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09/09/2019

E+ S ES E+ P

Produto formado
Considerando [S] = x

CINÉTICA ENZIMÁTICA
Inclinação da reta = [P]/tempo

tempo

• Velocidade de reação corresponde a quantidade de produto gerado em


relação ao tempo.
• Esta resposta é linear no início da reação (Vo) e depende da concentração do
substrato

Comportamento cinético para enzimas que atuam em reações S → P Comportamento cinético de uma enzima “simples”
E+ S ES E+ P * Liga uma molécula do substrato e o
transforma em produto (possui apenas
um sítio catalítico)
 A concentração do substrato tem grande influência na velocidade de
Velocidade inicial de reação (Vo)

obtenção do produto catalisada por uma enzima.


 Com o decorrer da reação, a concentração do substrato é modificada pela
conversão em produto
 Uma simplificação é utilizar a velocidade inicial de reação (Vo)

Cinética de Ordem Zero


Considerando uma concentração A velocidade de reação
da enzima, a velocidade de independe da concentração
reação depende da concentração do substrato
do substrato
Cinética de Primeira Ordem
A velocidade de reação
A velocidade de reação
depende da concentração do
corresponde a quantidade de
substrato
produto formado por unidade
de tempo
Concentração do substrato ([S])

A velocidade de reação também é diretamente proporcional à


Cinética de Michaelis-Menten
concentração de enzima
k1 k2
E+ S ES E+ P
k-1 k-2

Considerando
[S] >> [E]

k1 k2
Vo E+ S ES E+ P
k-1
quando
[S] >> [E]
[ES] ~ constante
[E]

Enquanto [S] permanece saturante Velocidade inicial de reação Vo = k2 [ES]

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Equação de Michaelis-Menten
Equação de Michaelis-Menten

Quando Vo = ½ Vmax, a equação

Constante de Michaelis de Michaelis-Menten fornece:

k2 + k-1 Vmax V [S]


Km = = max
k1 2 K0m + [S]

Km + [S] = 2 [S]
A equação de Michaelis-Menten é uma equação de hipérbole

 a equação relaciona a Velocidade de reação e


Km = [S]
concentração do substrato

 Km corresponde à concentração de substrato ([S]) que fornece ½ Vmax

Equação de Michaelis-Menten
A constante de Michaelis (Km) é um fator importante para a
análise enzimática

k1 k2
E+ S ES E+ P
k-1

k2 + k-1
 quando [S]  Km Constante de Michaelis Km =
Vmax [S] k1
V0 
Km
• se k2 << k-1, Km=k-1/k1 , Km = constante de afinidade
 quando [S] > > Km • se k2 >> k-1, Km= k2/k1
 V0  Vmax • se k2 e k-1 são comparáveis, Km= (k2+k-1)/k1
Km corresponde a [S] que fornece Vo= ½ Vmax Lembrando que o valor de Km corresponde a [S] que fornece Vo= ½ Vmax



Lembrando que a velocidade de reação também é diretamente


Considere duas enzimas que catalisam a mesma reação mas que
apresentam Km diferentes
proporcional à concentração de enzima

k1 k2
Vmax
E+ S ES E+ P
k-1

½Vmax

Vo

Km Km [S]

 Em concentração saturante do substrato as duas enzimas atingem a Vmax [E]

 Entretanto, quando [S] é mais baixa, a enzima que apresenta menor Km Enquanto [S] permanece saturante
apresentará maior Vo

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Vmax depende da concentração de enzima


Número de renovação enzimática (“turnover”) = Kcat
k1 k2
E+ S ES E+ P Kcat = Vmax/[E]
k-1
Corresponde ao número de moléculas do substrato convertidas em
produto, por molécula de enzima, por unidade de tempo.
Vo = k2 [ES] Vmax = Vo em [S] saturante Unidades: Vmax → (p.ex.) mol/s
[E] → (p.ex.) mol
portanto, Kcat tem unidade de tempo-1 → (p.ex.) s-1

unidades
Km = mol/L
(relacionado a concentração de substrato)

Kcat = s-1
(relacionado ao número de moléculas de substrato transformadas por segundo)

Km e Kcat são dois parâmetros característicos para cada enzima: Constante de especificidade: kcat/Km
kcat/Km indica a eficiência de transformação do substrato em produto em baixas
enquanto Km está relacionado à formação do complexo ES, concentrações do substrato
Kcat está relacionado à eficiência catalítica da enzima.
A relação kcat/Km para a maioria das enzimas é próximo do limite de difusão

Ex.: valores de Kcat e Km para algumas enzimas

Determinação experimental de Km e Vmax Tratamentos matemáticos para a determinação de Vmax

Gráfico duplo-recíproco (Lineweaver-Burk)

Michaelis-Menten

1/Vo Coeficiente angular da reta


= Km/Vmax

Invertendo os dois lados


da equação

Equação de hipérbole

(equação de reta) 1/Vmax


y = ax + b Coeficiente linear da reta

Existe uma dificuldade experimental em determinar o valor de Vmax com 1/[S]


precisão utilizando gráficos Vo X [S] -1/Km

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Determinação experimental de Km e Vmax INIBIDORES ENZIMÁTICOS


Obs.: os valores obtidos São compostos que inativam uma enzima (a enzima não apresenta atividade
experimentalmente podem ser quanto ligada ao inibidor)
utilizados para construção dos
gráficos V x [S] e 1/V x 1/[S] Inibidores Irreversíveis

São compostos que se ligam a enzima e que não podem ser


removidos sem que haja a desnaturação ou destruição da
enzima.
Ex.: metais pesados

Inibidores Reversíveis

Gráfico duplo-recíproco São compostos que se ligam de forma reversível a enzima. Enquanto
(Lineweaver-Burk) estão associados a enzima, esta não apresenta atividade.
Podem ser:
competitivos
não-competitivos
incompetitivos
mistos

Inibidores Irreversíveis Inibidores Competitivos


São compostos que se ligam a enzima e que não podem ser removidos sem Competem com o substrato na ligação no sítio ativo da enzima
que haja a desnaturação ou destruição da enzima.
Por ocupar o sítio ativo da enzima, um inibidor competitivo deve apresentar
Ex.: metais pesados e compostos que formam ligações covalentes com alguma similaridade estrutural com o substrato
aminoácidos importantes para catálise

Exemplo:
Metotrexato é um inibidor
competitivo de enzimas que
utilizam tetrahidrofolato.
(Tetrahidrofolato é um doador de
unidades de 1 carbono em diversas
reações)

Inibição competitiva A inibição competitiva é facilmente observada em gráficos 1/V x 1/[S]


- alteração no valor de Km(aparente)

Km aparente é alterado

Km aparente é alterado
Por ocupar o sítio ativo, o inibidor competitivo apresenta alguma semelhança estrutural
com o substrato

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Inibição não-competitiva A inibição não-competitiva é facilmente observada em gráficos 1/V x 1/[S]


- alteração no valor de Vmax
1/VO [I]

Sem inibidor

1/Vmax
Vmax aparente é alterado
1/[S]
-1/Km

É um tipo de inibição bastante particular, pois a


ligação do inibidor não interfere na ligação do
substrato

O inibidor competitivo ocupa o sítio ativo da enzima e, portanto, deve apresentar


alguma similaridade estrutural com o substrato

O inibidor não-competitivo liga-se em algum lugar na enzima (mas não no sítio


ativo) portanto não há necessidade de uma correlação estrutural entre substrato
e inibidor não-competitivo.

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