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DEUS NA UMBANDA
Muitos já foram os nomes dados a Deus no decorrer das eras e como cada um em
uma língua diferente, muitas delas já extintas, mas como todas as descrições Dele
descrevendo-o como o Divino Criador; como o Supremo Criador, a origem de tudo.
O Pai Eterno, o inefável, o irrevelável, o inoninável, o inimaginável, etc.
Muitos são os nomes de Deus e muitas são as religiões já criadas pelos homens e
pelos “espíritos mensageiros” em nome Dele.
O fato é que, tal como disse o amado mestre Jesus: “ Onde duas ou mais pessoas
se reunirem em meu nome, lá estarei”. Com Deus o mesmo acontece e nem é
preciso duas ou mais pessoas, e sim apenas uma voltada para sí e para Ele, que
com Ele entrará em comunhão. Por entrar em “comunhão” – (com união) entendam
o ato do ser “abrir-se” intimamente com a divindade que habita o seu íntimo mais
íntimo e o faz aflorar em sí, a partir da onipresença Dele, que o torna presente em
tudo o que criou a partir de sí mesmo, pois Ele é o Divino Criador!
Se Jesus deixou a diretriz para que seus seguidores abrissem um culto a ele ao
dizer: “Onde duas ou mais pessoas se reunirem em meu nome ,lá estarei!”, em se
tratando de Deus a abrangência é total, e onde houver alguém virtuoso, nesse
alguém estará Deus.
Portanto, onde houver alguém que creia de fato em Deus, nesse alguém Ele estará
presente como a própria fé que fortalece intimamente o ser e lhe permite “comungar”
com Ele e Dele receber o eflúvio divino que iluminará o íntimo e tudo á volta do
espírito do devoto.
Por ser inefável (indivizível, que não se pode exprimir por palavras), seu culto é mais
uma questão de fé e foro íntimo do que uma exteriorização dos nossos sentimentos
de fé. Cultua-se Deus no íntimo e cada um deve ter por Ele uma postura íntima de
respeito e de reverência, não o profanando nem chamando seu nome em vão,
porque não é por isso que Ele se faz presente no íntimo de cada um e no de tudo o
que criou.
Descrever Deus é impossível, porque Ele é o “todo” e nós somos só uma de suas
partes, que são incontáveis. Exprimi-lo na sua totalização, só mesmo Ele pode tal
coisa e nunca uma de suas partes, pois estas, por serem partes, não têm condições
para exprimirem o Todo.
Dando sustentação, porque tudo Ele criou de si e, por ser onipresente, está em tudo
o que criou.
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Alguns acham que a Umbanda é multimilenar e que houve uma renovação nas suas
práticas. Outros acham que é uma religião nova , cultuando os Orixás em sua
concepção africana, tendo incorporado o espiritismo, a magia, o sincretismo e a
simbologia.
A Ciência Divina diz que a Umbanda é uma religião nova, fundamentada no culto
aos Orixás africanos, agora renovados e com novas feições divinas e humanas,
aberta a todos , pois antes eram cultuados de forma fechada e só os iniciados
podiam cultuá-los e reverenciá-los. Os Babalaôs, que detinham o poder mágico,
eram os donos da religião e quando morriam, só um iniciado poderia substituí-los,
mantendo os conhecimentos ocultos. Com a vinda para o Brasil, esse conhecimento
secreto começou a se perder ou a se misturar com o de outros povos (sincretismo).
O que antes era propriedade dos babalaôs, foi passando para pessoas dotadas de
forte mediunidade que passaram a incorporar espíritos que impunham a seus
médiuns, condições que achavam ideais para realizarem todo um trabalho espiritual
em favor dos encarnados e surgiram práticas parecidas, pertencentes a religiões
diferentes. As tradições religiosas dos diversos povos, começaram a incorporar
elementos pertencentes a outras tradições. Esta mistura de tradições e o
enfraquecimento conseqüente de todas, visava criar as condições para uma
unificação religiosa sob o manto da Umbanda, então os terreiros de uma
determinada nação, passaram a evocar divindades pertencentes a outras nações.
Os pais de santo passaram a “fazer”seus filhos, que abriam seu próprio terreiro e
desta forma foi se multiplicando a nova religião que visava alcançar o maior número
de pessoas no menor espaço de tempo possível. Este crescimento espantoso
assoberbou muitos líderes umbandistas, impedindo a irmanação dos terreiros e a
unidade religiosa que desse sustentação doutrinária à Umbanda para que ela
ocupasse seu espaço na religião brasileira. Há a necessidade de uma consciência
“religiosa” e não de “terreiro”.
Por falta dessa consciência a Umbanda perdeu espaço para as seitas neo-cristãs. A
falta de uma Teologia, de uma doutrina única e de um acompanhamento dos novos
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Mas, para que este trabalho seja realizado, todos os umbandistas devem falar uma
só língua”. Por isso, este curso desenvolverá um Tratado Teológico, que se
devidamente incorporado ao conhecimento já disseminado no meio umbandista,
ajudará muito nesta uniformização das práticas rituais das tendas e na formação de
uma consciência de Umbanda.
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