Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Tremor vocal:
O Tremor vocal é incluído na categoria de síndromes associadas a outros
sinais neurológicos. Entre as síndromes neurológicas o tremor essencial é a
patologia de maior prevalência sendo uma doença do sistema nervoso central,
geralmente genética e acomete adultos com mais de 45 anos. Possui casos
leves, na qual o tremor vocal apresenta-se perceptível em vogais prolongadas,
e casos mais severos com tremor perceptível em todas as tentativas. Os
principais sintomas são: entonação trêmula, quebras de fonação, tremor rítmico
e laringoespasmos em casos severos. O tratamento se baseia em uso de
medicação que pode resultar em alguma melhora e a terapia de voz.
Granuloma:
O granuloma apresenta coloração amarelada, esbranquiçada ou avermelhada
de forma variável. Essa lesão é encontrada na superfície medial das pregas
vocais, recobrindo o processo vocal da cartilagem aritenóidea. Ele pode ser
unilaterais ou bilaterais e é resultado de lesões nas pregas vocais devido a
refluxo gastroesofágicoou danos da intubação endotraqueal. Apresenta
sintomas como soprosidade, baixo pitch, diplofonia, disfonia leve, tensão e som
metálico. O tratamento consiste em evitar irritação laríngea e repouso vocal,
pode ser necessária terapia vocal por um fonoaudiólogo. Muitos granulomas
desaparecem sem tratamento. Os granulomas que não desaparecem podem
ser removidos cirurgicamente, mas tendem a reaparecer.
Os cistos intracordais são sacos preenchidos por líquido,localizados na
superfície das pregas vocais, geralmente unilaterais (quando bilaterais não
pareados), advindos de alguma obstrução de canal. A voz apresenta pitch
baixo, tensão, aspereza, soprosidade e diplofonia. O tratamento depende do
tamanho da lesão, grau da disfonia, demanda vocal e expectativa do paciente.
Como normalmente o cisto vocal está acompanhado de postura vocal
inadequada, a fonoterapia é uma opção quando a lesão é pequena e não
compromete o fechamento glótico ou deforme a borda livre da prega vocal. Em
casos de cistos volumosos, o tratamento cirúrgico se faz necessário.
A intervenção visa a retirada completa do cisto com agressão mínima à
mucosa sadia.
Nódulos vocais:
Nódulos vocais são lesões inflamatórias fonotraumáticas que ocorrem
habitualmente devido a abuso ou uso incorreto da voz durante a fala ou canto.
Ocorrem principalmente em crianças do sexo masculino, mulheres jovens e
profissionais da voz. Infecções de vias aéreas superiores, alergia, distúrbios da
tireoide e refluxo faringolaríngeo podem estar associados à formação dos
nódulos. Os nódulos vocais, denominados popularmente como “calos”, estão
caracteristicamente presentes em ambas as pregas vocais, com aspecto
simétrico, e estão associados à rouquidão, soprosidade, perda de alcance
vocal (por exemplo, atingir os agudos durante o canto), bem como maior
esforço para falar gerando fadiga vocal. São lesões benignas que costumam
responder bem a exercícios de fonoterapia. O tratamento cirúrgico pode ser
indicado em casos específicos.
Papiloma:
O papiloma afeta a membrana mucosa do trato respiratório, caracterizando-se
por papilomas escamosos múltiplos e recorrentes, é parecido com verrugas e
tem forma e textura de framboesa. A laringe é o sítio mais comum de
papilomatose, sendo as pregas vocais e a subglote os locais mais acometidos.
Acredita-se que as lesões sejam de etiologia viral, atribuída ao vírus do
papiloma humano (HPV), sendo a causa mais comum de tumores laríngeos
benignos. Os sintomas são: soprosidade, baixo pitch, tensão, afonia e
rouquidão. O tratamento consiste em quimioterapia, cirurgia e terapia de voz. O
laser de CO2 é o tratamento mais aceito para lesões na laringe, faringe e
traquéia superior, pois vaporiza a lesão com pouco sangramento e baixos
riscos de danos às pregas vocais. Papilomas pedunculados devem ser
removidos com pinças frias e técnica conservadora.
Pólipos vocais:
Os pólipos vocais podem ser divididos em dois tipos: pólipos
mucosos (gelatinosos ou fibrosos) e pólipos angiomatosos, os primeiros são
lesões translúcidas, de aspecto gelatinoso, amolecidas, insufladas e cheias de
material liquefeito. Já os pólipos mucosos fibrosos apresentam coloração
rósea ou esbranquiçada de paredes espessas. Pólipos angiomatosos são
lesões escuras, avermelhadas e apresentam vascularização abundante.
Geralmente, o paciente refere um quadro de disfonia persistente associado a
períodos de afonia aguda. O impacto da qualidade vocal depende do tamanho,
localização e mobilidade da lesão. A disfonia é variável, podendo se apresentar
como rouca, soprosa, “pitch instável” e dificuldade na variação de intensidade.
O tratamento do pólipo vocal é essencialmente cirúrgico e a fonoterapia após o
tratamento cirúrgico é importante na identificação, reconhecimento e remoção
de hábitos vocais indesejáveis, além de eliminar mecanismos compensatórios
previamente adquiridos.
DISTÚRBIOS NEUROLÓGICOS:
Danos ao nervo glossofaríngeo: esse nervo está minimamente envolvido no
processo de ressonância e deglutição. O estilofaríngeo é o único músculo,
implicado nesses processos, inervado por esse nervo. Diversos músculos
estão envolvidos nas ações de dilatar, elevar, relaxar e tensionar a faringe, por
isso, é provável que o dano apenas ao nervo glossofaríngeo tenha um efeito
mínimo na ressonância ou na deglutição.
Danos aos nervos acessório e vago: há uma ligação quase inexorável entre o
nervo vago e o acessório, quando se trata da região da cabeça e do pescoço.
O nervo vago desemprenha um grande papel na fonação por meio dos nervos
recorrente e faríngeo; também inerva diversos músculos que integram a
mediação dos movimentos da faringe, palato mole e língua. Danos ao nervo
vago apresenta maior probabilidade de afetar o palato mole e faringe, pois esse
nervo é a fonte principal de inervação dos músculos dessas estruturas; e
desempenha um papel menor na inervação dos músculos que mediam o
movimento da língua. Para o entendimento de quais estruturas serão afetadas
é importante associar o local do dano ao nervo. Se o dano for abaixo do nível
onde o ramo faríngeo sai do nervo vago, então, o dano será confinado à
laringe, pois o nervo ainda está intacto no nível do ramo faríngeo.
Se o dano dor confinado apenas ao ramo faríngeo, então a laringe não será
afetada, mas o palato mole e a faringe serão; e o resultado provavelmente será
o movimento reduzido dessas duas estruturas. Se o palato mole não consegue
se elevar e abaixar de modo apropriado, a consequência será a ressonância
oronasal inadequada; num indivíduo com paralisia, o palato mole
provavelmente terá algum grau de hipernasalidade. Em termos de deglutição, a
incapacidade de elevar o palato mole pode fazer com que o bolo seja injetado
para a nasofaringe quando ele for forçado pela língua para a faringe, o que
pode provocar otite média.
A paralisia dos músculos faríngeos pode afetar adversamente a ressonância e
a deglutição; visto que a faringe desempenha um papel nesses processos, de
modo semelhante ao palato mole. O dano ao nervo vago (e, em menor grau, ao
nervo acessório) provavelmente não terá um efeito tão negativo na articulação
quanto na ressonância e deglutição.
Danos ao nervo hipoglosso: seu papel está quase exclusivamente associado
aos movimentos da língua, com exceção da inervação do músculo genio-
hióideo. O mesmo inerva todos os músculos intrínsecos e extrínsecos da
língua; ou seja, um dano a esse nervo levará a consequências sérias para a
estrutura principal da articulação e ressonância oral. Articulação, mastigação,
ressonância e deglutição serão todos prejudicialmente afetados pelo dano ao
nervo hipoglosso. Distúrbios motores da fala: um distúrbio motor da fala é
resultado de uma deficiência neurológica na qual o planejamento motor, a
programação, o controle neuromuscular ou a execução da fala são
prejudicialmente afetados (Duffy, 2005). Acidente vascular encefálico, doença
degenerativa, lesão encefálica traumática e neoplasia são as etiologias mais
comuns dessa condição. Duas neuropatologias são classificadas como
distúrbios motores da fala: apraxia da fala (ADF) e disartria. Diversos nervos
cranianos podem estar envolvidos ou o dano pode ser mais difuso, pois o local
da lesão tende a ser mais central, na maioria dos casos de disartria. Algumas
características diferenciam os distúrbios motores da fala. Em primeiro lugar, o
local da lesão é diferente entre os dois.
DISTÚRBIOS SENSORIAIS:
Os distúrbios auditivos são os que interferem nos processos de articulação e
ressonância. Neste contexto, já que através da audição é possível realizar o
monitoramento da fala, existe uma forte relação entre ambos. A deficiência
auditiva é descrita em termos de tipos (central, condutiva, mista e
sensorioneural); grau que vai do mais leve até o profundo; e a configuração
que se refere à extensão da perda auditiva em termos de frequências sonoras
que são mais afetadas pela perda. Os afeitos mais relevantes a produção da
fala são a maior severidade, perdas nas frequências médias, perda auditiva
isolada ou componente de outra anomalia, deficiência adquirida após o
desenvolvimento da fala, deficiência adquirida ou congênita antes ou durante o
desenvolvimento da mesma. Ademais, é possível afirmar alguns erros dos sons
da fala como por exemplo as emissões, substituições, neutralização das
vogais, incapacidade de distinguir entre consoantes orais e nasais, vozeadas e
desvozeadas. A ressonância também será afetada, pessoas com perda
auditiva profunda tendem apresentar além da de nasalidade, a ressonância cul-
desac, sendo a voz monótona ou abafada.
DEMÊNCIA
Distúrbio caracterizado por um declínio progressivo nas habilidades
cognitivas,
que em geral ataca em idade avançada. A dificuldade com a memória é
normalmente um dos processos cognitivos afetados mais cedo e mais
devastadoramente.
Podem ser classificadas de acordo com a localização principal do dano
encefálico em:
Demência corticais:
Alzheimer: responsável por aproximadamente 50% dos casos vistos. É
progressiva e irreversível. Afeta neurônios no lobo temporal medial e se
difunde por córtices de associação Resulta em atrofia progressiva do córtex
cerebral em decorrência da repartição de neurônios no nível celular.
Demência subcorticais
Estão associadas a doenças degenerativas
dos gânglios basais.
SINTOMAS
Mudanças na personalidade e na memória;
Dificuldade para reter o que acabou de ouvir ou ver;
Dificuldade para elaborar julgamentos e/ou codificar informações em
memória
de longo prazo.