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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE

MESQUITA FILHO” – FACULDADE DE ENGENHARIA DE


ILHA SOLTEIRA-UNESP/FEIS
Disciplina: Adubos e Adubação

CALAGEM E ADUBAÇÃO NO SISTEMA DE


PLANTIO DIRETO

Prof. Dr. Salatiér Buzetti

Dr. Marcio Mahmoud Megda

Ilha Solteira– SP
Outubro de 2014
Plantio Direto
Início no Brasil: 1974;
Um dos maiores avanços no processo
produtivo da agricultura brasileira
Controlar a erosão hídrica
Evoluiu para um sistema complexo e
ordenado de produção agrícola
Investimento na preservação dos recursos
naturais e sócio-econômicos
Inúmeras características próprias
Manoel Henrique
Pereira.

MANEJO DIFERENCIADO
Plantio Direto

a) Não revolvimento do solo e acúmulo progressivo de


restos culturais
b) Adubação sucessiva em sulcos ou a lanço superficial
c) Rotação adotada – variedades x quantidade e
qualidade de MS
d) Dinâmica diferenciada da água no solo
e) Condição diferenciada em relação a pragas, doenças
e invasoras.
??? Plantio Direto ???

Vale ressaltar que alguns entraves tecnológicos foram


determinantes para a lenta adoção do SPD, nas décadas
de 70-80, como:
a) inexistência de máquinas para semeadura em solo
coberto com palha;
b) dificuldade no controle de invasoras, alto custo dos
herbicidas (não seletivos);
c) as incertezas a respeito do manejo da calagem e
adubação (falta de correção prévia de fatores
limitantes e de recomendação adequada de fertilidade
do solo)
Radiação Chuva
solar •Preparo do solo:
•Grande
revolvimento;
•Queima de
resíduos
Solo descoberto

T°C Desagregação

MO Infiltração

Biomassa e
Retenção EROSÃO
atividade
microbiana
Nutrientes

Produtividade
Radiação
Chuva
solar

Sistemas de Preparo do solo


culturas
•Sem revolvimento
• n°/culturas/ano
•Alto aporte de
resíduos
Solo coberto

Agregação
MO
EROSÃO
T°C Infiltração
Biomassa e
atividade
microbiana
Retenção
Nutrientes
Produtividade
Plantio Convencional Plantio Direto
VANTAGENS - SISTEMA PLANTIO DIRETO
• 75% de redução da erosão;
• 69% de redução da lixiviação de
nutrientes;
• Maior retenção de água;
• Redução das Emissões CO² pela
agricultura;
• Redução do consumo de
combustível fóssil;
• Maior eficiência no uso de
insumos agrícolas.
Preparo do solo x Perda de matéria orgânica

Aração do Solo
350
mg CO2 m-2 hora-1

300
*
250 *
*
200 *
* *
150 *

100
PC PD
50
0
0 9 18 27 36 45
Franchini et al., 2007
Tempo (Dias após 28/09)
Carbono (t ha-1)
0 5 10 15 20 25 30 35
0
5 PD
Profundidade (cm)

Trigo/soja
10
PC
15
20
25
30
35
40

Estoque de C orgânico no solo em função do sistema de


manejo adotado. Embrapa Soja, 2006.
Franchini et al., 2007
Eficiência de uso da água - Soja

70

60

50
sacas/ha
40

30

20

10

0
Plantio direto Arado de Grade Escarificador
Discos Pesada
Ano seco

Convencional (13 anos)


Direto novo (3 anos)
Direto velho (13 anos) Franchini et al., 2009
(54 Scs/ha)
-14 Scs/ha
34%
(46 Scs/ha)

(40 Scs/ha) 14%

Convencional direto novo direto velho


13 anos 3 anos 13 anos
Fases de evolução do SPD
Fase Fase de Fase de Fase de
inicial transição Consolidação Manutenção

• Rearranjo • Reagrega- Acúmulo de


estrutura ção • Fluxo
palhada contínuo de
• Baixo teor • Início de • Acúmulo de CeN
MOS acúmulo C
palhada • Elevado
• Baixo • Aumento da acúmulo de
acúmulo • Início de CTC palhada
palhada acúmulo de
MOS • > H2O • > H2O
• Reestabele-
cimento BM • Início • Imob. N < • > Ciclagem
Acúmulo P Min. nutrientes
• > exigência
N • Imob. N  • Ciclagem • < exigência
Min. nutrientes de N e P

0-5 5-10 10-20 > 20


Tempo de PD (anos) Sá (2001)
ESTIMATIVA DE CUSTO DE PRODUÇÃO DA SOJA

Safra: 2011/12 Local: Londrina - PR


Sistema de produção: Plantio direto - Cultura: Soja RR
Item R$ Fert.
Custos com insumos/ha 656,13 44,1%
Custos com corretivos e fertilizantes 291,36
Custos com máq/equip e operações/ha 176,59
Outros custos/ha 495,66

Custo fixo/ha 101,19


Custo variável/ha 1.227,19 23,7%
Custo total/ha 1.328,38
Fonte: Hirakuri, 2011
AMOSTRAGEM DO SOLO
 Maior variabilidade das características químicas

P disponível

 Sentido horizontal (aplicações localizadas nos


sulcos de semeadura, em superfície dos adubos e
corretivos e ao não revolvimento do solo)

 Sentido vertical (formação de gradientes de


matéria orgânica e suas características químicas a
partir da superfície)
AMOSTRAGEM DO SOLO X
FASES DO SPD
 Fase inicial (menor que 5 anos) – amostrar
camada de 0 – 20 cm

 Fase consolidada (maior que 5 anos) – amostrar


camada de 0 – 10 cm

 Gradiente de decomposição da MOS depositada


na superfície. Maior parte dos nutrientes se
encontram nas camadas iniciais (5 cm),
principalmente o P.
Manejo de fertilidade do solo
- Fatores -
Histórico de utilização agrícola;
Histórico de produtividade;
Sistema de cultivo adotado;
Culturas que compõem a rotação;
Clima;
Avaliação das propriedades do solo;
Avaliação do estado nutricional das plantas;
Manejo dos fertilizantes.
Manejo de fertilidade do solo em SPD

Etapas:
Condicionamento do pefil de solo;
Privilegiar o desenvolvimento radicular;

Manejo de fertilizantes.
Disponibilidade de nutrientes no solo
Fe, Mn, Cu, Zn

Mo, Cl
Disponiblidade crescente

N, S, B

K, Ca, Mg
Al

5,0 6,0 7,0 8,0 (H 2 O)


4,4 5,4 6,4 7,4 (CaCl2 )
pH
Malavolta (1980)
ACIDEZ E CALAGEM
Principais causas que provocam a acidez do solo
 Decomposição dos resíduos vegetais
 Liberação de grupos carboxílicos e fenólicos

 Adubação nitrogenada
 Processo de nitrificação

 Exportação de bases pelos grãos

Dinâmica diferenciada do SPC por sua ação a partir


da superfície do solo pela decomposição dos
resíduos vegetais formando uma “frente de
acidificação”
APLICAÇÃO CALCÁRIO SUPERFÍCIE

Qualidade e dose de calcário


Tipo de solo
Adubação
Sistema de rotação
Manejo de resíduos culturais
Regime pluviométrico

Sá (2002)
APLICAÇÃO CALCÁRIO
SUPERFÍCIE
 Manutenção das características físicas (agregação),
favoráveis à conservação e elevação da complexidade
do solo;

 Experimentos de média e longa duração tem


mostrado respostas das culturas à adição superficial
de calcário;
pH (CaCl2 0,01 mol L-1)
4,0 4,5 5,0 5,5 6,0

PROFUNDIDADE DO SOLO (cm) 0-5

5-10

10-20

20-40 CALCÁRIO
0 t ha-1
40-60
6 t ha-1

60-80

Alterações no pH em CaCl2 0,01 mol L-1, em função da profundidade do solo, considerando


a calagem na superfície em sistema plantio direto.
Solo: LV textura média. Calcário aplicado em julho de 1993.
Pontos são médias de 5 amostragens de solo no período de 1993 a 1998.
FONTE: Adaptado de Caires et al. (2000) - R. Bras. Ci. Solo
Al3+ TROCÁVEL (mmolc dm-3)
0 2 4 6 8

PROFUNDIDADE DO SOLO (cm)


0-5

5-10

10-20

20-40 CALCÁRIO
0 t ha-1
40-60
6 t ha-1
60-80

Alterações no teor de Al3+ trocável, em diferentes profundidades do solo, considerando a


calagem na superfície em sistema plantio direto.
Solo: LV textura média. Calcário aplicado em julho de 1993.
Pontos são médias de 5 amostragens de solo no período de 1993 a 1998.
FONTE: Adaptado de Caires et al. (2000) - R. Bras. Ci Solo
Ca2+ TROCÁVEL (mmolc dm-3)
0 20 40 60

PROFUNDIDADE DO SOLO (cm) 0-5

5-10

10-20
E
20-40 CALCÁRIO
0 t ha-1
40-60
6 t ha-1

60-80

Alterações no teor de Ca2+ trocável, em diferentes profundidades do solo, considerando a


calagem na superfície em sistema plantio direto.
Solo: LV textura média. Calcário aplicado em julho de 1993.
Pontos são médias de 5 amostragens de solo no período de 1993 a 1998.
FONTE: Adaptado de Caires et al. (2000) - R. Bras. Ci. Solo
CRITÉRIOS PARA APLICAÇÃO DE CALCÁRIO

Diferem de acordo com a fase do SPD


 Fase inicial (instalação): mesma dose que no SPC;
 Amostragem de 0 – 20 cm e incorporação
 Fase consolidada: as recomendações divergem de
acordo com a região do Brasil;
 Paraná: solos argilosos – 1/3 a 1/2 da dose
solos arenosos – 1/2 da dose
 Minas Gerais: 1/3 da dose para amostragem 0-20 cm e 1/2
da dose para amostragem 0-10 cm com aplicações anuais
ou bianuais de calcário finamente moído.
CRITÉRIOS PARA APLICAÇÃO DE
CALCÁRIO
 Rio Grande do Sul: quatro critérios
 pH (água) < 5,5
 V (%) < 65
 m (%) > 10
 teor de P “Mehlich-1” < “muito alto”
GESSAGEM

 Os critérios para aplicação de gesso são os mesmo


que no SPC:
 necessidade de neutralizar Al tóxico
 corrigir deficiência de Ca no subsolo e fornecer S
para as culturas

Região do Cerrado: Lixiviação de bases trocáveis


principalmente Mg e K com a utilização de doses
elevadas.
GESSAGEM
2+ 2+
m (%) Ca + Mg (cmol c dm-3)
0 20 40 60 80 0 1 2 3 4 5
0 0
Com Gesso
Sem Gesso

Profundidade (cm)
20 20
Profundidade (cm)

Com Gesso
40 Sem Gesso
40

60 60

80 80

100 100

120 120

Caires et al. (2010)


Gessagem x Sistema Radicular

Com Gesso
Sem Gesso
0
53% 34%
Profundidade (cm)

15
27 25
30
10 12
45
8 19
60
2 10
75
Fonte: Sousa & Ritchey (1986)
MATÉRIA ORGÂNICA E ADUBAÇÃO
NITROGENADA

O estoque de MOS no tempo é resultante do balanço entre adições e


perdas;

No SPD ocorrem as maiores taxas de adição, pela maior produção de


biomassa vegetal (plantas de cobertura/rotação de culturas);

Além da quantidade de biomassa produzida é desejável que as plantas


sejam capazes de incorporar N (fixação biológica/reciclagem pelo
sistema);

Relação C/N – permitem conhecer a capacidade do sistema de


manter cobertura sobre o solo e acumular N.
Mineralização x Imobilização
Mineralização é o processo em que uma substância orgânica
é convertida em uma substância inorgânica

Imobilização é o processo em que uma substância inorgânica


é convertida em uma substância orgânica
imobilização

Anabolismo

N-mineral 5%
SUBST. SUBST. N-orgânico
(NO3- e NH4+)
SIMPLES METABOLISMO COMPLEXAS (95%)
(ENERGIA) (ARMAZ)

Catabolismo

mineralização
MATÉRIA ORGÂNICA E ADUBAÇÃO
NITROGENADA

As taxas de acumulo de N e C no SPD são variáveis de acordo com a


fase implantação do SPD;

IMPORTANTE: incremento no teor de MOS for nulo ou baixo, o


sistema pode ser considerado eficiente, uma vez que são observados
aumentos na melhoria da qualidade do solo e na eficiência do uso de
adubos e corretivos;

Liberações apreciáveis de N - sistema para as plantas - ocorrem na fase


de manutenção (mais de 20 anos implantação).
MATÉRIA ORGÂNICA E ADUBAÇÃO
NITROGENADA
Recomendação de Nitrogênio no SPD
CRITÉRIOS:
a) Teor de MOS (fase de implantação)
b) Contribuição da cultura precedente

Trabalhos mostram que pode ocorrer redução de 40-60% da dose de


N, quando a cultura antecessora for leguminosa;
MATÉRIA ORGÂNICA E ADUBAÇÃO
NITROGENADA
Recomendação de Nitrogênio no SPD
Aplicação antecipada de nitrogênio

Objetivo: Maior flexibilidade na execução da semeadura e


racionalização do uso de máquinas e de mão-de-obra

Fundamentação: Conhecimento da dinâmica do N no solo

O N é aplicado na semeadura da aveia forrageira, sendo que a


biomassa do solo irá consumir esse N ao decompor esses resíduos de
elevada relação C/N liberando para cultura do milho (plantada na
sequência) por meio de sua mineralização na fase de maior demanda
de N pelo milho.
MATÉRIA ORGÂNICA E ADUBAÇÃO
NITROGENADA
Recomendação de Nitrogênio no SPD
Orientações gerais acerca da adubação com N em SPD:

a) Durante a fase de implantação do SPD (até 5 anos) aumentar a


dose de N em 30-50 kg ha-1 em relação a convencional no sulco;

b) Adicionar resíduos com elevada relação C/N na rotação;

c) Utilizar leguminosas ou plantas recicladoras de N como o nabo;

d) Em SPD consolidado reduzir a dose de N para cultura de cobertura;

e) Aplicar N em sulco na profundidade de 5-7 cm para reduzir perdas.


MATÉRIA ORGÂNICA E ADUBAÇÃO
NITROGENADA
Recomendação de Nitrogênio no SPD

As recomendações de adubação nitrogenada no


SPD devem basear-se em: curvas de resposta em
ambientes edafoclimáticos, teor de MOS, cultura
antecessora, rendimento de grãos e expectativa de
produtividade.
ADUBAÇÃO FOSFATADA
O acúmulo de P a partir da superfície do solo é decorrente da
aplicação de adubos fosfatados na camada superficial, do não
revolvimento do solo e da deposição dos resíduos das culturas na
superfície, evoluindo no perfil do solo com o tempo de cultivo no
SPD.
ADUBAÇÃO FOSFATADA
O não revolvimento do solo reduz o contato entre os coloides do solo
e o íon fosfato, diminuindo as reações de adsorção;

A lenta e gradual decomposição dos resíduos orgânicos proporcionam


a liberação e a redistribuição das formas orgânicas de P, mais móveis
no solo e menos susceptíveis às reações de adsorção;

Pesquisas têm indicado que amostragem na camada de 0-10 cm


melhor se correlaciona com a concentração de P na folhas, produção
de massa seca e rendimento da cultura, que a camada de 0-20 cm;

Fosfatagem na implantação do sistema e/ou tanto a lanço como no


sulco de plantio tem se mostrado eficientes;

Mesmo que o teor de P esteja na faixa de “alto” ou “muito alto”,


pesquisas recomendam a aplicação de pequena dose no sulco de
plantio para expectativa de elevada produtividade.
ADUBAÇÃO FOSFATADA
No caso do SPC apenas 15 a 25% do P é aproveitado pela planta

Solo de baixa fertilidade natural

P lançado expõem maior área específica em contato com o solo,


aumentando sua fixação pela formação de compostos insolúveis de
Fe e Al e reduzindo sua disponibilidade para as plantas

Fixação acentua-se quando o P é aplicado em solo ácido com alto


teor de Al
ADUBAÇÃO FOSFATADA

SPD

A fixação de P é amenizada pelo menor contato dos íons de P com os


coloídes do solo

• Menor revolvimento do solo


• Liberação de formas orgânicas de P, fruto da mineralização da
MOS, que liberam cargas negativas orgânicas que sequestram
cargas positivas, como Fe e Al.
Sem Calcário

Sem Fósforo
Com
Calcário + Fósforo

Fazenda São Luis-PI. Safra 2002/2003


Sem Fósforo Com Fósforo
ADUBAÇÃO FOSFATADA
Fósforo ( mg kg -1 ) Mehlich-1
0 5 10 15 20 25 30 35
0
Plantio
5 convencional

10
Profundidade (cm)

15
Plantio direto

20

25

30

35

40

Fonte: Franchini et al. (n.p)


Evolução - P disponível x sistemas de manejo do solo
45 Arado 0-10 y = 1,4x + 14,2
40 Direto 0-10 r= 0,88
Arado 10-20
35
Direto 10-20
P Melich-1 (mg dm-3)

30
25
20
15

10
5
0
0 3 6 9 12 15

Tempo (anos)

Fonte: Franchini et al. (n.p.)


ADUBAÇÃO COM POTÁSSIO
No SPD a dinâmica do K no solo é alterada devido ao aumento da CTC
e por sua reciclagem, via culturas comerciais ou de cobertura do solo;

MOS CTC Capacidade


do solo
Calagem pH reter Ktrocável

Perdas por
lixiviação
Adição de adubos potássicos
Contínuo aporte de resíduos Teor de potássio
na superfície
Mínimo revolvimento do solo
ADUBAÇÃO COM POTÁSSIO
Rápida liberação dos resíduos culturais

Formação de um gradiente decrescente no perfil do solo


a partir da superfície

Em sistemas de produção sem pousio (colhe-planta-


colhe) o K fica “protegido” dos processos de perdas
por lixiviação e erosão;

Pelo sua mobilidade no sistema o modo de aplicação


pouco afeta a eficiência de utilização de K pelas plantas;

Em solos arenosos o parcelamento do K é desejável para


reduzir sua lixiviação.
ADUBAÇÃO COM POTÁSSIO
Formas de aplicação
3000 Lanço Sulco

2500
Rendimento de grãos, kg/ha

2000

1500

1000

500

0
0 40 80 120 160 200
Doses de potássio, kg/ha de K2O
LVA, 320 g kg-1 argila. Ponta Grossa, PR.
Borkert et al. (2005)
Deficiência de K – doses de K na soja
ESTRATÉGIAS DE ADUBAÇÃO FOSFATADA
E POTÁSSIO

 Na instalação do SPD, recomenda-se fazer uma


adubação corretiva total de P e de K, em uma única
aplicação) quando os teores estiverem entre “baixo” e
“muito baixo”;

 Mais importante para o P devido a alta capacidade de


adsorção que possuem os solos tropicais;

 Nessa fase os adubos são aplicados e incorporados de


preferência com grade pesada;
ESTRATÉGIAS DE ADUBAÇÃO FOSFATADA
E POTÁSSIO

 As fontes empregadas podem ser:


 Fosfatos acidulados, termofosfatos, as escórias e os fosfatos
naturais reativos;

 No caso do K comumente emprega-se o cloreto de K;

 Para SPD consolidado, a adubação deve ser embasada


na análise de solo e aplicada no sulco de semeadura ou
a lanço. No caso do P preferir os fosfatos solúveis para
manutenção anual.
ADUBAÇÃO SULFURADA

 A principal fonte de S para as plantas é a MOS;

 A análise do solo é realizada na subsuperfície;

 Geralmente dose de 20-40 kg ha-1 de S já é suficiente


para não limitar a produção;

 Pode-se utilizar adubos que já contenha S como o


sulfato de amônio (22-24% de S), superfosfato simples
(10-12%), sulfato de potássio (15-17%) ou o gesso
agrícola (13%).
ADUBAÇÃO SULFURADA

Fonte: Dirceu Broch (Fundação MS)


MICRONUTRIENTES

 O aumento do teor de MOS deve reduzir, pelo menos


em parte, a disponibilidade pela formação de
complexos organometálicos estáveis (Cu);

 O aumento do P eleva o antagonismo com o Zn,


podendo levar a deficiência desse micronutriente;

 A dinâmica da acidez em SPD é alterada, sendo o pH


ideal atingido 5,5 (SPC é 6,0). Isso ocasiona maior
disponibilidade de Zn, Cu, Fe, Mn e B e menos de Mo
na fase consolidada.
Matéria orgânica

Quelato de Fe

Poder de tampão de
complexo:
Cu>Zn>Mn

Quelato de Cu
Complexo Organo mineral

Cu
Zn
MICRONUTRIENTES

 No caso da calagem superficial, o pH da camada 0-5


cm pode atingir valores elevados, o que diminui
acentuadamente a disponibilidade desses
micronutrientes (à exceção do Mo)

 A utilização de culturas de cobertura com grande


crescimento radicular e produção de biomassa,
contribuíra de forma significativa, para reciclagem de
micronutrientes;

Fontes mais empregadas: Bórax, sulfato de cobre,


sulfato de manganês e sulfato de zinco
MICRONUTRIENTES
Fatores que afetam a disponibilidade
a) Material de origem do solo
b) Textura do solo
c) Desbalanceamento entre cátion metálicos
d) Altas produtividades (Lei do mínimo)
e) Queima de restos culturais
f) Práticas culturais
. Calagem
. Gessagem
. Adubação fosfatada
. Plantio direto (complexação de micronutrientes metálicos; Cu)
. Plantio Convencional (maior alcalinização da rizosfera)
g) Características genéticas da planta (ex: soja GR)
“Se você tem metas para um ano. Plante
arroz!
Se você tem metas para 10 anos. Plante uma
árvore
Se você tem metas para 100 anos. Eduque
uma criança
Se você tem metas para 1000 anos. Preserve
o Ambiente”

“PROTEGER O SOLO PROTEGE A


PRODUTIVIDADE”

Obrigado!

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