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ARRANCA TOCO
E
CAMPO DOURADO
Inaugurado em 09/06/2019
APOSTILA: UMBANDA
PARTE I
1
SUMARIO
O INICIO DA UMBANDA 3
MEDIUM E MEDIUNIDADE 8
HIERARQUIA DA NOSSA CASA 14
APRESENTAÇÃO DOS GUIAS 17
AS 7 LINHAS DA UMBANDA 20
OXALÁ 21
OGUM 23
OXOSSI 29
XANGO 32
OXUM 36
IANSA 39
NANÃ 42
IEMANJA 44
OMOLU / OBALUAIÊ 47
2
O INICIO DA UMBANDA
3
pelo grau de cultura que tiveram quando encarnados, são claramente
atrasados? E qual é o seu nome, irmão?”
A resposta manifestada através de Zélio foi:
(...)se julgam atrasados os espíritos de pretos e índios, devo dizer que amanhã
estarei na casa deste aparelho (Zélio), para dar início a um culto em que estes
pretos e índios poderão dar sua mensagem e, assim, cumprir a missão que o
plano espiritual lhes confiou.
Será uma religião que falará aos humildes, simbolizando a igualdade que deve
existir entre todos os irmãos encarnados e desencarnados. E se querem saber
meu nome, que seja Caboclo das Sete Encruzilhadas, porque não haverá
caminhos fechados para mim.”
No dia seguinte, a casa de Zélio recebeu membros da Federação Espírita,
parentes, amigos e desconhecidos, e às 20h o Caboclo das Sete
Encruzilhadas se manifestou em Zélio e declarou que, a partir daquele
momento, uma nova religião se iniciava, onde os espíritos de índios e de
negros escravos poderiam trabalhar ajudando seus irmãos encarnados,
independentemente da sua cor ou posição social, e que seu nome seria
umbanda.
O grupo fundado naquela noite pelo
Caboclo das Sete Encruzilhadas
recebeu o nome de Tenda Espírita
Nossa Senhora da Piedade, pois a
tenda acolheria os que a ela
recorressem em busca de ajuda.
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Dessa forma aconteceu a primeira sessão de Umbanda, onde o Caboclo através de
passes, cuidou dos enfermos. Um Preto Velho chamado pai Antonio Também se
apresentou e cuidou dos trabalhos de desobsessão. Desde o seu início, portanto, a
Umbanda deixou claro que aqui veio na intenção de ensinar sobre a igualdade que
deve existir entre os homens e de ajudá-los a encontrar seu caminho de evolução,
combatendo as influências negativas.
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fraternidade sendo cósmica em seus conceitos e transcendental em seus
fundamentos.
A essência, os conceitos básicos da Lei de Umbanda fundamentam-se no seguinte:
Existência de um Deus único
Crença de entidades espirituais em evolução
Crença em orixás e santos chefiando falanges que formam a hierarquia
espiritual
Crença em guias mensageiros
Na existência da alma
Na prática da mediunidade sob forma de desenvolvimento espiritual do
médium
MATRIZES DA UMBANDA¹
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MATRIZES ELEMENTOS MAIS CONHECIDOS
Culto aos orixás, trazido pelos negros escravos, em sua
Africanismo complexidade cultural, espiritual, medicinal, ecológica, etc.; culto
aos pretos velhos.
Uso de imagens, orações e símbolos católicos (a despeito de
Cristianismo existir uma Teologia própria da Umbanda, algumas casas vão
além do sincretismo, utilizando-se mesmo de dogmas católicos.
Pajelança; emprego da sabedoria indígena ancestral em seus
Indianismo aspectos culturais, espirituais, medicinais, ecológicos, etc.: culto
aos Caboclos indígenas ou de pena.
Estudo dos livros da Doutrina Espírita, bem como de sua vasta
bibliografia; manifestação de determinados espíritos e suas
Kardecismo egregoras, mais conhecidas no meio Espírita (como os médicos
André Luiz e Bezerra de Menezes); utilização de imagens e
bustos de Allan Kardec, Bezerra de Menezes e outros; estudo
sistemático da mediunidade; palestras públicas.
Estudo, compreensão e aplicação de conceitos como prana,
Orientalismo chacra e outros; culto à Linha Cigana (que em muitas casas, vem
ainda, em linha independente, dissociada chamada Linha do
Oriente
______________________________________________________________
¹ Retirado do Livro essencial de Umbanda.2014
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MEDIUM E MEDIUNIDADE
8
fazendo com que haja uma divisão entre o material e o espiritual, embora eu saiba
que deixar os problemas lá fora seja difícil, mas não é impossível.
O médium deve estar sempre atento as obrigações que ele deve fazer, todos os
anos, para seu Orixá de cabeça (Orixá que rege sua vida e sua coroa, mente, do
médium).
Mediunidade de “Incorporação”
TIPOS DE INCORPORAÇÃO
*Consciente:
- Ocorre em mais de 50% dos casos;
- Médium tem consciência do que será dito antes de falar;
- Após o transe, o médium recorda tudo o que disse.
*Semiconsciente:
- Comum entre os médiuns;
- Médium tem consciência do que será dito durante a fala,
- Após o transe, o médium recorda parte do que disse.
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*Inconsciente:
- Ocorre em 1% dos casos
- Médium não tem consciência do que ocorre;
- Após o transe, o médium raramente recorda de algo que disse ou fez;
- O espirito comunicante atua diretamente sobre os centros nervosos de controle do
corpo do médium
- De mil médiuns apenas um é totalmente inconsciente
OBS: 1- Dos 3 tipos de mediunidade à cima a mais comum entre nós umbandistas é
a semiconsciente (que fique bem claro), ou consciente quando estamos em
desenvolvimento (algumas vezes).
2- A mediunidade consciente, como sendo comum é também de maior
responsabilidade. Médiuns temem dizer que são conscientes, achando que por
causa desse tipo de incorporação estariam em um estágio mais baixo, por assim
dizer. Ledo engano, de parte desses. Se lhe é permitido ser consciente é que existe
um grande confiança entre o Guia e seu médium. O Médium consciente tem o poder
de omitir, alterar, acrescentar, o que lhe é dito por seu guia, se esse médium não
tiver o discernimento necessário o trabalho não será feito a contento> esse tipo de
incorporação é também uma espécie de prova para o médium.
3- Na incorporação, o Orixá (guia) apenas encosta junto a nossa energia para
assim praticar a caridade, não sumimos, não dormimos, não morremos.
Para termos uma boa incorporação, precisamos de alguns preparos antes e durante
nossos trabalhos como:
- Tomar os banhos necessários;
- Fazer sempre firmezas para os guias;
- Se preparar para uma boa concentração;
- Buscar uma boa irradiação;
- Manter uma boa vibração,
- Nunca passar à frente dos guias.
Firmeza: O melhor: através de velas, para clarear, iluminar e fortalecer nosso guia.
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Concentração: O ato em que nos preparamos tendo bons pensamentos. Concentrar
podemos dizer que significa direcionar nosso pensamento à algo pré-determinado.
Quando tomamos o domínio de nossa mente, percebemos que coma exercitação
aprendemos a controla-la de forma a usa-la para aquilo que necessitamos.
Direcionando a palavra concentração para o nosso estudo, entenderemos
concentração como “ligar a tomada”.
Exemplo: Ao chegarmos da rua para os trabalhos (giras), devemos logo no portão
doutrinar a nossa mente para que esqueça e desligue dos problemas existentes em
nossa vida, não relacionados com a religião. Entretanto no centro devemos adentrar
e na casa de Exu dar início à nossa concentração com pedidos a esta linha que
comecem por nos limpar de todas as energias negativas, que acumularam durante o
nosso dia a dia.
Existem várias formas para que isso seja feito:
- Simplesmente entrar na casa de Exu e fazer seus pedidos;
- Acender 1 vela à seu Exu.
Dando continuidade à sua concentração ao entrar no terreiro fazer as suas
saudações conforme aprendido e tentar manter suas conversações em níveis de
religião e do trabalho a ser efetuado no dia. No início dos trabalhos já obtendo a sua
concentração, o médium deve dirigir os seus pensamentos e atenção ao ritual
(pontos, abertura, orações, defumação) pois esses tópicos determinarão o
direcionamento dos trabalhos da noite, como também o direcionamento da
concentração nossa.
Tentando assim levar nosso pensamento para o reino onde está sendo cantado,
orado ou vibrado:
Se Oxóssi para as matas
Se Ogum para a estrada
Se Xangô para as pedreiras, campos, etc....
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no ar, nós o percebemos, porem quando nós sentimos, o efeito dela, ela deixará de
ser irradiação e passará a ser vibração.
Passando isso para nossa umbanda em um novo exemplo: Nós nos concentramos
ao entrarmos no terreiro e através dessa concentração percebemos uma irradiação
predominante de Oxóssi, transportamos nosso pensamento para o reino “mata”
sentiremos a vibração e no caso de sermos médiuns de incorporação este será o
próximo passo.
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Como podemos entender incorporar não significa adentrar em um corpo e sim
unirem-se duas energias, como exemplo o ovo cederemos nossa clara para que seja
unida com a energia do guia manifestante e assim concretiza a incorporação.
Não podemos esquecer nunca, que sendo nós os donos de nossa matéria, “sempre”
teremos o controle sobre o espírito manifestante, e mesmo, incorporados devemos
lembrar que a concentração se faz necessária pois sendo médiuns conscientes
devemos direcionar nossos pensamentos aos trabalhos e consultas.
Crença na religião
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HIERARQUIA DA NOSSA CASA
Dentro de um terreiro de Umbanda deve existir organização e disciplina. E para
manter essa organização e disciplina deve existir também um sistema hierárquico.
Abaixo segue a hierarquia adotada em nossa casa:
OGANS
São responsáveis pela parte harmônica da sessão, sendo peças fundamentais para
a segurança dos trabalhos. São responsáveis pela chegada, subida e trabalhos dos
orixás e a firmeza do terreiro. Juntamente com os ogans, está a CURIMBA, pessoa
encarregada de entoar os cânticos, com altura e cadência harmoniosa, desde a
abertura dos trabalhos até o encerramento.
Compromisso com os estudos designados pelos dirigentes.
Participar das giras de desenvolvimento.
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Direção de trabalhos especiais (deitadas, entregas de obrigações, gira de
desenvolvimento.)
Essencial serem eles os terminais de fofocas (nos casos de pequenos problemas
surgidos no terreiro, tem por obrigação buscar a resolução do mesmo.
Compromisso com os estudos designados pelos dirigentes.
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T – TERREIRO – ABOJAGUASSU
São aqueles que, tendo mediunidade, ingressaram nas fileiras dos filhos espirituais
do terreiro.
Responsabilidade:
É amar e respeitar as leis da umbanda para que sua mediunidade seja usada em
futuro próximo como um canal límpido para seus orixás.
FISCAIS
São aqueles que zelam pelo bom andamento do terreiro, pelos materiais e pelos
orixás, organizando consultas, descarregos e passes. Os fiscais poderão ser
divididos entre fiscais de assistência e fiscais de terreiro.
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APRESENTAÇÃO DOS GUIAS
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Alguém Conhece o Preto-Velho X?
Como se apresenta o Caboclo Y?
Informações sobre o Exu Z?
Além de não atenderem a uma descrição fiel do guia a que quem pergunta se refere;
podem aumentar insegurança.
O médium lê que o Exu Z quando incorpora ajoelha no chão, aí pensa, “nossa o que
eu incorporo não ajoelha!!!” e começa a se sentir inseguro quanto a manifestação do
seu guia, podendo com isso atrapalhar o seu desenvolvimento.
Resumindo:
A melhor forma de conhecer seu guia é através do tempo, do desenvolvimento
e do trabalho com ele, assim pouco a pouco você vai se interando de como ele
é, como gosta de trabalhar, etc. E vai conhecer como ele verdadeiramente é –
ÚNICO!
Na UMBANDA (de uma maneira geral), os Orixás são cultuados como divindades de
um plano astral superior, que na Terra representam às forças (energia) da natureza.
Não incorporamos o Orixá (energia pura), mas sim os caboclos e caboclas que
vem na vibração de cada orixá, representando a vibração da natureza.
Quando “Incorporamos Oxum” – queremos dizer que incoporamos uma Cabocla que
vem na vibração(linha) do Orixá Oxum (energia das aguas doces). Quando
“Incoporamos Xangô – queremos dizer que incorporamos um Caboclo que vem na
vibração(linha) do Orixá Xangô (energia do fogo, pedras)..
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Caboclos na Umbanda são espiritos desencarnados que trazem suas
caracteristicas de indios (não necessariamente sua ultima encarnação), e constituem
o braço forte da Umbanda, trazendo seus conhecimentos de magia, cura,
ensinamentos, etc.
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AS 7 LINHAS DA UMBANDA
Oxalá Oxossi
Oxossi Ogum
Ogum Xangô (Iansã)
Xangô Iemanjá (linha d’agua- Oxum/ Nanã)
Iemanjá Cosme e Damião
Cosme e Damião Exu (linha esquerda)
Iofá ou Linha mista. Iofá (marinheiros, boiadeiros, Pretos velhos,
Baianos, ciganos, etc.)
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1- OXALÁ
Sincretismo: Jesus Cristo
Sua Guia: contas brancas leitosas (de porcelana)
Sua Bebida: Água, leite, vinho tinto, água de coco.
Animais: Caramujo, Pombo branco.
Sua Comida: canjica branca, milho branco, arroz doce, maçãs, pêras, uvas brancas,
pão.
Suas ervas: Tapete de Oxalá (boldo), algodão, arnica da horta, alecrim, folhas e
ramos de palmeiras, folhas de laranjeira, hortelã, erva cidreira, rama de leite, malva
branca, saião branco, folha da costa, rosa branca, louro, manjerona, manacá,
macaça, erva doce;
Vela: Branca
Símbolo: O sol radiante ou o cume de um monte. O apaxorô
Data da comemoração: 25 de dezembro.
Dia da Semana: Domingo
Flores: Rosas, palmas, cravos brancos e lírio.
Saudação: Oxalá ê meu pai! ou Epa Babá! - sendo uma exclamação de respeito,
reverência e admiração pela honrosa presença.
Local para entregas: campos abertos ou portas de igrejas
Cor: branca
Chacra: Coronário
Elemento: Ar
Essências: Aloes, laranjeira e lírio
Metal: Ouro
Pedras: brilhante, cristal de rocha, quartzo leitoso
Planeta: Sol
Pontos da Natureza: praia deserta ou colina descampada.
Sincretismo: Deus Pai, Jesus Cristo.
Símbolo: Orixá maior da Umbanda, Ele é a própria Umbanda em sua magnitude,
sua cor é o branco, representando a paz, o amor, a bondade, a limpeza, a pureza
espiritual, enfim, tudo aquilo que possa indicar positividade. Os domínios de Oxalá
são todas as pessoas e todos os lugares. Seu reino é o nosso mundo.
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Jesus Cristo é o chefe supremo da Umbanda, sincretizado em Oxalá, para Ele
convergem todas as outras linhas da Umbanda e de seus trabalhadores. Todos os
espíritos que trabalham na Umbanda tem por Jesus Cristo enorme devoção e aos
ensinamentos de seu Evangelho seguem fervorosamente, transmitindo-os sempre a
todos que a seus ensinamentos não conhecem.
O sincretismo Oxalá – Jesus Cristo é perfeito, pode-se dizer que ambos são o
mesmo ser com nomes diferentes. Dentro de uma análise lógica, não podemos dizer
que ambos são o mesmo ser, já que dentro dessa lógica, um Orixá é um ser
espiritual que nunca encarnou na Terra e Jesus esteve entre nós a dois mil anos.
Isso, no entanto não nos importa, importa apenas que o sincretismo perfeito de
ambos, impera dentro de nossos templos.
Não importa como os chamamos, se de Jesus Cristo ou de Oxalá. De Oxalá
conhecemos muito pouco; de Jesus, no entanto, conhecemos a sua vida e a sua
obra. A Ele devemos obediência e obrigação de aprender com os ensinamentos de
seu Evangelho e acima de tudo, de praticarmos esses ensinamentos.
Jesus ama a todos nós, bons ou maus, justos ou injustos, ricos ou pobres.
A forma de cultuar Oxalá na Umbanda, hoje é totalmente deturpada pela grande
maioria dos terreiros. Esse fato deve-se a busca de conhecimentos de alguns chefes
de terreiro do passado, que foram buscar no Candomblé os conhecimentos
necessários para conduta de um terreiro, implantando na Umbanda, rituais e dogmas
que nada tem em comum com as nossas práticas. O importante é saber que a maior
forma de agradar Oxalá são as orações e a boa conduta dos homens e que a
irradiação de Oxalá ultrapassa qualquer culto a qualquer Orixá.
Sua imagem é a de Jesus sem a cruz e de braços abertos.
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2- OGUM
Sincretismo:São Jorge ((Mártir da fé cristã do Século IV, cavaleiro da Capadócia
que segundo a lenda, teria vencido um dragão)
Sua Guia: Suas guias são feitas geralmente com contas leitosas, cores vermelha,
vermelha e branca, vermelha e azul, vermelha e verde, dependendo da qualidade de
Ogum e ainda podem conter ferro.
Sua Bebida: Cerveja branca, chá preto, sumo de suas ervas e frutos.
Sua Comida: Inhame, batata doce, abóbora, milho verde, feijão preto, fava
rajada(vermelha), aipim.
Suas ervas: Espada de São Jorge, crista de galo, folhas de mangueira, Taioba, Cipó
chumbo, Palmeira de dendezeiro (Mariô), abre caminho, alfavaquinha, arnica,
aroeira, bredo, capim limão, canela de macaco, carqueja, cipó-chumbo, dandá da
costa, erva -grossa, erva tostão, espada de Ogum, eucalipto, jaboticabeira, lança de
Ogum, losna, nutamba, parietária, pau rosa, peregum, porangaba, quitoco, são
gonçalinho, jatobá.
Suas flores: palmas vermelhas, cravos, crista de galo, rosas vermelhas e outras
flores dessa tonalidade.
Velas: Vermelho, vermelho/branco, vermelho/azul, vermelho/verde
Símbolo: Espada, ferramentas, lança, escudo
Datada comemoração: 23 de Abril
Dia da Semana: Terça-feira
Saudação: Ogum iê, meu Pai! (Um brado que diz que Ogum sobrevive sempre forte
e soberbo); Patakori Ogum - do iorubá pàtàki (importante, principal) + ori (cabeça):
"Muita honra em ter o mais importante dignitário do Ser Supremo em minha cabeça".
Local para entregas: Estradas e caminhos em geral - beira de estradas, estradas de
ferro, matas, beira mar (dependendo da qualidade do Orixá), as comidas são
entregues em alguidares ou pratos de barro.
Metal - Ferro. Aço e Manganês
Planeta: Marte
Elemento: Fogo.
Essência: Violeta.
Corpo Humano e Saúde: sistema nervoso, mãos, pulso, sangue.
Chacra: Umbilical.
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Animais: Cachorro, galo vermelho.
Cor: Vermelho.
Pedras: granada, rubi, sardio, lápis-lazuli, topázio azul
O sulfixo "gun" significa guerra. Portanto, Ogum é o Orixá das lutas, batalhas,
combates e tudo mais que transpareça conflito, briga, guerra, etc.
Ogum é o Senhor das Demandas. Simboliza o vencedor de demandas, emitindo
vibrações positivas para enfrentar e combater todos os tipos de malefícios que
obscurecem o corpo e a mente dos homens. A sua espada é uma alegoria do corte
do feitiço, atingindo a mais alta expressão no campo da magia
No plano físico, manifesta-se como o Orixá de todos os metais, patrono da
metalurgia de onde se originam as armas, o instrumental cirúrgico, arquitetônico,
agrícola (da enxada ao trator), os trilhos das estradas carris e tantas outras utilidades
oriundas do ferro, seu metal predileto.
No plano emocional, é comum aos devotos de Umbanda imaginá-lo um audaz
cavaleiro, montado em um cavalo branco, armado de espada e lança, desafiando,
destemidamente dragões, hienas, duendes e outros horripilantes monstros do astral
inferior, forjados por mentes doentias de encarnados e desencarnados - desavisadas
criaturas - fracas, ruins, perversas, completamente desatentas a uma vida moral
correta, fator primordial condizente a um viver espiritual.
O alvo desse Orixá é a devastação das formas-pensamento que adoecem e
inferiorizam o ser humano, passando pelo fio de espada o rosário de indignidade,
abrigado infelizmente pela negligência e omissão da maioria dos cidadãos no
cumprimento de seus deveres para com os irmãos em humanidade.
Cabe também ao Orixá Ogum demolir as baixezas do ego. Esse meritoso trabalho
começa na mente dos seus devotos. Dizer-se filho de Ogum é estar convencido,
vinte e quatro horas por dia, da necessidade do conhecimento de si mesmo e lutar
acirradamente contra as próprias tendências inferiores.
No plano mental, Ogum secunda bem de perto as mentes privilegiadas e afins. Seu
forte é o cumprimento das operações ao objetivo visado. Ardiloso, sagaz, astucioso
(admirado pelos Exus), combativo, sem ser cruel, traz para seus “filhos de cabeça”
um comportamento ordeiro, corajoso, franco e decidido. São estudiosos embora, na
maioria das vezes não cheguem à intelectualidade. Parcimoniosos nos gastos;
nunca mesquinhos. Gostam de se exibir com roupas vistosas, carros, casas, etc.
Asseados, cumpridores de horários e da palavra dada. Exigentes daquilo que lhes foi
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prometido. Por ironia do destino ou mera casualidade os filhos dessa divindade
marcial dão-se maravilhosamente bem com os filhos de Oxossi cujo temperamento
difere completamente dos filhos do Senhor da Guerra.
Os filhos do Orixá Ogum são bons advogados e naturalmente inclinam-se para a
carreira policial e das armas, alcançando os mais altos postos da hierarquia.
Vejamos, agora, as tendência negativas dos filhos do Orixá: covardia, falta de
convicção, teimosia, violência; deixam-se facilmente influenciar por terceiros;
ambição desmedida, preconceitos, mania de ordem e mando, exagero à
discriminação no meio social em que vivem
A linha de Ogum se divide em 21 falanges: Ogum Yara, Ogum Delê (ou de Lei),
Ogum Matinata, Ogum Beira Mar, Ogum de Ronda, Ogum Rompe Mato, Ogum
Megê, Ogum Naruê, Ogum das Pedreiras, Ogum Marinho, Ogum Sete Ondas, Ogum
Menino, Ogum da Lua, Ogum Humaitá e outros
É o ferramenteiro, o criador de todas as ferramentas dos Orixás. Como nosso grande
protetor, Ele está sempre nos lugares mais perigosos, dominando os caminhos
(ruas) com o auxilio dos Exus. É sabido que, os Exus são comandados por Ogum e
esse é um dos motivos que nas Giras de esquerda, damos passagem,
primeiramente, a Senhor Ogum, para que ele nos limpe, nos proteja, nos dê firmeza
e segurança nesse tipo de trabalho que é muito mais voltado para as coisas
materiais, ou seja, onde as pessoas vem procurar muito mais auxilio material do que
espiritual.Dono dos caminhos, encruzilhadas, locais ermos, rios, beira-mar, matas,
cemitérios, estradas, vilas, cidades, etc., Ele está em todos os lugares, sempre com
a finalidade de proteger seus filhos de qualquer situação perigosa. É importante
saber que os Exus estão sempre concentrados nesses locais de perigo, comandados
pela força de Senhor Ogum.
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QUALIDADES DE OGUM
São vinte e uma as qualidades de Ogum na Umbanda, sendo que muito foi perdido
com o tempo, e não repassado pelos pais e mães de santo. Aqui só serão citado 0s
18 mais falados na Umbanda. Seu reino é em geral as estradas e cor vermelha.
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9. Ogum Naruê
Cor: Vermelho e Branco
Reino: Rege os astros (lugar aberto)
Aceita entrega dentro ou fora de cemitério.
10. Ogum Iara
Cor: Vermelho /azul escuro
Reino: Rios lagos e cachoeiras (águas doces)
11. Ogum Menino
Cor: Vermelho e branco
12. Ogum da Lua
Cor: Vermelha, branca
Reino: Lua
Aceita entrega beira do mar de preferência na lua cheia.
13. Ogum das Pedreiras
Cor: Vermelha ou Vermelha e branca
Reino: Pedreiras
Oferenda ao lado de pedreiras, dentro dela ou em mata próximo a ela.
14. Ogum 7 Espadas(qualidade)
Cor: Vermelho e branco
Reino: Qualquer reino – estradas (muito usado para corte de demanda)
15. Ogum Humaitá
16. Ogum Nagô (muito raro)
17. Ogum Xeroque
18.Ogum Malê
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Ogum Ogum Xoroque Ogum de Lei
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3-OXOSSI
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Oxossi manifesta-se, no plano físico, através da fauna e flora do planeta. É o
pulmão do universo. Além de exercer domínio sobre todos os elementos da floresta,
manipula os valores medicinais e mágicos das plantas, das quais se utiliza para
efetuar limpeza vibratória, material e espiritual, dos que dele se socorrem. Domina a
força vital cósmica existente na seiva das plantas, aproveitando-se de suas
emanações fluídicas para banhos e defumações destinados a descarregar as
energias nocivas e equilibrar as forças energéticas do homem.
Oxossi é o orixá masculino iorubá responsável pela fundamental atividade da caça.
Por isso, na África é também cultuado como Odé, que significa caçador. É
tradicionalmente associado à Lua e, por conseguinte, à noite, melhor momento para
a caça. Gera progresso e riqueza ao homem, e a manutenção do sustento
Comparece no plano emocional dos humanos com acentuada característica de
afetividade, cooperação, companheirismo, certo grau de aventura e franca
liberalidade.
Seus “filhos de cabeça” dão ótimos artistas, seja qual for o segmento da arte
escolhido, em virtude da latente sensibilidade e inteligência. No plano mental,
descortinam inventos, sistemas e estilos engenhosos, admiráveis, de quase
impossível enquadramento lógico ou sensata previsão de solução ou acabamento do
problema, fruto de sua capacidade intuitiva.
Sendo um caçador, é o Orixá que garante a fartura, o sustento, a alimentação e a
prosperidade ao ser humano. Em seu lado negativo, porém, pode ser também o pai
da míngua e da falta de provisão. Muitas vezes é chamado de Odé Wawá, ou seja,
"Caçador dos Céus
A luta dos filhos de Oxossi é baseada na necessidade de sobrevivência e não no
desejo de expansão, não gostam de fazer julgamentos sobre os outros respeitando o
espaço de cada um. Tendem a assumir responsabilidades e a organizar facilmente o
sustento do grupo ou família, são independentes e cheios de iniciativas. .
Buscam trabalhos que possam desenvolver sozinhos, sem ajuda de terceiros.
Geralmente, os filhos de Oxossi asseguram que não existe protetor mais constante.
O Orixá, porém, é extremamente rígido, exige cumprimento total das obrigações.
Oxóssi é a Natureza, especificamente nas matas e no reino animal. É o conhecedor
das ervas e o grande curador, como também representa a prosperidade e
trabalha com grãos.
É a essência da nossa vida, feiticeiros.
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É o Caçador das Almas da Umbanda e como caçador procura arrebanhar Almas
desgarradas para futuramente formar um só rebanho. É o Senhor da Doutrina,
aquele que atinge o coração e a inteligência das Almas envoltas em suas vibrações,
é conhecido por suas vitorias contra demandas.
Vem na linha de guerreiros, curandeiros, caçadores, feiticeiros, caciques.
Suas entregas geralmente são feitas em alguidares de barro, cestas de palha ou
sobre as folhas.
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4-XANGO
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Local para entregas: Pedreiras, montanhas, campos abertos (Xango Caô)
Minério – pedra/ cobre
Animais: tartaruga, cágado e Carneiro.
Chacra: Cardíaco
Corpo Humano e Saúde: Fígado e Vesícula
Elemento: Fogo
Metal: Estanho
Pedras: Jaspe, meteorito, pirita.
Planeta: Júpiter
Xangô é o Orixá da justiça, do equilíbrio, da prudência, da sabedoria e demais
sentimentos que devem imperar em nós, seres humanos, e não para nós, é o
senhor das Almas. No plano físico, atua de maneira audível e visível através dos
raios, relâmpagos e trovões. As cordilheiras, enfim, todos os maciços do planeta e
demais elevações existentes no cosmo, são Xangô manifestado. Ele é o Senhor de
todas as energias secundárias (elétrica, magnética, nuclear, atômica, estelar,
radiante, luminosa, etc.) já que Olorum é a energia primeira. Diz a lenda que quando
Xangô está aborrecido cospe meteoritos no espaço. Junto a Ele está o Orixá Iansã,
que ocupa o mesmo Raio da teologia umbandista.
No plano emocional já enunciamos os sentimentos que são característicos da sua
irradiação universal. Empresta aos seus filhos um porte viril, altaneiro, digno, calmo,
pelo menos aparentemente; são equilibrados nos seus pareceres, um tanto calados,
mas sempre justos. Detestam pessoas mentirosas, ladras e irresponsáveis. São
enérgicos, persistentes, cuidam, com gosto da aparência, do vestuário e de seus
pertences. Conservadores nos hábitos e idéias. Quando mudam de pensar, fazem-
no de maneira repentina e com profundidade. Amam, ardentemente, a vida.
No plano mental, destacam-se como intelectuais de primeira água. São bons
doutrinadores, escritores, pesquisadores e filósofos. Servem como bússola ética às
sociedades onde vivem. Bons juristas, advogados e gerentes de empresa,
principalmente na parte administrativa. Como trabalhadores braçais, inspiram
confiança, embora arredios no fazer amigos. Sinceros, corajosos e determinados,
angariam, pelo próprio valor, as posições de mando.
A parte negativa nos filhos de Xangô está na crueldade, alienação, violência e
orgulho desmedido, vaidade além da ambição um tanto cega. São capazes de liderar
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revoluções, desordens sociais e, com ou sem razão, tornam-se “donos” e ditadores
da coisa pretendida.
Devemos pensar duas vezes antes de batermos a mão, a cabeça e clamarmos
por justiça, pois se a nossa demanda for justa ele nos amparará e se não for, aos
rigores de sua lei seremos chamados e o seu raio de correção virá para cima de nós
mesmos.
Então quando nos sentirmos injustiçados, devemos pedir que Xangô nos
esclareça e se estivermos certos, que ele esclareça a outra parte, e se esta não
ouvir, então não precisamos nem pedir pois a lei de ação e reação é automática e
a justiça de Xangô se cumprirá em nossas vidas.
No dia a dia encontramos Xangô nos fóruns, delegacias, ministérios políticos.
Encontramos Xangô nas lideranças de sindicatos, associações, movimentos
políticos, nos partidos políticos, nas campanhas políticas, enfim, em tudo que gera
habilidade no trato das relações humanas ou nos governos, de um modo geral.
Xangô é a ideologia, a decisão, a vontade, a iniciativa. Xangô é a rigidez, a
organização, o trabalho, a discussão pela melhora, o progresso cultural e social, a
voz do povo, o levante, a vontade de vencer.
Xangô é a capacidade de organizar e pôr em prática os projetos de diferentes
áreas, é a reunião de pessoas, para discutirem pontos e estratégias de trabalho.
Xangô também é o sentido de realeza, a atitude imperial, monárquica. É o espírito
nobre das pessoas, o chamado “sangue azul”, o poder de liderança.
É a pedra – seja ela qual for – a rocha, o fogo interior da terra. É a lava do vulcão
e é o próprio vulcão. É o justiceiro da Natureza, aquele que manda castigar e que
também castiga
Xangô está presente em muitos momentos importantes de nossas vidas, como, por
exemplo: na assinatura de contratos e destrato, nos telegramas, nas leis e decretos,
na confecção de códigos, livros, almanaques, dicionários, nas decisões judiciais, na
voz da prisão, na autoridade do professor, do policial, do juiz, do pai ou da mãe, tio,
avô, irmão mais velho ou responsável. Xangô é a atitude digna, a fortaleza, a
decisão final.
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Xangô Cao – São João Batista Xangô Agodô (São Jerônimo)
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5- OXUM
Sincretismo: Nossa Senhora da Aparecida e Nossa Senhora da Conceição.
Sua Guia: Suas guias são feitas geralmente com contas azul escura e ainda podem
conter búzios ...
Velas: azul escura (amarela dependendo da qualidade)
Sua Bebida: Champanhe branca, água, sumo de suas ervas e frutas
Sua Comida: frutas doces em geral, banana prata e ouro, laranja lima, oiti, sapoti,
moranga, jabuticaba, melão, uva rosa, canjica branca, arroz papa com mel,
omolucum (feijão fradinho batido c/ camarão seco e mel, 1 ou 3 ovos cozidos em
cima), ipeté, moqueca de peixe, quindim.
Suas ervas: Folha de vintém, folha da fortuna, malva, dracena, rama de leite, malva
rosa, narciso, quioco, oriri, mutamba, melissa, macaça, ipê amarelo, folha da costa,
erva de santa Maria, erva de santa luzia, colônia, camomila, assa peixe, aguapé,
oriri, dinheiro em penca, agrião, calêndula, narciso.
Suas flores: amarelas ou tons de azul crisântemos, lírios de todas as cores,
margaridas, flor de maio, narciso, rosa amarela.
Símbolo:Coração, águas rio, cachoeira, ...
Datada comemoração:12 de outubro (N.S.Aparecida) ou 8 de dezembro (Nossa
Senhora da Conceição).
Dia da Semana: Sábado
Saudação: Oraie iê Oxum, Ai iê ieu Mamãe Oxum (Salve Senhora da Bondade e da
Benevolência)
Local para entregas: águas doces, rios, cachoeiras, regatos, ogarapés Usa-se
geralmente louça
Minério: Ouro
Pedra: topázio
Animal: Pomba Rola
Chacra: Umbilical
Corpo humano e saúde: coração e órgãos reprodutores femininos.
Elementos: Agua
Essência: lírio, rosa
Planeta: Venus, Lua
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Oxum é Orixá das água doces, dos rios, regatos e igarapés.
Acolhe, no seu regaço, as chuvas de Nanã e também os veios d’água das
profundezas do subsolo. É o orixá da mansidão, da maternidade, da cria, dos valores
familiares, pugnando, com serenidade, pela concórdia da família universal,
enlaçando-a com doçura a verdadeira afeição.
É comum dizer-se que Iemanjá alenta a criação e preside a gravidez, mas é Oxum
quem concebe e é a criadeira.
Seus devotos possuem um alto espírito de religiosidade, de ternura, tolerância e
compreensão para com os defeitos alheios. Sacrificam-se pelos filhos até a última
instância
No plano mental, a Orixá dá aos seus tutelados uma percepção brilhante dos fatos.
São simples, distintos e procuram aliar os vôos do pensamento filosófico ao prático,
habitual e, sobretudo, útil a todos. Dão ótimos professores, administradores.
Como 2º Orixá de cabeça, Oxum dá a tranquilidade e confiança de êxito
principalmente com os Orixás Ogum e Xangô. Ainda no plano mental, esse Orixá
imprime a seus filhos uma acuidade de prever acontecimentos.
Sensíveis e resignados, esquecem, com facilidade, as ofensas recebidas
procurando, inclusive, reatar laços de amizades já que fazer amigos duradouros é
sua tendência natural. Quando ricos, são simples e acolhem os parentes mais
pobres ou em dificuldades. Estão sempre à frente nos serviços de filantropia sem
procurar aparecer na imagem enganosa de “pessoa boníssima” ou de “bom moço”.
Extremados por um ideal, seguem facilmente os líderes ou causas ideológicas.
Oxum traz o privilégio da faculdade da abundância e até da riqueza, seja no plano
físico, nos sentimentos, seja no plano mental das elucubrações originais e proveitosa
a todos.
Vamos, agora, tecer considerações sobre as tendências estas, trazidas não só pela
via hereditária como também pela envolvência com o ambiente hostil da sociedade
consumista e corrupta dos dias atuais. Os filhos de Oxum, em nível negativo, são
quase sempre preguiçosos, omissos, desalinhados e choram por nada. Reclamam
de coisas de que não cuidaram no devido tempo. Emotivamente exagerada, piegas,
sensualismo degradante, fanatismo, obsessão e intolerância.
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Ela é o elo que une os Seres sob uma mesma crença, trazendo a união espiritual. É
o elo que une dois Seres sob o mesmo amor, agregando-os onde se dá inicio à
concepção de uma nova vida. Ela é quem agrega os bens materiais que torna um
ser rico, portanto, é conhecida como Orixá da Riqueza, Senhora do Ouro e das
Pedras Preciosas.
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6- IANSÃ
Sincretismo: Santa Bárbara, Santa Joana D’Arc, Santa Catarina
Sua Guia: Suas guias são feitas geralmente com contas amarela, ou laranja
(dependendo da qualidade).
Velas amarelas ou laranja dependendo da qualidade)
Sua Bebida: Champanhe branca, água de chuva, sumo de suas ervas e frutas
Sua Comida: frutas romã, groselha, pêssego, pitanga, framboesa, cajá, manga,
pêssego, goiaba – acarajé, feijão fradinho com camarão, cará com mel ou dendê,
fava rajada com dendê (vermelha), Cebola em rodelas no dendê, inhame cozido,
pipoca estourada no dendê, ipeté, bobó de inhame.
Suas ervas: Erva santa, umbaúba, folhas de bambu, folha de fogo, capeba,
perietária, bredo sem espinho, malmequer branco, dormideira, espada de santa
bárbara, flores amarelas ou coral, dracena, papoula, gerânio, erva de passarinho,
erva tostão, guiné, jaborandi, louro, malva rosa, nega mina, peregum amarelo,
pinhão roxo, cana do brejo, erva prata, espada de Iansã, folha de louro, folhas de
fogo, erva de santa bárbara, folha de canela, catinga de mulata, colônia, para-raio,
mitanlea.
Suas flores: flores amarelas ou coral, dracena, papoula, gerânio.
Símbolo: raios, alfange (espada curta) Eruexim , Iruquere,
Datada comemoração: 04 de dezembro.
Dia da Semana: Quarta feira
Saudação: Eparrei! (Salve) - Eparrei Oyá! - Oyá (nome pelo qual é conhecida Iansã);
Eparrei (Saudação a um dos raios da Orixá da Decisão)
Local para entregas: bambuzal, pedreiras, cachoeiras, em cima do mar, cemitério
(dependendo da qualidade). Usa-se louça ou alguidar de barro
Minério: Cobre ou bronze
Pedra: Citrino, coral, cornalina, granada, rubi.
Animais: Borboleta, cabra amarela, coruja rajada.
Chacras: Cardíaco e frontal
Cor: Amarela
Elemento: Fogo
Essência: Patchouli.
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Iansã, na África, é a deusa do Rio Níger, mitologicamente, uma divindade de nove
cabeças, representando o delta daquele rio. Ao Brasil, é ligada principalmente aos
ventos.
Na teologia umbandista, ocupa o 5º raio junto à Xangô.
No plano físico, comparece através dos raios, ventos, tempestades, furacões e
tornados, modificando intempestivamente ao ambiente normal da natureza com
propósito acima da compreensão humana.
No plano emocional, sua atuação é marcante no que tange à ancestralidade das
criaturas, definindo-as desapego e proporcionando ações apaixonantes e
avassaladoras em todos os campos da atividade social. Os seus filhos de cabeça
estão na vanguarda dos movimentos libertários e decisivos para a conquista de uma
posição liberal e independente do povo na sociedade. Estão quase sempre entre os
cabeças de greve e rebeliões. Possuem, no entanto, uma atitude recatada de fiel
obediência ao que lhes parece verdadeiro, justo e lógico no plano psicológico. São
inteiramente contra os preconceitos, discriminações ou quaisquer formas outras de
diferença menores e mesquinhas contra os semelhantes.
Elegantes, educados no trato, logo se destacam do grupo onde vivem, não só pelo
gosto refinado, pelo vestuário, como também pela linguagem franca e corajosa com
que debatem seus pontos de vista.
No plano mental, os filhos da Orixá aparecem entre os grandes pensadores,
construtores de ideologia (filosóficas, políticas e religiosas). Progressistas, são bons
condutores ou auxiliares na consecução de um ideal
Ao contrário do Orixá Xangô que emana conservadorismo e fidelidade às tradições,
os filhos de Iansã estão sempre reciclando seus conceitos e comportamentos. São
exigentes na forma e no conteúdo das proposições filosóficas e na vida prática do
dia a dia. Certos ou errados, surpreendem a si mesmo e conhecidos.
Não guardam rancor aos desafetos, embora fugidos ao reatamento. Fazem
amizades com muita facilidade; todos gostam de dizer amigos seus. São perdulários
embora tenham facilidade nos ganhos. É próprio aos filhos da Orixá guerreira dar
partida aos movimentos reivindicados da classe a quem pertencem.
Agora, as tendência negativas, tendência da criatura e não do Orixá. O reverso das
suas qualidades. Quando fracassados, encontram prazer no jogo, bebida, tóxico e
completo abandono de si mesmo. Podem chegar ao topo da montanha, mas, por
imprudência, podem rolar pelo abismo da miséria moral e material.
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Senhora dos Cemitérios, Mãe dos Eguns, que direciona e encaminha à Obaluayê
os eguns, espíritos que estão perdidos no tempo, no passado, espíritos negativos
que por vingança, até de vidas passadas, atormentam o Ser.
Ela não tem medo da morte, ela é ar, é respiração, sem respiração não há vida. O
próprio nome Yansã deriva de seu relacionamento com a morte: iya-mesan-orun,
que significa Mãe dos nove orum (Orum – o céu, o mundo, a terra, o tempo de vida).
Iansã é o vendaval que derruba e a ventania que faz tudo balançar, Yansã é Lei
atuando no sentido de direcionar os seres que se desequilibram.
É a novidade que renova a Lei na mente e no coração humano: é a busca de
melhores condições de vida para os seres.
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7- NANÃ
Sincretismo: Santa Ana
Sua Guia: Suas guias são feitas geralmente com contas lilás ou roxas, e ainda
podem conter búzios ...
Velas: Roxa, lilás
Sua Bebida: Champanhe branca, água de chuva e nascente, sumo de suas ervas e
frutas
Sua Comida: Frutas doces em geral, bolinhos de batata roxa com mel, berinjela com
azeite doce(oliva) e camarão, farofa de pipoca estourada com amendoim torrado e
mel.
Suas ervas: Taboa Alfavaca roxa, assa peixe, avenca, cana do brejo, capeba,
cedrinho, cipreste, erva de passarinho, jarrinha, manacá, Maria preta, mutamba,
quaresmeira, rama de leite, manjericão roxo, ipê roxo, colônia, dama-da-noite,
canela-de-velho, salsa-da- praia.
Suas flores: Tonalidade de roxa e lilás.
Símbolo: Barro, chave, foice, Ibiri, chuva
Datada comemoração: 26 de julho.
Dia da Semana: Sábado
Local para entregas: Charcos, pantanais, nascentes, águas lama (agua parada)
/usa-se alguidar ou prato de barro
Minério: Ouro velho
Saudação: Saluba Nanã (dona do pote da Terra)
Animais: Cabra, galinha e pata branca
Chacras: Frontal e Cervical
Cores: Roxo ou lilás
Corpo humano e saúde: Dor de cabeça e problemas intestinais
Elemento: Agua
Planetas: Lua e mercúrio
Essência: Dália, limão, lírio, narciso, orquídea
Pedras: Ametista, cacoxenita, tanzanita
Nanã, Senhora das Chuvas e dos lamaçais. Sua principal atividade entre outras, é o
eterno remanejamento, reposição e repuxo das águas doces e salgadas do planeta.
Solidifica, transporta e dissolve (com ajuda de outros orixás) o elemento líquido em
atendimento às necessidades planetárias.
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Seus devotos são laboriosos, prudentes, sérios e maduros nos seus atos; um tanto
calados e afeitos aos trabalhos mecânicos onde a tônica seja o automatismo; são
ótimos funcionários no campo laboratorial. No mental aparecem associados com
outras energias (orixás) que promovem e ensejam a planificação, programação, etc.
Como tendências negativas dos “filhos-de-cabeça”, nota-se a preguiça, a negligência
e o descaso.
Ela cuida da passagem no estágio evolutivo do ser, adormecendo os espíritos e
decantando as suas lembranças com o passado, deixando-os prontos para
reencarnarem.
Obaluaiyê, então, é quem estabelece o cordão energético que une o espírito ao
corpo (feto) que será recebido no útero materno assim que alcançar o
desenvolvimento celular básico (órgãos físicos).
Portanto, o campo preferencial de atuação de Nanã é o racional, pois decanta o
emocional dos seres, preparando-os para uma nova "vida". É Ela quem faz
esquecer, é Ela quem deixa morrer para renascer.
O seu elemento é a lama do fundo dos rios. Ela é a deusa dos pântanos, da morte
(associada à terra, para onde somos levados após a morte) e da transcendência.
Nanã é considerada a mais velha dos Orixás das águas, age com rigor em suas
decisões, oferece segurança, mas não aceita traição. É uma figura muito controversa
no panteão africano: ora perigosa e vingativa, ora desprovida dos seus maiores
poderes, relegada a um segundo plano amargo e sofrido.
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8- IEMANJÁ
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Planeta: Lua
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como Oxalá é o Pai da Umbanda e Princípio Gerador Masculino, Iemanjá é a Grande
Mãe da Umbanda que ao juntar-se com Oxalá complementa-o com seu Princípio
Gerador Feminino.
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9- OMOLU / OBALUAIÊ
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Elemento: Terra
Essência: Cravo, menta
Flor: Monsenhor branco.
Metal: Chumbo
Pedras: Obsidiana, olho-de-gato, ônix.
Planeta: Saturno
O cemitério traz um grande paradigma para as pessoas, por ser um local onde os
corpos sem vida são depositados. Talvez o medo, mal estar de estar ou ir ao
cemitério refere-se ao conjunto de pensamentos e sentimentos negativos que as
pessoas vibram ao dirigir-se e estar no local. Isso acaba gerando um sentimento de
tristeza, devido ao parente/amigo que morreu na visão da maioria. Toma-se uma
sensação de melancolia pela falta de crença ou esclarecimento, acreditando que
houve realmente a morte eterna e que nunca mais se encontrarão.
Por tal motivo o cemitério em uma visão profana é sinônimo de um recinto “pesado”
energeticamente, triste e habitado por almas penadas, espíritos sofredores e
perdidos.
Esse contexto está presente em muitas mentes umbandistas com certo grau de
esclarecimento sobre espíritos ou o próprio ponto de força. Quantas vezes não
ouvimos dizer que ir ao cemitério pode ser perigoso para o médium, pois é um
atrativo natural de cargas e lá há muitos espíritos sofredores que se ligarão. Claro
que se ligarão à aqueles que se colocarem no campo santo de uma forma profana
ou com sentimentos e pensamentos negativos, afinal os afins sempre se atraem.
Mas para aquele umbandista, esclarecido, que no seu terreiro cultua o Pai Obaluaê e
o Pai Omolu deveria encarar a ida ao campo santo como um ato religioso divino, pois
ao entrar está pisando em solo sagrado, em mais um divino ponto de força do nosso
amado divino Criador, assim como o mar, a cachoeira, as matas, pedreiras, etc
É considerado, na Umbanda, como Orixá da Saúde. Socorre nos casos de doenças,
protege os hospitais e intui os médicos, além de auxiliar o desprendimento do
espírito na sua libertação da veste carnal. Encaminha a alma dos recém-
desencarnados, enquanto se utiliza dos fluídos que se evolam do corpo físico para
trabalhos de magia. Daí a sua ligação com a Kalunga (grande e pequena) e
cruzeiros, onde se condensam vibrações desse gênero. Muitos julgam-no entidade
perniciosa por atuar nesses ambientes, não compreendendo a sublimidade de sua
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missão que é o amparo prestado aos que estão atravessando o limiar de um plano
para outro. Esse é um momento de muita perturbação e quando mais se necessita
do auxílio superior.
Como Orixá, é um Espírito Angelical que trabalha num campo vibratório denso, para
orienta e encaminhar os que estão ingressando em plano diferente. Como nada se
perde na Natureza, utiliza-se dos fluídos desprendidos do corpo sem vida para
desfazer serviços maléficos e ajudar os que continuam no envoltório físico.
A maior parte dos umbandistas, faz sua ligação com outro Orixá, Obaluaiê (ou
Abaluaê), que possui as mesmas funções.
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