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AGRONÔMICAS
MISSÃO Promover o uso apropriado de P e K nos
sistemas de produção agrícola através da N0 109 MARÇO/2005
geração e divulgação de informações científicas que sejam
agronomicamente corretas, economicamente lucrativas,
ecologicamente responsáveis e socialmente desejáveis.
GRUPO DE DESENVOLVIMENTO DE
TECNOLOGIA DA POTAFOS
O
programa do GDT – Grupo de Desenvolvimentode Tecnologia – foi concebido pela POTAFOS em 1997 com a
finalidade de atuar junto a produtores rurais e consultores agronômicos no desenvolvimento e divulgação de
sistemas sustentáveis de produção agrícola com produtividade máxima econômica.
Inicialmente, trabalhando com grãos, foram formados: o GDT de Uberlândia, liderado pelo então acadêmico de agrono-
mia Baltazar Reis Fiomari (hoje engenheiro agrônomo e MS pela Universidade Federal de Uberlândia) e o GDT de Mauá da
Serra, liderado pelo engenheiro agrônomo Toshio Sérgio Watanabe (hoje MS pela Universidade Federal de Londrina). Concomitante
com o trabalho dos grupos de Uberlândia e de Mauá da Serra, junto com o engenheiro Ronaldo Cabrera (hoje terminando seu
doutorado no CENA-USP, Piracicaba-SP), foi desenvolvida tecnologia para manejo do mato na citricultura com redução (ou até
a eliminação) do uso de herbicidas, hoje aplicada por centenas de citricultores.
Mais recentemente foi formado o GDT POTAFOS/ESALQ, composto por estudantes de graduação da ESALQ.
Os frutos desta parceria são relatados a seguir, pelos coordenadores dos respectivos grupos.
Em 2001:
• Notou-se que as reboleiras na cultura da soja, causadas
pelo ataque do nematóide-de-cisto, estavam sempre correlacionadas
Figura 1. GDT de Uberlândia-MG.
ao aumento do pH do solo nessas regiões específicas, conseqüên-
cia, talvez, do uso do local como depósito de calcário ou de sua má
que fornecia instruções sobre o que seria testado no campo para distribuição nessas áreas.
resolver os problemas observados, como, por exemplo, baixa pro-
• Houve aumento da produtividade de milho com a diminui-
dutividade, desbalanço nutricional, falta de palha, época de plan-
ção do espaçamento entre linhas, possivelmente pela melhor arran-
tio, ataque de pragas, etc. Direcionávamos, assim, os testes para
jo das plantas na área, possibilitando melhor aeração e aproveita-
resolver estes problemas.
mento da luminosidade.
Desde 1998 estamos tirando proveito dos testes executa-
dos, seja com resultados positivos, seja com negativos. Quando o Em 2002:
resultado é positivo ele é chamado de tecnologia, e se adotado nos
trará lucro. Quando o resultado é negativo, deixamos de perder • A palhada de sorgo causou influência negativa nas produ-
dinheiro, ao evitar a repetição do erro. tividades de milho e de feijão em relação à palhada de nabo
forrageiro.
Citamos, a seguir, as principais observações do grupo, que
foram paulatinamente introduzidas na rotina do campo. • A produtividade do feijão foi maior sob palhada de bra-
quiária quando comparada com a de sorgo.
Em 1998: • As aveias, o milheto e o nabo forrageiro não suportaram a
consorciação com o milho.
• Aplicações tardias de nitrogênio na cultura do algodoeiro
causavam maior incidência de pulgões nas plantas, quando compa- • A Crotalaria spectabilis e a Braquiaria brizanta tiveram
radas com apenas uma cobertura nitrogenada, aos 15 dias do plan- resultado satisfatório no consórcio com o milho.
tio. Um detalhe: nesta época o pulgão transmitia uma virose conhe- • A produtividade da soja aumentou com a diminuição do
cida como “Doença Azul”, que ocasionou uma das maiores que- espaçamento entre linhas. A redução de espaçamento auxiliou no
bras de produtividade dessa cultura desde 1976, e que levou ao controle de plantas daninhas na variedade de ciclo precoce.
fechamento de várias algodoeiras e redução na área plantada em • Doses crescentes de potássio no sulco de plantio da soja
todo o Brasil. (a partir de 40 kg ha-1 de K2O) e do milho (a partir de 160 kg ha-1 K2O
– espaçamento entre linhas de 45 cm) causaram a diminuição na popu-
Em 1999: lação final de plantas e queda da produtividade (efeito salino?).
• Aumentando-se a dose e adiantando-se a época da cober- • Doses crescentes de nitrogênio da uréia no sulco de plan-
tura nitrogenada na cultura do milho os teores dos outros elemen- tio do milho não afetaram o estande até a dose de 120 kg ha-1 de N
tos também aumentavam, o que poderia ser explicado pela maior quando em plantio com espaçamento entre linhas de 45 cm e uso de
formação de raízes e conseqüente maior exploração do solo, evi- botinha a 12 cm de profundidade.
denciada pelo aumento dos teores foliares dos outros elementos e
• A redução de espaçamento na cultura do milho através do
pelo aumento da produtividade.
sistema linha dupla (espaçamento entre linhas de 30 cm + 50 cm)
• A aplicação de gesso no feijoeiro ocasionou queda acen- ocasionou maior produtividade quando comparada com o espaça-
tuada na produtividade. A análise de folha indicou diminuição mento tradicional (80 cm entre linhas). A resposta à redução do
considerável no teor de nitrogênio e a análise do grão uma redu- espaçamento dependeu do híbrido utilizado.
ção drástica no teor de molibdênio. Entre as possíveis explica- • A umidade do grão de milho no momento da colheita foi
ções, pensou-se que o enxofre do gesso, em quantidade excessi- maior nos tratamentos com redução do espaçamento entre linhas.
va, poderia estar inibindo a absorção do molibdênio o qual, por
sua vez, provocaria deficiência de nitrogênio na cultura gerando a
Em 2004:
queda de produtividade. Como cautela, passou-se a fazer sempre
o tratamento da semente com Mo e também a utilizar o Mo na • Plantas de milho com menor diâmetro do caule apresenta-
adubação foliar. ram espigas menores e de menor peso.
• Adubação do sistema
Figura 3. À esquerda: duas doses de inoculante na semente + duas
O conceito de adubação de sistema começou a ser adota-
doses injetadas no sulco. À direita: somente duas doses na
semente. do pelos produtores após vários ensaios, nos quais se verificou
que a soja praticamente não respondeu à adubação e o oposto
ocorreu com o milho e o trigo. Com base nestes resultados, parte ou
Para este ano, outros trabalhos ainda estão em andamento,
todo o adubo que seria utilizado na soja passou a ser aplicado no
como, por exemplo, relação entre diferentes fontes de fósforo e a
trigo ou no milho. A adoção desta tecnologia proporcionou acrésci-
produtividade do milho e da soja; estudo sobre a utilização do
mos no rendimento das gramíneas e agilizou a semeadura da soja,
cloreto de potássio, gesso agrícola e nitrato de potássio na incidên-
com aumento de produtividade para todas estas culturas.
cia de ferrugem asiática na soja; aplicação da dose total de N no
momento do plantio do milho. • Manejo do nitrogênio
Nós, do GDT POTAFOS–Uberlândia, estamos à disposição Uma tecnologia que trouxe grande avanço para região foi a
para trocar idéias e realizar experimentos, esperando estar contribu- utilização racional do nitrogênio. Mudanças simples, como na locali-
indo um pouco para a melhoria da agricultura brasileira. Contato zação, época de aplicação e doses, proporcionaram incrementos sig-
pelos telefones: (34) 3257-38-37, (34) 9124-9967. nificativos de produtividade. O aumento da quantidade de nitrogê-
Soja Trigo
Nov a Mar Mai/Jun a Out/Nov
Figura 9. GDT de Pirassununga-SP.
2004 2005 2004 2004
Dentre as principais técnicas adotadas pelos citricultores
Figura 8. Sistemas de rotação de culturas utilizados na Região de Mauá da pode-se citar:
Serra-PR.
• Quebra do paradigma de que o uso do gesso seria danoso
É possível que a realização mais importante do GDT–Mauá aos citros; isto porque a competição do ânion sulfato na absorção
da Serra tenha sido a de ajudar os agricultores a visualizar o sistema do ânion molibdato é compensada pela aplicação foliar de Mo.
de produção de forma mais abrangente, introduzindo algumas mo- • Uso de ulexita via solo como fonte de boro, que é mais
dificações nas tecnologias já conhecidas de todos. E também a de eficiente que fontes mais solúveis.
reforçar a importância do trabalho em equipe na busca de soluções • Amostragem do solo em duas profundidades (0-10 cm;
para os problemas comuns. 10-20 cm) e em dois locais (no meio da rua e embaixo da saia).
GDT–POTAFOS/ESALQ
Eduardo Kawakami, acadêmico do 5o ano,
Coordenador
Fones: (19) 3435-5219 / 9764-3664 / 3433-3254
Desde 2000 a POTAFOS vem trabalhan-
do com estudantes de agronomia, de acordo Figura 11. Dia de campo com produtores.
com contrato firmado com a diretoria da ESALQ.
Em 2004 formou-se o GDT–POTAFOS/ESALQ, Nosso grupo tem trabalhado duro, buscando melhorias para
composto por 12 alunos de graduação da ESALQ-USP: Eduardo a agricultura brasileira, para torná-la mais competitiva. Estamos
Kawakami (5° ano), Fabrizzio Cantagallo (5° ano), Carlos Eduardo focalizando nossos esforços na consultoria, para que mais pro-
Schieri (4° ano), Flávio B. Marques (4° ano), Victor Bertanha (4° ano), dutores tenham conhecimento de nosso grupo e possam se bene-
Alberto Ricordi (3° ano), Maurício Okubo (3° ano), Alonso Rezen- ficiar dele. Nossa meta é que todos os produtores alcancem o
de Jr. (2° ano), Carlos E. Tomaz (2° ano), Karen Ikemori (2° ano) e SASCEM. O GDT–POTAFOS/ESALQ é um grupo aberto, disposto
Ana Luiza Melo (2° ano). As atividades do grupo são supervisiona- a auxiliar e assessorar a todos os interessados.
P
romovido pela POTAFOS, realizou-se de 28/02 a Sérgio F. Pascholati, ESALQ-USP [fone: (19) 3429-4124;
01/03/2005, em Piracicaba-SP, o Simpósio sobre e-mail:sfpascho@carpa.ciagri.usp.br], discorreu sobre os mecanis-
“Relações entre Nutrição Mineral e Incidência de mos bioquímicos na resistência de plantas às doenças. Mostrou
Doenças de Plantas”. que as plantas podem servir de hospedeiro para inúmeros micror-
O Simpósio constituiu-se de quatro painéis: ganismos capazes de ocasionar doenças infecciosas. E que em fun-
ção da presença desses patógenos, representados na maioria das
Painel 1. A defesa vegetal
vezes por fungos, bactérias e vírus, as plantas podem exibir altera-
Painel 2. Nutrição mineral e doenças de plantas ções no hábito de crescimento e na produção, sendo que em muitos
Painel 3. Outros fatores abióticos e as doenças e casos o vegetal acaba morrendo. Para um patógeno infectar uma
Painel 4. Mesa redonda sobre a ferru- planta é necessário que o mesmo consiga
gem da soja. penetrar e colonizar os tecidos do hospedei-
Práticas culturais como ro, retirar deles os nutrientes necessários para
Palestrantes brasileiros e do exterior sua sobrevivência, bem como neutralizar as
rotação de culturas,
trouxeram suas experiências e proporciona- reações de defesa das plantas. Para isso, utili-
adubação orgânica,
ram ampla discussão sobre este tema de suma za-se principalmente de substâncias tais como
importância para o país. Haja visto o que calagem, preparo do solo
enzimas, toxinas e hormônios, cuja importân-
ocorre hoje com a ferrugem da soja, que qua- e irrigação influenciam a
cia varia grandemente nas interações hospe-
se inviabiliza a produção desta importante incidência de doenças deiro-patógeno.
leguminosa pelo aumento que trouxe no cus- porque elas afetam as
Continuou o palestrante explicando
to de produção, mormente àqueles produto- atividades microbianas no
que, com base em estudos realizados na área
res que não conseguiram compensar o custo solo e, assim, podem que envolve a fisiologia e a bioquímica fito-
do controle da doença com o aumento na afetar a disponibilidade de patológica, os cientistas puderam descobrir
produtividade. nutrientes para as plantas os diferentes mecanismos de resistência utili-
zados pelos vegetais na luta contra os fito-
PAINEL 1 – A DEFESA VEGETAL patógenos. Que, por questão didática, são
divididos em pré e pós-formados, isto é, os que existem antes e os
Neste painel foram discutidos os papéis das membranas que são ativados após a chegada do patógeno. No caso dos pré-
plasmáticas, os mecanismos bioquímicos e o modo de ação dos formados, citou fatores estruturais, como cutícula, tricomas, estô-
fungicidas na resistência contra doenças de plantas. matos, vasos condutores ou fatores bioquímicos, os quais envol-
Ricardo Ferraz de Oliveira, ESALQ-USP [fone: (19) 3429- vem a presença de fenóis, alcalóides, fitotoxinas, glicosídeos ciano-
4136, e-mail: rfolivei@esalq.usp.br], iniciou o painel com uma pa- gênicos e glicosídeos fenólicos. E que para os pós-formados, as
lestra muito bem ilustrada sobre “Membranas plasmáticas e papéis barreiras estruturais podem envolver a lignificação, suberificação,
na resistência contra doenças de plantas” em que apresentou em formação de papilas e de camadas de abscisão e de cortiça, bem
detalhes a constituição e as funções da célula e das membranas. como as tiloses. Os bioquímicos pós-formados podem englobar o
Explicou que toxinas produzidas por patógenos alteram a permea- acúmulo de fitoalexinas e de proteínas relacionadas à patogênese
bilidade das membranas celulares. E que existiriam três hipóteses (PR-proteins), bem como a atividade de quitinases e β-1,3-gluca-
para explicar como ocorreria esta alteração na permeabilidade: nases. Ressaltou que o objetivo final da atuação desses diferentes
mecanismos é evitar ou atrasar a entrada de um microrganismo no
(1). Receptores da membrana plasmática que interagem dire-
interior da planta, bem como criar condições adversas para a colo-
tamente com o patógeno ou com seu metabólito;
nização dos tecidos vegetais pelo mesmo.
(2). Interação do patógeno com as ATPases afetando a eletro-
Concluiu dizendo que a palestra procurou ilustrar o papel de
fisiologia da célula;
alguns dos mecanismos de resistência durante as interações entre
(3). Disfunção da membrana devido ao mau funcionamento plantas e patógenos, bem como o possível uso desse conhecimen-
dos cloroplastos e das mitocôndrias que são fornecedores de ener- to na prática, como uma maneira racional e segura para o controle
gia para manutenção e reparação da membrana. de doenças nas plantas.
Fernando C. Juliatti, da Universidade Federal de Uber-
lândia [fone: (34) 3218-225, ramal 202; e-mail: juliatti@ufu.br], encer-
1
Engenheiro Agrônomo, M.S., Doutor, Diretor da POTAFOS; e-mail: rou o Painel 1 falando sobre o modo de ação dos fungicidas contra
yamada@potafos.com.br as doenças de plantas. Explicou que os fungicidas são compostos
Tabela 1. Processos vitais dos fungos fitopatogênicos interrompidos por diversos fungicidas.
PAINEL 3 – OUTROS FATORES ABIÓTICOS Robert Kremer, University of Missouri [fone:1(573) 882-
E AS DOENÇAS 6408; e-mail: KremerR@missouri.edu] trouxe para a audiência os
resultados recentes de suas pesquisas, principalmente sobre o
O painel 3 constou de três palestras sobre três importantes efeito do glifosato aplicado em soja RR. Citou que certos pesticidas
fatores abióticos – o silício, os reguladores de crescimento (hor- aplicados ao solo aumentam a infecção das raízes das plantas
mônios vegetais) e os herbicidas – e respectivos efeitos sobre as tanto por microrganismos fitopatogênicos como por saprofíticos
doenças. do solo e aumentam o desenvolvimento ou a severidade de doen-
Gaspar Korndörfer, Universidade Federal de Uberlândia ças radiculares. E que a exsudação aumentada de substâncias atra-
[fone: (34) 3218-2225 ramal 215/216; e-mail: ghk@triang.com.br] e vés das raízes da planta causada por herbicidas estimularia o cres-
Fabricio Rodrigues de Ávila [fone: (31) 3899-2620; e-mail: cimento e a colonização das raízes por fitopatógenos do solo. Se-
fabricioarodrigues@ hotmail.com] falaram sobre os papéis do silí- gundo o pesquisador, os herbicidas de pós-emergência geralmente
cio na resistência às doenças de plantas. Mencionaram que são reduziriam a severidade de doenças de plantas por estimularem a
inúmeros os trabalhos que relatam o papel do Si no aumento da produção de compostos antimicrobianos (fitoalexinas) nos tecidos
resistência das plantas aos patógenos fúngicos. E que o acúmulo das folhas. Que a produção atual de soja depende grandemente do
de Si nas células da epiderme das folhas torna-as mais eretas, au- uso de cultivares transgênicas resistentes a glifosato (soja RR).
menta a eficiência fotossintética e as transforma numa barreira físi- Destacou que os impactos do cultivo generalizado de cul-
ca efetiva à penetração de patógenos. Explicaram que a função do turas geneticamente modificadas e o uso de uma classe de herbi-
Si incorporado à parede celular é análoga à da lignina, um compo- cidas em agroecossistemas, especialmente sobre os efeitos poten-
nente estrutural resistente à compressão. Que os mecanismos de ciais nos processos biológicos, incluindo atividade fitopatogênica
defesa mobilizados pelo Si incluiriam a acumulação de lignina, com- e incidência de doenças, vêm recebendo bastante atenção. Comen-
postos fenólicos e peroxidases, sendo que a lignina geraria uma tou que o glifosato é sistêmico na planta e sofreria pouca ou nenhu-
estrutura capaz de proteger e resistir ao ataque microbiano. E que a ma metabolização na maioria das plantas. Assim, seria prontamente
barreira física ou mecânica proporcionada pelo silício nas células translocado para os drenos metabólicos, incluindo as raízes das
não seria o único mecanismo de resistência à penetração de fungos plantas, e eventualmente liberado na rizosfera, junto com outros
ou ataque de insetos. Isto porque resultados recentes de pesquisa compostos derivados das plantas. Devido a relatos anteriores afir-
apontam que o Si age no tecido hospedeiro afetando os sinais entre mando que o glifosato induziria infecção radicular em plantas dani-
o hospedeiro e o patógeno, resultando em uma ativação mais rápi- nhas e culturas suscetíveis por fungos da rizosfera, o autor formu-
da e extensiva dos mecanismos de defesa da planta. Assim, a resis- lou a hipótese de que a soja RR seria mais suscetível à infecção
O uso de dessecações
APLICAÇÕES SEQÜENCIAIS seqüenciais, iniciadas Calegari et al. (1998) relatam que a se-
15 a 20 dias antes da meadura de milho logo após a dessecação da
S
egundo Almeida (1991), o êxito semeadura, apresenta aveia pode acarretar germinação desuniforme
do plantio direto dependerá da inúmeras vantagens, que e desenvolvimento inicial inadequado (estio-
disponibilidade de herbicidas lamento) das plântulas de milho, e recomen-
são tanto maiores quanto
que sejam eficazes nas operações de “mane- dam um intervalo de pelo menos duas a três
jo” ou “dessecação” e após a instalação da maior for a biomassa semanas entre o manejo da aveia e a semea-
cultura. O “manejo” ou “dessecação” antece- de cobertura do solo dura do milho. Os mesmos autores também
dendo o plantio direto é fundamental para um observaram que determinadas coberturas po-
bom desenvolvimento das lavouras. A eliminação das plantas dani- dem ter efeitos alelopáticos sobre culturas subseqüentes, sendo
nhas antes da semeadura permite que a cultura tenha um desenvol- que uma forma de diminuir esses efeitos seria aguardar um tempo
vimento inicial rápido e vigoroso. maior para implantação do cultivo sobre a cobertura manejada.
Trabalhos têm demonstrado que aplicações seqüenciais, Melhorança et al. (1998) observaram que a semeadura de soja em
onde são aplicados antecipadamente herbicidas sistêmicos, tais áreas de pastagem, realizada em período inferior a 15 dias após a
como glyphosate e 2,4-D, e após 15 a 20 dias, na véspera ou na data aplicação do dessecante, resultou em clorose acentuada na parte
da semeadura são aplicados herbicidas de contato como paraquat, aérea, especialmente na fase inicial da cultura. Peixoto & Souza
paraquat + diuron, diquat e flumioxazin, proporcionam maior efi- (2002) verificaram que a produtividade da soja foi diminuída em até
ciência no controle das plantas daninhas e permitem a semeadura 13,9% quando esta foi semeada imediatamente após a dessecação
no limpo. A segunda aplicação serve fundamentalmente para corri- de sorgo. Melhorança & Vieira (1999) verificaram que a época de
gir problemas de rebrotes e de novos fluxos de plantas daninhas já dessecação de Brachiaria decumbens afetou o rendimento e o de-
emergidos por ocasião da semeadura (MAROCHI, 1996; PINTO et senvolvimento vegetativo da soja, sendo que a dessecação realiza-
al., 1997). De acordo com Pereira et al. (2000), o primeiro fluxo que da 18 dias antes da semeadura propiciou rendimentos 17% e 32%
emerge no verão é normalmente o de maior densidade e o que tem superiores às dessecações realizadas aos 7 e 1 dia antes da semea-
maior potencial de prejudicar o rendimento das culturas, uma vez dura, respectivamente.
que emerge antes ou junto com a cultura. Uma vantagem adicional
seria o fato de que espécies de mais difícil controle como Ipomoea RESULTADOS RECENTES
grandifolia (corda-de-viola) e Comelina benghalensis (trapoeraba)
poderiam ser adequadamente controladas. Segundo Melhorança et Com relação às plantas daninhas, experimentos conduzidos
al. (1998), dessecações seqüenciais seriam recomendáveis, princi- pelo Departamento de Agronomia da Universidade Estadual de
palmente em condições de altas infestações ou para plantas dani- Maringá durante a safra 2003/2004, em conjunto com a COAMO e
nhas consideradas de difícil controle. COPACOL (dados não publicados), demonstraram que a tendência
O uso de dessecações seqüenciais, iniciadas 15 a 20 dias é a mesma, ou seja, quanto menor o período entre a dessecação das
antes da semeadura, apresenta, portanto, inúmeras vantagens, que plantas daninhas e a semeadura, maiores as reduções de produtivi-
são tanto maiores quanto maior for a biomassa de cobertura do dade nas culturas de soja e de milho. Nestes experimentos, compa-
solo. O controle do primeiro fluxo de plantas daninhas que emerge rou-se dessecações seqüenciais iniciadas 20 dias antes da semea-
é fundamental para reduzir a interferência das mesmas sobre a pro- dura com dessecações realizadas 7 dias antes da semeadura e
dutividade das culturas que se estabelecerão posteriormente. dessecações realizadas no dia da semeadura (sistema aplique-plan-
te). Em todos os casos, a cobertura do solo pelas infestantes no
momento das aplicações situava-se entre 60% e 100%.
INTERVALO DE TEMPO
Para os trabalhos conduzidos dentro das estações experi-
Outro ponto importante a se observar é o intervalo de tempo mentais das duas cooperativas verificou-se que a dessecação 20 dias
entre a dessecação e a semeadura das culturas. Têm-se verificado antes da semeadura resultou num aumento da produtividade da
que em áreas com grande cobertura vegetal (de 40% a 50% de co- soja de 6,8 e 7,8 sacos ha-1, quando comparada respectivamente
bertura do solo) as culturas que são plantadas em períodos muito com as dessecações 7 dias antes da semeadura e na data da semea-
curtos após a operação de dessecação apresentam clorose das fo- dura (aplique-plante). No milho, estas diferenças foram de 10,9 sacos
lhas no período inicial, com redução no desenvolvimento vegetativo, ha-1 e 18,5 sacos ha-1 a mais a favor da dessecação realizada 20 dias
podendo implicar em queda de produtividade. antes da semeadura. Em experimentos conduzidos em seis áreas de
1
Engenheiro Agrônomo, Doutor, Professor da área de Ciência das Plantas Daninhas da Universidade Estadual de Maringá–UEM, Maringá, PR; e-mail:
constantin@teracom.com.br; oliveira@irapida.com.br
Notas do editor: Os trabalhos que possuem endereço eletrônico em azul podem ser consultados na íntegra
Grifos nos textos, para facilitar a leitura dinâmica, não existem na versão original
1. COMPOSTOS NITROGENADOS E AÇÚCARES SOLÚVEIS açúcares solúveis. Maiores estudos são necessários para confirmar
EM TECIDOS DE ALFACE ORGÂNICA, HIDROPÔNICA E se o caule teria efeito tampão caso as plantas da alface absorvessem
CONVENCIONAL grandes quantidades de nitrogênio na forma nítrica e amoniacal.
COMETTI, N. N.; MATIAS, G. C. S.; ZONTA, E.; MARY, W.; 2. ADUBAÇÃO NITROGENADA DO ARROZ DE TERRAS
FERNANDES, M. S. Horticultura Brasileira, v. 22, n. 4, p. 748- ALTAS NO SISTEMA PLANTIO DIRETO
753, 2004. (www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=
S0102-05362004000400016&lng=en&nrm=iso&tlng=pt) GUIMARÃES, C. M.; STONE, L. F. Revista Brasileira de Enge-
nharia Agrícola e Ambiental, v. 7, n. 2, p. 210-214, 2003.
O presente trabalho foi realizado na UFRRJ e teve como obje-
(www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-
tivo verificar as variações de alguns componentes metabólicos nos
43662003000200004&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt)
tecidos da alface. Plantas de alface do tipo crespa, da cultivar Verô-
nica, provenientes de três sistemas de cultivo (orgânico, hidropônico Este trabalho objetivou determinar a dose e o modo de apli-
e convencional) foram separadas em oito partes (limbo das folhas cação de nitrogênio (N) mais adequados para o arroz cultivado
basais, medianas e apicais, nervura central das folhas basais, media- após pastagem ou soja, sob Sistema Plantio Direto (SPD). Os expe-
nas e apicais, caule e raiz). Foram analisados nitrato, N-amino, açú- rimentos foram conduzidos em 1999/2000, em Santo Antônio de
cares livres e distribuição da massa seca nos vários tecidos. Goiás, GO, depois da pastagem de Brachiaria decumbens, e em
Considerando a parte aérea e raízes, os teores encontrados Campo Verde, MT, após soja. Foi utilizado o delineamento de blo-
assemelham-se aos da literatura. Porém, quando as análises são cos casualizados, em esquema fatorial 5 x 3. Os tratamentos consis-
realizadas nos tecidos que compõem a parte aérea, há diferenças tiram de cinco doses de N (12 ou 7, 40, 80, 120 e 160 kg ha-1) combi-
significativas em todas as variáveis (Figura 1). Isso permite esco- nadas com três modos de aplicação: totalmente na semeadura, me-
lher partes da planta para analisar, dependendo do que se deseja tade na semeadura e metade na cobertura, e dois terços na semea-
observar. Em estudos fisiológicos, principalmente de metabolismo dura e um terço na cobertura. A dose de 12 kg de N ha-1 foi aplicada
do nitrogênio, a segmentação das partes pode ser fundamental na no experimento após pastagem que a de 7 kg de N ha-1, em seguida
interpretação dos resultados. Na análise de nitrato, N-amino e açú- à soja. O arroz apresentou maior resposta à adubação nitrogenada
cares livres na alface, é recomendada a separação de folhas e caule após pastagem e depois de soja. A resposta da produtividade do
da parte aérea por terem apresentado grandes diferenças. arroz ao N após pastagem dependeu do modo de aplicação deste
nutriente, sendo 100 kg ha-1 a dose econômica
de N para a aplicação total na semeadura. Em
seguida à soja, o modo de aplicação não afetou a
produtividade do arroz, sendo 68 kg ha-1 a dose
econômica de N.
3. IMOBILIZAÇÃO DE NITROGÊNIO EM
SOLO CULTIVADO COM MILHO EM SU-
CESSÃO À AVEIA PRETA NOS SISTEMAS
PLANTIO DIRETO E CONVENCIONAL
mediante o manejo correto da adubação fosfatada, com ênfase na quais foram calculadas em comparação aos estoques de carbono
fonte utilizada e no modo de aplicação mais adequado para solos orgânico do solo em preparo convencional. As baixas taxas de in-
com diferentes capacidades de adsorção do elemento. Avaliou-se a cremento nos estoques de carbono orgânico possivelmente este-
eficiência do fosfato natural de Gafsa e do superfosfato triplo em jam relacionadas à alta estabilidade física da matéria orgânica neste
amostras de dois solos (Argissolo Amarelo e Latossolo Amarelo) solo argiloso e com mineralogia predominantemente gibsítica. O
com diferentes fatores capacidade de fósforo (FCP), em diferentes diâmetro médio geométrico (DMG) dos agregados de solo variou de
doses aplicadas de forma incorporada e localizada, sobre a produ- 1,6 a 3,7 mm e foi positiva e linearmente relacionado com os teores
ção de matéria seca e absorção de fósforo por plantas de milho de COT e COP, o que reforça a importância da matéria orgânica
cultivadas em casa de vegetação. na qualidade física de Latossolos subtropicais.
CRUSCIOL, C. A. C.; COTTICA, R. L.; LIMA, E. do V.; AN- CARVALHO, M. A. C. de; SORATTO, R. P.; ATHAYDE, M. L. F.;
DREOTTI, M.; MORO, E.; MARCON, E. Pesquisa Agrope- ARF, O.; SÁ, M. E. de. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 39,
cuária Brasileira, v. 40, n. 2, p. 161-168, 2005. (www.scielo.br/ n. 1, p. 47-53, 2004. (http://www.scielo.br/scielo.php?script
scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-204X2005000200009 =sci_arttext&pid=S0100-204X2004000100007&lng=pt&
&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt) nrm=iso&tlng=pt)
A palhada das plantas de cobertura, mantida sobre o solo A sucessão de culturas a adubos verdes pode melhorar as
no plantio direto, representa uma reserva de nutrientes para culti- condições físicas, químicas e biológicas do solo, com conseqüente
vos subseqüentes. O objetivo deste trabalho foi avaliar a decom- aumento na produtividade. O objetivo do trabalho foi avaliar carac-
posição e a liberação de macronutrientes de resíduos de nabo terísticas agronômicas e a produtividade do milho cultivado em
forrageiro. O experimento foi realizado no campo, durante o ano de sucessão a adubos verdes nos sistemas de plantio direto e de pre-
1998, no Município de Marechal Cândido Rondon, PR. O nabo paro convencional do solo (uma gradagem pesada e duas gradagens
forrageiro foi dessecado e manejado com rolo-faca 30 dias após a leves). O experimento foi realizado em Latossolo Vermelho distrófico,
emergência. Avaliaram-se a persistência de palhada e a liberação de originalmente sob vegetação de Cerrado em Selvíria, MS. O deline-
nutrientes dos resíduos aos 0, 13, 35 e 53 dias após o manejo. O amento utilizado foi o de blocos ao acaso, em esquema de parcela
delineamento experimental foi o de blocos casualizados, com qua- subdividida e quatro repetições. Utilizaram-se quatro adubos ver-
tro repetições. des: mucuna-preta, guandu, crotalária e milheto, e área de pousio
(vegetação espontânea).
O nabo forrageiro produziu, até o estádio de pré-flores-
A crotalária cultivada na primavera proporcionou aumento
cimento, elevada quantidade de massa seca da parte aérea em culti-
de 18,5% na produtividade do milho em sucessão, comparada à
vo de inverno (2.938 kg ha-1), acumulando 57,2, 15,3, 85,7, 37,4, 12,5
área de pousio, em ano com precipitação normal, tanto em plantio
e 14,0 kg ha-1, respectivamente, de N, P, K, Ca, Mg e S. O manejo do
direto quanto no sistema de preparo convencional do solo. O siste-
nabo forrageiro no estádio de pré-florescimento apresenta rápida
ma convencional de preparo do solo propiciou maior produtividade
degradação da palhada, acarretando liberação de quantidades sig-
do milho em ano com ocorrência de veranico.
nificativas de macronutrientes. Os nutrientes disponibilizados em
maior quantidade e velocidade para a cultura subseqüente são o K
e o N. A maior velocidade de liberação de macronutrientes pelo 17. CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS DE SOLO E RENDIMEN-
nabo forrageiro ocorre no período compreendido entre 10 e 20 dias TO DE FITOMASSA DE ADUBOS VERDES E DE GRÃOS
após o manejo da fitomassa. DE MILHO, DECORRENTE DO CULTIVO CONSORCIADO
O
Ministro da Agricultura da micronutriente. Cerca de 50% da população
Turquia e o escritório em mundial sofre deficiências de zinco e ferro,
Ankara do Centro Interna- as quais podem ser tratadas através desse
cional de Melhoramento de Milho e Trigo método.
(CIMMYT) estimam que somente os benefí- Os resultados desse projeto foram
cios econômicos anuais da adubação com zin- rapidamente e efetivamente comunicados
co equivalem a US$ 100 milhões. Isto sem aos públicos-chave. A indústria turca de fer-
considerar a significativa influência positiva tilizantes rapidamente respondeu com pro-
que o aumento no consumo de zinco tem pro- dutos adaptados. Agricultores mostraram
porcionado à saúde da população da Turquia. sua esmagadora aprovação aos fertilizantes
Em reconhecimento a essas realizações e à “reforçados”: a demanda cresceu de zero a
sua ilustre carreira, o Prêmio IFA Internacional de Nutrição de Plan- 300.000 toneladas por ano em somente uma década. O governo
tas será entregue ao Dr. Ismail Cakmak, professor da Universidade turco subsidiou os fertilizantes contendo zinco em 1997.
Sabanci, Istambul, Turquia. Pelo aumento da saúde total da planta e pela eficiência no
Quando Dr. Cakmak encumbiu-se da pesquisa, no início da uso do nutriente, a adubação com zinco também proporciona um
década de 90, sobre as causas básicas do pobre crescimento e dos impacto positivo sobre o ambiente.
sintomas foliares demonstrados pelas culturas de trigo na região da A excelência do trabalho do Dr. Cakmak tem sido reconhe-
Anatolia Central, na Turquia, havia pouco conhecimento da impor- cida por organizações de prestígio, incluindo Organisation for
tância do zinco para a saúde das culturas de trigo. Dr. Cakmak con- Economic Co-operation and Development (OECD), United States
duziu um projeto multi-institucional a longo prazo, o qual rapida- Department of Agriculture (USDA), Scientific and Technical Re-
mente foi financiado pelo NATO – Science for Stability Program, search Council of Turkey (TÜBITAK) e muitas outras. Recente-
para investigar esse problema na cultura. mente foi eleito para o Board of Trustees do CIMMYT. Participa
do corpo editorial de várias publicações científicas, incluindo Euro-
Dr. Cakmak também demonstrou a conseqüente e generaliza-
pean Journal of Agronomy e Journal of Trace Elements in Biology
da deficiência de zinco entre as crianças turcas nessa mesma área. A
and Medicine.
iniciativa de Anatolia é um dos primeiros exemplos mundiais do
uso de práticas agrícolas direcionadas aos problemas da saúde A entrega do Prêmio será no dia 7 de Junho próximo, em
pública, além da melhoria na produção da cultura, e seu sucesso Kuala Lumpur, Malásia, por ocasião da Conferência Anual da IFA.
proporciona um modelo para inúmeras outras nações. Solos em Nossos parabéns ao Dr. Ismail Cakmak, amigo de longa
todo o mundo necessitam de zinco, mais do que qualquer outro data da POTAFOS, pela merecida homenagem.
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EVEN TOS DA POTAFOS EM 2005
VENTOS ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
WORKSHOP SIMPAS
Sistema Integrado de Manejo da Produção Agropecuária Sustentável
(POTAFOS junto com ANDA, ANDEF, ABAG e outras associações do agronegócio)
Informações:
Local: Primavera do Leste-MT
Data: 06-08/JUNHO/2005 POTAFOS
Telefone: (19) 3433-3254
ANDEF: Marçal Zuppi
Local: Sete Lagoas-MG
Telefone: (11) 3081-5033
Data: 19-21/SETEMBRO/2005
Celular: (11) 9992-0823
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Pedidos: POTAFOS - Caixa Postal 400 - CEP 13400-970 - Piracicaba-SP ou via internet: www.potafos.org
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endereço, bairro/distrito, CEP, município, UF, fone/fax, e-mail.
T
ive, recentemente, o privilégio de ouvir pessoal- Falou também dos enormes danos ambientais – como
mente o Professor Rattan Lal, cientista famoso erosão acelerada, perdas na qualidade da água e da saúde
pelo trabalho sobre seqüestro de carbono e pela dos ecossistemas costais – que lamentavelmente acom-
luta em prol da conservação ambiental, que fez a palestra de panharam esta evolução. Danos estes que hoje, felizmente,
abertura do Simpósio sobre Plantio Direto e Meio Ambiente estão sendo reparados com o uso do sistema plantio direto,
promovido pela Federação Brasileira de Plantio Direto na de grande aceitação no Brasil. A face humanista do Dr. Lal
Palha, em Foz de Iguaçu. manifestou-se ao encerrar sua palestra mencionando os sete
pecados da humanidade, de acordo com Gandhi: 1. Riqueza
O tema de sua palestra foi O plantio direto e o meio
sem trabalho; 2. Prazer sem consciência; 3. Comércio sem
ambiente – impacto na qualidade do solo, da água e da
moralidade; 4. Devoção sem sacrifício; 5. Política sem
atmosfera. De porte nobre, voz suave e gestos calmos, refinada
princípios; 6. Conhecimento sem caráter e 7. Ciência sem
mescla de humanista com cientista, ao invés de apresentar
humanidade.
apenas frios dados científicos, Prof. Lal ofereceu-nos agra-
dável aula sobre a história da agricultura, tendo como ator Esta mensagem de Gandhi é de relevância a todos,
principal o arado e sua evolução ao longo do tempo. Mostrou- independente do espaço ou do tempo. Talvez mais hoje que
nos como o aperfeiçoamento deste implemento favoreceu no passado, pelo poder quase infinito do homem. Que pode
o aumento da produção agrícola e, assim, da população do ajudar a construir um mundo mais justo, mais humano. Ou
mundo. destruí-lo. Compete a nós que decisão tomar.
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