Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A Umbanda tem como lugar de culto o templo, terreiro ou Centro, que é o local onde os
Umbandistas se encontram para realização de suas giras, sessões.
A gira é um ritual mágico utilizado na umbanda para a manifestação dos espíritos através
da possessão
onde as pessoas conversam com nossas entidades, a fim de obter ajuda e conselhos para
suas vidas, curas, desobsessões e para resolver problemas espirituais diversos.
As entidades que são incorporadas pelos médiuns podem ser divididas entre:
Orixás: Xangô, Ogum, Exu, Oxum, Nanã, Iemanjá, Iansã, Obaluayê, Oxumaré, entre outros.
antes e depois da descoberta do Brasil. Há certa analogia com Oxossi, orixá africano, dadas
as características de ambientes: MATAS
ERES: Espíritos que mantém o psiquismo infantil e crianças brancas, negras e índias que
morreram em tenra idade.
CIGANOS: Espíritos de ciganos, pertencentes as mais variadas tribos, que querem difundir
suas crenças e costumes.
POVO D AGUA: Espíritos ainda envoltos em mistérios, pois raramente falam e emitem um
canto triste e encantador.
EXÚS: Entidade muito controvertida, uns acham que só trabalham para o mal. Não é
verdade. Eles têm um senso de justiça muito
apurado conhecem a magia e a usam bem. Tanto fazem o mal, como podem fazer o bem,
depende muito da direção que o médium dá a essas entidades.
QUIUMBAS OU RABOS DE ENCRUZA: muitas vezes confundidos com Exú, são espíritos
malfeitores, ladrões, bêbados que só fazem o
mal e obsedam criaturas. São almas errantes, com a condição de serem maldosos.
, deixam a pessoa em paz e procuram o seu próprio crescimento espiritual, vindo, muitas
vezes a auxiliar a própria pessoa que antes obsedavam.
RITUAL E DISCIPLINA
· O primeiro é ter respeito por tudo e por todos tem que ser o Dirigente e os filhos mais
velhos (pois estes conhecem bem o interior de uma casa)
· Aquele que está se iniciando deve ter em seu dirigente um exemplo, uma meta a ser
atingida (é claro que nenhum dirigente deve se torna “santo”, nem seus filhos serem
forçados a virarem “ovelhinhas”.
No terreiro cada um deve ser o que é, sem máscaras, sempre visando à auto-melhora, o
auto conhecimento).
A Umbanda nos ensina que cada um é o que é, cada pessoa sabe em seu intimo quais são
seus processos de ação e reação, infelizmente quase todos nos escondemos de nós
mesmos, por falta de coragem de olharmos no nosso espelho interior, vermos nossos
defeitos para podermos dar o primeiro passo para mudança. Para isso contamos com o
auxilio fraternal das Entidades de Aruanda e também os conselhos dos Pais de Santé
experientes e sinceros.
Com relação à conduta dos médiuns para com as entidades, a Umbanda tem por norma
seguir os seguintes tópicos:
1) O médium de verdade deve ter em mente que na Aruanda todos são iguais (se há
diferenças na hierarquia é porque os que chefiam, são as que mais trabalham e menos
falam...).Isto quer dizer que os médiuns não devem sequer pensar que sua entidade é
melhor que do seu irmão, as entidades de Aruanda preferem que seus filhos falem menos e
trabalhem mais pelo seu próximo.
3) Nunca fale mentiras ou cometa erros em nome da sua entidade, pois nenhuma entidade
de Umbanda acoberta isto ou aquilo dos seus “cavalos”.
4) Se alguém precisar de ajuda e você precisar ir até a residência desta pessoa, procure
não incorporar, apenas peça orientação e guarda do seu mentor, com certeza ele estenderá
sua proteção e a devida instrução para o consulente.
5) Não é em todo lugar que os nossos protetores “baixam”, nem todo lugar é sagrado e num
ambiente pesado, não há a mínima vibratória para sua atuação.
6) Nunca desobedeça as ordens da sua entidade, nunca queira fazer algo que você ache
que ela faria. Espere sua orientação, por exemplo, não encha seu pescoço de guias
pensando que seu protetor parecerá mais “forte” aos olhos do consulente. A verdadeira
força está em ser humilde e honesto, tenha certeza que sentirá seu protetor com maior
intensidade.
O RITUAL NA UMBANDA.
3. Banhos de Descarga - São coisas sérias, requerendo atenção de quem os toma, bem
como de quem os administra. É uma banho de flores, ervas ou essências. Cada um deles
traz o seu magnetismo e a pessoa vai absorvê-lo de modo que ao tomá-lo, limpa toda a
influência negativa agregada a sua vibratória humana (corpo etérico). As ervas, de
preferência, devem ser colhidas por pessoas capacitadas para tal, em horas e condições
exigidas, entretanto, podem ser usadas também as adquiridas no comércio (frescas), desde
que quem vá usá-las, as conheça. Poderão ser também preparados banhos de descarga,
com rosas brancas (banho neutro) e de efeito muito positivo, podendo ser tomado por
qualquer pessoa sem afetar sua faixa vibratória. As essências também devem ser utilizadas
com cuidado, pois contêm muita vibração, somente administradas por pessoas capacitadas.
Preparo - O melhor modo pelo qual obtemos uma maior imantação, seja ele com flores,
ervas ou essências, é através do calor, da evaporação, isto no ritual da Umbanda.
Colocamos numa panela a água e a deixamos ferver. Quando estiver fervendo, apagamos o
fogo. Então, colocamos as pétalas das flores, ervas ou essências, abafando e deixando em
fusão para o devido cozimento por evaporação. No caso das flores e ervas, após o
cozimento, coamos o mesmo num pano branco e guardamos os resíduos para serem
despachados oportunamente.
Uso - O chacra mediúnico (frontal) e glândula (nuca) são os dois pontos que fecham a faixa
vibratória mediúnica. Com elas, para o cérebro convergem as vibrações captadas, sendo
razão indispensável para que o banho seja derramado sobre a cabeça, pois daí parte todo
comando do corpo, o que por outro lado acarretará prejuízo, quando mal aplicado (no caso
das ervas e essências), caso este em que o magnetismo do banho não estiver em harmonia
com a vibratória mediúnica da pessoa (Orixá de Coroa).
4. Bater com as pontas dos dedos, no chão - Da mão esquerda: Saudando os caminhos de
Exu; da mão direita: Saudando, homenageando e pedindo licença para adentrar o ambiente
preparado para as tarefas no templo(local da gira).
5. Bater Cabeça - O médium da Casa, em respeito às firmezas dos Orixás, e das entidades
presentes. Bate a cabeça, primeiramente firmando o frontal, e as frontes direita e esquerda
à fim de pedir proteção e fluidificar-se para as tarefas, recebendo as energias concentradas
no congá.
6. Pemba - A força mágica da escrita astral, na Umbanda é feita pela Pemba (giz oval -
forma cônica), que tem o poder de abrir e fechar trabalhos de magia, quando quem o
manuseia, sabe o que esta fazendo. Pode purificar, quando em forma de pó e lançado ao ar
no ambiente em que se utiliza, pois as pembas são sempre preparadas de forma a
condensarem grande quantidade de energia fluidica.
10. Atabaques - Eles servem para manter o ambiente sob uma vibração homogênea e fazer
com que todos os médiuns permaneçam em vibração (danças, aceleração do médium,
principalmente em desenvolvimento).
20. Trabalhar descalço - O médium, sempre que possível, deve trabalhar descalço por uma
questão de humildade e para facilitar a incorporação, bem como para haver melhor
descarga dos fluídos nocivos, diretamente para a terra. Estando o médium calçado, estará
isolado da terra, o que dificultará a eliminação dos fluídos nocivos (negativos), assimilados
ao se transpor as encruzilhadas, cemitérios, hospitais, etc..., quando da vinda para o
Terreiro.
OS SACRAMENTOS DA UMBANDA
A Umbanda trabalha com alguns sacramentos que são parecidos com os da Igreja Católica,
que são: casamento, funeral e batismo.
O casamento é realizado pelo guia chefe da casa ou pelo sacerdote responsável pêlo
centro, e não pertence só aos médiuns da casa, qualquer um que deseje casar-se na
Umbanda pode pedir este sacramento.
O batismo é realizado sempre pêlo guia chefe do terreiro e pode ser para crianças ou
adultos e também não se restringe apenas aos médiuns da casa.
Os outros sacramentos da Umbanda são referentes aos graus de iniciação dos médiuns da
casa.
Aparelho: Designa a pessoa que serve de suporte para a “descida” do orixá ou da entidade.
Médium, cavalo e outros nomes tambpem são usados.
Chefe de Cabeça ou Guia de Cabeça: Entidade principal, guia protetora do médium. Chefe
de Falange: entidade espiritual muito evoluída. Já livre de reencarnação. Que serve como
guia a um conjunto de espíritos também adiantados e vibrantes em uma mesma corrente
espiritual.
Dar Passagem: Ato do guia deixar o médium para que outra entidade nele se incorpore.
Escora: Médium que suporta os ataques psíquicos de espíritos obsessores sem serem
prejudicados e ou influenciados no envolvimento dentro do trabalho.
Firmar Anjo da Guarda: Fortalecer por meio de rituais especiais e oferendas de comida
votivas o orixá patrono do médium.
Fluídos: Emanações positivas ou negativas, das forças cósmicas que podem ser manejadas
por agentes espirituais para o bem ou para o mal.
Guia de Cabeça, o mesmo que Chefe de Cabeça: Entidade principal, guia protetora do
médium. Chefe de Falange: entidade espiritual muito evoluída. Já livre de reencarnação.
Que serve como guia a um conjunto de espíritos também adiantados e vibrantes em uma
mesma corrente espiritual.
Guia de Frente Protetor: São as entidades que trabalham através do médium sob a
permissão do guia de cabeça do mesmo.
Linha: Faixa de vibração, dentro da corrente vibratória espiritual. Dos 7 Orixás e conjunto de
falanges em que se subdivide uma faixa vibratória. Conjunto de representações (corporal,
dança, cores, símbolos) e rituais (comidas, bebidas, dia da semana) de cada orixá ou
entidade. Conjunto de cerimônias rituais de determinado tipo. Ex: linha de umbanda, linha
branca, linha das almas, etc.
Receber Irradiação do Guia: Entrar em meio transe ou comunicar-se de algum modo com
uma entidade superior.