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[Resistir e distribuir ao subleito os esforços verticais produzidos pelo tráfego, resistir aos esforços horizontais que
nela atuam, tornando mais durável a superfície de rolamento]
REVESTIMENTO
• Uma mistura de agregados minerais de vários tamanhos e várias fontes com ligantes asfálticos;
• De acordo com o clima e o tráfego previstos para o local garantam ao pavimento executado os requisitos de:
✓ impermeabilidade ✓flexibilidade ✓ estabilidade ✓durabilidade ✓ resistência à derrapagem ✓ resistência
à fadiga ✓ resistência à fratura na tração térmica;
• Além de melhorar as condições de rolamento (conforto e segurança).
Limitar as tensões e deformações na estrutura do pavimento, por meio da combinação de materiais e espessuras das
camadas constituintes.
TIPOS DE PAVIMENTOS
• Rígidos:
• Semi-rígidos:
• Flexíveis:
PAVIMENTO FLEXIVEL
CAMADA CONSTITUINTES:
• Camada de Regularização: Camada irregular sobre o subleito. Corrige falhas da camada final de terraplenagem
ou de um leito antigo de estrada de terra.
• Reforço do Subleito: Quando existente, trata-se de uma camada de espessura constante sobre o subleito
regularizado. Tipicamente um solo argiloso de qualidades superiores a do subleito.
• Sub-base: Entre o subleito (ou camada de reforço deste) e a camada de base. Material deve ter boa capacidade
de suporte. Previne o bombeamento do solo do subleito para a camada de base.
• Base: Abaixo do revestimento, fornecendo suporte estrutural. Sua rigidez alivia as tensões no revestimento e
distribui as tensões nas camadas inferiores.
BASE E SUB-BASE
Base Granular (sem e com aditivo): Não tem coesão, não resiste à tração, dilui as tensões de compressão,
principalmente devido a sua espessura.
Base Coesiva( com ligante ativo e com ligante asfáltico): Dilui as tensões de compressão também devido a sua
rigidez, provocando uma tensão de tração em sua face inferior.
REVESTIMENTO FLEXIVEL
• Local de fabricação
✓ Usina específica
Misturas usinadas
Granulometria - em densas, abertas ou descontínuas
✓ Preparada na própria pista
Tratamentos superficiais
• Temperatura de mistura:
✓ Pré-misturado a frio
✓ Pré-misturado a quente
• Emulsão asfáltica de ruptura rápida, diluída previamente com até 50% de água.
• A taxa de aplicação varia em torno de 1 litro/m2
BINDER:
Também chamada de camada de ligação, é uma camada localizada imediatamente abaixo da capa de
rolamento. Apresenta em relação à mistura utilizada para a camada de rolamento diferenças de
comportamento, decorrentes do emprego de agregados de maior diâmetro máximo, existência de maior
percentagem de vazios, menor consumo de filler e de ligante.
✓ mistura química complexa cuja composição varia com o petróleo e processo de produção.
• Classificado por penetração a 25ºC (até 2005) em algumas refinarias: ✓ 30/45 ✓ 50/60 ✓ 85/100 ✓
150/200
• Classificado por viscosidade a 60°C (até 2005): ✓ CAP 7
✓ CAP 20
✓ CAP 40
Asfaltos diluídos são asfaltos líquidos produzidos pela adição de solventes de petróleo (ou diluentes) aos cimentos
asfálticos para diminuir a viscosidade do CAP para aplicação a temperaturas próximas da ambiente.
O contato do ADP com agregados ou com o material de base provoca a evaporação do solvente, deixando o
resíduo de cimento asfáltico na superfície.
Aplicação de Emulsão
• Pinturas de ligação
• Imprimação
✓ RR = ruptura rápida
✓ RM = ruptura média
✓ RL = ruptura lenta
✓ RC = ruptura controlada
Quando a emulsão entra em contato com o agregado pétreo inicia-se o processo de ruptura da emulsão, que é
a separação do CAP e da água, o que permite o recobrimento do agregado por uma película de asfalto. A água é
liberada e evapora-se. A ruptura da emulsão consiste na anulação da camada de proteção dos grãos de asfalto
dispersos na água e se observa pela união dos mesmos (coagulação ou floculação).
Retardam a ruptura:
• agente mecânico que promove a fragmentação da fase dispersa e a sua consequente dispersão.
• Um emulsificante: agente físico-químico que atende a uma dupla finalidade:
✓ estabilizar a emulsão obtida fixando-se à periferia dos grãos da fase dispersa, impedindo assim
que os mesmos se juntem (coalescência).
✓ O agente emulsificador impõe uma carga elétrica à superfície dos glóbulos de CAP, que faz estes se
repelirem e não coalescer.
✓ O processo de emulsificação quebra o asfalto em glóbulos, o que é dificultado pela coesão interna e
viscosidade do CAP e pela tensão superficial que resiste à criação de novas interfaces.
Aplicação de Emulsão
• Lama Asfáltica
• Microrrevestimento asfáltico
• Pré-misturado a frio
• Tratamento superficial
• Pinturas de ligação
• Reciclagem
As emulsões asfálticas vêm sendo cada vez mais usadas no lugar de ADP devido a:
• Regulamentações ambientais: emulsão não polui pois há uma pequena quantidade de voláteis (em
relação ao ADP) que evapora além da água;
• Perda de produtos valiosos: na cura do ADP, os diluentes, que demandam grande energia para serem
produzidos, são perdidos para a atmosfera;
• Segurança: o uso de emulsão é seguro. Há pouco risco de incêndio comparando com ADP, que pode ter
baixo ponto de fulgor;
• Aplicação a temperaturas ambientes: emulsão pode ser aplicada a temperatura mais baixa
comparativamente ao ADP, economizando combustível.
ESPUMA DE ASFALTO: Mistura de asfalto, aquecido à aproximadamente 1800C, e água a temperatura ambiente.
Técnica de utilização do ligante asfáltico que consiste em promover o encontro, sob condições apropriadas, entre
o asfalto aquecido a temperatura típica de utilização a quente, com água aspergida a temperatura ambiente.
✓ Taxa de expansão: é a relação entre o volume máximo do CAP em estado de "espuma" e o volume de CAP
remanescente, após a espuma estar completamente assente.
✓ Meia vida: é o tempo em segundos necessário para uma espuma regredir do seu volume máximo até a metade
deste volume
Age formando um mástique através do contato do asfalto espumado com as partículas finas, menores que
0,075mm de diâmetro (material passante na #200).
• Temperatura do asfalto.
• Quantidade de água adicionada ao asfalto.
• Pressão sob a qual o asfalto é injetado na câmara de expansão: baixas pressões (menores que 3 bar)
afetam negativamente tanto a taxa de expansão, como a meia vida.
• Consistência do asfalto de origem.
• Presença de agentes anti-espumantes, tais como, compostos de silicone.
PMQ, é uma mistura executada a quente, em usina apropriada, composta de agregado graduado, cimento
asfáltico e, se necessário, melhorador de adesividade, espalhada e compactada a quente, com volume de vazios
maior do que 12%. O pré- misturado a quente pode ser empregado como camada de regularização, de ligação,
binder ou base.
TS (tratamento superficial):
Os tratamentos superficiais consistem em aplicação de ligantes asfálticos e agregados sem mistura prévia, na
pista, com posterior compactação que promove o recobrimento parcial e a adesão entre agregados e ligantes.
As principais funções do tratamento superficial são:
• proporcionar uma camada de rolamento de pequena espessura, porém, de alta resistência ao
desgaste;
• impermeabilizar o pavimento e proteger a infra-estrutura do pavimento;
• proporcionar um revestimento antiderrapante;
• proporcionar um revestimento de alta flexibilidade que possa acompanhar deformações
relativamente grandes da infra-estrutura.
Devido à sua pequena espessura, o tratamento superficial não aumenta substancialmente
a resistência estrutural do pavimento e não corrige irregularidades (longitudinais ou transversais) da pista caso
seja aplicado em superfície com esses defeitos. De acordo com o número de camadas sucessivas de ligantes e
agregados, podem ser:
• TSS – tratamento superficial simples;
• TSD – tratamento superficial duplo;
• TST – tratamento superficial triplo.
CAPA SELANTE:
selagem de um revestimento betuminoso por espalhamento de ligante betuminoso, com ou sem cobertura de
agregado miúdo. Freqüentemente usada como última camada em tratamento superficial múltiplo (5mm).
LA (lama asfáltica):
Mistura fluida de EAP e agregado miúdo utilizada para recuperação funcional de pavimentos deteriorados ou
como capa selante de TS. Capa selante por argamassa pré-misturada com espessura de 2 a 5mm.
O SMA é um revestimento asfáltico, usinado a quente, concebido para maximizar o contato entre os agregados
graúdos, aumentando a interação grão/grão;
a mistura se caracteriza por conter uma elevada porcentagem de agregados graúdos (> 70%) e, devido a essa
particular graduação, forma-se um grande volume de vazios entre os agregados graúdos.
Esses vazios, por sua vez, são preenchidos por um mástique asfáltico, constituído pela mistura da ligante asfáltico
+ fíler + finos minerais (fração areia) + fibras. O SMA é uma mistura rica em ligante asfáltico, com um consumo de
ligante em geral entre 4,50 e 6%.
Geralmente é aplicado em espessuras variando entre 1,5 a 7cm, dependendo da faixa granulométrica.
Aplicação
Desempenho
Esse revestimento é responsável pela coleta da água de chuva para o seu interior e é capaz de promover uma
rápida percolação da mesma devido à sua elevada permeabilidade, até a água alcançar as sarjetas. Camada
inferior deve ser necessariamente impermeável.
Desempenho
GAP-GRADED (gap-graded):
O gap-graded Mistura executada a quente em usina apropriada, constituída de agregado graúdo, agregado
miúdo, material de enchimento (fíler) em granulometria e ligante asfáltico modificado por borracha moída de
pneus, devendo ser espalhada e compactada a quente.
É uma mistura de graduação descontinua, com intervalo (gap), que é uma faixa granulométrica especial que
resulta em macrotextura superficial aberta ou rugosa, mas com teor de vazios menor que 6% e teor de ligante de
6%.
Esse tipo de mistura asfáltica tem sido empregado como camada estrutural de revestimento ou como camada
de rolamento, proporcionando uma textura confortável ao trafego, ao mesmo tempo sem perder a segurança.
AREIA ASFALTO: Em regiões onde não existem agregados pétreos graúdos, utiliza-se como revestimento uma
argamassa de agregado miúdo, em geral areia, ligante (CAP), e fíler se necessário, com maior consumo de ligante
do que os concretos asfálticos convencionais devido ao aumento da superfície específica (DNIT 032/2005 – ES). É
normalmente empregada como revestimento de rodovias de tráfego não muito elevado. Como toda mistura a
quente, tanto o agregado quanto o ligante são aquecidos antes da mistura e são aplicados e compactados a
quente (Bernucci et al., 2010).
Concreto asfáltico (CA ou CBUQ) e Misturas Asfálticas Especiais SMA, BBTM, CPA, Gap-graded, ARE
FATORES NO DESEMPENHO
• Afundamento por trilha de roda (ATR): Causado por tráfego pesado, deslocamento da massa entre pneus.
Resulta de resistência ao cisalhamento insuficiente da mistura, influência do agregado. Em altas temperaturas
de serviço (>25C). Deformações permanentes acumuladas na vizinhança dos pneus. Relaciona-se com
deformações cisalhantes permanentes no ligante
• Trinca térmica: Causada por baixas temperaturas (< -10C). Um único ciclo de baixa temperatura. Repetidos
ciclos de baixa temperatura. Tem um padrão de espaçamento. Constitui-se em pontos de início e propagação
de trincas. Influencia do ligante.
• Trinca por fadiga: Ocorre a temperaturas intermediárias. Brasil entre 30 e 40ºC. EUA entre 20 e 30ºC. Resulta
da acumulação de danos a temperaturas intermediárias. Influencia do ligante e do asfalto.
• Fadiga: Causada por tráfego pesado. Causada por flexão repetida da mistura. Início e propagação de fissuras
(trincas interligadas). Influencia do ligante
SUPERPAVE
PG 70-22
grau de desempenho
▪ Alta temperatura
▪ Carregamentos prolongados
▪ Baixa temperatura
▪ Carregamentos rápidos
CARACTERIZAÇÃO
AGREGADOS
NATUREZA
TAMANHO
Caracterização Tecnológica
As características tecnológicas dos agregados servem para assegurar uma fácil distinção de materiais, de modo a
permitir a comprovação de sua homogeneidade, bem como selecionar um material que resista; de maneira adequada;
às cargas e à ação ambiental às quais o pavimento irá sofrer.
• Graduação
• Absorção
• Durabilidade
• Massa específica real e aparente
• Resistência ao Choque e ao Desgaste
• Forma
• Limpeza
• Adesividade
• Textura
ABRASÃO: Sua determinação é importante uma vez que durante a execução dos revestimentos asfálticos, ele estão
sujeito a quebras; O esforço de abrasão ocorre durante a ação do tráfego, devendo o agregado resistir a quebras,
degradação e desintegração.
FORMA: Agregados muito lamelares levam as misturas a ter uma grande rigidez e podem romper-se durante a
compactação, deixando algumas faces do agregado sem cobertura betuminosa.
TEXTURA: A resistência ao cisalhamento depende da textura superficial. Superfície específica alta – maior consumo
de ligante asfáltico. A textura influencia na adesividade, trabalhabilidade e resistência ao atrito.
ADESIVIDADE: Capacidade de uma mistura de se manter coesa durante toda sua vida de serviço; Agregado com alta
adesividade são considerados hidrofóbicos e os com baixa adesividade são considerados hidrófilos.