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CONTROLE DISCRETO
Apresentação
O objetivo deste trabalho foi reunir material sobre os principais assuntos
relacionados à área de automação e controle discreto, destinados aos alunos do curso
técnico em eletrônica com ênfase em automação e instrumentação e ao curso de
especialização em automação e instrumentação.
Este material pressupõe que o leitor domina conhecimentos que devem ter sido
adquiridos em outras disciplinas.
A primeira parte do material desenvolve alguns conceitos sobre sistemas de
controle de maneira bem superficial para o conhecimento do aluno.
A segunda parte do material desenvolve os conceitos e os princípios de
funcionamento dos controladores lógicos programáveis.
A terceira e quarta partes exploram a programação destes dispositivos tanto
utilizando lógica combinacional quanto a seqüencial.
As redes industriais, supervisórios e os sistemas digitais de controle distribuído
são abordados logo após em tópicos conceituais.
A última parte foi destinada à parte prática do curso, visando mostrar ao leitor os
conhecimentos básicos para as práticas.
De modo geral, espero que este trabalho possa contribuir de alguma forma para o
enriquecimento do aluno no que tange ao conhecimento e aplicação dos principais
dispositivos utilizados na automação, além é claro de dar uma idéia do estado da arte
em que se encontra tal segmento.
Contamos com a colaboração dos mestres e alunos no sentido de apontarem
eventuais erros neste material para que em versões futuras possamos corrigi-las e
dessa forma concorrer para o melhoramento desta pequena contribuição.
Sistemas de controle
1. Introdução
Figura 2 – transdutor
OBS: Observe que no caso da malha aberta o transdutor e o indicador são itens
opcionais não sendo importantes para o controle.
Operador com uma determinada experiência, estima o tempo que o forno deve
ficar ligado a plena potência para que a temperatura chegue a um determinado valor. De
uma maneira geral, a temperatura ficará um pouco acima ou um pouco abaixo do valor
desejado. A temperatura final do forno provavelmente irá variar dependendo de
variações temperatura ambiente.
Características básicas:
• imprecisão
• nenhuma adaptação a variações externas (perturbações)
• dependência do julgamento e da estimativa humana
• são em geral simples e baratos, pois não envolvem equipamentos sofisticados
para a medição e/ou determinação do sinal de controle.
Quando o controlador gera o sinal para o atuador, com base no sinal piloto,
porém agora ele recebe informação sobre o andamento do processo, através de um
transdutor. O sinal entrada, no caso, corresponde a diferença entre o set-point e o sinal
do transdutor, por isso, também é chamado de sinal de erro. (Figura 4)
Características básicas:
• aumenta a precisão do sistema
• rejeita o efeito de perturbações externas
• melhora a dinâmica do sistema e, eventualmente, estabilizar um sistema
naturalmente instável em malha aberta.
• diminui a sensibilidade do sistema a variações dos parâmetros do
processo, ou seja, tornar o sistema robusto
Quando ajustamos o set-point a saída leva um tempo para atingir seu valor final.
Este tempo é chamado de transitório e é muito importante seu conhecimento para fins
de determinação do comportamento do sistema e avaliação da performance do
controlador. Para fins de avaliação da performance de um sistema de controle, existem
alguns indicadores básicos, muito utilizados para a especificação de um sistema de
controle. São os principais:
• Controle ON-OFF;
• Controle Proporcional ou P;
• Controle Proporcional e Integral ou PI;
• Controle Proporcional e Derivativo ou PD;
• Controle Proporcional, Integral e Derivativo ou PID.
Figura 6
Figura 7
Figura 8
Figura 9
Figura 10
Figura 11
Figura 12
Figura 13
Na figura 14, vemos a simulação para vários valore de ganho K. Vejam como a
resposta a saída muda significativamente. A ordem é de K crescente, mas com valores
pequenos.
Figura 14
Agora para K de valores mais elevados, veja como o sistema vai ficando mais
oscilatório. Valores de K altos levam o sistema a oscilar e tendem a torná-lo instável. Por
isso, há limites para aumentar o ganho.
Figura 15
Figura 17
Para que o controle digital funcione corretamente a amostragem deve ser bem
feita, ou seja, ele deve “representar” bem o sinal que foi amostrado. Existe um critério
para se amostrar sinais chamado de critério de Nyquist ou Shanon, que determina que a
freqüência de amostragem FS deve ser pelo menos duas vezes a maior freqüência do
sinal que está sendo amostrado. Quando o sinal a ser amostrado não é senoidal, a
freqüência máxima do sinal pode ser verificada por meio de instrumentos especiais
chamados de analisadores de espectro.
Uma vez que o sinal foi amostrado, à uma freqüência igual a definida pelo critério
de Nyquist, aplica-se cada amostra ao conversor A/D para a conversão propriamente
dita. O processo de conversão consiste em comparar o sinal com uma série de pesos.
Cada peso é sempre o dobro do anterior e cada peso corresponde-se um bit. Ou seja,
Figura 18
Este processo de comparação com pesos para obtenção do valor digital de uma
amostra é chamado de quantização. Quanto mais pesos, ou seja, quanto mais bit’s tem
um conversor A/D, mais refinada fica a quantização e mais fidedigno é o processo de
conversão. Outro parâmetro muito importante é tempo de conversão, que é o tempo
necessário para converter a amostra num sinal digital. Como o intervalo entre uma
amostra e outra é de TS segundos, o conversor deve ser mais rápido que isto. Do
contrário já chega a sua entrada a próxima amostra e ocorre um erro na saída do
conversor Existem vários tipos de conversores A/D no mercado, tem-se conversor de 8
bit’s , 10 bit’s, 12 bit’s, 16 bit’s e outros. Quanto mais bit’s, melhor é a conversão e mais
caro é o equipamento. A velocidade de conversão segue a mesma regra. Assim deve-se
sempre Ter um compromisso entre a qualidade e o custo.
Muitos microcontroladores já possuem conversores A/D internamente. Alguns
conversores tem mais de uma entrada, para que se possa amostrar mais de um sinal,
mas cada entrada é amostrada uma de cada vez. Assim cada entrada é chamada de
canal do conversor. Um conversor de 8 canais é um conversor de oito entradas
analógicas.
Figura 19
Zona Cega: Região dentro da distância sensora, que o sensor, por questões
tecnológicas ou de montagem, não consegue detectar o objeto. Não se trata de uma
falha do sensor, mas sim de característica do mesmo que deve ser levada em conta.
Ativas: São saídas eletrônicas que usam transistores NPN ou PNP em várias
configurações possíveis. São sempre em CC, pois são polarizadas. A figura 24 ilustra
alguns tipos possíveis.
Na versão PNP, vale a mesma coisa só que o transistor agora é PNP e não NPN.
O resistor e o transistor trocam de lugar na montagem. Agora o resistor R liga a saída ao
terra (0V), assim ele passa a se chamar resistor de pull-down.
8. Atuadores
• Eletroválvulas e Cilindros;
• Servomotores;
• Motores de Passo;
• Motores Lineares;
3. Vantagens
4. Conceitos e aplicações
Figura 27 – Ciclo
6. Arquitetura
• Unidades de entrada
• Unidades de saída
• Unidade de processamento
• Unidade fonte de alimentação
• Conversor de freqüência
• Válvula proporcional
6.3.1 Memórias
Figura 42
Figura 43
Memória do sistema – Esta área é formada por memórias tipo RAM, pois terá o
seu conteúdo constantemente alterado pelo sistema operacional. Armazena resultados
e/ou operações intermediárias, geradas pelo sistema, quando necessário. Pode ser
considerada como um tipo de rascunho. Não pode ser acessada nem alterada pelo
usuário.
• Pascal
• C
• Fortran
• Cobol
Linguagens Textuais
• Texto Estruturado (Strutured Text – ST)
• Lista de Instruções (Instruction List – IL)
Linguagens Gráficas
• Diagrama Ladder (LD)
• Diagrama Blocos Funcionais (Function Block Diagram – FBD)
Figura 46
Figura 47
Figura 48
3. Programação em LADDER
Figura 49
Figura 50
BLOCO PARALELO (FUNÇÃO OU), que pode ser representado, conforme figura
55:
Figura 55 – Função OR
• diretamente
• por flags
Figura 61
Figura 62
Exercícios
a) Faça a programação em Ladder (diagrama de contatos) do seguinte circuito lógico.
2. Grafcet
O Grafcet tem suas origens na França, onde foi desenvolvido em meados dos
anos 70, por um grupo de pesquisadores e gerentes industriais envolvidos com sistemas
discretos de grande complexidade. Após ser testado em companhias privadas francesas
e em sistemas educacionais, mostrou-se ser muito conveniente para a representação de
sistemas seqüenciais. Em 1988, foi adotado pelo IEC (International Electrotechnical
Comission) conforme publicação 848, e regularizado pela norma francesa NF C03-190.
Mais tarde, construtores de PLC e produtores de software escolheram o Grafcet como a
linguagem de entrada para controle seqüencial booleano propuseram implementações
em computadores e controladores. Seu uso industrial vem se ampliando, bem como o
número de pesquisadores que estudam o uso teórico desse modelo. É, em particular,
uma ferramenta bastante útil ao projetista na especificação de projetos de
automatização. O
2.1.2 Transição
Representada graficamente por traços nos arcos orientados que ligam etapas, a
significar a evolução do Grafcet de uma situação para outra. Em um dado instante, uma
transição pode está válida ou não.
Uma transição está válida quando todas as etapas imediatamente precedentes
estiverem ativas. A passagem de uma situação para outra só é possível com a validade
de uma transição, e se dá com a ocorrência da transição.
2.1.4 Ação
As ações representam os efeitos que devem ser obtidos sobre os mecanismos
controlados em uma determinada situação (“o que deve ser feito”). Representam
também ordens de comando (“como deve ser feito”).
Figura 68
Figura 71 – (a) Repetição de ações em etapas consecutivas, (b) Estrutura em paralelo equivalente.
2.1.4.7 Memorizada
Ação específica para ligar (SET) e outra para desligar (RESET).
2.1.5 Receptividade
Receptividade é a função lógica combinacional associada a cada transição.
Quando em estado lógico verdadeiro, uma receptividade vai ocasionar a
ocorrência de uma transição válida. Uma receptividade pode ser encarada como o elo
existente entre a lógica combinacional e a lógica seqüencial.
Figura 76 – Passagem ao estado energizado operante. a) por ação externa de comando, b) por ordem de
outro Grafcet.
3.3.1 Exemplo 1
Um equipamento para estampar peças plásticas é formado por um dispositivo de
carregamento de peças (por gravidade), um cilindro 1 (alimentador), um cilindro 2
(estampador) e um cilindro 3 (exaustor). Todos os três cilindros são de ação simples
com retorno de mola, e têm seu avanço comandado pelas eletroválvulas EV1, EV2, EV3
respectivamente. A máxima excursão de cada cilindro é monitorada pela atuação dos
sensores S1, S, S3 do tipo reed-switch. A expulsão da peça é realizada por um sopro de
ar comprimido, obtido a partir do acionamento da eletroválvula EV4 e efetivamente
monitorada pela atuação do foto sensor FS.
O funcionamento prevê como condição inicial que os cilindros não estejam
avançados, ou seja, essa condição traduz que todas as eletroválvulas estejam
desligadas.
Assim, com a chave de partida (PTD) acionada e estando a máquina na condição
inicial, deve-se iniciar a operação. A seqüência consiste em, primeiramente, colocar uma
peça no molde, recuar o êmbolo do cilindro alimentador, prensar o estampo sobre a
peça (deve-se aguardar um tempo de dois segundos com a peça sendo prensada),
atuar o extrator e o bico de ar para a retirada da peça pronta.
Observa-se que se trata de uma seqüência linear de seis etapas. A etapa inicial
não tem ações específicas, senão apenas a de aguardar a autorização de
funcionamento por parte da chave PTD. Vê-se ainda que as ordens de acionamento das
eletroválvulas EV2 e EV4 repetem-se por mais de uma etapa, que é um procedimento
aceitável na modelagem, mas que poderia também ser modelado utilizando ordens do
tipo S e R.
Exemplificando pela figura 83, tem-se que a situação passa da etapa E2 ativa
para E3 ativa somente se ocorrer a transição T2, ou a situação passa da etapa E2 ativa
para E4 ativa somente se ocorrer a transição T3 isolada da ocorrência da transição T2.
Ainda neste caso, a situação evolui da etapa E3 ativa para E5 ativa somente quando a
transição T4 ocorrer, ou ainda, passa da etapa E4 ativa para E6 ativa somente quando a
transição T5 ocorrer.
3.5 Paralelismo
Quando duas ou mais seqüências num grafcet devem ser executadas ao mesmo
tempo, é utilizada então uma estrutura gráfica representada pela divergência
simultânea, ou também denominada divergência E. É o caso, por exemplo, utilizado na
modelagem de mecanismos independentes pertencentes ao mesmo sistema
comandado, e que devem ter suas atividades assincronamente concluídas para que se
dê continuidade ao processo. Após uma divergência simultânea, fica implícita a idéia de
que todas as seqüências seguintes terão suas execuções concomitantemente iniciadas,
estabelecendo-se assim um caso de paralelismo.
A representação de uma divergência simultânea estará correta quando
antecedida por transição e sucedida por seqüências iniciadas por etapas. O retorno do
grafcet a uma estrutura linear é então representado graficamente por um elemento
denominado convergência simultânea, ou simplesmente convergência em E.
Dinamicamente, um paralelismo só é encerrado quando todas as suas seqüências
estiverem concluídas, ou seja, quando a etapa final de cada uma das seqüências estiver
ativa. Uma convergência simultânea deve ser obrigatoriamente sucedida por transição e
precedida por seqüências finalizadas com etapas.
2. Metodologia
Um carro se desloca sobre trilho entre as estações A e B, toda vez que uma
ordem de marcha M for enviada, o qual tem o seguinte esquema funcional (figura 91) e
Grafcet (figura 92).
Verifica-se que cada uma das flags vai para nível alto quando forem satisfeitas
duas condições:
• que ela esteja válida, ou seja, que a etapa anterior esteja ativa;
• que a receptividade associada seja verdadeira.
Cabe observar que a etapa inicial é aquela que deverá se tornar ativa quando se
acionar o processo pela primeira vez, ou seja, quando nenhuma das demais etapas
estiverem ativas. Esta condição é apresentada no diagrama pela associação série de
contatos NF de todas as bobinas de etapas.
E, finalmente, o diagrama referente às ações no controle do carro sobre trilhos
terá o seguinte aspecto, conforme figura 96.
No diagrama de ações, percebe-se que como elas são do tipo ordem contínua,
cada uma das saídas do CLP é diretamente acionada pela etapa correspondente.
Figura 100 – Diagrama das transições no controle de carro com seleção de trajeto
Cabe observar que a especificação das transições segue a mesma regra geral,
em que se deve identificar a etapa que a torna válida e a sensibilidade que a faz ocorrer.
Especial atenção cabe a etapa F10, a qual serve como condição de validade para duas
transições: a transição F20 e a transição F23, o que caracteriza a seleção do processo.
Figura 101 – Diagrama das etapas no controle de carro com seleção de trajeto
Observa-se que a etapa F10 tem como condições de ligamento: a partida do CLP
(pois ela é a etapa inicial), bem como as transições F22 e F25. Além disto, a mesma
etapa é desligada por duas possíveis transições, a saber, F20 e F23. Já as demais
etapas são ativadas e desativadas, seguindo a mesma regra de ativação pelas
transições anteriores, e desativação pelas transições posteriores.
Finalmente o diagrama de contatos pertinente às ações do controle de carro com
seleção de trajeto tem o aspecto conforme ilustrado na figura 102.
• Confiabilidade requerida;
• Número de áreas de processo, da distância entre elas e do layout das
instalações industriais;
• Necessidade de backup e a que nível esta deve atender;
• Perturbações físicas, principalmente interferências eletromagnéticas,
existentes no local de instalação e adjacências;
• Familiaridade do cliente com novas tecnologias de rede de campo para
instrumentação, sensores e acionamento;
• Existências de unidades fora da área industrial que necessitem de
conexão à planta;
• Necessidade dos dispositivos no que tange a velocidade de transmissão
de dados;
• Previsão de expansão dos módulos;
• Necessidade de atendimento aos padrões internacionais ou preferência
por redes proprietárias;
3. Redes de campo
Um dos principais dispositivos em uma rede de campo é o CLP. Ele é usado na
leitura de sensores discretos ou digitais e dos valores dos instrumentos analógicos.
Caso uma rede digital não seja usada, os sinais de campo serão conectados aos
cartões de entrada e saída dos Clps. Os sinais discretos são codificados na faixa de 0 a
24VCC ou 0-110VAC ou 0-220VAC. Já os sinais analógicos são geralmente codificados
na faixa de 0 a 20 mA ou de 0-10V.
Existe forte tendência de que todas estas redes venham a utilizar a Ethernet
como plataforma básica num futuro próximo e que adotem forte orientação a objetos
através de blocos de função padrões.
4. Introdução às tecnologias
4.1.1 Introdução
Antes de iniciar o desenvolvimento deste item, é necessário que se esclareça
uma grande confusão que se faz com as designações. Quando se fala em fieldbus, está
se falando em barramentos de campo de um modo geral que englobam uma gama de
tecnologias distintas em termos de aplicação e características específicas. Trata-se por
Fieldbus Foundation, o consórcio de fornecedores líderes no mercado de
instrumentação, consumidores e diversas outras empresas que tem como objetivo
acelerar o desenvolvimento e a aceitação das especificações do protocolo Foundation
Fieldbus interoperável, aberto e simples.
4.2.1 Introdução
A implementação da tecnologia de barramentos de campo significou uma
inovação considerável na produção, possibilitando a migração de sistemas de
automação centralizados para sistemas não centralizados, o que tem sido o objetivo do
PROFIBUS por mais de dez anos.
Nestes dez anos, o PROFIBUS se tornou o líder de mercado das tecnologias de
barramentos de campo, mas mesmo assim seu desenvolvimento continua com o
mesmo entusiasmo.
Inicialmente o foco era a tecnologia de comunicação. As atividades atuais giram
em torno da integração de sistemas, engenharia e, em particular, os perfis de
aplicações. Estes perfis tornaram o PROFIBUS um dos barramentos mais abrangentes
tanto para automação de manufatura como de processos.
Sistemas modernos de barramentos de campo adotaram princípios de Tecnologia
de Informação (TI) e estão alcançando uma consistência maior com o nível de
gerenciamento coorporativo. A integração entre a TI e o mundo da automação abre
muitas possibilidades para comunicações entre sistemas de automação. Em busca
deste objetivo o PROFIBUS é aprimorado pelo padrão baseado em Ethernet chamado
ProfiNet.
A necessidade de desenvolvimento e distribuição coordenados dos sistemas de
barramento de campo no mercado fez surgir inúmeras Organizações de Usuários,
englobando produtores, usuários e institutos, como a Organização dos Usuários de
PROFIBUS (PNO – do alemão, PROFIBUS Nutzerorganisation) e a principal
organização PROFIBUS Internacional (PI).
O uso de padrões abertos ao invés de soluções proprietárias garante
compatibilidade e expansibilidade, ou seja, proteção do investimento existente. Isto é
um ponto chave para a PNO. O desenvolvimento contínuo da tecnologia do PROFIBUS
proporciona aos membros da organização uma perspectiva de longo alcance.
A capacidade de comunicação dos dispositivos e subsistemas e uma metodologia
de informação consistente são componentes indispensáveis dos conceitos de
automação. Uma característica dos barramentos de campos é a possibilidade de uma
transmissão otimizada para volumes de dados pequenos e com tempo crítico (time-
critical), além de simplificar o processo de transmissão.
Os benefícios aos usuários são a motivação para o surgimento e o
desenvolvimento contínuo das tecnologias de barramentos de campo. No fim das
contas, isto se manifesta como uma redução do custo total, assim como num aumento
na performance e na qualidade durante a instalação e operação das plantas de
automação. Os benefícios são atingidos durante a configuração, cabeamento,
engenharia, documentação e montagem, assim como durante a produção. Uma
vantagem adicional se dá através da redução do custo total da vida útil na forma de fácil
modificação e de disponibilidade contínua através de informações de diagnóstico
contínuas, manutenção preventiva, alteração simples de parâmetros, fluxo de dados
consistente e manutenção do acervo.
O PROFIBUS é um padrão aberto de rede de comunicação industrial, utilizado
em um amplo espectro de aplicações em automação da manufatura, de processos e
RS – 485:
O padrão RS 485 é a tecnologia de transmissão mais freqüentemente encontrada
no PROFIBUS. Sua aplicação inclui todas as áreas nas quais uma alta taxa de
transmissão aliada à uma instalação simples e barata são necessárias. Um par trançado
de cobre blindado (shieldado) com um único par condutor é o suficiente neste caso.
A tecnologia de transmissão RS 485 é muito fácil de manusear. O uso de par
trançado não requer nenhum conhecimento ou habilidade especial. A topologia por sua
vez permite a adição e remoção de estações, bem como uma colocação em
IEC 61158-2:
Transmissão síncrona em conformidade à norma IEC 61158-2, com uma taxa de
transmissão definida em 21,25 Kbits/s, veio atender aos requisitos das indústrias
químicas e petroquímicas. Permite, além de segurança intrínseca, que os dispositivos
de campo sejam energizados pelo próprio barramento. Assim, o PROFIBUS pode ser
utilizado em áreas classificadas.
A transmissão é baseada nos seguintes princípios, e é freqüentemente referida
como H1:
Figura 110 - Sistema com alimentação de dispositivos em uma rede PROFIBUS e IEC 61158-2
A Fibra ótica pode ser utilizada pelo PROFIBUS para aplicações em ambientes
com alta interferência eletromagnética ou mesmo com o objetivo de aumentar o
comprimento máximo com taxas de transmissão elevadas. Vários tipos de fibra estão
disponíveis, com diferentes características, tais como, distância máxima, preço e
aplicação.
Os segmentos PROFIBUS que utilizam fibra normalmente são em estrela ou em
anel. Alguns fabricantes de componentes para fibra ótica permitem o uso de links
redundantes com meios físicos alternativos, cuja transferência é automática quando
ocorre uma falha.
Figura 111 – Configuração PROFIBUS com 3 estações ativas (mestres) e 7 passivas (escravos)
Diferente da fiação convencional, onde um fio individual é usado para cada sinal
a ser ligado do ponto de medição ao módulo de E/S do sistema digital de controle
(DCS), com o PROFIBUS os dados de vários dispositivos são transmitidos através de
um único cabo. Enquanto uma alimentação separada (em caso de instalação à prova de
explosão) para cada sinal na ligação convencional é necessária, o acoplador ou link de
segmento realiza esta função em comum para muitos dispositivos em uma rede
PROFIBUS.
Além de definições relevantes sobre comunicação, o perfil PA também contém
definições sobre a aplicação, tais como: tipo de dados e unidades de medida do valor
transmitido, assim como o significado da palvra de status que acompanha o valor
medido. As especificações para a unidade de medida e o significado dos parâmetros do
dispositivo, tais como limites baixo e alto do range de medição são independentes do
fabricante.
Especificações gerais
Esta seção contém informações sobre o fabricante e nome do dispositivo, revisão
atual de hardware e software, taxas de transmissão suportadas e possibilidades para a
definição do intervalo de tempo para monitoração.
Geralmente é utilizada uma interface tipo sistema especialista para definição das
regras de controle ao nível de supervisão. Este tipo de estratégia é muito utilizado para
controle avançado na área mineral onde é comum a modelagem matemática da planta.
2. Controle distribuído
Com o advento dos microprocessadores e microcontroladores, a eletrônica
inteligente se tornou muito mais acessível e barata. Atualmente os sistemas de controle
tendem a se tornar complexos, com um grande número de variáveis, ações e
intertravamentos. Conseqüentemente, um controle centralizado se torna
exageradamente complexo, caro e, possivelmente, lento. Dividir o problema em partes
menores que podem ser resolvidas individualmente passa a ser então uma solução
atrativa por muitos motivos: maior facilidade de desenvolvimento, operação e
administração, confiabilidade do sistema como um todo (o mal funcionamento de uma
parte não implica, necessariamente, no mal funcionamento de todo o sistema),
manutenção simplificada, entre outros.
A filosofia SDCD, já é utilizada desde a década de 70 com bastante sucesso,
tendo como base a utilização de terminais remotas conectadas aos dispositivos no
campo e conectadas entre si a uma via de dados que por sua vez contém um elemento
centralizador, que pode ser um CLP, um PC ou outro equipamento dedicado.
Com a entrada do conceito de Fieldbus no mercado, o controle distribuído ganha
uma nova alternativa: a utilização de dispositivos inteligentes. Esses dispositivos são
dotados de alguma capacidade de processamento, o que, aliado à conexão dos
dispositivos em rede (Fieldbus), pode levar a uma solução onde os próprios dispositivos
troquem mensagens entre si e o controle do sistema de automação seja de
responsabilidade da rede de dispositivos e não mais de um elemento centralizador
(CLP, PC, etc.). Saem de cena os sinais de 4-20 mA e outras medidas analógicas, pela
rede de dispositivos de campo trafegam dados no formato digital apenas, submetidos ao
protocolo que está sendo utilizado. A necessidade de existência do elemento
centralizador fica por conta da supervisão e sintonia do sistema, e como já dito, não
mais com a finalidade de controle.
Os nós do sistema (dispositivos inteligentes conectados ao Fieldbus), tipicamente
executam tarefas simples de monitoração e atuação, mas quando trabalhando juntos
podem perfazer tarefas bastante complexas. Essa evolução nos sistemas de automação
é similar à evolução da indústria de informática; há 15 anos tinham-se terminais "burros"
conectados a um computador central, hoje o processamento é distribuído entre diversos
computadores pessoais e os dados são trocados através de uma rede.
3. Arquitetura de um SDCD
Os SDCDs tradicionais se caracterizavam por um elevado nível de redundância:
redundância de servidores, redundância de rede de comunicação de dados, de cartões
de entrada e saída, etc. Além disso, possuíam sofisticados algoritmos de diagnóstico,
que permitem localizar o cartão defeituoso a partir do console de operação. Os cartões
de E/S com defeito podem ser trocados a quente.
Parte experimental
Abaixo temos uma tabela realizando a referência cruzada dos Estados Internos,
Presets e Efetivos dos Temporizadores/Contadores:
Figura 131 – tabela geral dos estados e registros internos dos temporizadores e contadores
1.5.3 Output
Coloca o resultado de uma operação lógica em um estado interno especificado
pelo operando.
Este estado interno pode ser uma saída, um estado interno auxiliar ou um estado
interno auxiliar com retenção.
1.5.7 SET-RESET.
Permite executar um estado interno com retenção (LATCH). É composta por duas
entradas:
• (S)ET - Se a entrada é acionada, mesmo durante um único período de
varredura, o estado interno especificado pelo operando é acionado;
• (R)ESET - se a entrada é acionada, mesmo durante um único período de
varredura o estado interno especificado pelo operando é desacionado. Se ambas as
entradas são acionadas a entrada RESET tem prioridade.
1.5.10 TMR
Simula um temporizador com retardo na energização. É composta por 2 entradas:
1.5.11 CNT
Simula um contador. É composta por duas entradas:
• (H)ABILITA - Permite que ocorra a contagem, quando a condição lógica da
entrada é ativada. Caso contrário a contagem é zerada.
• (S)TART/STOP - na Transição de OFF para ON incrementa a contagem. Para
isto a entrada HABILITA deve estar ativada.
1.5.12 MOVK
Carregamento de constante em um registro. Esta instrução executa a colocação
de um valor de 16 bits em um registro de palavras indicado por OP1. A instrução tem
uma única entrada (Habilita).
1.6 Winsup
Supervisão de Linhas
O recurso de supervisão de linhas permite-nos visualizar e analisar o
funcionamento do programa de usuário no CLP. O status dos EI’s e o conteúdo dos
registros são exibidos no próprio programa ladder. Durante a supervisão de linhas:
Contatos NA serão marcados com um retângulo colorido, sempre que estiverem
ativos, ou seja, quando seu Estado Interno estiver ON.
Contatos NF serão marcados com um retângulo colorido, sempre que não
estiverem ativos, ou seja, quando seu Estado Interno estiver OFF.
Instruções de Bloco irão exibir o conteúdo dos seus operandos na cor verde,
imediatamente abaixo dos mesmos, sejam eles registros ou EI’s.