a reclamada. Em regra, o juiz só
verá a RT na audiência. Exceção: tutela de urgência. A citação é sempre por correio. Há a
presunção de citação de 48h entre a postagem e o recebimento. A Justiça do trabalho adota
a teoria da aparência em citação pelo correio, ou seja: citação de alguém que representa a
empresa. Ex: secretaria da empresa recebe a carta: empresa é representada pela secretária
pois esta trabalha para ela. Ex: Empresa que está no 7º andar de um prédio da qual aluga, a
carta é recebida pelo porteiro deste. Empresa não é citada pois não há vínculo entre o
porteiro do prédio e a empresa. STJ fixou o entendimento de que a citação de pessoa
natural pelo correio deve ser sempre pessoal. Do dia da citação ao dia da audiência o prazo
fixado é de 5 dias. Na JT não há a necessidade da juntada de AR pois não há prazo para a
contestação, já que esta só será apresentada no dia da audiência. O AR somente será
juntado nos casos em que a empresa não compareceu à audiência.
Audiência Uma: É divida em três fases. Em tese, é unificada, todavia tem sido
desmembrada ao longo dos anos. Primeira fase é conhecida como inicial, onde a
conciliação poderá ocorrer, a segunda como instrutória onde as provas serão feitas e a
terceira fase é a do julgamento. Na audiência inicial é necessária a presença das partes.
Caso o reclamante falte, a reclamação é arquivada, ou seja, a ação será extinta sem
resolução do mérito. Na ausência do reclamante, este poderá ser representado por um
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colega de trabalho ou pelo representante do sindicato de sua categoria, mas só para fins de
adiamento da audiência. Se a reclamada falte, será considerada revel quanto a matéria de
fato e não será intimada dos demais atos processuais, apenas da sentença. Quem representa
a reclamada é o preposto.
§ 1º É facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, ou qualquer outro preposto que
tenha conhecimento do fato, e cujas declarações obrigarão o proponente.
3. Legal: O preposto da empresa tem que ter conhecimento dos fatos. Não é
necessário que ele seja testemunha do ocorrido, mas precisa ter o total
conhecimento. O que ele não souber será considerado confissão ficta.
Súmula nº 74 do TST
CONFISSÃO. (atualizada em decorrência do CPC de 2015)
– Res. 208/2016, DEJT divulgado em 22, 25 e 26.04.2016
I - Aplica-se a confissão à parte que, expressamente intimada
com aquela cominação, não comparecer à audiência em
prosseguimento, na qual deveria depor. (ex-Súmula nº 74 - RA
69/1978, DJ 26.09.1978)
Súmula nº 8 do TST
JUNTADA DE DOCUMENTO (mantida) - Res. 121/2003,
DJ 19, 20 e 21.11.2003
A juntada de documentos na fase recursal só se justifica
quando provado o justo impedimento para sua oportuna
apresentação ou se referir a fato posterior à sentença.
Terceira fase – julgamento – Há uma nova tentativa de conciliação. O que importa nessa
tentativa será a verdade contida nos autos. Se houver o acordo, será homologado. Se não,
será pronunciada a sentença. Essa audiência é uma ficção. Se quiser conciliar tem que
peticionar antes. O prazo recursal ocorre de duas formas: súmula 197 ou pela imprensa oficial
(a forma como serão intimadas as partes sai na segunda fase da audiência)
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Até 2 salários mínimos. Lei 5584/70. No Sumario é tudo igual ate a sentença, conforme o
ordinário. O que é diferente e a esfera recursal. Neste caso, quando o valor da causa é recusado,
terá o recurso chamado pedido de revisão que deverá ser interposto em 48 horas para o
presidente do TRT. É um recurso com instrumento, ou seja, deverá ir com cópia do processo na
íntegra. Se o juiz não acolher, não haverá duplo grau. Só haverá se houver matéria constitucional.
Até 40 salários. Art 852 CLT. Importante observar o endereço da Reclamada. Se não citar por erro de
domicilio o processo é extinto sem resolução do mérito. Os pedidos deverão ser liquidados, ou seja,
quantificados. A citação é por correio e é vedada citação por edital. Mas e se a única forma possível
de citação for o edital?
1. O juiz converterá o procedimento para ordinário.
2. O juiz declara inconstitucional a restrição pois ela restringe o direito de ação.
A audiência é única e não poderá ser fracionada. Se houver fracionamento, será necessária a
justificação. A conciliação será a qualquer tempo. Na fase instrutória o número de testemunhas é
reduzido, sendo duas (no ordinário e no sumário são 3) e no inquérito de apuração de falta grave são
6) Não há restrição na fase recursal. Entre a distribuição e a sentença não poderá exceder o prazo de
15 dias prorrogáveis por mais 30 dias. Se passar disso, o juiz deverá justificar sob pena de possuir
responsabilidade. Tem pauta preferencial nas duas instâncias. Se na fase instrutória houver perícia,
nomeia-se o perito e fixa a entrega para os autos na própria audiência. Laudo entregue, são 5 dias
para a manifestação. Não se aplica a administração pública direta, fundação, autárquica, caso forem
parte.
Processo Eletrônico
Passa-se a exigir a assinatura digital. A distribuição é eletrônica. É possível a citação por domínio
eletrônico (a doutrina e jurisprudência entende que é o email). O CPC indica que o prazo para
peticionamento termina às 24h00/00h00. Se houver problema com o servidor do tribunal, ele deverá
comunicar em seu site os horários que ocorreram. Os arquivos devem ter o tamanho de 5mb. O
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prazo para apresentar contestação é até o dia da audiência, todavia, é necessário observar o prazo
dado pelo juiz para o peticionamento eletrônico.
Prazo: dia da disponibilidade -> dia da intimação -> dia que começa a correr o prazo.
Obs 2: leiam os artigos. A prova costuma ser literal ao que tá escrito nos artigos.
Atos processuais
O processo é a concretização do direito material de ação, é a relação formada entre o autor, réu e o
Estado. O procedimento é o caminho pelo qual o processo vai percorrer.
A forma dos atos vige o princípio da liberdade das formas, não há uma forma definida para realiza-los
e ainda que exista uma forma, o ato é válido. Só haverá vício de forma quando a lei expressamente
determinar. Citação por edital é exemplo de ato formal.
Publicidade: art 93, inciso 9 CF/88 – Segredo de justiça é a restrição aos atos que visam proteger a
intimidade e interesse social.
Aplica-se o segredo de justiça quando envolver intimidade, por exemplo, nos casos de assédio moral
e sexual.
Os atos serão realizados e dias úteis das 6h às 20h. Os horários das audiências são das 8h às 18h, não
devendo exceder 5 horas contínuas, salvo urgência. Expediente forense é das 11h às 18h. Se os atos
como perícia e citação forem realizados fora desse horário, serão válidos apenas com autorização
expressa do judiciário.
Há ainda o Protocolo integrado, em que pode protocolar de uma região para outra. Cuidado quando
for recurso aos Tribunais Superiores. Ex: rec especial em Araçatuba, só pode protocolar no TJ e no
TRF, então não pode usar esse protocolo. Para o TST pode ser protocolado via protocolo integrado.
Citação feita em dia sem expediente forense: atos podem ser feitos sem expediente. Considera-se
citado no 1º dia útil subsequente ao prazo que começa em outro dia. Ex: citado por carta no sábado,
considera-se publicado na segunda e o prazo começa na terça.
A súmula 385 trata do feriado local. Se o último dia do prazo for um feriado, prorroga-se o prazo para
o dia subsequente. O advogado deve provar a existência do feriado.
A Justiça do Trabalho tem seu recesso do dia 20/12 ao 06/01. Durante o recesso não há prazo, já que
eles são suspensos. O NCPC criou uma outra figura: suspender os prazos de 20/12 a 20/01. Apesar
que não há prazoz no recesso, o fórum abre dia 07/01.
Citação pelo correio é a regra. No rito sumaríssimo é vedado citação por edital.
Sujeitos do processo
O menor será representando por seu representante legal, caso não o tenha, o juiz nomeará alguém
para aquele processo. Poderá ser representado pelo sindicato ou pelo Ministério Público do Trabalho
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ou Estadual. Não há uma hierarquia a respeito dos Ministérios. O Ministério Público Estadual atua
onde não há vara do trabalho. O MP é obrigado a intervir quando o reclamante for incapaz.
Histórico:
Nova redação - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
Redação original - RA 102/1982, DJ 11.10.1982 e DJ 15.10.1982
Nº 164 O não cumprimento das determinações dos §§ 1º e 2º do art.
70 da Lei nº 4.215, de 27.4.63, e do art. 37, e parágrafo único, do
Código de Processo Civil, importa no não conhecimento de qualquer
recurso, por inexistente, exceto na hipótese de mandato tácito (ex-
Prejulgado nº 43).
O prazo para juntar a procuração é de 15 dias prorrogáveis por mais 15 dias. O mandado tácito se
concretiza pela realização de um ato processual em conjunto da parte com o advogado. Exige duas
cautelas apenas:
Atenção: a súmula 383 não pode ser mais aplicada devido ao NCPC. (obs: melhor ler a súmula
porque eventualmente pode cair em prova se é ou não válida)
Súmula 456: a procuração de pessoa jurídica tem que identificar o outorgante, ou seja, é necessário
trazer os atos constitutivos provando quem é a pessoa.
Histórico:
Redação original (conversão da Orientação Jurisprudencial
nº 373 da SBDI-1 com nova redação) – Res. 194/2014, DEJT
divulgado em 21, 22 e 23.05.2014
É inválido o instrumento de mandato firmado em nome de
pessoa jurídica que não contenha, pelo menos, o nome do
outorgante e do signatário da procuração, pois estes dados
constituem elementos que os individualizam.
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Estagiário depois foi efetivado, e a procuração não foi atualizada – para o TST esse ato é válido, e
continua habilitado.
Requisitos do NJ que se estendem ao ato processual: agente capaz, objeto licito possível e
determinado e forma prescrita.
A nulidade deve ser alegada na primeira oportunidade e é importante alegar a nulidade quando esta
trazer prejuízo a uma das partes. Ex: No processo civil há o laudo pericial e por erro do cartório só
uma parte é intimada. No processo do trabalho, se ocorrer, tem que comprovar a nulidade. Como
alega? O art 893 da CLT prevê o princípio da irrecobilidade das decisões interlocutórias, em regra,
não há recurso contra decisão.
§ 1º - Os incidentes do processo são resolvidos pelo próprio Juízo ou Tribunal, admitindo-se a apreciação do
merecimento das decisões interlocutórias somente em recursos da decisão definitiva.
Então como se socorre? É alegada a nulidade pela figura do protesto. Pode ser oral em audiência.
Protesto não preclusivo, ou seja, se mais prá frente houver um prejuízo decorrente da nulidade,
resgata-se o protesto em audiência na preliminar do recurso. O protesto pode ser escrito, neste caso,
o prazo é de 5 dias. Se não protestar haverá a preclusão. O protesto oral, em regra, não precisa de
fundamentação, pois só registra em ata e só será apresentada a fundamentação no recurso
ordinário. Quando for escrito, o protesto deverá conter a fundamentação.
As peças
Petição Inicial
5. Emenda da peça: Emendar significa retificar a peça. Pode ser feita no dia da audiência.
Contestação
Art. 355 NCPC, 847 CLT.
Art. 847 - Não havendo acordo, o reclamado terá vinte minutos para
aduzir sua defesa, após a leitura da reclamação, quando esta não for
dispensada por ambas as partes
a. Condições da Ação
b. Desenvolvimento regular e validade do processo – citação válida, incompetência, -
processo nulo
c. Inépcias de peça inicial (falta de coerência, sem pedido), coisa julgada, litispendência,
perempção e compromisso arbitral
2. Prejudiciais de mérito: prescrição e decadência CPC. No processo do trabalho há duas
outras –
Compensação: pressupõem que seja credor e devedor de alguém, de dívidas
líquidas vencidas – 369 CC – Ex: Tício compra fiado no mercado, sai e não paga, entra
com ação trabalhista, pedindo férias, e o reclamado pede para este valor ser
compensado – NÃO É POSSÍVEL, só pode compensar dívidas trabalhistas, pode pedir
esse valor na justiça comum, por ser comercial.
Súmula nº 18 do TST
COMPENSAÇÃO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e
21.11.2003
A compensação, na Justiça do Trabalho, está restrita a dívidas
de natureza trabalhista.
Súmula nº 48 do TST
COMPENSAÇÃO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e
21.11.2003
A compensação só poderá ser argüida com a contestação.
Obs: dedução – esta é a apuração de diferenças – ex: entra com ação por não
depositar FGTS, empregador mostra que está pago, mas se ficar comprovado que
alguma não foi pago, só vai pagar o que falta.
Eventualidade: tem que alegar todas as teses de defesa – pode ter mais de uma
defesa, podendo inclusive ser contraditórias – o que não for alegado preclusão –
dar os limites da líti contestati – não poderá inovar em curso do processo ou em
sede recursal.
Prova documental
Defesa direta: impugna o fato
Defesa indireta: reconhece o fato, mas apresenta uma questão impeditiva, modificativa ou
extintiva (já houve o pagamento)
Possui um requisito especifico, qual seja a conexão com a ação principal ou com o fundamento da
defesa. Ex: problema com muro do vizinho, entra com ação para discutir o muro, e paralelamente
pede reconvenção por ter batido no carro – não há conexão, não pode.
JT – pede equiparação salarial, e o empregador entra com reconvenção dizendo que bateu o carro da
empresa, do ponto do processo civil não admitiria, mas o PT admite, pois a conexão aqui será o
contrato de trabalho – se decorrer dele pode fazer a reconvenção.
144 CPC
Prazo:Exceção e impedimento poderá ser alegada a qualquer tempo, no prazo de 15d que tomar
ciência do fato.
Quem julga a exceção? Na CLT quem julga é a Junta de Conciliação e Julgamento – não tem mais,
discussão, na 2º região o próprio juiz julga – da decisão não cabe recurso, só protesto.
651, CLT – local da prestação do trabalho. Incompetência relativa por meio de exceção. Flexibilidade
da regra, se inviabilizar o direito de ação. Em regra esta decisão será irrecorrível. Exceto se acolher a
exceção e mandar para uma vara de outro tribunal – Sum 214 – cabe recurso ordinário.
No CPC é incidente – em autos apartados, no PT corre tudo junto, a prática é que seja feita na contestação
Instrução
Súmula nº 74 do TST
CONFISSÃO. (atualizada em decorrência do CPC de 2015) – Res.
208/2016, DEJT divulgado em 22, 25 e 26.04.2016
I - Aplica-se a confissão à parte que, expressamente intimada com
aquela cominação, não comparecer à audiência em prosseguimento,
na qual deveria depor. (ex-Súmula nº 74 - RA 69/1978, DJ 26.09.1978)
Julgamento
Provas
Finalidade: Convicção do magistrado. NCPC a ideia de prova é que seja para todos no processo, e não
só para o juiz.
Objetos de Prova: fatos controvertidos – o que não for controvertido não é objeto de prova, e
somente os fatos relevantes para a compreensão do processo, fatos determinados tem que ser
específicos, pontuados e individualizar os fatos.
Art 374 CPC- rol o que não é objeto de prova – algumas vezes o juiz diz para o Tribunal que é
elemento notório na localidade – quem é o vereador da cidade de determinado município, fatos que
dependam exclusivamente de documento público
Princípios:
Informativos
I. Necessidade da prova – só o que for necessário – economia processual
II. Concentração dos atos em audiência – ideia de audiência uma. Se ouviu 2, marcou
outra audiência para ouvir mais duas, contamina a prova.
III. Unidade para cada pretensão – isola a prova toda e avalia só determinada pretensão –
férias, equiparação salarial, etc.
IV. Lealdade: se admite todos os meios legais, lícitos e moralmente admitidos. Ex: vídeo
V. Aquisição – uma vez produzida a prova esta pertence ao processo, a todas as partes.
VI. Igualdade de oportunidades – tem que ter a mesma oportunidade de produzir e
contrapor a prova
Constitucionais
I. Devido processo legal;
II. Amplo direito de defesa;
III. Legalidade.
Principio da Primazia da realidade
Não importa a aparência com o que se deu a relação – contrato, carteira, controle de frequência, o
que importa é o dia a dia. Semelhante a busca da verdade real – quem traz esse elementos é a prova
testemunhal – mas é suscetível a fraude.
Há uma norma com várias interpretações, aplica-se a mais favoráveis. Se forem normas distintas,
aplica o p. da norma mais favorável
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Ex: empresa e trabalhador levou testemunhas, e cada uma disse um fato – e juiz não se decidiu –
havendo dúvida deveria julgar a favor do operário – doutrina clássica. Doutrinadores mais novos não
concordam, juntamente com os Tribunais, não se aplicaria – se resolveria com a prova dividida,
entende que não está provada, e julga conforme o ônus
Art. 370 CPC, art. 765 CLT – o Juiz deve definir os meios de prova, no CPC é no saneador, no PT o juiz
decide na audiência inicial – que irá deferir ou não as provas solicitadas, que deverão ser reiteradas
nessa audiência pela parte.
Ônus da Prova
Fatos constitutivos – autor – o fato gerador do direito, uma vez provado garante o direito.
Modificativos (A alega que fazia jornada noturna além do tempo, o empregador afirmou que paga um
adicional maior para não pagar além – acordo coletivo), impeditivos (reconhece o fato, mas impede o
efeito pretendido, ex: reclamante 1 mês fora do horário, o empregador afirma que tinha sistema de
compensação) e extintivo (afirma que pagou as horas extras – se tiver diferença tem tribunal que não
aceita, pois estaria mudando a causa de pedir)– réu –
A CLT também tem uma regra no 818 CLT – só que esta é mais singela – quem alega tem que provar,
por isso usa CPC.
NCPC: mantém a regra atual – 373 – só que vai além e adota a Teoria da Carga Dinâmica – quebra o
paradigma contra o ônus probatório, passa a ser de quem tiver maior capacidade para a prova –
inversão do ônus da prova. E poderá quando houver previsão na lei: CDC, diante da peculiaridade da
causa – a empresa teria maior facilidade de obtenção por esta – deve ser fundamentado em decisão
saneadora. A finalidade é de maior efetividade. No PT não há decisão saneadora, há dúvida é se
deveria sanear o processo – para alguns juízes cada um saberia seu ônus, mas seria contra a lógica do
CPC, inclusive quando há inversão.
SUM 443 TST – inversão do ônus – dispensa discriminatória de empregado portador de HIV ou
doença grave que cause estigma social – hanseníase. O empregador tem que provar que não
discriminou – problemas disciplinares, ou problemas econômicos da empresa – filial foi fechada, ou
questões técnico tecnológica – substituiu por uma máquina, ou trocou os equipamentos e este não
consegue aprender as novas tecnologias.
Questões trabalhistas
Reclamante afirma que a empresa tem 13 empregados, e empresa afirma que tem 7,
primeiramente cabe ao empregado que tinha 13, se provou, cabia ao empregador trazer
os controles, sendo o ônus do empregado, se não trouxe, ônus volta para ele.
Mesmo que tenha menos de 10, mas tinha o controle, o empregador prova que tinha o
controle, e empregador deve trazer, se não trouxer aplica a Sum, ônus do empregador.
Reclamante afirmou que tinha 2 controles, uma para jornada regular e outra para as horas
extras. Empresa traz só um, mas afirma que tinha 2 controle, e não traz, inverte o ônus.
2. Diferenças de Horas extras – afirma que pagava em números inferiores as horas extras –
ônus do reclamante/ empregado – mostra o cartão de ponto, e faz o cálculo por
amostragem – o ideal é pelo menos um mês por semestre – as diferenças efetivas serão
apuradas depois em liquidação.
Se suprimir paga horas extras – ônus do empregado, mas se a reclamada não trazer os
controles não irá aplicar a Sum 338, TST – tem que isolar as pretensões intervalo, horas
extras – sempre é ônus do empregado
Súmula nº 16 do TST
NOTIFICAÇÃO (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19,
20 e 21.11.2003
Presume-se recebida a notificação 48 (quarenta e oito)
horas depois de sua postagem. O seu não-recebimento
ou a entrega após o decurso desse prazo constitui ônus
de prova do destinatário.
Meios de Prova
Obs: não confundir com o interrogatório, este é determinado ex officio a qualquer tempo – e
houve o reclamante.
2. Prova documental: deve vir na peça inicial ou na contestação – o CPC faz uma análise maior,
CLT mais tímida 830. Pode juntar documento em outra fase? Recursal? Quando o
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documento for novo (aquele que existia a época, mas a parte desconhecia sua existência) ou
superveniente (surge no curso do processo) – 1º e 2º instancia pode juntar.
Sum 8 TST prevê a possibilidade de juntar documentos em fase recursal, desde que se
justifique.
Súmula nº 8 do TST
JUNTADA DE DOCUMENTO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e
21.11.2003
A juntada de documentos na fase recursal só se justifica quando
provado o justo impedimento para sua oportuna apresentação ou se
referir a fato posterior à sentença.
CLT 830 – o documento tem que ser original ou cópia autenticada (cartório extrajudicial, em
juízo, ou pelo próprio advogado - devendo ser folha a folha), outras questões é utilizado CPC
– incidente de falsidade, exibição incidental de doc. Apesar do 830, a jurisprudência entende
que não é necessário o original, na prática todos juntam cópia simples, sendo descabida a
impugnação da forma, ou seja, a impugnação sempre deve versar sobre o conteúdo do
documento
3. Prova Testemunhal:
Número de Testemunhas: proc. ordinário e sumário – 3; no sumaríssimo 2; no Inquérito
de apuração de falta de grave – 6
Quem pode ser testemunha: a priori qualquer pessoa pode ser testemunha – o CPC traz
algumas restrições 405 CPC – incapazes, impedidos ou suspeitos, quem tem interesse na
causa, consanguinidade. A CLT tem regras próprias 829 – aplica ambas as hipóteses:
parente até 3º grau – tio, amigo intimo (diferença de amigo, colega e amigo intimo –
frequenta a casa, padrinho, ultrapassa o ambiente de trabalho), inimigo da parte. Essas
são as hipóteses legais, mas há desdobramentos:
i. Sum 357 TST – quem promove ação contra a empresa é inimigo? Segundo essa
sumula o mero exercício do direito de ação não gera inimizade – tem que
observar as vezes o conteúdo, questões corriqueiras, ou dispensa discriminatória,
brigas.
ii. Troca de favores: a priori configura interesse na causa. Ex: entra com ação, e
precisa de testemunha, um é testemunha do outro – pré- pactuação – isso tiraria
a isenção da testemunha – em função da sum 357 entende que não, nos tribunais
é convertida a matéria, pois se a testemunha pode exercer o direito de ação dela,
não haveria problema dela ser testemunha.
Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida
Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante
Essas causas que impedem devem ser alegadas em contradita – que é um incidente processual. Tem
um momento especifico, entre a qualificação da testemunha e compromisso (de dizer a verdade). A
praxe é que entrou na sala já pede. Por ser um incidente, permite todos os meios de prova,
teoricamente pode produzir prova documental, testemunhas – se passar preclusão.
Do ponto de vista da CLT, a testemunha é convidada, se este não der resultado, ela
será intimada judicialmente. Se não comparecer, condução coercitiva e multa - Art 825
CLT (mais importante).
O advogado se compromete de levar a testemunha, independente de intimação,
normalmente usa quando a audiência é fracionada – a parte assume o dever (85% dos
advogados usam). O problema desta é se a testemunha ficar doente, viajou, haverá
preclusão.
Intimação pelo Provimento: a parte apresenta o rol de testemunhas, e o cartório
expede os mandados de intimação, e a parte fica responsável em cumpri-lo, o
advogado retira, e a parte entrega, e pega o comprovante de entrega - Na 2º região
tem essa forma – só aqui, provimento do tribunal – essa intimação já é judicial, mesmo
se não vier, faz a condução coercitiva e multa.
Apresenta o rol no cartório até 10 dias antes da audiência, ou no prazo fixado pelo juiz,
segundo o TST não se aplica este dispositivo no processo do trabalho, mas no dia a
dia muitos juízes aplicam - Aplicação do artigo 407 do CPC – se não apresentar,
segundo o TST tem preclusão, e pode levar a testemunha no dia da audiência.
Obs: Se for sumaríssimo e for aplicar o 825, tem que fazer prova do convite – todo mundo faz uma
carta convite.
Obs2: Troca de testemunhas – o CPC é bem rigoroso quanto a troca de testemunha, só pode se tiver
enferma ou em lugar incerto. No processo do Trabalho o TST entende que pode substituir sem
justificar, mesmo que tenha apresentado o rol, no dia da audiência pode chegar com outra.
A prova testemunhal contribui para o principio da primazia da realidade, traz o dia a dia.
4. Prova Pericial
A CLT não trata muito sobre o tema, por isso usa o CPC. A CLT só tem 3 regras:
Quem paga os horários periciais é a parte sucumbente no objeto da perícia- Art 790 CLT B.
Ex: ticio pediu horas extras, insalubridade, ganhou tudo, mas perdeu a insalubridade, ele
tem que pagar a perícia. Se houver justiça gratuita, tem o fundo da justiça do trabalho que
paga.
No Processo civil, quem paga a perícia é quem pediu, e poderá ser ressarcido ao final, no
processo do trabalho isso seria complexo, pois o reclamante está desempregado
geralmente – OJ 98 da SDI1 entendeu que é incabível na justiça do trabalho os honorários
periciais prévios. Na prática tem problema com perito médico, pois ninguém quer ser, pois
ganha entre 2 a 3 mil, e só no final, se a empresa não quebrar.
5. Inspeção Judicial: o juiz vai até o local – tudo CPC, CLT é totalmente omissa.
Audiência de Julgamento:
A sentença trabalhista tem que ser proferida na audiência, e antes tentar conciliação, se houver
homologa, se não tiver profere a sentença. Teoricamente as partes estão lá, e dá a sentença – em SP,
pois o volume processual é muito grande, e a audiência não é uma, é ficta.
A sentença é semelhante aos do CPC – 832 CLT se aproxima do 489 do CPC – tem um relatório, uma
fundamentação e uma parte dispositiva. Se for sumaríssimo está dispensado o relatório – a
peculiaridade é que na sentença trabalhista o juiz tem que arbitrar o valor da condenação – é
estimado, não vincula a execução, e sua finalidade é o preparo recursal.O prazo recursal é dado a
partir da intimação ou da súmula 197. Se não publicar o prazo pela súmula, peticiona-se para
redesignar o julgamento.
Recursos
Outro fato importante é a natureza jurídica, hoje os recursos são vistos como desdobramentos do
direito de ação – direito dispositivo – e além disso é um direito fundamental. O pacto San José da
Costa Rica prevê expressamente o 2º grau de jurisdição – pacto dos direitos humanos.
Recurso ainda é um meio de impugnação, que se somam a outros, só que há uma peculiaridade, o
recurso tramita dentro da mesma relação processual, enquanto os citados formam novas relações
processuais.
Por fim, a finalidade do recurso pode ter por finalidade a invalidação, seria o erro in procedendo, ou
seja, houve alguma nulidade na 1º instancia, e busca-se o Tribunal para corrigir – como não tem
agravo seria semelhante ao Protesto.
Se o recurso visar reforma, será erro in judicando, o juiz a quo errou na aplicação do direito, avaliação
das provas, julgou mal.
1. Extensão da matéria: Pode ter um recurso total ou parcial. Ex: condenada a pagar 10
verbas diferentes, recorre só de 5, recurso parcial, não impugnou toda sentença.
2. Fonte normativa: Se for a CF estamos falando de recursos excepcionais – rec especial e
extraordinário. Se for o sistema infraconstitucional, serão recursos ordinários, comuns.
3. Autonomia da interposição: Pode ter um Recurso principal, quando é autônomo. E pode
ter um recurso acessório – que é o recurso adesivo – 500 CPC. Ex: sentença parcialmente
procedente, ambos não recorrem por concordar, no último dia o outro recorria – permitiu
que quando fosse intimado podia fazer recurso – recurso no prazo das contrarrazões, se o
principal não for reconhecido, o adesivo também não.
Discussão: possibilidade de fazer um recurso principal e um adesivo – não pode, pois já teria feito
todas as alegações possíveis, se não fez estará precluso.
Principios
Duplo Grau de jurisdição – 1013 CPC: É o efeito devolutivo – duplo grau de jurisdição
pleno – não permitiria uma restrição ao duplo grau de jurisdição. Discussão mensalão –
STF é 1º e última instancia, e por não ter duplo grau violaria. No Procedimento sumário, o
duplo grau é limitado a matéria constitucional, e não seria compatível com o sistema
constitucional vigente.
Unirrecubilidade/ Unicidade recursal/ Singularidade: Traz a ideia que para cada decisão
há apenas um recurso – diante de um acordão do trf tem simultaneamente a possibilidade
do rec especial e extraordinário.
No Processo do Trabalho também haveria uma possibilidade, diante de uma decisão de uma das
turmas do TST que viole simultaneamente a CF é cabível Recurso Extraordinário, e for proferida com
divergência em relação as outras turmas – cabe Embargos no TST.
Acordão que envolve várias matérias, uma delas é constitucional e viola CF – nessa parte Recurso
Extraordinário e outra matéria tem matéria divergente com outras turmas, então também caberia
Embargos no TST – só nessa hipótese poderia interpor ambos
Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida
Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante
Obs: em SP estavam interpondo os recursos ordinários e embargos– o ordinário não era conhecido,
pois viola a unicidade, tinha que interpor primeiro embargos.
Fungibilidade: Possibilidade de interpor um recurso pelo outro. Requisitos: aplicar o de
menor prazo, ausência de erro grosseiro – o primeiro requisito já daria um requisito
objetivo. Esta deveria ocorrer quando houver uma dúvida objetiva, não vinculada ao
prazo, mas uma dúvida da doutrina e da jurisprudência, ou da própria lei.
II. Oj 69 SDI II- impetra MS no tribunal, o relator faz o julgamento monocrático (dizendo
que decaiu, ou é incabível MS – extinguindo o MS – sentença acordão), cabe nesse
caso, o TST entende que é agravo regimental, e não recurso ordinário, se este for
processado, converte em agravo regimental pela fungibilidade.
Exceções:
i. Matéria de ordem pública
ii. Matérias que o juiz deva conhecer de ofício – condições de ação
Obs: Sucessão trabalhista – manchete perdeu concessão, e ômega assumiu e pegou todos os
trabalhadores, todos entraram contra a ômega por considerar sucessão. Uma parte ganhou
parcialmente 1 instancia, só a parte recorreu, e tribunal alterou, reconhecendo que não houve
sucessão trabalhista.
Irrecubilidade das decisões interlocutórias/ Principio da concentração dos recursos (só
no processo do trabalho) – 893 §1º: Não há recurso contra decisão interlocutória, faze o
protesto, e lá na frente pode arguir em preliminar de recurso ordinário – é incidente
processual (semelhante ao agravo retido)
Devolutivo – quantum apelatum quantum devolutum – a matéria que faz parte do recurso
devolve ao tribunal. Efeito Devolutivo em extensão e Efeito Devolutivo em profundidade:
Ex: reclamação trabalhista com pedido A, B, C, a reclamada para cada pretensão possui
uma tese de defesa– um dos pedidos trata-se de um intervalo de 15 min para as mulheres
antes da jornada extraordinária. Há uma vertente que diz que tal intervalo não foi
recepcionado, outros dizem que devem estender aos homens, pelo principio da isonomia.
O juiz julga a ação totalmente improcedente. Acolhe A1, B1, C1 – o empregado faz o
recurso ordinário (apelação) atacando a sentença nos pedidos A1, B1, e não recorre da C.
O Tribunal não poderá julgar o C – não tem o efeito devolutivo extensivo, não pode ir além
da matéria do recurso. O tribunal reconhece que a A1 não pode, pois foi recepcionada,
como fica o A2 e A3 (demais teses não alegadas no recurso)? O juiz de primeiro grau já
entendeu que era inconstitucional e não analisou as demais teses referentes ao pedido A.
O RO devolve ao tribunal as demais teses, recorre de A em toda sua profundidade, mesmo
que o recorrente não tenha recorrido especificamente das demais, podendo analisar A2 e
A3. Extensão não, profundidade sim.
Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida
Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante
Efeito Suspensivo: A regra dos recursos trabalhistas é que não haja o efeito suspensivo, a
única exceção é o efeito suspensivo decorrente de recurso ordinário em dissidio coletivo,
o qual fica a critério do presidente do TST (incidente de efeito suspensivo). Ex: bancários
em greve, dispara o dissidio coletivo dos tribunais, vem acordão – sentença normativa, o
tribunal em uma decisão inovadora dá 30% de aumento, como não tem efeito suspensivo,
ainda que recorra, tem que começar a pagar – todos fazem o RO e fazem o incidente de
efeito suspensivo, e o presidente do TST julga, podendo dar totalmente, parcialmente ou
não conceder. Se não tem efeito suspensivo pode fazer uma execução provisória – que
será possível a partir da sentença, que se faz nos termos do 496 do CPC, e vai até a
penhora de bens esta execução provisória, enquanto o recurso estiver no Tribunal – hoje
pouco fazem, tem sido feito execução provisória do acórdão do tribunal, pois recurso de
revista dificilmente ocorre. Não pode usar o valor enquanto não tiver caução, se tiver
pode levantar o valor. Só que o CPC tem uma outra regra, que prevê que pode levantar os
valores sem caução quando houver os seguintes requisitos: o crédito não exceder 60
salários mínimos (a maioria); ter natureza alimentar (salário); prova da necessidade. Os
juízes não costumam levantar, por receio, mas é possível
Problema – em que momento há a coisa julgada? Há a coisa julgada parcial – 13º e férias, não houve
recurso, transitou em julgado jan/13, em jan/14 há um novo ternsito parcial a equiparação salarial, e
o intervalo só em jan/2020 – são em momentos distintos da formação da coisa julgada, isso produz
um outro efeito – ações rescisórias parciais –n em que o prazo será diferente conforme o transito de
cada uma das pretensões.
Súmula nº 100 do TST
AÇÃO RESCISÓRIA. DECADÊNCIA (incorporadas as Orientações
Jurisprudenciais nºs 13, 16, 79, 102, 104, 122 e 145 da SBDI-2) - Res.
137/2005, DJ 22, 23 e 24.08.2005
I - O prazo de decadência, na ação rescisória, conta-se do dia imediatamente
subseqüente ao trânsito em julgado da última decisão proferida na causa, seja
Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida
Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante
Pressupostos recursais
Objetivos
1. Previsão legal: não pode inventar, ou trazer recurso do direito comparado – estrita
legalidade.
2. Adequação: a priori, para cada decisão tem um recurso adequado. Excepcionalmente tem
dois recursos para uma decisão – unirrecobilidade. Exceção: Interpor um recurso pelo
outro – fungibilidade
3. Tempestividade: os prazos conta como o CPC – exclui o primeiro, inclui o último. O mais
peculiar é a questão de intimação em dias sem expediente forense. Ex: semana da
conciliação não há expediente forense – considera intimado no dia útil subsequente, e
começa o prazo no dia seguinte.
Art. 229 CPC – réus com procuradores diferentes dobra o prazo – NÃO APLICA ESTE
ARTIGO Na Justiça do Trabalho. OJ 310 SDI 1
Sum 434 – não conhece recurso extemporâneo- interposto antes do inicio do prazo.
(tende a cair)
tem custas da reclamada, em 2% - Se juiz não fixar tem que embargar. Obs: Há a
possibilidade da ação ser procedente e não tiver valor condenatório quando a ação for
declaratória, não tem discussão patrimonial.
Improcedente Prescrição – não aceita, se reclamada recorre, não paga custas, pois não
tem valor de condenação. O preparo é custas mais depósito recursal, este último é só feito
pela reclamada (899 CLT), este é uma garantia da execução, então não vai para o estado,
fica em uma conta vinculada ao juízo, mas no nome do trabalhador, só o juiz pode liberar
o valor. O valor do depósito recursal, é igual ao valor da condenação, limitado ao teto
EXEMPLO 1
Sentença parcialmente procedente: o valor é de 4 mil – O reclamante e a Reclamada fazem R.O. A
reclamada paga 80,00 de custas.
EXEMPLO 2
EXEMPLO 3
Esse preparo recursal tem que ser comprovado no prazo do recurso. A regra é o prazo de 8 dias para
o recurso, se fez no 3 dia tem até o 8º dia para provar o prazo – não precisa ser junto (todo mundo
faz junto).
Os valores são bastantes quebrados, se faltar 0,30 centavos o recurso é deserto, não é possível a
complementação, mesmo com diferenças ínfimas OJ 140 SDI 1.
140. DEPÓSITO RECURSAL E CUSTAS. DIFERENÇA ÍNFIMA.
DESERÇÃO. OCORRÊNCIA (nova redação) - DJ 20.04.2005
Ocorre deserção do recurso pelo recolhimento insuficiente das
custas e do depósito recursal, ainda que a diferença em relação
ao "quantum" devido seja ínfima, referente a centavos.
Se houver mais de uma reclamada no pólo passivo, uma fez o preparo, beneficia as outras.
Súmula nº 128 do TST
DEPÓSITO RECURSAL (incorporadas as Orientações
Jurisprudenciais nºs 139, 189 e 190 da SBDI-1) - Res.
129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
I - É ônus da parte recorrente efetuar o depósito legal,
integralmente, em relação a cada novo recurso interposto, sob
pena de deserção. Atingido o valor da condenação, nenhum
depósito mais é exigido para qualquer recurso. (ex-Súmula nº
128 - alterada pela Res. 121/2003, DJ 21.11.03, que incorporou
a OJ nº 139 da SBDI-1 - inserida em 27.11.1998)
II - Garantido o juízo, na fase executória, a exigência de
depósito para recorrer de qualquer decisão viola os incisos II e
LV do art. 5º da CF/1988. Havendo, porém, elevação do valor
do débito, exige-se a complementação da garantia do juízo.
(ex-OJ nº 189 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000)
III - Havendo condenação solidária de duas ou mais empresas,
o depósito recursal efetuado por uma delas aproveita as
demais, quando a empresa que efetuou o depósito não pleiteia
sua exclusão da lide. (ex-OJ nº 190 da SBDI-1 - inserida em
08.11.2000)
Em regra beneficia, salvo quando aquela que fez o preparo perde a exclusão da lide (parte ilegítima, e
questiona outras coisas) – pois se for excluída, leva o preparo com ela, e o processo ficaria sem
garantia.
PROVA - Não tem preparo proporcional – Tem 3 reclamadas no polo passivo – terceirização de 2010
a 2015, Ticio empregado da X (prestadora de serviço de limpeza), trabalhou de 2010 a 2011 na
empresa A, e 2011 a 2015 na emp B – entra com ação pede responsabilidade subsidiária da A e B
conforme os anos trabalhados. Vem a sentença, e condena a empresa X a pagar, e subsidiariamente
A e B conforme os anos. Valor da condenação 50 mil reais.
RO da reclamada A (2010 a 2011) – só ela quer recorrer, mesmo sendo a menos condenada – PAGA O
PREPARO DO VALOR TOTAL, e não sobre o seu período apenas – NÃO EXISTE PROPORCIONALIDADE –
50 mil.
Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida
Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante
Tem dois juízos de admissibilidade pelo juizo a quo e ad quem, contrarrazões antes.
Recursos em espécie
897 A CLT – foi alterado por lei processual – L13015/14 – recursos trabalhistas.
Poderia ocorrer da reclamada não recorrer de D, precisa esta ratificar o seu interesse recursal? No
processo civil, pela sum 418 do STJ precisa, no processo do trabalho não – construção jurisprudencial,
TST entende.
Recurso Ordinário
Só há uma hipótese de ag. que é a decisão denegatória de seguimento de recurso pelo juízo a quo.
Prazo 8 dias
Exige o instrumento – peças obrigatórias: rol 897, §5º - procurações, decisão agravada, certidão de
intimação da decisão agravada, PI, contestação, decisão originária, cópia do preparo, bem como , o
recurso travado, pois o Tribunal julgará se procedente. E outras peça que a parte entender necessária
– não é facultativa, se faltar peça que seja essencial para compreender a matéria, o recurso não será
conhecido.
Não há preparo.
Agravo de Petição
Prazo 8 dias.
Exige que a parte indique quais matérias controvertidas. O que não for controvertido pode ser
levantado.
Pedido de revisão
Cabimento contra decisões que rejeitam a impugnação ao valor da causa e a competência do recurso
é o presidente do TRT. O prazo é de 48h. O recurso é com instrumento e sem preparo.
Correição Parcial
Recurso anômolo que pede para o Corregedor intervir no processo. Cabível contra decisão que cause
tumulto processual e atente contra a boa ordem do processo. 5 dias. Sem preparo.
Recurso de Revista
Quem julga são as turmas do TST. Cabível quando houver divergêngencia de lei federal,
jurisprudência diversa horizontal (entre TRT’S), ou verticais (TRT x TST, Sumula X OJ) ou contradição
direta às súmulas vinculantes do STF.
Recurso de Revista em execução – mesas hipóteses do RR. Neste caso, observa-se as alterações
advindas com a lei 1315/14 que alterou os aspectos recursais da execução fiscal.
Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida
Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante
Embargos no TST
Recurso Extraordinário
Não é considerado recurso trabalhista. Observar os cabimentos na CF/88 E NCPC – O preparo segue o
preparo trabalhista. Recurso contra decisão do TST que vai para o STF.
EXECUÇÃO TRABALHISTA
Art. 889 - Aos trâmites e incidentes do processo da execução são aplicáveis, naquilo em que não
contravierem ao presente Título, os preceitos que regem o processo dos executivos fiscais para a
cobrança judicial da dívida ativa da Fazenda Pública Federal.
Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida
Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante
Prevê que na ausência de lei trabalhista, aplica=-se a lei dos executivos fiscais.
A execução pode ser promovida pelas partes ou pelo juiz ex offcio. São executáveis os títulos extra
judiciais: termo de conciliação perante a CCP, e o Termo de ajustamento de conduta celebrado no
Ministério Público do Trabalho. A instrução normativa 39 fala de outros 2 t´tulos: nota promissório e
o cheque quando oriundos de ralações de trabalho.
Liquidação
Ocorre de 3 formas:
Arbitramento: quando se faz necessário ter conhecimento técnico específico. Ex: avaliar obra
de arte.
Por artigos: Não existe na prática. É quando o juiz transfere do processo de conhecimento a
prova para o processo de execução.
Por cálculos: A CLT prevê que se os cálculos poderão ser ofertado pelas partes. Há outro
caminho, quando há a figura do calculista, servidor público que faz os cálculos. Elaborada a
sentença de liquidação, a reclamada é citada para pagamento ou indicação de bens. Caso ela
não o faça acontece a penhora forçada. Essa fase é chamada de constrição patrimonial. Uma
vez garantida a execução é possível o embargos a execução (5 dias). Nesse mesmo prazo o
credor pode fazer a impugnação da sentença de liquidação. Nessa fase pode ocorrer os
embargos de terceiros. A sentença pode ser atacada por agravo de petição. O agravo tem
preparo: 44,26 + depósito recursal (só se não estiver garantida a execução)
Bem de família – há uma vertente que acredita que o credito trabalhista pode penhorar o bem de
família, pis na CF/88 há dois bens jurídicos em conflito: trabalho X família. Logo, se foi o
empregador que deu causa, ele que deve pagar. Mas a posição majoritária diz que não se
penhora.
Sócio retirante
Exemplo: Sócio ficou de 2008 a 2010 na empresa. Tício entrou em 2009 e saiu em 2011. Tício
ajuíza ação contra a empresa. Em 2014 começa a execução trabalhista. Em 2016, Tício cita o sócio
retirante solicitando que o sócio venha ao pólo passivo. O juiz aplica a ele a responsabilidade
solidária.
Segunda vertente – Quando Tício entrou com a ação, para de contar os 2 anos.
Ou seja, o sócio só responde pelos créditos no período em que foi sócio da empresa.
Exemplo: Há uma ação trabalhista em andamento e penhora a conta salário do dono da reclamada. É
possível, pois o que é importante é saldar a dívida com o reclamante.
Posição do TST: O crédito trabalhista não pode penhorar salário ainda que de forma proporcional.
Mas a posição do TRT-2 é de penhorar o salário, mesmo que proporcional.
Procedimentos Especiais
Procedimento especial trabalhista. Ação que só pode ser ajuizada pelo empregador contra
empregado estável na ocorrência da falta grave. É estabilidade sindical e empregado eleito para
dirigir cooperativa. O empregado faz algo, é suspenso por 30 dias. O empregador ajuíza a ação até 30
dias. É necessário 6 testemunhas. A decisão judicial, se for procedente, o juiz rompe a estabilidade e
extingue o contrato. Se for improcedente, o empregado é reintegrado e tem os salários do período.
Se o empregado nã quiser voltar ele é indenizado em dobro. Uma outra opção é não afastar o
empregado e promover imediatamente a ação. Se não promover no prazo é perdão tácito. Ação
tramita. A decisão é favorável ao empregado, ele continua trabalhando. Se for procedente à
reclamada, o contrato é extinto na data de ajuizamento da ação. O período em que o trabalhador
ficou trabalhando é considerado um segundo contrato, esse sem a estabilidade.
Dissidio Coletivo
É uma ação específica para os conflitos coletivos de trabalho. A CLT ala em 3 possibilidades:
Dissidio coletivo originário: Quando se busca pela primeira vez um instrumento normativos
Dissidio coletivo de revisão – É como uma ação revisional. Tem um requisito: a norma
coletiva que se pretende reverter tem que estar em vigor a pelo menos 1 ano. Prazo máximo
de sentença normativa é de 4 anos.
Dissidio coletivo de extensão – Uma parte da categoria conquista novos direitos e por este
dissidio pode se entender aos ouros trabalhados. Requisitos estão no 868 CLT – ¾ dos
trabalhadores e dos empresários devem concordar com a extensão. 75% no caso. Para
negociar precisam de 51%.
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Outros Dissídios
Dissidio coletivo de natureza jurídica – se discute a interpretação e aplicação das normas pré
existentes
Dissidio coletivo de natureza econômica – se busca novos direitos, é o poder normativo da
justiça do trabalho
Dissidio coletivo de greve – julga aspectos formais da greve
Condições da ação