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Práticas e Preparos com Ervas

Desenvolvido e Ministrado por Adriano Camargo

Aula Digitada 01 Parte 01


Obs.: este documento é a transcrição fiel do discurso das vídeo-aulas, portanto poderá conter erros
gramaticais mantendo a originalidade da origem.

Olá sagrado amigo internauta, sagrado irmãozinho, irmãzinha nas ervas. Eu sou Adriano
Camargo, “Erveiro da Jurema”, estou aqui preparando algumas ervas, conversando com as nossas
irmãzinhas do mundo vegetal para esse nosso encontro de “Práticas e Preparos com Ervas”. Seja
muito bem-vindo, seja muito bem-vinda nessa, é, nessa experiência inovadora de levar o
conhecimento de forma aberta, mais uma iniciativa do “Instituto Cultural Aruanda” aqui na
Plataforma EAD.
E é muito bacana falar de ervas, a gente tem levado este trabalho desde o ano 2000
praticamente falando de forma clara objetiva, sobre banhos, defumações, benzimentos, práticas
ritualísticas, práticas de Terreiro, práticas, é, que se encaixam dentro de todos os ambientes
holísticos, esotéricos, qualquer religião, qualquer campo de ação. O nosso trabalho o ano passado,
o ano de 2012 – nós estamos gravando esse vídeo em 2013 – em 2012 nós lançamos o livro “Rituais
com Ervas – Banhos, Defumações e Benzimentos” que é uma base, uma ferramenta muito
interessante para todo esse trabalho tanto para você acompanhar esse curso como os outros
cursos da Plataforma como os cursos presenciais. É um livro para o seu dia-a-dia que você lê ele
inteiro, têm várias histórias, eu adoro contar os meus “causos”, tem alguns deles aqui de uma
forma objetiva a gente falar de banhos e ervas na cabeça – vamos falar um pouco nesse curso
também – falar do uso e as diferenças de ervas secas, ervas frescas, tem a monografia das ervas.
Esse livro foi editado por nós, tem um preço muito bacana, livro ilustrado, ilustrado, tem fotos
das ervas, tem a descrição das ervas com o nome popular, nome científico, com a cor energética,
das ervas. Enfim, é um conjunto, um compêndio muito interessante e é o primeiro de uma série
que será lançada aí na sequência. Então, ferramenta interessante, você tem as informações de
como adquiri-lo aí na Plataforma também, tem todas as formas de você ter o seu “Rituais com
Ervas – Banhos, Defumações e Benzimentos” de nossa autoria – muitas vezes eu uso, eu falo
“nossa” e não falo de “minha autoria” porque a autoria é minha e da espiritualidade, é um livro
inspirado pelos mestres do conhecimento, os nossos amados pais Caboclos, Caboclas Pretos
Velhos. E estamos aqui no ambiente de Umbanda EAD, é natural, eu sou sacerdote Umbandista,
dirijo um Templo Escola aqui em São Bernardo do Campo/ São Paulo e é natural que eu fale um
pouco mais do nosso ambiente religioso. Falando em ambiente, essa experiência aqui no ambiente
virtual ela é muito interessante, eu lembro do primeiro curso de “Ervas na Umbanda” que nós
lançamos, (ele) eu demorei algum tempo, demorei acho que uns dois anos para ceder o convite de
falar sobre ervas aqui na internet e o meu questionamento era um só: “Como é que eu vou poder
trocar? Como eu vou poder explicar essa sensação, é, de sentir o cheiro, o aroma da erva,
perceber a erva, a energia, ter a erva na mão?” Mas, foi muito interessante, depois do primeiro
curso a abrangência que teve, o alcance, nós tivemos vários alunos, até de outros países que
começaram a mudar o seu jeito até de enxergar aquilo que é simples pra nós, por quê? Nós
herdamos, o conhecimento ele chega pra nós guardado, protegido por uma série de dogmas “Pode
isso? Não pode aquilo?”, “Posso tomar banho de ervas na cabeça? Não posso?”, “Determinadas
ervas têm horário de colheita? Não Tem?”. Então, todas essas informações, todo esse
conhecimento, nós recebemos de forma empírica, ou seja, vem vindo dentro das tradições,
dentro das culturas, tradição oral: é um falado para o outro – Por que eu uso determinada erva?
Porque minha mãe usava. A mãe da minha mãe usava. A mãe, a mãe da minha mãe usava e eu uso
assim também - Na prática de preparos com ervas é a mesma coisa, pode tomar banho com a erva
macerada, quinada na fria? Tem que ser na água quente? Posso misturar ervas seca, ervas fresca?
Como é que funciona isso? Qual é a validade, a validade de eu comprar um banho de ervas no
comércio, eu pegar lá um saquinho de ervas e fazer o meu banho, fazer a minha defumação?
Como isso funciona? Então, tudo isso nós queremos uma forma sintética, prática, objetiva mesmo,
passar nesse nosso encontro aberto. Esse encontro como eu falei é uma iniciativa do Rodrigo
Queiroz, da Plataforma EAD, ideia de todos nós é poder levar o conhecimento e fazer desse
conhecimento matéria comum nesse nosso dia-a-dia pra que a gente melhore, pra que a gente
possa evoluir um pouco mais e não ficar preso a esses dogmas, a essas regras que tem nos regido a
tanto tempo.
Vamos começar esse nosso encontro falando um pouco de banhos, defumações,
benzimentos, como nós podemos fazer isso, essa nossa primeira aula, é, nós vamos falar
especificamente de banhos e de algumas diferenças aqui de ervas. Eu quero mostrar como nós
podemos fazer esses banhos de forma bastante objetiva e eu quero começar esse nosso encontro
com uma prática que eu faço em outros cursos também, todos os outros cursos virtuais eu mostrei
que é a nossa prática de defumação, eu quero pegar um pouquinho de sálvia – ela já está sequinha
– numa concha que a gente chama de “abalone” –abalone – um pouquinho de sálvia, um pouquinho
de arruda – só um pouquinho de sálvia e arruda – vou misturar - sálvia é um excelente queimador,
ela tem uma capacidade de queima – eu tenho aqui a minha conchinha de abalone que ela não
esquenta. Você não precisa exatamente de uma conchinha de abalone, nós vamos falar na nossa
prática de defumação como é que isso funciona. Eu vou acender a minha defumação - eu gosto
muito dessas inovações tecnológicas usadas com bom senso – então, esse isqueirinho, esse
isqueirinho que a gente compra aí no comércio, ele é um tipo de um maçarico. Você liga esse
isqueiro, a potência da chama dele é muito bacana, mas eu poderia usar aqui um isqueiro comum,
aquele isqueirinho só para acender porque com o fósforo realmente fica difícil. Olha só, eu só
coloquei aqui um pouquinho de fogo (imagem vídeo) e já pegou. Estou assoprando aqui a minha
erva: sálvia com arruda, duas ervas para uma defumação. Eu já tenho uma defumação? Ainda não.
Todo o preparo ritualístico, todo o ritual precisa de uma consagração, uma ativação, eu ativo.
Agora, eu peguei essa peninha pra abanar – depois eu mostro melhor o que é essa pena, essa
concha na aula de defumação – eu peguei pra abanar pra eu continuar falando, pra eu não
precisar ficar assoprando o tempo todo. E eu acendi essa defumação para pedir a benção de Pai
Criador nesse nosso encontro, eu espero que a energia, a potência energética dessa defumação
alcance você aí do outro lado e você seja abençoado junto com essa aula, junto com esse nosso
encontro, então: “Em nome de Deus, nosso Pai Criador, em nome de mãe natureza, nossos
sagrados Pais e Mães Orixás, eu peço a benção nessas ervas, a benção nessa defumação que ela
seja força viva, ativa, que possam alcançar os nossos espíritos, sutilizando-os de forma para que
possamos absorver da melhor forma possível às bênçãos de conhecimento de cada um de nossos
encontros. Assim seja, assim será”, pois essa é vontade de nosso Criador senão nós não estaríamos
aqui. Consagrei. Agora eu tenho uma potência de defumação, agora eu tenho uma energia sendo
irradiada a todos, eu espero que você alcance aí do seu lado. Olha que bacana: quanta fumaça
faz, você consegue defumar uma casa inteira dessa forma. Legal. Já abençoamos, consagramos o
nosso encontro, a nossa aula. Falando das nossas ativações, todo preparo precisa ser ativado, todo
ritual ele precisa de um caminho. Quando nós vemos, por exemplo, dentro do Terreiro um
processo de defumação seja o cambone ou o auxiliar do dirigente, ele mesmo defumando ou
trazendo o turíbulo com a defumação para o dirigente – nos Terreiros que ainda, que tem essa
nomenclatura “pai pequeno”, “mãe pequena” – pegam aquele turíbulo e vão fazendo a
defumação naquele momento já está havendo o canto da defumação “Defuma com as ervas da
Jurema, defuma com arruda e guiné...”, então, os cantos já são práticas ativadoras. Mas, com
certeza o sacerdote, o pai pequeno, ele sabe pegar aquela defumação e “Em nome de Deus, Pai
Criador, sagrados pais e mães Orixás, peço que essa defumação seja força viva, ativa, purificadora
do meu conga, purificadora do meu Terreiro, purificadora do campo astral de todos os médiuns
que purifique o seu espírito, limpe a sua coroa, preparando-os para prática mediúnica do dia de
hoje”, um jeito simples, objetivo de fazer uma evocação e extremamente eficaz - extremamente
eficaz. Para esse nosso universo, pra gente transitar bem neste universo, é legal que a gente saiba
como aproveitar cada potência das ervas. Eu peguei aqui nessa defumação a sálvia e arruda,
misturei duas ervas. Muita gente pode falar assim: “Adriano, você misturou duas, não tem que ser
três, não tem que ser sete, vinte e uma?” Não. Eu misturei duas ervas porque eu conheço a
potência de cada uma delas, eu sei que as ervas não se anulam, uma erva não anula a outra,
então, eu unindo essas duas ervas, eu tiro, eu me sirvo do que há no íntimo, na essência, na
estrutura energo-magnética que há nessas ervas para o meu benefício, para o benefício do meu
ambiente. Então, essa combinação de ervas é importantíssimo que a gente saiba como isso se
divide, porque as ervas precisam ser classificadas. Essa classificação de ervas em categorias em
como eu divido, como eu sei que uma erva serve para uma coisa e serve para outra, toda essa
forma de trabalhar com ervas nós vamos procurar passar aqui para que todo mundo possa se servir
bem com bom senso, com amor, dessa benção maravilhosa que são as ervas na nossa vida. Muita
gente pode falar assim: “Adriano, eu estou aqui pela internet, é óbvio que eu alcance é outro, eu
não tenho arruda desse tamanho aí que você usa, eu posso usar assim mesmo? Eu posso trabalhar
dessa mesma forma? O meu arruda é pequeninho”. É claro que pode. A gente vê nos Terreiros o
exemplo e os Guias espirituais eles passam a mensagem no primeiro momento pelo exemplo
sempre, a gente vê um Preto Velho com um galho de arruda na mão fazendo milagres, um galho
de arruda e um copo com água. Então, nós sabemos que “o pouco com Deus é muito, o muito sem
Deus é nada”, o pouco com nossos pais e mães Orixás é um universo de realizações, o muito sem a
fé, sem o amor, sem o bom senso é prática nula. “Preparos, práticas de preparos com ervas” esse
é o nome do nosso encontro, no próximo bloco vamos falar das categorias com ervas, como as
ervas estão dividas em categorias e vamos falar um pouquinho da diferença com ervas secas e
ervas frescas.
Vamos fazer um intervalo rapidinho, voltamos já, já com o segundo bloco.
Muito obrigado até já.

DIGITAÇÃO – Equipe Umbanda EAD

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