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CENTRO DE ESTUDOS ESPIRITUALISTA UMBANDISTA ANJOS NA TERRA

PAI BENEDITO DAS ALMAS

CURSO DE FORMAÇÃO MEDIÚNICA DE UMBANDA

SUMÁRIO
MÓDULO I ....................................................................................................................... 2
Fundamentos de Umbanda ............................................................................................ 2
1. Apresentação – Religião ........................................................................................ 2
2. Umbanda e Umbandas .......................................................................................... 2
3. Breve história da Umbanda.................................................................................... 3
4. O que não é Umbanda........................................................................................... 4
5. Diferença e semelhança ........................................................................................ 4
5.1 Umbanda e Candomblé ...................................................................................... 4
5.2 Umbanda e Kardecista ....................................................................................... 5
5.3 Kimbanda e Quimbanda ..................................................................................... 5
6. Sacerdote, feiticeiro, xamã, mago e pagé. ............................................................. 6
SACERDOTE ............................................................................................................ 6
MAGO ....................................................................................................................... 8
FEITICEIRO (A) ........................................................................................................ 9
XAMÃ ........................................................................................................................ 9
PAJÉ ......................................................................................................................... 9
MÓDULO II .................................................................................................................... 10
1. Mediunidade . Todos são médiuns? Tipos de mediunidade ................................. 10
2. Incorporação consciente ou inconsciente ............................................................ 11
MEDIUNIDADE E INCORPORAÇÃO NA UMBADA ................................................ 11
3. Medos, traumas. Quebrando tabus, preconceitos e mitos sobre incorporação de
Umbanda. Transe e estado de meditação. ................................................................. 16
O MEDO DA MEDIUNIDADE DE INCORPORAÇÃO .............................................. 16
1. Ori, coroa, cabeça. ........................................................................................... 17
2. Deus: Pai e Mãe – tronos Divinos – Sete linhas de Umbanda .......................... 17
3. O que é : Orixá de frente, orixá adjunto, orixá ancestral . ................................. 17
ORIXÁ DE FRENTE, ADJUNTO E ANCESTRAL ....................................................... 18

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MÓDULO I

Fundamentos de Umbanda
1. Apresentação – Religião
A umbanda é monoteísta!
Religião é uma fé, uma devoção a tudo que é considerado sagrado. É um culto que
aproxima o homem das entidades a quem são atribuídas poderes sobrenaturais. É uma
crença em que as pessoas buscam a satisfação nas práticas religiosas ou na fé, para
superar o sofrimento e alcançar a felicidade.
Religião é também um conjunto de princípios, crenças e práticas de doutrinas
religiosas, baseadas em livros sagrados, que unem seus seguidores
A etimologia popular atribui a origem da palavra "religião" a religare, do latim: a
religião religaria o homem a Deus.
Também há o significado de no latim, religio designava "respeito", "reverência". A
palavra deriva de relegere, em que re-, "de novo", está associado ao verbo legere, "ler",
abrigando o sentido de "tomar com atenção". Uma pessoa vive a religião quando, uma e
outra vez, cuida escrupulosamente de algo muito importante, algo que deve ser cultuado.

2. Umbanda e Umbandas
Umbanda Branca: sem sacrifícios, com transparência, sem mistérios. Umbanda
Popular: sem ênfase no estudo, no conhecimento, partindo da premissa de que “os guias
sabem tudo e fazem tudo que é preciso.” Umbanda Tradicional: como a popular, não
prima pelo estudo, com ritos antigos.
Umbanda Esotérica: iniciatica, uma modalidade mais nova, explorando fundamentos
mais antigos de sacerdotes e conhecimentos ocultos, de modo geral é uma umbanda
simples em seus rituais, embora repleto de significados e explicações que são
transmitidos aos filhos e adeptos.
Há muito incentivo no conhecimento e ao estudo, há despojamento na forma de
vestir e usa elementos simples.
Umbanda Mista, Umbandomblé, Umbanda Trançada, Africanista, Almas e Angola
Omolocô: recebe influência dos cultos de candomblé e traz conhecimentos africanos de
nação. Pode-se perceber a influência africana ao observarmos a prática de ebós, Boris,
e algumas oferendas, vestimenta, camarinhas e, em alguns casos, sacrifício de animais
entre outros elementos.
Umbandaime: surgida a partir do uso do chá do santo –daime ou ayahuasca e guia

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de umbanda.
Umbanda Cristã: ritual acentuado no sincretismo dos santos católicos com orixás.
Umbanda Sagrada: prima pelo estudo da teologia umbandista, pela prática e estudo
da magia sagrada e pela iniciação através da formação sacerdotal umbandista.
Umbanda Nova Era: Prima pelo estudo e pelo conhecimento, é eclética e convive
tranquilamente com outras doutrinas e práticas. Tem como principal objetivo incentivar o
reconhecimento e aprimoramento individual do Ser.
Se utiliza dos fundamentos de Umbanda, traz as sete linhas e o culto aos 14 Orixás
+ três (esquerda).
É baseada na filosofia de que a conscientização, o conhecimento e a reforma
interior fornecem o eixo de equilíbrio. Entende que não há sofrimento, apenas
desequilíbrio, ignorância e apego.
Tem como máxima que passado e futuro fazem parte do presente, e uma vez
entendido isso, tem-se a cura, a plenitude.
Incentiva o despego, a não criar expectativas, mas a sentir gratidão por tudo que
recebe e que deixa de receber.
Por fim, estimula a reforma interior, e busca formar adeptos altruístas e que
fomentem apenas conversas harmônicas e construtivas, tenham alimentação, hábitos e
relações saudáveis.

Definição de Umbanda
Não podemos falar em “Verdadeira Umbanda”, ou “Umbanda Pura”. Afirmar que
algo seja “o verdadeiro” é uma forma de desclassificar o resto e rotular de falso. Também
não podemos falar em pureza dentro de uma religião que nasce com sincretismos.
Aliás, não existe pureza em nenhuma religião, todas nascem de cultos e ritos que
lhes antecederam Umbanda é “a manifestação do espírito para a prática da
caridade”, “aprender com quem sabe mais, ensinar a quem sabe menos”, “Umbanda é
Amor e Caridade”, “Umbanda é fazer o Bem sem olhar a quem”. São conceitos e
palavras fundamentais para entender o que é “A” Umbanda, independentemente de
quantas “Umbandas” existam, esta é a definição de Umbanda por Zélio de Moraes e o
Caboclo das Sete Encruzilhadas.

3. Breve história da Umbanda


Fundada no dia 15 de Novembro de 1908 por Zélio de Moraes e o Caboclo das Sete
Encruzilhadas. Podemos identificar nas palavras do Caboclo das Sete Encruzilhadas os

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fundamentos mais básicos de Umbanda: “Umbanda é a manifestação do espírito para a


prática da caridade.” “Aprender com quem sabe mais e ensinar a quem sabe menos, a
ninguém virar as costas.”

4. O que não é Umbanda


Trabalhos pagos ou gratuitos não são umbanda; fazer o mal não é umbanda;
manipular ou interferir na vida de outro não é umbanda; sacrifício de animais não é
umbanda; cobrar por feitos “espirituais” não é umbanda.

5. Diferença e semelhança

5.1 Umbanda e Candomblé


E semelhança entre Umbanda e Candomblé são no mínimo duas semelhanças do
que há em comum entre Umbanda e Candomblé: a mediunidade e o culto aos Orixás.
Então, tanto a Umbanda quanto o Candomblé tem mediunidade e tem culto de Orixá. No
entanto, a mediunidade é trabalhada de uma forma na Umbanda e de outra forma no
Candomblé. Os Orixás são os mesmos, mas os Orixás são tratados de uma forma na
Umbanda e os Orixás são tratados de outra forma no Candomblé porque são duas
religiões distintas com fundamentos diferentes.
Pra que a gente possa entender a origem cultural do Orixá, de Orixá é importante
entender o Candomblé e a origem do culto do Candomblé que vem dos Cultos de Nação
Africana.
Semelhança: o Candomblé tem semelhante mediunidade e os Orixás. Diferenças:
A Umbanda tem uma estrutura inclusiva e aberta, falada em língua Portuguesa e o
Candomblé é falado em língua Nagô Yorubá.
Candomblé é uma religião que trabalha só com Orixás, a Umbanda é uma
religião que trabalha com Orixás e espíritos.
A Umbanda é uma religião na qual, você tem uma estrutura de sincretismo de
santos Católicos, uma influência da doutrina Espírita, a presença do Caboclo junto com a
presença do Preto-Velho, num ritual todinho ele feito na língua Portuguesa, de uma
estrutura única, de um ritual único.
No Candomblé você só entra por meio da iniciação e até que o adepto consiga
alcançar sete anos de Candomblé ele nunca pratica a religião de forma sozinho, ele dá
obrigações de um ano, de três anos, de cinco anos e de sete anos.
Na Umbanda não, o médium faz desenvolvimento mediúnico, incorpora seus Guias
e está pronto pra trabalhar. Em algum momento ele recebe missão de abrir um Terreiro e

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não importa quanto tempo ele tem de Umbanda, quando ele recebe essa missão, ele vai
e abre o seu Terreiro porque o Guia toma a frente e ele dá essa missão.
Então, a Umbanda faz desenvolvimento mediúnico e não a iniciação do Candomblé.
Há Terreiros de Umbanda que por influência do Candomblé fazem recolhimento,
fazem Bori e fazem outros fundamentos da religião do Candomblé na Umbanda, porque o
adepto vem do Candomblé.
Então, existe esta liberdade? Existe essa liberdade, mas não é o fundamento. O
fundamento é: a Umbanda é uma religião mediúnica que tem no desenvolvimento
mediúnico, tem por meio da mediunidade a sua base fundamental de como praticar a
religião, na qual, o seu adepto vai de maneira lenta e gradual apreendendo como que é
essa mediunidade se encaixa dentro de um ritual, dentro de um Templo, de uma religião
urbana que é a religião de Umbanda.

5.2 Umbanda e Kardecista


Espiritismo e Umbanda tem comum: mediunidade e comunicação com espíritos.
No entanto, Espiritismo é um segmento, Umbanda é outro segmento.
A palavra Espiritismo foi criada, portanto, é um neologismo criado por um homem
que ficou conhecido como “Allan Kardec”, o seu nome não era esse, o seu nome era:
“Hippolyte Léon Denizard Rivail”, esse é o nome de um francês que entre 1854 e 1857
deu início ao Espiritismo. No qual, ele criou essa palavra para identificar a sua doutrina
codificada em cinco livros. Então, quem é este homem? O que ele criou? O que ele
codificou? O que é o Espiritismo? Como ele mesmo diz: - “Para coisas novas é
necessário que se crie novas palavras”. Então, todos que creem em espíritos, que creem
em algo além da matéria são Espiritualistas, mas aquele que segue a doutrina de Kardec,
estes são Espíritas que praticam o Espiritismo.
Semelhanças: são monoteístas, creem em reencarnação e comunicação espíritos
Diferenças: a Umbanda aceita todos os espíritos independente de raça ou título, o
Kardecismo não aceita os guias Umbandistas, os orixás ou seus rituais e elementos. A
umbanda trabalha com orixás, elementos magísticos, cantos e o Kardecismo não.

5.3 Kimbanda e Quimbanda


Quimbanda com “Q” e Kimbanda com “K”.
A palavra Kimbanda vem da língua Kimbundu, é uma língua falada em Angola. Em
Angola havia a figura do Kimbanda, o Xamã Angolano, esse Kimbanda se escreve com
“K”.
A Kimbanda angolana é considerada Xamanismo. Trabalha com divindades,

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espíritos, fórmulas mágicas, rezas.


No Brasil surgiu a Quimbanda, com “Q”, a fim de designar os trabalhos de
Esquerda da Umbanda.
Os Terreiros de Quimbanda são assim denominados por trabalharem,
exclusivamente, com a linha de Esquerda da Umbanda (Exus – Pomba Giras), nem por
isso significa dizer que trabalhem para o mal.
Existem, porém, outros terreiros, casas, onde se pratica a magia negra e esse
trabalho é também chamado de Quimbandeiro.
Não se pode confundir essa com a outra Quimbanda ainda, também com “Q” que é
a Esquerda da Umbanda.
A essas alturas podemos entender a razão pela qual o termo Kimbanda e
Quimbanda geram tanta confusão e mal entendidos porque temos:
Kimbanda = Xamanismo Africano que pratica o bem.
Quimbanda = Esquerda da Umbanda.
Quimbanda = Terreiros que trabalham apenas com a Esquerda.
Quimbanda = casas onde se pratica magia negra.
E há quem pratique magia negativa ou magia negra usando os nomes das
entidades da Esquerda, de Exu, de Pomba Gira, classificando isso como um trabalho de
Quimbanda.
Assim como é muito difícil definir um bom trabalho de Umbanda, tentar definir a
Quimbanda é tão ou mais difícil. A separação do joio do trigo é uma tarefa bastante
árdua, por isso exige, antes de tudo, conhecimento sobre o assunto e sobre a prática em
questão.

6. Sacerdote, feiticeiro, xamã, mago e pagé.

SACERDOTE
Para que o médium possa atuar como um Sacerdote de Umbanda não basta
simplesmente ele querer SER, pois para ser um Representante de uma Religião há todo
um fundamento para que este grau aconteça de fato.
• O mais importante de todos é receber a ordem através de seu Mentor
Espiritual; ele irá comunicar que o Sacerdote tem missão de abrir uma
casa, ou seja, a ordem tem que vir de cima para baixo.
• As fundamentações da casa deverão ser passadas pelo Mentor, tanto da
tronqueira como dos assentamentos do Orixá Ancestre, de Frente e

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Adjunto, do Guia Chefe e do Guia de Frente.


• Ter consciência que para desenvolver e praticar as múltiplas funções que
o cargo lhe exige ele receberá um 1º grau, ou seja, o mais importante e
valioso, que é o grau e a outorga Espiritual.
• O sacerdote é, antes de tudo, o responsável como dirigente espiritual,
aquele que zela e cuida da mediunidade dos médiuns.
• Ser Sacerdote de Umbanda é renegar a si mesmo, entregar seu livre
arbítrio ao Poder de Olorum (Deus) e seus Mistérios Vivos e aos
Sagrados Orixás, e deixar-se conduzir pelos Guias Espirituais que o
assistem.
• É ter consciência de sua missão Espiritual.
• É saber que ele não é um fim em si mesmo e tão somente um meio
perante as determinações dos Mentores Espirituais.
• É ser correto, verdadeiro, simples, humilde, sábio, honesto, amável,
caridoso, carinhoso, leal, ter uma fé inabalável e acreditar em suas
intuições.
• Ter em seu coração a devoção e a contemplação de Olorum e seus
Mistérios.
• É ser bom pai, boa mãe, bom filho, bom amigo, bom irmão, bom
funcionário, bom patrão etc.
• É saber doar-se sem medo e insegurança.
• É ter na Fé seu alicerce, deixando confusões e dúvidas serem dissipadas
pelo bom senso.
• Não se iludir e nem fanatizar sua religião.
• É saber respeitar e obedecer a tradicionalidade da Umbanda sem
querer INVENTAR NADA.
• É entender que ele não é o poder Divino e sim só um trabalhador deste
poder.
• É cumprir com seus preceitos e “obrigações” determinados pelos
Guias e Mentores.
• É estudar sempre conhecer a fundo sua religião.

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• Não manipular “as pessoas” com os Guias Espirituais.


• É saber respeitar e cumprir os desígnios da Lei Maior e a Justiça Divina.
• É procurar de todas as formas não adquirir mais carmas para sua vida.
• É não deixar que os médiuns (seus filhos de fé) se tornem dependentes
física e espiritualmente de sua vida Sacerdotal.
• É saber que nem tudo são “problemas espirituais”.
• É nunca transformar sua Mediunidade Sacerdotal em profissão.
• É ter caráter e moral, saber que ele é o espelho o exemplo de seus
seguidores. É saber separar a vida da carne da vida espiritual.
• É ser organizado e prático, enfim, em tudo ser um médium exemplo.
• Muitos fazem Cursos para Sacerdotes, achando que o Diploma é o mais
importante, pendura-o na parede e ainda diz: “- Eu sou formado (a) por Pai
‘tal’”; achando-se o dono de todas as Verdades Divinas. Pura ignorância.
• O estudo do Sacerdote sempre está se iniciando, pois dia após dia ele
aprende. Ou seja, praticando e exercendo com dignidade essa
responsabilidade.
• Saber que ele, mesmo tendo centenas ou dezenas de diplomas, se faltar
com suas responsabilidades, comprometer-se através de atitudes ou
mesmo pensamentos como vaidade, ego, soberba, abuso de poder,
manipulação, usar de sua Mediunidade como uma profissão cobrando ou
recebendo dinheiro, falsidade, ódio, demandar contra irmãos, e outras
atitudes indignas, começará a inverter-se e apagar-se. Ao mesmo tempo
todos os Guias de Lei afastar-se-ão e ele passará a incorporar “kiumbas”
passando-se por Guias, aí, o baixo astral já tomou conta desta casa.
Um dia me perguntaram quem tinha feito a minha coroa, e eu respondi sem
dúvida: “Pai Olorum” sob os cuidados de Pai Benedito da Almas.
Nossa coroa foi preparada por Deus, não tenhamos dúvida nenhuma a respeito
disto.
Os verdadeiros Pais e Mães são os Orixás. Nós somos somente instrumentos:
“Cavalos de trabalho”, Médiuns, ou simplesmente Filhos.

MAGO
É aquele que possui conhecimento alquímico relacionados a magia.

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FEITICEIRO (A)
Aquele que se dedica a pratica de feitiçaria. Geralmente não segue nenhuma
corrente filosófica. Feitiço seria a transmutação de algo, uma mudança do natural
através de palavras e gestos.
Muitas Bruxas por praticarem Magia Branca, também são chamadas de Feiticeiras.
No entanto Feiticeiro pode ser usado tanto para praticantes de Magia Branca como para
praticante de Magia Negra.

XAMÃ
Acredita-se que os Xamãs controlam todos os espíritos; bons ou ruins. Eles são os
feiticeiros indígenas de certos povos. Sua religião é conhecida pelo nome de
XAMANISMO.

PAJÉ
Guia espiritual dos indígenas, uma mistura de sacerdote, feiticeiro com médico.
Como sacerdote o pajé cuida da educação espiritual de todos da tribo, promovendo
rituais comunitários em adoração aos deuses. Ele também cuida dos sacrifícios nos
cultos, assim como é consultor de assuntos importantes relacionados ao destino da tribo
na coletividade ou do índio na individualidade. Em certos casos o pajé acumula também
o cargo de Chefe da tribo, não havendo, portanto cargo mais importante na sociedade
indígena.

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MÓDULO II
1. Mediunidade . Todos são médiuns? Tipos de mediunidade
Médium – É o indivíduo que serve como meio na comunicação de encarnados e
desencarnados.
Médiuns de cura – Esse gênero de mediunidade consiste principalmente no dom
que possuem certas pessoas de curar pelo simples toque mediante a imposição de
mãos, pela prece, pelo olhar, mesmo por um gesto, sem o concurso de qualquer
medicação.
Médiuns auditivos – os que ouvem espíritos. Muito comuns.
Médiuns falantes – Os médiuns falantes, na maior parte das vezes, nada ouvem.
Neles o espírito atua sobre os órgãos da palavra, como atua sobre a mão dos médiuns
escreventes. Assim, nesse grupo de médiuns, a palavra é um instrumento de que se
serve o Espírito, com o qual uma terceira pessoa pode comunicar-se.
Médiuns videntes – Os médiuns videntes são dotados da faculdade de ver os
Espíritos. Há os que gozam dessa faculdade em estado normal, perfeitamente
acordados, guardando lembrança precisa do que viram. Outros só a possuem em estado
sonambúlico ou aproximado do sonambulismo, porém, nesse caso, a faculdade
manifesta-se de forma transitória, sendo quase sempre o resultado de uma crise súbita e
passageira.
Médiuns inspirados – Estes médiuns são aqueles nos quais os sinais exteriores da
mediunidade são os menos aparentes; a ação dos espíritos é aqui toda intelectual e
toda moral, e se revela nas menores circunstâncias da vida, como nas maiores
concepções. Trata-se, como se vê, de uma variedade da mediunidade intuitiva, com a
diferença de que a intervenção de uma força oculta é, no caso da inspiração, menos
sensível, porque é ainda mais difícil de distinguir, no inspirado, o pensamento próprio
daquele que lhe é sugerido.
Médiuns de pressentimentos – os que, em certas circunstâncias, tem uma vaga
intuição de ocorrências vulgares do futuro.
Médiuns proféticos – variedade de médiuns inspirados ou de pressentimentos que
recebem, com a permissão de Deus e com maior precisão que os médiuns de
pressentimentos, a revelação de ocorrências futuras de interesse geral, que estão
encarregados de transmitir aos outros para fins instrutivos.
Médiuns sonâmbulos - os que, em estado de sonambulismo, são assistidos por
espíritos.

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Médiuns pintores ou desenhistas – os que pintam ou desenham sob influência dos


espíritos.
Médiuns musicais – os que executam, compõem ou escrevem músicas sob
influência dos Espíritos.
Médiuns escreventes ou psicógrafos – os que têm a faculdade de
escrever por si mesmos, sob a influência dos espíritos.
Médiuns escreventes mecânicos – os que escrevem recebendo um
impulso involuntário na mão, sem ter nenhuma consciência do que escrevem.
Muito raros.
Médiuns semimecânicos – os que escrevem por impulso involuntário na mão e
têm consciência imediata das palavras e das frases que vai escrevendo. Os mais
comuns.
Médiuns intuitivos – Os que recebem as comunicações dos Espíritos
mentalmente. Diferem dos médiuns inspirados porque, na inspiração, não há a
necessidade de escrever, enquanto o médium intuitivo registra, por escrito, o
pensamento que lhe é sugerido rapidamente sobre determinado assunto que lhe foi
proposto. São muito comuns, mas estão muito sujeitos a errar porque enfrentam
dificuldade de discernir entre as mensagens que provêm dos espíritos e as idéias
emanadas da sua própria mente.
Médiuns polígrafos – os que mudam de caligrafia segundo o Espírito que se
comunica ou têm a aptidão de reproduzir a letra que o Espírito comunicante tinha na vida.
O primeiro caso é muito comum. O segundo, o da identidade da letra, é mais raro.
Médiuns poliglotas – os que têm a faculdade de falar ou de escrever em línguas que
não conhecem. Muito raros.
Médiuns de incorporação - Essa forma de mediunidade se caracteriza pela
transmissão, oral ou escrita, da comunicação do Espírito e pode ser parcial ou total bem
como consciente, semiconsciente ou inconsciente, sendo que, em todas as formas,
permite o contato direto e pessoal com os Espíritos. Os médiuns de incorporação são
muito comuns.

2. Incorporação consciente ou inconsciente

MEDIUNIDADE E INCORPORAÇÃO NA UMBADA


A mediunidade de incorporação é a modalidade mais comum na Umbanda. Dentro
das classificações é ainda chamada de psicofonia, a fala mediúnica.
Muito mais que a simples mecânica de transmitir mensagens dos espíritos por

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nosso aparelho vocal, existe toda uma caracterização no médium incorporado por uma
entidade na Umbanda, pois eles trazem todo um conjunto de trejeitos que identifica a
qual linha pertencem (preto-velho, caboclo, baiano...) e qual o tipo de trabalho que
realizam.
Dentro da mecânica de incorporação é costume entre os médiuns se perguntarem
se são conscientes ou inconscientes, como se esta resposta esclarecesse realmente
um tipo de mediunidade ou ainda a qualidade da comunicação.
O fato é que uma simples resposta a esta pergunta não esclarece nada, vejamos, por
exemplo, dentro do que se costuma chamar “médium inconsciente”.
O que é um “médium inconsciente”?
Na prática é aquele que não se lembra do que aconteceu enquanto esteve
incorporado. Mas qual é a mecânica de incorporação? Como se processa o fenômeno
mediunidade nele?
Em verdade muitos que não se lembram do trabalho que seus guias realizam e
costumam ser chamados de médiuns inconscientes podem ter tipos diferentes de
mediunidade.
Veja só, alguns médiuns enquanto incorporados são semiconscientes e seu
corpo perispiritual, duplo etérico, fica um pouco deslocado do eixo normal, onde tudo se
processa como se fosse um sonho e, ao desincorporar o guia, seu corpo volta ao eixo
sofrendo um pequeno “choque” como de quem acabou de acordar, assim esquecendo o
que aconteceu enquanto esteve incorporado, mas não inconsciente.
Outro caso mais raro é o médium que no momento da incorporação faz
desdobramento astral, podendo acompanhar ou não o trabalho da entidade e lembrando
ou não o que vivenciou enquanto esteve projetado, com seu perispírito fora do corpo
material, este também pode esquecer o que vivenciou ao voltar para seu invólucro
carnal.
Alguns enquanto incorporados além de se desdobrarem também dormem, são os
chamados médiuns sonambúlicos, e quando seu corpo fica entregue de forma física e
motora à entidade dizemos ainda que tem mediunidade mecânica. (RARÍSSIMA OU
INEXISTENTE NOS DIAS DE HOJE)
Podemos fazer uma analogia grosseira com a mediunidade de psicografia, que é
mecânica quando a entidade domina fisicamente o braço do médium, usando inclusive a
caligrafia que tinha enquanto encarnado.
Este tipo de mediunidade é raro, Chico Xavier manifestava muito de forma
mecânica, para citarmos um exemplo conhecido de todos.

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A incorporação mecânica é tão rara quanto à psicografia mecânica também


chamada de automática.
E ser um médium mecânico e sonambúlico não o torna melhor que os demais,
porque a qualidade em uma boa manifestação, dentro ou fora da Umbanda, não está na
forma, mas na essência, ou seja, mais valor tem o teor da mensagem e a vibração da
entidade do que a mecânica que ela se utiliza para manifestar.
Podemos ter médiuns inconscientes que em nada interferem na comunicação, já
que esta é a polêmica nos terreiros, mas com sintonia baixa e afinidade espiritual
negativa.
Pouco valor tem os fenômenos, além de converter os céticos, muito valor tem a
doutrina. Mais vale uma entidade de luz que pouca caracterização cria em seu médium e
que transmite tudo o que nossos Orixás esperam da comunicação do que um
“zombeteiro” produzindo fenômenos para impressionar as pessoas e que pouco ou nada
têm de bom para nos transmitir.
A maioria dos médiuns são semiconscientes.
E embora se digam conscientes, mal se lembram das consultas ou de quem
realmente tomou ou deixou de tomar passes com seus guias.
Pode reparar, quase todos precisam passar por um período de desenvolvimento
mediúnico que varia de pessoa para pessoa. O sonambúlico, inconsciente e
mecânico, não passa pelo desenvolvimento mediúnico, pois ele possui
mediunidade de incorporação mecânica, física mesmo; quando chega a um período de
sua vida em que deve se entregar à mediunidade, ela aflora tão rapidamente que
pouco se consegue entender o que está acontecendo.
Aí o que vale é ter uma boa comunicação pautada no AMOR e na CARIDADE.

Muitos médiuns são conscientes e têm mediunidade mecânica, como o


sonambúlico, pois eles fazem o desdobramento astral e acompanham o trabalho “de fora”,
ou seja, se veem incorporados.
Tudo isso para dizer que não há como qualificar uma boa comunicação ou
classificar um tipo de mediunidade baseando-se em uma simples pergunta, se o médium
é consciente ou inconsciente.
O que temos que saber é se a entidade incorporada realiza um bom trabalho de
AMOR e CARIDADE, doutrinando e transformando homens e mulheres em pessoas
melhores para si mesmas e para o seu semelhante.
O medo do “transe” ritual no terreiro é um dos maiores entraves para o médium

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iniciante. A catarse (aquilo que é estranho à essência ou à natureza de um ser e que) que
os estados alterados de consciência causam durante o processo de incorporação, a
entrega e a passividade psíquica necessárias deveram ser conquistadas num processo
de desenvolvimento mediúnico.
O receio de perder o controle de si mesmo e o confrontos com antigos conceitos e
pré-conceitos sobre o tema devem ser esclarecidos.
A perda da consciência não costuma mais acontecer, hoje em dia existem apenas a
consciência e semi-consciência.
Existe uma alteração psicomotora, cognitiva e mental, com os sentidos psíquicos
alterados, mas ainda consciente que os Guias e espíritos de luz se utilizam para o perfeito
transe ou manifestação.
Mediunidade é algo que temos em comum com Espiritismo, por terem estudado a
fundo o fenômeno fica a recomendação de leitura das obras de Kardec e Chico Xavier.
Como sugestão, com o devido filtro, O Livro dos Médiuns (Allan Kardec), "Nos domínios
da mediunidade" e "Mecanismos da
Mediunidade" Chico Xavier / André Luiz (estes livros fazem parte da "Série Nosso
Lar" de 16 Livros, todos são muito importantes como material de estudo). A maioria de
nós tem mediunidade semiconsciente. Sendo assim, necessitamos de um processo
conhecido como desenvolvimento mediúnico. É nesse desenvolvimento que iremos
aprender a dar a passividade necessária para que os espíritos possam se comunicar,
por meio de nossa matéria.
O desenvolvimento lembra muito uma autoescola em que o veículo é nosso corpo,
nossa matéria. Aqui no caso não iremos aprender a dirigir um carro, vamos aprender a
emprestar “nosso carro” para que um outro dirija.
Pense o quanto lhe é difícil emprestar seu carro para seu irmão, sua irmã, seu pai...
Aquele carro que você passou todo o final de semana limpando e dando brilho... Não é
difícil? Até carro com seguro é difícil emprestar.
Muito mais difícil é emprestar seu corpo físico. Nós nascemos dentro deste “carro”,
vemos a vida pela janela deste carro, nos locomovemos com este carro, nossos cinco
sentidos se manifestam neste carro, por faculdades e órgãos que este veículo nos
proporciona... Mais do que isso... Não acreditamos que outra pessoa possa dirigir este
carro...
Esta é a primeira barreira a ser vencida. Acreditando que outra pessoa possa dirigir
este carro, este veículo mediúnico.
Ser um cavalo é ser um médium de Umbanda! De incorporação!

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Cavalo é veículo...se ele é o guia e eu o cavalo, quer dizer que incorporar é deixar
que a entidade te guie... muito simples de explicar... difícil de realizar, pois somos “Cavalo
Selvagem”. Precisamos ser “domados”, “educados”, “doutrinados”, para nos tornarmos
um bom “veículo”. Um cavalo que sirva bem a seu condutor/guia.
Uma das formas de pensar esta educação, este desenvolvimento mediúnico, é
compararmos nossa matéria, aparelho, a um carro, um veículo automotor. A primeira
lição que aprendemos é que outra pessoa pode dirigir este carro, mas como isso
funciona?
Não temos segurança, não confiamos completamente na entidade/guia. Por não
sabermos que ele dirige muito melhor do que nós...
Este é o período de desenvolvimento em que o médium não sabe se é ele ou se é o
guia quem está dirigindo, se não for bem orientado pode até acreditar estar mistificando,
o que não é verdade. Ali no desenvolvimento estão dois "mentais" presentes na
condução do veículo, num momento um conduz, e noutro o outro conduz. Desenvolver é
aprender a entregar a condução, para a grande maioria de nós esta entrega é
consciente. O que o médium tem a aprender é dar passividade para a entidade trabalhar.
Temos aqui duas palavras-chave para o desenvolvimento da mediunidade: CONFIANÇA
na entidade que está manifestando e muita HUMILDADE para não se iludir em acreditar
estar adquirindo poderes sobrenaturais e para não pensar que seu guia é o melhor de
todos. Não achar que seu caboclo é o GRANDE CACIQUE E PAGÉ FAZ TUDO DAS
SETE LINHAS, CABEÇA DE LEGIÃO AO QUAL TODOS DEVEM SE SUBORDINAR
“por não saberem com quem estão falando”.
INCORPORAÇÃO MEDIÚNICA É PARCERIA, E DEPENDE DA CONFIANÇA DE
AMBAS AS PARTES PARA ACONTECER!
Saiba que receberá entidades que têm o mesmo valor de todas as outras, e que seu
guia com certeza acatará e aceitará as normas da casa de luz que o recebeu de braços
abertos, não indo contra o que é corrente e aceito dentro daquela casa.
Tomando esses cuidados e confiando, o médium está pronto para deixar o carro ser
conduzido pela entidade, esse processo lembra ainda o período em que um adestrador e
guia leva para domar seu cavalo que, por nunca ter sido montado e viver em liberdade, é
chamado de selvagem. Domado, o cavalo está pronto a ser montado. Muitos se referem
ao médium como aparelho manipulado pela entidade. Importante é darmos a
passividade... Chega um ponto em que deixamos até de prestar muita atenção ao que
acontece, relaxando e desligando um pouco da paisagem, simplesmente deixando que o
guia nos leve.

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3. Medos, traumas. Quebrando tabus, preconceitos e mitos sobre


incorporação de Umbanda. Transe e estado de meditação.

O MEDO DA MEDIUNIDADE DE INCORPORAÇÃO


O medo do “transe” ritual no terreiro é um dos maiores entraves para o médium
iniciante. A catarse (aquilo que é estranho à essência ou à natureza de um ser e que) que
os estados alterados de consciência causam durante o processo de incorporação, a
entrega e a passividade psíquica necessárias deveram ser conquistadas num processo
de desenvolvimento mediúnico.
O receio de perder o controle de si mesmo e o confrontos com antigos conceitos e
pré-conceitos sobre o tema devem ser esclarecidos.
A perda da consciência não costuma mais acontecer, hoje em dia existem apenas a
consciência e semi-consciência.
Existe uma alteração psicomotora, cognitiva e mental, com os sentidos psíquicos
alterados, mas ainda consciente que os Guias e espíritos de luz se utilizam para o perfeito
transe ou manifestação.
Mediunidade é algo que temos em comum com Espiritismo, por terem estudado a
fundo o fenômeno fica a recomendação de leitura das obras de Kardec e Chico Xavier.
Como sugestão, com o devido filtro, O Livro dos Médiuns (Allan Kardec), "Nos domínios
da mediunidade" e "Mecanismos da Mediunidade" Chico Xavier / André Luiz (estes livros
fazem parte da "Série Nosso Lar" de 16 Livros, todos são muito importantes como
material de estudo).
A maioria de nós tem mediunidade semiconsciente. Sendo assim, necessitamos
de um processo conhecido como desenvolvimento mediúnico. É nesse desenvolvimento
que iremos aprender a dar a passividade necessária para que os espíritos possam se
comunicar, por meio de nossa matéria.
O desenvolvimento lembra muito uma autoescola em que o veículo é nosso corpo,
nossa matéria.
Aqui no caso não iremos aprender a dirigir um carro, vamos aprender a emprestar
“nosso carro” para que um outro dirija...
Este é o período de desenvolvimento em que o médium não sabe se é ele ou se é o
guia quem está dirigindo...
Ali no desenvolvimento estão dois "mentais" presentes na condução do veículo, num
momento um conduz, e noutro o outro conduz.
Desenvolver é aprender a entregar a condução, para a grande maioria de nós esta
entrega é consciente.

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Temos aqui duas palavras-chave para o desenvolvimento da mediunidade:


CONFIANÇA na entidade que está manifestando e muita HUMILDADE para não se iludir
em acreditar estar adquirindo poderes sobrenaturais e para não pensar que seu guia é o
melhor de todos.
Incorporação mediúnica é parceria, e depende da confiança de ambas as partes para
acontecer!
Saiba que receberá entidades que têm o mesmo valor de todas as outras, e que seu
guia com certeza acatará e aceitará as normas da casa de luz que o recebeu de braços
abertos, não indo contra o que é corrente e aceito dentro daquela casa.
Tomando esses cuidados e confiando, o médium está pronto para deixar o carro ser
conduzido pela entidade, esse processo lembra ainda o período em que um adestrador e
guia leva para domar seu cavalo que, por nunca ter sido montado e viver em liberdade, é
chamado de selvagem. Domado, o cavalo está pronto a ser montado. Muitos se referem
ao médium como aparelho manipulado pela entidade. Importante é darmos a
passividade... Chega um ponto em que deixamos até de prestar muita atenção ao que
acontece, relaxando e desligando um pouco da paisagem, simplesmente deixando que o
guia nos leve.

1. Ori, coroa, cabeça.


Parte superior da cabeça onde se localiza o chracra coronário que está relacionado
ao trono da fé.

2. Deus: Pai e Mãe – tronos Divinos – Sete linhas de Umbanda


Deus está representado em nos sete tronos, ou sete raios ou sete linhas. Os sete
tronos seriam as qualidades de Deus no ativo e no passivo, positivo e negativo, Pai e
Mãe. Deus está em tudo e os orixás representam as qualidades de Deus.
Tronos: fé, conhecimento, amor, justiça, lei, evolução e geração.

3. O que é : Orixá de frente, orixá adjunto, orixá ancestral .

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ORIXÁ DE FRENTE, ADJUNTO E ANCESTRAL


Os orixás influenciam cada aspecto da vida de seus filhos, que sofrem influência
também do segundo orixá, o chamado ajunto.
Orixá de Frente é aquele que rege a atual encarnação do ser e o conduz numa
direção na qual o ser absorverá sua qualidade e a incorporará às suas faculdades,
abrindo-lhes novos campos de atuação e crescimento interno.
O Orixá de frente ou de cabeça, como é conhecido comumente, atua sobre o
racional do ser, diretamente do mental, maneira com que irá externar suas
características pela razão e sua atuação está diretamente ligada ao chakra frontal (no
meio da testa pela parte da frente da cabeça).
Orixá Adjunto é aquele que forma par com o Orixá de Frente, apassivando ou
estimulando o ser, sempre visando seu equilíbrio íntimo e crescimento interno
permanente.
O Orixá adjunto atua no emocional dos seres, externado suas caraterísticas
emocionalmente, de maneira a equilibrar o ser. Este Orixá está ligado ao mesmo chakra,
porém sua atuação se dá pela parte de traz da cabeça, que está ligada as vontades do
ser.
Muitos encontram em si qualidades de vários Orixás, o fato é que a cada
encarnação há a troca de regência dos Orixás de frente e Adjunto. E, nessa troca, os
seres vão evoluindo e desenvolvendo faculdades relativas a todos os Orixás.
A medida que vão evoluindo vão superando os aspectos negativos e aprendendo a
lidar com eles de maneira que não venham a prejudicar sua evolução.
Orixá Ancestral é aquele que nos gerou, é aquele que rege a criação de nosso Ser,
é aquele que irá nos acompanhar por todas as encarnações.

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