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Baseia-se no culto às divindades e trabalhos espirituais, sem deixar de cultuar a Deus que
para os umbandistas é o Princípio de todas as coisas. Alguns acham que a Umbanda é
multimilenar e que houve uma renovação nas suas práticas. Outros acham que é uma
religião nova , cultuando os Orixás em sua concepção africana, tendo incorporado o
espiritismo, a magia, o sincretismo e a simbologia. A Ciência Divina diz que a Umbanda é
uma religião nova, fundamentada no culto aos Orixás africanos, agora renovados e com
novas feições divinas e humanas, aberta a todos , pois antes eram cultuados de forma
fechada e só os iniciados podiam cultuá-los e reverenciá-los. Os Babalaôs, que detinham o
poder mágico, eram os donos da religião e quando morriam, só um iniciado poderia
substituí-los, mantendo os conhecimentos ocultos.
Por falta dessa consciência, a Umbanda perdeu espaço para as seitas neo-cristãs. A falta
de uma Teologia, de uma doutrina única e de um acompanhamento dos novos dirigentes de
Tendas de Umbanda, resultou em erros imensos e em condutas pessoais que não tinham
nada a ver com o que era pregado pela espiritualidade e isso abriu espaço para que
adversários religiosos emitissem críticas e acusações contra a Umbanda. Muitas pessoas,
ainda despreparadas, mal instruídas e até incapazes para a direção de um Templo, abriram
suas tendas, criando a sua própria Umbanda e deram vazão a seus emocionais
desequilibrados e seus vícios religiosos, pois não aceitavam a condição de liderados e
almejavam ser líderes, bajulados ou temidos. Então muitos abandonaram a Umbanda,
depurando-a.
É uma questão de tempo, para que os atuais e remanescentes dirigentes da Umbanda,
realizem um trabalho de base, de doutrinação de seus liderados, instruindo-os e
ensinando-os a prepararem bons médiuns e bons dirigentes de tendas. E então, a
Umbanda conquistará seu verdadeiro espaço religioso, pois o tipo de trabalho realizado por
ela, só os verdadeiros umbandistas podem realizar, porque são os herdeiros naturais dos
sagrados Orixás.
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Toda religião tem na sua teologia os conhecimentos superiores que a define, molda e a
caracteriza, individualizando-a entre tantas outras religiões.
A Umbanda reúne num mesmo espaço (a tenda), o culto às divindades naturais regentes do
planeta (os Orixás) e as práticas religiosas realizadas pelos espíritos que incorporam nos
médiuns e dão consultas, dão orientações, esclarecem, cortam magias negras, afasta
obsessores, desmancham trabalhos feitos (despachos), desenvolvem a mediunidade de
pessoas portadoras desse dom, falam em nome dos Orixás (das divindades), são
manifestadores de mistérios e de dons, etc. Os guias de Umbanda Sagrada são espíritos
altamente preparados para assumir a guarda de seus filhos-médiuns, assim como trazem
ordem de trabalhos espirituais e magísticos, concedida pelos Orixás Regentes das sete
linhas de forças planetárias.
Nem todos os guias de Umbanda são “guias de lei” (espíritos já assentados à direita ou à
esquerda dos senhores Orixás), mas os que ainda não alcançaram o grau de “guias de lei”,
assentam-se à direita ou à esquerda de um “guia de lei” e incorporam usando o nome
simbólico que o distingue e o individualiza, pois é o chefe de toda uma corrente espiritual
ou linha de trabalho de Umbanda Sagrada. Um “guia de lei” de Umbanda é um atrator
natural de espíritos e tanto os acolhe em sua linha de trabalho, quanto os doutrina e os
assenta, dando-lhes condições para iniciarem um trabalho junto aos seus afins encarnados.
Os fundamentos da Umbanda são:
- Aceleração da evolução do ser.
- Auxílio religioso e magístico.
- Culto aos Sagrados Orixás.
- Integração do ser às hierarquias divinas.
- Esgotamento e aceleração cármica do ser.
Enquanto religião, a Umbanda oferece a seus fiéis tudo o que as outras oferecem e até um
pouco mais. Enquanto “via evolutiva”, reconduz para as hierarquias naturais regidas pelos
orixás, os seus filhos naturais que foram afastados de seus domínios, pois foram
conduzidos para o estágio humano da evolução.
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RELIGIÃO E RELIGIOSIDADE
O ser humano é, por natureza, um ser religioso que, na ausência de uma religião, tende a
sentir-se vazio, desmotivado e frágil e por isso, muitas vezes, se entrega a vícios que o
depreciam. A religiosidade refreia os instintos e desperta nas pessoas a reflexão, pois as
induzem a pensar nas consequências de seus atos antes de cometê-los. Com isso, o
comportamento intempestivo e instintivo é refreado e a razão se impõe sobre a emoção.
Religiosidade significa a vivência dos princípios divinos que regem a criação desde que
Deus deu origem a tudo.
Logo, quando surgir uma dúvida, antes de recorrer ao que é tão funcional dentro do âmbito
de “Culto de Nação”, espere. Consulte e tenha fé, que seus guias terão as soluções, dentro
e segundo nossas práticas. Quanto ao Kardecismo, a maioria de nós, umbandistas,têm
recorrido a sua vasta literatura para nos esclarecermos quanto ao “mundo dos espíritos”. O
movimento kardecista esmiuçou e foi a fundo no estudo do fenômeno Mediunidade, o que
nos vale como ponto em comum. Já, a maneira de se trabalhar mediunicamente dentro da
Umbanda, é única, pois ela vai além do “passe e doutrina”. Os guias de Umbanda têm
extrema afinidade e conhecimento das manipulações de elementos da natureza e
processos magísticos, motivo pelo qual possuem toda uma variedade de recursos, como o
uso do fumo, das velas, pontos riscados, ponteiros, otás, pedras e cristais, guias, banhos,
defumações e etc.
O que, muitas vezes, é visto como um “atraso religioso”, na verdade, em sua humildade
“esconde” toda uma riqueza jamais imaginada pelo “leigo crítico”.
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