PROCESSO DO TRABALHO
corrupção passiva;
CONCEITO LEGAL
Pode ser definido como conjunto de princípios e
normas destinados a regular a atuação jurisdicional do
Direito do Trabalho.
- Visa reger a solução dos conflitos individuais e
coletivos que a CF atribui como competência da
Justiça do Trabalho;
- É um Direito Instrumental;
PRINCÍPIOS DO PROCESSO DO TRABALHO
Princípio da Proteção: é uma consequência do direito
protetivo do direito material do trabalho. O
trabalhador hipossuficiente tem maiores dificuldades
para provar suas alegações em juízo, tentando igualar
aqueles que são desiguais no mundo dos fatos.
- Instituto do Depósito Recursal, art. 899 da CLT:
obrigada o reclamado (empregador), condenado, a
depositar um valor a disposição do judiciário se
decidir recorrer da decisão.
- Art. 884 da CLT: Quando o trabalhador for o
reclamante da ação e faltar a audiência inicial, a
punição será o arquivamento do processo. Uma
extinção sem a resolução do mérito. Se quem faltar
for o empregador, será aplicada a revelia e a confissão
decorrente da confissão da matéria fática.
- Alguns juristas acham que esse princípio não se
aplica ao Direito Processual, mas a doutrina
dominante acha que esse princípio informa e forma o
próprio direito processual do trabalho.
COISA JULGADA
Diz respeito a imutabilidade e indiscutibilidade que
certas decisões judiciais alcançam – uma delas a
sentença – em razão de seu trânsito em julgado.
AÇÃO RESCISÓRIA
É autônoma de impugnação que busca desconstituir
determinadas decisões transitadas em julgado, em
razão de vícios gravíssimos que possuem, a exemplo:
- daquelas proferidas por juiz que comete crime de
- das decisões baseadas em prova falsa;
- das decisões resultantes de dolo praticado pela parte
vencedora etc;
AUTOTUTELA
É uma forma de resolução de conflito presente a
muito tempo, a que se refere àquela resolução
através das próprias mãos, onde o ofendido buscava
resolver seu conflito por conta própria utilizando sua
força. Atualmente esta modalidade de solução não é
mais permitida, é considerada ilícita.
A única exceção presente na autotutela é o direito
de greve, conforme é assegurado e previsto no
artigo 1º da Lei 7.783/2009, juntamente com o
artigo 9º da Constituição Federal de 1988.
Jus Variandi: É o direito que possui o empregador de
alterar unilateralmente, somente em casos
excepcionais, as condições de trabalho de seus
empregados. Tal variação decorre do poder de
direção do empregador.
- A alteração do horário noturno para o diurno, sem
que haja necessidade do pagamento do adicional
noturno, uma vez que se trata de hipótese de "jus
variandi" extraordinário do empregador.
- A determinação do empregador de transferir um
empregado de um local insalubre ou perigoso para
um outro em que as condições de higiene ou de
segurança sejam melhores e, por isso, tornam
inexigíveis os adicionais de insalubridade ou de
periculosidade.
Jus Resistentiae: há limites para o exercício válido do
"jus variandi". Havendo abuso no seu exercício, o
empregado pode se opor, valendo-se do chamado
direito de resistência ("jus resistentiae"). Esse
somente poderá ser exercido pelo empregado
quando houver abuso
Greve (art. 9º CF C.C Lei 7783/89):
AUTOCOMPOSIÇÃO
Trata da resolução do conflito entre as partes, as
próprias partes conversam entre si, e chegam a um
acordo que melhor solucionará a lide, o conflito. No
caso da autocomposição as partes solucionam o
conflito sem a decisão de terceiro.
Esta pode ser classificada em unilateral, quando uma
das partes renuncia (art. 487, III, c, CPC) ou bilateral,
quando ambas entram em acordo, a chamada
transação, (art. 487, III, a, do CPC).
Cabe salientar que a autocomposição dá origem as
formas consensuais denominadas conciliações e a
medição. No caso da Justiça do Trabalho se admite
negociações coletivas intermediadas por sindicatos.
Normas Coletivas (art. 7º xxvi CF C.C art. 611 CLT):
Comissões de Conciliação (art. 625-A até 625-H CLT):
HETEROCOMPOSIÇÃO
A resolução do conflito se dá através da intervenção
de um terceiro, cabe salientar que esta terceira
pessoa pode ser investida pelas partes, de acordo com
a Lei 9.307/1996 ou pelo art. 16 CPC.
Esta pode resolução pode ocorrer por decisão judicial,
sentença normativa ou sentença arbitral.
As principais formas de heterocomposição são
denominadas de: arbitragem e jurisdição.
Ressalta-se que todas estas formas de solucionar
conflitos previstas na CLT, requerem a homologação
do acordo pelo magistrado que supervisionou todo
andamento.
ARBITRAGEM:
Trata-se de uma forma de solução de conflitos na qual
uma terceira pessoa que não esteja envolvida no
litígio é escolhida para solucioná-lo de forma
imparcial.
De acordo com o artigo 13 da Lei nº 9.307/1996, o
árbitro deve ser pessoa física e também capaz,
poderão ser nomeados mais de um árbitro, porém
sempre em número ímpar, quando nomeados em
número ímpar estes estão autorizados a elegerem
mais um, e quando nomeado mais de um árbitro
deverá ser eleito pela maioria o presidente do tribunal
arbitral.
No que diz respeito ao procedimento arbitral Santos e
Filho (2020) trazem que a arbitragem poderá:
“Decidir o conflito com base no direito (arbitragem de
direito) ou poderá decidir com base em regras de
equidade, isto é, com base em outra ciência do
conhecimento ou com base em regras de experiência
(arbitragem de equidade). A arbitragem possibilita
essa solução não jurídica e isso a diferencia do
Judiciário tradicional. (SANTOS e FILHO 2020)”
Quanto a arbitragem na área trabalhista esta só era
permitida para litígios coletivos de trabalho, como
disposto no art. 124, § 1º CF:
“frustrada a negociação coletiva, as partes poderão
eleger árbitros. Porém com a Reforma Trabalhista,
Lei 13.467/2017, em seus artigos 507-A da CLT, isso
mudou, a saber:
Art. 507-A: Nos contratos individuais de trabalho cuja
remuneração seja superior a duas vezes o limite
máximo estabelecido para os benefícios do Regime
Geral de Previdência Social, poderá ser pactuada
cláusula compromissória de arbitragem, desde que
por iniciativa do empregado ou mediante a sua
concordância expressa, nos termos previstos na Lei
no 9.307, de 23 de setembro de 1996. (Incluído pela
Lei nº 13.467, de 2017)
Ou seja, agora na área trabalhista o empregado terá o
direito de recorrer a arbitragem, caso seu salário seja
superior ao limite para os benefícios do regime da
previdência, e a iniciativa deve partir do empregado.
Individual (art. 507-A CLT):
Coletiva (art. 114 §1º CF):
JURISDIÇÃO
- É una;
- Indelegável: ou seja, aquele órgão do judiciário que
recebe a atribuição de julgar não pode delegar essa
função a outra (exceto nas hipóteses previstas em lei);
- Substitutiva: faz com que o Estado substitua a
vontade das partes, para a resolução do mérito),
coercitiva (a decisão a ser efetivamente tomada, vai
ser imposta as partes conflitantes).
Obrigatoriamente, exercida pelo Poder Judiciário, pois
solução de conflitos na sociedade é atribuição deste.
No âmbito trabalhista, existe o ramo específico
chamado Justiça do Trabalho.
Jurisdição Conteciosa:
 Função inicial contenciosa resolver a
contenda, a lide formada entre as partes;
 Prazo para pretensão a reparação do Direito;
Prescrição: decorrência do prazo de direito a
reparação/sanção, quando ocorre esse fenômeno,
você perde o direito de pretensão e não poderá
recorrer ao Judiciário.
Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz:
I - acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou
na reconvenção;
II - decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a
ocorrência de decadência ou prescrição;
III - homologar:
a) o reconhecimento da procedência do pedido
formulado na ação ou na reconvenção;
b) a transação;
c) a renúncia à pretensão formulada na ação ou na
reconvenção.
Parágrafo único. Ressalvada a hipótese do § 1º do art.
332, a prescrição e a decadência não serão
reconhecidas sem que antes seja dada às partes
oportunidade de manifestar-se.
Decadência: também é uma sanção ao não
cumprimento de prazo, mas é diferente da prescrição,
pois resulta de uma lesão entre o credor e o devedor.
Na decadência, não existe lesão alguma, pois
inicialmente pressupõe de um direito potestativo
(personalíssimo da parte), e esse direito, a lei ou o
contrato impõe um prazo de cumprimento.
Jurisdição Voluntária: a administração pública dos
interesses privados.
- Inventário (art.): em tese não há conflito, é apenas
acesso ao direito ao patrimônio.
Homologação Acordo Extrajudicial (art. 885-B da
CLT):
Art. 855-B. O processo de homologação de acordo
extrajudicial terá início por petição conjunta, sendo
obrigatória a representação das partes por advogado.
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 1o As partes não poderão ser representadas
por advogado comum. (Incluído pela Lei nº
13.467, de 2017)
§ 2o Faculta-se ao trabalhador ser assistido
pelo advogado do sindicato de sua categoria.
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
HISTÓRICO DO PROCESSO DO TRABALHO
1850 – Regulamento 737 e Código Comercial: breve
possibilidade de acordo no âmbito do estado, as
partes poderiam solucionar lides.
1922 – Tribunais Rurais do Estado de São Paulo:
esses tribunais tinham a incumbência de solucionar os
conflitos que existissem no meio rural.
1932 – Comissões Mistas de Conciliação/Juntas de
Conciliação e Julgamento: Getúlio Vargas criou para
ser um órgão de solução de conflitos dentro do Poder
Executivo (Ministério do Trabalho). É o embrião da
Justiça do Trabalho no Brasil.
1937 – Constituição de 1937: cria a Justiça do
Trabalho, mas como o governo foi ditatorial, Vargas
vincula diretamente ao Poder Executivo. A JT era
instrumentalizada, como forma total de manutenção
do poder.
1943 – Consolidação das Leis do Trabalho.
1946 – Constituição de 1946: Dutra desloca a Justiça
do Trabalho para o Poder Judiciário.
1988 – Constituição Federal:
Tribunal Superior do Trab. Na CF + Lei
7701/88.
Extinção Representação Classista (EC 24)
Reforma Poder Judiciário (EC 45)
Juiz Classista: juntos dos concursados, existiam dois
outros juízes, um da classe dos trabalhadores e outros
dos empregadores. Se um concursado tivesse uma
decisão contra os outros dois classistas poderiam
derrubar a decisão.
Reforma do Poder Judiciário: alterou toda a
competência da Justiça do Trabalho, foi responsável
pela ampliação.
 Tema 1092 (Repercussão Geral) STF;
AUTONOMIA DO DIREITO PROCESSUAL DO
TRABALHO
Autonomia Doutrinária: a existência de doutrina e
doutrinadores que apenas tratam sobre o tema.
Autonomia Científica: justifica a independência do
Direito Processual do trabalho, a partir da existência
de conceitos princípios, fenômenos que só ocorrem
nesse ramo do Direito.
 O Jus Postulandi foi criado no Direito
Processual do Trabalho, a possibilidade de
acionar o judiciário sem o advogado;
 - Sentença Normativa: é definida pela decisão
do Juiz nos Tribunais Regionais do Trabalho
(TRT) ou no Tribunal Superior do Trabalho
(TST) no julgamento dos dissídios coletivos.
Isto é, a sentença normativa cria normas e
condições de trabalho a uma categoria
sindical. Só existe na Justiça do Trabalho.
 - Dissídio coletivo: é caracterizado pela não
existência de um acordo na negociação direta
entre a classe trabalhadora e o sindicato ou a
empresa que o contratou. Então, quando não
há um acordo ou negociação viável para
ambas as partes, entra-se com uma ação na
Justiça do Trabalho para se ter uma resolução
do caso.
Autonomia Legislativa: justifica a autonomia do
processo do trabalho, a partir de um arcabouço
legislativo específico para tal ramo do Direito.
Autonomia Jurisdicional: justifica a autonomia pela
existência de um ramo específico do judiciário
responsável pela solução de conflitos (TRT).
Autonomia Didática: justifica a existência da didática
em universidades.
ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA TRABALHISTA
JUÍZES DO TRABALHO E VARAS DO TRABALHO –
ART. 116 CF
Juízes do trabalho: um órgão da justiça do trabalho. O
próprio juiz é o órgão. A ação se ajuíza perante o juiz,
que é um juiz singular definido por lei e que vai
exercer a jurisdição seja julgando os processos ou
administrando a respectiva vara.
 Profere sentenças;
 Ingressa por meio de concurso público de
provas e títulos;
 Ingressa como juiz substituto e por meio de
promoções (antiguidade + merecimento)
torna-se juiz titular (art. 116 CF);
 Pode ter a função administrativa ou
jurisdicional definida nos arts. 659 CLT e 114
CF);
 Verificar se essas atribuições estão sendo
efetivamente exercidas, organizar todos os
prazos que são definidos pelos órgãos
externos (CNJ) para serem cumpridos;
 O magistrado tem papel de responsabilidade
criminal perante o Tribunal diante de todos os
servidores, que somente responderão de
forma administrativa;
Varas do trabalho: é o local onde o juiz exerce a
função de administração. São definidas por lei.
E se não houver vara do trabalho no local de
competência?
- Se não houver TRT naquela região, será
encaminhado para a Justiça Estadual do Trabalho ou
para a 1ª Vara Cível. (Súmula 10 STJ e STF prolação
sentença).
TRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHO (TRT) –
ART. 115 CF
O juiz sentencia e a parte não está contente com a
decisão, vai para a instância imediatamente superior
vai para os tribunais regionais do trabalho.
 Tem função recursal;
 Profere a decisão por meio de acórdãos
(apenas as decisões que solucionam os
casos);
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST) –
ART. 111-A CF
É um órgão de cúpula do Poder Judiciário Trabalhista.
Ou seja, a última instância recursal. Caso, a decisão do
TRT não seja favorável, subirá para o TST para a
resolução por meio dos ministros.
Tem uma sede apenas em Brasília.
O ingresso é oriundo de desembargadores vindo
direto do TST, e através do Quinto Constitucional
(alternadamente) entre membros do MPT e OAB com
10 anos de exercício.
DIVISÕES JUDICIÁRIAS
Os TRT’s são divididos em 24 regiões.
Exceção: São Paulo tem dois TRT. A 2ª região, que
compreende a capital e baixada santista. E a 15ª
região
que abrange Campinas e toda a região do interior
paulista.
8ª região: Pará e Amapá
10ª região: Distrito Federal e Tocantins.
11ª região: Amazonas e Roraima.
14ª região: Acre e Rondônia.
Ingresso:
 Promoção de juízes titulares de 1º grau;
 Quinto Constitucional (alternadamente MP x
OAB + 10 anos de exercício);
 Cargo (Juízes do trabalho desembargadores) –
brasileiros)
a) Precisa ter mais de 30 e menos de 60
anos;
b) Nomeação do Poder Executivo pelo
Presidente da República (sistema de
freios e contrapesos);
c) Reputação Ilibada;
d) Notável Saber Jurídico;
Sistema de Freios e Contrapesos: consiste no controle
do poder pelo próprio poder, sendo que cada Poder
teria autonomia para exercer sua função, mas seria
controlado pelos outros poderes. Isso serviria para
evitar que houvesse abusos no exercício do poder por
qualquer dos Poderes (Executivo, Legislativo e
Judiciário).
a) Funções típicas:
Legislativo: Elabora leis;
Executivo: Administração do Estado;
Judiciário: Aplica as leis.
b) Funções Atípicas: um poder acaba assumindo
a função do outro.
Poder Legislativo – Tribunal de Contas (Executiva)
e Impeachment (Judiciário);
Poder Executivo – Escolha de Desembargadores e
Juízes (Judiciário);
Poder Judiciário – Legislar, criação de súmulas
vinculantes (Legislativo)
Funções (art. 659 CLT e art. 114 cf)
Os desembargadores também são responsáveis pela
organização da sua turma e gabinetes, o que
geralmente, são delegados a assessores, uma vez que
a demanda por parte do Judiciário é muito grande.
A função principal do TRT é a função jurisdicional.
Regra Geral: os tribunais julgam os recursos que são
oriundos das sentenças que são proferidas pelos
juízes de 1ª instância.
Exceção: quando a lei expressamente determinar,
algumas ações podem ser começar nos TRT’S
(procedimento originário)
 Ações Rescisórias;
 Mandados de Segurança;
 Dissídios coletivos;
TST só pode analisar matéria de Direito. Ela analisa se
as decisões do TRT estão condizentes com a Lei. A
função é a guarda do ordenamento jurídicos.
PRINCÍPIOS
Constitucional: Inegavelmente, o Direito Processual
do Trabalho observa muitos princípios do Direito
Processual Civil, como os princípios da inércia, da
instrumentalidade das formas, oralidade, impulso
oficial, eventualidade, preclusão, conciliação e
economia processual.
Isonomia Formal (art.):
Isonomia Material: maior isonomia é a gratuidade de
justiça, e o fato de as custas processuais serem
sempre ao final da ação.
Protecionismo ao empregado (art. 844 e 899 CLT):
Devido Processo Legal (art. 5, LIV, CF): andamento da
tramitação processual conforme a Lei. Como o
processo do trabalho é do ramo público, o poder de
império da Administração Pública define como o curso
do processo deve seguir a legislação.
PROCEDIMENTOS TRABALHALISTAS
No contexto de desvinculação do Direito Trabalhista
do Poder Executivo, mantém somente o
procedimento ordinário.
Em 1970, devido as altas demandas do procedimento
ordinário, o procedimento sumário é criado para
ajudar na defasagem que existia na época, pois só
acontecia procedimentos ordinários. Á partir do
Sumário (Lei 5584/70) houve-se falar no rito de
alçada.
 Valor da causa: inferior a 25 mil.
 Sentenças irrecorríveis (salvo matéria de CF)
1980: Procedimento Sumaríssimo (art. 852-A até art.
852-I CLT):
 Valor da causa: entre 2 e 40 salários-mínimos.
“Art. 852-A. Os dissídios individuais cujo valor não
exceda a quarenta vezes o salário-mínimo vigente na
data do ajuizamento da reclamação ficam
submetidos ao procedimento sumaríssimo.”
Ajuizamento de Reclamação Trabalhista: se no local
de reclamação só existir uma única vara, o
ajuizamento será ali direta na própria vara do
trabalho.
Se o local de competência, possuir mais de uma vara
do trabalho, necessariamente essa ação vai ser
passada por distribuição.
Ex:. Se Niterói for o local de competência, o mesmo
possui 10 varas do trabalho, então, essa ação será
sorteada entre essas 10 varas.
Hoje em dia, no Rio de Janeiro ainda existe citação no
Diário Oficial (art. 880, §2º, recebe-se uma notificação
e uma via da petição) pelo oficial de justiça devido a
baixa demanda do serviço de Correios.
E-carta: uma carta que se dirige ao e-mail eletrônico.
Seria basicamente uma notificação postal digital, para
pessoas que tem cadastro. Foi uma iniciativa no CNJ.
Petição Inicial da Reclamação Trabalhista:
Art. 840 da CLT: A petição inicial poderá ser escrita ou
verbal.
§ 1º Sendo escrita, a reclamação deverá conter a
designação do juízo, a qualificação das partes, a breve
exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o
pedido, que deverá ser certo, determinado e com
indicação de seu valor, a data e a assinatura do
reclamante ou de seu representante.
§ 2º Se verbal, a reclamação será reduzida a termo,
em duas vias datadas e assinadas pelo escrivão ou
secretário, observado, no que couber, o disposto no §
1o deste artigo.
 O não comparecimento, é causa de
perempção (perda do direito de ação). Os dois
motivos são: não comparecer no prazo de 5
dias a respectiva reclamação
§ 3º Os pedidos que não atendam ao disposto no § 1o
deste artigo serão julgados extintos sem resolução do
mérito.
1ª. Reclamação Trabalhista Verbal (contexto histórico
é que devido ao pouco acesso ao advogado, e
especificamente advogados trabalhistas, e grande
parte dos trabalhadores serem ex-escravos não
tinham estudos e nem eram alfabetizados);
Art. 786 – A reclamação verbal será distribuída antes
de sua redução a termo.
Parágrafo único - Distribuída a reclamação
verbal, o reclamante deverá, salvo motivo de
força maior, apresentar-se no prazo de 5
(cinco) dias, ao cartório ou à secretaria, para
reduzi-la a termo, sob a pena estabelecida no
art. 731.
2ª. Reclamação Trabalhista Escrita;
Art. 319. A petição inicial indicará:
I - o juízo a que é dirigida;
II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência
de união estável, a profissão, o número de inscrição
no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro
Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o
domicílio e a residência do autor e do réu;
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
IV - o pedido com as suas especificações;
V - o valor da causa;
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a
verdade dos fatos alegados;
VII - a opção do autor pela realização ou não de
audiência de conciliação ou de mediação.
§ 1º Caso não disponha das informações previstas no
inciso II, poderá o autor, na petição inicial, requerer
ao juiz diligências necessárias a sua obtenção.
§ 2º A petição inicial não será indeferida se, a
despeito da falta de informações a que se refere o
inciso II, for possível a citação do réu.
§ 3º A petição inicial não será indeferida pelo não
atendimento ao disposto no inciso II deste artigo se a
obtenção de tais informações tornar impossível ou
excessivamente oneroso o acesso à justiça.

Art. 840, §1º CLT Art. 319, CPC

Endereçamento Endereçamento
Qualificação das Partes Qualificação das Partes
Breve Exposição dos Fatos + Fundamentos
Fatos (com ou sem Jurídicos (fund.
advogado) técnicos de advogados)

Pedido certo PEDIDO

determinado com
indicação de valor

X Provas

X Valor da Causa

Data + Assinatura X

A audiência constitui-se como a parte mais

importante da ação, uma vez que a intenção é ter
apenas uma única audiência durante todo o rito
processual. Sendo assim, é instruído as partes levem
todas as provas.