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Maceió
2019
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Resumo
Abstract
materials, to allow the analysis of their potential. as a relevant conceptual tool for a
psychosocial approach to human development. Explaining some important concepts as a
good enough environment, which would be related to the mother-baby relationship, in
which the good enough mother has the necessary elements to adapt to her baby's needs
and respond satisfactorily to her demands, through a The illusion-delusion process of the
baby's idea of omnipotence, which allows him to develop his creative capacity through
the perception of the cultural environment presented to him and his states of unity and
separation with it. This positive response from the environment is related to another
concept in Winnicott's theory, environmental provision, which is this ability of the
environment to positively allow the individual's psychic development. To the extent that
this environmental provision fails, the individual becomes submissive and adapted to the
environment that hinders the development of his creative capacity, either through his
deprivation or through invasion into this creative experience. The subject inserted in the
context of failure of environmental provision adapts to his environment and his creative
expression is replaced by elements contained in the environment, devoid of spontaneity,
inventiveness and uniqueness.
Keywords: Winnicott. Development. Environment. Psychoanalysis.
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Introdução
Metodologia
Resultados e discussões
elaboração de que o seio foi criado por ele, algo subjetivamente concebido, o seio que o
bebê ‘queria criar’.
A gradual desilusão gradativa da onipotência do bebê deve ser feita na mesma
medida em que o bebê consegue lidar com a ausência da mãe, e seu fracasso em atender
suas demandas. É possível então a percepção objetiva da existência de um mundo externo
a ele, e que não anula sua realidade psíquica interna e sua capacidade criativa. Esses dois
“mundos” se relacionam através dos fenômenos transicionais. É papel da mãe
suficientemente boa o processo de ilusão-desilusão, permitindo a emergência dos
fenômenos transicionais.
Quando essa relação falha, e o papel da mãe suficientemente boa de provisão
ambiental ás necessidades do bebê não é possível, sua capacidade de viabilizar o processo
de ilusão-desilusão é prejudicada. A ausência completa da mãe, ou por um período de
tempo superior à capacidade do bebê de superar essa ausência, revela o ambiente incapaz
de atender às necessidades do bebê. A expressão subjetiva da criança se transforma em
uma expressão submissa e adaptada ao ambiente. O ambiente se transforma em um
reflexo dessa ausência, impedimento do desenvolvimento da capacidade criativa do bebê.
De uma maneira saudável, a aflição gerada pela ausência da mãe é corrigida se a mãe
demora o tempo considerável suficiente para retornar e que o bebê possa superar sua
ausência. Essa ausência é benéfica na medida em que permite ao bebê a elaboração da
separação eu e não-eu. Quando a mãe retorna, é o ato de mimar que permite ao bebê a
reparação do ego e a reutilização de símbolos de união. Quando a ausência da mãe se
prolonga além do que é considerado razoável pelo bebê, seu retorno não corrige o estado
de aflição experimentado pelo bebê em sua ausência; esse estado de privação produz no
bebê a reorganização de suas defesas contra o retorno dessa ansiedade. Isso é apontado
por Winnicott como a experimentação de um estado de loucura pelo bebê.
Winnicott nos mostra que o brincar está localizado no espaço potencial entre a
mãe e o bebê, através da manifestação da criatividade. A criatividade aqui referida não
está relacionada simplesmente com domínio e manipulação de produtos da mente e do
corpo, como produções artísticas visuais e escritas, mas com a criatividade relacionada
ao viver e à vida, a experiência da criatividade. O gesto criativo permite a vivência
criativa, aquela que se apresenta de maneira não intencional, não mecanizada, ou
automatizada. Na clínica podemos relacionar o brincar e a experiência criativa com a
associação livre, brincar com palavras e pensamentos, inicialmente percebidos como
desconexos, mas vindo de um contexto espontâneo e de relaxamento, é papel do analista
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fornecer esse espaço assim como na relação mãe-bebê, é papel da mãe suficientemente
boa promover a elaboração criativa do bebê. O analista não deve organizar aquilo que é
dito ou apresentado e que possa parecer absurdo, apenas observar. O analista falha em
sua provisão ambiental quando enche o ambiente de interpretações desnecessárias,
desfazendo o lugar de relaxamento e repouso do paciente, que havia sido elaborado
através do sentimento de confiança no analista em prover esse lugar. A mãe que se
comporta de maneira invasiva em resposta ás demandas do seu bebê, impedindo sua
ilusão de onipotência, também falha em sua provisão.
Para que o paciente em análise possa existir como unidade, e ter uma experiência
criativa através da associação livre, ele produz um movimento de busca de si mesmo, de
elaboração do self. Nesse lugar de experiência criativa, a confiança nas relações baseada
na vivência, a atividade criativa, física e mental que se manifesta através do brincar, e a
soma dessas duas condições, que formam a base do eu (self).
Para Winnicott, aquilo que é objetivamente percebido e aquilo que é
subjetivamente concebido, estão relacionados com a maneira como o mundo externo se
apresenta para o indivíduo e como é concebido internamente. Na medida em que o bebê
faz a elaboração do processo de separação eu e não-eu, ou não fundição, com a mãe, ela
deixa de ser um elemento subjetivamente concebido no mundo interno do bebê, para ser
algo objetivamente percebido. A percepção de unidade e fundição que o bebê tem em
relação à mãe é consequente de uma provisão ambiental suficientemente boa, soma de
cuidados maternais satisfatórios e da capacidade da mãe em estar disponível às demandas
do bebê. Quando o ambiente falha, o indivíduo tende a experimentar a submissão,
adaptação e ajuste a uma realidade externa preexistente, não vivenciando sua experiência
criativa. Há sujeitos tão profundamente adaptados ao ambiente que perdem contato com
o mundo subjetivo, com a abordagem criativa da realidade.
A criatividade está relacionada com estar vivo, como um sinal de saúde
emocional, e da maneira através da qual o indivíduo é capaz de experimentar o mundo
externo. O ambiente que falha prejudica o processo de vivência criativa, sufocando a
criatividade do indivíduo. O indivíduo que experimenta o mundo externo criativamente,
é capaz de tomar parte das questões de sua comunidade, tornando-se uma pessoa ativa. O
indivíduo em sofrimento experimenta um sentimento de abandono da esperança, a perda
da percepção criativa do mundo através da destruição da criatividade. Dessa forma, o
sucesso ou falha das provisões ambientais nas fases primitivas da experiência de vida do
bebê, irão permitir que ele viva criativamente.
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a que ela possa fornecer ao bebê a provisão ambiental suficientemente boa. Quando o
ambiente social amplo falha em sua provisão, e apoio às capacidades da mãe, o bebê não
é capaz de ver a si mesmo refletido quando olha para a mãe, vendo apenas o reflexo do
humor da mãe, ou suas próprias defesas. Isso impede a formação de unidade com a mãe
e traz prejuízo para sua capacidade criativa. O bebê evitará o contato visual, tendo em
vista que esse movimento representa o caos em que ele é confrontado com a ideia de que
aquele mundo existe independe dele, não mais concebido por ele.
Conclusões
indivíduo, o brincar e a experiência cultural são únicos para cada indivíduo, em casos de
privação, ou quando o ambiente é intrusivo o indivíduo não estabelece uma relação de
unidade com a sua existência.
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Referências bibliográficas