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Índice
Unidade de medida
Histórico
Função utilidade
Exemplo
Tipos comuns de funções utilidade
Referências
Ver também
Unidade de medida
A utilidade é uma grandeza que tem apenas dimensão ordinal [1]. Isto quer dizer que não há uma unidade de medida universal e
comparável de utilidade que permitiria dizer, por exemplo, que o consumo de 1 colher de arroz gera 2 unidades de utilidade e o
consumo de uma jóia gera 10 unidades.
No entanto, em cada problema, um determinado valor de utilidade é atribuído a cada vetor de consumo de modo que[2]: 1) a
vetores considerados indiferentes entre si pelo consumidor (e que portanto estão na mesma curva de indiferença, são atribuídos os
mesmos valores de utilidade. 2) se o consumidor prefere o vetor de consumo A ao vetor de consumo B, então o valor de utilidade
atribuído a A é maior que o atribuído a B.
Histórico
A doutrina do utilitarismo viu a maximização de utilidade como um critério para a organização moral da sociedade. De acordo
com os utilitaristas, como Jeremy Bentham (1748-1832) e John Stuart Mill (1806-1876), a sociedade deve ter como objectivo
maximizar a utilidade total de indivíduos, apontando para "a maior felicidade para o maior número de pessoas ". Numa outra
teoria, de John Rawls (1921-2002), a sociedade teria o papel de maximizar a utilidade dos indivíduos que inicialmente recebem
um montante mínimo de utilidade.
Função utilidade
A utilidade ou satisfação que um consumidor aufere de cada bem ou serviço é medida, pelo menos em teoria, por uma função
chamada de função utilidade. Ou seja, a função de utilidade é uma transformação (modelagem) do conceito de utilidade, que faz
uma ordenação dos benefícios apercebidos por uma pessoa, de acordo com a satisfação que estes lhe trarão.
Em termos formais, seja X o conjunto de todas as escolhas (alternativas) disponíveis ao agente econômico (consumidor). uma
função é uma função utilidade se atribui a cada elemento de X (que é o domínio da função) um valor numérico, o
que permite ordenar os elementos de X de acordo com as preferências do agente [3]. Por exemplo, se a função atribuir valor 1 ao
bem "banana" e valor 2 ao bem "maçã", saberemos que o agente econômico que tem aquela função utilidade prefere maçã a
banana.
Exemplo
Num jogo, o resultado é incerto, desconhecido. A informação disponível permite apenas inferir as probabilidades dos eventos
favoráveis e desfavoráveis. Na teoria das probabilidades, o valor esperado fornece o lucro esperado caso seja positiva, ou o
prejuízo esperado caso seja negativa. Em jogos de azar, por exemplo, a expectância sempre é negativa para o jogador e positiva
para a banca. Ao jogador cabe buscar uma estratégia que torne a sua expectância de lucro a maior possível.
Entretanto, pode-se dizer que existem diferentes perfis de jogadores. Uns preferem arriscar-se mais a perder se isso trouxer a
possibilidade de altos ganhos. Outros preferem arriscar-se menos a perder, mesmo que isso signifique um menor lucro.
A função de utilidade de um jogador expressa o seu perfil de aversão ao risco. Por exemplo, quando o gerente de um banco infere
sobre o perfil de investidor de um cliente (agressivo, arrojado ou conservador), na verdade, está sendo analisada a função
utilidade que caracteriza esse cliente como investidor.
Quando se deseja então buscar uma estratégia de jogo otimizada que leve em conta o perfil do jogador, não se busca maximizar o
valor esperado dos pontos adquiridos, mas o valor esperado da função utilidade, que é uma função dos pontos.
preferências de consumo entre diferentes períodos do tempo (por exemplo, consumir na juventude e não poupar para a velhice ou
o contrário). [carece de fontes?]
Referências
1. SARAIVA, António. Microeconomia. Instituto superior de contabilidade e administração do Porto. Disponível em:
<http://www.iscap.ipp.pt/~asaraiva/Ficheiros/MicroeconomiaI.pdf>. Página 63.
2. SARAIVA, António. Microeconomia. Instituto superior de contabilidade e administração do Porto. Disponível em:
<http://www.iscap.ipp.pt/~asaraiva/Ficheiros/MicroeconomiaI.pdf>. Página 63.
3. MAS-COLELL, Andreu; WHINSTON, Michael D. e GREEN, Jerry R. Microeconomic theory. New York: Oxford
University Press, 1995. 981 páginas. ISBBN-13 978-0-19-507340-9
Ver também
Tutorial sobre funções utilidades aditivas (http://www-desir.lip6.fr/~gonzales/research/tutoriel_utilite.php) (em
inglês)
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