Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
EMOÇÃO
UNIDADE II
A NEUROCIÊNCIA COMO NOVIDADE
Elaboração
Luciana Raposo dos Santos Fernandes
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
SUMÁRIO
UNIDADE II
A NEUROCIÊNCIA COMO NOVIDADE.............................................................................................................................................5
CAPÍTULO 1
ORGANIZAÇÃO DO CÉREBRO................................................................................................................................................... 5
CAPÍTULO 2
NEUROCIÊNCIA COGNITIVA.................................................................................................................................................... 12
CAPÍTULO 3
NEUROCIÊNCIA COGNITIVA NA PSICOLOGIA.................................................................................................................. 18
REFERÊNCIAS.................................................................................................................................................25
A NEUROCIÊNCIA COMO
NOVIDADE UNIDADE II
CAPÍTULO 1
ORGANIZAÇÃO DO CÉREBRO
5
Unidade ii | A NEUROCIÊNCIA COMO NOVIDADE
Lobo Frontal
Hemisfério Esquerdo
Lobo Parietal
Lobo Occipital
Cérebro
Cerebelo
Lobo Temporal
Medula Espinhal Tronco Encefálico
Fonte: https://www.researchgate.net/figure/Figura-2-Divisao-fisiologica-do-cerebro-humano-o-cortex-cerebral-e-de-
particular_fig2_274248499.
6
A NEUROCIÊNCIA COMO NOVIDADE | Unidade ii
Esses vínculos descritos pelo autor são realizados pelos neurônios, considerados
a unidade fundamental do sistema nervoso (SN), por serem os responsáveis pela
condução e tratamento das informações recebidas. Portanto, são vários bilhões
de neurônios que se conectam através de sinapses, criando inúmeras redes.
É justamente essa reunião de neurônios que constitui a chamada substância
cinzenta, o córtex. Mas os neurônios não estão presentes somente no córtex, eles
também estão espalhados pelo tálamo e núcleos cinzentos. Os prolongamentos
dos neurônios, axônios e dendritos, constituem a chamada substância branca,
que fica entre o córtex e os núcleos cinzentos.
7
Unidade ii | A NEUROCIÊNCIA COMO NOVIDADE
Portanto, o cérebro é a parte mais importante do SNC, pois é ele que favorece
a tomada de consciência de todas as informações coletadas por nossos órgãos
dos sentidos e também é o responsável pela interpretação dessas informações
coletadas, fazendo uma comparação entre as vivências e expectativas levantadas.
O cérebro é também responsável pela emissão de respostas, tanto as voluntárias
quanto as involuntárias, que são a expressão do nosso comportamento atuando
sobre o ambiente. Na mesma linha, ocorrem os processos mentais: pensamentos,
atenção e capacidade de julgamento. (COSENZA; GUERRA, 2011)
8
A NEUROCIÊNCIA COMO NOVIDADE | Unidade ii
mentais, em que meio eles ocorrem e como se relacionam com o mundo físico?
Em resposta, eles mostram que a capacidade de pensar sobre as coisas, sobre
a própria existência e tomar atitudes, implicam em dizer que seres humanos
possuem mentes, que os diferenciam dos demais animais.
9
Unidade ii | A NEUROCIÊNCIA COMO NOVIDADE
10
A NEUROCIÊNCIA COMO NOVIDADE | Unidade ii
11
CAPÍTULO 2
NEUROCIÊNCIA COGNITIVA
Figura 5. Neurociência cognitiva preocupa-se com o estudo dos processos e aspectos biológicos,
subjacentes à cognição, com foco específico nas conexões neurais.
Fonte: https://luisdegarrido.com/research/cognitive-neuroscience-and-neurobiology-luis-de-garrido/.
12
A NEUROCIÊNCIA COMO NOVIDADE | Unidade ii
A abordagem cognitiva
Conforme aponta Eysenck (2017) a abordagem cognitiva reconhece que os processos
cognitivos desempenham um importante papel tanto para o desenvolvimento
quanto para o tratamento dos transtornos mentais e, a cada dia, ocupa um espaço
cada vez maior. Já a neurociência cognitiva também é definida pelo mesmo
autor como a área que usa informações sobre o cérebro e o comportamento
como base para a compreensão da cognição humana. Consequentemente, para
os neurocientistas cognitivos é extremamente importante estudar o cérebro e o
comportamento, enquanto as pessoas estão envolvidas em atividades cognitivas,
pois elas são geradas por processos internos que ocorrem no cérebro. Tal estudo
é realizado a partir de diversas formas, entre as quais técnicas de imagem
cerebral, como imagem por ressonância magnética funcional (IRMf), e técnicas
eletrofisiológicas, a partir do registro de sinais elétricos emitidos pelo cérebro,
inclusive no caso dos efeitos que uma lesão cerebral pode provocar na cognição
humana.
Por que esse interesse? Porque pelo uso de diferentes formas de investigar
detalhadamente o funcionamento da estrutura do cérebro surge à possibilidade
de se obter informações sobre a localização e o momento em que processos
cognitivos específicos ocorrem, ou seja, é possível estabelecer a ordem da ativação
de diferentes áreas cerebrais durante o desempenho de uma tarefa e, ao mesmo
tempo, saber se as mesmas áreas cerebrais podem ser acionadas igualmente por
duas tarefas ou se existe alguma diferença significativa. Eysenck (2017, pp. 12-
13) cita como principais técnicas para o estudo do cérebro, o(s)/a(s):
13
Unidade ii | A NEUROCIÊNCIA COMO NOVIDADE
Note que, o autor não defende uma técnica em detrimento da outra. Ele apenas
aponta suas vantagens e limitações, destacando que em muitos momentos é
importante combinar técnicas de investigação diferentes, dependo do foco
da pesquisa.
14
A NEUROCIÊNCIA COMO NOVIDADE | Unidade ii
Adendo importante
Além de lançar luz sobre os processos neurais subjacentes à mente humana,
a neurociência, inclusive a cognitiva, revolucionou a psicologia clínica ao
gerar avanços significativos em nossa compreensão das doenças psiquiátricas.
Ao comparar os cérebros de indivíduos saudáveis com os de indivíduos com
transtornos psiquiátricos, os neurocientistas foram capazes de melhorar nosso
conhecimento tanto das causas dessas doenças quanto de seus tratamentos mais
eficazes.
15
Unidade ii | A NEUROCIÊNCIA COMO NOVIDADE
16
A NEUROCIÊNCIA COMO NOVIDADE | Unidade ii
17
CAPÍTULO 3
NEUROCIÊNCIA COGNITIVA NA PSICOLOGIA
Fonte: https://hhd.psu.edu/graduate/dual-title-degree-programs/social-and-behavioral-neuroscience.
18
A NEUROCIÊNCIA COMO NOVIDADE | Unidade ii
A partir de Luria (1992; 2006; 2010 apud BASTOS; ALVES, 2013), por exemplo,
podemos estudar os apontamentos científicos apresentados por Vygotsky, à
sua época, e continuadas exaustivamente pelo autor que conjecturava uma
ciência da consciência humana, que integrava os estímulos externos, valorizava
a importância do mundo exterior, sem, portanto, deixar descartar os aspectos
dos processos cognitivos.
Nesse contexto se faz jus observar que há avanços na história da ciência e, mais
precisamente da neurociência cognitiva, uma vez que, nos fins do século XVII,
o neuroanatomista alemão, fisiologista e pioneiro no estudo da localização
das funções mentais no cérebro, Franz Joseph Gael (1759 - 1828) sugeriu que
certas funções mentais superiores estariam localizadas em distintas áreas do
cérebro. Mais adiante, por volta do século XX, Vygotsky apresentou como
processos psicológicos superiores, as ações conscientemente controladas, a
atenção voluntária, a memorização ativa e o pensamento abstrato.
19
Unidade ii | A NEUROCIÊNCIA COMO NOVIDADE
Na ocasião, ele explicou que, desde os anos de 1960, quando ainda predominava
entre neurocientistas a ideia de que o cérebro seria um órgão estático, pré-
moldado sob estrita ordenação genética, já defendia que era possível, ao longo de
toda a vida, criar novos circuitos e conexões neuronais em resposta a estímulos
e experiências, o que resultaria em mudanças funcionais.
20
A NEUROCIÊNCIA COMO NOVIDADE | Unidade ii
» Abuso de drogas – Nos últimos anos, tem havido muitas pesquisas sobre
as causas do abuso de drogas, incluindo avaliações neurocientíficas que
analisam como as influências externas afetam o processamento inconsciente
e impulsionam o comportamento viciante. Sabemos que há uma série
de fatores que contribui para o início do vício e alguns neurocientistas
sugerem que, assim como os fundamentos neuroquímicos do vício, o status
socioeconômico de uma pessoa influencia seu bem-estar por meio do
processamento inconsciente, criando uma necessidade maior de recompensas
adicionais no cérebro.
21
Unidade ii | A NEUROCIÊNCIA COMO NOVIDADE
22
A NEUROCIÊNCIA COMO NOVIDADE | Unidade ii
23
Unidade ii | A NEUROCIÊNCIA COMO NOVIDADE
sobre a força das conexões dentro da região dos gânglios basais do cérebro.
Portanto, como essas conexões diferem em pacientes com Parkinson, elas
podem ajudar os psicólogos a criarem terapias personalizadas para padrões
de degeneração neural.
Note que, essas são apenas várias áreas diretamente relacionadas à psicologia
nas quais a neurociência está fazendo uma imensa diferença.
24
REFERÊNCIAS
BRAGHIROLLI, Elaine Maria et al. Psicologia Geral. 23. ed. Petrópolis: Vozes, 2003.
DAMÁSIO, Antonio. O erro de Descartes. São Paulo, Editora Companhia das Letras, 2012.
FELDMAN, R. S. Introdução à Psicologia. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, Mc Graw Hill
Education, 2016.
GRANT, Adam (January 2, 2014). The Dark Side of Emotional Intelligence. The Atlantic.
Archived from the original on January 24, 2014: https://www.theatlantic.com/health/
archive/2014/01/the-dark-side-of-emotional-intelligence/282720/.
MORRIS, Charles G.; MAISTO, Albert A. Introdução à Psicologia. 6. ed. São Paulo: Prentice
Hall, 2004.
PLISZKA, S. R. Neurociência para o clínico de saúde mental. Porto Alegre: Artmed, 2004.
25
Referências
VAN DER VEER, René; VALSINER, Jaan. Vygotsky: uma síntese. São Paulo: Loyola, 1996.
Imagens
Figura 1. https://wonderfulmind.net/category/neurosciences/.
Figura 2. https://www.renewallodge.com/5-ways-quitting-drinking-affects-your-brain/.
Figura. https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/biologia/sistema-nervoso-periferico.
Figura 4. https://www.researchgate.net/figure/Figura-2-Divisao-fisiologica-do-cerebro-humano-o-
cortex-cerebral-e-de-particular_fig2_274248499.
Figura 5. https://luisdegarrido.com/research/cognitive-neuroscience-and-neurobiology-luis-de-garrido/.
Figura 6. https://hhd.psu.edu/graduate/dual-title-degree-programs/social-and-behavioral-neuroscience.
Figura 7. https://www.apa.org/action/science/brain-science/education-training.
Figura 8. https://travelmag.vn/o-buc-tranh-nay-ban-thay-dieu-gi-dau-tien-loi-giai-se-khien-ban-co-
them-nguon-nang-luong-tich-cuc-trong-ngay-d1610.html.
Figura 9. https://drspar.com/neuroplasticity/.
Tabelas
Tabela 1. Bear, Connors e Paradiso, 2008.
Quadros
Quadro 1. https://www.slideserve.com/leo-love/linguagem (slide 10/56).
Quadro 2. https://www.diferenca.com/emocao-e-sentimento/.
26