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Material de Apoio – Leitura Necessária e Obrigatória

​Rituais com Ervas


Desenvolvido e Ministrado por Adriano Camargo
ICA - Instituto Cultural Aruanda I Bauru-SP

Aula 02- Vídeo 02: Ativação na Magia Natural

Cena de abertura:

Aula #02 Vídeo #02: Ativação na Magia Natural


Cena de entrevista:
Adriano: “Nós temos uma definição bastante própria para a magia tem N definições de
magia, tem “magia é o ato de evocar o poder divino” “é o ato de evocar divindades” “evocar
Deus e suas divindades” “o ato de evocar pais e mães orixás” e cada tem aí a sua definição.
Eu gosto de definir magia como transformação, magia é transformação, ninguém usa magia
como continuar como está a gente usa magia para sair do quadradinho a gente usa a magia
para sair de uma doença e ir para saúde.
Nós usamos magia para transformar um ambiente em desarmonia num ambiente
harmônico, nós usamos magia para transformar alguma coisa, a magia acontece na
natureza de acordo com a genética da natureza a propagação das plantas a criação dos
elementos isso é magia da natureza, magia natural ela é aquela natural para nós, em
relação aos elementos em relação ao ambiente.
Então a magia ela precisa sim de ativação é muito comum a gente ouvir “olha você não
pode ter uma samambaia em você porque ela cresce para baixo e ela vai levar a tua
prosperidade embora” para, levar prosperidade embora é gastar mais do que ganha, é falta
de planejamento, é indisciplina isso leva a prosperidade embora não é a samambaia muito
menos aquela árvore de chorão que você tinha lá no quintal de casa, ou na frente da sua
casa, quanta gente não cortou, não pediu para cortar a árvore do chorão porque, era
considerada árvore de mal agouro “é uma árvore que atrai coisa negativa” como é que uma
planta um elemento da natureza pode atrair algo negativo?
Assim como um elemento da natureza pode atrair algo positivo naturalmente assim, porque
quer, nós vamos pensar assim, nós seres humanos somos os únicos seres da criação que
conseguimos vibrar sentidos ora positivos, ora negativos ao mesmo tempo é muito comum
você encontrar uma pessoa que diga “olha, estou muito bem na fé, tá jóia, estou indo no
terreiro, [canto] Oxalá meu Pai, Oni Saurê, Aul Axé…. Tô bem a fé está fluindo”.
No entanto nos relacionamentos está péssimo a pessoa não consegue se relacionar nem lá
no pessoal, nem no profissional e aí, essa pessoa está errada? O que está acontecendo? A
fé dela é incompleta? Não, ela está bem no campo da fé e tá patinando no campo do amor,
do amor próprio, dos relacionamentos e a busca ali é de um equilíbrio disso nós seres
humanos, somos os únicos seres da criação que temos essa característica alguns seres da
natureza olham para nós e pensam “meu, esses caras são muito loucos como é que você
pode estar nem na fé, está vibrando e tudo mais e a tua vida pessoal está uma droga, né?”
e está errado isso? Não.
Eu costumo dizer também que não há nada mais errado do que achar que o outro está
errado que, a gente olhar para si, olhar para o seu momento de conscientização e observar
o que está faltando, o que precisa.
Quantas vezes nós não deixar um campo da nossa vida de lado e damos atenção a outra
até como forma de compensação e naturalmente esse campo que está bem vai nos
alinhando, vai nos ajudando com aquele que não está legal. Estou dizendo isso pra dizer
que elemento da natureza, uma erva, ela não toma uma decisão sozinha ela não escolhe te
ajudar ou te atrapalhar isso não existe, erva não toma a decisão de falar “essa erva aqui é
de Exu e naturalmente ela funciona” claro que não, se eu não atribuir um elemento a uma
divindade ela nunca será atribuída a aquela divindade ele pode ser atribuído na sua
genética espiritual, genética etérica, por origem, por definição, por concepção divina está
associado aquela vibração, mas para que aquela vibração atue aqui, atue no meio humano,
atue na minha vida provoque interferência no meu campo espiritual, no meu espírito no meu
campo astral, provoque uma interferência no campo astral da minha casa eu preciso dar
uma direção, eu tenho que dizer o que ela precisa fazer e é isso o que nós chamamos de
ativação.”

Tópico #01: Ativação na Magia Natural


Cena de entrevista:
Adriano: “Ativação na magia natural é tão simples, mais ela é tão simples que muita gente
acha “ah, não será que isso funciona?” Eu não falei da abertura da Jurema agora? Quando
a gente abre as coroas do congá mesmo você que é médium de umbanda de repente um
iniciante na umbanda alguém que não é umbandista e está aqui na plataforma está
pensando “o que é coroa do congá?”
São as estrelas as, as passagens eu estabelecer no congá uma ligação, uma relação com o
lado material, olhando ali nós temos Pai Oxalá no eixo do congá porque, Pai Oxalá? Porque
Pai Oxalá porque, essa figura de Jesus Cristo sempre no eixo no congá? É o que Cristo
representa? É porque, Cristo é o filho de Deus? É de certa forma sim, nós vamos pensar
nessa nova Teologia de Umbanda ou Teologia de Umbanda Sagrada onde atribui a oxalá o
elemento cristal e é a pedra propriamente dita assim simples, porque ela é translúcida,
porque ela é branquinha a cor do orixá, ou, é aquele cristal representa no lado físico e na
física, vamos lembrar de refração? A incidência de luz sob o cristal luz branca, luz pura a
incidência da luz que é quebrada em sete comprimentos de ondas diferentes, vai formando
as cores do arco-íris.
Seria então Oxalá a interpretação do pensamento de Deus? Deus pensa e flui na mente de
Oxalá, ou, na essência, ou, estrutura de Oxalá que é o natural do ador do magnetismo de
todos os orixás, essa é a formação das sete linhas de umbanda.
Quais são as sete linhas de umbanda? É legal a gente pensar que eu já falei sobre isso,
sobre a nossa escolha, nossa opção teológica de acordo com Pai Rubens Saraceni no seu
trabalho de Teologia de Umbanda e em todos os seus livros doutrinários publicados enfim,
sete linhas de umbanda não são sete pessoas ou simplesmente sete orixás, são sete
posições sete tronos que são desenhados estratificados em polaridade e gênero, ou seja,
um trono é composto por um pai e uma mãe, um pai e uma mãe em gênero e em em
polaridade um magnetismo positivo e um magnetismo negativo.
Magnetismo negativo e positivo não é bom e mau então, esse desenho das sete linhas da
umbanda essa forma de olhar pais e mães orixás é um jeito da gente ir ali e abrir a jurema e
as coroas do congá se abrir a gente se dirigir á Deus Pai Criador, aos seus divinos tronos
aos senhores e senhoras, pais e mães orixás clamarmos a abertura de vossos mistérios as
coroas do congá para que nos forneçam o fluxo necessário para aquele trabalho, ou, eu
poderia simplesmente intencionar isso.
O sacerdote dirigente carrega em si informação, o magnetismo para chegar ali perto do
congá, colocar a sua digital e… Estou fazendo uma alusão, falando de forma figurada ele
vai se imantar junto do congá como ele tem o direito ou como alguns gostam de chamar, a
outorga de abrir as coroas do congá, o seu magnetismo pela sua intenção proporciona essa
abertura, mesmo ele não sabendo que está abrindo coroas no congá, que está abrindo
esses nortes, mesmo que ele não tenha feito Teologia de Umbanda, não tenha estudado
doutrina, não tenha lido livro nenhum ele vai naturalmente com essas coroas, naturalmente
esses nortes essas passagens são abertas, essa ideia de ativação ela é natural dentro do
meio religioso eu poderia ativar um banho, uma defumação dessa forma.
Começamos nosso encontro de hoje aqui e eu queimando um pouquinho de sálvia na
conchinha de Abalone, depois a gente mostra isso aqui um pouco melhor lá no nosso
encontro sobre defumação.
Eu coloquei fogo aqui com meu isqueiro não tem mito nenhum há quem diga “ah, você tem
que acender com fósforo, com graveto ou com graveto raspando um no outro” eu acendi
minha defumação e ao acender a defumação o que eu tenho? Eu tenho erva queimando eu
preciso dar um sentido, uma direção a essa magia então, no campo religioso eu tenho
várias formas de ativar, várias formas por exemplo, eu poderia me voltar ao nosso congá
sagrado e consagrar a Deus nosso Criador, eu sei que erva Pai Oxóssi, Caboclo então eu
vou lá e:
Quem manda na mata é Oxóssi
Oxóssi é caçador
Oxóssi é caçador
Okê Arô meu pai Oxóssi
Okê, meu Pai vossa benção para força e proteção
Peço que abençõe e ilumine essa defumação para o meu benefício
Para limpeza, para descarrego (“ah, mais erva é de descarrego?” não nós estamos
falando de ativação depois a gente fala de erva, vamos falar de colocar a defumação
em funcionamento).
Em outros meios religiosos tem outros meios de ativação na umbanda a gente canta para
Pai Oxóssi muita gente pode me perguntar “mais e Ossaim, como você fala de erva e não
fala de Ossaim?” Não há culto direto a Ossaim na umbanda, Ossaim é uma divindade um
Pai orixá que está diretamente ligado aos cultos de nação, aos candomblés. Na umbanda
há culto indireto a Ossaim, Ossaim está presente através da vibração de Pai Oxóssi, não há
uma conexão direta exceto naqueles grupos de umbanda que há ascendência ao culto de
nação, ou seja. no qual os seus dirigentes passaram pelo culto de nação e trazem um culto
a Ossaim.
Não foi iniciado nesse caminho ou estou buscando alguma coisa para complementar o que
eu tenho, a umbanda não tem culto direto a Ossaim, muita coisa para a gente falar sobre
isso ainda.
No catimbó, por exemplo, poderia ativar abanando aqui, poderia ativar como?
Jurema, é um pau encantado… ​Ativar cantando com a maraca, prova uma ativação isso
no campo religioso é muito lícito, várias maracas aqui eu adoro esse som depois a gente
fala dessas ativações com som aqui também, é muito legal.
Então dentro do campo religioso é lícito que eu faça assim me servindo de um mecanismo
religioso, de um argumento, de algo que está dentro da religião.
Nos cultos de nação, nos candomblés a ativação ela é feita de uma forma bastante regrada,
ou seja, há uma infinidade de regras não é qualquer pessoa que colhe uma erva, que traga
a erva para aquele preparo e é necessário saber o canto a reza para colher, a reza para
colher, a reza para preparar e qual a função daquela erva, que função eu quero para aquela
erva ou para aquele preparo e como eu vou colocá-lo em funcionamento então, cada meio
religioso tem o seu meio de trabalhar.
Quando eu digo que não há nada mais errado do que afirmar que o outro é quem está
errado a gente olhar para o procedimento alheio e falar “nossa, aí está errado” é assumir
que o seu está certo, assumir que você tem uma verdade absoluta e se fosse verdade
absoluta todo mundo teria recebido da mesma forma, teria feito igual. Esse nosso caminho
de magia natural que é aplicada dentro da umbanda ele é todo inspirado em um
conhecimento original, e posso dizer que esse trabalho começou lá na década de 90, no
meio da década de 90 entre 1995 e 1997, esse trabalho começou com uma inspiração de ir
estudar.
Surgiu da necessidade, surgiu de um grupo pequeno de trabalho dentro do terreiro e
falávamos ali de prática de terreiro e no meio daquele conjunto de prática surgiu a ideia erva
e fomos procurar nos livros antigos, enfim, quem estava falando o que sobre ervas e o
conhecimento era bastante subjetivo, subjetivo e peremptório, ou seja, o conhecimento ele
era assim meio solto e afirmativo, ao mesmo tempo solto e afirmativo “como assim?” Ora,
manjericão, estou dando um exemplo manjericão ora aparecia como manjericão, ora
aparecia como alfavaca, favaquinha, menjeriquin cada livro escrevia de um jeito diferente.
Aí eu percebi que manjericão aparecia para Oxalá, Oxóssi, Oxum para Ogum para todos os
pais e mães orixás e eu falava “tá, qual é a definição do manjericão para aquela mãe,
aquele pai orixá, quem definiu isso?” “ah, os guias vieram e falaram” “legal, bacana, mais
porque?” O que determina, é o composto fitoquímico? Se fosse desse jeito todas as famílias
aqui, nós estamos falando do manjericão, agora são as lamiaceae houve uma proposta de
mudança, dentro dessa família botânica toda as plantas seriam ali quase que todas
idênticas para o mesmo orixá , porque tem a mesma estrutura, tem o mesmo formato de
flor, tem a mesma forma de se reproduzir.
Aí a gente olha e fala “ah, então esse é um caminho que a gente pode seguir, poderia
adotar para a identificação de erva e orixá?” Eu acho um caminho bastante perigoso e
subjetivo assim como afirmar “essa planta é desse orixá e ponto final” não há ponto final na
natureza, não há ponto final porque, tudo vai se transformando o tempo todo, isso não quer
dizer que manjericão deixa de ser manjericão de uma hora para outra, mas há vinte anos
atrás nós tínhamos um número de tipos de manjericão, hoje nós temos cerca de dezesseis
a dezoito tipos disponíveis.
Recentemente chegou o manjericão zaata veio do líbano é fantástico, manjericão alface,
muita coisa bacana e quais são essas informações que nós recebemos de que algo é
daquele jeito porque, é aquele jeito e tem que ser daquele jeito e ponto final?
Quando a gente diz é afirmação religiosa a religião dá toda a sustentação, todo o suporte
para aquela ativação, quando eu falo de ativação em magia natural eu estou dizendo que,
todos nós independente de religião, independente da forma como eu apoio a minha
religiosidade podemos tomar um banho ou fazer uma defumação. Eu não preciso ser um
religioso, eu não preciso ser um convertido na religião.
E olha que interessante como a umbanda é cheia de magia natural, eu não conheço um
terreiro de umbanda que receba na sua assistência somente os convertidos a umbanda “ah,
você é batizado, você é convertido, você é umbandista? Então vem, senta aqui.’ “ah, não
você é um profano em relação a umbanda então senta ali” não, não há essa diferença todo
mundo é recebido igual, todo mundo vem igual qualquer religioso, qualquer pessoa
batizada, crismada, imantada em qualquer religião pode vir, sentar ali na assistência de um
terreiro de umbanda, assistir o trabalho, entrar tomar seu passe. Eu tenho certeza que
ninguém do terreiro nem um guia espiritual vai falar para aquela pessoa “olha, o seu passe
está comprometido porque, você é de outra religião.
Ora, se é assim, se as energias da umbanda estão para todo e qualquer religioso a gente
pode dizer assim “se o uso da erva fosse exclusivo de alguma religião cresceria só no
quintal daquele religioso” e não é verdade, cresce no quintal de todo mundo, isso é magia
natural a magia que acontece naturalmente todos podemos ativar um banho, todos
podemos ativar uma defumação.
Vamos falar um pouquinho sobre isso, sobre essa forma de ativar? Uma forma bastante
original que foi inspirada numa visão hierárquica da criação, hierárquica olhando Deus Pai
Criador, pais e mães orixás ou divinos tronos… Deus Pai Criador, seus divinos tronos e
todos aqueles que respondem hierarquicamente esses tronos. A gente poderia ter uma
outra inspiração bacana também, Pai, Filho e Espírito Santo eu sou sim daquele umbanda
de Pai, Filho e Espírito Santo, teve uma história interessante há alguns anos atrás, eu numa
reunião de umbanda dentro de um terreiro eu entrei, cruzei o chão, é a minha forma
respeitosa de pisar no chão, e espero que todo umbandista saiba disso que, a gente entra
no chão sagrado a gente cruza o chão a gente pede licença e permissão. Eu entrei, cruzei o
chão, fiz o sinal da cruz, tenho hábito de fazer sinal da cruz aprendi no berço, aprendi
quando criança e entrei.
Aí a aquela conversa toda ali e alguém falou assim “Ah, tem um monte de novo umbandista
que fala de novidade na umbanda, mais entra no terreiro e faz o sinal da cruz, parece que
está entrando na igreja” e aí eu senti aquela espetada ali no meio da costela, né… E falei
olha eu acho que isso foi comigo bom, quando eu tive a oportunidade de falar eu me
desculpei afinal, casa do irmão, regra do irmão, não havia nada naquela casa que dissesse
“aqui você não pode fazer o sinal da cruz” e como não havia eu não entendi a regra, não
entendi aquilo como regra e fiz o meu sinal da cruz eu me desculpei e disse assim “é que lá
em casa é assim, o dia que Preto Velho parar de fazer sinal da cruz, eu também paro”
simples desse jeito.
Enquanto Preto Velho chegar no terreiro e cruzar o chão, cruzar o seu médium e fizer
[oração] coisa que nós aprendemos lá na catequese aprendemos sim, o brasileiro tem base
católica por definição então, o dia que isso acabar a gente acaba com isso na umbanda
também então, voltando… Pai, Filho e Espírito Santo, Pai a estrutura, Deus Pai Criador,
Filho, eu sou o Caminho a Verdade e a Vida ninguém chega ao Pai se não através de mim,
o filho falando é Cristo o primogênito o que eu falei de Pai Oxalá, o Cristal? É o que entende
o pensamento divino e o quebra ou divide o pensamento divino e o magnetise para que ele
seja compreendido, fé, amor, conhecimento, justiça, lei, geração, evolução como é proposto
na Teologia de Umbanda Sagrada, ele entende o pensamento de Deus e fala a língua dos
homens olha que interessante fala a língua da fé, a língua do amor, a língua do
conhecimento então, é o intérprete de Deus e aqueles que entenderam vão se tornando
forças, se tornando o eixo daquele que veio trazer a palavra, aqueles que entenderam vão
se tornando também intérpretes, ou seja, quando eu falo aqui que esse modelo é
hierárquico que vem Deus, divindades e hierarquia ligada às divindades.
Em magia natural nós usamos um mecanismo muito interessante para fazer as evocações
nós, ao evocarmos Deus Pai Criador nós evocamos Pai Criador e Mãe Natureza para nós
Pai Criador e Mãe Natureza é o príncipio, o feminino e masculino é o pensamento de Deus
e realização de Deus.
Pai e Mãe, Pai pensa e Mãe realiza isso não quer dizer que Pai seja melhor do que a Mãe o
que é o pensamento sem a realização? Espero que não seja o seu caso aí, mas quanta
gente a gente conhece que, tem um monte de ideia boa “nossa, eu estou pensando nisso,
pensando naquilo…” mais não realiza nada de repente o que falta ali é entender que, todos
nós somos dotados disso de Pai e Mãe pensa e realiza de repente é legal pensar um pouco
menos e realizar um pouco mais e que isso esteja em equilíbrio.
Este príncipio Pai e Mãe é o princípio da onipotência, onipresença, onisciência é o miolo de
Deus, Deus é isso, Deus está em tudo, Deus sabe tudo. Está em tudo, onipresença, sabe
tudo, onisciência e pode tudo, onipotência então, todos os princípios estão em Deus, todas
as mitologias “todas as mitologias?” É! E elas são desdobradas de uma forma que
possamos compreendê-las.
Para o católico, o cristão a manifestação de Deus qual é? É no príncipio do seu filho a
primeira manifestação de Deus é o seu primogênito, Cristo então, Deus se manifestou em
Cristo que entendeu o pensamento de Deus e o disseminou então, Pai Criador nós
aprendemos esse princípio paternalista aqui e mãe nesse princípio é um apenso, né Maria
aparece ali como staff nesse organograma dá para ver uma visão corporativa disso Deus
Pai Criador = Deus, meu pai, o filho e aí Maria, mãe de Cristo então, Pai, Filho e o que é
Espírito Santo? Espírito Santo é irradiação desse filho e as pessoas vão se dotando do
Espírito Santo.
É natural a gente ver nas pinturas, nos afrescos das igrejas a pintura, imagens dos santos
uma auréola e aquela auréola iluminada quer dizer o que? Que aquele ser é dotado do
Espírito Santo então, a pessoa imbuiu do Espírito Santo, ela pertence aquela hierarquia
alguns vão chamar isso de “ah, eu me batizei, ou, eu saí da vida profana e entrei na vida
sagrada” enfim em magia natural, vamos olhar isso? Pai Criador e Mãe Natureza princípio
masculino e feminino, Pai pensa e Mãe realiza, o miolo de Deus, seu desdobramento, poder
divino todo o poder divino, todas as formas que esse poder divino se manifesta e forças
naturais, forças naturais é toda a hierarquia humana, espiritual, natural, ou seja, de seres da
natureza, inteligências, intuições e instintos da natureza.
Quando eu falo inteligências, intuições e instintos eu estou falando de seres da natureza
cada um no seu nível, nós seres humanos somos uma inteligência da natureza pensamos,
raciocinamos e temos a capacidade de escolha assim como há muitas outras inteligências.
Inteligências, a mente intuitiva existem seres da natureza que são naturalmente intuitivos
eles respondem aos mecanismos ativadores por intuito nós intencionamos, nós criamos um
campo de magia e esses seres da natureza respondem esse intuito e seres que respondem
pelo instinto.
Seres da natureza, inteligências da natureza que são de forma hierárquica manipulados,
manipulados no bom sentido, são coordenados por outras inteligências tudo está em
evolução, tudo está ligado então, Pai Criador e Mãe Natureza, Poder Divino, Forças
Naturais.”

Tópico #02: O que é Mistério


Cena de entrevista:
Adriano: “Vamos dar mais um exemplo pra gente entender isso, imagina assim, todo mundo
conhece o sol, o sol é o eixo do nosso sistema planetário por isso, ele se chama sistema
solar ele funciona em função do magnetismo solar, é o magnetismo solar que por atração
colocou esses planetas em órbitas em torno desse sol.
Então o sol é a inteligência desse sistema planetário, tudo funciona em função dele a vida
no nosso planeta, a vida aqui na terra ela existe em função do sol, nós conhecemos o que
do sol?
Raios solares, a iluminação o aquecimento é isso o que nós conhecemos basicamente do
sol, não vamos entrar em detalhes científicos, em partículas em nada disso, vamos
entender de um jeito assim, uma visão bem humana. A gente sabe o que é o sol, todo
mundo sabe, todo mundo conhece, você pode fazer jejum, macumba, magia, qualquer
coisa, mas ninguém consegue mudar o funcionamento do sol ele está lá quer você queira
ou não, você exista ou não o sol estará lá e o funcionamento dele sempre será da mesma
forma.
Então nós podemos olhar o sol e dizer assim, nós conhecemos o efeito do sol não
precisamos ir lá no miolo dele para saber como ele funciona, nós não sabemos o que tem
dentro dele por mais que a ciência avance ninguém foi lá até o sol, nós nos aproximamos
em sei lá, há milhares de kms do sol não tenho numero científico aqui e não é esse o
objetivo, mas nós conhecemos o sol a distância e os seus efeitos. Assim é Deus Pai Criador
é assim é a Mãe Natureza na nossa vida e isso nós chamamos de mistério, olha que
interessante… Mistério, não é algo escondido é algo não compreendido em totalidade, nós
conhecemos o mistério da vida? Nós conhecemos o mistério da vida de acordo com o
nosso ponto de vista, o nosso ponto de vista é desde a nossa concepção, desde
espermatozóide encontrando o óvulo, nasceu, cresceu, viveu em média oitenta, noventa
anos, espero que você viva muito mais, oitenta, noventa e morreu devolveu o corpo a terra
ou a cremação então, essa é a lacuna do mistério da vida que nós conhecemos “ah, mais e
a vida espiritual?” É subjetiva, tudo o que nós falamos de vida espiritual não há
comprovação científica por mais que a gente tenha lido Kardec, tenha visto Chico, por mais
que a gente conheça mediunidade que a gente veja efeito físico, que a gente tenha
lembranças de outras vidas não há comprovação científica de quem veio antes e quem veio
depois.
Agora por uma questão de bom senso e consciência nós poderíamos afirmar sem medo de
errar que Deus não joga dados, se não houvesse uma história espiritual anterior e posterior
ia ser muito estranho a gente olhar para Deus e falar, quem essa inteligência, esse senhor
pensa que é para colocar alguém que nasça lá num ambiente religioso com pais amorosos,
pais presentes que tem toda a possibilidade de dar uma educação social, religiosa e o outro
que nasce lá praticamente sem pai, abandonado pela pai que cresce nas ruas enfim,
quando consegue crescer a gente olharia e diria “caramba, Deus joga dados?! Deus brinca
com a sua criação?” ele fala “deixa eu pegar esse ser jogar aqui e ver o que ele faz” “deixa
eu colocar aquele outro ali” “porque eu fui escolhido para colocar a outra lá?” “Ah, é o
mistério de Deus.”
Então o mistério da vida nós conhecemos nessa lacuna, nós não conhecemos ele inteiro,
podemos dizer assim no mistério da vida diz que, nós só conseguimos gerar seres da
mesma espécie, manjericão só se reproduz e produz novo manjericão, eucalipto só produz
eucalipto assim como, um gato se reproduz e nasce um novo gato, ser humano se reproduz
e nasce um novo ser humano, seria essa a resposta mais adequada, numa visão espiritual
nós diríamos assim “não na reprodução humano nós reproduzimos um veículo que vai
abrigar um espírito humano.
Então nós não conhecemos a genética espiritual, genética divina, como é que o ser humano
é criado, como ele é gerado? Nós geramos um veículo que abriga um ser humano então,
esse é o mistério da vida e por mistério nós entendemos isso, nós conhecemos o mistério
vegetal? O mistério mineral? Nós conhecemos uma lacuna, conhecemos aquilo que nós
conseguimos enxergar tridimensionalmente, ou seja, altura, largura e comprimento e
entendemos aí as análises botânicas, fitoquímicas, entendemos o funcionamento da planta
a identificação a partir da sua espécie, família, gênero, classificação botânica e científica
enfim, nós sabemos que uma planta é uma planta ela nasce, cresce e morre assim,
também.
Conhecemos uma parte desse universo o seu lado etérico, seu lado espiritual ele é um
mistério que aparece dentro das religiões cada um do seu jeito, da sua forma quando
fazemos uma evocação Pai Criador, Mãe Natureza evocamos esse princípio que, estou
dando um exemplo do sol porque, o sol para nós é um mistério é um mistério inacessível
para nós em totalidade, mas é o princípio.
Então evocação do princípio o sol contém o princípio da iluminação e do calor então,
quando eu penso sol eu estou pensando no princípio eu não estou pensando em como ele
funciona lá dentro assim é quando eu evoco Pai Criador e Mãe Natureza estou evocando o
princípio do pensamento divino e da realização divina, não importa como ele funciona lá
dentro, não importa que parte é Pai, que parte é Mãe, importa que é o princípio, Pai Criador,
Mãe Natureza.
Quando eu evoco um poder divino eu estou evocando todas as formas que Pai Criador e
Mãe Natureza se manifestam de maneira que eu possa compreender, Cristo foi uma
manifestação de Pai Criador e Mãe Natureza da forma que o cristão possa compreender,
não só o cristão, todos nós olhamos para a figura de Cristo e entendemos que, é uma
divindade, uma potência do universo se fez homem, se fez carne, se fez matéria, veio para
cá e falou pra gente “é possível, sois Deuses, operem milagres” se é possível uma
divindade se parametrizar eu não estou nem falando em encarnar, nada disso, criar um
parâmetro humano para que a gente possa ter uma comparação, era um exemplo então,
vamos olhar como arquétipo funciona, veja como é forte essa figura, essa essência da
umbanda.
Cristo a primeiro momento formou, arregimentou ali seus apóstolos, olha que interessante,
os apóstolos não tinham uma regimenia de pensamento, cada um pensava de um jeito
diferente, tanto que as correntes de pensamentos, a gente pensa que Pedro foi a pedra
fundamental da igreja, Paulo, enfim... quando um dos apóstolos entendeu, ouviu e viu
Cristo do seu jeito e o reproduziu de acordo com o seu ponto de vista, onde se encaixa
isso?
Pai Criador e Mãe Natureza é o Pai de Cristo, é aquele que o inspirava, Cristo o filho, o
poder divino, os apóstolos e depois os seus seguidores, as suas forças naturais, cada
cristão é uma força natural de Cristo.
N umbanda Olorum é nosso Divino Pai Criador o Pai da Criação aquele cujo íntimo, cujo
miolo contém tudo, aquele que esterilizou Oxalá e enviou Oxalá ao vazio para que, ali
começasse a plenitude da criação, aquele que esterilizou todos os pais e mães orixás cada
um com uma função, cada um trouxe ali do seu jeito, da sua forma a sua essência. Se a
gente olhar para Ogum, qual o parâmetro que nós temos para Ogum? São Jorge sobre um
cavalo, um parâmetro sintético Ogum na cultura Yorubá o Santo Guerreiro o mito, ou herói
guerreiro, mitologia é conto de heróis então, o herói, o Deus Orixá guerreiro aquele que
impõe a espada, aquele que conquista e que coloca ordem, como é que eu poderia olhar
Ogum na criação divina?
É a potência de Deus que coloca ordem tanto no sistema planetário no movimento do sol e
em torno do sol assim como no movimento ordenado dos elétrons em torno do núcleo de
um átomo, é a mesma potência lá no macro e aqui no micro. A mesma potência que coloca
ordena e coloca em ordem uma sequência por exemplo, de fecundação a genética de toda
a formação, feto, crescimento, fase infantil, puberdade e adolescência, maturidade, fase
adulta, fase idosa e o falecimento da matéria, não há uma ordem para isso? Quem controla
isso? A gente pode dizer que é São Jorge sobre o cavalo? Não, é uma potência, uma ideia
ou um princípio de ordem, um princípio que coloca ordem na evolução, que é um outro
princípio que coloca ordem na vida, um outro princípio e todos estão interligados, tudo isso
dentro de Deus está junto e vai sendo manifestado.
Em magia natural quando nós evocamos ​Pai Criador, Mãe Natureza vosso poder divino,
vossas forças naturais nós estamos evocando o princípio os seus desdobramentos e toda a
hierarquia que responde a esses desdobramentos. Quando falo de magia natural e digo que
magia natural não precisa estar ligada a uma religião, a magia natural já está inserida nas
religiões, mas você não precisa ser ou virar umbandista, ser batizado na umbanda ser um
adepto para tomar um banho de ervas, eu posso tomar um banho de ervas onde eu estiver.
Então o praticante da umbanda, dos cultos de nação tem regras próprias a gente sabe disso
enfim, dentro da umbanda, dos catimbós, no santo daime, no xamanismo em todos os
meios religiosos os meios que amparam e sustentam a nossas vidas e nossas religiosidade,
nós podemo ativar um banho dessa forma.
E evocação da forma como fazemos em magia natural ​Pai Criador, Mãe Natureza vosso
poder divino, forças naturais se encaixam em toda e qualquer religião, Vamos imaginar
agora o desenho? Sol = Pai Criador, Mãe Natureza, vosso poder divino é manifestação
vertical é como um raio de sol saindo lá na sua origem e alcançando o seu objetivo,
alcançando aqui a terra então, essa linha vertical é o poder aqui na terra e nela
encontramos Cristo, pais e mães orixás, deuses mitológicos, linha horizontal = forças
naturais que são guias, mentores, seres da natureza e nós, nós seres humanos, “como
assim, nós somos forças naturais?” sim, nós somos, a partir do momento que eu começo a
trazer para o meu espírito um conjunto de conhecimento de banhos, defumações,
benzimentos, uma potência de trabalho com magia natural, eu passo a ser força natural e
eu posso ser requisitado pelos mecanismos da lei divina e colocado em funcionamento para
o benefício do meu semelhante.
Por definição, tudo o que nós pedimos, pedimos, evocamos e clamamos para o nosso
benefício e benefício do semelhante, eu costumo dizer que a mediunidade ela deve servir a
um propósito ao próximo, se a minha mediunidade servir só para mim, ela serve para pouco
“ah, porque eu me menosprezo, eu me acho pouco” claro que não, mas há um dom que
deve servir para mim e para o meu próximo a minha mediunidade não deve servir somente
ao meu propósito, ela deve servir ao propósito do meio, se não, o que justificaria eu ser um
meio entre o plano espiritual e o plano material? Só para mim, para a minha diversão? Eu
admiro aqueles irmãozinhos que falam “ah, você está trabalhando, está fazendo alguma
coisa?” “não, eu só incorporo para dar passagem” “para o que?” “sim, os guias precisam”,
será que os guias precisam mesmo estar aqui através de você!? O guia vem bebe, fuma…
Não, ele vem para te limpar, te ajustar, mas o nosso contrato mediúnico que é ​servir ao Pai
Criador, servindo ao semelhante.
E assim acontece também com o conjunto de conhecimento, com as suas habilidades,
assim acontece quando você tem uma atitude espiritual proativa, a palavrinha moderna todo
mundo gosta de usar “ah, eu sou proativo, eu gosto de ajudar” mais o que é ser proativo?
Ser proativo é colocar-se á serviço de Deus Pai Criador, a serviço da criação, a serviço do
semelhante, esse semelhante precisa ser um igual a você, precisa ser da mesma classe
social? Não, pode ser, inclusive seres da natureza. Quando nós preservamos a natureza,
quando damos um bom uso ao elemento, quando nós honramos o elemento ao falar desse
elemento com amor, com bom senso ao nos referirmos a magia natural dessa forma, nós
estamos honrando Pai Criador e Mãe Natureza, nós estamos honrando ao poder divino que
nos ampara, que nos sustenta, as forças naturais que nos sustentam e dando continuidade
a existência dessas forças naturais.
Ou você acha que, aquela floresta que é destruída, o que acontece? Uma floresta, é um
meio da natureza é um intermédio do plano material com o plano espiritual uma infinidade
de seres que tinham naquela floresta, uma forma de trânsito energético entre lá e cá
porque, tudo na natureza se alimenta, outras dimensões se alimentam da nossa aqui, a
nossa dimensão se alimenta de outras. Muita gente fala assim “nossa, como assim se
alimenta, dos excessos produzidos?” É, na verdade, vamos pensar na importância de todos
os seres da natureza, imagina se todas as folhas, das árvores, florestas e bosques caíssem
no solo, caíssem na terra e não fossem deteriorados, não fossem dissolvidas ou comidas lá
pelos micro-organismos o nosso planeta já teria sumido de tanta folha, nós já teríamos
desaparecido.
Então esses seres na natureza, esses seres microscópicos poderíamos chamar de
bactérias, estes seres estão na base da cadeia alimentar são importantíssimos, agora
vamos imaginar a cadeia alimentar a nossa volta, na linha horizontal e tem seres que se
alimentan de larvas, miasmas, acúmulos energéticos negativos que, são quebrados, são
dissolvidos por banhos e ervas.
Então a erva o elemento tem uma função ele provoca uma transformação e essa
transformação ela tem que ser completa, por isso, muita gente afirma, tem uma infinidade
de afirmações tem aquelas afirmações petitórias, decisivas “olha, pra você tomar um banho
de ervas você tem que limpar o seu banheiro porque, o box do seu banheiro porque, fica a
energia negativa!” Como assim fica energia negativa? Eu tomei banho de ervas o negócio
sai de mim e gruda na parede? Como é isso? Um banho de ervas ativado, magia, magia
ativa abre todos os canais necessários para que a magia aconteça com começo, meio e fim,
ou, você acha que abrir a Jurema ir lá e “vou abrir minha Jurema …” e daqui a pouco abre
um portão para o plano espiritual totalmente sem controle onde passa todo tipo de espírito
“ah, vem quem quiser” claro que não, tudo é muito organizado no plano espiritual desde
que, nós tenhamos essa organização e esse senso, esse sentido.
É importante e interessante a gente lembrar assim, tudo o que a gente falou aqui não tem
nada de novo, absolutamente nada… Não fui eu que inventei a erva, foi nosso Pai Criador e
Mãe Natureza, Pai pensou e Mãe realizou, dá para imaginar quando o Pai estava pensando
no alecrim? Bom…Não vamos mudar de assunto, vamos voltar aqui.
Tudo o que foi criador na natureza tem um motivo, uma inteligência, tudo tem um porquê de
ser.
Quando a gente atribui a esse elemento um funcionamento, um caminho nós estamos
falando de magia, o elemento vegetal ele não toma decisão sozinho uma planta não olha
para você e diz “vou fazer isso aqui” não, ela reage aos nossos estímulos mentais,
vibracionais, magnéticos. Tem um livro antigo chamado A Vida Secreta das Plantas onde
fala disso, do uso, detentor de mentira das folhas, as folhas elas nasceram peregum e aí
sob o estímulo a pessoa fala assim “vou queimar essa folha” e aquilo provocou um
estímulo, ou, simplesmente ele pensou “planta são telepatas, ou, elas captam vibração
espiritual?” Você não precisa pensar em nada, “vou ficar aqui quietinho” e ter um mal
pensamento e sustente esse mal pensamento por alguns instantes, não quero que você
faça isso, estou apenas dando um exemplo.
Vai lá e pensa numa coisa ruim e você vai perceber um peso porque, mentalmente você
está controlando ali o teu pensamento, o pensamento irradia na sua estrutura espiritual,
esse magnetismo começa a atrair as condições, buscar condições para que aquilo de
alguma forma se realize e se condense, daí surgem lá as formas pensamento. O que é
benzer? Quando a gente fala benzer é dizer bem-de, o benzimento é um acúmulo de bom
pensamento, vou pegar um ramo de ervas para benzer alguém, vou: ​Em nome de Deus Pai
meu Divino Criador, Mãe Natureza vosso poder divino, força natural abençõe essa erva,
essa planta que ela seja força viva, ativa para o meu beneficio, beneficio do meu irmão,​ e
aí, você olha para a pessoa, começa a benzer a pessoa da formaç que aprendeu, fazendo
lá, os sinais de cruz e pedindo: ​Toda energia negativa rastreada, localizada, encontrada,
dissolvida, anulada, cortada pelo poder de Deus, poder da lei Divina e essa pessoa seja
envolvida em suas vibrações vivas e se houverem espíritos sofredores, obsessores, formas
de vida conscientes ou não, associadas ao seus corpos espirituais, campos astrais
vibratórios que sejam curados e colocados à disposição da lei Divina remetidos aos seus
locais de origem e merecimento, que retomem o seu caminho evolutivo, o seu caminho de
redenção, etc, etc e etc.
Olha que interessante, eu estou me reportando ali de maneira positiva, vou fazer
propagando hollywoodiana, tem um filme do Harry Potter - O Prisioneiro de Azkaban tem
gente que conhece Harry Potter muito melhor que eu, mas eu lembro disso, e tem uma
magia que ele ensina que é, conjurar o patrono, conjurar o patrono é muito interessante
porque, Harry se concentrava e pensava nos pais dele, era alguma coisa boa, a sugestão
era que a pessoa condensa-se um pensamento bom então, olha o desafio, condense um
pensamento bom, uma coisa bacana na sua vida que você fez ou aconteceu. Para a
maioria das mães é até fácil, para a maioria é “quando nasceu o meu filho” para alguns
pais também e para mim sim, pra mim foi uma alegria tremenda então, eu penso sempre
assim “uau, que legal, que alegria que coisa bacana” é que o pai normalmente tem aquela
preocupação, “como é que vai ser daqui a quinze anos, vinte anos…” normalmente o pai
tem essa preocupação a mãe não, a mãe tem aquela coisa da maternidade, mas é uma
alegria.
Pensa numa coisa muito boa, que trás felicidade uma coisa muito legal, uma coisa que
tenha te trazido um sentimento algo espiritual jóia que fez os seus olhinhos brilhar e você
sorri e começa a condensar aquela coisa boa, e pensa justifica esse pensamento ali e
sustentando e você vai perceber que, o campo começa a abrir, expandir os brilhos nos
olhos aumenta o sorriso aumenta sente aquele êxtase e fala “uau, que legal, que bacana
isso”.
Pois é, esses somos nós, nós seres humanos somos assim e ativamos magia dessa forma
também, tudo está ligado e interligado. Falei bastante aqui da abertura dos congás, falei
também dos vários tipos de ativação, falei dos vários tipos de ativação, falei da forma de
magia natural o sol, linha vertical, linha horizontal, Pai Criador, Mãe Natureza, vosso poder
divino, vossas forças naturais, peço que abençoe essa erva e foi exatamente assim que eu
fiz a nossa defumação: Peço que abençoe essa defumação, que ela seja força viva, ativa
capaz de nos envolver, de nos curar e nos transformar para o bem. Não há magia que
funcione simplesmente por funcionar, não há magia que funcione de forma espontânea. A
inteligência coloca aquilo em funcionamento, as ervas são compostas por espírito, há um
espírito nas ervas, mas não é um espírito individualizado, é uma imanência, assim como a
gente pode olhar a imanência que imanima um cardume.
Eu sei que tem que gente que não vai gostar e vai falar “assassinou a língua portuguesa”
mais é cardume de peixe, né… Aquele “cardumão” de peixe, todo mundo nadando e será
que tem um peixinho lá no meio que pensa “vou virar a esquerda” e pronto, todo mundo
vira?
Parece que tem uma mão, um magnetismo levando aquele cardume e daqui a pouco ele
vem pra cá e vem pra cá, é uma forma de imanência, encontramos a imanência do
manjericão em de todos os manjericões, essa imanência vai se individualizando em cada
tipo, cada espécie. Não faz parte desse nosso tratado aqui de magia natural, ervas na
umbanda a gente falar da evolução das espécies, muito menos da espécie vegetal, nos
interessa aqui, falar de magia natural, banhos, defumações, benzimentos, classificação de
ervas no nosso próximo encontro vamos falar de classificação de ervas e é bem bacana,
bem legal e vale a pena a gente entender esse funcionamento.
E se esse conhecimento ele é falado de um jeito, é falado de outro, ou, fala a mesma coisa
duas, três vezes é porque, cada um tem um tempo, uma velocidade, um jeito de entender
uma forma de entrar no raciocínio.
E eu espero de coração que, isso tenha te alcançado de um jeito bacana e a gente começa
a olhar para Deus Pai Criador e falar “uau, então, esse é o príncipio quando eu me reporto à
Deus, estou me reportando ao princípio…” Não estou me reportando para uma velhinho de
barba branca sentado num lugar cheio de luz envolta, não, estou me reportando para um
lugar, um princípio que ele pode até ter esse parâmetro do velhinho barbudo, com todo
respeito a Deus Pai Criador.
Pai Criador, Mãe Natureza, Poder Divino, Poder Divino a gente dá forma a ele o Poder
Divino, para mim, pode ser Pai Oxóssi, pode ser Ossain, pode ser Pai Ogum, pode ser
Cristo, pode ser na mitologia Odin o pai da criação, na mitologia nórdica, mitologia grega,
Apolo, Diana, Artemis, nossa, fantástico, né?! Legal, vale a pena a gente pensar bastante
sobre isso, vale a pena a gente estudar bastante sobre isso.
Muita informação, muita coisa bacana pra gente falar, tem muita informação aqui em,
Rituais com Ervas, Banhos, Defumações e Benzimentos, muita coisa legal pra gente falar
ainda e temos algumas, várias oportunidades pela frente.”

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