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ROTEIRO – EXERCICIO ILEGAL DE ATIVIDADE

Direito Empresarial III – 10 Período do Curso de Direito – Prof. Marco Aurélio.


Acadêmicos: Denise, Gênessi, Josiane, Nelson, Rodrigo.

NELSON
Exercício Ilegal de Atividade: trata-se do exercício de atividade para a qual
foi o agente declarado inabilitado ou incapacitado por decisão judicial, no
processo de falência ou de recuperação de empresas, configura o crime do art.
176 da Lei nº 11.101\2005. Trata-se de previsão inédita, em matéria de crimes
falimentares, com pena de reclusão de 1 um a 4 quatro anos, e multa.
Efeitos da Condenação art. 181, Lei 11.101/05: Inabilitação para o exercício
de atividade empresarial (inciso I); o impedimento para o exercício de cargo ou
função em conselho de administração, diretoria ou gerencia das sociedades
sujeita a esta lei (inciso II); e a impossibilidade de gerir empresa por mandato
ou por gestão de negocio (inciso III).

RODRIGO
Inabilitação Empresarial, dos Direitos e Deveres do Falido: a Lei de
Falências prevê em seus artigos 102 a 104 sobre a inabilitação Empresarial,
dos Direitos do Falido.
Art. 102. O falido fica inabilitado para exercer qualquer atividade empresarial a partir
da decretação da falência e até a sentença que extingue suas obrigações, respeitado
o disposto no § 1º do art. 181 desta Lei.
Parágrafo único. Findo o período de inabilitação, o falido poderá requerer ao juiz da
falência que proceda à respectiva anotação em seu registro.
Art. 103. Desde a decretação da falência ou do seqüestro, o devedor perde o direito
de administrar os seus bens ou deles dispor.
Parágrafo único. O falido poderá, contudo, fiscalizar a administração da falência,
requerer as providências necessárias para a conservação de seus direitos ou dos
bens arrecadados e intervir nos processos em que a massa falida seja parte ou
interessada, requerendo o que for de direito e interpondo os recursos cabíveis
Art. 104. A decretação da falência impõe ao falido os seguintes deveres:
I – assinar nos autos, desde que intimado da decisão, termo de comparecimento, com
a indicação do nome, nacionalidade, estado civil, endereço completo do domicílio,
devendo ainda declarar, para constar do dito termo:
a) as causas determinantes da sua falência, quando requerida pelos credores;
b) tratando-se de sociedade, os nomes e endereços de todos os sócios, acionistas
controladores, diretores ou administradores, apresentando o contrato ou estatuto
social e a prova do respectivo registro, bem como suas alterações;
c) o nome do contador encarregado da escrituração dos livros obrigatórios;
d) os mandatos que porventura tenha outorgado, indicando seu objeto, nome e
endereço do mandatário;
e) seus bens imóveis e os móveis que não se encontram no estabelecimento;
f) se faz parte de outras sociedades, exibindo respectivo contrato;
g) suas contas bancárias, aplicações, títulos em cobrança e processos em andamento
em que for autor ou réu;
II – depositar em cartório, no ato de assinatura do termo de comparecimento, os seus
livros obrigatórios, a fim de serem entregues ao administrador judicial, depois de
encerrados por termos assinados pelo juiz;
III – não se ausentar do lugar onde se processa a falência sem motivo justo e
comunicação expressa ao juiz, e sem deixar procurador bastante, sob as penas
cominadas na lei;
IV – comparecer a todos os atos da falência, podendo ser representado por
procurador, quando não for indispensável sua presença;
V – entregar, sem demora, todos os bens, livros, papéis e documentos ao
administrador judicial, indicando-lhe, para serem arrecadados, os bens que porventura
tenha em poder de terceiros;
VI – prestar as informações reclamadas pelo juiz, administrador judicial, credor ou
Ministério Público sobre circunstâncias e fatos que interessem à falência;
VII – auxiliar o administrador judicial com zelo e presteza;
VIII – examinar as habilitações de crédito apresentadas;
IX – assistir ao levantamento, à verificação do balanço e ao exame dos livros;
X – manifestar-se sempre que for determinado pelo juiz;
XI – apresentar, no prazo fixado pelo juiz, a relação de seus credores;
XII – examinar e dar parecer sobre as contas do administrador judicial.
Parágrafo único. Faltando ao cumprimento de quaisquer dos deveres que esta Lei lhe
impõe, após intimado pelo juiz a fazê-lo, responderá o falido por crime de
desobediência.
O crime é considerado como habitual, consiste exatamente em contrariar
decisão judicial que determine a incapacitação para alguma atividade
empresarial que venha a desempenha - lá.

DENISE

Sujeito passivo: será a Administração Pública, uma vez que haverá


descumprimento de ordem judicial, além da coletividade, o mercado, que
sofrerá o risco da atuação de um profissional inepto.
Sujeito ativo: a pessoa declarada inabilitada ou incapacitada por decisão
judicial em processo falimentar ou em processo de recuperação judicial ou
extrajudicial.
Tipo: crime doloso, representado pela vontade livre e consciente de
desobedecer à decisão judicial e exercer atividade empresarial.
Consumação do crime: ocorre com a efetiva atuação empresarial, ou seja, o
exercício da atividade para o qual está inabilitado ou incapacitado por força de
decisão judicial.
Tentativa: não admite tentativa.
O tipo penal tutela, assim, a própria administração da justiça, guardando
semelhança com o art. 359 do Código Penal (desobediência a decisão judicial
sobre perda ou suspensão de direito), do qual se aparta, entretanto, pela nítida
relação de especialidade
Prescrição e reabilitação: a prescrição que extingue a punibilidade nos crimes
falimentares tem início no dia da decretação da falência, da concessão da
recuperação judicial ou da homologação da recuperação extrajudicial. Esse
entendimento já está sumulado pelo STF.
STF Súmula nº 147 - A prescrição de crime falimentar começa a correr da data
em que deveria estar encerrada a falência ou do trânsito em julgado da
sentença que a encerrar ou que julgar cumprida a concordata.
Ressalte-se que a decretação da falência do devedor interrompe a prescrição
cuja contagem tenha sido iniciada com a concessão da recuperação judicial ou
com a homologação do plano de recuperação extrajudicial.
A reabilitação do empresário a esta condição, ou seja, a recuperação por parte
do falido de sua capacidade empresarial que havia sido retirada por conta da
condenação pode ser civil ou penal. A primeira se dá quando, por inexistir crime
falimentar, o juiz da falência profere sentença declarando extintas as
obrigações do falido. A segunda, por outro lado, há de ser proclamada pelo
juízo criminal, de acordo com os artigos 93 a 95 do Código Penal/1940.
Uma vez que o falido tenha sido condenado por crime falimentar, ele deverá,
para que possa voltar a exercer a atividade empresarial, requerer a reabilitação
penal. Esta só poderá ser concedida após transcorridos 2 (dois) anos, contados
do cumprimento da pena, art. 94 do Código Penal. Tal declaração deve ser feita
por meio de sentença e é condição para concessão da reabilitação penal.

JOSIANE

Decisão:

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