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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Confissão��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Ofendido���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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Confissão
Confessar é reconhecer a autoria da imputação ou dos fatos objeto da investigação. Não possui
valor absoluto, pois o valor da confissão se aferirá pelos critérios adotados para os outros elementos
de prova, e para a sua apreciação o juiz deverá confrontá-la com as demais provas do processo, verifi-
cando se entre ela e estas existe compatibilidade ou concordância.
É importante saber sobre confissão:
• não se pode mentir em relação à qualificação (autoacusação falsa);
• não supre o exame de corpo de delito;
• é divisível e retratável;
• fora do interrogatório, será tomada por termo nos autos, observado o disposto no art. 195.
A doutrina subdivide alguns tipos de confissão, mas as de importância para a sua prova são:
1) Confissão Judicial: é aquela realizada em juízo, com o crivo do Juiz.
2) Confissão extrajudicial: realizada durante o inquérito ou fora da fase processual.
3) Confissão simples: é aquela em que o suspeito confessa um crime.
4) Confissão complexa: é aquela em que o suspeito confessa mais de um crime.
5) Confissão qualificada: o réu confessa o fato, agregando novos elementos para excluir a responsa-
bilidade penal.

Ofendido
É a vítima identificada do suposto crime, ela presta as suas declarações contribuindo para solu-
cionar o fato. O ofendido não é testemunha, não podendo ser tratado como tal.
Natureza Jurídica: meio de prova (STF).
Comparecimento: obrigatório. Ausência importará em condução coercitiva e desobediência.
Compromisso de dizer a verdade: não há compromisso de dizer a verdade, pois o ofendido não
é testemunha. Caso o ofendido falte com a verdade de forma intencional, fazendo com que o réu seja
injustamente processado, será responsabilizado criminalmente por denunciação caluniosa.
Direitos do ofendido:
• informação sobre o ingresso e a saída do acusado da prisão;
• designação de data para audiência;
• sentença e respectivos acórdãos que a mantenham ou modifiquem (recorrer supletivamente);
• comunicação: endereço ou meio eletrônico;
• espaço em separado no tribunal;
• atendimento multidisciplinar (às expensas do ofensor ou do Estado);
• possível decretação de sigilo, a critério do juiz.
Art. 201. Sempre que possível, o ofendido será qualificado e perguntado sobre as circunstâncias da
infração, quem seja ou presuma ser o seu autor, as provas que possa indicar, tomando-se por termo as suas
declarações.
§1º Se, intimado para esse fim, deixar de comparecer sem motivo justo, o ofendido poderá ser conduzido à
presença da autoridade.
§2º O ofendido será comunicado dos atos processuais relativos ao ingresso e à saída do acusado da prisão, à
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designação de data para audiência e à sentença e respectivos acórdãos que a mantenham ou modifiquem.
§3º As comunicações ao ofendido deverão ser feitas no endereço por ele indicado, admitindo-se, por opção
do ofendido, o uso de meio eletrônico.
§4º Antes do início da audiência e durante a sua realização, será reservado espaço separado para o
ofendido.
§5º Se o juiz entender necessário, poderá encaminhar o ofendido para atendimento multidisciplinar, es-
pecialmente nas áreas psicossocial, de assistência jurídica e de saúde, a expensas do ofensor ou do Estado.
§6º O juiz tomará as providências necessárias à preservação da intimidade, vida privada, honra e imagem
do ofendido, podendo, inclusive, determinar o segredo de justiça em relação aos dados, depoimentos e
outras informações constantes dos autos a seu respeito para evitar sua exposição aos meios de comunica-
ção.
Exercícios
01. Se, no interrogatório em juízo, o réu confessar a autoria, ficará provada a alegação contida
na denúncia, tornando-se desnecessária a produção de outras provas.
Certo ( ) Errado ( )
02. As declarações do réu durante o interrogatório deverão ser avaliadas livremente pelo juiz,
sendo valiosas para formar o livre convencimento do magistrado, quando amparadas em
outros elementos de prova.
Certo ( ) Errado ( )
03. A lei não prevê qualquer medida coercitiva contra o ofendido que, intimado para depor,
deixar de comparecer em juízo, com ou sem justificado motivo, porquanto sua inquirição
no processo não é obrigatória.
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
01 - Errado
02 - Certo
03 - Errado
Referências Bibliográficas
LOPES JR, Aury. Direito Processual Penal. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.
TÁVORA, N.; ALENCAR, R.R. Curso de Direito Processual Penal. 12. ed. Salvador: JusPodivm, 2017.
CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Processual Penal. 23. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.

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