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Umbanda, quem és?

- Quem sou? É difícil determinar.


Sou a fuga para alguns, a coragem para outros.
Sou o tambor que ecoa nos terreiros, trazendo o
som das selvas e das senzalas.
Sou o cântico que chama ao convívio seres de outros planos.
Sou a senzala do Preto Velho, a ocara do Bugre, a cerimônia do Pajé, a encruzilhada
do Exu, o jardim da Ibejada, o nirvana do Indu e o céu dos Orixás.
Sou o café amargo e o cachimbo do Preto Velho, o charuto do Caboclo e do Exu; o
cigarro da Pombagira e o doce do Ibejê.
Sou a gargalhada da Rosa Caveira do Cruzeiro das Almas, o requebro da Maria
Padilha das Almas, a seriedade do Seu Marabô. Sou o sorriso e a meiguice de Maria
Congá de Aruanda e de Pai José de Aruanda; a traquinada de Mariazinha da Praia,
Risotinho, Joãozinho da Mata e a sabedoria do Caboclo Tupinambá.
Sou o fluído que se desprende das mãos do médium levando a saúde e a paz.
Sou o isolamento dos orientais onde o mantra se mistura ao perfume suave do
incenso.
Sou o Templo dos sinceros e o teatro dos atores.
Sou livre. Não tenho Papas.
Sou determinada e forte.
Minhas forças?
Elas estão no homem que sofre e que clama por piedade, por amor, por caridade.
Minhas forças estão nas entidades espirituais que me utilizam para seu crescimento.
Estão nos elementos. Na água, na terra, no fogo e no ar; na pemba, na tuia, no
mandala do ponto riscado.
Estão finalmente na tua crença, na tua Fé, que é o elemento mais importante na minha
alquimia.
Minhas forças estão em ti, no teu interior, lá no fundo, na última partícula da tua
mente, onde te ligas ao Criador.
Quem sou?
Sou a humildade, mas cresço quando combatida.
Sou a prece, a magia, o ensinamento milenar, sou cultura.
Sou o mistério, o segredo, sou o amor e a esperança.
Sou a cura. Sou de ti.
Sou de Deus.
Sou Umbanda. Só isso. Sou Umbanda., q.
"

Trabalhar o mal que há dentro de si, todos têm um lado negativo dentro de si, mas é preciso
trabalhar este lado, usá-lo como aprendizado, como porta para se conquistar os conceitos do
bem. O ser humano tem escolha: Alimentar o mal que reside dentro dele ou o bem que
também reside dentro dele, a partir do momento que esta escolha for feita e principalmente
se foi em escolher pelo mal é preciso absoluta consciência de quem foi alimentado e quem
crescerá ao seu lado, seja no mínimo idôneo em assumir o mal que alimentou um dia, para
que não pergunte de forma demagoga a Deus o porque de tantos tormentos, pois a resposta
estará dentro de ti, alimentada e bem sustentada!

*Uma forma segura sem erro de se saber realmente se estão ou não pisando em um
terreiro de umbanda é:*

* Não existe cobrança para consultas e nem atendimentos.


* A prática da caridade sem interesse.
* Não existe alimento do ego, orgulho, vaidade, luxúria. Tudo é simplicidade e humildade.
* Não existe trabalhos de amarração de nenhuma espécie.
* Os espíritos que nela trabalham não usam a bebida e cigarro para alimento de seus
prazeres, a bebida e fumo são usados apenas como instrumento de trabalho onde utilizam
destes elementos para desagregar energias negativas em seus médiuns e assistência.
Caía fora se ver entidade bebendo horrores e fumando horrores. Com certeza não há
espírito de luz ali.
* A conduta ética, moral dentro da umbanda é a sua identidade que começa desde o
dirigente até o mais novato da casa.
* A umbanda sempre será sincrética e cristã. Independente de sua vertente. Umas
poderão ser mais africanizadas mas terão como base o evangelho de Jesus.

Veja abaixo algumas DIFERENÇAS entre Candomblé e Umbanda:

1 – Origem. Candomblé é um culto afro-brasileiro, Umbanda é uma religião genuinamente


brasileira (agrega influências dos cultos africanos, porém incorpora outras crenças
também, evocando o aspecto miscigenado do país).
2 – Orixás. Mesmo sendo duas religiões que mantém o culto aos Orixás, cada uma trata
de uma forma diferente esse culto. Orixá na Umbanda é um mistério de Deus, para o
Candomblé Orixás são ancestrais divinificados, considerados Deuses da natureza.

3 – Espíritos. Umbanda reconhece nas entidades de trabalho (espíritos de pessoas que


desencarnaram e ao transcender atingiram o grau de mestres espirituais, que voltam à
terra (por meio da incorporação do médium) para prática da caridade. No Candomblé mais
tradicional, espírito humano que volta à terra para a manifestação por meio de alguém
encarnado é um Egun, espécie de alma penada.

4 – Assistência. No Candomblé o atendimento das pessoas é feito por meio da consulta de


búzios, já na Umbanda o passe – benção/limpeza espiritual – e a conversa com os
espíritos através dos médiuns incorporados durante a gira, é a maneira mais comum dos
visitantes do terreiro se relacionarem com a espiritualidade.

5 – Transe X Incorporação. No Candomblé (mais ortodoxo) espírito humano (Egun) não


pode se manifestar e o transe acontece no Ori (cabeça da pessoa). Nessa ritualística a
manifestação acontece de dentro para fora e se dá com seu Orixá pessoal, que vem para
se apresentar e dançar ao som dos atabaques. De uma maneira geral o candomblecista
não tem como prática a incorporação e a mediunidade portanto, não é um precedente
dessa religião.

6 – Esquerda. Exu na Umbanda é um espírito desencarnado que remete a figura do


guardião. No Candomblé Exu é Orixá.

7 – Abate de animais. Na Umbanda não se tem como prática litúrgica abate religioso de
animais, no Candomblé em determinadas datas do ano acontece as festas dos Orixás,
onde os animais serão abatidos para servir a mesa dos filhos da casa e da comunidade
que frequenta o Ilê, ademais o sangue e vísceras nãoutilizados para consumo são
oferecidos para os Orixás.

8 – Sincretismo Religioso. A Umbanda assume o sincretismo com a Pajelança do índio,


com o culto aos Orixás do negro africano e com a vertente Católica dos europeus. Já o
Candomblé em suas maiores expressões tem como premissa o movimento de retirada dos
santos católicos dos Ilês, em decorrência dos acontecimentos históricos no período da
escravidão, onde movimentos de catequisação e opressão da fé africana aconteciam
veementemente no país.
9 – Ilês e Terreiros. A estrutura física dos Ilês (casa de culto do Candomblé) se difere em
muito do terreiro umbandista. No Candomblé não é característico como na Umbanda a
presença da estrutura do altar por exemplo. Na forma mais tradicional o ilê é um salão
espaçoso, que podem ser encontrados em formato de círculo, onde no centro
encontramos um pilar, chamado de ‘Ari Axé’, nesse espaço acontece as festas públicas,
onde os filhos de santo em transe com os Orixás se apresentam para toda a comunidade.
Além disso, para os Orixás, existem também os quartos, chamados pelos adeptos de
‘pejis’.

Lá se encontram os assentamentos e é também, onde os filhos de santo em preparação


permanecem durante suas iniciações. O terreiro de Umbanda além do altar já colocado no
início do tópico, é comum que se tenha uma fonte/cachoeira e assentamentos com
imagens de Santos, Orixás e entidades. Normalmente é de frente para o Congá (altar) que
as cadeiras estarão posicionadas, onde a corrente mediúnica e sacerdote se encontram
para palestra pública e atendimento.

10 – Iniciação. No Candomblé diz-se sobre a iniciação “dar obrigação”. Esse é o momento


que a pessoa reconhecida (normalmente pelo jogo de búzios) para ocupar algum cargo no
terreiro, escolhe se vai querer ser iniciada ou não. Na Umbanda nós chamamos o preparo
do novo médium, cambone ou ogã, de desenvolvimento mediúnico e a forma que ele
acontece pode variar de terreiro para terreiro, normalmente apresenta-se e abre à esses,
os mistérios dos Sagrados Orixás à qual a casa cultua.

No Candomblé a iniciação normalmente implica na vivência e na reclusa (dias, semanas


ou meses) desse filho para prática e aprendizado de atividades desenvolvidas no terreiro
(cantos, comidas dos Orixás, rezas, mitos, saudações e etc). O filho de axé irá passar por
esse processo outras vezes, assim que a iniciação tenha completado 1 ano, depois 3
anos, 5 anos e por fim 7 anos.

11 – Hierarquia. No Candomblé, antiguidade é posto, por isso os mais velhos da religião


são reverenciados pelos mais novos, esse tempo é contado pelo tempo de iniciação
(comentado acima) da pessoa. Pode ser que uma pessoa de 20 anos seja
hierarquicamente mais velha que uma de 50. Na Umbanda as hierarquias só acontecem
entre os cargos, por exemplo o primeiro cargo de um terreiro é o Pai de Santo, seguido
pelos Ogãs, Cambones e Médiuns.

12 – Candomblecista e Umbandista. Na Umbanda todo mundo que frequenta um terreiro e


vive seus princípios em sua vida é umbandista. No Candomblé todo mundo é filho de
santo, mas somente os iniciados são do Candomblé.
13 – Vida pós morte. No Candomblé assim como na Umbanda, na medida de suas
diferenças de interpretações, acredita-se no retorno do espírito para a terra após a morte.
A reencarnação no Candomblé interage com o culto aos Egunguns (ancestrais) e não tem
um objetivo fundamental para que aconteça. Para o candomblecista o retorno se dá pelo
fato que a vida em terra é boa. Na Umbanda cada vida é uma oportunidade de
aprendermos e evoluirmos, para que ao transcender possamos passar para outro estágio
de forma de vida.

14 – Vestimentas. Tanto na Umbanda quanto no Candomblé, o uso do branco é algo muito


presente, entretanto, para o Umbandista tem-se o uniforme que pode ser no modelo de
saia e camiseta branca ou calça e camiseta branca, variando para o uso de vermelho e/ou
preto nas giras de Exu e Pombagira, ademais haverá terreiro em que as entidades usam
elementos como capas, cartolas, lenços e etc, mas o uniforme padrão ainda continua
sobreposto e isso já é algo que existia na Tenda Nossa Senhora da Piedade, considerada
a primeira casa de Umbanda.

Já no Candomblé o uso de adornos (balangandãs), roupas específicas para cada Orixá


sempre trazendo muita cor e brilho, pinturas no corpo e rosto é algo da tradição. Nessa
crença, para se ter poder é preciso estar Odara. Odara na língua iorubá é o bom e o bonito
em uma mesma conjunção.

15 – Elementos. No terreiro de Umbanda é comum o uso de objetos magísticos e


sagrados, onde alguns deles como os búzios, as contas e guias, ervas, sementes, raízes,
otás (pedras), instrumentos remontam a estruturas da ritualística africana, presente no
Candomblé, entretanto em cada uma dessas vertentes utilizam essas objetos com um
fundamento.

16 – Atabaque. No Candomblé sem música o Orixá não vem em terra, a presença do


tambor é algo extremamente importante para o ritual de transe dos Orixás. Na Umbanda
haverão casas que se utilizam dos atabaques para o toque dos chamados pontos de
Umbanda, que também são diferentes dos cânticos africanos aos Orixás do Candomblé
normalmente entoados na língua africana que aquele ilê tem como vertente.

No terreiro de Zélio Fernandino de Morais, fundador da Umbanda, por exemplo, não se


fazia o uso do atabaque e os pontos eram entoados somente acompanhados pelo vocal
dos médiuns e assistência, entretanto hoje a maioria dos terreiros umbandistas adotam os
instrumentos.
Cada uma dessas religiões possui suas fundamentações, ritos e estrutura religiosa
específica e que diferem (e muito!) entre si. É disso que a professora, doutora e ekedi do
Ilê Axé Iemojá Orukoré Ogum – Casa das Águas, trata no estudo sobre o Candomblé e
sua vasta tradição por meio da plataforma Umbanda EAD.

Ser médium é:

Ser dono de suas obrigações e de suas responsabilidades.


É dividir com o próximo o dom que se manifesta em você de forma natural.
É fazer pelo próximo muitas vezes aquilo que você não consegue fazer por si mesmo.
É ser alívio para as horas de dor. É ser amparo para os desesperados.
É ser caminho para os perdidos. É ser telhado para os desabrigados.
É ser luz no meio das trevas. É ser trevas em busca de luz.
É ser único no meio da multidão. É ser multidão em busca do Um.
É perder para ganhar. É ganhar para perder.
É sorrir com vontade de chorar. É chorar sorrindo.
É gritar no meio do silêncio. É fazer silêncio gritando.
É ser espinho a procura de uma rosa. É ser uma rosa sem espinho.
É pedir ajuda ajudando o próximo É pedir ajuda sem ser ajudado pelo próximo.
É ser o próximo sem ser ajudado por ninguém. É ser ninguém no meio da dor, da raiva e
do ódio
É ser ninguém pelo trabalho de alguém.
E mesmo sendo ninguém é fazer parte da criação se portando como um bem divino que
mesmo não tendo nada, que mesmo não sentindo nada, que mesmo não pedindo nada,
que mesmo não ganhando nada, ainda pede pelo próximo
Ainda sente pelo próximo e nada ganha pelo próximo
Sendo tudo isso, nada sou, nada sinto e nada tenho pois me chamo médium.
Vivo com a cabeça na luz e os pés nas trevas.
Abiã é toda pessoa que entra para a religião do candomblé, sendo também chamado de filho
de santo, após ter passado pelo ritual de lavagem de fio de contas e o ebori. Poderá ser
iniciada ou não, vai depender de o orixá pedir a iniciação. Só deixará de ser abiã quando for
iniciada, passando a ser, então, um iaô.

SOU ABIAN. QUAL A MINHA FUNÇÃO NO AXÉ?

O termo abian significa: “aquele que começa um novo caminho”. Ou seja, o abian é uma
pessoa que está começando um novo aprendizado, e uma nova vida espiritual. Esse é um
momento de suma importância, pois, é nesse período que aquele noviço ou recém chegado
tem contato com os já iniciados, passando a observar os vários comportamentos e
desempenhar também várias tarefas, sem exercer responsabilidades nos fundamentos
sigilosos da religião. Enquanto Abiã, a pessoa pode escolher se é realmente esse caminho que
deseja seguir em relação a religião, e esse período pode levar dias, meses e até anos.

O frequentador exclusivamente das festas de candomblé chama-se Lemó-mú (palavra em


yorubá), e nada tem a ver com Abian. E por isso, Abian é toda pessoa que entra para a religião
do Candomblé, depois de fazer uma consulta através dos búzios com o sacerdote/ babalorixá,
e após ter passado pelo ritual de lavagem de fio de contas ou o ebori/ borí. Poderá ser iniciada
ou não, vai depender do orixá pedir a iniciação. Só deixará de ser abian quando for iniciada,
sendo então um yawo, ekede ou ogã.

O Abian tem suas funções na casa relacionadas à limpeza e manutenção, salvo se for um Abian
antigo e de confiança poderá exercer outras funções designadas pelo sacerdote. Essa fase é
muito importante para se aprender vendo, ouvindo e observando. Lembre-se que saber ouvir
é a melhor maneira de aprender.

A vivência no axé, a disciplina, a observação do comportamento dos mais velhos, ser


verdadeiro com seus sentimentos para com o Orixá, estar despojado de vaidades, e entender
que o mais importante não é fazer o santo, e sim saber o porquê de se iniciar para o axé. Não
há pressa para iniciação, pois Orixá entende e nos concede essa oportunidade de
aperfeiçoamento e adaptação, salvo as raras exceções. Ser um bom Abian é estar se
preparando para o futuro.

Manual Do Bom Filho De Santo –"O Yao - Iao" . Conhecimentos Do Candomblé, Cultura,
Devoção, Respeito Ao Orixá E A Si Próprio.

O manual do bom filho de santo não é só para os iniciados, pois a palavra Iaô (yawo) signfica
esposa, um filho de santo é yawo até seus 7 anos de obrigação paga dentro do Candomblé(isso
é ele tem que tomar a obrigação de sete anos para deixar de ser um Iaô e se tornar um Ebomi,
dai ele poderá deixar de comprir várias obrigações de um yawo (novo de santo), pois deixou de
ser uma criança na casa, e exercendo um grau acima, podendo até em alguns casos abrir seu
próprio barracão (terreiro, Ilê axé, casa de santo, barracão), se tornando um babalorixá (pai de
santo), se no caso ele tiver um cargo de santo (carma espiritual que implica em cuidar de
outros filhos de santo). Então vamos ao que interessa, esse texto sobre a conduta do filho de
santo dentro de uma casa é muito importante para o equilíbrio da própria, pois uma casa Orixá
não tem prosperidade se não houver respeito e designação das hierarquias (1º Pai de santo, 2º
ekeji, ogan, 3º Ebomi, 4º filhos de santo (yawo, abian), etc.).

Gostaria muito que os Omo orixá (filhos de santo) já iniciados dessem uma lida no conteúdo
abaixo, pois será de grande proveito, e os que estão querendo se iniciar dentro da Religião
tanto do Candomblé quanto da Umbanda leiam com atenção o que é uma vida de devoção e
respeito ao seu Orixá, o Orixá do Pai de santo, seu Ori (sua cabeça) e os demais postos dentro
do Ilê axé (casa de santo).

MANUAL DO YAO - DO BOM FILHO DE SANTO. (elegun”feito de Orixá), abian (sem obrigação,
cabeça virgem)

Tudo aquilo que nosso Orixá rejeita por qualquer motivo peculiar, que por vezes
desconhecemos. Existem quizilas da própria Nação e as de Cada Orixá.

Seguindo este preceito, só dependerá de você ter uma vida melhor consigo mesmo e com os
de mais que lhe rodeia.

As principais são:

O Yawo ao chegar ao barracão, o procedimento correto é:

a) Amarrar um pano no peito (mulheres);

b) Ir direto para a cozinha beber um copo de água para esfriar o corpo da rua, sem fazer
paradas, não falar com ninguém para bater - papo e colocar a fofoca em dia;

c) Tomar seu banho e ir trocar de roupa;

d) Bater cabeça no axé, na porta do quarto de santo e pro pai de santo;

e) Tomar a benção a TODOS os seus irmãos, sendo mais velhos e mais novos, de acordo com a
ordem iniciática. Agora sim, caso não haja nada em que se possa ajudar (muito embora seja
impossível, pois em uma casa de santo sempre tem algo a ser feito), depois pode ir colocar seu
tricô em dia.

O Yawo se dormir no Terreiro deve levantar antes do sol nascer ou junto com o
nascer do sol.

O Iaô ao levantar não deve falar com ninguém, deve antes lavar seu rosto e boca, isso é para
apagar os vestígios ou traços espirituais que eventualmente

tivesse vindo rondá-lo durante a noite a fim de colher nos seus lábios o mingau das almas
numa possível alimentação.

O Yaô não deve falar mal e nem dar ouvidos aos que ensaie uma conversa contra a casa de
santo ou seus sacerdotes e sim enaltecer para agradar as forças

de sua fonte.

O Yawô não deve ocultar coisas que venha trazer prejuízo para a casa de Santo, deve expor o
fato em tom normal sem demonstração de disse-me-disse.

O Yawo não de ouvir maldade e sim enaltecer sua casa.

O Yawo não deve fumar na frente de Seu Zelador, e dos mas velhos que visite sua casa.

O Yawo nunca fica de pé em frente ao Pai de Santo e sim agachado, com a cabeça baixa.

O Yawo nunca interrompe o Zelador quando estiver conversando com alguém.

Quando tiver visita no barracão (egbomis, ekedes, ogãs, zeladores), seja em dia de festa ou em
dia corriqueiro, é de bom-tom que os filhos se abaixem próximo a ele para dirigir a palavra. Ai
então disser AGÔ (Licença) e esperar ele dizer AGÔ YA. E de cabeça baixa, falar com ele em
tom de voz baixa.

O Yawo não deve se portar de maneira desairosa no terreiro, por que do seu comportamento
decorre a divulgação e o bom nome da casa.

O Yawo não deve falar mal da casa de santo (nem sua nem dos outros) e nem de seus
componentes, isso provocaria a irá do ORIXA e trás a certeza de um pagamento futuro, a EXU a
EGUN e as forças da natureza.

O Yawo não deve passar pelo seu pai de santo com a cabeça erguida, e sim um pouco curvado
para frente.

O yawo só pode sentar em Apoti (Banquinho) mediante a autorização do seu Zelador.


(Somente raspados podem sentar em apoti)

O Yawo não deve deixar dormir roupa em corda (pois Eguns a noite faz dela sua morada)

O Yawo não deve sentar em soleira de porta.


O Yawo não deve passar embaixo de corda que tenha roupa intima, roupa de baixo, mesmo
que estas sejam suas.

Yawo não passa embaixo de escada.

O Yawo não deve pegar sou de Meio-dia, mesmo com cabeça coberta.

O Yawo não deve varrer a casa dos fundos para frente e sim da frente para os fundos.

O Yawo não deve verter (Urinar) ou defecar, em rios, lagos, dentro de de água, poço ou
cachoeira (locais Sagrados).

O Yawo não deve defecar em mato, em cima de plantas votivas.

O yawo não deve cuspir em água de espécie alguma.

O Yawo deve esta com seu contra-egun toda vez que for ao barracão.

O Yawo deve sempre esta com O Ojá ( pano de cabeça) em sua cabeça.

O Yawo não deve entrar em cemitério, só em casos muito especiais, assim mesmo com a
cabeça coberta. E somente com a permissão de seu Zelador.

O Yawo não deve entrar em Igreja, hospital, matadouro, etc, só em casos especiais, assim
mesmo com a cabeça coberta. Somente com a permissão de seu Zelador.

O Yawo não deve ir a praia (Banho de Mar ± areia, calçada, beira de praia, beira de mar, casa
de praia), sem ter suas obrigações em dia. E somente com a permissão de seu Zelador.

O Yawo não carrega embrulho na cabeça.

O Yawo não deve ser descortês, nem mesmo entre os irmãos do terreiro e com visitantes, e
sim bastante paciente e educado.

O yawo não deve impor seus desejos, nem mesmo entre os irmão de barco, seus desejos ou
vontades serão discutidos.

O yawo não deve faltar com educação e cortesia para com todos aqueles que nos batem a
porta, seja ele conhecido ou não.
O Yawo não deve tornar publico as coisas que delas participarem em caráter de segredo na
casa de santo.

O Yawo não deve menosprezar os outros e nem se colocar em falso pedestal de auto
suficiente, e sim ser humilde.

O YAWO nunca, jamais, em tempo ou hipótese alguma, seja no seu barracão ou no barracão
do alheio, deve-se sentar na mesma altura que o seu pai de santo.

Ele já passou por vários sacrifícios para estar sentado confortavelmente ali.

Você ainda está no meio do caminho. Portanto, pra que querer sentar aonde você não
alcança? Mesmo que o dono da casa chame , cabe a você recusar

Yawo e abian não bebem nenhum líquido em copo de vidro dentro de seu barracão ou no
barracão do alheio. Deve-se esperar o bom e velho copinho de plástico ou então a conhecida
DILONGA, BAN ou CANEQUINHA DE ÁGHATA, como você preferir chamar. Copo de vidro só
quem tem direito é egbomi, ekede, ogan e zelador…

Terminou seu ajeum (comer)? Pegue seu pratinho e sua canequinha, Pegue seu pratinho e sua
canequinha, Não cai a mão e nem coça, sabia? Infelizmente ainda não

possuímos uma empregada que possa cuidar da limpeza geral enquanto nós descansamos.

Como dissemos no item anterior, não temos uma empregada para limpar tudo.

Portanto, cada um deve se conscientizar e fazer a sua parte. Ficar protelando, esperando que
algum irmão de santo se encha da bagunça e vá arrumar por você não tem cabimento. Cada
um fazendo um pouco fica mais fácil e rápido.

Resolveu visitar o pai de santo? Que maravilha! Ele adorará sua visita, ainda mais se você vier
com uma modesta colaboração para o ajeum, pois como é do

conhecimento de todos, o pai de santo não tem obrigação de alimentar todo mundo. Madre
Teresa de Calcutá já morreu, e definitivamente, ela não vira na

cabeça do pai de santo.


Você trabalhou feito a escrava Isaura e se cansou? Acabou de fazer todo o serviço? Bem,
agora você pode pegar o seu maravilhoso APOTÍ e confortavelmente sentar-se nele. Como
dissemos no item 5, cadeiras, sendo com ou sem braço, só ebomis, ekedes, ogãs ou zeladores
que podem sentar. Existe uma variável do APOTI, que é a famosa ESTEIRA. Nela você pode se
sentar, se espichar e até relaxar seus ossos.

Em sua casa, quando você faz uma comemoração qualquer e é servida uma refeição, você sai
atacando o ajeum na frente de seus convidados? Acreditamos que não, né? Portanto, na casa
de santo é igual. Antes os mais velhos devem se servir, pra só depois os abians e yawos se
servirem. Isso é mais que uma regra é etiqueta. E você não vai querer ser um deselegante, não
é? Lembre-se: Estão sempre observando você...

As emprestadas? Pois é, o pai de santo também não gosta. Portanto, que tal comprar um
belíssimo tecido de lençol e fazer uma baiana de ração básica pro dia-a-dia? Não sai caro e fica
uma gracinha. E você finalmente pára de pegar a roupa do alheio emprestado. Não é
maravilhoso? Todos na casa contentes efelizes com suas devidas roupas.

Quem traz dinheiro para o sustento da casa? Você é que não é. Portanto, trate muitos bem os
clientes que vão para jogar ou se consultar, pois é deles que vem boa parte do dinheiro dali.
Sorrir sempre e servir um copinho de café ou de água gelada não matam ninguém. Que tal
tentar?

E vai rolar a festa! O povo do kétu, do jeje, da angola e até da umbanda já mandou avisar e
convidar. Mas, e o dinheiro para comprar o ajeum e o otí do povo? Com certeza o Carrefour
não irá mandar as coisas de graça para o barracão, nem o Mercadão de Madureira tão pouco
irá dar os bichos e todo o

material restante. Portanto, que tal se todos coçassem o bolso um pouco e ajudassem?

Você acha que só por este local ser uma casa de santo, a Electro, a CEG e a Sabesp irão
fornecer água, luz e gás de graça? É claro que não. Portanto,contribua sempre com a sua
módica mensalidade. Economizar um pouco na Skol e no cigarro no final de semana já irá
ajudar muito no barracão.

O mundo está em guerra, existe muita gente por aí passando fome. Portanto, por que
desperdiçar comida? Fazer a quantidade exata só para quem trabalhou dignamente e
contribuiu com este maravilhoso ajeum é o coerente, pois você não está no programa da Ana
Maria Braga para comer de graça. Por falar em Ana Maria Braga, lembre-se que você não é o
Louro José para dar palpites no barracão. Se você tem alguma sugestão, leve-a antes ao pai de
santo. Espalhar a corrupção sobre a Terra era coisa da novela Mexicana.
Ficou cansado depois da festa? Nada de ir pegando sua bolsa e ir saindo de fininho. Lembre-se
da limpeza do barracão.

Roda de candomblé, seja em sua casa ou na casa do alheio, não é lugar de ficar de cochicho e
risinhos irônicos e não tão pouco paquerando.. Se você querfuxicar, vá para um botequim.

Anágua encardida, só se for depois da festa do candomblé. Antes, NUNCA, JAMAIS, NEM
PENSAR! Devem ser brancas como a neve, salve anágua de ráfiaou entretela.

Você, irmãozinho, que vê o mundo cor de rosa-choque com bolinhas amarelas, deve deixar
esta sua visão progressiva e moderna do lado de fora do barracão.

Ali dentro você tem que ver tudo branco. O mesmo vale para as coleguinhas que vêem tudo
azulzinho. Casa de orixá é para louvar e cuidar do Orixá, e não para arrumar casório.

Vai rolar um churrasquinho de gato na casa do seu coleguinha no meio da semana, no mesmo
dia de função do barracão? Então, peça para ele guardaruma garrinha de carne para você e
venha cumprir suas obrigações junto a seus irmãos.

Se sua irmã de santo tem uma baiana mais humilde do que a sua, nada de ficar xoxando.
Lembre-se, o mundo dá voltas e o feitiço pode virar contra o feiticeiro.

Amanhã pode ser você com uma baiana de chita e ela com uma belíssima saia de rechilieu.

Caso assista fora do seu barracão a algo diferente do que ocorre em sua casa, nada de ficar
xoxando e chamando de marmoteiro. Você não é o dono da verdade e nem ninguém o é. O
que pode parecer maluquice pra você, pode não ser pro próximo. Não é errado, é diferente de
sua casa. Além do mais,

comentários sempre são feitos depois. Vai que tem alguém conhecido escutando?

Ninguém tem mais ou menos santo que ninguém. Isso é regra. Sempre.

Respeito é bom e conserva os dentes. Portanto, deve-se pensar duas vezes antes de envolver
o pai de santo e irmãos mais velhos em determinadas brincadeiras de mau-gosto. Apelidos e
avacalhações são da porta do barracão pra fora. Além do mais, a próxima vítima pode ser
você.
Roupa de barracão é saia comprida, camisú e pano da costa. Shortinhos e topsdevem ser
usados somente pra ir ao baile funk.

Sempre que for servir algum mais velho de santo, deve-se levar o pedido numa bandeja ou
prato e abaixar-se para servir. Sempre que for servir algum mais velho de santo, deve-se levar
o pedido numa bandeja ou prato e abaixar-se para servir.

Benção foi feita para ser trocada. Sempre que você pede a benção, você está na realidade
pedindo a bênção ao Orixá da pessoa, e não a ela própria. Portanto,todos devem trocar a
benção, mais velhos com mais novos e vice-versa.

Quando você estiver em uma roda de pessoas dentro da sua casa de santo ou de outro
barracão qualquer, abaixe o seu ori e peça a benção até o periquito queestiver chegando, você
não sabe quem é ele e ele pode ser bem mais velho que você, um tio de santo ou qualquer
outro egbomi, é preferível você pedir a benção a alguém mais novo do que errar passando por
cima dos mais velhos.

Lembre -se que para nosso Zelador (a) seremos sempre YAO.(Como para nossa Mãe carnal,
seremos sempre crianças).

OS DEZ MANDAMENTOS DOS FILHOS DE SANTOS OU YAWÔS

1- Seja abiãn o maior tempo possível. Isto aumentará suas certezas e diminuirão riscos e erros.

2- Não escolha a casa pela aparência ou pelo status que ela tenha ou pode lhe dar. Às vezes, a
embalagem impressiona, mas o conteúdo é frustrante.

3- Não faça Santo porque acha bonito, porque seus amigos fizeram ou porque você acha que
sua vida vai melhorar. Faça porque seu coração e sua consciência mandaram.

4- Não apresse o tempo. Na Umbanda e no Candomblé tudo tem sua hora e o momento certo
pra acontecer.
5- Respeite a hierarquia. A Umbanda e o Candomblé chegou até aqui graças a ela.

6- Respeite, honre e seja fiel ao seu axé.

7- Não fale mal de pessoas e nem de outras casas. Nada e nem ninguém é perfeito, inclusive
você.

8- Seja sempre humilde e educado e trate a todos da mesma forma que gostaria de ser
tratado.

9- A Umbanda e o Candomblé é uma religião que exige presença, dedicação e sacrifícios. Se


você não pode dar os três ao mesmo tempo, não entre para a religião.

10- Cuide e zele pelo patrimônio do seu axé como se fosse a sua casa.

FILHOS DE ONICOJÍ...PRESTEM ATENÇÃO NO ESCRITO ABAIXO.

MANUAL DO YAWÔ - DO BOM FILHO DE SANTO. (elegun”feito de Orixá), abian (sem obrigação,
cabeça virgem)

Tudo aquilo que nosso Orixá rejeita por qualquer motivo peculiar, que por vezes
desconhecemos. Existem quizilas da própria Nação e as de Cada Orixá.

Seguindo este preceito, só dependerá de você ter uma vida melhor consigo mesmo e com os
de mais que lhe rodeia.

As principais são:

O Filho de Santo ou Yao ao chegar ao Templo, o procedimento correto é:

a) Amarrar um pano no peito (mulheres);

b) Ir direto para a cozinha beber um copo de água para esfriar o corpo da rua, sem fazer
paradas, não falar com ninguém para bater - papo e colocar a fofoca em dia;

c) Ter tomado o seu banho de defesa e ir trocar sua roupa;

d) Saudar Exú e o Orixá chefe da casa, bater cabeça no Peji, e pro pai(s) ou zelador(es) da casa;
e) Tomar a benção a TODOS os seus irmãos, sendo mais velhos e mais novos, de acordo com a
ordem iniciática. Agora sim, caso não haja nada em que se possa ajudar (muito embora seja
impossível, pois em uma casa de santo sempre tem algo a ser feito), depois pode ir colocar seu
tricô em dia.

O Filho de Santo ou Yaô se vai dormir no Terreiro deve levantar antes do sol nascer ou junto
com o nascer do sol.

O Filho de Santo ou Yaô ao se levantar não deve falar com ninguém, deve antes lavar seu rosto
e boca, isso é para apagar os vestígios ou traços espirituais que eventualmente tivesse vindo
rondá-lo durante a noite a fim de colher nos seus lábios o mingau das almas numa possível
alimentação.

O Filho de Santo ou Yaô não deve falar mal e nem dar ouvidos aos que ensaie uma conversa
contra a casa de santo ou seus sacerdotes e sim enaltecer para agradar as forças de sua fonte.

O Filho de Santo ou Yaô não deve ocultar coisas que venha trazer prejuízo para a casa de
Santo, deve expor o fato em tom normal sem demonstração de disse-me-disse.

O Filho de Santo ou Yao não deve ouvir maldade e sim enaltecer sua casa.

O Filho de Santo ou Yao não deve fumar na frente de Seu Zelador, e dos mas velhos que visite
sua casa.

O Filho de Santo ou Yao nunca fica de pé em frente ao Pai de Santo e sim agachado, com a
cabeça baixa.

O Filho de Santo ou Yao nunca interrompe o Zelador quando estiver conversando com alguém.

Quando tiver visita no Templo ou Barracão (egbomis, ekedes, ogãs, zeladores), seja em dia de
festa ou em dia corriqueiro, é de bom-tom que os filhos se abaixem próximo a ele para dirigir a
palavra. Ai então disser AGÔ (Licença) e esperar ele dizer AGÔ YA. E de cabeça baixa, falar com
ele em tom de voz baixa.

O Filho de Santo ou Yao não deve se portar de maneira desairosa no terreiro, por que do seu
comportamento decorre a divulgação e o bom nome da casa.

O Filho de Santo ou Yao não deve falar mal da casa de santo (nem sua nem dos outros) e nem
de seus componentes, isso provocaria a ira do ORIXA e trás a certeza de um pagamento futuro,
a EXU a EGUN e as forças da natureza.

O Filho de Santo ou Yao não deve passar pelo seu pai de santo com a cabeça erguida, e sim um
pouco curvado para frente.

O Filho de Santo ou Yao só pode sentar em Apoti (Banquinho) mediante a autorização do seu
Zelador. (Somente filhos que cumpriram suas etapas espirituais podem sentar em apoti)

O Filho de Santo ou Yawo não deve deixar dormir roupa em varal (pois Eguns a noite faz dela
sua morada)

O Filho de Santo ou Yao não deve sentar em soleira de porta.

O Filho de Santo ou Yao não deve passar embaixo de varal que tenha roupa intima, roupa de
baixo, mesmo que estas sejam suas.
Filho de Santo ou Yao não passa embaixo de escada.

O Filho de Santo ou Yao não deve pegar sol de Meio-dia, mesmo com cabeça coberta.

O Filho de Santo ou Yao não deve varrer a casa dos fundos para frente e sim da frente para os
fundos.

O Filho de Santo ou Yao não deve verter (Urinar) ou defecar, em rios, lagos, dentro de água,
poço ou cachoeira (locais Sagrados).

O Filho de Santo ou Yao não deve defecar em mato, em cima de plantas votivas.

O Filho de Santo ou Yao não deve cuspir em água de espécie alguma.

O Filho de Santo ou Yao deve sempre estar com o Ojá ou Alá ( pano de cabeça) em sua cabeça.

O Filho de Santo ou Yao não deve entrar em cemitério, só em casos muito especiais, assim
mesmo com a cabeça coberta. E somente com a permissão de seu Zelador.

O Filho de Santo ou Yao não deve entrar em Igreja, hospital, matadouro, etc, só em casos
especiais, assim mesmo com a cabeça coberta. Somente com a permissão de seu Zelador.

O Filho de Santo ou Yao não deve ir a praia (Banho de Mar, areia, calçada, beira de praia, beira
de mar, casa de praia), sem ter suas obrigações em dia. E somente com a permissão de seu
Zelador.

O Filho de Santo ou Yao não carrega embrulho na cabeça.

O Filho de Santo ou Yao não deve ser descortês, nem mesmo entre os irmãos do terreiro e
com visitantes, e sim bastante paciente e educado.

O Filho de Santo ou Yawo não deve impor seus desejos, nem mesmo entre os irmãos de barco,
seus desejos ou vontades serão discutidos.

O Filho de Santo ou Yao não deve faltar com educação e cortesia para com todos aqueles que
nos batem a porta, seja ele conhecido ou não.

O Filho de Santo ou Yawo não deve tornar publico as coisas que delas participarem em caráter
de segredo na casa de santo.

O Filho de Santo ou Yao não deve menosprezar os outros e nem se colocar em falso pedestal
de auto suficiente, e sim ser humilde.

O Filho de Santo ouYao nunca, jamais, em tempo ou hipótese alguma, seja no seu Templo ou
barracão ou no barracão do alheio, deve-se sentar na mesma altura que o seu Zelador.

Ele já passou por vários sacrifícios para estar sentado confortavelmente ali.

Você ainda está no meio do caminho. Portanto, pra que querer sentar aonde você não
alcança? Mesmo que o dono da casa chame , cabe a voce recusar

Filho de Santo ou Yao e abian não bebem nenhum líquido em copo de vidro dentro de seu
Templo ou no barracão do alheio. Deve-se esperar o bom e velho copinho de

plástico ou então a conhecida DILONGA, BAN ou CANEQUINHA DE ÁGHATA, como você


preferir chamar. Copo de vidro só quem tem direito é egbomi, ekede, ogan e zelador…
Terminou seu ajeum? Pegar seu pratinho e sua canequinha, não cai a mão e nem coça, sabia?
Infelizmente ainda não possuímos uma empregada que possa cuidar da limpeza geral
enquanto nós descansamos.

Como dissemos no item anterior, não temos uma empregada para limpar tudo.

Portanto, cada um deve se conscientizar e fazer a sua parte. Ficar protelando, esperando que
algum irmão de santo se encha da bagunça e vá arrumar por você não tem cabimento. Cada
um fazendo um pouco fica mais fácil e rápido.

Você trabalhou feito a escrava Isaura e se cansou? Acabou de fazer todo o serviço? Bem, agora
você pode pegar o seu maravilhoso APOTÍ e confortavelmente sentar-se nele. Como dissemos
no item 5, cadeiras, sendo com ou sem braço, só ebomis, ekedes, ogãs ou zeladores que
podem sentar. Existe uma variável do APOTI, que é a famosa ESTEIRA. Nela você pode se
sentar, se espichar e até relaxar seus ossos.

Em sua casa, quando você faz uma comemoração qualquer e é servida uma refeição, você sai
atacando o ajeum na frente de seus convidados? Acreditamos que não, né? Portanto, na casa
de santo é igual. Antes os mais velhos devem se servir, pra só depois os abians e yaos se
servirem. Isso é mais que uma regra é etiqueta. E você não vai querer ser um deselegante, não
é? Lembre-se: Estão sempre observando você...

As roupas emprestadas? Pois é, o pai de santo também não gosta. Portanto, que tal comprar
um belíssimo tecido de lençol e fazer uma baiana de ração básica pro dia-a-dia? Não sai caro e
fica uma gracinha. E você finalmente pára de pegar a roupa do alheio emprestado. Não é
maravilhoso? Todos na casa contentes e

felizes com suas devidas roupas.

E vai rolar a festa! O povo do Kétu, do Jeje, da Angola e até da Umbanda já mandou avisar e
convidar. Mas, e o dinheiro para comprar o ajeum e o otí do povo? Com certeza o Carrefour
não irá mandar as coisas de graça para o Templo ou o Barracão, nem o Mercadão Municipal
tão pouco irá dar os bichos e todo o material restante. Portanto, que tal se todos coçassem o
bolso um pouco e ajudassem?

Você acha que só por este local ser uma casa de santo, a Eletropaulo, a Congas e a Sabesp irão
fornecer água, luz e gás de graça? É claro que não. Portanto, contribua sempre com a sua
módica mensalidade. Economizar um pouco na Skol e no cigarro no final de semana já irá
ajudar muito no Templo ou Barracão.
O mundo está em guerra, existe muita gente por aí passando fome. Portanto, por que
desperdiçar comida? Fazer a quantidade exata só para quem trabalhou dignamente e
contribuiu com este maravilhoso ajeum é o coerente, pois você não está no programa da Ana
Maria Braga para comer de graça. Por falar em Ana Maria Braga, lembre-se que você não é o
Louro José para dar palpites no Templo ou barracão. Se você tem alguma sugestão, leve-a
antes ao seu Zelador. Espalhar a corrupção sobre a Terra era coisa da novela Mexicana.

Ficou cansado depois da festa? Nada de ir pegando sua bolsa e ir saindo de fininho. Lembre-se
da limpeza do Templo.

Roda de terreiro ou de candomblé, seja em sua casa ou na casa alheia, não é lugar de ficar de
cochicho e risinhos irônicos e não tão pouco paquerando.. Se você quer fuxicar, vá para um
botequim.

Anágua encardida, só se for depois da festa . Antes, NUNCA, JAMAIS, NEM PENSAR! Devem ser
brancas como a neve, salve anágua de ráfia ou entretela.

Você, irmãozinho, que vê o mundo cor de rosa-choque com bolinhas amarelas, deve deixar
esta sua visão progressiva e moderna do lado de fora do Templo ou barracão.

Ali dentro você tem que ver tudo branco. O mesmo vale para as coleguinhas que vêem tudo
azulzinho. Casa de orixá é para louvar e cuidar do Orixá, e não para arrumar casório.

Vai rolar um churrasquinho de gato na casa do seu coleguinha no meio da semana, no mesmo
dia de função do Templo ou barracão? Então, peça para ele guardar uma garrinha de carne
para você e venha cumprir suas obrigações junto a seus irmãos.

Se sua irmã de santo tem uma baiana mais humilde do que a sua, nada de ficar xoxando.
Lembre-se, o mundo dá muitas voltas e o feitiço pode virar contra o feiticeiro.

Amanhã pode ser você com uma baiana de chita e ela com uma belíssima saia de rechilieu.

Caso assista fora do seu Templo ou barracão algo diferente do que ocorre em sua casa, nada
de ficar xoxando e chamando de marmoteiro. Você não é o dono da verdade e nem ninguém o
é. O que pode parecer maluquice pra você, pode não ser pro próximo. Não é errado, é
diferente de sua casa. Além do mais,

comentários sempre são feitos depois. Vai que tem alguém conhecido escutando?

Ninguém tem mais ou menos santo que ninguém. Isso é regra. Sempre.
Respeito é bom e conserva os dentes. Portanto, deve-se pensar duas vezes antes de envolver
os Zeladores e irmãos mais velhos em determinadas brincadeiras de mau-gosto. Apelidos e
avacalhações são da porta do Templo ou barracão pra fora. Além do mais, a próxima vítima
pode ser você.

Roupas de trabalhos são: saia comprida, camisú e pano da costa. Shortinhos e tops devem ser
usados somente pra ir ao baile funk.

Sempre que for servir alguém mais velho de santo, deve-se levar o pedido numa bandeja ou
prato e abaixar-se para servir.

Benção foi feita para ser trocada. Sempre que você pede a benção, você está na realidade
pedindo a bênção ao Orixá da pessoa, e não a ela própria. Portanto, todos devem trocar a
benção, mais velhos com mais novos e vice-versa.

Quando você estiver em uma roda de pessoas dentro da sua casa de santo ou de outro Templo
ou barracão qualquer, abaixe o seu ori e peça a benção até o periquito que estiver chegando,
você não sabe quem é ele e ele pode ser bem mais velho que você, um tio de santo ou
qualquer outro egbomi, é preferível você pedir a benção a alguém mais novo do que errar
passando por cima dos mais velhos.

Lembre -se que para seu Zelador, seremos sempre Filho de Santo ou YAOS.(Como para nossa
Mãe carnal, seremos sempre crianças).

Sou fruto do meio e a ele não temo, sou semente do Criador e a Ele amo e respeito pela

vida e na vida daquele que eu chamo de Senhor do meu destino” MANUAL DO


ABIAN/YAWO
MANUAL DO ABIAN/YAWO
PORQUE SE SAÚDA O ORIXÁ TOCANDO O SOLO
SACRIFÍCIOS
POR QUE O CULTO DO ORIXÁ É CHAMADO DE CANDOMBLÉ?
MAS, POR QUE ESSE CULTO FOI DENOMINADO DE CANDOMBLÉ?
PORQUE NÃO SE DEVE ASSOVIAR DENTRO DA ROÇA???
O QUE SÃO OFÒ, ÀDÚRÀ E GBÀDÚRÀ, ORÍKÌ, ORIN ?
JUNTÓ, SEGUNDO ORISA?
VESTIR PRETO NO CULTO AOS ORIXÁS
O QUE É ABION – ABIAN - ABIÃ
HIERARQUIA DO CANDOMBLÉ
OBRIGAÇÕES DE CANDOMBLÉ
CARGOS OU GRAUS HIERÁRQUICOS

1- Seja abiãn o maior tempo possível. Isto aumentará suas certezas e diminuirão
riscos e erros. Pondere, pense, reflita muito antes de iniciar e prestar seu
compromisso perante os Orixás e guias da casa que está freqüentando.

2- Não escolha a casa pela aparência ou pelo status que ela tenha ou pode lhe dar. Às
vezes, a embalagem impressiona, mas o conteúdo é frustrante.

3- Não faça Santo porque acha bonito, porque seus amigos fizeram ou porque você
acha que sua vida vai melhorar. Faça porque seu coração e sua consciência
mandaram.

4- Não apresse o tempo. Na Umbanda e no Candomblé tudo tem sua hora e o


momento certo pra acontecer.

5- Respeite a hierarquia, pois você também faz parte dela. A Umbanda e o Candomblé
chegaram até aqui graças a ela.

6- Respeite, honre e seja fiel ao seu axé, seus zeladores e hierarquia, e acima de tudo
seja fiel a você mesmo e aos seus Orixás e guias.

7- Não fale mal de pessoas e nem de outras casas. Nada e nem ninguém é perfeito,
inclusive você. Da mesma maneira que você criticar será criticado, a maneira em que
você age ou procede é o valor que você terá junto ao Orixá.
8- Seja sempre humilde e educado e trate a todos da mesma forma que gostaria de
ser tratado.

9- A Umbanda e o Candomblè são religiões que exigem presença, dedicação e


sacrifícios. Se você não pode dar os três ao mesmo tempo, não entre para a religião.

10- Cuide e zele pelo patrimônio do seu axé como se fosse a sua casa. Contribua,
colabore, ajude no que for preciso e nunca deixe ninguém te apontar como ausente ou
inútil.

11- Tenha orgulho e honra por ser abian, a grande maioria começou assim, e casa de
santo sem abian não funciona. Mas se esforce para ser um bom filho, honrado,
prestativo, disposto.

12 – Você não é obrigado a permanecer num barracão ou na presença de um zelador,


hierarquia ou guia que não se sinta bem e seja bem acolhido. Seja honesto e digno, dê
um adobá no pé do orixá peça agô ao zelador com respeito e humildade, agradeça por
tudo e saia pela porta da frente, sem quizilas ou mal-entendidos.

13 – Na casa de Axé sempre tem coisas para fazer em dia de EBÓ o Zelador vai
precisar dos Filhos de Santo para ajudar a preparar o EBÓ, o ideal e certo é dos filhos
fazerem a preparação e não o Zelador esse deverá ficar em descanso se preparando
para o EBÓ, e não poderá ter pressa nem desanimo ou estar nervoso ou irritado com
aquele pensando NÃO VEJO A HORA DE ACABAR ESSA COISA, fazer as
coisas com AMOR, COM RESPEITO, COM HUMILDADE, pois o seu desanimo pode
afetar o EBÓ e os Orixás ou as entidades a que vai ser ofertados o EBÓ pode se
afastar e tudo que fez tudo que comprou ficara perdido. Portando faça com AMOR,
RESPEITO, HUMILDADE.

14 – Quando estiver reunidos o Zelador e os filhos na hora do almoço ou jantar,


primeiro é servido o Zelador e depois o mais velho e assim por diante. Fazer o seu
prato e antes de comer devera levantar o prato e dizer AJEUN MEU PAI e ELE IRA TE
RESPONDER AJEUN MAN, e dizer a pessoa mais velha no santo e aos
seus irmão...Exemplo:
ZELADOR: Levante o Prato e Diga AJEUN MEU PAI
MÃE ou PESSOAS MAIS VELHAS DIGA A MESMA COISA AJEUN MINHA MÃE
AJEUN EKETI..AJEUN
OGAN..
IRMÃOS DE SANTO: DIGA AJEUN MEUS IRMÃOS
E TODOS ELES VÃO TE RESPONDER AJEUN MAN...
O Filho de Santo ou Yawo ao chegar ao Templo, o procedimento correto é:

1) Amarrar um pano-da-costa no peito (mulheres);

2) Ir direto para a cozinha beber um copo de água para esfriar o corpo da rua, sem
fazer paradas, não falar com ninguém para bater papo e colocar a fofoca em dia;

3) Ter tomado o seu banho de descarrego e ir trocar sua roupa;

4) Saudar Exú e o Orixá chefe da casa, bater cabeça no Peji, e para os pai(s) ou
zelador(es) da casa;

5) Tomar a benção a TODOS os seus irmãos, sendo mais velhos e mais novos, de
acordo com a ordem iniciática. Agora sim, caso não haja nada em que se possa ajudar
(muito embora seja impossível, pois em uma casa de santo sempre tem algo a ser
feito), depois pode ir colocar seu tricô em dia.

6) Respeite o seu Zelador, não trate o seu zelador como se fosse um amigo, trate o
seu Zelador com respeito. Ele é Zelador do Orixá e é o Pai, deve sempre chamar de
PAI no barracão na casa ou onde estiver sempre chamando ele de PAI e ao pedir a
Bença se curve.

7) Nunca interrompe o Zelador quando estiver conversando com alguém, mas se for
necessário mesmo e não pode esperar peça licença dizendo Agô e ai ele vai te
responder AGÔ YA.

8) O Filho de Santo ou Yawô se vai dormir no Terreiro deve levantar antes do sol
nascer ou junto com o nascer do sol.

9) O Filho de Santo ou Yawô ao se levantar não deve falar com ninguém, deve antes
lavar seu rosto e boca, isso é para apagar os vestígios ou traços espirituais que
eventualmente tivesse vindo rondá-lo durante a noite a fim de colher nos seus lábios o
mingau das almas numa possível alimentação.

10) O Filho de Santo ou Yawô não deve falar mal e nem dar ouvidos aos que ensaie
uma conversa contra a casa de santo ou seus sacerdotes e sim enaltecer para
agradar as forças de sua fonte.

11) O Filho de Santo ou Yawô não deve ocultar coisas que venha trazer prejuízo para
a casa de Santo, deve expor o fato em tom normal sem demonstração de disse-me-
disse.

12) O Filho de Santo ou Yawo não deve ouvir maldade e sim enaltecer sua casa.

13) O Filho de Santo ou Yawo não deve fumar na frente de Seu Zelador, e dos mais
velhos que visite sua casa. O certo é ir ao portão e fumar na porta, o mais longe
possível da vista do zelador ou da hierarquia...

14) O Filho de Santo ou Yawo nunca fica de pé em frente ao Pai de Santo e sim
agachado, com a cabeça baixa.

15) Quando tiver visita no Templo ou Barracão (egbomis, ekedes, ogãs, zeladores),
seja em dia de festa ou em dia corriqueiro, é de bom-tom que os filhos se abaixem
próximo a ele para dirigir a palavra. Ai então dizer:
AGÔ (Licença) e esperar ele dizer AGÔ YA. E de cabeça baixa, falar com ele em
tom de voz baixa.

16) O Filho de Santo ou Yawo não deve se portar de maneira desairosa no terreiro,
por que do seu
comportamento decorre a divulgação e o bom nome da casa.

17) O Filho de Santo ou Yawo não deve falar mal da casa de santo (nem sua nem dos
outros) e nem de seus componentes, isso provocaria a ira do ORIXA e trás a certeza
de um pagamento futuro, a EXU a EGUN e as forças da natureza.

18) O Filho de Santo ou Yawo não deve passar pelo seu pai de santo com a cabeça
erguida, e sim um pouco curvado para frente.

19) O Filho de Santo ou Yawo só pode sentar em Apoti (banquinho) mediante a


autorização do seu Zelador. (Somente filhos que cumpriram suas etapas espirituais
podem sentar em apoti)

20) O Filho de Santo ou Yawo não deve deixar dormir roupa em varal (pois Eguns a
noite faz dela sua morada)

21) O Filho de Santo ou Yawo não deve sentar em soleira de porta.

22) O Filho de Santo ou Yawo não deve passar embaixo de varal que tenha roupa
intima, roupa de baixo, mesmo que estas sejam suas.

23) Filho de Santo ou Yawo não passa embaixo de escada.

24) O Filho de Santo ou Yawo não deve pegar sol de meio-dia, mesmo com cabeça
coberta.

25) O Filho de Santo ou Yawo não deve varrer a casa dos fundos para frente e sim da
frente para os fundos.

26) O Filho de Santo ou Yawo não deve verter (urinar) ou defecar, em rios, lagos,
dentro de água, poço ou cachoeira (locais Sagrados).
27) O Filho de Santo ou Yawo não deve defecar em mato, em cima de plantas votivas.

28) O Filho de Santo ou Yao não deve cuspir em água de espécie alguma.

29) O Filho de Santo ou Yao de Umbanda deve sempre estar com o Ojá ou Alá ( pano
de cabeça) em sua cabeça.

30) O Filho de Santo ou Yawo não deve entrar em cemitério, só em casos muito
especiais, assim mesmo com a cabeça coberta. E somente com a permissão de seu
Zelador.

31) O Filho de Santo ou Yawo não deve entrar em Igreja, hospital, matadouro, etc, só
em casos especiais, assim mesmo com a cabeça coberta. Somente com a permissão
de seu Zelador.

32) O Filho de Santo ou Yawo não deve ir a praia (Banho de Mar, areia, calçada, beira
de praia, beira de mar, casa de praia), sem ter suas obrigações em dia. E somente
com a permissão de seu Zelador.

33) O Filho de Santo ou Yawo não carrega embrulho na cabeça.

34) O Filho de Santo ou Yawo não deve ser descortês, nem mesmo entre os irmãos
do terreiro e com visitantes, e sim bastante paciente e educado.

35) O Filho de Santo ou Yawo não deve impor seus desejos, nem mesmo entre os
irmãos de barco, seus desejos ou vontades serão discutidos.

36) O Filho de Santo ou Yawo não deve faltar com educação e cortesia para com
todos aqueles que nos batem a porta, seja ele conhecido ou não.

37) O Filho de Santo ou Yawo não deve tornar publico as coisas que delas
participarem em caráter de segredo na casa de santo.

38) O Filho de Santo ou Yawo não deve menosprezar os outros e nem se colocar em
falso pedestal de auto suficiente, e sim ser humilde.

39) O Filho de Santo ou Yawo nunca, jamais, em tempo ou hipótese alguma, seja no
seu Templo ou barracão ou no barracão do alheio, deve-se sentar na mesma altura
que o seu Zelador.
Ele já passou por vários sacrifícios para estar sentado confortavelmente ali.
40) Você ainda está no meio do caminho. Portanto, pra que querer sentar aonde você
não alcança? Mesmo que o dono da casa chame , cabe a você recusar.

41) Filho de Santo ou Yawo e abian não bebem nenhum líquido em copo de vidro
dentro de seu Templo ou no barracão do alheio. Deve-se esperar o bom e velho
copinho de plástico ou então a conhecida DILONGA, BAN ou CANEQUINHA DE
ÁGATA, como você preferir chamar. Copo de vidro só quem tem direito é
egbomi, ekede, ogan e zelador…

42) Terminou seu ajeum? Pegar seu pratinho e sua canequinha, não cai a mão e nem
coça, sabia? Infelizmente ainda não possuímos uma empregada que possa cuidar da
limpeza geral enquanto nós descansamos.

43) Como dissemos no item anterior, não temos uma empregada para limpar
tudo. Portanto, cada um deve se conscientizar e fazer a sua parte. Ficar protelando,
esperando que algum irmão de santo se encha da bagunça e vá arrumar por você não
tem cabimento. Cada um fazendo um pouco fica mais fácil e rápido.

44) Você trabalhou feito a escrava Isaura e se cansou? Acabou de fazer todo o
serviço? Bem, agora você pode pegar o seu maravilhoso APOTÍ e confortavelmente
sentar-se nele. Como dissemos acima, cadeiras, sendo com ou sem braço, só ebomis,
ekedes, ogãs ou zeladores que podem sentar. Existe uma variável do APOTI, que é
a famosa ESTEIRA. Nela você pode se sentar, se espichar e até relaxar seus ossos.

45) Em sua casa, quando você faz uma comemoração qualquer e é servida uma
refeição, você sai atacando o ajeum na frente de seus convidados? Acreditamos que
não, né? Portanto, na casa de santo é igual. Antes os mais velhos devem se servir,
pra só depois os abians e yaos se servirem. Isso é mais que uma regra é etiqueta. E
você não vai querer ser um deselegante, não é? Lembre-se: Estão sempre
observando você...

46) As roupas emprestadas? Pois é, o pai de santo também não gosta. Portanto, que
tal comprar um belíssimo tecido de lençol e fazer uma baiana de ração básica pro dia-
a-dia? Não sai caro e fica uma gracinha. E você finalmente pára de pegar a roupa do
alheio emprestado. Não é maravilhoso? Todos na casa contentes e felizes com suas
devidas roupas.

47) E vai rolar a festa! O povo do Kétu, do Jeje, da Angola e até da Umbanda já
mandou avisar e convidar. Mas, e o dinheiro para comprar o ajeum e o otí do povo?
Com certeza o Carrefour não irá mandar as coisas de graça para o Templo ou o
Barracão, nem o Mercadão Municipal tão pouco irá dar os bichos e todo o material
restante. Portanto, que tal se todos coçassem o bolso um pouco e ajudassem?

48) Você acha que só por este local ser uma casa de santo, a Eletropaulo, a Congás e
a Sabesp irão fornecer água, luz e gás de graça? É claro que não. Portanto, contribua
sempre com a sua módica mensalidade. Economizar um pouco na Skol e no cigarro
no final de semana já irá ajudar muito no Templo ou Barracão.

49) O mundo está em guerra, existe muita gente por aí passando fome. Portanto, por
que desperdiçar comida? Fazer a quantidade exata só para quem trabalhou
dignamente e contribuiu com este maravilhoso ajeum é o coerente, pois você não está
no programa da Ana Maria Braga para comer de graça. Por falar em Ana Maria Braga,
lembre-se que você não é o Louro José para dar palpites no Templo ou barracão. Se
você tem alguma sugestão, leve-a antes ao seu Zelador. Espalhar a corrupção sobre a
Terra era coisa da novela Mexicana.

50) Ficou cansado depois da festa? Nada de ir pegando sua bolsa e ir saindo de
fininho. Lembre-se da limpeza do Templo.

51) Roda de terreiro ou de candomblé, seja em sua casa ou na casa alheia, não é
lugar de ficar de cochicho e risinhos irônicos e não tão pouco paquerando... Se você
quer fuxicar, vá para um botequim.

52) Anágua encardida, só se for depois da festa . Antes, NUNCA, JAMAIS, NEM
PENSAR! Devem ser brancas como a neve, salve anágua de ráfia ou entretela.

53) Você, irmãozinho, que vê o mundo cor de rosa-choque com bolinhas amarelas,
deve deixar esta sua visão progressiva e moderna do lado de fora do Templo ou
barracão. Ali dentro você tem que ver tudo branco. O mesmo vale para as coleguinhas
que vêem tudo azulzinho. Casa de orixá é para louvar e cuidar do Orixá, e não para
arrumar casório.

54) Vai rolar um churrasquinho de gato na casa do seu coleguinha no meio da


semana, no mesmo dia de função do Templo ou barracão? Então, peça para ele
guardar uma garrinha de carne para você e venha cumprir suas obrigações junto a
seus irmãos.

55) Se sua irmã de santo tem uma baiana mais humilde do que a sua, nada de ficar
xoxando. Lembre-se, o mundo dá muitas voltas e o feitiço pode virar contra o
feiticeiro. Amanhã pode ser você com uma baiana de chita e ela com uma belíssima
saia de rechilieu.

56) Caso assista fora do seu Templo ou barracão algo diferente do que ocorre em sua
casa, nada de ficar xoxando e chamando de marmoteiro. Você não é o dono da
verdade e nem ninguém o é. O que pode parecer maluquice pra você, pode não ser
pro próximo. Não é errado, é diferente de sua casa. Além do mais, comentários
sempre são feitos depois. Vai que tem alguém conhecido escutando?

57) Ninguém tem mais ou menos santo que ninguém. Isso é regra. Sempre.

58) Respeito é bom e conserva os dentes. Portanto, deve-se pensar duas vezes antes
de envolver os Zeladores e irmãos mais velhos em determinadas brincadeiras de mau-
gosto. Apelidos e avacalhações são da porta do Templo ou barracão pra fora. Além do
mais, a próxima vítima pode ser você.

59) Roupas de trabalhos são: saia comprida, camisú e pano da costa. Shortinhos e
tops devem ser usados somente pra ir ao baile funk.

60) Sempre que for servir alguém mais velho de santo, deve-se levar o pedido numa
bandeja ou prato e abaixar-se para servir.

61) Benção foi feita para ser trocada. Sempre que você pede a benção, você está na
realidade pedindo a bênção ao Orixá da pessoa, e não a ela própria. Portanto, todos
devem trocar a benção, mais velhos com mais novos e vice-versa.

62) Quando você estiver em uma roda de pessoas dentro da sua casa de santo ou de
outro Templo ou barracão qualquer, abaixe o seu ori e peça a benção até o periquito
que estiver chegando, você não sabe quem é ele e ele pode ser bem mais velho que
você, um tio de santo ou qualquer outro egbomi, é preferível você pedir a benção a
alguém mais novo do que errar passando por cima dos mais velhos.

63) Lembre -se que para seu Zelador, seremos sempre Filhos de Santo ou YAWÔS.
(Como para nossa mãe carnal, seremos sempre crianças).

PORQUE SE SAÚDA O ORIXÁ TOCANDO O SOLO


Acreditavam os nagô que existiam nove espaços (planos) no além.
Entre os quatro superiores e os quatro inferiores, havia um plano intermediário que se
localizava (exatamente) no espaço ocupado por nosso planeta; esse seria o plano
astral terrestre.
Era através desse espaço que chegavam à Terra os orixás e ancestrais vindos dos
vários outros planos.
Surgiam, pois, para os nagô, os orixás e ancestrais de dentro da Terra. Assim, quando
desejam chamar os orixás, os nagôs tocavam três vezes o solo (após o nome do orixá
ser pronunciado).
O solo diante dos tambores também era tocado (antes ou depois de tocarem com os
dedos o próprio atabaque), afinal, quem chamava (através do som) os orixás eram os
tambores.
O solo era sempre tocado três vezes; o três representa na cultura nagô ação,
movimento, expansão …
Tocar o solo três vezes era o gestual que significava o “assim seja”, o cumpra-se …
Então quando, por exemplo, o nome de Ogum pronunciado, todos tocavam três vezes
o solo; “assim seja”, “que Ogum venha até nós”…
No Brasil, os africanos, para consagrar o solo, para transformar o terreiro em uma
pequena África, enterravam relíquias trazidas (da África) … transformando
(ritualmente) o solo brasileiro em solo africano (”chão” dos seus orixás).

SACRIFÍCIOS

A TRADIÇÃO PEDE QUE NOSSA COMIDA SEJA SAGRADA !

NOSSA COMIDA É SAGRADA!!!

O ato de processar todos os alimentos, plantas, animais, vegetais e minerais a serem


utilizados em toda liturgia é chamado de SACRIFÍCIO ou EBÓ (oferenda).

VOCÊ COME CARNE?


A diferença entre a carne que se compra em açougues e supermercados para a carne
que consumimos em nossos rituais é bem simples, a carne dos ABATEDOUROS é
processada de forma FABRIL ou seja em larga escala e sem a menor preocupação
com qualquer ato LITÚRGICO ou RELIGIOSO, nossa tradição pede que nos
dias SAGRADOS e CONSAGRADOS aos nossos ORISAS os alimentos devem
ser SACRALIZADOS, ou seja, são feitos inúmeros ORIKIS (rezas) para chamar a
atenção dos ORISAS e das forças da NATUREZA ao qual fazem parte.

Dentro deste ORIKIS pedimos BENÇÃOS e PROSPERIDADE, agradecemos


nossa SAÚDE e BEM ESTAR, agradecemos ao grande OLODUMARE nossa
passagem pela terra e que ela seja cheia de LONGEVIDADE e RIQUEZA.

A SACRALIZAÇÃO de todos os ALIMENTOS sejam eles de


origem VEGETAL, ANIMAL ou MINERAL é de extrema necessidade para nossa
cultura, onde tornamos SAGRADOS e CONSAGRADOS todos estes ALIMENTOS.

O ato de abater nossos animais é chamado de EBÓ EJÉ (sacrifício), nossa liturgia
ensina que nada é feito sem o SACRIFÍCIO seja
ele ANIMAL, VEGETAL ou MINERAL, e também o SACRIFÍCIO de nosso tempo, das
nossas forças e da nossa dedicação, ajuda ao próximo e demais atos, tudo é
considerado SACRIFÍCIO.

Quando é feito o RITUAL DE SACRIFÍCIO podemos oferecer estes alimentos para


toda a comunidade onde em sua grande maioria são devotos e iniciados para
os ORISAS e sabem que alimentar-se dos SAGRADOS ALIMENTOS dentro dos
rituais faz parte da nossa renovação ESPIRITUAL.

As pessoas que participam destes preparos são SACRALIZADOS ou INICIADOS para


os ORISAS, e cumprem PRECEITOS de purificação para manusear os ALIMENTOS,
a comida dentro da TRADIÇÃO AFRO-BRASILEIRA é o ATO MAIS SAGRADO DA
VIDA DO SER HUMANO, sem comida não EXISTE VIDA! ou seja o ATO DE COMER
É SAGRADO, e quando cumprimos nossos preceitos de preparo sejam eles : ficar
isento de bebida alcóolica, comer certos alimentos, abstinência sexual, banhos de
purificação, REZAS E BENDIÇÕES, este também é considerado um ato
de SACRIFÍCIO, então para nossa IDEOLOGIA o ato de SACRIFÍCIO não é só abater
animais.

IGNORÂNCIA DOS NEÓFITOS que não conhecem nossa RELIGIÃO SAGRADA onde
nossas FAMÍLIAS participam de tudo e todos são IRMÃOS.
NUNCA UM ANIMAL é MOLESTADO ou MALTRATADO em
nossos RITUAIS nossa LITURGIA não aceita
animais DOENTES, SOFRENDO ou MALTRATADOS.

Para nossa cultura TUDO É APROVEITADO e o que sobra ou seja cascas, ossos,
restos não consumidos, DEVEM VOLTAR PARA A NATUREZA. Em qualquer casa de
ASÉ não se joga BICHO INTEIRO NA RUA OU ENCRUZA! Isto dependendo do Ebó
que se esta fazendo.

"NOSSOS ALIMENTOS SÃO SAGRADOS E O ATO DE COMER EM COMUNHÃO É


A FORMA DE REALIZAR NOSSO DESEJO DE UNIÃO E PAZ com
nosso ORISAS e IRMÃOS."

Sacrificamos o milho branco quando moemos os grãos e fazemos nosso EKÓ (pudim)
e enrolamos na FOLHA DA BANANEIRA para torná-lo SAGRADO, FAZEMOS O
SACRIFICIO de ABRIR o fruto SAGRADO o nosso OBÍ (noz de cola) para oferecer
aos nossos ANCESTRAIS E ORISAS, FAZEMOS SACRIFÍCIO quando pegamos
a FOLHA NA MATA e REZAMOS SÚPLICAS DE LICENÇA A OSONYN (orisa das
matas) para poder SACRIFICAR as folhas para nossos BANHOS
SAGRADOS e REMÉDIOS.

O POVO DE RELIGIÃO AFRO-BRASILEIRA não DERRUBA ÁRVORES, NÃO


AGRIDE A NATUREZA, NÃO POLUI O AR. Somos DEVOTOS DA NATUREZA e de
tudo que existe nela.

CONSUMIMOS NOSSOS ALIMENTOS DE FORMA PURA E SEM MALTRATAR


ANIMAIS, VEGETAIS OU MINERAIS, PARA NOSSA CULTURA AS ÁRVORES SÃO
SERES SAGRADOS, AS MONTANHAS E OS ANIMAIS.

POR QUE O CULTO DO ORIXÁ É CHAMADO DE


CANDOMBLÉ?
Em 1830, algumas mulheres negras originárias de Ketu, na Nigéria, e pertencentes a
irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte, reuniram-se para estabelecer uma forma
de culto que preservasse as tradições africanas aqui, no Brasil.Segundo documentos
históricos da época, esta reunião aconteceu na antiga Ladeira do Bercô; hoje, Rua
Visconde de Itaparica,próximo a Igreja da Barroquinha na cidade de São Salvador –
Estado da Bahia.
Desta reunião, que era formada por várias mulheres, como foi relatado anteriormente,
uma mulher ajudada por Baba-Asiká, um ilustre africano da época, se destacou:
- Íyànàssó Kalá ou Oká, cujo o òrúnkó no orixá era Íyàmagbó-Olódùmarè.
Mas, o motivo principal desta reunião era estabelecer um culto africanista no Brasil,
pois viram essas mulheres, que se alguma coisa não fosse feita aos seus irmãos
negros e descendentes, nada teriam para preservar o “culto de orixá”, já que os
negros que aqui chegavam eram batizados na Igreja Católica e obrigados a praticarem
assim a religião católica.
Porém, como praticar um culto de origem tribal, numa terra distante de sua ìyá ìlú àiyé
èmí, ou a mãe pátria terra da vida, como era chamada a África, pelos antigos
africanos?
Primeiro, tentaram fazer uma fusão de várias mitologias, dogmas e liturgias africanas.
Este culto, no Brasil, teria que ser similar ao culto praticado na África, em que o
principal quesito para se ingressar em seus mistérios seria a iniciação. Enquanto na
África a iniciação é feita muitas vezes em plena floresta, no Brasil foi estabelecida uma
mini-África, ou seja, a casa de culto teria todos os orixás africanos juntos. Ao contrário
da África, onde cada orixá está ligado a uma aldeia, ou cidade; por exemplo: Xangô
em Oyó, Oxum em Ijexá e Ijebu e assim por diante.

MAS, POR QUE ESSE CULTO FOI DENOMINADO


DE CANDOMBLÉ?
Este culto da forma como é aqui praticado e chamado de Candomblé, não existe na
África. O que existe lá é o que se chama de culto ao orixá, ou seja, cada região
africana cultua um orixá e só inicia elegun ou pessoa daquele orixá. Portanto, a
palavra Candomblé foi uma forma de denominar as reuniões feitas pelos escravos,
para cultuar seus deuses, porque também era comum chamar de Candomblé toda
festa ou reunião de negros no Brasil.
Por esse motivo, antigos Babalorixás e Yalorixás evitavam chamar o “culto dos orixás”
de Candomblé. Eles não queriam com isso serem confundidos com estas festas. Mas,
com o passar do tempo a palavra Candomblé foi aceita e passou a definir um conjunto
de cultos vindo de diversas regiões africanas.
A palavra Candomblé possui 2 (dois) significados entre os pesquisadores: Candomblé
seria uma modificação fonética de “Candonbé”, um tipo de atabaque usado pelos
negros de Angola; ou ainda, viria de “Candonbidé”, que quer dizer “ato de louvar, pedir
por alguém ou por alguma coisa”.
Como forma complementar de culto, a palavra Candomblé passou a definir o modelo
de cada tribo ou região africana, conforme a seguir:
 Candomblé da Nação Ketu
 Candomblé da Nação Jeje
 Candomblé da Nação Angola
 Candomblé da Nação Congo
 Candomblé da Nação Muxicongo
A palavra “Nação” entra aí não para definir uma nação política, pois Nação Jeje não
existia em termos políticos. O que é chamado de Nação Jeje é o Candomblé formado
pelos povos vindos da região do Dahomé e formado pelos povos Mahin.
Os grupos que falavam a língua yorubá entre eles os de Oyó, Abeokutá, Ijexá, Ebá e
Benin vieram constituir uma forma de culto denominada de Candomblé da Nação
Ketu.
Ketu era uma cidade igual as demais, mas no Brasil passou a designar o culto de
Candomblé da Nação Ketu ou Alaketu.
Esses yorubás, quando guerrearam com os povos Jejes e perderam a batalha, se
tornaram escravos desses povos, sendo posteriormente vendidos ao Brasil.
Quando os yorubás chegaram naquela região sofridos e maltratados, foram chamados
pelos fons de ànagô, que quer dizer na língua fon, “piolhentos, sujos” entre outras
coisas. A palavra com o tempo se modificou e ficou nàgó e passou a ser aceita pelos
povos yorubás no Brasil, para definir as suas origens e uma forma de culto. Na
verdade, não existe nenhuma nação política denominada nagô.
No Brasil, a palavra nàgó passou a denominar os Candomblés também de Xamba da
região norte, mais conhecido como Xangô do Nordeste.
Os Candomblés da Bahia e do Rio de Janeiro passaram a ser chamados de Nação
Ketu com raízes yorubás.
Porém, existem variações de Nações, por exemplo, Candomblé da Nação Efan e
Candomblé da Nação Ijexá. Efan é uma cidade da região de Ijexá próxima a Osobô e
ao rio Oxum. Ijexá não é uma nação política. Ijexá é o nome dado às pessoas que
nascem ou vivem na região de Ilexá.
O que caracteriza a Nação Ijexá no Brasil é a posição que desfruta Oxum como a
rainha dessa nação.
Da mesma forma como existe uma variação no Ketu, há também no Jeje, como por
exemplo, Jeje Mahin. Mahin era uma tribo que existia próximo à cidade de Ketu.
Os Candomblés da Nação Angola e Congo foram desenvolvidos no Brasil com a
chegada desses africanos vindos de Angola e Congo.
A partir de Maria Neném e depois os Candomblés de Mansu Bunduquemqué do
falecido Bernardino Bate-folha e Bam Dan Guaíne muitas formas surgiram seguindo
tradições de cidades como Casanje, Munjolo, Cabinda, Muxicongo e outras.
Nesse estudo sobre Nações de Candomblé, poderia relatar sobre outras formas de
Candomblé, como por exemplo, Nagô-vodun que é uma fusão de costumes yorubás e
Jeje, e o Alaketu de sua atual dirigente Olga de Alaketu.

O Alaketu não é uma nação específica, mas sim uma Nação yorubá com a origem na
mesma região de Ketu, cuja história no Brasil soma-se mais de 350 (trezentos e
cinqüenta) anos ao tempo dos ancestrais da casa: Otampé, Ojaró e Odé Akobí.
A verdade é que o culto nigeriano de orixá, chamado de Candomblé no Brasil, foi
organizado por mulheres para mulheres. Antigamente, nas primeiras casas de
Candomblé, os homens não entravam na roda de dança para os orixás. Mesmo os
que tornavam-se Babalorixás tinham uma conduta diferente quanto a roda de dança.
Desta forma, a participação dos homens era puramente circunstancial. Daí ter-se que
se inserir no culto vários cargos para homens, como por exemplo, os cargos de ogans.
Hoje, a palavra Candomblé define no Brasil o que chamamos de culto afro-brasileiro,
ou seja: “Uma Cultura Africana em Solo Brasileiro”.
PORQUE NÃO SE DEVE ASSOVIAR DENTRO DA
ROÇA???
Esù é o Dono do Assovio e assoviar é provocá-lo. Seus assovios são intempestivos e
penetrantes de tal maneira que assustam os velhos, que estes não se atrevem jamais
a assoviar, com medo que Esù responda. É ele quem assovia nas paragens desertas
e nas casas abandonadas, como se sabe, a noite é o domínio de “entidades” de todos
os tipos, mas durante o dia há horas perigosas que convém levar em conta: o meio-dia
e às seis da tarde, quando vagam algumas “entidades” durante alguns momentos e
nestes horários Esù abandona as portas e as casas ficam sem defesa, se assoviarem
durante este período, qualquer um destes poderá entrar na casa...
Esta é a razão pela qual se verte água na porta da rua e ninguém deve entrar ou sair
de uma casa nestes horários. A meia-noite a pior de todas as horas, já transitam
Egungun, Èsù e Àjés com toda liberdade, então em hipótese alguma assovie, sobre
tudo em altas horas da noite... Esù está difundido por todas as partes “em uma rede
numerosa”, todos se comunicam entre si, se enganam mutuamente – “o Esù da porta,
quando recebe a oferenda de um animal destinado somente ele, dá um jeito de afastar
o Esú da esquina” - ou se solidarizam uns com os outros por vingança.
O que guarda a porta confabula com o da esquina, o da esquina com o dos quatro
caminhos, o dos quatro caminhos com o da floresta e assim sucessivamente... Desta
forma é necessário que o da porta esteja satisfeito, “que seja ofertado antes de todos”
conforme dispôs Olófin, segundo certas versões de Ifá e de acordo com outras, para
que não atrapalhe a trajetória normal da vida e para que este Esù não assovie para o
Esù da esquina, o encrenqueiro e revoltado, o qual, por sua vez, não assoviará para o
Esù dos quatro caminhos e este, para o Esù da Floresta e assim por diante...
Se o da porta assoviar e se eles acudirem a seu chamado, todos se introduzirão numa
casa e nela ocorrerá alguma tragédia lamentável. “Para aquele que assovia, todos os
Esù entendem que lhe estão chamando para adentrar a casa e a pessoa padece as
conseqüências...
É essencial contentar Esù e não provocá-lo com assovios ou com qualquer outro
tabu... Emboscados em cada caminho, dispões de nossa vida em todos os momentos,
pode jogar com ela como bem entender.
Dono das chaves que “abrem e fecham os caminhos e portas”, do Além e da Terra,
aos Deuses e Mortais... e as abre e fecha à sorte e à desgraça, segundo seus
caprichos... embora pequeno, temos de considerar Esù, sem discussão, o mais
temível dos Òrìsà... Então para minha felicidade...
Eis que surge uma nova pergunta: Baba! Então porque Òsányín assovia? Este direito
lhe é concedido porque Òsányín pertence à família de Esù. Embora parente não seja e
de forma alguma um “caminho de Èsù” e sim uma Divindade totalmente distinta, assim
como Ale “o inventor da aguardente” também pertence a esta família, mas não é Esù.
Se por um descuido você assoviar na mata se apresentarão Òsányín e Esù e a eles
você deverá prestar conta do chamado... deixe esta prática de assoviar na floresta
para os caçadores e admiradores de pássaros silvestres.

O QUE SÃO OFÒ, ÀDÚRÀ E GBÀDÚRÀ, ORÍKÌ,


ORIN ?
Reza é uma conjunção de frases pré-estabelecidas que se recita, costumeiramente
decoradas, direcionadas à Deus ou às Suas divindades, muitas vezes engrandecendo
seus feitos e direcionadas para determinado objetivo específico.
A Religião dos Òrìsà não reza diretamente para Elédùmarè (Deus), pois crê que Ele é
um ser de um poder muito grande, incalculável, e por isso é preservado. Para ouvir e
atuar diretamente na vida dos homens Ele criou seus emissários, os Òrìsà, cabendo à
estes a missão de zelar por tudo que se relaciona com as necessidades humanas.
Oração é a conversa, o diálogo íntimo com Deus, através de Suas divindades, sem
frases pré-determinadas.
A Tradição Yorùbá dá grande valor às rezas, crendo que a conjunção dos sons que
elas emanam, quando são recitadas, são carregadíssimos de energia, que farão
movimentar os objetivos pretendidos. Elas revelam feitos e características dos Òrìsà e
fornecem orientações para a conduta dos seguidores da Religião. Através das rezas
pode-se fazer pedidos os Òrìsà, agradá-los ou aplacar sua ira. Todas estas formas
poéticas orais estão cheias de metáforas e símbolos.

Ex: INU MI DUM / Estou com a barriga doce interpreta-se como "estou feliz".

ESTES TEXTOS, MILENARES, DIVIDEM-SE EM:

OFÒ - Literal "Feitiço ou poder sobrenatural que dá alivio instantâneo à dor". São
palavras mágicas - encantamentos, que possuem em si uma mensagem mágica, ao
ser recitado ativa o poder dos preparados mágicos ou medicinais.
ÀDÚRÀ E GBÀDÚRÀ - Literal "SÚPLICA". São saudações, visam obter as graças dos
Òrìsà e os direciona aos elementos por eles dominados.
ORÍKÌ (ou PÍPÈ / chamado - convite) - É a contração das palavras ORÍ / origem + KÍ /
saudar ou louvar. São evocações e servem para louvar e evocar a presença dos
Òrìsà, assim como facilita o acesso ao auxílio que pode ser prestado pela Força
Deles. ORÍKÌ detém em si mesmos uma força mágica. Relatam fatos ou feitos, de um
indivíduo, família, cidade, e não só dos Òrìsà.
Transmitem informações, características, virtudes e fraquezas dos seres ou daquilo
que constitui seu tema. Podem relatar fatos relacionados com o nascimento de
crianças. Exemplo é o caso de gêmeos, daqueles que tem o cordão umbilical enrolado
no pescoço ou que os pés venham ao mundo primeiro. Há também Oríkì para animais.
A tradição Yorùbá atribui grande valor para a recitação dos Oríkì e acredita que ele
sempre causa grande emoção à quem se refere. É indispensável para se fazer
qualquer pedido aos Òrìsà. As pessoas incorporam inevitavelmente ao ouvir a
recitação de um Oríkì de seu Òrìsà.
ÌJÀLÁ ODE - São formas de recitar os oríkì, meio que cantaroladas, referindo-se
somente aos caçadores, em especial à Ògún.
EWI ESA - É outra forma de recitação parecida com o ORÍKÌ, porém usada somente
nos Cultos de Egúngún.
ORIN - Literal “Cantar” - São cantigas com formas mais brandas de louvação,
empregados em festejos ou celebrações para um, ou vários Òrìsà. Possui parte da
carga informativa do ORÍKÌ e é intermediário entre ele e as ÀDÚRÀ.
ÌYÈRÈ IFÁ - São constituídos de partes de um Odù + Oríkì de Ifá, que o Bàbáláwo faz
uso nas cerimônias de batizados, casamentos, enterros e outras ocasiões especiais.
Muitas pessoas costumam confundir Rezas com Orações.
JUNTÓ, SEGUNDO ORISA?
Em nosso país, precisamos de um grande movimento buscando formas de informar
melhor sobre nossa religião.
No dia-a-dia é flagrante a falta de um material para a pesquisa dos interessados em
aprender sobre o culto aos orisas.
Um erro comum é no que diz respeito ao chamado Juntó, a mistura de religiões no
Brasil é responsável pela idéia errada que toda pessoa precisa ter um segundo Orisa,
muitas vezes sendo passada a idéia de que o indivíduo necessita de um pai e uma
mãe espiritual.
Só existe uma feitura. Para os outros orisas a pessoa é somente iniciada no culto,
conforme orientação de Ifa.
O ponto que vou abordar agora vai criar uma grande polêmica, mas é preciso fazer
isso.
Não existe no culto aos Orisas, em território yoruba, a mínima possibilidade de uma
pessoa ser montada por dois Orisas, sendo que ela só é feita para um e iniciada para
os demais, se assim for solicitado.
Tentarei explicar melhor. Na feitura o indivíduo exalta o que já possui, e na iniciação
ele recebe o que é necessário para o seu melhor viver (o que lhe falta).
Exemplo: se uma pessoa é feita para Obatala e não é feliz em sua vida sentimental,
pode ou não ser iniciada no culto de Osun como forma de equilibrar essa deficiência.
Evidente que por orientação de Ifa.
A mistura de cultos de origem Banto (culto aos inkices), com o ritual de origem Yoruba
(culto aos Orisas), gerou tal confusão que as pessoas acreditam que podem até
receber (ser montado) por vários Orisas. Isso pode criar sérios problemas para o
iniciado.
Tal fato deve ser orientado como prática no mínimo equivocada, para não dizer sem
sentido, pois só um Orisa foi feito.
Sendo assim, a pessoa pode ser iniciada para qualquer orisa depois da feitura, ou até
mesmo ser iniciado para outro Orisa antes do seu. Dependendo exclusivamente da
orientação de Ifa.
Eu sempre digo que o homem está ficando tão pretensioso que já criou regras para o
comportamento das divindades, e quase sempre termina se esquecendo de perguntar
aos mesmos, e coloca sua opinião como sendo a verdade.
Essa pretensão pode acontecer por várias razões: falta de conhecimento ou falta de
caráter, mas sempre quem paga o preço é o iniciado.

VESTIR PRETO NO CULTO AOS ORIXÁS


No candomblé dos anos 50, 60 e até 70, uma pessoa que chegava à porta de um
candomblé vestida de preto, era sempre repudiada por aquela comunidade, e pedia-se
para a pessoa se retirar. Quando a pessoa se negava a sair era entendido como um
afronta a Oxalá Pai de todas as cabeças por antecipação.
Vestir preto em uma saída de Iyawô é mesma coisa que dizer que o dono da casa não
sabe fazer o que está fazendo.
Vestir preto em uma festa de 7 anos é a mesma coisa que dizer: “não estou de acordo
com esse título (oye, oduije)”.
Vestir preto em um funeral é desejar que aquela alma não tenha paz pela eternidade.
Vestir preto em um Ikomojade é desejar má sorte para criança.
Vestir preto no dia a dia é afirmar se íntimo de Iya mi Osoronga!!!
Vestir vermelho é dizer em alto e bom som: “Não tenho medo das mães feiticeiras, por
isso uso sua cor”.
Existe um itan de Bábà Ofuru, onde conta-se que ele foi praguejado por Iya mi, e por
isso que entre uma saia branca e outra é obrigado a usar um faixa preta de tecido.
Para lembrá-lo de sua vergonha!!!! Igual a Xangô que usa um conta branca no
pescoço para lembrá-lo de um desrespeito a Oxalá!
Nos dias de hoje estes costumes estão sendo desrespeitados pelos mais novos, que
acreditam estarem sendo desrespeitados pelos mais velhos.
É literalmente a morte dos yorubás!!!

ABIAN - O QUE É ABION – ABIAN - ABIÃ


ABIYAN: Dentro dos cultos afro-brasileiros existe uma categoria de pessoas que são
classificadas de Abiyans.
A PALAVRA ABIYAN QUER DIZER: ABI = "AQUELE QUE" E AN (ON) = SERIA UMA
CONTRAÇÃO DE "ONÃ" (ONOON), QUE QUER DIZER “CAMINHO”.
AS DUAS PALAVRAS AGLUTINADAS FORMARAM O TERMO ABIYAN (ABION),
QUE QUER DIZER “AQUELE QUE COMEÇA”, “UM NOVO CAMINHO”.
O ABIYAN É UMA PESSOA QUE ESTÁ COMEÇANDO UM NOVO CAMINHO, UMA
NOVA VIDA ESPIRITUAL.
O Abiyan também pode ter fios de contas lavados, tomar axé de ebori e, até em
alguns casos, ter orixá assentado.
O Abiyan é um pré-iniciado e não um simples frequentador, como muitas das vezes é
classificado. Pode desempenhar várias atividades dentro de um terreiro, como, por
exemplo, varrer, ajudar na limpeza, ajudar nos cafés da manhã e almoços
comunitários realizados em dias de festas de orixá, lavar louças, ajudar na decoração
do barracão, enfim, o Abiyan pode desempenhar várias tarefas sem maior
envolvimento religioso.
O período de Abiyan é de muita importância, pois, é nesse período que o recém-
chegado passa a observar o comportamento e a conviver com os já iniciados.
Existem pessoas que passaram por um longo período sendo Abiyan, antes de se
iniciarem. Portanto, vale ressaltar a importância deste período, ou seja, Abiyan e dizer
que o frequentador em yorubá, chama-se Lemó-mú.

HIERARQUIA DO CANDOMBLÉ
O Candomblé Ketu, coloca a seguinte ordem hierárquica e destacaremos algumas
pessoas que exercem cargos:

1º - Iyálorixá / Babálorixá: significado das palavras iyá do yoruba significa mãe, babá
significa pai, ou seja a palavra tradução a famosa expressão Pai de santo, Mãe de
santo. Na opinião de Iyá rose de Oxum(na foto), 41 anos, "Ser Mãe de Santo, é muito
mais do que o fator espiritual, é saber lidar com pessoas e saber atender a suas
vontades e anseios".

2º - Iyalaxé (mulher): Mãe do axé, a que distribui o axé e cuida dos objetos ritual.

3º - Iyaegbé / Babaegbé: É a segunda pessoa do axé. Conselheira, responsável pela


manutenção da Ordem, Tradição e Hierarquia.

4º- Iyakekerê (mulher): Mãe Pequena, segunda sacerdotisa do axé ou da comunidade.


Sempre pronta a ajudar e ensinar a todos iniciados. Babakekerê (homem): Pai
pequeno, segundo sacerdote do axé ou da comunidade. Sempre pronto a ajudar e
ensinar a todos iniciados.

5º - Ojubonã ou Agibonã: É a mãe criadeira, supervisiona e ajuda na iniciação.

6º - Iyamorô: ou BabamorôResponsável pelo Ipadê de Exú.

7º - Alagbê: Responsável pelos toques rituais, alimentação, conservação e


preservação dos instrumentos musicais sagrados. (não entram em transe). Nos ciclos
de festas é obrigado a se levantar de madrugada para que faça a alvorada. Se uma
autoridade de outro Axé chegar ao terreiro, o Alagbê tem de lhe prestar as devidas
homenagens. No Candomblé Ketu, os atabaques são chamados de Ilú. Há também
outros Ogans como Gaipé, Runsó, Gaitó, Arrow, Arrontodé, etc.

8º - Ogâ ou Ogan: Tocadores de atabaques (não entram em transe).


Ebômi: Ou Egbomi são pessoas que já cumpriram o período de sete anos da iniciação
(significado: meu irmão mais velho).

9º - Ekedi: Camareira do Orixá (não entram em transe). Na Casa Branca do Engenho


Velho, as ajoiés são chamadas de ekedis. No Terreiro do Gantois, de "Iyárobá" e na
Angola, é chamada de "makota de angúzo", "ekedi" é nome de origem Jeje, que se
popularizou e é conhecido em todas as casas de Candomblé do Brasil. Ekedi Isabele
(na fot) de 11 anos, está sendo educada como ekedi, seus pais são iniciados, e tem
orgulho de ter um ekedi na família, onde podemos observar a importancia da ekedi
para os cultos africanos.

10º- Egbomis: significa mais velhos, são os filhos-de-santo que já tomaram seus 7
anos, são portanto ojoies.

11º - Iaô: filho-de-santo (que já foi iniciado e entra em transe com o Orixá dono de sua
cabeça), nem todo Iaô será um pai ou mãe de santo quando terminar a obrigação de
sete anos. Ifá ou o jogo de búzios é que vai dizer se a pessoa tem cargo de abrir casa
ou não. Caso não tenha que abrir casa o mesmo jogo poderá dizer se terá cargo na
casa do pai ou mãe de santo além de ser um egbomi.

12º- Abiã ou abian: Novato. É considerada abiã toda pessoa que entra para a religião
após ter passado pelo ritual de lavagem de contas e o bori. Poderá ser iniciada ou
não, vai depender do Orixá pedir a iniciação.
Lembrando que dentre essa ordem, existem outros cargos, que falaremos mais
adiante, podemos dá inúmeros exemplos de pessoas que ocupam algum desses
postos, porém existem alguns que todos os egbomis já foram que são: Abiã (novato,
não iniciado)e Yaô (iniciado), naturamente caso dê sequência a suas obrigações
torna-se egbomi, e assim tenho direito de se tornar Babalorixá ou Yalorixá.

OBRIGAÇÕES DE CANDOMBLÉ
As Obrigações no candomblé são necessária para todos os iniciados, independente
deles serem Yawós ou ogans e ekedes.
Após a iniciação de uma pessoa no candomblé para de Yawó, Ogan ou Ekede com o
passar do tempo o Iniciado cumprirá outras obrigações que servem para renovar os
votos da religião, adquirir maturidade e completar a feitura de santo.
São essas Obrigações:
Obrigação de 1 ano (Odúkini): Nesse ritual, acabará alguns preceitos de EWO na
feitura de santo , nessa festa é entregue Oferendas, de comida ritual, vegetal, mineral
e animal
Obrigação de 3 anos (Odúetá): Essa obrigação é considerada uma confirmação de
votos, estará autorizado a receber e assentar o Juntó, já pode ser graduado no
Terreiro. Poderá também usar fios de contas um pouco mais enfeitados com Seguis e
firmas e usar se calçado
Obrigação de 7 anos (Oduijé): Todos os iniciados tomam essa obrigação, nela o
iniciado passará a ser um adulto na religião, se for Yawó ele será um Egbomí.
Poderá receber cargo no terreiro ou ter seu próprio terreiro, tudo dependerá do destino
e dos búzios.
Nessa festa é entregue ao Egbomí seus apetrechos dentro de uma cabaça e jogo de
búzios… Lembrando que nem todas as pessoas podem ser um Zelador de santo e
abrir sua própria casa de santo. Não basta ter 7 anos, é preciso ser capacitado.
Quando a pessoa passar pelo ritual de Deká ou Oye, receberá uma cuia autorizando a
ser Babalorixá ou Iyalorixa, se o Orixá colocar a cuia no chão é sinal de que ele negou.
OIYE – quer dizer titulo independência, são pessoas que já tomaram seus sete anos e
necessitam de um TITULO dado pelo seu babalorixá, para ser independente e Zelador
(a) de Orixás, sacerdocio Esse Oiye pode ser também um cargo na casa do babalorixá
onde fez a obrigação.
É a autorização (direitos) de conduzir a sua própria casa de Candomblé, atendimento
de seus adeptos e consulentes, jogar búzios, tirar ebós e iniciar pessoas no Orixá, ou
Vodum dependendo da nação etc.. Na nação Jeje receberá um Hunjebé é o Titulo de
sacerdócio exclusivo da nação Jeje e um amuleto do Egbomí, é o diploma dado pelo
Voduno para dar continuidade do aprendizado dos fundamentos dos Voduns.
Ainda existe as obrigações de 14 (OduIká) e 21 (Okanlelogun) que servem para
renovar o sacerdócio.
Cuide de seu Òrìsà, pois você estará cuidando de si próprio.
Na Religião dos Òrìsàs, há um enorme conjunto de objetos, assentamentos e templos
que devem ser cuidados, de modo que contribuam para o processo de revitalização da
força, o chamado Asè. Fato é que o trato e cuidado, por exemplo, com as roupas que
serão utilizadas pelas pessoas nos rituais festivos, são de grande importância, no
entanto, perdem toda a valia, a partir do momento que o conjunto não recebe a
mesma atenção dispensada que, por exemplo, as roupas.Nós do Candomblé, ao
pensarmos nos Òrìsàs, suas roupas, objetos, comidas e templos, devemos pensar que
eles são Deuses e devem ser tratados como tal. Não é raro depararmo-nos com
casas, nas quais as pessoas estão ricamente vestidas, mas que há tempos não
entram no quarto do Òrìsà para trocar a água da quartinha ou trocar o Ojá que cobre a
Divindade. Nesse sentido, não podemos em hipótese alguma, esquecermos que o
Candomblé é uma religião com o poder da invocação e da sacralização. Dessa forma,
é necessário que os Deuses sejam evocados e sacralizados e, reforçando, tratados
como Deuses.
O trato com os assentamentos, como por exemplo, a reposição da água das
quartinhas é algo muito importante. A água é um dos principais elementos que existe,
muito provavelmente o principal. A água fertiliza, a água revitaliza, a água refresca e
purifica. Mas quando um Omo Òrìsà vai ao quarto da Divindade para a reposição da
água, além de cumprir esse importante ritual, ele em verdade, muito mais que
ofertando, está recebendo. Nesse momento, no qual ele emprega um pouco do seu
tempo para a troca de água das quartinhas, ele estará mais próximo do sacro,
recebendo energias que são fundamentais para o processo de energização, não
somente dele, mas de toda a comunidade.
Mas, o simples ato de trocar a águas das quartinhas, permite algo mais. Nesse
simples gesto, ele poderá perceber que um Ojá necessita ser trocado, ou ainda, que
uma telha está desencaixada em razão da ação de algum galho de árvore, ou por
conta da chuva. Isso fará com que outros membros da comunidade se mobilizem e,
sejam igualmente energizados pelas forças das Divindades que os abençoaram,
movimentando assim o Asè, imprescindível para nós.
O mesmo cuidado deve existir com os Ojubó externos, que invariavelmente, sofrem
com a ação do tempo, como a chuva e o vento. Obviamente que essas manifestações
da natureza, são manifestações dos próprios Òrìsàs, apesar disso, o cuidado para que
quartinhas estejam sempre bem cuidadas, mesmo quando expostas ao tempo, bem
como, os Ojás que circundam as árvores é de responsabilidade de todos os membros
do Egbe. Novamente, reforçamos que são objetos sagrados, de Deuses, que devem
ser tratados de forma sagrada.
O Terreiro de Candomblé é um espaço sagrado e tudo que nele está, deve ser tido
também dessa forma, assim sendo, todos devem estar atentos para que os espaços,
objetos, assentos, estejam íntegros, pois isso interfere na harmonia da comunidade.
Imagine se você chega em casa e descobre que aquela caneca que você cuida há
mais de 20 anos, que seu filho lhe presenteou, quebrou por descuido. Isso lhe
causaria um sentimento de perda sentimental, correto. O mesmo ocorre com os
objetos dos Deuses, muitas vezes, são objetos que existem a décadas, séculos, que
devem ser tratados com amor e carinho, para não causar essa perda aos Deuses e
para a comunidade.
Esse carinho que deve ser dispensado com os objetos e templos dos Òrìsàs, deve
existir igualmente com a preparação das comidas dos Òrìsàs. Muitas pessoas afirmam
que as comidas dos Òrìsàs devem ser preparadas da mesma forma como preparamos
a comida para o nosso próprio consumo. Em verdade, o cuidado deve ser ainda maior,
pois nós somos humanos e os Òrìsàs são Deuses. Por isso, além do corpo e coração
purificados, quando da preparação das comidas, é essencial que exista o carinho, o
asseio e a escolha dos ingredientes salubres.
Tudo isso contribui para a fortificação e revitalização do Asè da pessoa e da
comunidade. É muito bonito nos depararmos com pessoas bem arrumadas (em
conformidade a tradição), com boa educação, mas, sobretudo, é importante e
empolgante observamos que as pessoas tratam os Òrìsàs como Deuses que são.
Cuide de seu Òrìsà, pois você estará cuidando de si próprio.

CARGOS OU GRAUS HIERÁRQUICOS


Olóyès , Ogás e Àjòiès

Iyalorixá/Babalorixá: Mãe ou Pai em Orixá, é o posto mais elevado do ILê; tem a


função de iniciar e completar o ato de iniciação dos olorixás.

Iyaegbé/Babaegbé: É a conselheira ou conselheiro responsável pela manutenção da


Ordem, Tradição e Hierarquia. Posto somente dado a egbomis muito antigas.

Iyalaxé: Mãe do axé, a que distribui o axé. É quem escolhe os Oloyes de acordo com
as determinações superiores.

Iya kekere ou baba kekere: Mãe pequena e Pai pequeno do axé ou da comunidade.
Sempre pronta a ajudar e ensinar a todos no Ilê, substituto evenual da Iyá ou
Babalorixá.

Ojubonã ou Ajibonan: É a mãe ou pai /que criam e são responsáveis pela reclusão do
iyawo.

Iyamoro: Responsável pelo Ipadê de Exú. Junto com a Agimuda, Agba e Igèna.

Iyaefun/Babaefun: Responsável pela pintura dos Iyawos.

Iyadagan: Auxilia a Iyamoro e vice-versa. Também possui sub-postos Otun-Dagan e


Osi-dagan.

Iyabassé: Responsável no preparo dos alimentos sagrados. Todos Olorixás podem


auxiliá-la, sendo ela a única responsável por qualquer falha eventual.

Iyarubá: Carrega a esteira para o iniciando. E usa toalha de Orixá no ombro.

Aiyaba Ewe: Responsável em determinados atos em obrigações de “cantar folhas”.

Aiybá: Bate o ejé em grandes obrigações. Tem sub-posto Otun e Osi.


Ològun: Cargo masculino, despacha aos Ebós das grandes obrigações, a preferência
é para os filhos de Ogun, depois Odé e Oluwaiyê.

Oloya: Cargo feminino, despacha os Ebós das grandes obrigações, na falta de


Ològun. São filhas de Oya.

Mayê: Mexe com as coisas mais secretas do Axé, ligadas a iniciação do Adoxú.

Agbeni Oyê: Posto paralelo a Mayê, divide a mesma causa.

Olopondá: Grande responsabilidade na inicição, no âmbito altamente secreto ligado a


Oxun.

Kólàbá: Responsável pelo Làbá, simbolo de Xângo.

Ajimuda: Ajuda a Yamoro com o Ipadê de Exú. Titulo usado no culto de Oya e Geledé,
também é um cargo que cuida da casa de Omolú.

Iyatojuomó: Responsável pelas crianças do Axé.

Iyasíhà Aiyabá: é quem segura o estandarte de Oxalá.

Sarapegbé: Mensageiro de coisas civis e de awo.

Akòwe: É a Secretária da casa da administração e compras.

Babalossayn: Responsável pela colheita das folhas. Cargo de extrema importância.

Axogun: Responsável pelos sacrifícios, Ogan de Ogun. Não pode errar. Responsável
direto pelos sacrifícios do ínicio ao fim do ato. Soberano nestas obrigações, é quem se
comunica com o Orixá para quem se destina a obrigação, transmitindo à Iyalaxé as
respostas e mandamentos. Deve ser chamado de Pai. E também possui sub-posto
Otun e Osi.

Ogalá Tebessê: Dono dos toques, cânticos e danças. Trabalha em conjunto com o
Alagbê, possui sub-posto Otun e Osi.
Iyá Tebexê: responsavel e porta voz do Orixá patrono da casa.

Alagbê: Responsável pelos toques rituais, alimentação, conservação e preservação


dos Ilùs, os instrumentos musicais sagrados. Se um autoridade de outro Axé chegar
ao Ilê, o Alagbê, tem de lhe prestar as devidas homenagens “dobrar o Ilù”. Também
possui sub-posto Otun e Osi.

Alagbá: Ambito civil do Axé.

Àjòiè: Camareira do Orixá. O mesmo que Ekédi.

Ojuoba: Posto de honra no Ilê Xangô e possui sub-posto Otun e Osi.

Mawo: Grande confiança.

Balógun: Título ligado ao Ilê Ogun.

Alagada: Ogan que cuida das ferramentas de Ogun.

Balóde: Ogan de Odé.

Aficodé: Chefe do Aramefá (6 corpos) ligado ao Ilê Odé.

Ypery: Ogan ou Àjòiè de Odé


Alajopa: Pessoa de Odé, que leva a caça para ele.

Alugbin: Ogan de Oxalufan e Oxaguian que toca o Il¦ù dedicado a Oxalá.

Assogbá: Ogan ligado ao Ilê Omolú e cultos de Obaluaiye, Nanã, Egun e Exú.

Alabawy: Pessoa que trabalha na área jurídica e que cuida dos interesses civis do
Axé.

Alagbede: Pessoa que trabalha no ramo de ferro e metais e forja as ferramentas do


Axé.

Elémòsó: Ogan ou Àjòiè de Oxaguian, ligados ao Ilê Oxalá etoda sua edumentária.

Oba Odofin: Ligado ao Ilê Oxalá.

Iwin Dunse: Ligado ao Ilê Oxalá.

Apokan: Ligado ao Ilê Omolú.

Abogun: Ogan que cultua Ogun.

Iyá Otun / Babá Otun: braço direito do zelador, pessoa de confiança do zelador.

Iyá Osí / Babá Osí: braço esquerdo zelador, pessoa de confinça mdo zelador.

Asògbá- Homem responsável pelo quarto de Omolú

Obs: Todos os cargos são intransferíveis, uma vez dado através da confirmação no
jogo de Orunmilá e o Orixá da casa, não podem mais serem retirados, os cargos são
vitalícios e confirmados em orô interno, só podem serem substituídos na morte da
pessoa. Existem cargos transitórios dados pelos zeladores e não estão aqui descritos

5 MANEIRAS de EVITAR a ENERGIA NEGATIVA dos OUTROS

Independente de religião ou doutrina, você é o autor de seu próprio estado energético.


Sabemos que empatia é a capacidade de reconhecer e sentir as emoções de outras pessoas.
Simpatia, sentir compaixão por outras pessoas. Muitas vezes para ser um “empata” significa
que você estará absorvendo grande parte da dor e sofrimento em seu ambiente, o que pode
sacrificar sua capacidade de se expandir a um nível mais elevado.
Se você convive frequentemente com uma pessoa negativa, você sabe o quão tóxica a sua
energia pode ser. Aprender a não absorver as energias de outras pessoas é uma grande
habilidade espiritual a se desenvolver. Aqui estão cinco maneiras de parar de absorver a
energia negativa de outras pessoas.

1) Lembre-se, você não pode agradar a todos

Se alguém lhe assediar moralmente, reclamando sobre você, ou desrespeitar você, não faça de
sua missão tentar convencer essa pessoa a gostar de você. Isso só vai sugar você ainda mais o
seu campo de energia e vai fazer de você energeticamente dependente da opinião deles.

Nem todo mundo vai gostar de você. Todos estamos, aqui na terra, vivendo com um propósito
diferente. Ao amar a si mesmo em primeiro lugar, você irá criar um campo de força em torno
de outras pessoas que irá protegê-lo de ser tão esgotado por suas opiniões.

Também lembre-se: você não pode mudar ninguém. Não faça de sua missão tentar corrigi-los
nesse momento também. Às vezes, a melhor coisa que você pode fazer é não tentar mudá-los,
pois, agindo assim, você não vai alimentar a energia que eles estão projetando em você.

2) Tenha cuidado com quem você convida para a sua vida

Seu corpo, sua mente e o seu ambiente são o seu templo. Quem você está convidando para
eles? É um convite aberto? Será que as pessoas ainda limpam os pés antes de caminhar ao
redor deles, ou arrastam-lhe a lama de sua alma?

No Brasil existe uma gíria chamada folgado. O significado direto é “solto” ou “preguiçoso”, mas
que realmente significa “freeloader”. Não é exato no Inglês equivalente pois é mais uma
mentalidade do que um estilo de vida.

Se você dá a uma pessoa um pedaço de pão, um dia, eles vão pedir pão todos os dias. Se você
deixar alguém ficar em sua casa para um fim de semana, então eles vão tentar ficar a semana
toda (ou duas!).

Uma vez eu pensei que minha esposa estava ficando fria e com um espírito mesquinho para
com alguns dos nossos vizinhos. Depois que eu percebi que ela estava apenas respeitando a si
mesma e a sua casa! Eu valorizava sua postura e adotei o estilo como meu, a partir daí.
É ótimo ser generoso, mas há uma linha tênue a trabalhar para que você você não seja
pisoteado, assim, optando por ajudar aqueles que realmente precisam. Aprenda a dizer “não”
é estar bem com isso.

3) Parar de prestar atenção

Um parasita precisa de um hospedeiro para sobreviver. Quando você presta atenção em


alguém, você está dando-lhe energia. Ou seja, se você se concentrar em vampiros de energia,
eles vão entrar em sua mente e vão roubar seus pensamentos, diminuindo drasticamente seus
níveis de energia.

Algumas pessoas vão despejar sua energia em você e então dirigir para o próximo “pit stop“.
Um ouvido amigo pode ser uma coisa maravilhosa, mas é, necessariamente, uma linha que
precisa ser cuidado se se quiser manter a saúde de sua energia.

Talvez você encontrou-se como uma fonte de uma pessoa para retransmitir as suas frustrações
no trabalho, um relacionamento ou mesmo realizações bem-sucedidas. Todas estas emoções
podem drenar você de várias maneiras e fazer com que você comece a limitar a sua própria
vida de maneiras não produtivas.

Ame-se o suficiente para ajustá-los, dizer-lhes para parar, ou dizer-lhes que você não pode
lidar com isso agora. Não economize em rejeitar sua energia tóxica.

4) Inspire natureza

Vá para a natureza meditar, relaxar e respirar. Purifique a água dentro de você, exercite e
flutue fácil.

Esteja como uma borboleta, flutue suavemente, mas mova-se rapidamente. A respiração
aumenta a circulação do fluxo sanguíneo ao redor do corpo e ajudará a evitar que você
absorva a energia daqueles que o rodeiam. Caminhe com confiança, mantenha a cabeça
erguida e não permita que ninguém faça você se sentir inferior. A lagarta come tudo em torno
dela e se torna gorda, imóvel.

Deve-se primeiro tornar-se luz, a fim de voar.

5) Tome 100% de responsabilidade por seus pensamentos e emoções


Como você se sente é 100% sua própria responsabilidade. O universo está enviando pessoas
para a nossa vida para nos testar. A percepção que temos de nós mesmos é maior do que a
percepção que os outros têm de nós.

Você não é uma vítima, ninguém tem poder sobre você.

Considere como seus pensamentos ou expectativas podem ter manifestado a situação que
está incomodando você. E se a resposta estiver dentro de seu nível de paciência, irritabilidade
ou compaixão? A menos que tomemos um tempo para nos observar, nós inconscientemente
afirmamos nossa própria vitimização para o mundo que nos rodeia.

Uma vez que você se torna responsável pela maneira que você escolhe responder a algo, você
se conecta com você mesmo a um nível mais profundo. Quando você está conectado a si
mesmo a um nível mais profundo, você começa a não ser abatido nem projetado para fora de
seu centro tão facilmente.

Coloque-se em situações que aumentam as suas próprias energias.

Esta pessoa faz com que você se senta bem? Você faz essa pessoa se sentir bem?

Você é merecedor de uma experiência brilhante e é hora de perceber isso! Aprenda a


proteger-se contra as energias de outras pessoas e comece com o amor-próprio.

Lembre-se de que é importante para você estar feliz e em paz. Esteja pronto para dizer não.

Você é o autor de seu próprio estado energético.

O QUE É NASCER AO ORIXÁ ?

Por Luiz Eduardo Câmara Machado

O que é nascer ao Orixá?

É buscar nos preceitos, a luz do amor.

É amar a vida dentro e fora do Axé, sem julgamentos, sem maldades.

É saber que a vida não é fácil. Mas, é saber que as Divindades nos carregam no colo nos
momentos mais difíceis.
É sabermos que “estamos” humanos, mas na verdade, “somos” Espíritos.

É saber que somos feitos de pedaços da África, que montam um grande quebra-cabeça de
felicidade em nossos corações, mesmo quando não queremos aceitar as peças, que faltam.

E, como são essas peças, que faltam?

São nossas dores, nossos dissabores, nossos “inimigos”, nossas doenças, nossas perdas, nossas
amarguras, nossas angústias e nossas saudades.

Contudo, nossos Orixás nos lembram: estamos no Àiyé para crescer, aprender e progredir,
mesmo quando insistimos na mediocridade, na maldade, na arrogância, na egolatria.

Poderíamos estar melhores no corpo de carne? Sim, poderíamos. Todavia, somos alunos
teimosos, que preferem a estrada fácil do que o caminho pedregoso.

Estrada fácil? Sim, a estrada, que parece nos deixar “de bem” conosco, mas “de mal” com a
humildade, fraternidade, caridade e empatia; pois, quando escolhemos o lado mais fácil da
vida, escolhemos deixar de lado o “SOMOS” para abraçarmos o “EU”.

Aprendamos a “ser do Orixá”; não “a estar no Orixá”, pois quando “somos do Orixá”,
aprendemos a valorizar o próximo. Contudo, quando “estamos no Orixá”, apenas queremos
estar nas festas da vida, sejam elas dentro ou fora do Axé.

E, a vida, não é festa. Ela é escola.

...Ué, você é médium e está desempregada!?..

Ué, você é médium e ficou doente!?...

Ué, você é médium e sua companheira lhe traiu!?!?...

Você é médium e está sem dinheiro!?!?...

Você é médium e não sabia que iria acontecer!?!?...

Onde estão as Entidades que você tanto fala que lhe protegem e lhe ajudam!?!?... Cadê Seu
Exu, sua Pomba Gira, seu Caboclo, seu Preto Velho, seu Cosme que não estão vendo isso pelo
que você passa?

Achar que só porque somos médiuns temos que estar livres e impunes a tudo e todos... Só
porque eu sou médium eu não posso perder o emprego ou ficar doente... Se nos médiuns
fôssemos superiores aos demais qual a finalidade então da reencarnação e da evolução
espiritual???

Temos que ter ciência e deixar claro, para aquelas pessoas que tem pouco conhecimento
sobre nossa amada umbanda, que o fato de sermos médiuns não nos torna melhores ou piores
que eles. Pelo contrario nossa responsabilidade é dobrada, pois nós mesmos, antes de
reencarnamos, pedimos para vir nesta condição de médium, para evoluir e cumprir as dívidas
de outras encarnações.

Sejamos mais coerentes e sábios para não transferirmos nossos problemas para o nosso
Sagrados.
Já fui questionado: onde estão suas Entidades?

Eu com um sorriso no rosto respondi: Estão comigo o tempo todo!

Meu Exu está me dando o Equilíbrio , minha Pomba Gira está me dando Alegria , meu Caboclo
está me dando Forças, meu Preto Velho está me dando Sabedoria, e meus Orixás estão me
dando Fé, para que eu não deixe de acreditar que, com um Joelho no chão, eu consigo vencer
na vida !!!! Intendam isso pessoas religiosas e fora de nossa religiao

Você pede benção aos seus irmãos?

O ato de dar e tomar benção, não é apenas um simples gesto que engrandece a alma e o
respeito, humilde e de bastante importância, quando praticamos a troca de bênção, não
estamos apenas “cumprimentando” os nossos mais velhos ou novos, mas acima de tudo,
estamos pedindo benção aos guias alheio, portanto amigos e irmãos, a troca de benção não é
uma VAIDADE e sim a HUMILDADE perante os guias espirituais. Por isso sempre que estiver em
um templo ou encontrar os Pais ou os irmãos peçam a benção,este ato só irá fazer você
crescer dentro do axé dos orixás.

Ato de tomar a Benção

“Tomar a Benção” é sim um procedimento de reconhecimento e de respeito à Hierarquia, mais


do que isso, é um ato de entrega, respeito e confiança, portanto aquele que “dá a benção”
tem que estar consciente de suas responsabilidades, assim como deve rever e reavaliar seus
atos constantemente para que eles sejam e estejam idôneos à sua posição. “Tomar a Benção”
ou “Dar a Benção” é coisa séria e tem fundamento, portanto é preciso ter Atitude, Respeito e
Conhecimento.

percebam: quando o médium toma entre suas mãos a mão de seu Pai Espiritual e a beija
respeitosamente levando-a até a sua testa e beijando-a novamente, ele está saudando,
determinando e reafirmando sua fé acima de tudo a Trindade Divina.

Percebam que são três atos, beijar a mão, colocar na testa e beijar novamente, o que significa
o respeito à Trindade, além disso, ao beijar pela primeira vez o médium está afirmando que
aquela mão tem “poder”, tem “conhecimento” e tem “autoridade”; ao colocar essa mão na
testa o médium está afirmando que somente aquela mão tem a permissão de tocar em sua
coroa – afirmativa que magneticamente e vibratoriamente dá proteção àquele médium pois
dificulta a ação de espíritos negativos que continuamente tentam “dominar” o mental do
mesmo – automaticamente o Pai silenciosamente “pede” para que todo seu Saber seja
absorvido por aquele ‘filho’, afinal sem conhecimento não há evolução, e intimamente, ao
tocar com as mãos na testa de seu filho, o Pai diz: “eu te dou o meu Saber meu filho, receba e
evolua em espírito”; por fim, ao beijar novamente a mão do Pai espiritual, o médium está
confirmando o desejo de que aquelas mãos preparadas o conduza no trabalho espiritual e no
encontro aos Orixás, por isso que ao pedir a benção o Pai Espiritual responde “Seja Oxalá
quem lhe abençoe meu filho”. Importante perceber que com essa afirmativa o Pai já está
proporcionando o encontro do médium com os Orixás. Basta ter Fé, Atitude, Respeito e
Conhecimento.

É, a Umbanda tem fundamento sim, e é nosso dever e nossa obrigação saber “preparar”.

É nosso dever e nossa obrigação saber se comportar, ensinar e respeitar. É nosso dever e
nossa obrigação dar bons exemplos e responder por nossos atos e pela Umbanda, mesmo
porque, na Umbanda NADA É SIMPLES, mas tudo é de uma simplicidade impar. Fiquemos
atentos!!!

*O ATO DE BATER CABEÇA*

O ato de bater cabeça, talvez seja a parte da ritualística umbandista cuja simbologia esteja no
inconsciente coletivo da humanidade desde o princípio dos tempos.yawo2

O ato de levar a cabeça ao solo é encontrado, praticamente, em todas as religiões e foi trazido
para alguns protocolos do mundano tendo em vista que em muitas sociedades os seus
soberanos eram tidos como representantes terrenos da divindade.

Seu significado pode ser interpretado como (reconhecimento da) submissão do ser humano
diante da onipotência da deidade, muitas vezes representada através de fenômenos da
Natureza. Ou seja, a aceitação de nossas limitações diante daquilo que não podemos
controlar. Trata-se, portanto, de um sinal de respeito e de entrega.

Também pode ser entendido como representação de humildade, bem como uma forma de
agradecimento (p.e., à Mãe-Terra que, através de seus mistérios, nos dá tudo o que nos
sustenta e mantém).

Pode-se, então, dizer que na Umbanda bater cabeça significa respeito pela deidade, orixás,
guias e entidades que são representadas tanto pelo congá ou congar, como por pontos de
força ou energia (a tronqueira e os atabaques), e ainda nas figuras dos sacerdotes e
sacerdotisas ou mais velhos na religião.

A ritualística pode variar de terreiro para terreiro, função de doutrina e fundamentos próprios.

*GONGÁ OU ALTAR*
O Congá é um núcleo de força, em atividade constante, agindo como centro atrator,
condensador, escoador, expansor, transformador e alimentador dos mais diferentes tipos e
níveis de energia e magnetismo.

É ATRATOR pq atrai para si todas as variedades de pensamentos q pairam sobre o terreiro,


numa contínua atividade magneto-atratora de recepção de ondas ou feixes mentais, quer
positivos ou negativos.

É CONDENSADOR, na medida em q tais ondas ou feixes mentais vão se aglutinando ao seu


redor, num complexo de cargas positivas e negativas, produto da psicosfera dos presentes.

É ESCOADOR, na proporção em q, funcionando como verdadeiro fio-terra (pára-raio),


comprime miasmas e cargas negativas e as descarrega para a Mãe-Terra.

É EXPANSOR, pois q, condensando as ondas de pensamentos positivos emanados pelo corpo


mediúnico e assistência, os potencializa e devolve para os presentes.

É TRANSFORMADOR no sentido de q, em alguns casos e sob determinados limites, funciona


como um reciclador de lixo astral, condensando-os, depurando-os e os vertendo, já reciclados,
ao ambiente de caridade.

É ALIMENTADOR, pelo fato de ser um dos pontos do templo a receberem continuamente uma
variedade de fluidos astrais, q além de auxiliarem na sustentação da egrégora da Casa, serão o
combustível principal para as atividades do Congá.

O Congá não é mero enfeite; tão pouco se constitui num aglomerado de símbolos afixados.
Congá dentro dos Templos Umbandistas tem fundamento, tem sua razão de ser, pois é
pautado em bases e diretrizes sólidas, lógicas, racionais, magísticas, sob a supervisão dos
mentores de Aruanda.

Qual o objetivo da DEFUMAÇÃO ?

Geralmente as defumações atrativas somente podem ser feitas depois do ambiente


descarregado e limpo. As defumações atrativas em vias gerais são feitas de fora para dentro do
ambiente mudando seus elementos conforme as energias que quer atrair.
Já a de descarga deve ser feita de dentro para fora e seus elementos tb variam confomre a
necessidade do ambiente e situação; eguns, kiumbas (obessores), fluidos negativos,
demandas, etc.

Um dos grandes símbolos da Umbanda é a vela.

Ela fica presente em varias etapas nos trabalhos da Sagrada

Umbanda, por vezes encontramos as velas vibracionais em Gongares, nas oferendas, pontos
riscados, em firmamentos e assentamentos, firmando anjos de guarda e em quase todos os
trabalhos de firmamento.

Quando um filho de Umbanda acende uma vela, mal sabe que está abrindo para sua mente
uma porta interdimensional, onde sua mente consciente nem sonha com a força de seus
poderes mentais.

A vela funciona na mente das pessoas como um código mental. Os estímulos visuais captados
pela luz da chama da vela acendem, na verdade, a fogueira interior de cada um, despertando a
lembrança de um passado muito distante, onde seus ancestrais, sentados ao redor do
fogo,tomavam decisões que mudariam o curso de suas vidas.

A maioria dos umbandistas acendem velas para seus Guias de forma automática, num ritual
mecânico, sem nenhuma

concentração. É preciso muita concentração e respeito ao acender uma vela, pois a energia
emitida pela mente do médium irá englobar a energia do fogo e, juntas, irão vibrar no espaço
cósmico, para atender a razão da queima dessa

vela.

Não é conveniente, ao encontrar uma vela acesa no portão do cemitério, nas encruzilhadas,
embaixo de uma arvore, ao lado de uma oferenda, apaga-la por brincadeira ou por outra
razão. Devemos respeitar a fé das pessoas. Quem assim o cometer, deve ter em mente, que
poderá acarretar sérios problemas com esta atitude, de ordem espiritual. Precisamos respeitar
o sentimento de religiosidade das pessoas, principalmente quando acender uma vela faz parte
desse sentimento. Se acender uma vela a pessoa tiver um forte poder de magnetização, torna-
se mais perigoso apagar a vela. Mas, se ela não estiver magnetizada, fica a critério de cada um.

Nos trabalhos de Umbanda existe uma grande preocupação com o uso de velas virgens, ou
que não estejam quebradas.

Isso tem um grande fundamento, pois a vela virgem estava isenta da magnetização de uma
vela usada anteriormente evitando assim um choque de energias, que geralmente anula o
efeito do trabalho.

História
Quando o homem ainda habitava as cavernas nasce o primeiro resquício do que viria se tornar
a vela. Nas pinturas deixadas por essas populações foram encontrados desenhos que
assemelhavam-se a recipientes que mantinham fogo aceso.

Dentro desses recipientes eram depositados gordura animal – em forma líquida – e fibras
vegetais como se fosse um pavio que se encarregava de manter a “vela” queimando.

Depois de sua descoberta foram se aprimorando os métodos, e então começaram a ser


confeccionadas velas desde as com sebo de animais (cheiro não muito agradável) até as
produzidas com cera de abelhas (aromáticas).

O fato do calor remeter a vida e o frio a morte pode ter sido um dos motivos pelos quais as
pessoas começaram a associar a vela ao poder de abençoar e afastar males de suas casas e
vida.

Velas na Umbanda

Reforçar, repetir e concretizar pedidos, bênçãos e agradecimentos ao astral. A simplicidade da


parafina transpassada por um pedaço de barbante ganha um significado memorioso quando
unida aos pensamentos e intenções da prece. Mas como para tudo existe uma face “negativa”,
nesta prática também acontece de ter caminhos mal direcionados. Quando a energia da mente
da pessoa que pede se une a energia ígnea (fogo) elas trabalham para atender a razão pelo
qual a vela foi acesa.

Se o pedido for pelo bem de alguém o bem se tem, se pede-se por propósitos ruins é possível
que também se obtenha esse retorno, e pensando nisso compreende-se que no momento em
que elas retornam voltam duplicadas pois, retornam com a energia a quem o pedido foi
encaminhado.

Portanto é necessário não apenas pedir por boas vibrações, mas também se concentrar no
momento do pedido. Sentimentos pesados e distrações podem dificultar que o Axé flua.

Em linhas gerais essa é a forma que a vela atua, a intenção é acionada pela energia mental e
reforçada pela energia ígnea chegando até o campo vibratório da entidade para quem se
encaminhou o pedido. Veremos mais sobre essa mecânica no quinto tópico.

LISTA DE VELAS E A QUEM PODE SE OFERECER.(geralmente)

Anjo da Guarda: Branca.

Oxalá: Branca.

Ogum: Vermelha.

Xangô: Marrom.

Obaluaiê/Omulú: Traçada Branca e Preta / Traçada Amarela e Preta.

Oxóssi: Verde.
Iansã: Amarela.

Iemanjá: Azul claro ou Branca.

Nanã: Lilás (Roxa).

Oxum: Azul.

Ibeijada, Erês (Criança): Rosa, Azul ou Traçada Azul e Rosa.

Malandros: Branca ou traçada branca e vermelha.

Ciganos: Vela de Cera, ou de Mel ou Colorida na cor do arco-íris.

Boiadeiro: Branca ou Amarela.

Caboclo de Ogum: Vermelha ou Verde.

Caboclo de Oxóssi: Verde.

Caboclo de Xangô: Marrom ou Verde.

Caboclas: Verde, Branca ou Traçadas Branca e Verde.

Exú e Pombo Gira: Preta, Vermelha ou Traçada Preta e Vermelha.

Pretas-Velhas: Traçada Branca e Preta, ou roxa.

Pretos-Velhos: Traçada Branca e Preta ou Branca.

Saravá Umbanda!

*ACENDER VELAS*

A vela acesa dentro do terreiro tem o objetivo de movimentar ou colocar em ação a “energia
ígnea”, tal qual o charuto aceso, o alguidar com álcool, o carvão…vela

A Umbanda, na sua essência e por ser mágica, trabalha com os elementos da natureza: – água,
ar, terra, fogo, mineral, vegetal e mineral.

A energia ígnea além de transmutar é também um condutor energético. Esta energia é


fundamental ao equilíbrio mental no campo da razão. A absorção dela é vital para que
alcancemos um ponto de equilíbrio em todos os sentidos da Vida. Assim como cada substância
tem seu ponto de equilíbrio, medido em graus Celsius ou Fahrenheit, nós também temos esse
ponto. e dependendo da absorção dessa energia ígnea, tanto podemos acelerar quanto
paralisar nosso racional, deixando de usar a razão e recorrer à emoção ou aos instintos. O uso
religioso das velas justifica-se porque quando as acendemos, elas tanto consomem energias do
prana quanto o energizam, e seus halos luminosos interpenetram as sete dimensões básicas
da vida, enviando a elas suas irradiações ígneas e conseqüentemente nossos pedidos feitos.
Velas na Umbanda, Suas Cores e Como Utilizar

Um dos grandes símbolos da Umbanda é a vela.

Ela fica presente em varias etapas nos trabalhos da Sagrada

Umbanda, por vezes encontramos as velas vibracionais em Gongares, nas

oferendas, pontos riscados, em firmamentos e assentamentos, firmando

anjos de guarda e em quase todos os trabalhos de firmamento.

Quando um filho de Umbanda acende uma vela, mal sabe que está

abrindo para sua mente uma porta interdimensional, onde sua mente

consciente nem sonha com a força de seus poderes mentais.

A vela funciona na mente das pessoas como um código mental. Os

estímulos visuais captados pela luz da chama da vela acendem, na

verdade, a fogueira interior de cada um, despertando a lembrança de um

passado muito distante, onde seus ancestrais, sentados ao redor do

fogo,tomavam decisões que mudariam o curso de suas vidas.

A maioria dos umbandistas acendem velas para seus Guias de forma

automática, num ritual mecânico, sem nenhuma concentração. É preciso

muita concentração e respeito ao acender uma vela, pois a energia

emitida pela mente do médium irá englobar a energia do fogo e, juntas,

irão vibrar no espaço cósmico, para atender a razão da queima dessa

vela.

Sabemos que a vida gera calor e que a morte traz o frio. Sendo a

chama da vela cheia de calor, ela tem um amplo sentido de vida,

despertando nas pessoas a esperança, a fé e o amor; No ritual da


magia, o mago entra em contato com seu mundo inconsciente, depositário

de suas forças mentais, onde irão ser utilizadas para que alcancem

seus propósitos iniciais. Qualquer pessoa que acender uma vela, com

fé, está nesse momento realizando um ritual mágico e,

consequentemente, está sendo um mago; Se uma pessoa suas forças

mentais com a ajuda da magia das velas, no sentido de ajudar alguém,

irá receber em troca uma energia positiva; mas, se inverter o fluxo

das energias psíquicas, utilizando-as para prejudicar qualquer pessoa,

o retorno será infalível, e as energias de retorno são sempre mais

fortes, pois voltam acrescidas da energia de quem as recebeu; As

pessoas que utilizam a força da magia das velas que, na realidade,

despertam as forças interiores de cada um com propósito maléficos,

não são consideradas magos, mas feiticeiros ou bruxos. Infeliz daquele

que, na ânsia de destruir seus inimigos, acendem velas com formatos de

sapo, de diabo, de caveira, de caixão, etc., assumindo um terrível

compromisso cármico com os senhores do destino. Todos os nossos

pensamentos, palavras e atos estão sendo gravados na memória do

infinito, ninguém fica impune junto à justiça divina. Voltaremos ao

planeta Terra quantas encarnações for preciso para expiar nossas

dívidas com o passado. Por outro lado, feliz daquele que lembra de

acender uma vela com o coração cheio de amor para o anjo da guarda de

seu inimigo, perdoando-o por sua insensatez, pois irá criar ao seu

redor um campo vibratório de harmonia cósmica, elevando suas vibrações

superiores; Ao acender velas para as almas, para o anjo da guarda, os

pretos velhos, caboclos, para a firmeza de pontos, Conga, para um

santo de sua preferência ou como oferenda aos Orixás, é importante que

o umbandista saiba que a vela é muito mais para quem acende do que

para quem está sendo acesa, tendo a mesma conotação do provérbio

popular que diz: A mão de quem dá uma flor, fica mais perfumada do que

a de quem a recebe; A intenção de acender uma vela gera uma energia

mental no cérebro da pessoa. Essa energia é que a entidade espiritual


irá captar em seu campo vibratório. Assim, a quantidade de velas não

influirá no valor do trabalho; a influencia se fará diretamente na

mente da pessoa que está acendendo as velas, no sentido de aumentar ou

não o grau da intenção. Desta forma, é inútil acreditar que podemos

comprar favores de uma entidade negociando com uma maior ou menor

quantidade de velas acesas. Os espíritos captam em primeiro lugar as

vibrações de nossos sentimentos, quer acendamos velas ou não. Daí ser

melhor ouvir uma das máximas de Jesus que diz: Antes de fazer sua

oferenda, procure conciliar-se com seu irmão.

Não é conveniente, ao encontrar uma vela acesa no portão do

cemitério, nas encruzilhadas, embaixo de uma arvore, ao lado de uma

oferenda, apaga-la por brincadeira ou por outra razão. Devemos

respeitar a fé das pessoas. Quem assim o cometer, deve ter em mente,

que poderá acarretar sérios problemas com esta atitude, de ordem

espiritual. Precisamos respeitar o sentimento de religiosidade das

pessoas, principalmente quando acender uma vela faz parte desse

sentimento. Se acender uma vela a pessoa tiver um forte poder de

magnetização, torna-se mais perigoso apagar a vela. Mas, se ela não

estiver magnetizada, fica a critério de cada um.

Nos trabalhos de Umbanda existe uma grande preocupação com o uso de

velas virgens, ou que não estejam quebradas.

Isso tem um grande fundamento, pois a vela virgem estava isenta da

magnetização de uma vela usada anteriormente evitando assim um choque

de energias, que geralmente anula o efeito do trabalho.

Especificação de cores das velas.

VELA DA COR BRANCA: OXALÁ.


Na Umbanda, o uso da vela branca é o mais frequente, devido à sua

representação como símbolo da pureza. A cor branca na Umbanda é a cor

do Orixá Oxalá. Daí a razão do uso de velas brancas na maioria dos

trabalhos e firmamentos dentro da associação da pureza/Oxalá.

VELA DA COR VERMELHA: OGUM.

O Orixá Ogum, tido como senhor das guerras, tem uma vibração muito

forte. As velas vermelhas, quando acesas dentro de seu ritual, vibram

na mesma frequência, com resultados mais favoráveis. Considerando que

a força da vela está mais na força mental da pessoa, a cor irá

concorrer com o sentido de favorecer sua capacidade de concentração,

devido a conjugação de frequências idênticas. Se houver uma inversão

nas cores das velas, isso poderá ou não alterar o resultado dos

trabalhos pois dependerá em grande parte da força mental da pessoa.

VELA NA COR AZUL: OXUM E IEMANJÁ.

A cor azul, com sua vibração serena, vibra na mesma frequência da

Orixá Oxum, a senhora das águas doces. A vela de cor azul tanto pode

ser acesa para Oxum como para Iemanjá, que aceita em seu ritual velas

brancas. Por isso alguns Terreiros preferem usar as velas traçadas,

nas cores azul e branca, para Iemanjá.

VELA NA COR AMARELA: IANSÃ.

Ficou estabelecida que a cor amarela, que deriva da vermelha, é a

cor da Orixá Iansã, também pelo fato de ser uma energia de luta. As

velas acesas para Iansã deverão ser da cor amarela, para continuar em

sua frequência vibratória. A variação de quantidade de velas deve ser

a mesma que se acende para qualquer outro Orixá ou Entidade, de acordo


com os objetivos do trabalho.

VELA NA COR MARROM: XANGÔ.

Estabeleceu-se a cor marrom para o Orixá Xangô, levando-se em

consideração a neutralidade dessa mesma cor. A energia de Xangô emana

dos minerais, que possuem uma variedade muito grande de cores.

Curiosamente, prevaleceu a cor mais frequente, que a das pedras sobre

a superfície da terra.

VELA NA COR VERDE: OXOSSI.

A cor verde, por seu equilíbrio vibratório, obtido pela junção das

cores amarela e azul, vibra na frequência do Orixá Oxossi, o senhor

das matas. Assim, uma vela de cor verde, acesa numa mata, que tem a

cor verde, possui uma força vibratória muito forte, facilitando o

trabalho de firmamento.

VELA NA COR LILÁS OU ROXA: NANÃ BUROQUÊ.

A cor roxa vibra na Orixá Nanã Buroquê, por ser ela, a Orixá, que leva

o dom da evolução, sendo assim a cor lilás ou roxa, está ligada ao

mundo místico e significa espiritualidade, magia e mistério. O roxo

transmite a sensação de tristeza e introspecção. Estimula o contacto

com o lado espiritual, proporcionando a purificação do corpo e da

mente, e a libertação de medos e outras inquietações. É a cor da

transformação.

A orixá Nanã rege sobre a maturidade e seu campo preferencial de

atuação é o racional dos seres. Atua decantando os seres emocionados e

preparando-os para uma nova "vida", já mais equilibrada .


VELA NA COR TRAÇADA AMARELA E PRETA: OMULÚ.

A vela traçada amarela e preta tem uma vibração muito forte no

encaminhamento de Espíritos, por isso ela foi determinada a Omulu, que é

o Orixá que coordena a passagem do mundo físico para o mundo

espiritual. E ele que no desencarne eleva o entendimento das pessoas

para que entendam esse desencarne e evolua.

Omulu é o desdobramento do Orixá Obaluaiê, sendo Obaluaiê o Orixá no

modo jovial e Omulu no modo idoso. Contudo sendo um só Orixá. No caso

de Obaluaiê não devemos oferecer a vela na cor traçada amarela e

preta, e sim na cor branca e preta, por ser a cor branca a cor de

renascimento.

VELA NA COR ROSA OU TRAÇADA ROSA/AZUL: IBEIJI.

A cor rosa ou TRAÇADA rosa/azul, com sua vibração cheia de vida,

vibra na frequência da energia da falange dos espíritos das crianças,

conhecidas também como Ibejis, Ibeijada ou Erês. Velas traçadas, nas

cores azul e rosa, são acesas também com o mesmo resultado das velas

cor-de-rosa, assim como as azuis.

VELA NA COR TRAÇADA BRANCA/PRETA: PRETO VELHO.

As velas traçadas, nas cores branca e preta, são utilizadas nos

trabalhos de magia dos Pretos Velhos e devem ser usadas sob a

orientação direta dos próprios Pretos Velhos.

VELAS NA COR TRAÇADA BRANCA E VERMELHA: ZÉ PILINTRA E MALANDROS.

As velas traçadas nas cores branca e vermelha, são oferecidas aos

Malandros e malandras, assim como também a Entidade Zé Pilintra.


Elas tem como objetivo de trazer a vibração de dois povos ao ser

acesa, ou seja, a vibração das Almas, que se apresentam ao ser

queimada a cor branca, e a vibração da linha de esquerda, Exus e Pombo

Giras, ao ser queimada a cor vermelha.

Sendo assim, ao acender uma vela traçada, oferecendo a Senhor José

Pilintra e aos Malandros e Malandras, estamos trabalhando e entregando

nossas intenções tanto a linha da direita como a linha da esquerda.

Portanto é muito importante estar bem concentrado ao acender essa

vela, pois nossos pensamentos poderão nos fazer trazer coisas

merecidas tanto do lado bom como do lado ruim, pois nessa vibração,

para pessoas que não estão preparadas, podem ser enganadas por

Espíritos sem Luz, que tentam se passar por Entidades de Luz da linha

dos Malandros e Malandras. Seu pensamento na hora de oferecer uma vela

traçada branca/vermelha tem que estar firme num ponto extremo.

VELA NA COR TRAÇADA VERMELHA E PRETA: POMBO GIRA E EXU.

As velas traçadas, nas cores vermelha e preta, são utilizadas para as

Pombo Giras e os Exús. Devem ser acesas com muita cautela e de

preferência por quem conhece os segredos da mironga. Elas só devem ser

acesas com determinação de uma Entidade, e por pessoas que estiverem

preparadas. Quando uma Entidade determina algum trabalho com as velas

das cores pretas ou traçadas vermelhas e pretas, é provável e

considerável que essa Entidade já imantou a pessoa na qual irá acender

a vela.

A vela vermelha e preta, quando está queimando a cor vermelha, tem o

sentido de luta; quando esta queimando a cor preta significa vitória

sobre o objetivo proposto inicialmente.

VELAS DE CERA: TRABALHOS DE ALTAS COMPLEXIDADES, BATISMO E CIGANOS.


Para os trabalhos de alta COMPLEXIDADE , recomenda-se o uso de velas de cera,

por sua constância e pela força de sua chama. É a vela ideal para as

cerimônias de batismo das crianças, onde elas serão amenizadas do carma

de seus inimigos de vidas passadas.

Também pode ser usadas no oferecimento a povo Cigano, assim como a

vela de mel.

LISTA DE VELAS E A QUEM PODE SE OFERECER.

Anjo da Guarda: Branca.

Oxalá: Branca.

Ogum: Vermelha.

Xangô: Marrom.

Obaluaiê/Omulú: Traçada Branca e Preta / Traçada Amarela e Preta.

Oxóssi: Verde.

Iansã: Amarela.

Iemanjá: Azul claro ou Branca.

Nanã: Lilás (Roxa).

Oxum: Azul.

Ibeijada, Erês (Criança): Rosa, Azul ou Traçada Azul e Rosa.

Malandros: Branca ou traçada branca e vermelha.

Ciganos: Vela de Cera, ou de Mel ou Colorida na cor do arco-íris.

Boiadeiro: Branca ou Amarela.

Caboclo de Ogum: Vermelha ou Verde.

Caboclo de Oxóssi: Verde.

Caboclo de Xangô: Marrom ou Verde.

Caboclas: Verde, Branca ou Traçadas Branca e Verde.

Exú e Pombo Gira: Preta, Vermelha ou Traçada Preta e Vermelha.

Pretas-Velhas: Traçada Branca e Preta, ou roxa.

Pretos-Velhos: Traçada Branca e Preta ou Branca.


Nunca se esqueça de que as velas, são extensão da vontade e dos

pensamentos daquele que a acende, portanto, primeiramente limpe seus

pensamentos e eleve sua vontade no bem. e nas causas justas para que

assim tenha um bom resultado em seus pedidos e oferecimentos ao

acender uma vela.

A vela ilumina primeiro quem a acende. Isso nos mostra que aquele que faz o bem para os
outros será o primeiro a ser iluminado.

A DIFERENÇA ENTRE ANJO DA GUARDA, MESTRE, MENTOR E GUIA ESPIRITUAL

Muitas pessoas têm dúvidas em relação à diferença entre Anjo da Guarda, Mestre, Mentor e
Guia Espiritual, independente da religião ou doutrina filosófica que segue. Então, vamos saber
um pouco mais sobre cada um deles, assim você não terá mais dúvidas em relação ao tema.

ANJO DA GUARDA

- É considerado um espírito protetor o qual pertence a uma escala elevada no plano espiritual.
De acordo com o Espiritismo, sua principal missão é acompanhar o ser encarnado ajudando-o
a cumprir as provas evolutivas aqui no planeta Terra, portanto, qualquer pessoa poderá pedir
ajuda ao Anjo da Guarda, pois ele está aqui presente para auxiliá-lo. Eles são seres espirituais
que não têm corpo físico, porém podem assumir forma corpórea, caso seja necessário. A
palavra Anjo significa “Mensageiro de Deus”. Quando nascemos, já é designado um Anjo da
Guarda para nos acompanhar, nos proteger e para se conectar com ele, basta pedir ajuda por
meio de orações e preces.

MESTRES

- São seres espirituais mais evoluídos porque já alcançaram um grau de evolução que não
precisam mais encarnarem. Eles ficam em planos superiores ao nosso, porém se chamados por
meio da prática de “canalização de energia”, por exemplo, ou até mesmo rituais específicos,
eles estarão acessíveis para nos ajudar.

MENTORES ESPIRITUAIS

- São espíritos mais evoluídos do que nós, apesar de serem imperfeitos ainda, mas já atingiram
um grau elevadíssimo de sabedoria e pureza de alma. Saiba que eles estão sempre conosco
para nos ajudar nesta trajetória de vida, nesta atual reencarnação. Eles apresentam uma
disciplina incrível e trabalham tanto no plano astral quanto aqui no planeta Terra. Todos nós
temos um ou mais Mentores que nos guiam nesta trajetória terrena.
Eles visitam os hospitais, ajudam os médicos aqui da Terra para que não cometam erros em
seus trabalhos no dia a dia, operam sim junto com eles, muitas vezes, segurando a mão desses
profissionais nos enviando energia vital, energia de luz, limpando-nos das impurezas. A missão
de um Mentor é bastante parecida com a de um professor, um orientador. Ele nos auxilia
sempre na vida profissional, por exemplo, doando seu conhecimento e esta também é uma
forma de evolução até mesmo para ele próprio.

Para se conectar com os Mentores Espirituais, tudo dependerá de nossa vibração energética.
Cada um de nós tem um Mentor ou vários nos guiando dia a dia. Somos sim influenciados
pelos espíritos de luz e para isso, temos de estar de bem conosco. O pensamento nos guia
cada segundo de nossa vida, então, devemos estar na mesma sintonia que os Mentores, pois
são espíritos de luz.

Em resumo, os Mentores Espirituais são seres de luz que estão conosco para nos iluminar, nos
guiar no caminho do bem, para nos ajudar a evoluir espiritualmente.

O ato sagrado de acender uma vela


cristinatormena

2 anos ago
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Primeiramente quando acendemos uma vela seja para que Entidade ou Guia,
Santo, Orixá que for estamos procurando com este ato realizar um religare. O
ato de acender uma vela é algo sagrado contido em várias culturas religiosas
pelo mundo a fora, e deve-se ser feito com profundo respeito. As velas antigas
eram fabricadas utilizando Junco embebidas em sebo, símbolo de iluminação,
nos tempos antigos foi considerada artigo de luxo, onde somente pessoas
qualificadas tinham a autorização de fabricá-las. Hoje encontramos velas
fabricadas de diferentes composições e formatos.

Vamos pegar por base a vela do Anjo da Guarda.

 A cor da vela do Anjo da Guarda de praxe é branca, podendo também ser


usadas velas de mel, é utilizado outras cores principalmente quando se
está canalizando a força dos Anjos Cabalísticos.
 Primeiramente deve-se se escolher um lugar apropriado, limpo. Não se
deve acender vela para Anjo da guarda em solo que não seja sagrado,
infelizmente já soube de casos de pessoas que acendiam a vela no chão do
banheiro, só para constar o banheiro é o lugar mais negativo de uma
residência, não se acende vela para entidades e guias nenhum no
banheiro. Acredito que não precise se dizer do porquê.
 No caso do Anjo da Guarda de preferência utilizar um prato branco, eu
particularmente quando compro um prato num estabelecimento seja ele
de artigos religiosos ou não, eu costumo lavar bem primeiramente com
água, e depois jogo um pouco de água com açúcar e lavo novamente. A
água com sal descarrega, mas tira todas as energias tanto negativas quanto
positivas, a água com açúcar mantém as positivas.
 O prato não deve estar lascado, só lembrando que pratos lascados se usa
para trabalhos de almas, então cuidado nesses pormenores.
 Deve-se ungir a vela de preferência com azeite doce, lhe dando um
propósito sagrado, fazemos o sinal da cruz, e esfregamos em nossas mãos
onde mentalizamos o que queremos e o que estamos buscando alcançar
com aquele ato, quando esfregamos as mãos estamos passando a nossa
energia para a vela.
 A árvore da Oliveira é considera uma árvore sagrada em várias tradições
e culturas, foi nela uma das primeiras aparições de Jesus Cristo.
 Coloca-se um copo de água do lado da vela, a água é vida, não se deve
beber a água do anjo da guarda, a não ser que ela tenha um propósito de
cura, nesse caso é muito comum colocar umas gotinhas de azeite doce na
água e ofertar para a corrente médica do espaço juntamente, caso
contrário não se bebe, lembrando que essa forma de canalização sempre
vem após uma recomendação de um guia que saberá orientar como
deverá ser feito. Na água de anjo da guarda podemos notar que sua forma
pode mudar apresentando um aspecto diferente de quando foi colocada,
muitas vezes podem aparecer, bolhas, a água ficar turva, nebulosa,
gordurosa, a água pode diminuir, pode sair fumaça dela, a água puxa
muitas vezes a energia que a pessoa está, principalmente a negatividade
que está sendo tirada. Lembrando que muitos desses sinais são ocorridos
pela ação do magnetismo.
 Num assentamento de Anjo da Guarda, que é uma firmeza diferenciada de
Anjo da Guarda, essa água é colocada numa quartinha, é muito comum se
ver sinais na quartinha como se o Anjo da Guarda estivesse mandando
avisos, e ela reflete muitas vezes o próprio estado emocional do
filho. Nunca é bom envolta das quartinhas haverem e aparecerem
formigas, caso isso aconteça o dirigente deverá ser comunicado. As
formigas simbolizam perda, animais altamente contaminadores, por isso a
nível de ritualística ele é considerado negativo. Numa obrigação de
assentamento ou firmeza de Anjo da Guarda poderá ser utilizado outros
utensílios de acordo com a tradição de cada casa, ex: incensos, essências,
cristais, flores etc.
 A mesma coisa é a presença de ratos, a coisa mais lamentável que existe é
ver ratos onde há imagens, velas acesas, ibás etc.
 Procure sempre depois que a vela apagar, jogar a água do copo no pé de
uma planta forte e bonita, mas que não solte leite, e nem tenha espinhos.
 O astral superior não entende nada de negativo, não pertence a sua
sintonia energética. Então quando forem pedir algo sempre positivamente.
Por exemplo: Ah meu Anjo da Guarda NÃOtenho saúde, NÃO consigo
emprego, estou desesperado. Opte por rezar assim: Gratidão Meu Anjo
da Guarda pela boa saúde, pela prosperidade e fartura, pela paz do meu
lar. A força da palavra tem grande poder no plano astral.

Velas para guias e Orixás, deve-se ter o mesmo respeito, variando é claro as
cores das velas de acordo com a raiz de cada casa. Eu particularmente todas as
minhas velas são ungidas e consagradas.

Independente da cor, o que vale mesmo é a INTENÇÃO. Se você precisa


acender uma vela para Iança e não tem a vela de sua cor, acenda o branco.
Apenas um exemplo.

Esse grande detalhe juntamente com a questão de MERECIMENTO, fazem


toda a diferença para que o RESULTADO seja alcançado.

Um detalhe importantíssimo em toda firmeza para Orixá não deve


faltar ÁGUA.

ÁGUA SIMBOLIZA A VIDA.

Algumas pessoas optam por acender as velas nos campos naturais, vamos
ter bom senso, e responsabilidade, não se acende velas por exemplo
encostadas em troncos de árvores, deve-se limpar bem o chão tirando o
excesso de folhas secas, tomando todo o cuidado para que essa vela queime
com segurança.

Evitem de acender uma vela grudada na outra, a não ser que seja um trabalho
especifico que exija esse tipo de manipulação.

Um outro detalhe importante, não é necessário acender velas de Anjo da


Guarda acima da cabeça, tipo colocar em cima de armários, lugares
altíssimos, é muito perigoso, porque se essa vela tombar poderá causar
incêndios e provocar sérios danos. A vela deve estar na altura do chakra
raiz.

Um outro detalhe, se for sair de casa é aconselhável colocar o prato dentro de


uma forma, dessas de bolo, com água, porque se a vela tombar do prato, ou
mesmo algum animal de estimação tocar nela e a derrubar, não irá causar
danos porque irá estar amparada com uma forma cheia de água.
A forma de água é muito útil quando queremos deixar uma oferenda num
altar, protege para que não chegue insetos na mesma.

Jamais deve-se acender uma vela sem ter um dono a qual está sendo ofertada.
Caso contrário espíritos não muito idôneos podem se canalizar na mesma. Em
caso de falta de luz elétrica é um caso aparte, mas assim que a luz voltar
apague as velas.

As cores das velas fora a representação dos nossos Orixás, também possuem
significados próprios, quanto a intenção e energia.

Vermelha: corresponde a pedidos mais urgentes e específicos


Amarela: sabedoria, prosperidade e discernimento
Verde: saúde
Azul: tranquilidade e paz
Lilás: corresponde a pedidos relacionados a mudanças na vida
Laranja: energia, vigor e força
Branca: neutra; pode ser usada para qualquer pedido, Universal.
Preta: usada na alta magia (tanto para o bem quanto para o mal), podendo
seu propósito variar de acordo com a intenção do manipulador.
(apenas alguns exemplos)
Uma vela bem acesa ela emite sinais que muitas vezes podem surpreender,
algumas chegam a mudar a cor da chama ficando azuladas, outras aumentam
absurdamente de tamanho suas chamas, algumas chamas podem partir em
duas, outras cospem labaredas. A vela é um dos mais antigos instrumentos de
magia por isso que o ato de acender uma vela tenha que ser visto com maior
responsabilidade e cuidado. E muita concentração para que não haja desvios
de canalização.

Muitas vezes as pessoas acendem uma vela para o Anjo da Guarda achando
que o Anjo precisa da Luz da vela, mas na realidade essa Luz é para nós
mesmos, com esse ato estamos nos iluminando nos religando ao sagrado,
trazendo ele mais perto de nós e para nossa proteção.

Quando acendemos uma vela estamos a busca de Paz, de conforto, é o


momento que estamos sobre as graças do divino.

Muitas pessoas ficam muito impressionadas por exemplo quando uma vela
chora, derrete, sempre acham algo negativo, e nem sempre o é. Primeiramente
precisamos verificar alguns detalhes, a qualidade da vela, do material e da
parafina, tem velas que compramos para durar 7 dias elas duram 2 e olhe lá,
entrada e correntes de ar podem provocar que essa vela queime de uma forma
errada, vela acendidas juntas obviamente o calor de uma irá aquecer a outra,
apesar de não ser uma regra porque já vi velas unidas queimarem
perfeitamente. Muitas vezes as próprias entidades e guias mandam sinais pelas
ceras das velas, uma recordação muito bonita que tenho foi uma vez que
acendi uma vela para Iemanjá e na cera formou sua imagem.

O sagrado também lê seu coração, então não adianta estar acendendo uma
vela e estar pensando bobagens e coisas ruins. Precisa-se ter firmeza, pureza
de intenções e muita concentração.

Não entrarei no mérito dos reinos e povos de Exú e Pombogira, porque


algumas questões quanto as suas firmezas já entram em méritos de
fundamento. E devem ser aprendidos dentro do terreiro.

As cores das velas desses povos e reinos são de acordo com os campos de
atuação e magia as quais pertençam. Apenas um ex. Um exú que responda ao
reino das matas pode utilizar uma vela metade preta e verde por exemplo.

Um detalhe importante o ato de acender uma vela nunca fica impune, sempre
a pessoa deixa seu magnetismo nela, cuidado e reveja para que objetivo esteja
utilizando esse instrumento. Se for algo ruim lembre-se você deixou algo seu
ali, uma parte sua, e algumas energias vão mas podem voltar e você sentir na
própria pele suas intenções. Lembre-se sempre da história do carvão, o mal é
como carvão, não ficamos de mãos limpas após tocá-lo. Muita prudência e
seriedade neste momento, em caso de duvida consulte um guia idôneo ele
saberá te orientar de como proceder.

Espero que com esses toques sutis, possam mostrar a todos que o ato de
acender uma vela pode aparentemente ser algo simples mas não o é. Por isso
muita cautela, comprometimento e seriedade, ao manipular elementos. A vela
é um símbolo de alta magia, um dos instrumentos essenciais em vários ritos
religiosos.

Basta enxergar quando nossos guias firmam seus pontos e colocam suas velas,
a forma com que manipulam, usam os elementos, as vezes nas situações tão
costumeiras que muitas vezes passam desapercebidas pela desatenção dos
médiuns, os médiuns deixam de aprender lições preciosas. A vela muitas
vezes simboliza a destruição, mas também o renascimento.

ANTES DE ACENDER A VELA NO PLANO FÍSICO OBSERVE SE A


VELA QUE AQUECE SUA ALMA TAMBÉM ESTÁ ACESA.

Por que devemos ficar descalços em nossos Terreiros?


São três motivos principais:

O primeiro é que o solo representa a morada dos nossos antepassados e quando estamos descalços,
tocando com os pés no chão, estamos entrando em contato com estes ancestrais e,
consequentemente, com todo o conhecimento e a sabedoria que esse passado guarda.

O segundo motivo pelo qual devemos tirar os calçados é o respeito ao solo sagrado do Terreiro. Vir
da rua com os sapatos sujos e entrar com eles onde nossos trabalhos espirituais são realizados seria
como alguém entrar em nossa casa carregando uma montanha de lixo que vai caindo e se espalhando
por todos os cantos. Diante desta situação você diria o quê? No mínimo que essa tal pessoa não tem
respeito por você ou pela sua casa.

O terceiro motivo é o fato de que naturalmente nós atuamos como “pararraios” e ao recebermos
qualquer energia mais forte, se estivermos descalços sem nenhum material isolante entre nosso corpo
e o chão, ela automaticamente se dissipa no solo. É uma forma de garantir a segurança do médium
para que não acumule ou leve determinadas energias consigo.

Além de tudo isso, podemos dizer também que realizar nossos trabalhos espirituais descalços é uma
forma de representar a humildade e a simplicidade do Rito Umbandista.

No início, este costume nos cultos de origem africana tinha outro significado. Os pés descalços eram
um símbolo da condição de escravo, de não “ser humano”, uma vez que o escravo não era
considerado um cidadão e estava, por exemplo, na mesma categoria do gado bovino das fazendas.
Quando liberto, a primeira coisa que o negro procurava fazer era comprar sapatos, pois eram o
símbolo de sua liberdade e, de certa forma, faziam com que ele fosse incluso na sociedade formal. O
significado da “conquista” dos sapatos era tão profundo que, muitas vezes, eles eram colocados em
lugar de destaque na casa para que todos os vissem. No entanto, ao chegar ao Terreiro, espaço que
havia sido transformado magisticamente em solo africano, os sapatos tornavam-se novamente apenas
um símbolo de valores da sociedade branca e eram deixados do lado de fora. Ali os negros sentiam-
se de novo na África e podiam retornar à sua condição de guerreiros, sacerdotes, príncipes,
caçadores, etc.

GUIAS ESPIRITUAIS

- Também são conhecidos como espíritos protetores. Eles são considerados irmãos espirituais
os quais fazem parte de nossa família espiritual. É aquela pessoa que já fez parte de nossa
reencarnação atual e se foi ou até mesmo algum antepassado que ainda não encarnou nesta
geração, porém mantém a ligação astral de afeto e carinho, sendo por meio da afinidade nos
segue para nos proteger. Quando eles estarão próximos de nós? Eles estarão próximos de nós
nos momentos difíceis de dor, tristeza, perdas, perigo. Poderemosa sentir a presença deles
conforme nosso grau de sensibilidade, por exemplo, por meio de sonhos, visões, sensação de
calor em nosso rosto etc.

Então, vamos manter sempre nossas emoções equilibradas para que estejamos conectados
com todos os seres de luz do universo por meio de nossas intuições. Prestemos mais atenção
nos toques que a própria sabedoria de vida nos propõe e seremos ainda mais felizes nesta
existência!
Fica aqui esta maravilhosa sabedoria de hoje para você! Desejo a todos paz no coração!

(*) BANHOS DE ERVAS NAS SESSÕES DE UMBANDA:

Os banhos de ervas fazem parte do contexto religioso da Umbanda, onde se tem o intuito de
purificar-restabelecer o equilíbrio das energias dos médiuns, livrando e afastando as energias
negativas (Eguns, espíritos obsessores, emoções negativas, entre outros), assim como, imantar
o mesmo para a aproximação de suas entidades.

Em todas as sessões, independentemente se for sessões abertas ao público (Sessão de


atendimento das entidades) ou de sessões fechadas ao público (Sessões de Desenvolvimento
Mediúnico), os banhos de ervas deverão sempre estar presentes para o início e fim das
mesmas.

Entretanto, tudo isto deve ser organizado e supervisionado pelo Dirigente do Terreiro, uma vez
que ele que é o detentor do conhecimento dos efeitos de cada erva para que não venha em
momento nenhum existir consequências para os médiuns, pois não existe protocolo de ervas
que servem para todas as pessoas e para todos os casos. Pois cada pessoa é uma pessoa, cada
médium tem sua entidade, assim como, orixás, onde cada qual tem suas respectivas ervas de
harmonização, assim como, ervas que podem ser suas quizilas.

O que significa ebó? Para que serve um ebó? Quando se faz um Ebo?

Você não tem nada, é psicossomático, está apenas somatizando, tudo isso é apenas coisa da
sua cabeça. Caso já tenha escutado uma destas afirmações está na hora de procurar ajuda de
um Sacerdote, para consultar o Oráculo Sagrado no intuito de buscar um diagnóstico preciso.
Com certeza o seu problema será resolvido na espiritualidade com ajuda dos nossos Orixás.
Muitos profissionais da saúde usam essas frases como acusação contra as pessoas que passam
por doenças da alma. Mas saiba que o fato de possuir doença psicossomática ou passar por
somatização não significa que não há doença. Isso é uma grande injustiça com a pessoa que
passa por sofrimentos de doenças espirituais e reais que só podem ser curadas com rituais
específicos e a sabedoria do Povo do Santo, onde automaticamente fará o equilíbrio do seu
corpo, mente e espirito. Embora os aparelhos medicinais não tenham capacidade deste
diagnóstico, o ser humano acaba sendo tratado como doente mental ou bola de ping-pong,
servindo de chacota pelos profissionais de saúde e até mesmo pelos seus entes queridos que
ignoram totalmente a saúde espiritual. Existe a presença de sintomas físicos mas não há
doença orgânica. A causa destes sintomas é psico-espiritual. Por exemplo: Na síndrome do
pânico a pessoa apresenta sintomas orgânicos idênticos ao ataque do coração ou à problemas
intestinais; mas o médico não detecta cardiopatia alguma em seus exames. O que a
espiritualidade e a compreensão nos caminhos da ancestralidade e conhecimento de Orixá Ory
(Cabeça individual) nos mostra é que se a mente pode produzir algo ruim, quando afetada
negativamente, também pode ter a capacidade de reverter quando reparada com ritos
pertinente ao equilíbrio. Alguns chamam isso de poder mental, mas não se trata de nada de
poder ou não, mas apenas da capacidade que todos temos de influenciar nosso corpo. Já que
você faz isso involuntariamente que tal aprender a “dominar” sua saúde física e mental através
da espiritualidade?

O que significa ebó? Para que serve um ebó? São perguntas feitas e nem sempre respondidas
adequadamente pela maioria do Povo do Santo, que foi catequizado e acabou incorporando
no seu vocabulário como sinônimo de (macumba), feitiçaria, maldade e no último caso, de se
retirar algum negativo espiritual de uma pessoa, através de uma limpeza de corpo. O termo
ebó, tem pelo menos dois significados práticos: O primeiro quando é usado para denominar
um processo de limpeza, chamado também de sacudimento. O segundo quando é usado
genericamente para o ato de fazer uma oferenda nas ruas ou encruzilhadas.

A palavra ebó significa literalmente sacrifício ou oferenda e devemos entender isso de uma
forma ampla e não somente o que requer uma oferenda animal, mais também, sacrifícios
vegetais, minerais e comportamentais. Ebó é sempre uma oferta a ser feita para os ancestrais
ou os orixás em agradecimento por bênçãos recebidas ou na intenção de resolver problemas
ou obstáculos, abrir portas, oportunidades e evitar as mazelas. Os itens normalmente se
compõem de elementos como frutas frescas, cereais, água, bebidas destiladas, mel, azeite;
além disso, o ebó pode conter outros itens como dinheiro, roupas, búzios, ervas e etc.

Alguns tipos de ebó são preparados, ritualizados e colocados dentro de casa e outros devem
ser ritualizados e colocados no tempo. Ebó é uma oferta ritual, um forte elemento e o motivo
final do processo de consulta ao oráculo sagrado. Ele tem uma função central no processo de
consulta. O ritual de oferta consiste de uma liturgia elaborada com objetivo de apresentar uma
comida e bebida através dos quais o homem manipulará e usará para intermediar com as
divindades em seu próprio benefício. O relacionamento entre os seres humanos e as
divindades é expresso e obtido através da execução de rituais e liturgias. Isso ocorre em
qualquer religião, sendo essa ritualização a base da necessidade e existência das religiões, uma
vez que a sua razão é a ligação entre o homem e o divino. A colocação ou citação do oráculo
como parte do processo de um ebó é intencional. Se tratando de Candomblé, não existe
sentido em estabelecer a necessidade de fazer um ebó sem que o oráculo esteja envolvido.
Estamos tratando de um processo de transmissão, equilíbrio e reposição de axé através dos
Orixás e com a interferência de um sacerdote. Os rituais e liturgias conectam o mundo físico ao
mundo espiritual de forma a trazer harmonia e equilíbrio para o nosso dia a dia. Para o Povo
do Santo, o sacrifício é o elo que traz a solução e tranquilidade ao universo e que ordena os
problemas em nosso mundo.

Quatro coisas são importantes para a eficácia de um ebó.


– Primeira: é o correto uso de cada elemento ritual que é especificado para o odù que foi
revelado na consulta ao oráculo, seguindo exatamente a receita da sua linhagem, com cânticos
e rezas.

– Segunda: todo ebó tem que ter objetivo e propósitos reais e sinceros.

– Terceira: todo ebó tem que ser espiritualmente tratado por sacerdotes.

– Quarta: existe a necessidade de uma integração entre o sacerdote, o consulente e as forças


espirituais que serão movimentadas para se obter o resultado desejado.

Algumas vezes o ebó não virá na forma de uma oferenda física, mas sim através de regras de
comportamento e proibições. Por exemplo: não frequentando alguns lugares, não consumindo
determinado tipo de alimento, não fazendo determinado tipo de tarefa ou comportamento,
adotando uma rotina de rezas, etc. Uma parte muito importante de um ebó é determinar a
quantidade de tempo que ele vai ficar exposto e o local onde será colocado depois. Esta
definição é parte do processo do oráculo. Mas em relação a seu significado o mais importante
é entender que o ebó é mais do que um conjunto de itens físicos. Ele é parte de um sistema de
forças e energia que é movimentado no momento em que se inicia a consulta ao oráculo,
quando olódùmarè se utilizará de Orunmilá e de seus ministros, os orixás e ancestrais, para
poder mudar ou corrigir uma determinada situação. Neste processo, Exu é o elemento
transportador de energia ou axé. Assim, todo o conjunto espiritual que compõe os
fundamentos da religião se movimenta através de uma simples consulta a Ifá; ou seja, um jogo
de búzios. Não podemos entender o significado de um ebó se não compreendermos este
sistema metafísico que está envolvido e suas diversas engrenagens

👵🏿 *O QUE É MIRONGA?*👴🏿

Mironga é como chamamos a "magia" de preto-velho, a mandinga dos espíritos que se


apresentam como negros idosos e sábios para ajudar os filhos que os procuram.

Aqui vão algumas mirongas que essa nega véia tem a ensinar para resolver as dificuldades do
coração, muito comum nos queixumes e pedidos de auxílio dos filhos da Terra.

Leia tudo com muita atenção e principalmente, aplique isso no seu dia-dia.
1 – Aprenda a viver sozinho.

Caso você não consiga nem viver consigo mesmo, como poderá levar felicidade e alegria para
outra pessoa? Primeiro relacione-se com seu eu interior. Depois busque alguém.

2 – Assuma a responsabilidade pelo seu relacionamento. Não é magia, inveja, ciúmes de


terceiros, etc, que irá separar aquilo que o amor uniu.

3 – É claro que também nenhuma simpatia, reza ou trabalho irá unir ou "amarrar" aquilo que a
falta de carinho desuniu.

4 – Simplificando: quem procura as coisas ocultas para resolver problemas sentimentais é


imaturo.

Ruim do juízo e doente do coração.

5 – Desapegue-se! Porque o amor é um sentimento livre.

Um eterno querer bem.

Um carinho incondicional. Quase um sentimento de devoção.

Se você "gosta" tanto de alguém, que prefere ele "morto" do que feliz com outra pessoa,
escute: Isso não é amor!

Simples ilusão disfarçando o egoísmo...

6 – Aprenda que ninguém irá te completar.

Você já é completo! Mas quando um relacionamento é calcado no mais puro amor, muito do
amado vive no amante, e muito do amante pra sempre viverá no amado. Quer milagre maior
que esse?

7 – Melhor sozinho do que mal acompanhado! Sabedoria popular, mas o que têm de doutor e
doutora que não consegue entender isso.

8 – Ponha o pé no chão e esqueça essa história de alma gêmea.

Pare de enfeitar suas próprias desilusões com devaneios ditos espiritualistas. Encare a
realidade de frente.
9 – A vida vai passando, com ele/a, ou sem ele/a.

E a morte se aproximando...

10 – Por isso, vão viver a vida meus filhos!

Quem sabe ela não está guardando um presente para vocês?

Não existe mironga maior que essa!

Deus é amor!

Todos que desejamos para o próximo volta em dobro.

Deseje a amor sempre essa é a melhor magia.

O USO DA PÓLVORA NA UMBANDA

Os descarrego de pólvora, são muito usado na “Umbanda” e nas Linhagens de “Nagò e


Bantos”, possuindo poderosa e grande força benéfica, desde uma vez, que a pessoa saiba
utilizá-la!

Todo o descarrego com pólvora, deve sempre ser feito sob a orientação de um dirigente
experimentado e mentores espirituais, e sempre a partir do “pôr do sol” e se estendendo até
às 23.30 horas.

A explosão e o fogo da pólvora (fundanga) provoca um grande poder mágico, como também as
combinações de cores das velas, para expulsar o “Mal” de pessoas, de locais ( residências ou
local de trabalho profissionais), levando-os para o espaço, por isso, realizamos em pessoas ao
ar livre!

A pólvora é usada como um acelerador de partículas. Através da liberação de gases, acontece


o movimento frenético das moléculas de água que compõem o nosso campo magnético,
campo esse denominado de aura, energia resultante da queima das células de todo o corpo
dirigido pelo cérebro, centro de comando do espírito, energia sutil apenas detectada em
fotolitos.
A pólvora em queima, libera seus elementos sutis que interage neste campo liberando o
vampirizado do cordão fluídico denso e negativo.

Com o movimento frenético das moléculas dá-se o rompimento do mesmo liberando ambos os
espíritos para o devido tratamento, acontecendo de forma idêntica com as larvas astrais que
como ‘’carrapatos’’ do espírito se desgrudam e se desintegram na corrente elétrica provocada
pela queima da pólvora.

Nenhum espírito é queimado pela pólvora. A sensação do mesmo na hora da queima é de um


choque elétrico provocando na maioria das vezes um desmaio temporário ou um torpor dos
sentidos.

A pólvora é um elemento material utilizado para vibracionar o campo das energias sutis do
corpo, assim como a água fluidificada é carregada de energia para que atue nas células do
corpo físico e também igualmente como o passe magnético potencializador dos elétrons que
pulam das mãos do médium para o corpo do receptor agindo nas células do corpo físico.

Descarrego é a forma habitual das entidades ou médiuns, retirarem das pessoas as energias
negativas das quais estão carregados em sua aura ou perispirito.

O descarrego, é feito utilizando-se de velas, pipocas, ovos, folhas, queima de pólvora


(Fundango) e banhos de ervas. A descarga energética é feita através do descarrego, e após os
objetos passados na pessoa são despachados em água corrente ou queimados. (no caso de
folhas).

MOKÃN, CONTRA EGUNS , UMBIGUEIRA, XAUOROS.

O Mokãm é confeccionado com palha da costa trançada, e unindo as pontas da trança, nós
teremos um circulo que é simbolo de continuidade. É colocado nesse circulo duas vassourinhas
também confeccionadas de palha da costa.

Essas "vassourinhas" simbolizando o varrer o afastar da Morte, são símbolos de Nanãn Orixá
que detém a força da Divindade Iku. Antiga Divindade que faz parte dos fundamentos de
restituição.

Posicionadas de forma que fiquem uma para trás e outra para frente. As " vassourinhas" são
para que o recém iniciado, não vá de encontro com Iku e para que Iku não o apanhe pelas
costas, pois o recém iniciado estará simbolicamente em uma tênue linha entre vida e morte
no seu processo de iniciação, e Iku estará sempre a espreita. Adornado com miçangas nas
cores do Orixá para quem o iniciante será feito e também com búzios símbolo de
ancestralidade riqueza e abundancia.

O Mokãm é de uso constante do recém iniciado durante todo o período da iniciação e o


acompanhará até que se feche o ciclo da iniciação.
O Contra Eguns e Senzalas, que são chamados de Ikãm, possui um significado obvio ao nome, é
para que os chamados "Eguns" não se aproximem do novo iniciado, e não é apenas de uso
somente para os noviços, mas a todo momento que se faz necessário o seu uso.

As Senzalas, são braceletes também confeccionadas de palha da costa adornadas com búzios e
miçangas, Servem para que os ancestrais de direita e de esquerda do noviço possam protege-
lo, de possíveis energias negativas. De acordo com a disposição dos búzios indica Santo
Masculino e ou Feminino.

A umbigueira, é fundamental para equilibrar as energias que sobem dos pés em contato
constante com o chão e as energias que vem do Orum, céu.

Possui um fundamento bem complexo, que representa a ligação direta do iniciado com seu
orixá, e a ancestralidade Oxumarê.

O Xauorôs, são Guizos presos em uma trança de palha da costa, em pares. Pois seu barulho
espanta os Eguns, No interior do guizo tem ou deveria ter pedaços de aço inoxidável, metal
que possui baixíssima corrosão, símbolo de Kisila para Egum.

Quartinha

De acordo com o dicionário, QUARTINHA é uma espécie de jarro de barro para guardar a água
fresca;

Antigamente na áfrica todas as quartinhas eram de barro, mas com a vinda dos negros para o
Brasil, as escravas se encantaram pelas porcelanas portuguesas das senhoras, e assim
passaram a enfeitar mais esses pequenos jarrinhos.

Além das quartinhas de barro e louça, encontramos ainda quartinhas de cobre, latão e bronze.

Na maioria dos asés, a quartinha com alça é oferecida as Yabás (Orixás femininos) e a
quartinha sem alça aos Borós (Orixás masculinos).

– Orisás ligados a terra, exemplos Odé , Ogún , Xangô , Omolú

Quartinhas de barro para a evaporação da água e troca da mesma, até com uma certa
frequência, já que a água fertiliza a terra. A criação da quartinha de barro também é de autoria
de nanã, a exemplo de nosso corpo, que a mesma empresta o barro, para quando de nossa
morte devolver o material a terra, ou seja a nanã .

– Ja as iyágbas e orisás fufun que não são mexidos e não aceitam muito movimento dentro de
seus quartos ou locais aonde são assentados, a quartinha é de louça, já que a água para estas
divindades devem ser limpa ao extremo e a Louça deixa a água por tempo considerável pura
para a sua troca .

A quartinha é um dos utensílios indispensáveis nos cultos afro-brasileiros, sendo usada na


maioria dos assentamentos e na obtenção dos AXÉS.

As águas (omi), e o barro primordial (amò), são os elementos utilizados por Òsàlá para moldar
o ser humano, para que, após fisicamente moldado, Olódùmarè lhe insufle o Emí, princípio
vital representado pela respiração, gerando assim a vida.

As quartinhas então representam vida e criação, elementos sem os quais não existe Òrìsà,
tampouco àse.

Sua natureza sempre mutável, precisando constantemente de abastecimento, nos lembra que
a vida sempre está em movimento, sendo necessária a renovação contínua e periódica do àse
(energia dinâmica em movimento), tanto individual quanto coletivo, princípio este que
permeia todo o culto a Òrìsà.

A quartinha representa a respiração da divindade, então quando a divindade necessita dessa


respiração, há o ciclo de evaporação da água através dos poros do barro.

As QUARTINHAS servem de imã espiritual para o médium. Todos os fluidos são absorvidos
pelas energias constantes da água contida nas QUARTINHAS.

Ao desincorporar um ORIXÁ, a água da QUARTINHA proporcionará ao médium uma calma


salutar após o transe espiritual.

Motivos para não deixar a quartinha sem água:

– falta de axé, sendo a água fundamental para tudo no asé

– traz poeira e esta mesma poeira o orisá joga para sua vida, afinal cada um oferece o que tem
e o orisá retribui aquilo que você oferece

– Esta mesma água é que deixa a sua vida sempre renovada

– Esta mesma água é quem desperta o iniciado quando esta ” VIRADO NO SANTO’

– Esta mesma água é que mostra o respeito ao sagrado e seu cuidado com o orisá

– Esta mesma água fresca, trocada e rezada renova seus pedidos ao seu orisá
– Esta mesma água mostra o elo e a cumplicidade entre você e seu orisá

– Esta mesma água mostra que você é cumpridor de suas obrigações a seu orisá

E quando de seu recolhimento e preceitos em obrigações, nada de caneca de Ágata, e sim é da


quartinha de seu orisá ou de seu igbá orí a água que ira saciar a sua sede. Deve ser usada,
portanto, não é apenas um elemento comum que se enche com água e deixa ao lado de seu
orisá, e para quem conhece asé sabe que a quartinha acompanha a gente até na nossa partida
deste mundo.

Então você que é pouco zeloso com um dos materiais mais importantes de nosso Culto, aqui
alguns toques e motivação para que você seja um Babá , Iyá , Egbomí , yáwô exemplar. E este
tipo de exemplo você não dará a ninguém, e sim a si mesmo e a seu orisá como já disse.

Há coisas que só você mesmo pode fazer por você mesmo .

O ” QUARTILHÃO ” ou “PORRÃO”, é aquele que fica a entrada ou porta de um ilê, ao qual o


filho da casa entra e despacha a porta (ato de jogar a água na rua). Este mesmo quartilhão não
pode ficar sem água, ou seja, vazio, pois ele muito neutraliza a negatividade que habita o
portão do lado de fora da casa de asé.

( Trechos do texto Por que não devo deixar de cuidar de minha quartinha – Babalorisa Kleber
Ti Ogún; Trechos do texto Fundamentos da quartinha – Templo de umbanda Tia Conceição;
Adaptação Contos de Logunce

ÒKÙTÁ, O EQUILÍBRIO COLHIDO NA NATUREZA

Por Luiz Machado

Quando falamos de feitura, o mais importante é saber os procedimentos corretos, que serão
aplicados à mesma, pois a feitura (termo genérico, utilizado para falar sobre o processo de
total união, ligação entre a alma humana encarnada e sua estruturação com as energias
provindas do espectro psico-energético de sua Divindade) de um Orixá, gerando assim, o
equilíbrio necessário para a “manifestação” desta Divindade no corpo físico do médium, que
também é conhecido como filho da mesma.

Porém, para que se possa estruturar essa energia psíquica, faz-se necessário entender a
importância de um apetrecho utilizado na feitura do Yáwò: o Òtá. Contudo, para que
possamos entender a importância do òtá, vamos buscar na ciência psico-bio-energética, o
entendimento e a complexidade desta energia.

A mente humana, centro de manifestação do espírito encarnado, comumente chamado de


alma, vibra, manifesta-se em ondas elétricas, que para manifestarem-se no corpo físico,
necessitam ter uma modulação, uma intensidade, que o cérebro consiga codificar, ler, e
depois, colocar em forma simplificada para que a mesma vire palavras, atos, atitudes, pois se
assim não fosse, nosso cérebro não conseguiria interpretar as mesmas, fazendo com que
nossas vidas não fizessem sentido.
Pois bem. Assim fazendo, podemos nos comunicar, entre em equilíbrio e entender que a alma
é o que dá vida real ao corpo físico, e não o pleno funcionamento dos órgão vitais.

Nossos órgãos vitais mantém a alma ligada, não presa, ao nosso corpo físico, e quando estes
órgãos perdem a sua função, nosso corpo físico desequilibra, rompendo os laços de bioenergia
e, assim acontecendo, a alma perde o vínculo com o mesmo, retornando ao seu mundo
original: o mundo espiritual.

Todavia, para que à feitura da Divindade se processe, há que se encontrar no corpo físico, um
órgão que seja compatível com a comunicação físico-espiritual, e que este órgão, através de
seu equilíbrio, possa adentrar o mundo espiritual, receber a comunicação psico-energética da
Divindade, levá-la ao cérebro e assim fazendo, entender que o corpo está em estado
comunicativo com uma força, uma energia, que não é de sua alma; mas sim, de algo superior.

É aí, que encontramos a glândula pineal.

Esta glândula, como dizia Descarte, “é aonde reside a alma”. Porém, após estudos menos
filosóficos, e mais científicos, descobriu-se que a pineal é uma estrutura de aproximadamente
8mm, que por conter cristais, consegue absorver as energias provindas do mundo espiritual, e
assim fazendo, codificar e transmitir ao cérebro a mensagem, ou manifestação, dos seres
espirituais.

Para os médiuns, que utilizam da mediunidade interpretativa: psicografia, psicofonia,


psicopictografia, entre outras, o equilíbrio da estrutura Espírito-Pineal-Cérebro se processa
com muito menos intensidade, podendo assim, os cristais pineais, manter o equilíbrio e não
perdendo ou desestruturando a comunicabilidade. Contudo, quando falamos de Divindades,
este equilíbrio não consegue se fazer apenas através destes cristais, pois a estrutura espectro-
energética das mesmas ondula, vibra de forma tão intensa, que o corpo físico não aguenta; e
assim sem um suporte externo, não há como haver equilíbrio para a manifestação das
Divindades, que “carregam” em seu campo vibratório, ondas, que a glândula pineal não
consegue interpretar sozinha.

Por isso, quando necessitamos fazer a feitura de uma Divindade, precisamos equilibrar esta
energia com a energia humana, e em apoio à glândula pineal, “dividimos” esta energia em um
símbolo sagrado chamado Òkùtá; ou, “Mente que carrega mente”.

O Òkùtá é sacralizado em um pedaço da natureza chamado Òtá, que é uma pedra,


normalmente colhida às margens, ou dentro de um rio (podendo também ser colhida em uma
mina de ferro, pés de vulcões ou ainda em minas de cristais, pois tudo depende da resposta
dada a Ìfá), que após ser escolhida e recolhida, recebe os preceitos sagrados, tornando-se a
“balança que dividirá, equilibrará as psico-bio-energias, que farão com que o médium, neste
caso, o Yawò, receba em sua pineal, uma parte das ondas modulares da Divindade, e com o
Òkutá, o equilíbrio necessário para que seu corpo físico consiga manifestar a mesma sem
prejuízo ao campo cerebral.

Mas, como no Candomblé, nossos Ítáns nos respondem as perguntas e os porquês no devido
tempo, busco um Ítán muito antigo, da tribo Igbò, que muito bem explica este porquê.

Caminhava Òrí em terras de Òrunmilá, quando o mesmo tentava, comunicar-se mente-a-


mente com os humanos, quando notara que era praticamente impossível a mesma, pois a
mente humana não conseguia decodificar as palavras Dele.
Assim vendo, Ele pede a Òrúnmìlá, que o fizesse compreendido pelo povo do Aiyè, pois Ele,
Òrí, necessitava falar sobre a importância do amor, da amizade, da família aos seu filhos, que
habitavam o mundo terreno.

Òrúnmìlá diz que “a cabeça humana não conseguiria ter modos de entende-lo, mas, com “a
cabeça, que dorme na rocha (Òkùtá)”, tudo seria mais fácil.

E, assim fazendo, soprou sobre os sacerdotes terrenos o segredo do equilíbrio entre a mente
humana e o Sagrado, tornando indispensável o Òkùtá a todos os filhos da terra.

Axé e meu respeito a todos.

*Os Pés de nossos Filhos*

Desde o dia em que tu nasceste, eu criei a ilusão, dentro de mim, que poderia caminhar por ti.

Imaginei que colocaria teus pés sobre os meus e te levaria pelos caminhos que eu julgasse
mais tranqüilos e seguros.

Isso seria eternamente minha responsabilidade.

... e foi assim durante um bom tempo, caminhei por ti e para ti.

Dessa maneira, tu nunca feririas teus pés pisando em espinhos ou em cacos de vidro e jamais
te cansarias da caminhada, nem mesmo precisarias decidir qual estrada tomar.

De repente, o tempo veio me avisar, bruscamente, que essa deliciosa tarefa não faria mais
parte dos meus dias.

Teus pés cresceram e eu já não conseguia mais equilibrá-los em cima dos meus, daí, quando
eu menos esperava, eles escorregaram e alcançaram o solo.

Hoje sou obrigada a vê-los trilhar caminhos nos quais eu jamais os levaria e ainda tento detê-
los insistentemente, mas só raríssimas vezes consigo.

Agora só me é permitido correr com os meus junto aos teus , e em certos momentos teus
passos são tão longos que quase não posso acompanhá-los.

Atualmente, assisto aos teus tropeços sempre pronta para levantar-te das tuas quedas.

Por vezes tu me estendes as tuas mãos em busca de socorro, outras, mesmo estando estirado
ao chão e ferido, insistes em levantar-te sozinho por puro orgulho ou para me provares que já
és capaz de erguer-te após teus tombos e curar-te de tuas próprias feridas.

Assim vamos vivendo e sinto uma saudade imensurável daquele tempo em que precisavas de
mim para conduzi-lo, pois era bem mais fácil suportar teu peso sobre meus pés do que sobre
meu coração.

No entanto, já consigo compreender como a vida é sábia.

Percebo, finalmente, que em algum momento tu precisaste mesmo desbravar teus caminhos
independentemente de mim...

... como eu, é provável que tenhas que fazê-lo com mais alguns pés sobre os teus, os dos teus
filhos.
Não, claro que não é uma tarefa fácil, mas se eu consegui, tu também conseguirás, porque
plantei em teu coração o melhor e mais poderoso aditivo para que suportes tanto peso: o
amor !

*Dedico este texto a todos os pais e mães do grupo*

Autor desconhecido

Aprenda a ver Exu mais do que um homem com uma capa, cartola e tridente na mão...

Exu é amigo, bom conselheiro...

Exu de luz ou de lei trabalha para justiça

Para o bem para a evolução e não para o mal e destruição,

Cuidado com certos indivíduos dizendo que tem Exu mas não passam de verdadeiros
charlatões querendo ganhar dinheiro em nome da fé...

Cuidado onde vc entra, com quem consulta e o que faz, porque há ainda muitos no nosso meio
dizendo ter Exu mas por terem uma vida tão dissimulada e não terem percepção do bem ou do
mal recebem qualquer entidade sem evolução pois compactuam com seus anseios
materialistas pois ainda se encontram no engano de seus desejos maléficos...

Exu é bom, pra quem entende, um amigo pra quem busca sabedoria e evolução e devoção ao
sagrado...

Exu não é brinquedo pra ser tratado de qualquer maneira e ser chamado só pro seu bem
querer...

Exu é caminho pra quem quer crescer de verdade e não ficar em meninice...

Boa noite

Laroye Exu Mojuba

7 MALDIÇÕES .:.

❝Sim, existem palavras capazes de trazer maldição, reforçar o infortúnio, evocar o azar e
chancelar a infelicidade; assim como existem outras com a luminosa propriedade de abençoar.
Saber separar e usar umas e outras é o início da sabedoria.

Em cabala, proferir uma palavra repetidas vezes é criar para si mesmo um casulo dentro do
qual se pode evoluir ou apodrecer.

O ambiente que tu vive - em especial tua casa - tende a absorver, armazenar e reverberar as
palavras de teus hábitos mentais e transmutá-las em entes viventes de espectro vampiresco
ou angelical a depender de tua própria atmosfera emocional.
Segue aqui as principais palavras que se deve evitar a todo custo dentro de casa:

1- 'Desgraça!' > Condensa escuridão, quebranto e ausência do Divino.

2- 'Merda!' > Chama a podridão, a sujidade e adversidades.

3- 'Filho da puta!' > Evoca ódios e desavenças familiares.

4- 'Maldito!' > Lança pragas e corporifica maldições.

5- 'Burro/Idiota!' > Devem ser evitadas principalmente com crianças e filhos.

6- 'Miserável!' > Desenha a falta, indigência, pobreza e penúria.

7- 'Danado'> Em sua base significa condenado, sofredor e perambulante, maldito, malévolo,


mau, ruim. chamar alguém de “danado” é amaldiçoar a pessoa, por que danado significa
“condenado ao inferno”.

Note que as palavras assumem a direção que a intenção e as emoções lhes imprimem, é na
substância e não na exata forma que repousa sua força; sim, claro, mas ainda assim é sempre
momento de refinar-se para que a Luz possa fluir.❞

"Sejamos senhores de nossa língua, para não sermos escravos de nossas palavras"

CANTIGAS DA NAÇÃO ANGOLA (MUITO LEGAL)

Aluvaiá

Mavile, mavile, mavile mavambo

Mavile, mavile, mavile mavambo


E kompensu e, a rá rá

E kompensu á.

E mavile, e mavile, mavile maviletango

Mavile, mavile maviletango

E sissa, sissa é sissa lukaia

Sissa, sissa é sissa lukaia

Sissa eu ananguê

Angorô

E Angorô êê, Angorô

E Angorô tá no kajimbanda

Olha kimbanda, olha o kimbandô

Angorô sinhô, Angorô sinhô

Sindenganga já huntale

E sindenganga já oro

E sindenganga já huntale

Ai ai aimé

Angorô sinhô de dandalunda sessé

Angorô sinhô de dandalunda sessé

Angorô sinhô de dandalunda sessé

Aimé

Gongobila

E Gongobila mutale

É o sinda e kokiá

Aê aê aê, é o sinda e kokiá.

Si, si a koke iá iá

Si, si a koke iá iá

A koke Gongobila, a koke iá iá


Si, si a koke iá iá

Si, si a koke iá iá

A koke Bandalekongo, a koke iá iá

Lembadilê / Lembaranganga

Lemba, Lemba Dilê

O Lemba é de kanamburá

Lá vem o dia raiar.

O lemba o lembe, Lemba Dilê

O lemba o lembe, Lemba Dilê.

O Lemba, Lembaranganga

Jafuranga sessé

O Lembá, Lembaranganga

Jafuranga

Lemba, Zambi Aponge no parakenã

o inzo inzo

Lemba, Zambi Apongue no parakenã

o inzo inzo

Matamba

Óia Matamba ê, tata eme

Óia Matamba ê, tata eme

Sinha vanju damuringanga

Ê tata eme

Oiá, óia Matamba

Ê tata eme.

E dambure, senza quenda é maiongue,

Banburussenda, senza quenda é maiongue.

O sinha vanju, o sinha vanju ê


O sinha vanju, o sinha vanju ê

Ae Banburussenda, o sinha vanju ê

Nkosi Mukumbe

Roxi Mukumbe tara mesá nanguê

Cóia ê ae, cóia ê ae, cóia ê ae

Komosenzala senza roxi,

Kepembe é poramo

Komosenzala senza roxi

Ae, ae roxi.

Komosenzala ê, komosenzala á

Komosenzala ê, komosenzala.

E Banda Minikongo aê aê, aê aê

Banda Minikongo é minikongo

É Subukeuala.

Ê aê aê, Banda minikongo

É de taramenê ô

Ê aê aê

Kaitumbá

E mikaiá, e mikaiá

Selumbanda selomia

Demama ê o mikaiá

Selumbanda, selomina demama ê

O mikaiá ê

Kevê kevê o mikaiá

Kevê kevê o mikaiá

Mama imbanda, segurimgoma

Keuame, kaiá.
Ê Dandalunda kaimbanda kokê

Ê Dandalunda kaimbanda koke á

Kafungê

Kafungê katulemborasime konsenzala ê

Kafungê katulemborasime konsenzala ê

Kafungê.

É kombi, é kombi lasi

Ê Kafungê

É kombi, é kombi lasi

Ê Kafungê.

Aê aê, seu kafumã

Aê aê, seu kafumã

Kajanjá kebelujá

Aê seu kafumã

Kajanjá kebelujá

Aê seu kafumã

Katendê

Katendê ganga turussú

Katula de ngoma é poramo

Katendê ganga turussú

Katula de ngoma é poramo.

Iambugué kegóiamim pikininim

Mavilekongo

Iambugué kegóiamim pikininim

Mavilekongo.

Maionga su okê okê

Gangatubesê okê oká


Maionga su okê okê

Gangatubesê okê oká

Kisimbi

Kisimbi ê, Kisimbi é mona mê

Kisimbe ê, Kisimbi é mona mê

Kisimbi ê, é mona mê

Kisimbi ê, é mona mê

Samba unguelê, samba unguelê panzuê

Samba ungulê, samba unguelê panzuê

Samba unguelê panzuê Samba unguelê panzuê

Kitembo

Tempo makuradile,

Tempo makuradile,

Eu venho é de amuraxó xó, ai ai

Eu venho é de amuraxó

Tempo makuradile.

Kitembo ê, ngana zambi

Kitembo ê, ngana zambi

Kisimbi ê óia matamba a perolá

Kisimbi ê ainda é Tempo ê.

Kitembo e re re

Óia Kitembo a perolá

Kongo mavile a lemba ê

Ainda é Tempo ê

Terekompenso
Bere bere apazauana, azauana

Bere bere apazauana aô.

Fala chiquinha paradá, ê pará dilê

Fala chiquinha paradá, ê pará dilê

Fala chiquinha paradá, ê pará dilê.

Tere-Kompenso ê

Tere-Kompenso á

Tere-Kompenso ê, dandalunda

Wunge

E Wunge e mona mê

E Wunge e mona mê

Katura diangoma, Wunge kauere, Tauere

Katura diango, Wunge tauere

Mafuzi Wunge

Akauila zinge

Mafuzi Wunge

Nzazi

O Zaze ê, o zazê á

O Zaze ê maiangolê, maiangolá.

Zaze kinambô aê aê

Kumbela Zaze, o Zaze ê.

Aunguelê, aunguelê belo Zaze

Aunguelê, aunguelê belo Zaze

Aunguelê belo Zaze

Aunguelê belo Zaze

Zumbarandá
E Zumbarandá o ke pembe iá iá,

Ke pembe, arue, o le le iá iá,

O ke pembe.

Mametu nanje

Mametu tunanjere

Mametu nanje

Mametu tunanjere

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